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Desafios da implantação de aulas remotas no curso de medicina no mundo pós-pandemia

RC: 77612
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/mundo-pos-pandemia

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

SILVA, Vilmar Carneiro da [1], SILVA, Yasmim Carmine Brito da [2], MOTA, João Victor Filgueiras [3], MORAES, Francisco Cezar Aquino de [4], RAMOS, Wesley dos Santos [5], NEDER, Patricia [6]

SILVA, Vilmar Carneiro da. Et al. Desafios da implantação de aulas remotas no curso de medicina no mundo pós-pandemia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 02, pp. 45-61. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/mundo-pos-pandemia, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/mundo-pos-pandemia

RESUMO

O alastramento do Novo Coronavírus pelo Brasil e o estabelecimento da quarentena pelas autoridades de saúde estaduais em meados do mês de março de 2020 exigiu a adequação de diversos setores da sociedade ao distanciamento social, dentre eles esses setores, o de Ensino Superior. O problema é que a implementação do Ensino à distância ou aulas Remotas trouxeram à tona uma série de problemas até então desconsiderados. No curso de medicina, onde se valoriza a aprendizagem na prática, em ação e na beira dos leitos e menos aulas teóricas e livros, a epidemia exigiu novas alternativas de educação médica e novas abordagens didáticas, tanto por parte dos professores quanto das instituições. O objetivo deste artigo é elencar as principais dificuldades encontradas na implantação de aulas remotas no curso de medicina disponível em artigos científicos entre os anos de 2015 e 2020. A importância de entender essas dificuldades está justamente na necessidade imediata de enfrentá-los, resolvê-los ou, pelo menos, minimizá-los.

Palavras-chave: Educação médica, Pandemia, Aulas Remotas, EaD.

INTRODUÇÃO

Segundo Garcia (2015), diferentemente do processo de educação presencial, que colocam discente e docente em um mesmo espaço de aprendizagem e troca de experiências, a educação à distância (EaD) há uma separação entre ambos em relação ao espaço, podendo ou não haver o mesmo em relação ao tempo. De França Filho (2020) descreve que desde a segunda metade do mês de março, o Brasil passou pela aplicação de uma série de medidas de restrição que visam o isolamento social da população como forma de controlar o contágio do Novo coronavírus (SARS-CoV-2), o que acarretou em uma pressão nos entes federativos em sua totalidade, para a implantação da EAD tanto no ensino básico quanto no superior.

De Oliveira, Postal e Afonso (2020), afirmam que a pandemia de covid-19 já se configura como um dos problemas de saúde pública que mais afetaram a realidade moderna do Brasil e do mundo, o que apontou a urgência no que tange a necessidade de docentes, instituições educacionais e a sociedade dialogarem acerca de uma possível remodelagem no ensino médico, grandemente afetado desde o início da paralisação das atividades acadêmicas. O atual cenário trouxe à tona um impacto ao próprio projeto pedagógicas e diretrizes curriculares nacionais do curso de medicina, visto que as mudanças que já ocorrem e ainda podem ocorrer, alteraram drasticamente a rotina e as próprias convenções do curo, tais como a antecipação das formaturas. Nesse sentido, é pensada a EaD como uma possibilidade de adequação do processo formativo médico.

Ainda segundo Garcia (2015), com o avanço tecnológico, a EAD veio cada vez mais ganhando espaço na construção do processo de aprendizagem, seja por meio de tv, computador, celulares, etc. Com ascensão da internet, a EaD foi pensada nas seguintes modalidades: e-learning (educação on-line)- onde todas atividades e materiais ficam disponíveis on-line, podendo ou não ser em grupo-, blended learning (híbridos ou semipresenciais)- ocorre quando há encontro presenciais, porém há atividades que são realizadas no estilo e-learning- e o mobile learning (m-learning)- que propõem o acesso aos recursos virtuais através dos dispositivos móveis.

