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Botânica e cidadania: perspectivas investigadas em livros didáticos do ensino médio

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ROCHA, Claudia Stela Alcântara Barbosa [1], MACEDO, Guadalupe Edilma Licona de [2]

ROCHA, Claudia Stela Alcântara Barbosa. MACEDO, Guadalupe Edilma Licona de.  Botânica e cidadania: perspectivas investigadas em livros didáticos do ensino médio. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 08, Vol. 05, pp. 117-136. Agosto de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/botanica-e-cidadania

RESUMO

A Botânica é a área da ciência que estuda as plantas e sua importância para a sobrevivência da humanidade. Essa ciência está inserida como componente curricular de Biologia na modalidade do e

Ensino Médio (EM), de acordo com as demandas legislativas e aportes teóricos. Tais componentes curriculares, devem ser disseminados com o objetivo de formar o aluno para ser um cidadão crítico e ético para a compreensão de conhecimentos tecno-científicos, dentre outras finalidades. Nesse contexto, muitos são os problemas que se perpetuam no processo de ensino-aprendizagem sobre os assuntos botânicos, impossibilitando por muitas vezes a disseminação dos valores que favorecem a promoção da cidadania. Assim, mediante a situação problemática e visando ampliar estudos sobre a lacuna de pesquisa existente sobre a botânica e promoção para a cidadania, propomos o seguinte questionamento: como a cidadania supracitada na legislação educacional é disseminada didaticamente nos assuntos de botânica em livros do Ensino Médio? A pesquisa teve como objetivo investigar como a cidadania é promovida em assuntos de Botânica no Livro Didático (LD) do Ensino Médio. A inspeção é um recorte de estudo descritivo e qualitativo, no qual foram analisados os conteúdos teóricos – conceitos científicos -, textos e exercícios. No tratamento analítico, aplicamos a análise categorial com base nas categorias cidadãs contidas em nosso referencial. Os resultados obtidos referentes ao livro A, constatou-se a predominação conceitual dos assuntos da ciência botânica em detrimento das categorias que promovem a formação para a cidadania. No livro B, por sua vez, identificou-se algumas categorias como a participação, saber sistematizado, valores éticos. O estudo nos revelou resultados potenciais sobre a urgência em se ampliar conhecimentos sobre o conceito de cidadania, bem como a promoção dela em livros didáticos de modo contextualizado e pautados na participação, na promoção de debates, na formação de valores éticos, de modo a articular conhecimentos sobre o uso sustentável dos recursos naturais, tão importantes para a vivência da sociedade.

Palavras-Chave: Educação, Cidadania, Participação, Saber sistematizado, Contextualização.

1. INTRODUÇÃO

As plantas formam o maior componente de ecossistemas da Terra e toda a vida terrestre depende delas como fonte de energia e oxigênio. Por essa razão, “as plantas são essenciais à sobrevivência de nosso planeta para sua ecologia, pela biodiversidade e seu clima” (RAVEN, 2014, p. 58).

Ecologicamente os vegetais são importantes também na cadeia alimentar, na produção da fotossíntese equilibrando o ambiente atmosférico, na fixação do dióxido de carbono, na sintetização de aminoácidos e diversos outros componentes para o metabolismo (ESTEVES, 2011).

A Botânica (ciência que estuda as plantas) está inserida no componente curricular de Biologia na modalidade do Ensino Médio (EM). De acordo com as demandas legislativas e aportes teóricos, os componentes curriculares devem ser disseminados com o objetivo de formar o aluno para ser um cidadão crítico e ético para a compreensão de conhecimentos tecno-científicos, dentre outras finalidades (BRASIL, 2006).

No entanto, a produção científica sobre o ensino de Botânica, sinaliza que o processo de ensino-aprendizagem ocorre de modo “teórico e desestimulante”, necessitando de melhorias nesses aspectos (SENICIATO; CAVASSAN, 2004; KINOSHITA et al., 2006; TOWATA et al., 2010; SILVA, 2013 apud SALATINO; BUCKERIDGE, 2016, p. 180).

