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Marxismo e a educação: Uma perspectiva sociológica

RC: 42751
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/marxismo-e-a-educacao

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

FILHO, Augusto Gonçalves [1], FERNANDES, Silvandira Resende [2], PINTO, João Rodrigues [3]

FILHO, Augusto Gonçalves. FERNANDES, Silvandira Resende. PINTO, João Rodrigues. Marxismo e a educação: Uma perspectiva sociológica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 12, Vol. 05, pp. 85-101. Dezembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/marxismo-e-a-educacao

RESUMO

O contexto educacional é permeado por sistemas, políticas e processos de ensino-aprendizagem, que se apresentam como pontos essenciais na contemporaneidade. Esta abordagem tem como objetivo uma reflexão que implica sobre as discussões que se levantam acerca dos pressupostos clássicos da Sociologia que propiciaram relevância as concepções pertinentes a educação. Através da metodologia bibliográfica descritiva e qualitativa, permitiu observar que  entre os nomes de grande importância neste contexto, encontra-se Karl Marx. Embora ele não tenha voltado seu olhar de forma direta para a educação e seu sistema, apenas desenvolvendo abordagens de maneira ocasional, como parte de uma teorização geral, alcançou relevância não apenas na área da sociologia, mas também nas questões ideológicas. Os trabalhos de Paulo Freire demonstram traços de suas ideias, cujo legado desperta admiração de uns e críticas de outros. Portanto, conclui-se que na contemporaneidade ainda é verificada forte influência do marxismo na política, na sociologia e na educação, cujos efeitos benéficos ou nocivos, são debatidos sem obter um consenso.

Palavras-chave: Sociologia, educação, Karl Marx, Paulo Freire.

INTRODUÇÃO

Observa-se que a educação, continua a promover diversos conceitos, pautado em críticas, como demais estudiosos já o faziam, argumentando que ela, a educação, se mantém fora de foco. Compreende que no processo educacional ainda ensinam verdades, respostas certas, coisas fixas, diferenças somente dicotômicas. No entanto, ainda persiste a transmissão de conhecimento, desmotivando o questionamento.

Desse modo como objetivo propõe uma reflexão sobre as discussões acerca dos pressupostos clássicos da Sociologia que propiciaram relevância as concepções pertinentes a educação.

O estudo reveste-se de relevância não apenas em virtude da reflexão, mas ainda por oportunizar a busca de sentido nos questionamentos, na produção de saberes e trabalho, bem como a identificação das relações dos seres humanos na sociedade.

Na área da Educação, o enquadramento ocorre em relação ao desenvolvimento que abarca o processo histórico das sociedades, na percepção Marxista de educação tem por alicerce o materialismo histórico.

Através da metodologia, bibliográfica, descritiva, qualitativa busca evidenciar os muitos discursos e debates que se levantam, teorias que são reformuladas, análise com novas releituras são disseminadas na comunidade científica, em várias perspectivas, inclusive sociológica. Contudo a prática educativa se mantém no compasso de não estimular o “aprender a aprender”[4].

Desse modo, propicia ao indivíduo o trato de modo produtivo, as transformações e o sobreviver em ambiente dinâmico, onde as mudanças ocorrem na velocidade da luz. Esse contexto exige a construção de significados através de concepções inseridas no campo de relatividade, probabilidade, incerteza, sistema, representações, modelos, entre outros. No entanto, a educação, mantendo-se fora de foco, continua a agregar velhos conceitos clássicos, ideologias e teorização relegando a cientificidade e o conhecimento[5].

A criticidade nesse cenário, associada à sua independência, permite deparar-se com inúmeros desafios, de responsabilidade no que se refere aos enfrentamentos educacionais, no conflito de interesses do Estado, sociedade, ideologias, ciência e ensino-aprendizagem. Nota-se uma tímida luta para desenvolver a capacidade de inovar, somar esforços e aprimorar meios e instrumentos que possibilitem a eficácia, a eficiência e a qualidade no processo educacional[6].