Cavalcante Et al (2020), afirmam que devido a suspensão das aulas presenciais nas universidades brasileiras, por conta da emergência de saúde pública pela pandemia do Coronavirus, emergiu-se uma discussão já levantada a tempos, mas desacelerado e/ou encoberto pelas instituições de educação: a implementação da EaD de maneira efetiva nos diversos cursos. Apesar do contexto supracitado, levantar esse debate, urge-se compreender os fatores que eventualmente dificultam uma implementação de forma igualitária e efetivamente proveitosa nos cursos da área da saúde.

Ainda segundo Cavalcante Et al (2020), embora a EaD permita ao aluno ser protagonista de seu aprendizado, tornando possível o acesso a uma gama de conteúdo, a partir de pesquisas mais aprofundadas, uma vez que a disponibilidade de materiais e recursos virtuais é cada vez maior, ela também expõem uma deficiência quando pensado nos cursos da área da saúde, que tradicionalmente apresentam uma aproximação dos discentes com a sociedade, que estimulam a empatia e a humanização, ficam grandemente prejudicados, pois para aquisição desses pilares fundamentais da formação dos profissionais da saúde, é necessário dinâmicas práticas, tradicionalmente já implantadas nesses cursos.

Fernandes, De Souza e Barreto (2012) acreditam que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) possibilitam uma diminuição dos caminhos que conectam o discente com uma educação globalizada, bem como pode mascarar a realidade, visto que todo o conteúdo disponível na rede mundial de comunicação está sujeito a influência de seu fornecedor, que pode fomentar tanto um amplo aprendizado, a partir da divulgação de diferentes concepções acerca de uma determinada temática, que acarreta na democratização e difusão dos saberes, quanto também pode ser utilizado para a manipulação das informações e dos indivíduos que acessam.

De Oliveira, Postal e Afonso (2020), declaram que desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde do Brasil veio publicando uma série de medidas legais que visam o enfrentamento da Covid-19, que, em âmbito educacional, apresenta a sugestão de adequação do plano de ensino, que impacta diretamente na relação intrínseca entre a dualidade ensino-serviço. Consoante a isso, o Ministério da Educação apresentou propostas normativas que buscam colocar as práticas educacionais aliadas ao momento sanitário do país, a partir de uma adequação favorável a maioria dos alunos.

Por isso, para os autores supracitados, a EaD é também pensada ao estudante de medicina como uma alternativa para a diminuição da propagação do novo Corona vírus, porque ele passa a ser visto como um vetor potencial de contaminação, tendo em vista as propostas cursos médicos que priorizam a forma prática de aprendizagem, onde há uma maior aproximação entre os alunos e os pacientes. Porém, como em outros países, a medida de distanciamento ocorre até um tempo indeterminado, quando é ofertado tanto ao discente quanto docente, melhores condições de logística e apresentação de melhores ambientes de circulação para eles.

Mendes (2016) declara que é importante destacar que a EaD também apresentam especificidades que trazem à tona a necessidade de discussão quanto a preocupação com os processos democráticos, haja vista que os profissionais que eventualmente atuam  na modalidade a distância, não raro, apresentam frágil vínculo não só entre eles como também com os alunos, uma vez que a EaD permite que um grande número de alunos participem das atividades online, o que dificulta a formação de um vínculo docente-discente, pois as relações são majoritariamente virtuais, o que pode gerar, como consequência, significativas perdas no processo de aprendizagem nas escolas médicas.

Assim sendo, o presente artigo tem por objetivo apresentar e discutir os possíveis problemas advindos da implantação de aulas remotas no curso de medicina, a partir de uma revisão crítica de artigos sobre a temática no período de 2015 a 2020, e percebendo sua adequação em contexto da pandemia de covid-19.