Neste cenário, tais problemas estão relacionados a simples memorização de nomes científicos; ausência de considerações históricas sobre a Botânica; o distanciamento entre conhecimento científico e o conhecimento divulgado na escola em decorrência da seleção, organização e transposição didática dos conceitos científicos da botânica (CICILLINI, 1998 apud SANTOS, 2006). Assim como, possibilitar desencadear a Cegueira Botânica indicada como:

a) a incapacidade de reconhecer a importância das plantas na biosfera e no nosso cotidiano;

b) a dificuldade em perceber os aspectos estéticos e biológicos exclusivos das plantas;

c) achar que as plantas são seres inferiores aos animais, portanto, imerecedores de atenção equivalente (WANDERSEE; SCHUSSLER 2002 apud SALATINO; BUCKERIDGE, 2016, p. 178).

Assim, mediante a situação problemática e visando ampliar estudos sobre a lacuna de pesquisa existente sobre a botânica e promoção para a cidadania, propomos o seguinte questionamento: como a cidadania supracitada na legislação educacional é disseminada didaticamente nos assuntos de botânica em livros do Ensino Médio?

O LD, por sua vez, é objeto de uso pedagógico e portador de conceitos científicos que são organizados de acordo com o currículo nacional, seguindo normas de regulação, aprovação e distribuição de modo gratuito pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), aqui no Brasil.

Assim sendo, a produção científica de pesquisas sobre LD nos últimos anos, sinalizou problemas como: erros conceituais (PRETO, 1995); erros conceituais e as políticas públicas do PNLD (MEGID NETO E FRACALANZA, 2003); estudos sobre a análise do discurso centrado em ideologias políticas contidas em LD (MARTINS, 2006).

De acordo com campo de pesquisa sobre o LD em nosso país, é possível afirmar a ausência de estudos com enfoque na promoção cidadã em e a Botânica didatizados nos LD, constatando uma grande lacuna de pesquisa nessas áreas.

Por essas razões, o nosso objetivo pautou-se em realizar um recorte de estudo nos conteúdos de Botânica do (EM), na possibilidade de investigar como a promoção para a cidadania é didatizada em LD, em conformidade com a determinação brasileira.

2. PROPOSTA PARA CIDADANIA EDUCATIVA

Nas últimas décadas, o termo cidadania tornou-se o centro de discussões para educadores, pesquisadores e nas políticas públicas no contexto educacional. Na legislação, por exemplo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, nº. 9394/96) no Artigo 22, está contido que a primeira finalidade para a modalidade educativa é:

Desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana. (BRASIL, 2013, p. 20).

Portanto, percebe-se que a formação para a cidadania é centralizada na LDB e em todos os aportes teóricos (Diretrizes Curriculares, PNLD etc.) que orientam a educação no Brasil. Por essa razão torna-se importante clarificar sobre a complexidade do conceito de cidadania.

Quadro 1 – Categorias para o conceito de cidadania

Participação Participação organizada dos indivíduos na resolução dos problemas que envolvem sua comunidade, bairro, município, estado e país.
Conquista Condição de participação tem que ser conquistada, passo a passo, buscando cada vez mais canais de inserção das pessoas nos processos decisórios que afetam suas próprias vidas. Porém, é necessário lembrar que a condição de participação tem que ser conquistada, pois não podemos ingenuamente acreditar que os referidos espaços de participação serão gentilmente oferecidos pelos segmentos privilegiados da sociedade (DEMO, 1996).
Emancipação/

autopromoção

À medida que os espaços de participação são conquistados, um processo de emancipação poderia se instalar no seio da comunidade envolvendo pessoas e grupos organizados. Essa emancipação se expressa sob vários aspectos, principalmente no sentido de transformar uma sociedade submissa, que não tem condição de organizar-se em torno de seus interesses, para uma sociedade que cresce em organização, com forte dose de participação popular, onde a corrupção, a demagogia, o populismo e o abuso econômico tornam-se mais difíceis porque que há organização social suficiente para defender os interesses da população (DEMO, 1996).
Direitos e

