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Sociedade Pós-Moderna Frente À Covid-19: Educadores Em Ação

RC: 79831
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LENZI, Juliana Fernandes de Almeida Castro [1], SANTOS, Marijara Barbosa Bragato [2]

LENZI, Juliana Fernandes de Almeida Castro. SANTOS, Marijara Barbosa Bragato. Sociedade Pós-Moderna Frente À Covid-19: Educadores Em Ação. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 11, pp. 100-111. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/educadores-em-acao

RESUMO

A sociedade pós-moderna não apresenta uma postura ecologicamente correta, haja vista que é atravessada por diferentes estímulos e comportamentos, condutas nas quais prejudicam o meio ambiente e contribuem para que novas doenças vão surgindo, os impactos ambientais têm relação direta com a falta de comprometimento de todos. Nesse aspecto, este estudo objetiva abordar como a sociedade capitalista movida pelo consumo descomedido polui o meio ambiente, provoca o desmatamento de florestas, além de desperdiçar água. Em relação à metodologia adotada é caraterizada como estudo bibliográfico. Nessa conjuntura, é salutar haver uma mudança no comportamento, para que tenhamos um planeta sustentável.

Palavras-chave: Sociedade pós-moderna, Meio ambiente, Pandemia.

INTRODUÇÃO

O planeta está enfrentando uma pandemia desde o final de 2019, ocasionada pela COVID-19, diante dessa tragédia social, haja vista que até o presente momento já se contabilizam mais de 350.458 mortes em todo o mundo, em se tratando do Brasil somam-se mais de 25.000 mortes[3].

Diante do exposto, urge a necessidade de ter-se uma sociedade ecologicamente correta, tendo em vista que os agravos ambientais têm relação direta com o surgimento de novas doenças. Desta forma, a sensibilização ambiental deveria ocorrer desde a tenra a idade, para que esses indivíduos se tornem socialmente comprometidos com as questões ambientais.

Para tanto, mudanças se fazem necessárias, pois os impactos ambientais ocasionados pela mão humana podem dizimar toda uma população caso venha faltar água potável, ou o desaparecimento da cobertura verde do planeta por causa do desmatamento, ou a poluição dos rios e mares com lixo produzido pelo homem. Sendo assim, é urgente adotar medidas socioambientais sustentáveis que visem minimizar os agravos ambientais.

Devido a pandemia ocasionada pela COVID-19, muitas pessoas tiveram que mudar seus hábitos de higiene, como lavar as mãos sempre que tiverem contato com o mundo externo. Vale destacar que, mesmo este ato de higiene já fazendo parte de nossas atitudes, o problema não é lavar as mãos, contudo a periodicidade com que isso está ocorrendo, e se aquelas pessoas que puderem ficar em casa, insistem em sair para comprar ou por qualquer outro motivo que não seja necessário, fazendo um adendo, não se enquadram aqui os profissionais ou pessoas que porventura tiverem a necessidade de sair de seus lares, a questão são aqueles indivíduos que podem ficar em casa, e não ficam, atrelado a esta postura irresponsável o consumo de água aumentará substancialmente.

Nesse ínterim, este objeto de pesquisa se torna relevante, considerando que o ser humano depende do meio ambiente para sua subsistência, e que o mal comportamento pode ocasionar em futuras pandemias, tendo em vista que os animais perdem seus habitats e acabam se deslocando para locais onde há predominância de pessoas, e estes carregam consigo parasitas que podem levar à morte o homem. Como atitudes irresponsáveis desencadeiam doenças, e como tem sido o comportamento da sociedade pós-moderna frente à pandemia. Justificando pela necessidade de ter-se uma sociedade ecologicamente correta, tendo em vista que os agravos ambientais têm relação direta com o surgimento de novas doenças. Desta forma, a sensibilização ambiental deveria ocorrer desde a tenra a idade, para que estes indivíduos se tornem socialmente comprometidos com as questões ambientais

PERCURSO METODOLÓGICO

Em relação ao percurso metodológico, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com base em pesquisas pertinentes ao tema em debate, estudos recentes sobre a COVID-19, e o comportamento da sociedade pós-moderna frente ao planeta, com posturas que de certa forma prejudicam o meio ambiente.

Nesse sentido, com base na pesquisa bibliográfica, Gil (2008) evidencia que este tipo de pesquisa se desenvolve com materiais já elaborados, originados de livros e artigos científicos. Este tipo de abordagem permite ao pesquisador realizar uma investigação ampla sobre o objetivo de estudo, cobrindo uma série de fenômenos. Garantindo uma vantagem, tendo em vista que quando a problemática se refere aos dados espalhados pelo espaço, considerando todo o universo de pessoas e extensão territorial, permite realizar uma análise sobre os fatos investigados.

