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Avaliação em políticas e programas de incentivo à educação e à colaboração interprofissional na saúde

RC: 143391
214
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/incentivo-a-educacao

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA 

SALES, Ana Camila Cavalcante [1], NAZIMA, Maira Tiyomi Sacata Tongu [2], MENDES, Adilson [3], LANDRE, Cleuton Braga [4]

SALES, Ana Camila Cavalcante. et al. Avaliação em políticas e programas de incentivo à educação e à colaboração interprofissional na saúde. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 04, Vol. 04, pp. 59-79. Abril de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/incentivo-a-educacao, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/incentivo-a-educacao

RESUMO 

Trata-se de uma revisão integrativa que busca evidenciar estratégias de implementação da Colaboração Interprofissional (IP) em políticas e programas de incentivo à Educação Interprofissional (EIP) na saúde e identificar modos de avaliação dessa atuação interprofissional. Métodos: a pesquisa foi realizada por meio de 04 (quatro) etapas, cujo processo de seleção dos estudos envolveu: identificação, triagem, elegibilidade, inclusão. Ocorreu entre os meses de fevereiro a agosto de 2020 a partir dos descritores “interprofissional education”, “program evaluation” e “health”, com o operador booleano “AND”. Elegeu-se para análise o total de 21 estudos que respondiam aos descritores selecionados, bem como ao período definido de dez últimos anos, publicados nas bases de dados eletrônicas Cochrane, EMBASE, PubMed Central, MEDLINE/PubMed.gov e SciElo.ORG, acessadas de modo remoto via CAFe na plataforma CAPES. Resultado: verificou-se em todos os estudos incluídos que, como estratégias de implementação, antes de avaliar o desempenho profissional, executam-se intervenção de aprendizagem IP, destacando-se os modelos de intervenção mais frequentes: Programa EIP, Simulação e Treinamento de Atuação IP. O uso de questionários e as escalas foram os instrumentos de avaliação da atuação IP mais recorrentes entre os estudos analisados. Nas intervenções, além de conteúdos de aprendizagens factuais e conceituais, desenvolveram-se aprendizagens procedimentais e atitudinais. Conclusão: os estudos selecionados usaram alguma atividade prática ou de aprendizagem IP, e a maioria destes optaram por escalas e questionários para avaliação dos resultados e envolveram estudantes ou profissionais de enfermagem e medicina. 

Palavras-chave: Educação Interprofissional, Educação Superior, Avaliação da Pesquisa em Saúde.

INTRODUÇÃO 

A educação interprofissional, como produto da interdisciplinaridade, consiste em uma resposta conciliadora ao desenvolvimento do conhecimento fragmentado em disciplinas independentes. A interprofissionalidade pode ser o caminho para a interdisciplinaridade, uma vez que ela reúne diferentes profissionais da saúde cujas visões no cuidado com o paciente seguem na mesma direção (LIAW et al., 2019). É evidente a relevância da implementação de modelos de educação e trabalho interprofissional a fim de promover o cuidado integral das pessoas (COSTA et al., 2014).

No Brasil, o Programa de Educação pelo Trabalho (PET) para Saúde/Interprofissionalidade, instituído pelo Ministério da Saúde, contempla projetos voltados para o desenvolvimento de mudanças curriculares, alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), para os cursos da saúde, que considerem os princípios da interprofissionalidade (IP), interdisciplinaridade e intersetorialidade, na busca de aprimoramento na formação profissional e desenvolvimento do cuidado na saúde, priorizando os processos ensino-serviço-comunidade de forma articulada entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as instituições de ensino (BRASIL, 2018).

Internacionalmente, a implementação da EIP no ensino superior ocorre há trinta anos, com destaque em países da América do Norte e da Europa. A proposta visa aperfeiçoar a saúde através do trabalho colaborativo desponta no cenário global como importante estratégia para inibir os prejuízos de doenças infecciosas, principalmente, em países emergentes, onde os recursos humanos e científicos são limitados (BERRIAN et al., 2020; SOLOMON, 2011).