MÉTODO

O presente estudo consiste em uma revisão Sistematizada de artigos, realizada através da busca de artigos científicos indexados em bases de dados científicas. A revisão sistemática foi escolhida pelos autores por permitir a organização, a catalogação e síntese das ideias apresentadas nos artigos selecionados para o trabalho, e com isso facilitando a sua interpretação. Foram utilizadas as bases de dados: Scielo e Google Academics. Na busca foram usadas as palavras chaves: “Educação médica”, “EaD e saúde”, “Pandemia”, “Aulas remotas” e “Coronavírus”.

A questão que promoveu esta pesquisa foi: Quais os principais problemas identificados no processo de implantação de aulas remotas e/ou EaD no curso de medicina durante a Pandemia do Novo Coronavírus?

Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra, online, em português, inglês ou espanhol, publicados no período de 2015 a 2020 e outros que apresentassem informações relevantes ao tema de pesquisa. A leitura dos resumos levou a consideração de 10 artigos sobre a temática, sendo incluídos então outros encontrados nas referências dos artigos primários devido à relevância e a pertinência.

Realizou-se então a leitura de todos os artigos integralmente e também foi elaborado um quadro com informações pertinentes ao artigo utilizado tais como: número para identificação do artigo, título do artigo, autor ou autores, periódico de publicação, ano de publicação, tipologia do artigo e local onde está disponível.

Dessa forma, optou-se apenas em elencar tão somente as dificuldades, deixando para momentos futuros e para outros pesquisadores a análise sobre as possíveis soluções encontradas para cada problema.  Por se tratar de uma pesquisa de natureza bibliográfica, não houve necessidade de submissão e aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

RESULTADO E DISCUSSÃO

Quadro I – Síntese dos artigos incluídos na revisão integrativa.

N Título Autores Periódico Ano
001 Alguns apontamentos para uma crítica da EaD na educação brasileira em tempos de pandemia DE FRANÇA FILHO, Astrogildo Luiz; DA FRANÇA ANTUNES, Charlles; CAMPOS COUTO, Marcos Antonio Rev Tamoios  

2020

002 Ensino Superior em Saúde: Educação a Distância em Meio à Crise do Novo Coronavírus no Brasil. CAVALCANTE, A. S. P.; MACHADO, L. D. S.; FARIAS Q. L. T.; PEREIRA, W. M. G.; DA SILVA, M. R. F. Advances in Nursing (Online)  

 

2020

003 As Escolas Médicas e os desafios da formação o médica diante da epidemia brasileira da COVID-19: das (in) certezas acadêmicas ao compromisso social DE OLIVEIRA, S.; POSTAL, E.; AFONSO, D. APS em Revista  

 

2020

004 Ensino remoto e metodologias ativas na formação médica: desafios na pandemia Covid-19 SEVERO BEM JUNIOR, L. .; ALENCAR DE ANDRADE CAMPOS, D. .; MONTEIRO DE ALENCAR RAMOS, S. Jornal Memorial da Medicina  

2020

005 Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19 SEVERO BEM JUNIOR, L. .; ALENCAR DE ANDRADE CAMPOS, D. .; MONTEIRO DE ALENCAR RAMOS, S. Rev. EmRede  

 

2020

006 Motivação de alunos da área da saúde em disciplinas totalmente a distância: influência socioeconômica ANTUNES, Fernanda Regina et al. Rev. Cogitare Enfermagem  

 

2019

007 Educação pós-pandemia e a urgência da transformação digital – Anup. Sathler, L. Rev. Anup  

2020

008 Educação e Saúde: reflexões sobre o contexto universitário em tempos de COVID-19. In: Educação e Saúde: reflexões sobre o contexto universitário em tempos de COVID-19 TORRES, Ana Catarina Moura; COSTA, Ana Caline Nóbrega; ALVES, Lynn Rosalina Gomes Scientific Electronic Library (Online)  

 

 

2020

009 Implantação de Estratégias de Ensino à Distância durante o Internato: Desafios e Perspectivas LAU, Fernanda Amaral et al Revista Brasileira de educação Médica  

 

2017

110 Aceitação de metodologias de ensino à distância na área da saúde: Uma revisão integrativa. BENELLI, Jéssica; GIL, Lourdes da Silva. Revista Brasileira de Educação e Saúde.  