Convergindo, Lakatos e Marconi (2003) versam que a pesquisa bibliográfica permite ao pesquisador realizar uma vasta pesquisa do objetivo de estudos relevantes para a sociedade, e que tenham pertinência no contexto acadêmico.

SUJEITO PÓS-MODERNO: PERSPECTIVAS AMBIENTAIS

Todas estas mudanças estruturais concernente aos impactos no meio ambiente têm relação direta com o comportamento do ser humano que foi se transformando ao longo dos anos, como avulta Bauman (1999) no conceito de “modernidade líquida”, ou seja, aquela atravessada pelos diferentes estímulos, com isso as fluidezes de pensamento e conduta vão se diluindo com o passar dos tempos, e novas condutas vão passando a fazer parte do comportamento humano, trazendo consigo uma contraditoriedade na identidade humana e na postura, convergindo com os ideais evidenciados por Hall (2001) onde o autor traz a ideia de “sujeito fragmentado”, este sujeito da pós-modernidade que vem sofrendo uma segmentação na identidade, devido à volatilidade de mudanças que ocorreram em nossa sociedade.

Os autores supracitados trazem uma abordagem deste sujeito contemporâneo perpassado pelos meios de comunicação e pela globalização. Este indivíduo que se vê na necessidade de consumir, gastar, explorar os recursos de uma maneira insustentável. Toda esta conjuntura de mudanças de atitudes reverbera no meio ambiente de uma forma negativa, pois a sociedade capitalista/consumista impõe este padrão de vida idealizado, que para alcançar a felicidade, é necessário consumir, possuir, ter, mostrar, podemos inferir com base nos estudos destes autores que para alcançar a realização plena o sujeito que não se enquadra nestes moldes acaba tendo o sentimento de incompletude.

Esta fragmentação existencial, como se a “parte” não fizesse parte do “todo”, “todo” aqui podemos depreender como o meio ambiente, e as “partes” como sendo o ser humano, pressupondo que ambas não têm uma relação harmoniosa, consubstancia em práticas devastadoras ao meio ambiente, contrariando a ideia de uma sociedade ecologicamente sustentável. Considerando que estes corpos estão extraindo os recursos deste todo – considerado planeta, mas alheias aos estragos ambientais ocasionados pelas próprias mãos humanas. O entendimento deve partir do princípio de que se o todo estiver doente, as partes também começarão a adoecer.

Confluindo com Adelman (2009), o autor evidencia que a crise humanitária, vivenciada desde os anos 80, está relacionada à sociedade capitalista, já que teve um impacto no pensamento da sociedade. A sociedade passou a ter um declínio nas relações humanas e culturalmente, representando uma deterioração.

POLUIÇÃO DO AR E MENOS POLUENTES NOS RIOS E MARES/ CONSUMO DE ÁGUA CONSCIENTE

De acordo com Monte (2016), com o crescimento das indústrias ocorridas no século XIX, o aumento da população e a expansão da população urbana em relação à zona rural, aumentou-se a preocupação dos governos concernente ao meio ambiente. As problemáticas envolvendo a qualidade do ar torna-se significativa, tendo em vista os inconvenientes relacionados à saúde envolvendo a poluição do ar, dentre as quais são: asmas, rinites, ardor nos olhos, tosse seca, doenças cardiovasculares e pulmonares, insuficiência cardíaca dentre outras.

Com base no que vem sendo discutido, há contrapontos que valem a pena serem destacados. Se por um lado, existem pessoas armazenando alimentos, sobejando a quantidade de lixo na natureza, e utilizando a água de forma errônea. Por outro lado, com o distanciamento social decorrente da pandemia de a COVID-19, há menos carros circulando e também algumas indústrias não funcionando ou funcionando com redução na produção. Assim, houve um ganho de um lado, que se refere à diminuição de emissão de poluentes na atmosfera.

Depreende-se, com base no que vem sendo orientado pela Organização Mundial da Saúde, em relação ao distanciamento social, que as saídas devem ocorrer em caso de extrema necessidade. O ideal seria priorizar a compra daquilo que é produzido localmente. Com essa atitude, não haveria necessidade de gastar combustível de automóveis, que libera poluentes na atmosfera.

