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O lúdico e suas contribuições no desenvolvimento infantil

RC: 97052
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

TAVARES, Rita De Cássia [1], CIOCA, Ilma Gonçalves Luiz [2]

TAVARES, Rita De Cássia. CIOCA, Ilma Gonçalves Luiz. O lúdico e suas contribuições no desenvolvimento infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 09, Vol. 04, pp. 05-15. Setembro de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/contribuicoes-no-desenvolvimento

RESUMO

Este estudo tem por finalidade realizar uma reflexão sobre como o brincar é importante para o desenvolvimento da criança sendo assim busca-se compreender como o brincar está inserido no espaço escolar, bem como as formas de intervenção que envolvem a criança. Por outro lado, através da brincadeira, há a oportunidade para que as crianças simulem as situações e conflitos da sua vida familiar e social, permitindo-lhe a expressão das suas emoções. Para nortear a pesquisa surge a seguinte problemática: Qual a importância das brincadeiras trabalhadas em sala de aula para o desenvolvimento infantil? Tem por objetivo geral direcionar o educador de como as brincadeiras fazem a diferença no auxílio da formação e do aprendizado da criança. Este estudo tem por metodologia uma pesquisa bibliográfica descritiva-qualitativa, os artigos analisados foram obtidos através de pesquisas online e de livros. Nos resultados e discussões há uma análise de como a brincadeira deve ser inserida na aprendizagem das crianças, e por fim as considerações finais, sendo uma visão de como esta forma de aprendizagem é eficaz no processo no desenvolvimento dos educandos. Neste sentido é possível dizer que as brincadeiras foram ao passar dos anos adquirindo valor e importância para a formação das crianças no decorrer da infância, contribuindo para o processo de desenvolvimento pleno da criança.

Palavras-Chave: Brincar, Desenvolvimento, Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

Este estudo tem o objetivo de direcionar o educador de como o brincar pode vir a apresentar uma fonte de auxílio para a formação da criança. Cabe destacar a relevância desde estudo para a área educacional, pois é através dele que o profissional poderá perceber a importância de priorizar novas metodologias para seu cotidiano de trabalho. Atualmente muito vêm se discutindo de como o brincar é importante para o desenvolvimento intelectual e físico da criança, pois esta é uma prática pedagógica que proporciona inúmeras habilidades.

Sendo assim, profissionais da educação já tem a percepção de que o brincar é algo de extrema importância para a aprendizagem da criança, porém, em contrapartida, muitos ainda demonstram resistência, relatando as dificuldades encontradas no dia a dia, como estrutura inadequada, falta de matérias pedagógicos, entre outros. Cabe destacar que o professor está acostumado com as atividades prontas e mais práticas em sala de aula, não por sua culpa e sim por salas de aulas lotadas que muitas vezes prejudicam e dificultam a realização de metodologias diferentes.

Desta forma o professor deve ser orientado que a brincadeira pode ser inserida como uma introdução para o conteúdo que será apresentado, deixando um pouco de lado os registros que são importantes para o aprendizado, desde que se junte a outras metodologias. A brincadeira é significativa para o desenvolvimento de aprendizagens das crianças, uma vez que permite as crianças expressarem seus sentimentos em todos os momentos usando a imaginação.

De acordo com Oliveira (2000, p. 19) “O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a formação”.

Seguindo esta linha de raciocínio, a autora complementa: “Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável” (OLIVEIRA, 2000, p. 19).

Vygotsky (2007, p.122) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade”.

De acordo com o autor, a brincadeira, em sua visão, cria uma zona de desenvolvimento proximal, permitindo que as ações da criança ultrapassem o desenvolvimento já alcançado, impulsionando-a. (VIGOTSKY, 2007)

A formação do professor é de extrema importância para que esta metodologia seja realizada de forma eficiente, durante sua formação, este profissional, deve ser estimulado a sentir o prazer que a brincadeira proporciona a ele e aos seus educandos, através da teoria e da prática. O brincar, quando utilizado como uma prática pedagógica, é capaz de proporcionar o desenvolvimento de inúmeras habilidades trazendo benefícios como: atenção, memória, interpretação de papéis sociais, imaginação, cumprimento das regras e uma maior interação entre as crianças.

O brincar contribui para o aprendizado da criança, e, desta maneira, acredita-se que quando o professor se valida deste recurso pedagógico, a prática do brincar acaba contribuindo para o processo de socialização da criança, assim como, o processo de formação cognitiva, afetiva e motora. Para nortear a pesquisa surge a seguinte problemática: Qual a importância das brincadeiras trabalhadas em sala de aula para o desenvolvimento infantil?

