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Educação a Distância (EAD): Estudo da Evasão como Fator Crítico que Afeta o Desenvolvimento Acadêmico do Aluno do Ensino Superior EAD da Faculdade IBGEN – Instituto Brasileiro de Gestão e Negócios na Cidade de Porto Alegre – RS

RC: 8637
278
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/educacao-a-distancia

CONTEÚDO

BRANDÃO, Márcia Rios [1], HARADA, Andresa Sartor [2]

BRANDÃO, Márcia Rios; HARADA, Andresa Sartor. Educação a Distância (EAD): Estudo da Evasão como Fator Crítico que Afeta o Desenvolvimento Acadêmico do Aluno do Ensino Superior EAD da Faculdade IBGEN – Instituto Brasileiro de Gestão e Negócios na Cidade de Porto Alegre – RS. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 03. Ano 02, Vol. 01. pp 185-206, Junho de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

Hoje com a tecnologia em evolução a educação precisou de adequar as novas metodologias de ensino, uma das opções mais procuradas é a Educação à Distância. A pesquisa mostra que o nicho que mais procura este formato de ensino EAD, são os discentes com mais de 30 anos. No estudo mostra que as motivações e dificuldades caminham paralelo para que este publico não desanime, para muitos alunos é a possibilidade que os levam a retornarem ao mercado de trabalho, um estímulo a curto e médio prazo, para outros a opção é por possuírem pouco tempo para locomoção,  demonstrado através da pesquisa apicada na Faculdade IBGEN – Instituto Brasileiro de Gestão e Negócios, localizada em Porto Alegre – RS, um público de cursos de graduação de diversas áreas.

Palavras-Chave: Educação, Ensino a Distância, Tecnologia, Metodologia.

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos mostrar as dificuldades que os alunos  encontram em estudar a distância, os problemas que ocasionam as evasões, e os professores o que precisam fazer para poder atender aos alunos que se mostram desmotivados. Na pesquisa conseguimos compreender quais os fatores que ocasionam a demanda da sala de aula virtual.

As idades e expectativas destes alunos frente ao conhecimento que tentam buscar para uma melhor qualificação.

Vamos poder refletir sobre Fonseca,2000 que o computador substituirá o professor ou não. Será discutido os diversos pontos de vistas com relação a educação a distância e sua problemática no ensino superior do IBGEN – Instituo Brasileiro de Gestão e Negócios de Porto Alegre – RS.

Estamos iniciando uma discussão que poderá ser aprimorada em muitos pontos que ainda divergem sobre a metodologia EAD.

2. JUSTIFICATIVA ACADÊMICA E PESSOAL DO TEMA

Percebendo a rápida ascensão do ensino a distância, procurei buscar respostas junto com outros colegas de profissão, de como tornar esta metodologia mais fácil de aceitação e de credibilidade frente as universidades e escolas que somente atuavam com metodologias presenciais. Várias percepções e ideias surgiram frente aos problemas relatados no dia a dia.

Objetivei que para fazer do ensino a distância ter a mesma resposta do ensino presencial, era necessário muitas mudanças, principalmente junto a Instituições de Ensino Superior que eu atuava, lá eu conseguiria visualizar cada aluno e os diversos motivos que os levavam desistirem deste aprendizado, na continuidade do curso.

Após estudos, resolvi colocar em prática os resultados encontrados e aplicá-los na Faculdade IBGEN – Instituto Brasileiro de Gestão e Negócios – nos cursos com disciplinas EAD na sua totalidade, somente assim saberia se de fato, se estávamos conseguindo reduzir as desistências dos alunos dos diversos cursos de formação superior e atingindo nosso objetivo.

3. OBJETIVOS E PROBLEMA OU PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO

Qual o índice de evasão no primeiro semestre 2014-1, do ensino EAD na Instituição de Ensino Superior Faculdade IBGEN ?

Com  a facilidade da internet fez aumentar o índice de interesses pela educação a distância, muitos por praticidade, outros por falta de tempo, logística. Mas um fator vem impactando em crescente elevação nos últimos anos, a desistência do aluno, a evasão escolar.

Quando falamos em evasão, sabemos que acontece também na faculdade presencial, mas no ensino a distância se torna mais preocupante, porque muitos discentes não necessitam se locomover para o ambiente físico, logo, vem os questionamentos para se poder trabalhar os fatores que os levam a evadirem. Analisando cada curso , grupo de professores, perfis dos alunos, metodologias aplicadas para o aprendizado,

A Metodologia utilizada é bem peculiar, engloba:

  • Aprendizado e ensino;
  • Aprendizado que é planejado e não acidental;
  • Aprendizado que normalmente está em local diferente do local de ensino;
  • Comunicação por meio de diversas tecnologias.

4. MARCO TEÓRICO

Atualmente, a educação é relacionada ao processo de desenvolvimento, sendo considerada extremamente importante. Paralelamente a isso, a mesma mostra-se defasada e incapaz de corresponder a essa evolução. Os dias de hoje exigem uma educação sem igual em todos os tempos, condicionada, entre outras coisas, pelo crescimento demográfico, pelo aumento contínuo da industrialização, pela expansão tecnológica e pelo rápido desenvolvimento econômico. (SILVA, 2005).