2018

Fonte: Os autores (2020)

Dentre os 10 artigos selecionados, 08 (80%)  foram publicados em revistas brasileiras e 02 (20%) em estrangeiras. Quanto ao idioma das publicações todas foram encontradas em português. Porém, chamou a atenção o fato de que 07 (70%) dos estudos foram publicados ainda este ano o que sugere uma aparente preocupação dos pesquisadores e profissionais de saúde com a temática em virtude do momento sanitário em que o Brasil está passando e que influencia diretamente no processo da educação medica. Quanto ao período das publicações, optou-se o intervalo de 5 anos compreendido entre 2015 e 2020 e foi observado que há poucos estudos sobre a temática em anos anteriores, o que presume que o tema não era tão abordado antes da pandemia, ou pelo menos, não tinha atenção adequada devido a falta de interesse na implantação de aulas remotas ou EaD no curso de Medicina. Esses dados permitem afirmar que a temática é de interesse nacional e se torna uma das grandes alternativas que os cursos da área da saúde possuem no momento para não paralisar suas atividades. No que se refere ao objetivo proposto pelo estudo, tinha como finalidade apena de destacar os entraves existentes durante essa transição do método de ensino-aprendizagem do real para o virtual acelerado em função da epidemia do Coronavirus. Por isso, foi levando em consideração a visão de todos os envolvidos nesse processo educacional: gestores, docentes e discentes, além de entidades jurídicas e politicas. Cabe destacar que, muitos estudos, mesmo não tendo relação especificamente com o curso de Medicina, foram considerados por terem relação indireta já que mostram a forma e o efeito da implementação de aulas virtuais e EaD em outros cursos da área da saúde tais como Enfermagem, Educação física, fisioterapia e farmácia já em andamento em algumas instituições do Brasil e, portanto, pode ser uma forma comparativa com o mesmo processo que está ocorrendo no curso de Medicina.

Dessa forma, é importante se ater nas dificuldades que estes exemplos encontraram durante este caminho tortuoso a fim de que erros possam ser evitados assim como acertos possam ser imitados para o bem do desenvolvimento da educação médica.

Em tempos de pandemia, todos os setores da sociedade passaram por uma situação em comum: a adaptação. Adaptar-se se tornou uma regra básica e primária para não paralisar diante da gravidade social, econômica e sanitária consequentes das várias tomadas de decisões advindas da expansão mortal do Novo Coronavirus. Dentre esses setores a educação medica também precisou se remodelar para seguir com suas atividades. No entanto, é um processo lento, cheio de nuances pela sua complexidade politica, pedagógica, institucional. Daí, entender os principais problemas na implantação de novas formas de fazer a educação médica é o primeiro passo para superação desses entraves.

LEGISLAÇÃO X DIVERGÊNCIAS INSTITUCIONAIS

Para Cavalcante Et al (2020), existe uma intensa discussão, no âmbito da formação na saúde, sobre a utilização das TIC para mediar o ensino e isso envolve vários embates dos Conselhos de Saúde, do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde, no que tange à sua adoção enquanto modalidade de ensino.

Souza (2019) explica que no âmbito legal, no Brasil, até a Portaria 1.428/2018, era definido o máximo de 20% de carga horária à distância para os cursos presenciais, com a exclu­são dos cursos da saúde e de engenharias. A partir da Portaria 2.117/2019, o Ministério da Educa­ção brasileiro dobrou essa carga horária, abrindo exceção apenas para os cursos de Medicina.