Atinente a toda essa conjuntura, há de se destacar também o desperdício de água, considerando-se que no atual momento é necessário ter bons hábitos de higiene, todavia não há pretexto para o desperdício. A orientação é lavar roupas, calçados dentre outros, estas atitudes são imprescindíveis, se porventura a pessoa tiver a necessidade de sair do isolamento social (BRASIL, 2020a), contudo muitas pessoas têm mostrado uma peculiaridade antagônica ao que vem sendo frisado pelos órgãos competentes. Assim, é gerado um desperdício de água para lavagem de ruas, roupas e mãos sem a devida necessidade. Tendo em vista que a orientação é evitar o contato com outras pessoas (potencial origem de contaminação), o indivíduo só terá a necessidade dessa higienização caso venha a ter contato excessivo com o ambiente externo.

Coelho (2012, p. 29) evidencia que “o Brasil possui a maior disponibilidade de água doce do globo, concentrando-se em suas terras, cerca de 12% do total mundial. Assim, o problema brasileiro com a água está relacionado à má distribuição e ao uso inadequado”.

DESMATAMENTO E SURGIMENTO DE POSSÍVEIS DOENÇAS

Além do consumo de água, vale salientar que neste período crítico alguns indivíduos estão tirando proveito do momento de distanciamento social para a prática ilícita de queimadas e desmatamentos na floresta Amazônica. Tais práticas, muitas vezes, ocorrem com a invasão de terras indígenas levando o novo vírus para as aldeias. Esta postura pode dizimar toda uma população, que por viverem isolados, não possuem imunidade contra a maioria das moléstias das populações dos grandes centros urbanos.

A situação supracitada é lamentável, haja vista que a maior parte da população indígena do Brasil não tem o mínimo de condições para manterem uma boa higiene com o que sendo alvitrado pela Organização Mundial de Saúde, que é lavar as mãos com água e sabão, usar materiais que eliminam as bactérias, como desinfetante e água sanitária (BRASIL, 2020b).

Sob esse prisma, todo este cenário de pandemia, em que o foco está na doença, ocasiona uma diminuição da fiscalização dos órgãos competentes. Vale destacar, como salientam pesquisadores e colaboradores do Greenpeace, houve uma elevação no preço do ouro, gerando cobiça e aumento da pressão sobre as áreas naturais. Sem contar que estas pessoas podem estar contaminadas com o vírus, e podem disseminar na população indígena, tendo em vista que estes indivíduos são mais vulneráveis. Nesse sentido, vale ressaltar que a intervenção humana na natureza, sobretudo o desmatamento, faz com que surjam novas doenças, pois o ser humano entrará em contato com alguns novos animais classificados como reservatórios e os agentes etiológicos dessas doenças (BRASIL DE FATO, 2020).

Segundo dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que tem como objetivo monitorar, via satélite, focos de queimadas e de incêndio florestais, com atualização a cada três horas, todos os dias do ano, relatou que no mês de março de 2020 houve uma redução de 50% nos focos de queimadas entre os meses de março e abril, identificando 3.383 e 1.702 focos respectivamente. Mas alerta, mesmo que houve uma redução das queimadas, mesmo assim os números encontram-se elevados, e acima da média (MENEGASSI, 2020).

Outra notícia ainda mais alarmante segundo o pesquisador do INPE, Alberto Setzer, os números do desmatamento seguem rumo diferente do quantitativo de queimadas, tendo um aumento de 63% comparado no mesmo período segundo dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER), também do INPE, que desvenda que o Brasil passou de 503 km2 em 2019 para 796 km2 de extensão desmatada na Floresta Amazônica no primeiro trimestre de 2020 (MENEGASSI, 2020).

Com as intervenções destrutivas que estamos vivenciando na flora e na fauna, atingindo a vida animal e a biodiversidade em nosso planeta, alinhados ao consumo exagerado de produtos e por sua vez gerando grandes descartes de embalagens ao meio ambiente, é notório que os modos de comportamentos foram se transfigurando ao decorrer dos séculos, e concomitantemente com estas mudanças, houve uma transformação na maneira de adquirir bens de consumo que, muitas vezes, não são elementares. Ocorre que aquilo que é adquirido acaba, de certa forma, em algum momento, tendo que ser descartado, mesmo que sejam as embalagens dos produtos e/ou sacolas. O ideal seria fazer o reaproveitamento ou a reciclagem para não acarretar mais impactos negativos ao planeta. Fato é, que na prática, isso não consubstancia, assim, os agravos no meio ambiente vão avolumando exponencialmente.

Assim, nesse contexto de pandemia, as pessoas acabam tendo um comportamento que prejudica o meio ambiente, pois se estes saem de casa sem necessidade, têm que sempre higienizar-se, lavar a roupa, lavar as mãos, o que rompe com a responsabilidade ambiental. Algumas perquirições precisam ser realizadas, a saber: existe a necessidade de sair do distanciamento social, tendo em vista que esta atitude demandará alguns recursos que podem prejudicar o meio ambiente.