De acordo com Pimenta e Anastasiou (2005), com o desenvolvimento tecnológico a partir dos anos 60, e depois no final do século XX com a informática, acentuou-se a proeminência das técnicas e das tecnologias – virtuais no segundo caso – como o “novo” paradigma didático. Ou seja, o campo didático se resumiria no desenvolvimento de novas técnicas de ensinar, e o ensino, à aplicação delas nas diversas situações, ganhando importância as técnicas do planejamento racional das situações de ensinar. Assim, à didática, então, caberia disponibilizar aos futuros professores os meios e os instrumentos eficientes para o desenvolvimento e o controle do processo de ensinar, visando a maior eficácia nos resultados do ensino.

Em educação, as tecnologias eletrônicas de comunicação funcionam como importantes auxiliares. Na verdade, elas já se ocupam de muitas funções educativas, a maioria delas fora dos sistemas regulares de ensino. As pessoas de todas as idades que têm acesso ao computador e à Internet utilizam esses recursos para se informar, trocar ideias, discutir temas específicos, etc. Esses momentos, porém, de comunicação, lazer e de auto-instrução, com base em interesses pessoais, raramente são orientados ou aproveitados nas atividades de ensino. (KENSKI, 2009).

As tecnologias digitais de comunicação e de informação, sobretudo o computador com acesso à internet, começam a participar das atividades de ensino realizadas nas escolas brasileiras de todos os níveis. Em algumas, elas vêm pela conscientização da importância educativa que esse novo meio possibilita. Em outras, são adotadas pela pressão externa da sociedade, dos pais e da comunidade. Na maioria das instituições, no entanto, elas são impostas, como estratégia comercial e política, sem a adequada reestruturação administrativa, sem reflexão e sem a devida preparação do quadro de profissionais que ali atuam. (KENSKI, 2009, p.70).

Para Silva (2005), muitas alternativas são propostas para a absorção de um número maior de estudantes e para ofertar um variado rol de possibilidades de estudos, que atendam às aspirações dos jovens, às necessidades do país e que proporcionem uma elevação do nível socioeconômico e cultural.

Apesar desses esforços evidentes para proporcionar maiores oportunidades de ensino, a rapidez das mudanças impede o equilíbrio entre a oferta e a procura e entre a quantidade e a qualidade, principalmente no nível superior. (SILVA, 2005, p.26).

Dentre os vários fatores que tornam o ensino de um curso de educação a distância diferente do ensino em uma sala de aula tradicional. A principal diferença é que, como instrutor à distância, você não saberá como os alunos reagem ao que você redigiu, gravou ou disse em uma transmissão, a menos que optem por informa-lo por meio de algum mecanismo de feedback. (MOORE; KEARSLEY, 2008).

Outro fator que torna o ensino a distância um desafio para os professores é o fato de ser conduzido por intermédio de uma tecnologia. Todos os professores têm alguma experiência em lidar com os alunos em uma sala de aula. Mesmo que, como no caso da educação superior, a maioria dos professores não tenha passado por um treinamento formal, pelo menos conseguem pautar seu comportamento com base em seus próprios professores na sala de aula. Entretanto, até pouco tempo atrás, dificilmente uma pessoa havia tido experiência ou recebido treinamento sobre como ensinar usando tecnologia. (MOORE; KEARSLEY, 2008).

Kovács e Castilho (1998), falando das mudanças e da competitividade no mercado de trabalho, dizem que focando nestes dois pontos se percebeu a necessidade de evoluir no ensino e a metodologia a distância foi uma alternativa para qualificar os profissionais que necessitavam adequar-se com mais rapidez ao mercado. Entendo que esta rápida evolução foi um dos pontos que contribuíram para uma grande parcela de evasão dos alunos, não houve o suporte para que este aluno fosse amparado.

Com grande efeito, mudanças na organização produtiva – definidas, sobretudo pelo aumento da competitividade do mercado e por novas exigências em termos de qualidade por parte do mercado de trabalho, têm levado que os alunos busquem uma maior qualificação do seu conhecimento. (KOVÁCS E CASTILHO).

Os principais motivos da dificuldade do aluno EAD, não só no nosso país, mas em todo mundo, são basicamente três: O perfil dos alunos no Ensino Superior à Distância; O perfil dos Docentes no Ensino Superior à Distância e As Metodologias inovadoras utilizadas no Ensino Superior à Distância. Baseado nestes três itens, vamos comparar pensamento e estudos de grandes estudiosos sobre o assunto para poder dar embasamento e ter um melhor entendimento sobre o tema.

4.1 PERFIL DOS ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR À DISTÂNCIA

Certamente a EaD traz inúmeras possibilidades e oportunidades de aprendizagem para os alunos, independentemente de sua localização geográfica ou dos horários em que possam estar disponíveis para frequentar o curso. Os que antes não tinham condições de frequentar uma instituição de ensino, como os que residem longe dos grandes centros ou que não podem abandonar fisicamente seu local de trabalho, podem agora se educar a distância. Com a Internet, um aluno de qualquer lugar do mundo pode complementar sua aprendizagem, formal ou informalmente, por intermédio de disciplinas, conteúdos e cursos a distância, não sendo mais preciso estar na mesma cidade, região, nem no mesmo país da instituição de ensino. (MAIA; MATTAR, 2008).