Destarte, a avaliação de definições colaborativas formais para estabelecimento de dinâmica interprofissional, como a avaliação de programas interprofissionais, fornece indicadores fundamentais para uma análise de localidade da aplicação dos modelos de interprofissionalidade, para ajustes em diversos contextos, além das adequações da IP a partir de diferentes modelos de prática. Por exemplo, as atividades de um PET, assim como demais políticas e programas de fomento à EIP, passam por avaliações regulares sobre a atuação interprofissional (SOLOMON, 2011). Tais avaliações precisam ser coerentes com o método de aprendizagem, utilizando: a prática, a simulação virtual, discussão online, workshops etc. (BARR et al., 2008; REEVES et al., 2010; SOLOMON, 2011).

Esta revisão integrativa busca identificar formas de avaliação da atuação interprofissional e evidenciar estratégias adotadas para a implementação da colaboração interprofissional em políticas e programas de incentivo à Educação Interprofissional na saúde.

Questionamentos norteadores: “Como é feita a avaliação da atuação interprofissional em políticas e programas de incentivo à EIP?” e “Quais estratégias adotadas para a implementação da colaboração interprofissional?”.

METODOLOGIA

O processo de pesquisa ocorreu entre os meses de fevereiro a agosto de 2020. Nesta revisão, conforme Quadro 1, foram incluídos estudos onde a avaliação do trabalho interprofissional e os programas e de incentivo à educação interprofissional foram temas de estudos primários publicados nas línguas Português ou Inglês.

Quadro 1. Descrição dos artigos selecionados, Brasil, 2020

Título/ Autor/ Ano/ País Desenho Objetivos Resultados
A Mixed-Methods Evaluation of Medical Residents’ Attitudes Towards Interprofessional Learning and Stereotypes Following Sonography Student-Led Point-of-Care Ultrasound Training.

Smith et al., 2020.

Estados Unidos.

Quantitativo Avaliar o impacto de um treinamento Point-of-care ultrasound (POCUS) interprofissional nas atitudes dos residentes em relação à aprendizagem interprofissional e estereótipos. As entrevistas dos grupos focais revelaram quatro atitudes: maior respeito por outras disciplinas, implicações para a prática futura, aumento da confiança dos alunos da Ultrassonografia, Diagnóstico Médica e interesse em futuras oportunidades de EIP.
Creation of an interprofessional clinical experience for healthcare professions trainees in a nursing home setting.

Ford et al., 2013.

Estados Unidos.

Qualitativo Descrever Experiência Clínica Interprofissional de programa de EIP vivenciado por trainees da saúde em um lar de idosos. Não fora identificado resultados objetivos deste estudo.
Developing a Global One Health Workforce: The “Rx One Health Summer Institute” Approach.

Berrian et al., 2020.

Estados Unidos.

Qualitativo Descrever experiência de implementação da abordagem “Rx One Health Summer Institute” A experiência trouxe melhorias na capacidade dos participantes de aplicar a abordagem “Rx One Health Summer Institute” ao solucionar de problemas de saúde e doenças, bem como revelou desafios intersetoriais para sua implementação.
Effectiveness of interprofessional education in renal physiology curricula for health sciences graduate students.

Harrison-Bernard et al., 2017.

Estados Unidos.

Quantitativo. Conduzir uma experiência de educação interprofissional (EIP) durante o bloco de fisiologia renal de um curso de pós-graduação era fornecer ciências básicas, fisioterapia e estudantes de pós-graduação assistentes médicos com a oportunidade de trabalhar em equipe no diagnóstico e tratamento e cuidado colaborativo de um paciente com lesão renal aguda. Estudantes de fisioterapia e médicos assistentes tiveram um aumento estatisticamente significativo nas pontuações pré e pós-pesquisa, indicando uma percepção mais favorável de sua competência interprofissional para Expectativas Comportamentais de Funções/Responsabilidades e Expectativas Comportamentais de Comunicação Interprofissional.
“Getting Everyone on the Same Page”: interprofessional Team Training to Develop Shared Mental Models on Interprofessional Rounds.