AÇÕES QUE VISAM MINIMIZAR OS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE

A Constituição Federal de 1988 ampara que devemos ter um meio ambiente preservado e ecologicamente equilibrado, listando ações a serem seguidas como o progresso consciente, o crescimento econômico, o consumo responsável e a melhor utilização dos recursos naturais de forma a não afetar a biodiversidades e a migração de espécies, proporcionando a defesa do ecossistema para as presentes e futuras gerações.

No artigo 255 do documento podemos aferir que, para assegurar a todos os humanos o direito ao uso e a proteção ao meio ambiente ecologicamente equilibrado se torna também um dever de todos pensar em sua preservação, desde o cidadão comum, as instituições privadas e públicas, até os proprietários de terras que também precisam cumprir sua função social que é de utilizar a água e o solo de forma racional e adequada sempre visando o melhor manuseio do espaço. Para Araújo (2012), a utilização dos recursos é preciso buscar a inalterabilidade entre desenvolvimento econômico e o manuseio com o meio ambiente pela sua qualidade enquanto local de vida, visto que o ser humano é o tutelar em sua relação com planeta.

São muitas as ações aplicadas e em testes de grande relevância para minimizar os impactos da intervenção do homem ao meio ambiente e assim assegurar a Constituição de 88, bem como os protocolos vigentes dos órgãos governamentais que têm como função a manutenção segura do uso dos recursos naturais.

Para se ter uma ideia com base no Incaper (2005), com o crescimento do consumo do café descascado brasileiro por diversos países, ultrapassando as vendas do café natural, o vendido in-natura. O processo de descascar o café que é um produto tão farto na agricultura brasileira, tem usado muito os recursos hídricos para esse fim. Uma pesquisa da Funcafé aponta soluções para os produtores para que a água usada na lavagem do café possa voltar a natureza de forma saudável. Um experimento que começou em 2004 na Fazenda Experimental de Venda Nova do Imigrante, região serrana do Espírito Santo, mostrou outras formas de tratar a água antes de retorná-la aos lençóis freáticos. Segundo os pesquisadores, com tratamento prévio, a água está sendo usada na irrigação, molhando e adubando simultaneamente a própria lavoura de café, bem como a de feijão e a de milho da respectiva propriedade. Os estudos ainda alertam que o processo de descascar o café com água, este líquido após essa etapa é se encontra residuária, conhecido por ARC, contendo matéria orgânica e inorgânica, com potencial poluente, tendo a necessidade de tratamento antes do seu retorno aos corpos d’água. Conforme aponta a pesquisa que vem sendo testada, a água após esse processo pode ser usada como irrigação e adubagem, conhecida como fertirrigação, podendo ser usada em culturas diversas, irrigando e adubando simultaneamente as lavouras.

Outra pesquisa importante e que agora analisa e dá direcionamento para o uso da água em residências, aponta preocupações com esse recurso já que as reservas de água no planeta se configuram que 97,3% da água disponível é salgada, e o restante 2,7% de água doce, somente 0,4% se encontra em lagos e rios, pois há uma quantidade expressiva nas geleiras e reservatórios subterrâneos (THAME, 2000).

A preservação dos recursos hídricos envolve uma série de habilidades do comportamento humano. Para que as futuras gerações possam desfrutar os 2,7% de água portável do planeta devemos praticar ações que visam “[…] atitudes positivas em relação ao uso dos recursos naturais, dispensando uma maior atenção ao ambiente que está ao redor de cada indivíduo” (FEITAL et al, 2008, p. 6).

Para os pesquisadores, há diversos fatores que podem influenciar os cidadãos a minimizarem satisfatoriamente a demanda de água, perdas e desperdícios haja vista que uma pessoa chega a consumir, em média, 250 litros de água tratada por dia.

A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. Para o consumidor, também significa mais dinheiro no seu orçamento familiar, uma vez que a conta de água no final do mês poderá ser menor. Mesmo que o valor pago pelo uso da água seja um item pouco expressivo na composição do orçamento familiar, é importante cada indivíduo entender que uma atitude favorável ao meio ambiente resulta em uma contribuição efetiva para se reduzir os riscos que a sociedade está impondo à suas reservas hídricas (FEITAL et al, 2008, p. 7).

Para alcançar os níveis desejados de preservação é preciso uma série de atividades educativas e informativas para a população e, essas ações devem andar juntas com a criticidade de cidadão mais sensibilizados que são responsáveis pelo que cultivamos e deixaremos para gerações futuras. Ações simples como desligar a torneira quando estiverem escovando os dentes ou se ensaboando, a mesma atitude na economia do uso da água nos afazeres domésticos (FEITAL et al, 2008).