Desta forma, a pesquisa tem como objetivo geral: Direcionar o educador de como as brincadeiras fazem a diferença no auxílio da formação e do aprendizado da criança. Para produzir os resultados esperados, o estudo está sendo embasado em uma pesquisa bibliográfica de natureza descritivo-qualitativa.

2. A BRINCADEIRA COMO FORMA DE APRENDIZAGEM

A educação vem ocupando lugar principal na formação dos indivíduos, pois é por meio dela que se busca uma ação com intuito de minimizar as desigualdades sociais que historicamente foram construídas. (KRAMER, 2006)

Desta forma, cabe ressaltar a brincadeira como uma forma de aprendizado, estudiosos como Kishimoto (2010), Moyles (2002) e Vygotsky (2007) apontam que elas favorecem o desenvolvimento das crianças e elevam sua autoestima, pois auxiliam a superar dificuldades que irão vivenciar no decorrer da vida.

As Diretrizes curriculares para Educação Infantil destacam que a brincadeira possibilita “promover o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilite movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança”. (BRASIL, 2010, p. 25).

Desta forma, é por meio da brincadeira que a criança adquire a autoconfiança, que poderá contribuir para o desenvolvimento físico, psíquico, intelectual, motor e social, como afirma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –LBD – 9394/96.

De acordo com Vygotsky (2007):

Em resumo, o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejo. Ensina-a. Desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade (VYGOTSKY, 2007, p.118).

Nesta perspectiva a Referência Curricular Nacional para a Educação Infantil aponta que:

A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o ‘não brincar’. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isso implica que aquele que brinca tem o domínio da linguagem simbólica. (BRASIL, 1998, p. 27).

Na sociedade ocidental, a brincadeira, é vista como algo sem valor e que pouco contribui para o desenvolvimento da criança, porém, nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (BRASIL, 2010), está exposto em termos pedagógicos a importância e o direito de brincar na infância.

Para Bettelheim (1998), o brincar é muito importante, pois através dele se estimula o desenvolvimento intelectual da criança, sendo que o sujeito estará aprendendo sem que se perceba.

Ramos (2000) destaca que:

Pensar a importância do brincar nos remete às mais diversas abordagens existentes, tais como a cultural, que analisa o jogo como expressão da cultura, especificamente a infantil; a educacional que analisa a contribuição do jogo para a educação, desenvolvimento e/ou aprendizagem da criança e a psicológica que vê o jogo como uma forma de compreender melhor o funcionamento da psique, enfim, das emoções, da personalidade dos indivíduos. (RAMOS, 2000, p. 01).

É por meio do lúdico que a criança representa vivências aprendidas, estimula a criatividade e a concretização de objetos simbólicos, transformando-os em brincadeiras. A criança mesmo quando pequena, já entende e determina muitas coisas, entre as preferências das crianças está o brincar sendo um dos seus direitos, uma ação livre que surge a qualquer momento, lhe proporciona prazer e não exige a condição de um produto final. (KISHIMOTO, 2010). É por meio das brincadeiras que a criança conhece a si mesma e o próximo, desenvolvendo o equilíbrio tanto físico quanto emocional.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Vale destacar que o brincar é essencial para o desenvolvimento intelectual e corporal da criança, sendo assim Smole; Diniz e Cândido (2000) afirmam que

Quando brinca, a criança se defronta com desafios e problemas, desvendando constantemente buscar soluções a ela colocadas. A brincadeira auxilia a criança a criar uma imagem de respeito a si mesma, manifestar gostos, desejos, dúvidas, mal-estar, críticas, aborrecimentos etc. se observarmos atentamente a criança brincando, constatamos que neste brincar está presente a construção de representações de si mesma, do outro e do mundo, ao mesmo tempo que comportamentos e hábitos são revelados e internalizados por meio das brincadeiras. Através do brincar a criança consegue expressar sua necessidade de atividade, sua curiosidade, seu desejo de criar, de ser aceita e protegida, de se unir e conviver com outros (SMOLE; DINIZ e CÂNDIDO, 2000, p. 14).

Vygotsky (1987) conceitua que:

O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos  (VYGOTSKY, 1987, p. 37).

Desse modo, é fundamental compreender que as brincadeiras contribuem não só para o desenvolvimento cognitivo, mas também o motor, o social e o físico. A organização dos ambientes para que o brincar se torne algo prazeroso e natural precisa ser planejado pelo professor. Este precisa ser um espaço onde a criança aprenda sem pressão, ou seja, sem que o adulto imponha limites e pressione por respostas, para que, na brincadeira, a criança se sinta livre para tomar decisões.