deveres

A luta pela conquista de direitos (civis, políticos e sociais) é outra das características elementares para o exercício da cidadania, visto que, tais direitos, em geral, são incondicionalmente devidos, no entanto, só se efetivam num processo árduo de luta e conquista dos mesmos (DEMO, 1996). A cidadania também envolve deveres. Neste caso, não se trata somente de restringirmos a compreensão de tais deveres como regras que normatizam a vida social, reduzindo a questão da cidadania a um processo de moralização para o bom convívio (ARROYO, 1996), mas, sim, o interesse por assuntos comunitários, aliado à postura de comprometimento com a busca de solução para os problemas existentes (SANTOS, W., 1997).
Democracia Em relação à democracia, é necessário explicitar que não limitamos sua concepção à questão da representatividade política, mas, sim, dentro de uma visão mais alargada. Entendemos que há a necessidade de construção de espaços democráticos mais amplos, situados fora da instância parlamentar, onde a experiência democrática seja experimentada diariamente, recusando a violência, como método de solução dos conflitos, e adotando a discussão pública como meio de resolver os problemas, até chegarmos a decisões comuns (CANIVEZ, 1991).
Saber sistematizado A característica básica da condição de cidadania também envolve o problema da aquisição do saber. Parece consenso que o conhecimento pode possibilitar aos indivíduos uma melhor compreensão sobre os fatos existentes na totalidade social. Embora não garanta a formação do cidadão.
Igualdade A questão da igualdade também permeia a concepção de cidadania. De um lado, o conceito de cidadania exige que todos sejam iguais enquanto agentes sociais interessados no destino da sociedade em que vivem, de modo que todos sejam cidadãos, exerçam direitos e cumpram seus deveres. Não há sentido em concebermos uma cidadania de natureza desigual, onde minorias gozam de privilégios ilimitados, ao passo que, boa parte da população sequer tem direito à satisfação dos requisitos mínimos necessários à sobrevivência.
Dignidade Reiteramos, não podemos perder jamais o sentimento de indignação, principalmente quando nos deparamos com as faces da injustiça que o nosso modelo de sociedade produz. Por isso, a noção de dignidade se ajusta muito bem à questão da cidadania.
Valores éticos

         e humanitários

 

Dadas as condições impostas pela contemporaneidade, em que a competição tornou-se valor comum, desenvolvendo uma visão social eminentemente individualista, transformando a sociedade civil num agregado de interesses particulares (FERREIRA, 1993), urge trabalharmos pelo resgate dos valores éticos e humanitários tais como, solidariedade, fraternidade, reciprocidade e consciência ética e compromisso com o bem-estar da coletividade.
Organização da sociedade civil.

 

A concepção de cidadania envolve essencialmente projetos de interesse coletivo. Daí a importância da organização da sociedade civil, como instrumento de mediação entre as pessoas e o Estado. Precisamos, cada vez mais, buscar a participação nos grupos, associações, sindicatos, partidos e outras entidades que representem interesses coletivos, frente aos interesses elitistas e do Estado servil às oligarquias existentes.

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras em 2017 (TEIXEIRA, 2009, p. 112).

Teixeira (2009, p. 112) em sua dissertação aborda um capítulo sobre a complexidade de elucidar sobre o conceito de cidadania. Para isso, o autor propõe dez categorias com igual importância na construção de um ideal de cidadania com o intuito “identificar as características inerentes ao exercício da cidadania”, apresentadas no Quadro 1.

Contudo, é possível reconhecer a fundamental importância da participação do ser humano na tomada de decisões; na conquista por direitos; na autopromoção; nos direitos e deveres que cabe a toda humanidade; o direito a democracia e saber sistematizado; por mais igualdade dignidade em nossas vidas; na aquisição de valores éticos e organização em sociedade civil para buscar e fazer valer todos esses direitos do modo estruturado, com base em conhecimentos adquiridos na educação formal.

Os pilares sobre o conceito de cidadania, sistematizados por Teixeira (2000), estão inseridos no contexto atual em que vivemos. Entretanto, abarcar o conceito de cidadania em uma nação tão diversificada como no Brasil, não é tarefa fácil. Visto que, as grandes desigualdades sociais, econômicas, raciais, dentre outros fatores, fazem com que se torne, por vezes, inoperante, quando refletimos sobre a consolidação dos pilares para a cidadania em nosso país.