Liaw SY et al., 2019.

Singapura.

 

 

Quali-quantitativo.

Avaliar o efeito do programa de treinamento de equipe para apoiar o desenvolvimento do modelo mental compartilhado em rodadas interprofissionais. Os resultados do trabalho em equipe e atitudes interprofissionais no grupo que sofreu uma intervenção de formação interprofissional completa, o que incluiu treinamento didático em ferramentas cognitivas e uma simulação virtual de trabalho em equipe, foram elevados comparado ao controle. Os dois grupos (com intervenção completa e parcial) apresentaram escores de atitude mais altos no trabalho em equipe comparado ao grupo controle.
IMAGINE-ing interprofessional education: program evaluation of a novel inner-city health educational experience.

Hu et al., 2017.

Canada.

Qualitativo Apresentar e avaliar um novo programa de EIP na saúde      em um local central administrado por alunos, combinando componentes educacionais práticos e didáticos. Neste estudo, verificou-se aumento importante de conhecimentos dos estudantes da área da saúde e outros sobre as questões enfrentadas pelas populações carentes e os recursos para as populações em vulnerabilidade socioeconômica.
Implementing an interprofessional narrative medicine program in academic clinics: Feasibility and program evaluation

Gowda et al., 2019.

Estados Unidos.

Qualitativo. Melhorar a comunicação e os relacionamentos interprofissionais com a implementação de um programa de medicina narrativa em clínicas acadêmicos de atenção primária. Os trainees relataram significativo aumento da confiança no uso de PPM, um maior conhecimento sobre o gerenciamento do painel de pacientes. Os trainees relataram melhora na capacidade de identificar pacientes que se beneficiariam de atendimento multidisciplinar ou encaminhamento para outro membro da equipe. A análise revelou que os trainees compreen-diam os membros da equipe como parte importante do sistema.
Integrating executive coaching and simulation to promote interprofessional education of health care students.

Ekmekci et al., 2013.

Estados Unidos.

Quali-quantitativo. Analisar ensaios reflexivos e entrevistas em grupos focais após a intervenção de coaching executivo e interprofissional. Através desta experiência educacional interprofissional, alunos: 1) consideraram certos aspectos do processo mais úteis, 2) aprenderam sobre seus papéis profissionais e o profissional papéis de outros provedores de saúde, e 3) melhor definiu para si o que liderança significa no contexto de uma equipe interprofissional.
Interprofessional SDM train-the-trainer program “Fit for SDM”: provider satisfaction and impact on participation.

Körner et al., 2012.

Alemanha.

Qualitativo. Avaliar o programa de treinamento interprofissional SDM “apto para SDM” em reabilitação médica Avaliação positiva das competências e da satisfação com o SDM após o treinamento.
Interprofessional socialization as a way to introduce collaborative competencies to first-year health science students.

DiVall et al., 2014.

Estados Unidos.

Qualitativo. Desenvolver e avaliar uma conferência interprofissional para alunos do primeiro ano de ciências da saúde com o objetivo de fornecer aos alunos oportunidade de socialização interprofissional e introduzir os princípios de EIP. Avaliação do programa revelou que a conferência teve sucesso em expor os alunos às principais competências interprofissionais e compartilhou informações sobre o uso indevido de álcool e substâncias.
Longitudinal evaluation of attitudes to interprofessional collaboration: time for a change?

King e Violato, 2020.

Canadá.

Quali-quantitativo. Avaliar o Programa Interprofissional e compreender o       impacto da educação interprofissional (EIP) para a prática colaborativa. Escala de Atitude Interprofissional (EAP) não encontrou diferenças ao longo dos 3 anos. Embora tenha havido uma diferença significativa na subescala de Atenção Centrada no Paciente para as Coortes 2 e 3, o tamanho do efeito foi pequeno. Os alunos do corpo docente de Medicina e Odontologia (M&D) obtiveram classificação significativamente mais baixa na subescala de funções e responsabilidades no trabalho em equipe.
Outcomes of commitment to change statements after an interprofessional faculty development program.