A maioria dos autores descrevem o perfil do aluno EAD como sendo acima de 25 anos, empregado, e, em algumas vezes possuindo formação de nível superior em andamento.

Gilbert, apud Palloff e Pratt (2004) diz que o aluno on-line “típico” é geralmente descrito como uma pessoa que tem mais de 25 anos, está empregado, preocupado com o bem-estar social da comunidade, com alguma educação superior em andamento, podendo ser tanto do sexo masculino quanto do feminino.

Conforme Moore e Kearsley (2008), contrariando o que ocorre com os alunos mais jovens, a maioria dos alunos adultos possui experiência de trabalho e muitos procuram aprender mais a respeito de áreas do trabalho nas quais já tem um grande conhecimento. Igualmente, ao contrário dos alunos mais jovens, eles conhecem muito sobre a vida, sobre o mundo, a respeito deles mesmos e das relações interpessoais, incluindo como lidar com outras pessoas em uma aula e talvez com um professor e um sistema administrativo.

Para o aluno adulto, os professores adquirem autoridade com base naquilo que conhecem e no modo como lidam com seus alunos e não com base em símbolos externos ou títulos. A distância física tende a reduzir ainda mais a posição psicológica dominante do professor (provavelmente uma razão pela qual alguns professores que lecionam em sala de aula não apreciam permanecer à distância. (MOORE; KEARSLEY. 2008, p. 174).

Não percebemos este enquadramento de perfil na maioria dos alunos, pois, geralmente, são alunos que estão muito tempo sem estudar, ou ainda, acham que estudar a distancia é mais “fácil”, mas na verdade percebem com o andamento do curso que as dificuldades são maiores, uma vez que, precisam obrigatoriamente manter uma rotina de organização diária ou semanal para que evoluam nos estudos e que se façam cumprir as atividades e provas solicitadas.

Alguns alunos buscam abertamente um relacionamento dependente com o instrutor, ao passo que outros são visivelmente independentes, e a maioria se posiciona entre os extremos. (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 148).

Segundo Moore e Kearsley (2008), principalmente os alunos adultos, matriculam-se em cursos de educação à distância buscando compensar uma educação de nível médio negligenciada; outros tantos procuram obter créditos para cursos universitários; muitos fazem cursos que não contam créditos em muitas disciplinas apenas para aprimorar o conhecimento geral ou desenvolver passatempos satisfatórios.

Quando a interação com os colegas for possível, conforme ocorre nos cursos on-line, os alunos podem considera-la um bom suporte; porém, isso traz seus próprios problemas, que o instrutor precisa ser capaz de identificar e intervir logo, em vez de aguardar até que os problemas fujam ao seu controle. (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 148).

Realmente o público feminino é muito presente no ensino EAD, na maioria das vezes, pelo motivo de que muitas mulheres nos mais diversos níveis de idade optam pela educação à distância por terem filhos, ou trabalharem em empresas que costumam absorver muitas horas diárias na ida e volta do trabalho.

Garantir aos alunos, também, a liberdade de acesso, para entrar e sair do sistema educativo quando quiserem, sem precisar cumprir os escalões rígidos da hierarquia escolar tradicional, em seus tempos e espaços. Esta amplitude de oportunidades educacionais é facilitada pelo oferecimento aberto de múltiplas formas de ensino presencial e ensino à distância – via redes, inclusive -, ambas necessariamente vistas como formas similares, válidas e valorizadas de acesso democrático ao conhecimento. (KENSKI, 2009).

4.2 PERFIL DOS DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR À DISTÂNCIA

A EaD é inclusiva em relação ao universo dos professores, pois muitos excelentes profissionais não podem se vincular a instituições de ensino presenciais, pois não podem se comprometer a dar aulas diariamente, em todas as semanas de um semestre. Desta forma não podem se tornar professores de carreira, uma vez que o trabalho lhes exige muitas viagens e possuem compromissos constantes fora de seu local de moradia. Esses profissionais trariam contribuições valiosíssimas à educação por meio de suas experiências práticas, e muitos até mesmo adorariam fazer da didática uma de suas atividades básicas, mas não podem ser aproveitados no ensino presencial. (MAIA; MATTAR, 2008).

De acordo com o entendimento de Kenski (2009), em um mundo que muda de forma muito rápida, o professor precisa auxiliar seus alunos a analisar criticamente as situações cada vez mais complexas e inesperadas informadas pelas mídias; a desenvolver suas criatividades; a utilizar outros tipos de “racionalidades”: a imaginação criadora, a sensibilidade táctil, visual e auditiva, entre outras. A atenção e o respeito às diferenças, bem como o sentido de responsabilidade são outros aspectos que o professor deve trabalhar com os seus alunos.

Precisamos ressaltar para que haja sucesso no aprendizado EAD o profissional docente, conforme Holmberg (1985), fala da comunicação “ida e vinda”, que nos faz pensar e refletir na real importância do professor nesta modalidade, quando menciona “ida e vinda”, quer nos mostrar que precisamos estar preparados para nos adaptar aos mais diversos tipos de alunos, necessitamos nos colocar no lugar do discente para que consigamos mostrar de forma clara as suas dificuldades, muitas vezes precisamos usar desenhos e figuras ao invés de palavras.