O brincar ainda precisa ser muito estimulado pelos professores, ressaltando seus objetivos e o quanto é importante para o desenvolvimento das atividades cognitivas da criança. Desta forma, a prática do brincar deve ser tornar um recurso pedagógico.

Sendo assim Smole; Diniz e Cândido (2000) destacam que:

[…] acreditamos também que brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações, respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade e vontade de experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança, raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar. Ao brincar a criança adquire hábitos e atitudes importantes para seu convívio social e para seu crescimento intelectual e aprende a ser persistente, pois percebe que não precisa desanimar ou desistir diante da primeira dificuldade (SMOLE; DINIZ e CÂNDIDO, 2000, p. 14).

A brincadeira acaba se tornando uma fonte de aprendizagem, sendo estas as principais contribuições quando se opta por essa metodologia de trabalho na educação infantil. O brincar é tão importante para a criança quanto o trabalho é para o adulto. Além disto, faz-se pensar que essa atividade pode representar formas de participação mais efetiva das crianças em sala de aula. (SMOLE; DINIZ e CÂNDIDO, 2000).

Desta forma Kishimoto (2010) aponta que

O brincar é a atividade principal do dia a dia. É importante porque dá o poder à criança para tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, os outros e o mundo, repetir ações prazerosas, partilhar brincadeiras com o outro, expressar sua individualidade e identidade, explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura para compreendê-lo, usar o corpo, os sentidos, os movimentos, as várias linguagens para experimentar situações que lhe chamam a atenção, solucionar problemas e criar. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância que coloca a brincadeira como a ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver (KISHIMOTO, 2010, p. 2).

Sendo assim, o uso dos jogos educativos pedagógicos remete para a importância deste instrumento para as situações de “ensino/aprendizagem e desenvolvimento infantil, não se deve propor uma brincadeira antes de perceber se o jogo está adequado a atividade proposta, pois desta forma poderá acarretar resultados pouco satisfatórios”. (KISHIMOTO, 2011, p. 14).

Deve-se reconhecer a brincadeira como uma das principais atividades da educação infantil, ressalta-se que ela não é uma simples forma de se passar o tempo e sim um recurso eficaz do desenvolvimento infantil, ou seja, é imprescindível reconhecer seu valor pedagógico.

Cabe enfatizar que a brincadeira precisa ser considerada na área educacional como uma forma de recriação das experiências das crianças, pois é por meio dela que a criança interage com o mundo. É uma ação livre, com total liberdade para a criança. (BRASIL, 2012)

Assim a ludicidade estimula no sentido de desenvolvimento da criança que quando:

Brincar é repetir e recriar ações prazerosas, expressar situações imaginárias, criativas, compartilhar brincadeiras com outras pessoas, expressar sua individualidade e sua identidade, explorar a natureza, os objetos, comunicar-se, e participar da cultura lúdica para compreender seu universo. Ainda que o brincar possa ser considerado um ato inerente à criança, exige um conhecimento, um repertório que ela precisa aprender (BRASIL, 2012, p. 13).

É de extrema importância ressaltar que a ação do brincar seja favorável à aprendizagem. Muitas são as dificuldades que os professores enfrentam no seu dia a dia para alterar o sentido em relação ao brincar, sendo que, uma das maiores preocupações dos educadores referente a atividades lúdicas, é a falta de espaço físico e escassez de materiais para o desenvolvimento da aula. (SMOLE; DINIZ e CÂNDIDO, 2000).

Ramos (2000) destaca que:

Permitir à criança espaço para brincar, proporcionando-lhe interações que vêm, realmente, ao encontro do que ela é, aliado às nossas tentativas no sentido de compreendê-la, efetivamente, nestas atividades, é dar-lhes mostras de “respeito”. Assim, fica-nos evidente a importância do brincar no âmbito escolar (RAMOS, 2000, p. 03).

A brincadeira em sala de aula deve surgir como forma de aprendizagem. Como uma fonte do aprender lúdico, os registros, são de extrema importância para a aprendizagem das crianças, porém, não devem ocupar espaço total nas metodologias dos professores, tendo em vista que esta se tornará mais eficaz em junção com outras atividades e dinâmicas em sala de aula.

Com relação a formação de professores, Ramos (2000), aponta que a formação destes adultos deveria lhes proporcionar sentir novamente o prazer do brincar, juntamente com uma fundamentação teórica sólida que lhes proporcione compreender qual o sentido de a brincadeira estar sempre presente na vida escolar das crianças. Portanto, cabe enfatizar que um trabalho pedagógico que prevaleça o uso do brincar, vária muito do sentido que o educador atribui a esta ação.