Desde 2016, o Conselho Nacional de Saúde do Brasil (CNS, 2020), se posiciona contrário à autorização de Ensino a Distancia em qualquer curso de gradua­ção da área da saúde e em 2020, no inicio da pandemia no Brasil, esta instituição criticou medidas referentes à nova portaria e recomendou ainda um posicionamento oficial dos ministérios da Saúde e da Educação, pois estão intimamente envolvidos na formação de profissionais de saúde, bem como das entidades que compõem o Conselho Nacional de Saúde e do Ministério Públi­co exigindo a revogação do decreto.

A Portaria nº 343, de 17 de março de 2020 dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus – COVID-19. Para Souza Et al (2019) essa flexibilização abre espaço para o que chama de mercantilização do Ensino Superior onde fica claro o interesse econômico como o responsável pela abertura, cada vez mais frequente, de cursos em modalidade a distância.

O DISTANCIAMENTO DO ESTUDANTE DA REALIDADE E DA COMUNIDADE

Ainda para Cavalcante Et al (2020), as universidades, principalmente públicas, têm como componente a responsabilidade social que precisa ser transversal em todas as suas atividades. Defende-se que a formação na saúde não existe sem a associação de ensino-serviço-comunidade. Assim, para a formação do profissional de saúde, é impres­cindível o contato com o território e suas tessituras.

Teofilo; Santos e Baduy (2017) afirmam que, nesse ponto, a formação orientada por um currículo amplo e integral compreende que os estudantes tenham condições de agir nos locais de vida, atuando junto à população e interagindo com a comunidade, visto que tal situação enriquece as relações interpessoais e o permite, através da universidade, o contato com as realidades heterogêneas. Logo, essa inserção do estudante no terri­tório é enriquecedora e propícia, mas exige uma formação problematizadora, capaz de fomentar a produção do cuidado enquanto produto mor da saúde. Sem ela e sem espaços pedagógicos congruentes com essa problematização, corre-se o risco de não se alcançarem seus objetivos.

PRÁTICA X TEORIA

Cavalcante Et al (2020) afirma que as universidades podem até oferecer simulação em ambiente ideal e programado antecipadamente, no entanto essa modalidade não contempla a atuação do futuro profissional que diante de uma intercorrência concreta vai lhe exigir disciplina, postura, toma­da rápida de decisão e empatia. Desse modo, a ampliação do uso das aulas virtuais no curso de medicina durante a epidemia de Corona vírus apenas soma-se à incompletude e fragilização da formação na área da saúde, promovendo o distanciamento das diretrizes curriculares por não oportunizar processos de convivência que contribuam com a aprendizagem da convivência tão relevan­te na formação de profissionais promotores de uma atenção integral à saúde.

Richmond Et al (2020) afirma que deve ser salientado no aprendizado médico que o desenvolvimento da capacidade de raciocínio clínico analítico ou não analítico requer prática dessas habilidades em ambientes clínicos reais ou simulados.

APROPRIAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO DOCENTE

Dvorak e Araújo (2016) afirmam que no presente momento há necessidade de refletir sobre práticas inovadoras e possibilitar a utilização de novas metodologias atreladas às novas tecnologias e tudo isso pressupõe desenvolver novas competências, promover a aproximação com as gerações emergentes. Nessa mesma linha de pensamento deve-se pensar em práticas que promovam a apropriação das novas tecnologias em sala de aula para que despertem novas aptidões no ambiente docente. Portanto, um dos problemas atual é a necessidade de ampliar a reflexão sobre formação inicial que considere de forma critica a apropriação da tecnologia no fazer docente, buscando superar o distanciamento entre o que é ideal e o que é real.

Além disso, como afirma Cavalcante Et al (2020), é preciso reconhecer a o curto intervalo de tempo que os docentes para planejar novas aulas e uma mudança em na sua rotina diária. Isso interfere inclusive em suas atividades de extensão e pesqui­sa, que mesmo de modo remoto, exigiu reformulação de materiais didáticos, de estratégias e metodologias pedagógicas para o desenvolvimento ensino na modalidade EaD. Agora os docentes necessitam preparar conteúdos e materiais como vídeos e outros recursos tecnológicos, além de adaptar e até mesmo criar materiais didáticos a fim de obter qualidade nesse novo formado de ensino.