Ainda é nítido a que a escola, transmite a utopia da certeza, porém, busca adequar-se as inovações tecnológicas, e, implementando equivocadamente a função de preparar indivíduos para a inserção na sociedade do consumo, para o mercado de trabalho, para a globalização. Todavia, fora de foco. Nesse contexto insere a reflexão acerca da aprendizagem significativa como atividade subersiva[7]. Referindo-se a subversão como, postura crítica, como estratégia de sobrevivência na sociedade contemporânea, compreendendo que a aprendizagem significativa crítica, pode-se configurar no caminho para nortear a educação para a prática concreta, plena e efetiva.

Contudo, os desafios são muitos, pois, permanece arraigado na base da educação, aspectos da sociologia inserido por meio das concepções de vários sociólogos e pensadores clássico, entre eles Karl Marx cuja abordagem fundamenta a emancipação humana[8].

Marx argumenta contra a compreensão de Estado abastado que, mesmo laico, não promove à emancipação humana[9]. Assevera que a emancipação humana é resultado de esforços para o alcance de direitos políticos ou de igualdade, continuadamente por um grupo determinado negligenciado em seus direitos. Para Marx, em tese, o Estado de transição ocorre com a ditadura da burguesia para a ditadura do proletariado, em virtude da substituição de determinadas instituições[10].

O discurso de Karl Marx em relação à emancipação humana ocorre por meio de dois modos revolucionários, sendo que um desses modos de revolução é por meio da educação. Logo, a educação ideológica, massificada e alienante que vem sofrendo duras críticas e levantando bandeiras da “Escola Sem Partido”.

Na concepção marxista a educação funciona como um processo por meio do qual provoca transformação radical da sociabilidade, supondo a promoção da liberdade verdadeira, desenvolvendo homens omnilateral, contrário ao capitalismo, que segundo Marx promovia a construção do homem unilateralizados.

De fato, o Estado é uma máquina, mas ninguém pode manobrá-la a seu gosto, cada classe dominante busca intervir, reconstituir e construir a máquina estatal de acordo com as suas exigências, esquecendo o interesse coletivo[11].

MARXISMO NA EDUCAÇÃO

A sociologia na perspectiva marxista consiste nas lutas de classes, das relações de poder no âmbito das sociedades capitalistas, do estruturalismo Sócio-econômico-político, ou seja, Karl Marx, preceitua a sociologia do conflito, do antagonismo.

Os pressupostos marxistas enfatizam as contradições, pertinentes a sociedade capitalista, essencialmente entre as classes sociais, as forças e as relações na produção e ainda no progresso das riquezas e no crescimento da miséria entre a maioria, fatores que oportunizarão à crise revolucionária, denominada, na visão de Marx,  de “A revolução do proletariado”, utopicamente realizado por uma maioria em favor de todos. E, como resultado de tal revolução, aconteceria o desaparecimento concomitantemente do capitalismo e das classes[12].

Karl Marx se destaca na sociologia materialista, não constituindo a educação em matéria significativa na obra de Karl Marx. As principais referências marxistas à educação são encontradas nos textos Manifesto do Partido Comunista (1848), nas Instruções aos Delegados do Congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores (1866) e na obra O Capital (1867-1894)[13].

Na sociologia da educação, assim como, várias outras áreas, a adequação se faz em relação ao desenvolvimento nas sociedades. A educação de modo específico, na compreensão marxista se fundamenta no materialismo histórico. Nesse sentido pressupõe que a educação de reveste em instrumento de socialização, de integração das pessoas em uma sociedade sem classes.

Para o paradigma marxista “infraestrutural–superestrutural”, a escola é parte da superestrutura, assim como o Estado ou a família. Desse modo a educação é constituída de característica que propicia a manutenção da hierarquia social, contribuindo para o controle das classes dominadoras sobre as dominadas, ou seja, o domínio da burguesia sobre o proletariado. Tais ideologias pressupõe que os estabelecimentos das regras são feitos por meio das classes dominantes, a burguesia[14].