Nesta perspectiva, segundo Kenski (2009), não resta apenas aos alunos a aquisição de conhecimentos operacionais para poder desfrutar das possibilidades interativas com as novas tecnologias, pois o impacto destas novas tecnologias reflete-se de maneira ampliada sobre a própria natureza do que é ciência e do que é conhecimento socialmente válido. Isso exige uma reflexão profunda sobre a escola e o ensino que ela oferece; sobre as formas de avaliação da aprendizagem e do próprio processo pedagógico aplicado.

Essas alterações nas estruturas e na lógica dos conhecimentos caracterizam-se como desafios para as instituições de ensino de todos os níveis e, sobretudo, requerem novas concepções para as abordagens disciplinares, novas metodologias e novas perspectivas para a ação docente. (KENSKI, 2009, p. 75).

Outro ponto importante no perfil do docente são as inovações metodológicas que devem estar em constante interação e sintonia com o professor, e este deve estar assessorado pela Instituição de Ensino Superior, que no presente caso a ser caso estudado, é a Faculdade IBGEN – Instituto Brasileiro de Gestão Empresa e Negócios.

Segundo Moran (2004, p. 22), destaca que o professor “precisa adquirir a competência da gestão dos tempos à distância, combinado com o presencial”, significa que as competências e habilidades são essenciais para que se consiga desenvolver o que possuímos de melhor. Nos tornarmos ótimo naquilo que somos bons, e melhorar nos nossos pontos deficientes. Necessitamos estar sempre alinhados com a rotina presencial e com a modalidade à distância. Em muitos cursos o aluno necessita de adaptar a estas interações, é fundamental entendimento do discente que necessita estar comprometido com o estudo em um determinado período.

A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui algum conhecimento sobre o uso crítico das novas tecnologias de informação e comunicação (não apenas o computador e as redes, mas também os demais suportes midiáticos, como o rádio, a televisão, o vídeo etc.) em variadas e diferenciadas atividades de ensino. É preciso que o professor saiba utilizar adequadamente, no ensino, essas mídias, para poder melhor explorar suas especificidades e garantir o alcance dos objetivos do ensino oferecido. (KENSKI, 2009, p. 88-89).

Se formos seguir o conceito de McLuhan, (1979) o mesmo relata que o difícil é encontrar um professor que não julgue ser seu papel o de facilitar as coisas para o aluno, pois o professor não ensina e sim ajuda o aluno a aprender. Atualmente está suficientemente comprovado que o desafio é o processo didático para o desenvolvimento intelectual do aluno.

De acordo com Almeida e Fonseca Junior (2000), o professor, apoiado pelas exigências das novas tecnologias, precisa de um redimensionamento de sua função. Esta nova dimensão é muito mais nobre e complexa, pois ele não é mais aquele mestre distante e autoritário, não é um mero técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis. Passa o professor a ser um profundo conhecedor de uma área do conhecimento e das áreas correlatas. Possui uma visão de conjunto do que é a sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e ética.

Maia e Mattar (2008), defendem que o tutor, em um ambiente virtual de aprendizagem, desempenha um papel administrativo e organizacional, pois:

Em primeiro lugar ele precisa organizar a classe virtual, definindo o calendário e os objetivos do curso, dividindo grupos e deixando claras as expectativas em relação aos alunos, principalmente no sentido da interação esperada. As regras de um curso a distância devem ser definidas com clareza pelo tutor, desde o início das aulas. O início e o fim das atividades precisam estar delimitados para evitar confusão por parte dos alunos. A função do tutor é também acompanhar o aprendizado dos estudantes e coordenar o tempo para o acesso ao material e a realização de atividades, quando há prazos para que sejam realizados. (MAIA; MATTAR, 2008, p.91).

Segundo Maia e Mattar (2008), uma das características em geral associadas à EaD é o fato de o professor ter deixado de ser uma entidade individual para se tornar uma entidade coletiva. O professor de cursos a distância pode ser considerado uma equipe, onde incluiríamos um autor, um técnico, um artista gráfico, o tutor, o monitor, etc. Muito mais do que um simples professor, ele é uma instituição que ensina à distância, tanto que muitas definições de EaD insistem na ideia de que o ensino é planejado e coordenado por uma instituição.

De acordo com Kenski (2009), os professores treinados insuficientemente, reproduzem com os equipamentos tecnológicos os mesmos procedimentos que estavam acostumados a realizar em sala de aula. Produzem alterações mínimas e o aproveitamento do novo meio é o menos adequado. Isto resulta na insatisfação de professores a alunos e provoca um sentimento de impossibilidade de uso dessas tecnologias para essas atividades de ensino.

Moore e Kearsley (2008), defendem que os melhores professores a distância possuem empatia e capacidade para entender as personalidades de seus alunos, mesmo quando filtradas pelas comunicações transmitidas tecnologicamente. Os alunos, na maioria das vezes são mais defensivos quando assistem ao curso de um instrutor que não é visto do que seriam em uma aula convencional, mas dificilmente expressam essa inquietação.