Já para Bem Jr; Campos e Ramos (2020) essa falta de habilidade é decorrente da prática pedagógica comum no ensino nos cursos de medicina, ou seja, da aula presencial, e por isso, essa prática pedagógica não estimula os professores àquilo que os autores chamam de “alfabetização digital”, ao domínio de metodologias e estratégias de ensino que desenvolvam autonomia, empoderamento e autodeterminação do estudante em relação aos estudos por meio do Ensino Remoto. Diante das atuais condições dadas de pandemia e incertezas, os estudantes de medicina que encontram mais dificuldades são aqueles que vivenciam passivamente seu aprendizado, haja vista que a educação médica precisa estimular os estudantes a aprender e a ser atores neste processo.

Diante deste fato, Minozzo; Cunha e Spindola (2016) afirmam que a utilização de metodologias diferenciadas do convencional, deve levar o professor à percepção de que o processo de ensino e aprendizagem também sofre alterações e exige capacitação. Pois essa passagem da sala de aula física para a sala virtual se faz necessárias adaptações não instantâneas. Barbosa; Viegas e Felix Batista (2020) concordam que o presente momento, esses profissionais estão a vivenciar novas experiências das suas atividades laborais, com um pouco mais de complexidade. Visto que requer operações mentais mais completas para excelência da prestação de serviço. Sendo assim, tanto professores como alunos podem, de certa forma, identificar e/ou apresentar algumas dificuldades em todo o processo.

FALTA DE ESTRUTURA OU AMBIENTE NÃO FAVORÁVEL

Segundo Cavalcante Et al (2020), algumas iniquidades podem ser acentuadas em discen­tes e docentes devido ao acesso à educação via internet neste momento de pandemia. A autora destaca algumas situações mais desvantajosas para o gênero feminino como cuidar de filhos e familiares, geralmente atribuídos às mulheres. Outras situações como a saúde mental, estrutura do domicilio para proporcionar um ambiente adequado durante as atividades formativas e também a necessidade de complementação de renda familiar como uma das consequências financeiras devido ao distanciamento social, além de diferenças cognitivas e de aprendizado dos alunos.

A DIFICULDADE DE ACESSO POR PARTE DOS ESTUDANTES DA REDE PUBLICA DE ENSINO SUPERIOR

Arruda (2020) relata que um dos grandes desafios emergentes nessa realidade é a ausência de políticas públicas que enfrentem a falta de acesso técnico a equipamentos e ampliar a equidade no processo de ensino aprendizagem. O autor relata que no ensino superior privado a resistência é em relação à implementação de tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem exemplificando o curso de medicina em que a implementação da educação remota emergencial conta com número pequeno de estudantes sem acesso às tecnologias digitais. De Oliveira; Postal e Afonso (2020) ressaltam que, embora tenha havido a intenção desta oferta, nem todas as instituições conseguiram efetivar esta mudança num curto espaço de tempo, considerando os desafios das plataformas virtuais, as habilidades docentes e a adesão de alunos.

EVASÃO ACADÊMICA NO MODELO EAD X  FALTA DE QUALIDADE DAS AULAS

Oliveira Et al (2018), Portal (2020), Bizzária (2015) e Antunes (2019) já afirmavam que a modalidade de Ensino a Distância apresenta diversas possibilidades para o aprendizado, contudo, a evasão escolar mostra-se como um relevante desafio para essa modalidade, sendo um tema abordado em diversos estudos. Além disso, Vieira e Moisés (2017) salientaram problemas relacionados à motivação dos alunos para a realização de disciplinas que são realizadas totalmente na modalidade à distância, impressão de perda de tempo e a falta de compreensão sobre a pertinência de utilizar Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação nos trabalhos e aulas. Sathler (2020) afirma que, parte desse desestímulo se dá também pelas aulas de má qualidade, cujos preceitos importantes foram desconsiderados, como o planejamento em roteiro de aprendizagem, que permite a participação dos alunos, o incentivo às metodologias ativas.