As ideias da classe dominante são, em todas as épocas, aquelas que se reveste do poder material dominador na sociedade. Trata-se da classe que dispõe de meio produtivo material, paralelamente, submetem as ideias aqueles que carecem dos meios para a produção. Portanto, as ideias dominadoras são as expressões ideais das relações materiais que dominam as relações concebidas como ideias do domínio. Para Marx, aqueles que formam a classe dominante também determinam o conteúdo de ideias e ideologia de modo abrangente, dominam os pensadores, produtores de ideias de cada época, que se tornam as ideias dominantes[15].

Muito das ideias de Karl Marx estão explicitas na educação brasileira onde as ideias passadas na escola por professores a serviço da “reprodução” sociocultural, em que o próprio educador é doutrinado, para repassar as ideias de uma falsa consciência de classe. Nesse contexto, no decorrer de suas obras Marx apresenta diversas propostas com a finalidade de suplantar a tensão. Dentre essas suposições insere-se paradigma de educação igualitária, para todos, enquanto propagandismo do Manifesto do Partido Comunista[16].

A ideologia marxista defende como método imprescindível como instrumento revolucionamento em todo o mundo, a educação pública de todas as crianças. Fundamentado nessa proposta, reivindica-se a educação, enquanto direito pela classe operária, institucionalizada como modelo social. Com esse paradigma, se conduz em direção à massificação e alienação do ensino, com o pretexto à educação de e para todos.

No modelo de educação marxista algumas propostas ganham destaques como:

[…] o trabalho mental deve ser combinado com o corporal, com a ginástica, e a instrução tecnológica; a educação deve ser nacional sem ser governamental; por um lado, é preciso uma mudança das circunstâncias sociais para criar um adequado sistema de educação; por outro lado, é preciso um sistema de educação adequado para poder mudar as circunstâncias sociais[17].

A argumentação inserida entre o educativo e o social, a teoria e a práxis, infere uma formação para atividade de cunho político, laico e público, com a hipótese de construir de modo participativo ‘melhores’ cidadãos, em que se prega uma educação de aspecto sociopolítico igualando-a a obtenção de maior mobilidade e liberdade social[18].

É notório que a educação tem por incumbência, em todos os tempos, a autossuficiência dos indivíduos, visando uma nova ordem social. O sistema de educação deve ser compreendido como processo por meio do qual os sujeitos produzam a sua subsistência, construindo se próprio processo histórico, num ponto de vista amplo em diversos sentidos. E, se torna instrumento de luta na produção de uma alienação crescente. Ainda a premissa marxista, aborda na concepção comunista, a ideia de que a precisão capitalista da força produtiva coage a inserir na formação escolar básica pública e à composição de escolas técnicas são parte da obra “O Capital”[19].

Marx assevera que a formação educacional do proletariado é o caminho para o conhecimento, sendo, ainda a passagem para as mudanças na sociedade. Nesse contexto, concentra-se o carácter revolucionário da educação sociológica marxista, haja vista que para o pensador em questão, a evolução é sempre um resultado revolucionário[20].

O contexto marxista reporta-se a educação emancipatória que busca amparo na filosofia, que conduz a reflexão acerca da precisão de (re)construir e um homem iluminado para uma sociedade emancipada. Essa ideologia é erificada também nos pressupostos de Paulo Freire, que, direciona seu discurso, de modo mais específico, para a educação latino-americana[21].

As premissas pedagógicas de Freire têm embasamento em valores humanistas, na expectativa da transformação social. O princípio inicial é reconhecer a condição do ser humano, enquanto responsável pela sua própria construção histórica. O pressuposto freiriano propõe que os sujeitos menos favorecidos, excluídos, oprimidos, porém organizados de modo coletivo, podem por meio do desvendar crítico da realidade, modificar de maneira concreta a sua existência, sendo libertos da opressão[22].

Nesse modo de compreender a relação do indivíduo com a realidade, enquanto pessoa crítica, que não se submetem à cultura massificante, alienante e dominadora, se constituirá em impulsionador para inovar na concepção de educação popular libertadora, reconhecendo na pessoa oprimida pela estrutura social heterônoma, “o agente transformador dessa mesma sociedade, a partir da compreensão crítica da opressão que está submetido, recriando sua maneira de pensar (ler) o mundo”[23].