De acordo com Kenski (2009), é necessário, sobretudo, que os professores se sintam confortáveis para utilizar esses novos mecanismos auxiliares didáticos. Estar confortável significa conhecê-los, dominar os principais procedimentos técnicos para sua utilização, avalia-los criticamente e criar novos meios e possibilidades pedagógicas, partindo da integração desses meios com o processo de ensino.

Os instrutores do ensino à distância precisam orientar os alunos, para que se envolvam ativamente no processo de aprendizado e, para muitos desses alunos, tal envolvimento não é intuitivo. Muitos deles foram condicionados a pensar em qualquer ambiente educacional como sendo aquele no qual se espera que o aluno se comporte como um receptor passivo do conhecimento do professor, porém, mesmo os alunos que têm uma percepção diferente de seu papel na sala de aula podem assumir uma posição mais passiva quando se defrontam com um programa de televisão, um website ou um guia de estudo. (MOORE; KEARSLEY. 2008, p.148).

Na grande maioria dos casos os programas de preparação didática dos professores para o uso de novas tecnologias são falhos. Consideram que preparar professores é instruí-los sobre o uso das máquinas – o conhecimento superficial do hardware e dos softwares industrializados disponíveis – em cursos de curta duração, para o adestramento tecnológico, ou mesmo em séries de cursos para a aquisição da fluência digital. Consideram também que é suficiente o simples treinamento para a utilização dos principais programas: processadores de textos, programas básicos do office e softwares educativos. (KENSKI, 2009, p. 77).

Uma das funções mais importantes do professor é justamente dar feedback constante a seus alunos. Quando em sala de aula, é possível dar feedback automático para os alunos e por vários canais: verbal, gestual, visual, auditivo, pela maior ou menor proximidade, etc. Porém, quando à distância, o aluno se sente abandonado, e os canais são reduzidos, portanto, o feedback do professor torna-se elemento crítico para reforçar o aprendizado. A orientação extra aula para os alunos e o suporte podem ser fornecidos por um professor, tutor ou monitor, são elementos críticos para o sucesso de um curso a distância. (MAIA; MATTAR, 2008).

4.2.1 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES NO ENSINO SUPERIOR À DISTÂNCIA

De acordo com Kenski (2009), a formação do professor para atender às novas exigências originárias da “cultura informática” na educação precisa refletir   esses mesmos aspectos. Dentre eles, o mais importante, sem dúvida, é a percepção de que a atualização permanente é condição fundamental par ao bom exercício da profissão docente.

Programas de formação inicial e continuada e múltiplas possibilidades de atualização por meio de aprendizagens a distância são pontos importantes para a melhoria da ação docente. O professor precisa ter consciência de que sua ação profissional competente não será substituída pelas máquinas. Elas, ao contrário, ampliam seu campo de atuação para além da escola clássica –“entre muros”– e a sala de aula tradicional. (KENSKI, 2009, p. 88).

De acordo com Moore e Kearsley (2007), até pouco tempo atrás, dificilmente uma pessoa havia tido experiência ou treinamento sobre como ensinar usando tecnologia. Os que se tornam instrutores na educação à distância nos Estados Unidos precisam aprender desempenhando as funções com pouca ou nenhuma orientação. A orientação frequentemente se origina de pessoas que sabem pouco mais que elas. Os instrutores necessitam descobrir sozinhos as limitações e o potencial da tecnologia e as melhores técnicas para comunicação por meio dessa tecnologia.

Segundo Almeida e Fonseca Junior (2000), para ser um professor competente, conhecer os processos mentais pelos quais o aprendiz passa, é condição básica. Quando o professor ensina a trabalhar em conjunto, ele é também alguém que trabalha com os demais professores na construção de projetos em parcerias com diferentes áreas e com diferentes agentes sociais.

Se há décadas bastava ser competente em uma das habilidades descritas, agora, a complexidade da tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de técnicas inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte de sua rotina de trabalho. Nesse Sentido, o professor é mais importante do que nunca no processo de aprendizagem. (ALMEIDA; FONSECA JUNIOR, 2000, p. 96).

Kenski (2009), defende que o professor, em um mundo em rede, é um incansável pesquisador. Um profissional que se aperfeiçoa e se reinventa a cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade da época para se aprimorar cada vez mais. Que procura conhecer-se para definir seus caminhos, a cada instante. Em um momento social em que não existem regras definidas e definitivas de atuação, cabe ao professor o exame crítico de si mesmo, procurando orientar seus procedimentos de acordo com seus interesses e anseios de aperfeiçoamento e melhoria de desempenho.