Christofilos et al., 2015.

Canadá.

Quantitativo. Explorar a eficácia de um programa de desenvolvimento do corpo docente do IPE em um hospital universitário da comunidade. Os participantes identificaram mudanças pessoais, profissionais, interpessoais e interprofissionais relacionadas às declarações do Compromisso Com a Mudança.
Promoting interprofessionalism: initial evaluation of a Master of Science in health professions education degree program.

Lamba et al., 2016.

Estados Unidos.

Quali-quantitativo. Avaliar as percepções de ex-alunos sobre o desempenho de um programa de mestrado recém-implementado em educação de profissões da saúde em relação aos seus objetivos acadêmicos. A estatística descritiva das pontuações agregadas para os três domínios: a) desenvolver de habilidades interprofissionais e identidade; b) adquirir novas habilidades acadêmicas; e c) ambiente centrado no aluno conforme resultados avaliados por meio da análise de variância indicaram maior desenvolvimento de habilidades interprofissionais e ambiente centrado no aluno do programa comparado a aquisição de novas habilidades acadêmicas. Não houve diferenças entre a promoção do interprofissionalismo e o ambiente centrado no aluno do programa. Entretanto, a melhoria nas relações interprofissionais no local de trabalho foi avaliada significativamente mais baixa do que os outros quatro itens.
Simulation-based inter-professional education to improve attitudes towards collaborative practice: a prospective comparative pilot study in a Chinese medical centre.

YANG et al., 2017.

China.

Quali-quantitativo. Avaliar, após intervenção de EIP, se o compartilhamento de benchmarking pode gerar instrutores sementes responsáveis por melhorar as atitudes de colaboração interprofissional dos integrantes da sua equipe. As três profissões -enfermagens, farmácia e medicina- apresentaram melhora na colaboração interprofissional após o pós-curso e ao final do estudo diante da avaliação por Escala de Percepção Educacional Interdisciplinar e por Escala Towards Healthcare Teams de Pontuações de Atitudes comparado ao pré-curso.
Student perspectives on patient educators as facilitators of interprofessional education.

Solomon, 2011.

Canadá.

Qualitativo. Examinar as percepções dos alunos sobre sua aprendizagem em um evento de EIP de cuidadores de pacientes. Segundo as descrições dos grupos focais e os resultados questionários, os alunos consideraram a experiência positiva, reconheceram a importância de defender seu papel profissional e valorizaram o aprendizado interprofissional. Os alunos também valorizaram a atuação interprofissional e disseram que o EIP deveria ser obrigatório.
Teamwork education improves trauma team performance in undergraduate health professional students

Baker et al., 2015.

Estados Unidos.

Quantitativo. Determinar o efeito do TeamSTEPPS usando a Ferramenta de Observação do Desempenho da Equipe (TPOT) durante a graduação em ressuscitação de trauma. As equipes mostraram melhorias em várias áreas-chave de comunicação, incluindo liderança geral, monitoramento geral da situação e comunicação geral entre os membros da equipe comparando antes e após o treinamento ressuscitação do trauma usando os princípios do TeamSTEPPS.
The efficacy of interprofessional simulation in improving collaborative attitude between nursing students and residents in medicine. A study protocol for a randomised controlled trial.

Ferri et al., 2019.

Itália.

Quali-quantitativo. Determinar a eficácia de um programa educacional baseado em simulação interprofissional de alta fidelidade com o objetivo de melhorar a atitude colaborativa. O estudo ainda não foi concluído. Entretanto, o resultado primário esperado, após o término da intervenção, é que os alunos e os residentes de enfermagem ao passarem por uma simulação interprofissional tenham elevado desempenho diante da avaliação por Escala de Atitudes em relação à Colaboração entre Médico e Enfermeiro de Jefferson comparado ao grupo controle.
The interprofessional student hotspotting learning collaborative: a three-year multicenter experience.