INTERNATO, PRECEPTORIA E DESGASTES

A portaria de nº 356 de 20/03/2020 do Ministério da Educação, (BRASIL, 2020),  dispõe sobre a atuação dos alunos dos cursos de saúde no combate à pandemia do COVID-19, caracterizando mais uma medida emergencial para o momento. Diante disso, Torres, Costa & Alves (2020) declaram que muitos alunos serão motivados pela oportunidade de atuar como voluntários em troca de bonificação para acesso aos programas de residência, retornando aos serviços de saúde quando e se convocados.

Já para Verbeek (2020) o estímulo ao ingresso dos concluintes nos campos de batalha contra o novo Coronavírus não garante segurança aos alunos, especialmente por tratar-se de um momento onde a contaminação dos profissionais de saúde é uma preocupação mundial.

Soma-se a isto, o fato de que os alunos do ultimo semestre vivem sob pressão emocional e sem experiência comparados a profissionais mais experiente deixando duvidas se saberiam lidar com situações que demandam alta destreza profissional. Torres; Costa e Alves (2020) manifestam que há, também, questionamento de como e de que forma se daria o acompanhamento prático desses concluintes em campos lotados, tensos e com preceptores que trabalham em outras instituições de ensino além de estarem na linha de frentes no combate ao novo Coronavirus.

Para Lau (2017) mesmo que os discentes permanecem com aulas remotas ou EaD, estudos concluem que alunos do internato de medicina constataram que a principal crítica dos estudantes quanto ao ensino EAD envolvia a demora ou ausência do feedback dos professores em relação as atividades que eram realizadas, sendo um fator desmotivador para o uso da modalidade de ensino.  Dessa forma, para Benelli (2020) o que determina a aderência dos alunos é principalmente o engajamento dos professores. Experiências em que a interação aluno-tutor era baixa ou inexistente apresentam resultados negativos, como baixa aderência ao curso e egressos.

CONCLUSÃO

O momento é de grande excepcionalidade e nele alguns recursos tecnológicos visam atender a premissa maior desta ocasião que é manter o distanciamento social e evitar a paralisação das atividades acadêmicas no curso de medicina. No entanto, há muitos fatores que se deve levar neste processo de implantação de aulas remotas e/ou EaD em escolas médicas em todo o Brasil.

Um dos primeiros problemas a superar é a divergência entre as entidades que regem o ensino medico do Brasil. Deve-se buscar o entendimento e fazer os ajustes necessários de forma que estejam alinhados e comprometidos com a melhoria da educação médica. Por isso, urge a necessidade de uma voz uníssona entre Ministério da educação, Ministério da Saúde e entidades representantes do ensino médico brasileiro. Logo, levar em conta que o ensino-aprendizado é um processo contínuo, inclusive na formação de futuros médicos, pode representar um ponto de partida entre esses entes. Diante disso, o dialogo é necessário e inevitável justamente para que as partes possam ser ouvidas e as ideias discutidas. Só assim, entidades que regem a educação médica no Brasil podem superar diferenças e estabelecer metas em comum, mesmo que gradualmente, evitando com isso conflitos desnecessários.

Outro ponto muito importante a se destacar é o acesso à internet, seja por meio de vídeos, aulas síncronas ou através de grandes arquivos, é uma realidade para poucos em alguns municípios de residência dos alunos. Há de se considerar também o fator socioeconômico limitado de alguns acadêmicos, fator este que os impede de possuir um meio de acesso como computador, tablet ou notebook. O curso de medicina, mesmo que no ideário da população em geral seja visto como um curso de “gente rica” possui centenas, ou quem sabe, milhares de estudantes de baixa renda, oriundos do ensino público e até mesmo de comunidades quilombolas ou indígenas. Esse fator não deve ser desconsiderado a fim de buscar equidade no ensino médico.