Santos (2005a, p. 106) afirma que, para construir a “educação cidadã” se faz necessário a conversão de várias áreas disciplinares, ou seja, uma educação/cidadã que atenda a “determinados conteúdos, competências, atitudes e valores”. Isso porque, aprendemos atos cidadãos na escola, na família, na sociedade como um processo de aprendizagem para toda a vida.

A autora propõe que a cidadania seja democrática, mas, para isso a educação cidadã deve ser requerida com uma “pedagogia da cidadania crítica que coloque a equidade, a diversidade, a liberdade, a justiça, a solidariedade, mas também a democratização do conhecimento no centro nas noções de democracia e de cidadania” (SANTOS, 2005a, p. 109). Assim, ela propõe que o currículo da educação pela cidadania contenha uma “Matriz Educativa Tripartida” em Educação em cidadania; Educação através da cidadania e Educação para a cidadania (SANTOS, 2004, p. 78), na Figura 1.

Figura 1 – Esquema da Matriz Tripartida (SANTOS, 2004)

Esquema da Matriz Tripartida (SANTOS, 2004)
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.

Na dimensão Educação em Cidadania é necessário inserir a literatura política, que conduza a uma aprendizagem baseada em conceitos de cidadania, abrangendo conhecimentos políticos sobre democracia e como torná-los efetivos na vida. Assim, tornar-se um cidadão interessado, informado e que desenvolva competências para participar ativamente das decisões na vida pessoal e coletiva de modo organizado.

A segunda dimensão, Educação através da Cidadania é uma abordagem experiencial de cidadania. Tal proposta, tem como objetivo conjugar situações de aprendizagens científicas no ambiente escolar articuladas com as categorias de cidadania, como o intuito de transformar a sala de aula em um espaço para debates/discussões. Neles, colocar em prática os atos de cidadania ativa (conhecimento ativado sobre a literatura da cidadania política) em uma perspectiva crítica de forma participativa e comunitária.

A terceira dimensão Educação para a Cidadania deve integrar a Educação em Cidadania e a Educação pela Cidadania. Essa junção tem como finalidade mobilizar “conhecimento e compreensão, competências e atitudes, valores e disposições” (SANTOS, 2004, p. 78) de uma forma mais participativa e ativa na tomada de decisões na vida pessoal adulta, como também na comunidade local e planetária. Ou seja, as duas dimensões são as junções da teoria e prática. Enfim, as análises descritivas realizadas sobre cidadania reúnem categorias diversas no sentido de promover a cidadania escolarizada.

3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA

Os conteúdos analisados de Botânica estão inseridos nos livros de “Biologia dos Organismos” (volume 2) e o “Bio” (volume 3), das coleções da modalidade do EM. Os livros didáticos selecionados fazem parte das coleções mais adotadas por professores de escolas públicas brasileiras, segundo a lista de distribuição do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/PNLEM, 2009).

A pesquisa pautou-se na abordagem qualitativa descritiva. A coleta de dados foi realizada em 2017, mediante a análise documental (LÜDKE E ANDRÉ, 2007). No tratamento analítico, aplicou-se a análise categorial. Essa, segundo Minayo (1992, p. 70) “se refere a um conceito que abrange elementos ou aspectos com características comuns ou que se relacionam entre si”, sendo normalmente empregadas para estabelecer classificações de forma “a agrupar elementos, ideias ou expressões em torno de um conceito capaz de abranger tudo isso”, como por exemplo a codificação e a categorização.

Os exemplares apresentam três capítulos de Botânica: Evolução e classificação das plantas (Eixo temático I); Morfologia e histologia das plantas angiospermas (Eixo temático II) e Fisiologia das angiospermas (Eixo temático III) de modo similar nos dois exemplares.