A proposta de Freire na Pedagogia do Oprimido, teoricamente conduz a busca da construção emancipatória, por meio de premissa propositiva, discursando conceitos e delineando estratégias e metodologias para suplantar o contraditório que permeia a sociedade na relação entre opressores e oprimidos. No discurso de Freire, a emancipação deixa de ser apenas uma proposição filosófica, social ou crítica, e reveste-se essencialmente de uma ocupação educacional, voltada de maneira específica para a prática pedagógica, ganhando significado de humanização[24].

A pedagogia do oprimido emerge como:

[…] aquela que tem de ser forjada com ele (oprimido) e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará[25].

A pedagogia de Freire apresenta uma crítica a educação tradicional e uma proposta de construção de outro modo de compreender e praticar o saber,  a aprendizagem e a educação. Nesse contexto, defende que o aluno seja o principal ator no processo de aquisição do conhecimento. Ao criticar a educação depositária defende a construção autônoma do indivíduo para extrapolar as formas de submissão do bancarismo e construir sua própria trajetória epistemológica[26].

DAS RESISTÊNCIAS ÀS RUPTURAS: QUE EDUCAÇÃO É ESSA?

É relevante pautar essa reflexão nas palavras de Foucault “As luzes que descobriram as liberdades inventaram também as disciplinas”[27].Como respaldo teórico da realidade que se delineia ainda nas escolas de hoje, é válido destacar o discurso de Tonucci:

As escolas foram criadas de acordo com o modelo fabril, ocorrendo à massificação do ensino, onde o aluno era preparado para o mercado de trabalho. Ou seja, havia apenas a necessidade que as pessoas soubessem ler e escrever, fazendo da sala de aula uma espécie de ‘linha de montagem’ do conhecimento, não havendo possibilidades dos alunos se expressarem, suas vivências eram desconsideradas, somente o professor tinha voz e era detentor do conhecimento, tornando-se um ser autoritário[28].

Os alunos que não se encaixassem nesse padrão de escola eram descartados, e infelizmente ainda é possível ver na sociedade contemporânea o distanciamento que há entre professor e aluno, a exclusão dos que não se encaixam no modelo.

O alerta de Tonucci[29] continua tão atual como o era quarenta anos atrás. “Com olhos de criança” possui críticas a um conhecimento incapaz de articular processos de retomada de saberes que se estruturam em outros lugares que não apenas na escola. Para o autor era importante recuperar espaços de convivência humana nos quais as crianças pudessem aprender de modo espontâneo, sem alienação e massificação[30].

Essa realidade, também retratada nas cenas do vídeo que compõem a música “Another Brick in the Wall” da banda britânica Pink Floyd, no final dos anos 1970, um professor tirano que quer controlar o pensamento dos alunos, conforme demonstra a citação a seguir:

[…] Outro tijolo no muro. Não precisamos de nenhum controle de pensamento / de nenhum sarcasmo negro na sala de aula / Professores, deixem as crianças em paz / Ei, professor! Deixe-nos crianças em paz! De um modo geral, isto é apenas / mais um tijolo no muro/ De um modo geral, você é apenas / mais um tijolo no muro! (Letra da música “Another brick in the wall”. Tradução livre) (Pink Floyd, 1979).

Essa citação como vários exemplos observados na literatura, por meio de críticas ilustradas tais como as charges de Francisco Tonucci[31] com o título “A Grande Máquina Escolar”(1970) e Passeios instrutivos (1979), que remetem as teorias tradicionais, carregadas de massificação e alienação no sistema educacional.

Trata-se de um sistema similar a uma empresa comercial; formas precisas, mecânicas de ensinar; método que consiste em ensinar ao aluno verdades prontas; práticas de memorização; a autoridade do professor; a função da escola era formar para o trabalho; obediência e respeito como virtude; entre tantas outras.

Por sua vez, Paulo Freire[32] chama de “educação bancária” a este modelo de educação em que o professor deposita o conhecimento na mente dos alunos, numa ótica intencional, sem questionamentos, submetidos à estrutura do poder de cada época, ou interesse distinto ao do saber científico, onde apenas o educador tem conhecimento do saber. Freire faz críticas a esta concepção e propõe uma educação como prática de liberdade, que só é possível no diálogo, na escuta do outro, na experiência vivida[33].