Marshall et al., 2017.

Estados Unidos.

Quantitativo. Projetar uma experiência educacional interprofissional imersiva com currículo robusto entregue por especialistas no atendimento de pacientes de que pode ser implementado em escolas profissionais de saúde em todo o país. O estudo ainda não foi concluído. Porém os resultados esperados compreendem a capacitação dos estudantes para no futuro como profissionais de saúde venham trazer benefícios aos sistemas de saúde dos seus locais e melhoria no atendimento de pacientes com altas necessidades e alto custo.
The positive impact of interprofessional education: a controlled trial to evaluate a programme for health professional students.

Darlow et al., 2017.

Nova Zelândia.

Qualitativo. Avaliar atitudes de alunos em equipes Interprofissionais e aprendizagem interprofissional, bem como a habilidade de gestão de pessoas em longo prazo, após programa de EIP. O programa de EIP de onze horas gerou resultados positivos nos aspectos analisados em comparação ao grupo controle. Além disso, apresentou resultados semelhantes nos dois maiores grupos disciplinares: medicina e radioterapia.
What makes an interprofessional education programme meaningful to students? Findings from focus group interviews with students based in New Zealand.

Darlow et al.,  2016.

Nova Zelândia.

Qualitativo. Explorar as perspectivas dos alunos sobre o programa de EIP. Os participantes consideraram o programa uma oportunidade valiosa de aprendizado para suas futuras carreiras clínicas. As descobertas indicaram que ofertar aos alunos experiências de aprendizagem interprofissional devem ser priorizado nos programas de EIP e que esse processo deve ser conduzido pelos alunos.

Fonte: dados da pesquisa.

A pesquisa foi conduzida de forma independente por duas pesquisadoras, procurando identificar todos os estudos publicados de agosto 2010 até agosto de 2020 nas bases de dados eletrônicas Cochrane, EMBASE, PubMed Central, e PubMed.gov, acessadas de modo remoto via CAFe na plataforma CAPES. Os descritores utilizados na pesquisa efetuada foram: “interprofissional education”, “program evaluation” e “health”, com o operador booleano “AND. O processo de seleção dos estudos envolveu diferentes etapas (Figura 1). A primeira etapa verificou se os descritores estavam presentes nos títulos e resumos dos artigos com o objetivo de rejeitar aqueles que não respondiam aos critérios de inclusão.

Figura 1. Fluxograma da sistematização da busca dos artigos nas bases de dados, Brasil, 2020

Fluxograma da sistematização da busca dos artigos nas bases de dados, Brasil, 2020
Fonte: dados da pesquisa.

Seguidamente, com base na leitura do resumo, foram selecionados os estudos que obedeciam aos critérios de inclusão, sendo excluídos aqueles cujos resumos estavam incompletos ou que suscitavam dúvidas. Por último, o processo de seleção dos documentos incluiu a leitura integral deles. Foram incluídos para análise um total de 21 estudos. Este processo foi realizado pelos investigadores, de forma independente, e o resultado foi obtido após reunião de consenso. Com vista a sistematizar os dados extraídos dos estudos, estes foram compilados de forma descritiva em tabelas.

RESULTADOS

Segundo a análise dos artigos selecionados, todos são publicações internacionais e cerca de 2/3 ocorreram na América do Norte e 1/3 na Europa (Figura 2). Sobre o tipo de estudo, apresentaram caráter qualitativo 42,86% (9), quali-quantitativo 28,57% (6) e quantitativo 28,57% (6) (Quadro 1).

Figura 2. Proporção dos países de origem entre os artigos selecionados, Brasil, 2020

Proporção dos países de origem entre os artigos selecionados, Brasil, 2020
Fonte: dados da pesquisa.