4. RESULTADOS ANALÍTICOS DOS CONTEÚDOS TEÓRICOS, TEXTOS E EXERCÍCIOS

Os resultados obtidos dos conteúdos teóricos evidenciou a predominância de 6 categorias emergentes, são elas: aspecto de familiaridade (associada a possibilidade de estabelecer o reconhecimento pelo aluno – imagens de plantas, partes que a compõem, flores, frutos, raízes e/ou citam nomes populares); aspecto ecológico (quando o conceito cita o assunto as relações ecológicas ambientais); aspecto econômico (quando os conceitos são relacionados a utilidade econômica, agroindustrial, etc.); problemas ambientais (quando explicita o conceito e cita um problema ambiental); ciência e tecnologia (quando cita a utilidade da ciência e da tecnologia) e o aspecto sensitivo (quando sinaliza a importância das plantas, cor vistosa, cheiro, etc.), (Fig. 2).

Entretanto, nos conteúdos teóricos é possível atestar a incipiência das categorias preestabelecidas de acordo com os referenciais de cidadania contidos no quadro 1 (pilares do conceito de cidadania), e na figura 1 (Matriz Tripartida) como: participação, debates, políticas ambientais em assuntos referentes ao uso ético dos recursos vegetais etc.

Figura 2 – Resultados dos conteúdos teóricos

Resultados dos conteúdos teóricos
Fonte: elaborado pelas autoras.

No conceito científico, predomina a categoria emergente aspectos familiaridades, seguidas das categorias do aspecto ecológico, econômico, problemas ambientais, ciência e tecnologia e aspecto sensitivo, descritas com menor frequência e total ausência de discussão contextualizada e de modo crítico (Fig. 2).

Sobre esse prisma, as imagens e/ou nomes de frutos de plantas evidenciados nos conteúdos, tendem a estreitar a relação dos conhecimentos prévios dos alunos aos conhecimentos científicos (BORTONI E RICARDO, 2008), tonando-se uma ação positiva no processo de aprendizagem. Mas, para fortalecer essa ação é interessante considerar a contextualização com a finalidade mobilizar “conhecimento e compreensão, competências, atitudes e valores’ nos educandos, conforme explicita Santos (2004).

Para “minimizar os efeitos do distanciamento das pessoas em relação às plantas” (SALATINO E BUCKERIDGE, 2016, p. 185), é muito importante introduzir assuntos que ressaltam a sua importância, no sentido de promover a valorização dos vegetais e promover o interesse do “por quê” de estudar as plantas para e na vida. Por meio desses enfoques, o aluno poderá despertar o interesse, a curiosidade, o prazer e busca de novas informações, possibilitando-o a promover um diálogo com o texto e realizar uma leitura produtiva, sendo uma ação positiva para a promoção da educação científica com base na participação, o conhecimento sistematizado, valores éticos e humanitários, etc. (TEIXEIRA, 2009).

Destacamos como exemplo, alguns indicadores analíticos dos conteúdos teóricos, relacionados ao aspecto de familiaridade. Nele, o conteúdo aborda sobre o efeito da luz na germinação das sementes e suas devidas denominações, exemplificando com nomes populares. Vejamos:

O efeito da luz sobre a germinação das sementes é denominado fotoblastismo. Algumas sementes germinam apenas quando estimuladas pela luz, como as de alface, bétula e estévia; elas são chamadas de fotoblásticas positivas. Outras, como as de melancia, no entanto, têm a germinação inibida pela luz; elas são chamadas de fotoblásticas negativas. (L-B, p. 229, Eixo II).

A seguir extraímos fragmentos contidos nos exemplares A e B, que associam a utilidade da madeira aos aspectos econômicos:

O cerne é formado por xilema inativo, cujos vasos lenhosos estão inativos e não transportam mais seiva mineral. Suas paredes celulares estão impregnadas de corantes e resinas que impedem a proliferação de microrganismos. Por sua dureza e resistência, o cerne é a madeira preferida para trabalhos de marcenaria. (L-A, p. 160 – Eixo II).

Musgos (Filo Bryophyta)

Grupos com cerca de 9.500 espécies. Além de rizoides, os gametófitos geralmente possuem um eixo principal – cauloide – de onde partem os filoides. Nesse grupo estão os chamados musgos-de-turfeira, que pertencem ao gênero Sphagnum e que tem grande importância econômica. Eles formam a turfa, utilizada no melhoramento da textura e da capacidade de retenção de água nos solos. Em certas partes do mundo, a turfa é submetida à secagem e usada como combustível. (L-B, p. 147 – Eixo I).