No entanto, é notório que, a escola tradicional ainda tem suas raízes em diversas instâncias da educação, nas atitudes arbitrárias ou mesmo do não saber fazer diferente, ou ainda mais grave do depósito ideológico alienante e massificador, em detrimento da produção do saber, do conhecimento e das ciências em todas as suas áreas e abrangências.

KARL MARX E PAULO FREIRE: É A EDUCAÇÃO QUE SE DESEJA?

Na tentativa de compreender a tessitura da educação, que traz os resquícios das premissas sociológicas marxistas, impregnada dos pressupostos freirianos, inseridas nas diferentes escolas públicas e privadas, considera-se que muitas ‘marcas’ são deixadas, muitas trocas de conhecimento se fazem importantes no trajeto do processo educacional. Os fios das redes que são tecidas nesse processo de ensino-aprendizagem se tornam potentes para a constituição da pessoa.

Nesse sentido é vital que a educação tenha em seus atores o intuito de exercer de forma verdadeira, ética e eficiente a disseminação do conhecimento, haja vista que é preciso “[…] contar o passado, analisar o presente para sonhar o futuro”[34].

Neste caminhar se aprende a buscar a “realidade” em todos os sentidos, pois nos espaços das escolas se encontram gritos e silêncios, dor e prazer, choros e alegrias, e, pessoas impregnadas de paixão, de desejo de realizar, encharcados de imaginação e reinvenção, professores especiais que querem dar carinho, acolher e compreender seus alunos, professoras que insatisfeitas com o que está instituído na escola querem fazer diferente com seus alunos, e mais:

 […] é assim que são produzidas novas teorias, partindo da observação/reflexão/observação em que a prática significa um processo de conjugação e elaboração complexa, só possíveis quando na escola existe um espaço de discussão da prática pedagógica coletiva[35].

Para compreender sociologia da educação, é necessário entender a realidade da vida cotidiana educacional na escola em qualquer espaço tempo  em que ela se dá. É imprescindível atentar a tudo que ali se passa, se cria e se inova aquilo que se repete e que se acredita[36].

É preciso estar atento para que se possa mudar o estigma de “fracasso”, de alienação, de massificação, de ideologias depositárias, escassez de conhecimento, que fica marcado nos baixos índices de avaliação no contexto da educação. Apesar das resistências é necessário ter coragem e sabedoria para promover a ruptura de fronteiras e fazer da trajetória da sociologia da educação, uma  pedagoga diferente da que se tem praticado.

Caminho que se deseja para a educação de crianças, jovens e adultos, ou seja, em todas as modalidades de ensino, é preparar terrenos férteis para que possam trilhar com sucesso na trajetória da vida, tanto pessoal, social e profissional. O mundo evolui, cresce se desenvolve entre o amor e o sofrimento, mas sabe também que há esperança. Para isso é necessário: “observar com todos os sentidos – aprendizagem que não se deu na nossa formação escolar e que, quando se deu, foi por não termos tido medo de viver com todos os riscos”[37].

Nesse cenário retoma-se a reflexão dos pressupostos teóricos que impactam sobremaneira na educação brasileira, os pensamentos de Karl Marx e Paulo Freire, com grande similaridade entre suas propostas, impregnam as práticas pedagógicas nas escolas e demonstram a emergente controvérsia paradoxal. À exemplo de Freire considerado por diversos educadores em todo o mundo como referência teórico-metodológica, porém por criticado por diversos atores e setores da sociedade como ideólogo  tendencioso e perigo doutrinário alienante para crianças e jovens.

Nesse sentido, estudo recente realizou mapeamento sistemático com análise e identificação das influências de Karl Marx nas premissas de Paulo Freire[38]. Os apontamentos do estudo mencionado evidenciam a relação entre Freire e Marx que se efetiva através de uma ação reflexiva, a práxis, com a finalidade de abordagem teórico-prática em benefício da transformação social. Fundamentalmente à pedagogia libertária de Freire apresenta grande influência do humanismo de Marx.[39]

Freire apresenta uma educação estruturada na dialogicidade que consiste na “[…] essência da educação como prática da liberdade”[40].