Moore e Kearsley (2007) salientam algumas funções específicas do instrutor da educação à distância, dentre elas: funções de ensino, funções de avaliação e feedback e funções de apoio ao aluno e funções de avaliar a eficácia do curso. A tabela abaixo relaciona, segundo esses autores, as principais funções do instrutor:

Tabela 1: Funções dos instrutores na educação à distância

Elaborar o conteúdo do curso
Supervisionar e ser o moderador nas discussões
Supervisionar os projetos individuais e em grupo
Dar nota às tarefas e proporcionar feedback sobre o progresso
Manter os registros dos alunos
Ajudar os alunos a gerenciar seu estudo
Motivar os alunos
Responder ou encaminhar questões administrativas
Responder ou encaminhar questões técnicas
Responder ou encaminhar questões de aconselhamento
Representar os alunos perante a administração
Avaliar a eficácia do curso

 

O Instrutor realizando as funções listadas acima, é, portanto, a fonte de informação mais confiável quando os gerentes do sistema tentam interpretar os dados que fluem das tarefas apresentadas pelos alunos. (Moore e Kearsley, 2007).Fonte: Moore e Kearsley, 2007, p. 149

4.3 METODOLOGIAS INOVADORAS UTILIZADAS NO ENSINO SUPERIOR À DISTÂNCIA

As instituições escolares de todos os níveis, com a adoção dos pressupostos da cultura da informática, não se vêem mais como sistemas isolados, refratários a qualquer vínculo com as demais instituições sociais. Ao contrário, segundo Kenski (2009), a utilização das múltiplas formas de interação e comunicação via redes amplia as áreas de atuação das escolas, colocando-as em um plano de intercâmbios e de cooperação internacional real, com instituições educacionais, culturais e outras que sejam de seu interesse.

Segundo a lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, o caminho está aberto para inovações. Ela não obriga nem garante, mas facilita as práticas inovadoras dos educadores mais preocupados com o alto nível de descolamento entre os currículos e a realidade dos alunos, os problemas de nosso país, do mundo e da própria existência. (ALMEIDA; FONSECA JUNIOR, 2010).

De acordo com Almeida e Fonseca Junior:

Inúmeros experimentos de inovações no ensino básico vêm sendo feitos em todo o país e em todos os níveis de ensino. Se tivéssemos uma “supervisão” de tudo o que acontece em nosso enorme país, poderíamos ver milhares de professores que, em meio às dificuldades de seu trabalho, conseguem inovar no dia a dia. Despertam a curiosidade, mobilizam as energias dos jovens, trazem sorrisos de descobertas, despertam nos alunos o desejo de aprender e de participar da construção do próprio conhecimento. Eles são mágicos que sabem transformar grades em “libertações curriculares”. (ALMEIDA; FONSECA JUNIOR, 2000, p. 15).

4.3.1 IMPACTOS NA CONCRETIZAÇÃO DE UM NOVO PROJETO PEDAGÓGICO COM METODOLOGIAS INOVADORAS UTILIZADAS NO ENSINO SUPERIOR À DISTÂNCIA

A reflexão sobre a adoção das novas tecnologias no processo de ensino, segundo Kenski (2009), envolve a preocupação com novas questões de estrutura, tais como: Que tipo de aluno vai ter acesso aos meios? Com que finalidade? Ensinar computação ou ensinar com o auxílio do computador? Que alterações curriculares acarretarão essas transformações? Que formação será necessária aos professores que vão atuar com os novos meios?

As novas tecnologias orientam para o uso de uma proposta diferente de ensino, com possibilidades que apenas começamos a visualizar. Não se trata, portanto, de adaptar as formas tradicionais de ensino aos novos equipamentos ou vice-versa. Novas tecnologias e velhos hábitos de ensino não combinam. (KENSKI, 2009, p. 75).

A definição de quais das novas tecnologias serão utilizadas como melhores às propostas educativas da instituição de ensino, acaba por reordenar, no projeto pedagógico, os objetivos educacionais de curto e longo prazos. Novas metas e metodologias, novos passos, novos procedimentos pedagógicos e novas formas de avaliação, devem ser definidos para o acompanhamento dos resultados e a determinação dos ajustes necessários. (KENSKI, 2009).

Cabe à equipe da escola (ou ao grupo de professores e alunos) a decisão sobre qual o melhor meio tecnológico ou quais as mídias mais adequadas para desenvolver o ensino, a fim de alcançar os objetivos previstos. Para isso, é preciso informações sobre os equipamentos disponíveis na instituição para serem utilizados no ensino e realizar a análise de suas possibilidades e conveniência de uso no processo pedagógico. (KENSKI, 2009, p. 77).

Baseado nesta reflexão, acreditamos que ainda podemos buscar o conhecimento do aluno e motivá-lo a desenvolver a busca pelo aperfeiçoamento através de outros meios como o EAD, até porque se torna um desafio constante para os dois atuantes: professor e aluno, tudo que é desafiador é mais motivador.

De acordo com Moore e Kearsley (2008) quando um curso for bem elaborado, este oferecerá ao instrutor muitas oportunidades para envolver os alunos em discussões, críticas e na construção do conhecimento. Apesar disso, recai sobre o instrutor o ônus de criar um ambiente no qual os alunos aprendem a controlar e a gerenciar, e a aplicar, e a se envolver com esses materiais na tentativa de relacioná-los às suas próprias vidas e, portanto, transformar as informações dos professores em seu conhecimento pessoal.

Analisando os três pontos de dificuldades, podemos fazer uma breve análise de que a evasão do aluno depende quase que exclusivamente do professor, somos os mentores destes grupos, somos vistos como um alicerce para seus “problemas” ou ainda a solução de seus “problemas”. E para este percentual diminuir, precisamos ajudá-los a se comprometerem e trabalhar individualmente cada perfil e neste processo vamos aprendendo a lidar com os desafios constantes e diversificados. Claro que a metodologia da pesquisa irá auxiliar na condução das conclusões definitivas e apontar os respectivos percentuais.