4. CONCLUSÕES

Nesta perspectiva, é possível destacar que o docente é o principal responsável por incorporar a brincadeira na prática escolar, sendo este, um método de se transmitir uma brincadeira agradável e prazerosa, tendo o professor como mediador da relação entre criança/brincadeira/conhecimento.

Deste modo, através do brincar, a criança libera sentimento, faz uso da sua imaginação fazendo a leitura do mundo, pensa, inventa e cria, além de liberar os aspectos físicos, motores e cognitivos. Uma criança quando brinca com massinha de modelar, por exemplo, explora a imaginação, coordenação motora, além de vários outros benefícios, a criança aprende brincando, expondo totalmente e naturalmente os seus sentimentos.

Neste sentindo, o professor, assume o papel importante de aprender e ensinar brincando, pois, ele é o responsável pela organização do ambiente. Sendo assim, os professores, precisam conhecer diversos tipos de brincadeiras e colocá-las em práticas tendo em vista seu lado benévolo e positivo para o desenvolvimento infantil.

Desta forma, vale ressaltar que uma atividade lúdica não precisa apenas envolver um jogo ou brincadeira, mas sim, o prazer, assim, a criança se sentirá livre para explorar o ambiente e tomar decisões.

As instituições devem oferecer aos seus docentes materiais adequados, acompanhamento pedagógico e ambientes favoráveis para receber estas crianças. A comunidade escolar deve apoiar inteiramente os professores para que os mesmos incorporem em suas metodologias as brincadeiras como uma forma de aprendizagem, para que eles possam começar a brincadeira em um processo reflexivo.

A partir das considerações expostas neste texto, é possível concluir esse estudo alertando para a necessidade de uma formação contínua e permanente dos profissionais da Educação Infantil que contemplem e dê bases teórico-metodológicas para a incorporação do lúdico e das práticas do brincar no contexto das aulas.

Os professores devem perder a concepção de que as atividades prontas e que o registro escrito é mais importante do que a ação do brincar. Desta forma, cabe destacar, também, a visão dos pais que acreditam que a criança está aprendendo apenas se seu caderno estiver com muitas atividades. A brincadeira deve ocorrer no contexto das aulas, sendo um método para introduzir determinado conteúdo, ou seja, apresentar no concreto, no lúdico para melhor fixação do que será exposto.

Enfim, é possível dizer que as brincadeiras foram ao passar dos anos adquirindo valor e importância para a formação das crianças no decorrer da infância. Deste modo, as instituições devem favorecer um ambiente onde se possa brincar, imitar, criar ritmos e movimentos, contribuindo para o processo de desenvolvimento pleno da criança. Portanto, é necessário compreender a importância do brincar como um recurso pedagógico rico e promissor a ser explorado em qualquer ambiente, auxiliando no desenvolvimento infantil.

REFERÊNCIAS

ARANTES, V. A. Humor e alegria na educação. São Paulo: Summus, 2006.

BETTELHEIM, B. Uma vida para seu filho. Rio de Janeiro: Campus, 1988

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Vol: I.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Brinquedos e brincadeiras na creche: manual de orientação pedagógica. Brasília: MEC/SEF, 2012.

KISHIMOTO, T. M.. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez Editora, 2011.

KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil. 2010. Disponível em: <http://cenpec.org.br/biblioteca/educacao/artigos-academicos-e-papers/brinquedos-e-brincadeiras-na-educacao-infantil> Acesso em 28 Jan. 2021.

KRAMER, S. Direitos da criança e projeto político-pedagógico de educação infantil. In: BAZILIO, L.; KRAMER, S. Infância, educação e direitos humanos. São Paulo: Ed.Cortez, 2003.

MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Tradução Maria Adriana Veronese. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

RAMOS, R. L. Um estudo sobre o brincar infantil na Formação de Professores de crianças de 0 a 6 anos. Reunião Anual da APEND, 2000. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/23/trabtit1.htm#gt7, >Acesso em 10 Dez. 2020.

SMOLE, K. S; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática. Artmed: Porto Alegre – RS, 2000.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007

[1] Pós Graduação Em Educação Infantil Com Ênfase Em Psicomotricidade; Pós Graduação Em Educação Especial E Inclusão, Pós Graduação Em Arte Na Educação Infantil, Pedagogia.

[2] Pós Graduação Em Educação Infantil E Séries Iniciais Com Ênfase Em Psicomutricidade; Educação Especial Inclusiva, Com Ênfase Na Deficiência Intelectual.

Enviado: Março, 2021.

Aprovado: Setembro, 2021.

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Rita De Cássia Tavares

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