Embora tenha suas obras amplamente divulgadas, inseridas nos contextos educacionais e referenciadas Freire, que pautou suas abordagens pelo existencialismo cristão, pela fenomenologia e pela percepção filosófica marxista, supondo uma educação inclusiva e a proposta de orientar o indivíduo ao desenvolvimento de pensamentos críticos, e se tornar ator participante e transformador do contexto social, vem recebendo críticas, essencialmente nos dias atuais[41].

As crítica se fundamentam no fato que suas obras estão sendo, apresentadas, interpretadas e/ou utilizadas como “doutrinadora”, corresponsável em transformar a escola em “uma máquina de formar alienados”[42].

Essa uma realidade vivenciada e disseminada em vários veículos midiáticos, estudantes defendendo revolução e não ideais; doutrinados para defender a qualquer custo uma esquerda corrupta, intolerante e alienante. Defendem socialismo/comunismo como verdades absolutas, e, a educação, acaba relegando sua função de produtora de conhecimento, e passa a exercer a condição de ópio massificador atendendo meramente à interesses e estratégias políticas.

Dentre os principais movimento opositores a doutrina de Freire, tem sido demonstrado por movimentos ligados a educação, a exemplo, do “Escola sem Partido”, fundado em 2004 e tornou-se Projeto de Lei, em 2014, configura-se em Hastag (#escolaSemPartido) frequentemente levantada nas redes sociais[43].

Os argumentos têm base na transposição efetivada para a sala de aula, por meio das premissas de Freire, pautadas na teoria materialista histórico-dialética de Marx, ressaltando que “[…] é a visão marxista que domina soberana em nossas escolas e que se revolta quando confrontada com posturas mais conservadoras”[44]

Essa parece não ser a educação que se deseja nas escolas brasileiras, mas os indícios observados nos estudos visitados sugerem que é a educação que se efetiva, se mantem e perdura.

Observa-se que a compreensão sobre a pedagogia freiriana como um todo e a ênfase na libertação do indivíduo na busca pela minimização do contexto social e ideias opressoras são semelhantes aos pressupostos marxistas. Freire, na condição de patrono da educação brasileira, tem suas obras como referência às práticas educativas no país[45].

Desse modo, as doutrinações ideológicas presentes no contexto educacional em todas as modalidades de ensino, se tornam terreno fértil para as críticas, que consideram como principal objetivo arredar a intimidação marxista das escolas, afastando a possibilidade de favorecer a tomada do poder pelo comunismo-socialismo, forma de governo esta que, até então, em nenhuma nação demonstrou eficiência ou benefícios ao povo, somente exploração e tirania.

Embora, as teorias de Marx e Freire supostamente tenham a percepção do ensino-aprendizagem como instrumento para a liberdade, os críticos conseguem perceber, que tais premissas são utilizadas como fomento na tomada do poder, pautada na utopia marxista na promoção da transformação social por meio da luta de classes.

Com a utilização das premissas marxistas e freirianas, não raro, educadores levantam bandeira ideológicas em salas de aula, com intuito de construir métodos e conteúdos que contribuíam para essa mudança “não transformação” da sociedade. Nota-se uma inversão de papeis dentro do contexto que envolve a práxis das teorias marxistas e freirianas na realidade escolar.

Ou seja, a pessoa desenvolve os seus potenciais a fim de obter à sociabilidade, desse modo, a formação do sujeito é prevista como um “ajuste” ao interesse do grupo social, contudo o que ocorre, é um enquadramento nos interesses e estratégias de obtenção de poder e aquisição de benefícios políticos.

Nesse contexto não interessa aos docentes qualquer outro projeto que não esteja alinhado aos temas de lutas sociais que impactam de forma direta na política reinante no país. É possível considerar que a finalidade maior da atual educação brasileira é a luta que conduz ao capital e poder e não à construção social. Certamente, parece não ser essa a educação que se deseja nas escolas brasileiras[46].