Kenski (2009) alerta que para que as novas tecnologias não sejam vistas como apenas mais um modismo na educação, mas sim com a relevância e com o poder educacional transformador que elas possuem, é necessário refletir sobre o processo de ensino de maneira global. Antes de tudo é necessário que todos estejam conscientes e preparados para assumir novas perspectivas filosóficas, que contemplem visões inovadoras de ensino e de escola, aproveitando-se das amplas possibilidades comunicativas e informativas das novas tecnologias, para a concretização de um ensino crítico e transformador de qualidade.

No entendimento de Almeida e Fonseca Junior (2000), imaginar que o computador é algo que dispensará os professores pela quantidade e qualidade dos softwares que virão a existir é uma ideia superada, que veio à luz num momento da história da educação em que não se conheciam exatamente as possibilidades da máquina e muito menos se sabia qual era a mais nobre função dos professor-educador: um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando.

5. METODOLOGIA

5.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA DE PESQUISA

A pesquisa que tem como objetivo buscar os conhecimentos para aplicação prática direcionada à solução dos problemas específicos.

Quanto a seus objetivos, pode ser definida como pesquisa exploratório-descritiva, pois segundo, a pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema tornando mais explícito. Já na pesquisa descritiva expõe características de um determinado público, podendo estabelecer correlações entre as variáveis.Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa será classificada como qualitativa, “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo de hoje e o entrevistado. Serão  entrevistadas 10 pessoas 5 homens e 5 mulheres com idades entre 20 e 50 anos.

O estudo será realizado com os alunos graduandos da faculdade IBGEN, localizada em Porto Alegre , estado do Rio Grande do Sul com vários cursos O instrumento de entrevista será  semi-estruturado, contendo perguntas de cunho pessoal, tais como idade, sexo, estado civil, número de horas que trabalhava durante a semana e número de horas dedicadas ao desenvolvimento das disciplinas à distância, bem como questões abertas sobre os motivos que levaram o entrevistado à desistência, cujas respostas serão registradas pelo entrevistador, e posteriormente tabulada. Será utilizada a análise de conteúdo para categorização das respostas.

5.2 DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Ao entrevistado será permitido, que ele relacione quantas razões julgar procedente. Assim será possível, não somente produzir uma informação mais detalhada e qualitativa, como também se obter uma distribuição quantitativa dos principais motivos alegados. O questionário será enviado por e-mail para os selecionados dos diversos cursos que possuem disciplinas EAD. A tabulação será realizada utilizando os recursos existentes no site: br.quicksurveys.com/

6. ESTUDO

Para que o problema de pesquisa fosse melhor analisado, se optou por aplicação de questionário contendo 05 (cinco) perguntas fechadas à um grupo de estudantes de nível superior da Faculdade IBGEN – Instituo Brasileiro de Gestão e Negócios, sendo 10 alunos de primeiro semestre, mês de junho de 2015 outros 10 alunos  de quinto semestre, ou seja, de final de curso. Totalizando 20 alunos  entre homens e mulheres, com idade entre 18 e 50 anos.

As perguntas fechadas foram formuladas, aplicadas e envidas por e-mail no inicio do semestre e no final, assim seria possível analisar melhor as respostas e perfis dos alunos, mesmo sendo com respostas exatas nas opções. Sim ou Não.

As perguntas foram:

  • Você acredita e confia no ensino EAD ?
  • Você já fez disciplinas pelo método EAD ?
  • Na sua opinião o ensino EAD possui a mesma qualificação que o ensino presencial ?
  • Os professores que ministram aulas presencais são melhores qualificados que os tutores?
  • Se tivesse que optar pela graduação 100% EAD, acredita que seria mais fácil ?

O questionário foi aplicado no turno da noite para os cursos de graduação Administração, Psicologia e Tecnólogo de Recursos Humanos  na Instituição de nível superior Instituto Brasileiro de Gestão e Negócios – IBGEN, localizada na região norte de Porto Alegre , RS , com média de 1000 alunos. Os alunos na maioria são trabalhadores de empresas privadas e ocupam os cargos de coordenadores, supervisores, cargos de gestão em 60% dos estudantes do turno da noite. Alguns já possuem outra graduação e optaram por aprimorar ou inovar em outras áreas de conhecimento, ltando as salas de aula. Outros estão cursando uma graduação pela primeira vez e motivados pelo aprendizado EAD.

Para realização da pesquisa na prática, foi necessário contar com outros três colegas. Foram escolhidos os líderes de cada curso para ajudar na aplicação do questionário.

Foi utilizado o formulário em papel e utilização de celular para gravar outras sugestões que despertaram interesse nos alunos abordados.

Para  complementar as pesquisas utilizamos os diários de classe, mas sem poder expor os nomes dos alunos constantes. Estes dados ajudaram a tabular a pesquisa efetuada nos meses de junho, agosto e outubro  de 2015.