No primeiro trecho apresentado, destaca uma ação natural decorrente da inatividade dos vasos lenhosos e, por conta disso, ocorre a resistência e dureza da madeira utilizada na comercialização. No segundo, discorre sobre os musgos e sua importância econômica e ambiental.

Sobre esses assuntos exemplificados anteriormente, seria mais interessante e extremamente importante evidenciar a importância das plantas para o setor econômico nos conteúdos didáticos. A madeira, por exemplo, é um dos produtos mais extraídos do meio ambiente. Contudo, devido ao seu alto valor econômico são frequentemente explorados e exportados tornando difícil a contenção da indústria madeireira sobre as florestas (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). Tal informação, deve conter no livro uma sugestão de discussão com enfoque CTS, no sentido de abordar sobre o uso dos vegetais como recurso natural de modo sustentável, ou mesmo sobre o desmatamento irregular e aplicabilidade de leis etc.

Situações problemáticas cabem discussões que devem ser debatidas em sala de aula, visando desencadear valores éticos no uso descontrolado dos recursos naturais. Ou seja, que o livro se enquadre em seus conteúdos, textos com discussões problematizadoras sobre o uso desordenado dos recursos vegetais.

Segundo Preto (1995, p. 67) “a natureza, que possui todos os recursos necessários à vida, é apresentada ao aluno como sendo um saco sem fundo, onde nos cabe aproveitá-la e até espoliá-la, porque estes recursos naturais existem em abundância”, esse aspecto, infelizmente, ainda é muito presente em LD.

Os livros analisados apresentam significativas diferenças na transposição dos conceitos científicos. Em ambos, os conceitos teóricos apresentam conhecimentos sistematizados (característica inerente à cidadania). No entanto, o livro A identificou-se a predominância conceitual em relação ao livro B. Ou seja, o exemplar A apresenta predominância conceitual em detrimento de uma quantidade diminuta de textos e imagens nos capítulos. Tal ação possibilita dificultar a articulação contextualizada, a promoção da cidadania, a atitudes de uso sustentável etc.

4.1 RESULTADOS ANALÍTICOS DOS TEXTOS

A seguir, apresentamos um gráfico demonstrando a quantidade de textos em cada exemplar analisado (Figura 4).

Assim, possamos observar que no livro A foram identificados dois textos: um contém uma página multimodal, onde caracteriza a importância das árvores para a cidade (sombreamento, conforto térmico, arborização urbana etc.) e, o segundo texto na seção Ciência e Cidadania, que aborda sobre adubação na agricultura e cuidados com o solo. No exemplar B, identificamos 10 textos que discorrem sobre temas variados e referentes ao uso e importância das plantas para o meio, para o ser humano, a utilidade farmacológica e fitoterapêuticas etc. (Fig. 4).

Figura 4 – Quantitativo de textos identificados nos livros A e B

Quantitativo de textos identificados nos livros A e B.
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras em 2017.

O livro B, apresenta em sua estrutura textos iniciais na introdução dos assuntos de botânica como por exemplo: o “Por que de estudar as plantas” (Fig. 3, a). Nele, disserta sobre a importância do extrato de salgueiro como princípio ativo, sobre a importância das propriedades medicinais, sobre a farmacológica. Em contraponto, discorre também sobre a devastação e o desaparecimento da vegetação de forma desordenada causada pelo setor econômico, ou seja, coloca a situação do mau uso dos vegetais e suas consequências para o planeta.

Desse modo, extraímos como exemplo o texto “Por que estudar as plantas” contido no exemplar B (Figura 3). Nele, o texto expõe a diversidade de diferentes tipos de ambientes brasileiros, descrevendo sobre o cerrado e problemas ambientais causados pela ação antrópica que desequilibra o ecossistema. O texto é finalizado com questionamentos que possibilitam uma possível reflexão ao leitor relacionar a importância das plantas na vida diária para a humanidade.

Figura 3: Texto introdutório aos assuntos de botânica (Por que estudar as plantas?)

Texto introdutório aos assuntos de botânica (Por que estudar as plantas)
Fonte: Livro B: (a) p. 141; (b) p. 181.