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A abordagem reflexiva proposta nesse estudo, permitiu observar que a sociologia da educação na percepção de Karl Marx e reconstruída na concepção de emancipação humana ou educação libertária. Ideias essas perseguidas por Paulo Freire na busca reconstruir uma pessoa esclarecido, libertária em uma sociedade emancipada.

Em consonância entre os pensamentos de Marx e Freire convergem como objetivo da reflexão proposta inicialmente sobre as discussões que se levantam em relação aos pressupostos clássicos da Sociologia que propiciaram relevância as concepções pertinentes à educação.  Considera-se ter alcançado o objetivo, a partir do debate problematizado acerca das práticas educacionais nas escolas que, de certo modo, têm produzido a negação da escola como espaço, tempo de potência da vida, de formação e de conhecimento. Para muitos críticos, a escola se transformou em uma máquina de fabricar ideologias, massificadoras e alienantes, a serviço do poder opressor, com o intuito de retomar o poder e nele se perpetuar.

Os fios das redes que foram se tecendo nas últimas décadas foram potentes para desconstruir imaginários, senso de criticidade, apoderamento de conhecimento e produção de saber, em contrapartida reconstituir ideologias, alienação, massificação e utopias, tendo como instrumento a tessitura da educação nas diferentes escolas, quer sejam públicas ou privadas.

A reflexão conduziu a percepção de que a educação necessita ser planejada, com técnicas e didáticas coerentes, correspondente a realidade atual, que se insere em cenário de política educativa no contexto da sociedade neoliberal com enfoque nas possibilidades diversificadas, provenientes dos diversos segmentos que a educação influencia como também é impactada.

É necessário um repensar aprofundado e crítico observando que os problemas provenientes da doutrinação ideológica que ocorrem em sala de aula são resultantes em grande parcela da influência da percepção de Freire e seus pressupostos inseridos no sistema educacional brasileiro e sua convergência com as premissas doutrinárias marxistas.

Os autores visitados em suas críticas ressaltam que os vícios da educação brasileira atual, o menosprezo aos conteúdos, a valorização exacerbada de assuntos relacionados a valores e atitudes, a abominação as metodologias de avaliação na qualidade do ensino, são alguns aspectos entre outros que se revestem de grande influência de Freire e Marx.

As reflexões que fundamentam vários questionamentos parte do princípio que sendo Marx um pensador clássico referenciado e Freire um pensador quase unânime, enquanto referência na educação brasileira, quando o país se mantém ainda hoje, ocupando posições muito baixas nos rankings internacionais, inclusive com baixa qualificação entre os países da América-Latina.

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4. OLIVEIRA, Inês Barbosa (Org.). Práticas cotidianas e emancipação social: do invisível ao possível. Petrópolis, RJ: DP et Alli, 2010. p. 37-50.

5. AMBROSINI, T. F. Educação e emancipação humana: uma fundamentação filosófica. (2012). Disponível em: <http://sites.unifra.br/thaumazein>. Acesso em: 25 nov. 2019.

6. MORROW, R. A.; TORRES, C. A. Teoria social e educação: uma crítica das teorias da reprodução social e cultural. Porto: Edições Afrontamento, 2002.

7. MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa: da visão clássica à visão crítica [2010]. <www.if.ufrgs.br/~moreira> Acesso em: 25 nov. 2019.

8. MARX, K. A questão judaica. Rio de Janeiro: Achiamé, 1991.

9. Idem Ibidem.

10. BATISTA, Hilton Sales. Reflexões acerca do pensamento marxista e weberiano: O Estado, as políticas públicas e a educação. Revista Com Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, [S.l.], v. 6, n. 1, p. 74-85, mar. 2019. ISSN 2359-2494. Disponível em: <http://www.periodicos.se.df.gov. br/index.php/comcenso/article/view/590>. Acesso em: 25 nov. 2019.

11. BATISTA, 2019, op.cit.

12. ARON, R. As etapas do pensamento Sociológico. Lisboa: Publicações Dom Quixote. 1991, p. 147.

13. LOPES, P. C. Educação, sociologia da educação e teorias sociológicas clássicas: Marx, Durkheim e Weber. Academia Edu, 2012.