Ter uma postura ética em relação ao meio ambiente, desenvolver novas ferramentas tecnológicas que aperfeiçoam a utilização dos recursos naturais e sensibilizar o cidadão do consumo consciente adotando novas formas de utilização de preservação dos recursos naturais são ações para um planeta sustentável (DOWBOR e TAGNIN, 2005).

Assim, nesse contexto de pandemia, além de refletirmos sobre nossos atos que já eram corriqueiros e nocivos antes da COVID-19, agora é mais pertinente uma releitura aprofundada para não continuarmos insistindo no mesmo assunto e repetir os erros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no que vem sendo evidenciado aqui é urgente uma mudança de atitude no comportamento humano, considerando que o ser humano depende do meio ambiente para sobreviver. Os estudos são incipientes ainda em relação à pandemia ocasionada pela COVID-19, mas há estudiosos preocupados com o comportamento da sociedade atual com futuras pandemias.

Buscamos trazer neste estudo algumas contribuições dos impactos ambientais causados pela sociedade pós-moderna, pois a má conduta frente ao planeta pode desencadear em outras doenças. Sendo assim, agir de uma maneira sustentável e harmoniosa com o meio ambiente é elementar para as gerações futuras.

REFERÊNCIAS

ADELMAN, M.. Visões da pós-modernidade: discursos e perspectivas teóricas. Sociologias (UFRGS), v. 21, p. 184-217, 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/soc/n21/09.pdf>. Acesso em: 04 jun. 2020.

ARAÚJO, Rodolfo de Medeiros. Manual de direito ambiental. 1 ed. São Paulo: CL EDIJUR, 2012.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Zahar, 1999.

BRASIL. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 27 mai. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção Primária à Saúde. 1. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção Primária à Saúde. 2020a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico 02: Infecção humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCov). Brasília, DF: Ministério da Saúde – Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV): 2020b.

BRASIL DE FATO, 2020. Covid-19 será cortina de fumaça para desmatamento, alerta especialista do Greenpeace. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2020/04/20/covid-19-sera-cortina-de-fumaca-para-desmatamento-alerta-especialista-do-greenpeace>. Acesso em: 11 mai. 2020.

COELHO, Adriana Araújo. Percepção ambiental dos moradores ribeirinhos do Médio Itapecuru Em Rosário-MA como subsídio a uma proposta de Educação Ambiental. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 7, p. 29-36, 2012. Disponível em: <https://periodicos.unifesp.br/index.php/revbea/article/view/1749>. Acesso em: 10 abr. 2020.

DOWBOR, L; TAGNIN, R. A. Administrando a água como se fosse importante. São Paulo: Senac, 2005.

FEITAL, J. C. de C., SPERS, E. E., NETTO, A. F. de N., SPERS, V. R. E. e PONCHIO, M. C. O Consumo Consciente da Água: um Estudo do Comportamento do Usuário Doméstico. 2008. Curitiba. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EMA256.pdf>. Acesso em: 17  jul. 2020.

INCAPER. Simpósio interno de pesquisa, desenvolvimento e inovação, 1., Vitória, ES.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. 5. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. – 5. ed. – São Paulo: Atlas 2003.

MENEGASSI, Duda. Número de queimadas na Amazônia cai enquanto desmatamento dispara. Site ((o))eco. Disponível em: <https://www.oeco.org.br/reportagens/numero-de-queimadas-na-amazonia-cai-enquanto-desmatamento-dispara/>. Acesso em: 13 jul. 2020.

MONTE, Edson Zambon. Análise de componentes principais em séries temporais multivariadas com heteroscedasticidade condicional e outliers: uma aplicação para a poluição do ar, na Região da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. 2016. 167 f.: il. Tese (Doutorado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal do Espírito Santo. Disponível em: <http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/10332/1/tese_9916_Tese_versao_final.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2020.

THAME, A. C. M. A cobrança pelo uso da água. São Paulo: Igual, 2000.

APÊNDICE – REFERÊNCIA DE NOTA DE RODAPÉ

3. Dados até a data de 27 de maio de 2020.

[1] Mestra em Ciência, Tecnologia e Educação pela Faculdade Vale do Cricaré. Licenciatura em Letras Português/Inglês e respectivas Literaturas – CESAT (Centro Educacional Anísio Teixeira).

[2] Mestra em Ciência, Tecnologia e Educação pela Faculdade Vale do Cricaré. Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Enviado: Janeiro, 2021.

Aprovado: Março, 2021.

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Juliana Fernandes de Almeida Castro Lenzi

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