A proporção de profissões ou disciplinas da saúde envolvidas em avaliação de atuação IP entre os 21 estudos selecionados foram: medicina 85,71% (18), enfermagem 80,9% (17), fisioterapia 52,38% (11), farmácia 33,3% (7), serviço social 33,3% (7), terapia ocupacional 28,57% (6), educação física 9,52% (2), odontologia 9,52% (2), técnico em radiologia 9,52% (2), ciências biológicas 4,76% (1), fonoaudiologia 4,76% (1), psicologia 4,76% (1), optometrista 4,76% (1) e nutrição 4,76% (1) (Figura 3)estudos partiram de uma intervenção de aprendizagem interprofissional, com diferentes modelos de intervenção. Assim, os modelos de intervenção identificados foram: Programa EIP 47,62% (10), Simulação de atuação IP 19,05% (4), Treinamento 19,05% (4), Capacitação virtual 9,52% (2) e Simulação de Virtual IP 4,76% (1) (Figura 4).

Figura 3. Representação gráfica da proporção em que diferentes áreas da saúde estavam presentes entre os 21 artigos selecionados, Brasil, 2020

Representação gráfica da proporção em que diferentes áreas da saúde estavam presentes entre os 21 artigos selecionados, Brasil, 2020
Fonte: dados da pesquisa.

Figura 4. Representação da frequência de aplicação de modelos de intervenção IP entre os artigos selecionados, Brasil, 2020

Representação da frequência de aplicação de modelos de intervenção IP entre os artigos selecionados, Brasil, 2020
Fonte: dados da pesquisa.

Dentre as formas de avaliar a atuação interprofissional nos estudos, a que ocorreu com maior frequência foi através de questionários, com 40% dos casos (Tabela 1). Os métodos de avaliação da atuação interprofissional utilizados pelos estudos pesquisados foram, em sua maioria, baseados em questionários com quase a metade das utilizações, seguido pelas escalas com 23,33%, e entrevistas com 20% e relatos com 16,67%.

Tabela 1. Quantificação dos tipos de avaliações encontradas

Tipo Número Percentual
Entrevistas 6 20%
Escalas 7 23,33%
Questionários 12 40%
Relatos 5 16,67%

Fonte: dados da pesquisa.

DISCUSSÃO

A avaliação de aprendizagem IP permite evidenciar os benefícios alcançados após intervenção IP, como o desenvolvimento de habilidades, competências e estratégias IP. As descrições dos estudos selecionados por esta revisão elencaram: desenvolvimento de habilidades interprofissionais; aquisição de novas competências acadêmicas; melhora nas relações interprofissionais no local de trabalho (LAMBA et al., 2016), efeito significativo no desempenho da equipe (LIAW et al., 2019); habilidades de negociação; exercício da decisão compartilhada (KORNER et al., 2014) e melhor compreensão dos papéis dos membros da equipe IP (FORD et al., 2013).

Nos últimos trinta anos, a EIP é temática recorrente no cuidado integral ao paciente, especialmente nos Estados Unidos e Europa (BATISTA, 2012), o que influenciou para o desenvolvimento de várias modelagens de estudo sobre a interprofissionalidade.  Além disso, há escassez de estudos empíricos nacionais sobre a colaboração interprofissional, dificultando a possibilidade de compreensão do trabalho em equipe IP no contexto brasileiro (AGRELI; PEDUZZI; SILVA, 2016). Estes dados revelam o porquê de todos os estudos selecionados e a maioria dos artigos excluídos por esta revisão apresentarem origem estrangeira.

A maioria dos artigos optou por metodologia qualitativa com a avaliação por meio de Entrevistas, Relatos ou Grupos Focais. Entretanto, métodos quali-quantitativos apresentaram importante prevalência entre os artigos selecionados. O fato provavelmente se deve a necessidade dos pesquisadores em esclarecer intervenções complexas e otimizar dados quantitativos obtidos a partir de Escalas e Questionários aplicados na proporção de 63,33% dos estudos (GOWDA et al., 2019; SMITH et al., 2020).