Dessa forma, é possível reiterar que os textos contidos em LD são altamente positivos para despertar o interesse do aprendiz, como já foi sinalizado anteriormente por Salatino e Buckeridge (2016), e, de acordo com os autores, possibilitam evitar desencadear nos alunos a cegueira botânica, que normalmente ocorre devido à ausência de relacionar conceitos botânicos a importância das plantas para a humanidade, como: as vestimentas, a perfumaria, os fármacos, sapatos, alimentos, moradias etc. Tal desmotivação pode causar a desconexão no processo de ensino e aprendizagem. Vejamos os indicadores dos resultados analíticos dos textos extraídos dos livros A e B (Quadro 2):

Quadro 2 – Resultados das análises dos textos

CAPÍTULOS DE BOTÂNICA LIVRO A LIVRO B
I-Evolução e classificação das plantas Texto ausente Tema para discussão

Texto 1 – Plantas medicinais (p. 168)

Aborda sobre as substâncias contidas nas plantas e seus efeitos fitoterápicos usados na medicina, menciona a etnobotânica e o estudo a utilização popular e tradicional das plantas; discute também o interesse mercadológico das plantas medicinais e aborda sobre a predominância  dos recursos naturais e as espécies nas regiões tropicais, bem com a extinção de algumas espécies muito benéficas para a humanidade.

II-Morfologia e histologia das plantas angiospermas Texto ausente Tema para discussão

Texto 2 – Plantas tóxicas (p. 205).

Discute sobre tipos de plantas tóxicas, devido às substâncias contidas em algumas espécies, apontam algumas espécies e o cuidado ao manuseá-las, apresentam imagens de plantas domésticas, etc.

III-Fisiologia das angiospermas Seção: Ciência e Cidadania

Texto 1 – “Importância da adubação para a agricultura”; apresenta questões discursivas (p. 169).

O texto explicita sobre a agricultura orgânica e inorgânica ao mesmo tempo em que adverte sobre o uso excessivo do adubo inorgânico causador de problemas ambientais.

Tema para discussão

Texto 3 – Um triste exemplo de conhecimento biológico mal utilizado (p. 231).

Aborda de forma crítica e informativa, pois, exprime sobre a Guerra do Vietnã e aponta os benefícios e malefícios que o conhecimento científico pode causar. Assim, tece críticas sobre as atitudes humanas no uso inadequado dos conhecimentos e os problemas ambientais causados. Cita também a Convenção de Armas Biológicas de Genebra e expressa a necessidade de desenvolver a postura ética diante do conhecimento biológico.

Fonte: elaborado pelas pesquisadoras em 2017.

É possível observar que a quantidade de textos entre os exemplares A e B, são discrepantes. O livro B, além de expor maior quantidade de textos, apresenta também mais conexão entre o conhecimento científico e a promoção para a cidadã, em relação ao livro A.

Contudo, é possível ressaltar que se essas estratégias fossem pautadas no currículo da educação para a cidadania com base na “Matriz Educativa Tripartida” em Educação em cidadania, Educação através da cidadania e Educação para a cidadania proposta por Santos (2004), a promoção cidadã no processo de didatização desses conteúdos deveriam conter abordagens de políticas ambientais, citação de leis ou possíveis penalidades referentes aos problemas ambientais de modo discursivo na possibilidade de suscitar a reflexão do aluno, referente a determinadas situações problemáticas e o uso sustentável dos vegetais descritos nos LDs.

4.2 RESULTADOS ANALÍTICOS DOS EXERCÍCIOS

Os exercícios contidos nos livros foram o terceiro aspecto analisado em nossos estudos e, mais uma vez, o livro B se destaca positivamente em relação ao livro A. Nele, identificou-se significativas mudanças entre os exemplares, em ambos ocorrem a predominância de questionários conceituais.

A seguir, apresentaremos o total de questões (objetivas, discursivas e experimentais) contidas nos exemplares analisados. Nota-se no livro A, a predominância de 82% de questões objetivas em relação ao livro B com 30%. Quanto às questões discursivas, identificou-se 18% no livro A e 59% no livro B e, zero para as questões discursivas experimentais no livro A e 11% no B (Fig. 4).