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste ponto da pesquisa foi criada uma expectativa quanto a reciprocidade dos alunos em relação as respostas e acolhimento para meu projeto. Foi planejado um acompanhamento do Diretor da IES para que os alunos aderissem ao máximo, já que , eu como interessada precisa de no máximo de argumentos e respostas para poder trabalhar com maior eficácia, mas nosso Diretor não pode comparecer,  e o número de alunos foi bem reduzido. Mas consegui manter a dinâmica planejada a mais de 01(um) ano, (quando iniciado o amadurecimento da pesquisa ).

Após aplicação  da pesquisa, foram tabulados os dados para mensurar e discutir porque os alunos do ensino a distância, na sua maioria não finalizam as disciplinas ou efetuam o “trancamento” da disciplina escolhida pelo discente

Gráfico 1
Gráfico 1

Aqui conseguimos perceber que foi evoluindo o conhecimento do aluno  medida que o curso está chegando ao final , na sua conclusão.

Gráfico 2
Gráfico 2

Nesta etapa da pergunta as respostas são mais unânimes quanto ao conhecimento da metodologia EAD.

Nesta pergunta  foi questionado por de NÃO, ser um numero tão expressivo? Os alunos responderam que necessitava de maior tempo de estudos e disciplina. Fazendo que  a exigência fosse maior. O aluno responsável pelo estudo  acontecer no tempo e hora determinados.

Gráfico 3
Gráfico 3

Aqui se consegue enxergar claramente a visão do aluno. Não vê diferenças nos docentes, entende que possuem as mesmas competências.necessárias para este formato de ensino.

Gráfico 4 
Gráfico 4

Na última pergunta aplicada consigo visualizar de como o aluno possui clareza das dificuldades do aprendizado EAD. Que não possui competência e comprometimento

Gráfico 5 
Gráfico 5

CONCLUSÃO

A pesquisa pode proporcionar uma reflexão mais ampla no que tange a metodologia EAD, as etapas de buscar informações concretas, livros, revistas, professores e o público em geral da área docente no intuito de fazer o melhor trabalho e apurar as conclusões mais assertivas, e com um objetivo claro de poder colocar em prática os levantamentos executados na pesquisa individual, no período de junho a setembro do ano de 2015, e poder planejar uma melhor forma de reduzir as evasões do discente que na amostra podemos ver e concluir que, sexo e idade não são pontos principais, mas a metodologia em si é um dado que faz os alunos desistirem da disciplina escolhida ou até mesmo do curso.

O tema desta pesquisa fez com que eu refletisse em uma maneira pontual de tratar estes alunos, e como fazer com que sintam que estudar a distância, em muitas vezes é um diferencial competitivo, considerando que a disciplina e organização faz dos alunos que possuem estas características mais capacitados frente ao mercado de trabalho.

O trabalho fez eu buscar parcerias com o SEBRAE para a IES, foram propostos cursos mais específicos, de extensão para complementar e incentivar os alunos. Novos professores com Pós e especializações na metodologia EAD, ou seja, a IES IBGEN , percebeu que para manter os alunos necessitavam de novo quadro de professores com um perfil bem voltado a metodologia EAD.

Após estes levantamentos e estudos, foi apresentado um trabalho junto a Direção da Faculdade IBGEN,  que através deste formato de ensino podemos atingir 4 ou 5 vezes mais o número de discentes, com objetivo de capacitá-los e formar somente alunos com caraterísticas citadas acima, onde hoje é  um diferencial marcante na competição empresarial.

A  evolução no ensino está cada vez mais acelerada. Por este motivo é necessário saber conduzir o processo de estudos, e deixar claro que o comprometimento e motivação dependem somente do aluno. Instigá-lo a todo momento e fazer que a Instituição de Ensino se comprometa neste processo através de prêmios, descontos , bolsas, parcerias…

Os dados coletados deixam claro que houve uma amostra bem definida de aceitação do método EAD com os alunos que estão se formando, ou no final do curso.

Mesmo sabendo que é necessário agilizar e aproveitar o tempo de maneira mais produtiva, e buscar a eficácia na qualificação que após a primeira graduação, deverá  ser continuada, ainda não se sentem preparados para uma graduação EAD por exemplo.

Estes estudos serão aplicados em uma tese de Doutorado  com o propósito de fazer e mostrar que o discente e docente entendam que cada vez mais precisamos inovar e aperfeiçoar nosso aprendizado com eficiência e eficácia, assim  uma das alternativas é a metodologia EAD que começou a sua inserção lentamente no mercado de ensino, e aos poucos já ocupa todas as áreas da educação.

REFERENCIAS

ALMEIDA, Fernando José de; FONSECA JUNIOR, Fernando Moraes. Proinfo: Projetos e ambientes inovadores. Secretaria de Educação à Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2000.

KENSKI, Vani Moreira; Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas: Papirus, 7.ed., 2009.

MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD: A educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

MOORE, Michael G.; KEARSLEY, Greg. Educação a Distância: Uma Visão Integrada. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2005.

SILVA, Lauraci Dondé da. Orientação Educacional: uma necessidade para o ensino superior? Canoas: Ed. Ulbra, 2005.

[1] UNIVERSIDADE – Universidade Iberoamericana UNINI – Espanha – Em colaboração com a Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER).

[2] UNIVERSIDADE – Universidade Iberoamericana UNINI – Espanha – Em colaboração com a Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER).

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Márcia Rios Brandão

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