Em relação às intervenções EIP, Programas de EIP ou Treinamentos e Simulações IP, verificou-se que estes se tornaram uma necessidade para formar profissionais da saúde com habilidades e competências IP. A principal dificuldade em avaliar tais estudos é a escassez de instrumentos validados na literatura científica (LAMBA et al., 2016). Boa parte dos estudos selecionados, optaram por avaliação qualitativa de grupos focais ou narrativas (BERRIAN et al., 2020; EKMEKCI et al., 2013; FORD et al., 2013; GOWDA et al., 2019;) a maioria deles usaram escalas ou questionários pré e pós-programa, por vezes, adaptados para a realidade da pesquisa (DARLOW et al., 2015; LAMBA et al., 2016; REEVES, 2016; SOLOMON, 2011).

Como exemplo, destaca-se a simulação IP do programa EIP chinês (LIAW et al., 2019) e o treinamento IP com pacientes renais (HARRISON-BENARD et al., 2017), os quais ampliaram a escala de Kirkpatrick. Esta escala, primariamente, investiga: reação, aprendizagem, comportamento e resultados. Além desses domínios, estas produções científicas buscaram investigar satisfação dos participantes, melhora da confiança, do conhecimento e das atitudes IP (LIAW et al., 2019), capacidade de comunicar papéis, saber explicar as funções e as responsabilidades das demais profissões e a capacidade de trabalhar em equipe (HARRISON-BERNARD et al., 2017). De modo semelhante, o programa IP “Population Panel Management (PPM)”, que foi estruturado para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas, realizou um treinamento teórico-prático como intervenção. Após o treinamento IP, construiu um instrumento para avaliar o programa (GOWDA et al., 2019). Entretanto, deixou evidente a limitação na literatura científica de instrumentos validados para realizar a avaliação.

Quanto às áreas da Saúde envolvidas em atividades IP, entre os 21 artigos selecionados, foi observado que embora a prática interprofissional e colaborativa contemple o reconhecimento das distintas profissões, enfermeiros e médicos, continuam sendo os principais provedores de acesso dos pacientes aos demais profissionais e serviços de saúde (AGRELI; PEDUZZI; SILVA, 2016). Provavelmente, por este motivo a maioria dos estudos contaram com a presença de pessoas das duas áreas profissionais.

Apesar de médicos e enfermeiros trabalharem juntos nos diversos ambientes da Saúde, o processo de aprendizagem e formação dos profissionais ainda ocorre de forma separada, divergindo do ideal de uma formação IP (FERRI et al., 2019; BARR et al., 2011). Além disso, é notório a ênfase na educação para a formação médica entre os artigos da revisão. Isto se deve aos benefícios de decisões e responsabilidades compartilhadas, bem como ao desenvolvimento de habilidades interpessoais e de comunicação aberta, as quais inibem a ocorrência de erros médicos (BAKER et al., 2015).

Ademais, conteúdos selecionados observaram nas intervenções diferentes formatos de avaliação conforme as estratégias de aprendizagem IP, sendo elas: factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais (ZABALA, 1998; YANG et al., 2016). Por fim, destacaram-se dois tipos de aprendizagens: atitudinais e procedimentais.

O primeiro tipo, aprendizagens atitudinais, revelou-se pelo maior respeito por parte dos estudantes residentes e de outras disciplinas, indicando uma percepção mais favorável à EIP (REEVES et al., 2016), além da ampliação da probabilidade de desenvolvimento de competências colaborativas, como: liderança compartilhada, comunicação interprofissional, atenção centrada no paciente, compreensão clara das funções e dinâmicas da equipe, e habilidade de resolver conflitos (DARLOW et al., 2015; GOWDA, 2019; HARRISON-BERNARD et al., 2019). Além disso, demonstrou-se maior compreensão dos membros da equipe como sendo parte importante do sistema (KAMINETZKY et al., 2017), maior envolvimento, aceitação (GOWDA et al., 2019), produtividade da equipe (EKMEKCI et al., 2013) e rapidez da aprendizagem interprofissional.