Feito isso, é preciso agora programar uma política de qualificação dos docentes ainda em seu processo de formação, seja na graduação ou mesmo no mestrado, que visem a formação continua no uso de novas tecnologias aplicadas ao ensino. Não só isso, mas também a devida valorização diante de várias possibilidades de uso, superando aquela ideia de que tecnologia aplicada à educação pode suprimir a importância do docente no processo de ensino-aprendizagem.

As novas tecnologias estão aí para serem usadas de forma consistente para o desenvolvimento educacional, elas não são inimigas da educação. Pelo contrario, são aliadas desde que se tenha uma pessoa altamente qualificada para o uso racional. Logo, a figura do docente é primordial pra que o aluno aproveite todas as vantagens dessa nova forma de educar. As tecnologias, mesmo as mais avançadas, são apenas objetos se, por traz delas, não existir alguém que saibam usa-las de forma produtiva. Por isso, novos tempos exigem novos olhares e uma readequação profissional que passa tanto pelo treinamento quanto pela nova rotina que tais mudanças podem exigir.

No entanto, essas adequações não podem deixar de lado que o curso de medicina é um curso pratico e interativo. Com isso, mesmo com aulas virtuais ou EaD deve-se planejar a implantação dessas tecnologias sem colocar de lado a capacitação dos acadêmicos em ambientes reais, tanto na clínica quanto no internato, dando a todos a possibilidade de treinar habilidades pessoais, sociais e afetivas essenciais a um profissional que, no futuro, vai cuidar de pessoas reais, em situações também reais, que fogem das meras capacitações ou simulações virtuais.

Por fim, destacamos outros problemas já resultantes da implantação de aulas remotas e/ou EaD tais como a dispersão durante as aulas, fatores psicológicos e ambientes domésticos dos alunos. Esses problemas devem também ter atenção, pois podem provocar baixas de estimulo e diminuição do rendimento. Nesse sentido, mais uma vez, é importante a atuação do docente preparado para lidar com essas novas situações. Se na aula tradicional era comum o aluno que, inquieto ou desatento, tinha seu rendimento escolar diminuído, agora surge outros fatores que podem acarretar o mesmo prejuízo acadêmico. O docente deve estar sempre atento às ausências, à falta de interação do aluno em meio virtual, e com isso, inclusive encontrando meios para promover a superação de possíveis desestímulos e evitando assim a evasão dos acadêmicos.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Fernanda Regina et al. Motivação de alunos da área da saúde em disciplinas totalmente a distância: influência socioeconômica. Cogitare Enfermagem, [S.l.], v. 24, june 2019. ISSN 2176-9133. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/60243. Acesso em: 21 jan. 2021.

ARRUDA, Elcídio Pimenta. Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede, 7, 1, 257-275. Disponível em: https://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/621 Acesso: 08 de Ago. 2020.

BARBOSA, André Machado; VIEGAS, Marco Antônio Serra; FELIX BATISTA, Regina Lucia Napolitano Felício. Aulas presenciais em tempos de pandemia: relatos de experiências de professores do nível superior sobre as aulas remotas. Rev. Augustus | ISSN: 1981-1896 | Rio de Janeiro | v.25 | n. 51 | p. 255-280 | jul./out. 2020.  Disponível em: https://revistas.unisuam.edu.br/index.php/revistaaugustus/article/view/565 Acesso em 25 Abr. 2020.

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[1] Mestrando em Ciências da Educação, Especialista em Docência do Ensino Superior, Especialista em Gestão Escolar, Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física e Acadêmico do 3º ano do Curso de Medicina.

[2] Estudante de Medicina.

[3] Acadêmico de medicina do terceiro semestre da UFPA.

[4] Acadêmico de medicina da UFPA.

[5] Acadêmico de medicina da UEPA.

[6] Orientadora. Doutorado em Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento).

Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Março, 2021.

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Vilmar Carneiro da Silva

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