14. MORROW, R. A.; TORRES, C. A. Teoria social e educação: uma crítica das teorias da reprodução social e cultural. Porto: Edições Afrontamento, 2002.

15. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich (1845). A Ideologia Alemã. Tese sobre Feuerbach, 2010. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/marx/1845/ideologia-alema-oe/cap2. htm#i10 Acesso em: 26 nov. 2019.

16. Idem.

17 .LOPES, 2012, p. 4, op. cit.

18. DIAS, Lorena Silva de Andrade et al. Análise de ideias marxistas na obra de Paulo Freire. Debates em Educação, Maceió, v. 11, n. 23, p. 36-48, apr. 2019. ISSN 2175-6600. Disponível em: <http://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/6529>. Acesso em: 25 nov. 2019.

19. MORROW; TORRES, 2012, op. cit.

20. SANTOS, R. Considerações sobre a educação na perspectiva marxista. Espaço Académico, n. 44, Ano IV, 2005.

21. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 43. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

22. BATISTA, 2019, op. cit.

23. AMBROSINI, 2012, p. 386, op. cit.

24. FREIRE, 2011, op. cit.

25. Idem Ubudem, p. 34.

26. BATISTA, 2019, op. cit.

27. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. O Panoptismo. Tradução Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p. 189.

28. Apud GOULART, Paulo Sergio Sgarbi. Avaliar é pratica democracia? In: OLIVEIRA, Inês Barbosa de (Org.). A democracia no cotidiano da escola. 3. ed. Coleção Sentido da Escola. Rio de Janeiro: DP&A, SEPE, 2005. p. 8.

29. Idem Ibidem.

30. GOULART, 2005, op.cit.

31. TONUCCI, Francesco. Com olhos de criança. Porto Alegre: Artes Médicas.1997.

32.  FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 59. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2015.

33. Idem Ibidem.

34. OLIVEIRA, Inês Barbosa de; e ALVES, Nilda (Orgs.). Pesquisa no/dos/com os cotidianos das escolas – sobre redes de saberes. 3. ed. Rio de Janeiro: DP et alli, 2008. p. 9.

35. LINHARES, Celia Frazão; GARCIA, Regina Leite. Simpósio Internacional Crise da Razão e Crise da Política na Formação Docente. Rio de Janeiro: Editora Ágora da Ilha, 2008, p. 52.

36. GARCIA, Regina Leite (org.). Método; Métodos e Contramétodos. São Paulo: Cortez, 2003.

37. LINHARES; GARCIA, 2008, p. 51, op. cit.

38. DIAS, 2019, op. cit.

39. Idem Ibidem.

40. MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. 2. ed. ampl. São Paulo: E.P.U., 2015, p. 151.

41. CONSTANTINO, Rodrigo. Escola sem partido já! Escola sem Partido, São Paulo, 06 mar. 2015. Disponível em: http://www.escolasempartido.org/artigos-top/536-escola-sem-partido-ja. Acesso em: 27 nov. 2019.

42. Idem Ibidem.

43. Idem Ibidem.

44. RODRIGUES, 2015, s.p., iop. cit.

45. FERNANDES, Sabrina. Pedagogia crítica como práxis marxista humanista: perspectivas sobre solidariedade, opressão e revolução. Educ. Soc., Campinas, v. 37, n. 135, p. 481-496, 2016.

46. RODRIGUES, 2015, op. cit.

[1] Mestrando em Ciências da Educação (UNIVERSIDAD GRENDAL). Especialista em Planejamento Educacional (UNIVERSO). Especialista em Cosmetologia Aplicada (FACULDADES OSWALDO CRUZ). Graduado em Química (UFSC).

[2] Mestranda em Ciências da Educação (UNIVERSIDAD GRENDAL).

[3] Doutorado em Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística. Mestrado em Artes Cênicas. Especialização em História do Brasil. Graduação em Letras.

Enviado: Outubro, 2019.

Aprovado: Dezembro, 2019.

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Augusto Gonçalves Filho

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