Figura 4 – Total de questões contidas nos livros A e B

Total de questões contidas nos livros A e B.
Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras em 2017.

Embora, predominem os questionários objetivos nos exemplares A e B, é possível destacar que 17 atividades discursivas experimentais presentes no B mostram positividade em nossos objetivos de estudo, e um resultado totalmente discrepante em relação ao livro A, ou seja nenhuma atividade discursiva e experimental foi identifica.

Assim, das atividades discursivas identificamos a proposta de um terrário (utilizando material reciclável); a promoção de um passeio em supermercado para observar os frutos comestíveis, valores dos frutos etc. Sobre esse prisma é possível afirmar que “não há recurso mais poderoso para conquistar a atenção de alunos de ciências do que a programação de atividades práticas no campo e em laboratório” (NERIS, 2013 apud SALATINO; BUCKERIDGE, 2016, p. 181).

De fato, há complementariedade entre os conceitos, os textos e exercícios, corroborando o saber sistematizado conforme as categorias cidadãs, proposto por Teixeira (2009) em ambos os exemplares. Mas, é fundamental destacar que o conhecimento seja usado na busca de transformações sociais por meio de organizações, participações etc.

Considerando a premissa da promoção cidadão educativa, o livro que mais se aproxima do estudo analítico é o exemplar B. O livro A, por sua vez, didatiza os conceitos científicos da botânica no formato do que Santos (2005) afirma sobre a centralidade conceitual na e sobre a ciência em detrimento da promoção dos valores humanos, que devem ser promovidos de acordo a legislação educacional em prol de formar um cidadão participativo, crítico, com base em valores. Portanto, O livro A cabe a necessidade de enquadrar textos contextualizados com questões discursivas e questões experimentais no sentido de possibilitar promover o conhecimento por investigação e problematização.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa objetivou investigar como a cidadania é disseminada didaticamente nos assuntos de botânica no Ensino Médio, ou seja, como os livros didatizam os assuntos da ciência botânica pautados na promoção da cidadania participativa, na promoção de valores éticos que a humanidade deve ter para com o uso sustentável dos recursos vegetais.

Os resultados neste estudo, respondendo à questão norteadora, indicam que muito há de se fazer em prol da promoção e da formação cidadã educativa. Como já mencionamos, anteriormente, o LD não é e nem pode ser o mediador no processo de ensino-aprendizagem, muito menos o principal promotor para a formação de atitudes cidadãs.

Entretanto, os dados mostram a importância de enquadrar no currículo de botânica assuntos sobre políticas ambientais, leis ou possíveis penalidades referentes aos problemas ambientais causadas pela ação antrópica em relação ao mau uso dos vegetais, o desmatamento, queimadas, extinção, etc.

É possível também, salientar a importância de debater o uso dos recursos vegetais de forma sustentável, numa visão geral de forma a promover o conhecimento sobre a biodiversidade e sua conservação/preservação da vegetação e sua importância para a existência da vida na Terra.  A partir daí, suscitar o conhecimento, a compreensão, competência e atitudes, valores e disposições e, principalmente por meio da ação e incitar a participação do educando com ações na escola sobre os temas importantes e polêmicos, bem como, suas implicações, problemáticas e possíveis soluções.

Partindo da premissa de que a inserção de textos e imagens, as atividades práticas e passeios de campo estreitam o conhecimento científico no sentido de desenvolver as dimensões cognitivas e afetivas no aluno, é possível afirmar que há possibilidade de formar o pensamento crítico, no sentido de promover a cidadania democrática/participativa, que são competências para o exercício da cidadania.

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[1] Mestra em Educação em Ciências e Matemática, Especialista em Meio Ambiente e Sustentabilidade e Licenciada em Ciências Biológicas. ORCID: 0000-0002-6679-6182.

[2] Orientadora. Licenciada em Ciências Biológicas, Mestra em Educação: História, Política, Sociedade e Doutora em Botânica. ORCID: 0000-0001-6283-7031.

Enviado: Abril, 2021.

Aprovado: Agosto, 2022.

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Claudia Stela Alcântara Barbosa Rocha

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