O segundo tipo de aprendizagem desvelado foi o de caráter procedimental, que se apresenta como um conjunto de ações ordenadas e com um fim (YANG et al., 2017) e se aprende no curso da prática. Alguns exemplos são: o aumento importante de conhecimentos dos estudantes da área da saúde sobre as questões enfrentadas pelas populações em vulnerabilidade socioeconômica (SOLOMON, 2011), o maior conhecimento sobre o gerenciamento do painel de pacientes (KAMINETZKY et al., 2017) e o desenvolvimento de habilidades interprofissionais. Foram, ainda, revelados: clareza de deveres e responsabilidades, aumento do grau de confiança, além da segurança e participação na tomada de decisão de processos (EKMEKCI et al., 2013; GOWDA et al., 2019).

CONCLUSÕES 

Todos os estudos executaram intervenção de aprendizagem IP antes de avaliação de competências e atuação IP. Todos os artigos selecionados são estrangeiros. A maioria destes ocorreram no Programa EIP. Os questionários e as escalas foram os instrumentos de avaliação mais frequentes. Os estudantes ou profissionais de enfermagem e de medicina estavam presentes na maior parte dos estudos em grupos de formação ou trabalho IP.

A limitação desta revisão é a ausência de estudos EIP brasileiros, reduzindo a compreensão da aprendizagem e trabalho IP ao cenário internacional. Além disso, a não inclusão de artigos publicados entre 2021 e 2023 afastou a possibilidade de revisar artigos sobre avaliação IP em cenários de formação interdisciplinar e interprofissional durante e após a pandemia da COVID-19, a qual trouxe importantes avanços nas Ciências da Saúde.

REFERÊNCIAS 

AGRELI, Heloise Fernandes; PEDUZZI, Marina; SILVA, Mariana Charantola. Patient centred care in interprofessional collaborative practice. Interface (Botucatu), vol. 20, n. 59, p. 905-16, 2016. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/icse/2016.v20n59/905-916/en/. Acesso em: 08 nov. 2020.

BAKER, V. O. et al. Team stepps improves team communication and situational awareness with undergraduate trauma teams. Academic Emergency Medicine. [S.I.], p. 252-253. 30 nov. 2015. Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/central/doi/10.1002/central/CN-01099369/full. Acesso em: 08 abr. 2023.

BARR, Hugh; KOPPEL, Ivan; REEVES, Scott; HAMMICK, Marilyn; FREETH, Della. Effective Interprofessional Education: Argument, Assumption and Evidence. Promoting Partnership for Health. London: Caipe, 2008.

BATISTA, Nildo Alves. Educação interprofissional em saúde: concepções e práticas. Cad FNEPAS. vol. 2, pág. 25, 2012.

BERRIAN, Amanda. et al. Developing a Global One Health Workforce: The ‘‘Rx One Health Summer Institute’’ ApproachEcohealth. Califórnia, p. 222-232. 19 jul. 2020. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10393-020-01481-0. Acesso em: 08 abr. 2023.

BRASIL.  Edital nº 10, seleção para o programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde PET-Saúde/Interprofissionalidade. Edição: 141, Seção: 3, Pág.: 78. Ministério da Saúde/Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, 2018.

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[1] Graduanda de Medicina. ORCID: 0000-0002-7908-9794. Currículo Lattes: 7012105209194728.

[2] Professora Adjunta do curso de medicina da UNIFAP. ORCID: 0000-0002-7858-3045. Currículo Lattes: 6757577789195331.

[3] Coorientador. Professor Doutor Do Curso de Fisioterapia. ORCID: 0000-0002-0264-4315. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2724007222650065.

[4] Orientador. ORCID: 0000-0002-5934-0216.

Enviado: 16 de janeiro, 2023.

Aprovado: 16 de março, 2023.

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Ana Camila Cavalcante Sales

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