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Relatório de estágio: uma aprendizagem baseada em projetos

RC: 89737
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MARTINS, Tatiana de Brito [1], ALVES, Janiele Maria Pinheiro de Araújo [2]

MARTINS, Tatiana de Brito. ALVES, Janiele Maria Pinheiro de Araújo. Relatório de estágio: uma aprendizagem baseada em projetos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 06, Vol. 15, pp. 106-143. Junho de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/baseada-em-projetos

RESUMO

O presente trabalho objetiva descrever um relato de experiência a partir da prática do Estágio Supervisionado para Formação de Professores, do Curso de Pedagogia, na modalidade Licenciatura, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O campo de estudo foi realizado no Núcleo de Educação Infantil – NEI. Durante dez dias, foram realizadas observações participativas e regências, com o objetivo de aplicar a teoria vivenciada em sala de aula à prática pedagógica desenvolvida junto aos alunos do 5º ano do ensino fundamental I, com faixa etária entre dez e onze anos, professores e comunidade escolar. A realização do estágio propiciou a melhor aproximação com o campo de trabalho, vivência e troca de experiências com todos os envolvidos, além de que, o estágio proporciona o contato prévio com a realidade do contexto escolar. Foram utilizados os métodos pedagógicos abordados pela instituição, a aprendizagem baseada em projetos, atendendo a realidade dos alunos. Além disso, procuramos utilizar os recursos disponíveis na escola e ampliar o campo de estudo dos alunos para além da sala de aula.

Palavras-chave: Aprendizagem, Projetos, Docência, Inclusão

1. INTRODUÇÃO

O Estágio supervisionado é uma oportunidade de colocarmos em prática os conhecimentos e teorias que adquirimos ao longo do curso de pedagogia. Dessa forma, é um processo de aprendizagem imprescindível para formação dos profissionais que desejam estar preparados diante dos desafios da sua formação, pois proporciona a relação entre os mecanismos teóricos e práticos, fundamentais à realização das suas funções, promovendo uma experiência que possibilita o desenvolvimento no campo profissional, conhecendo a realidade da rotina escolar.

O presente trabalho foi elaborado a partir das vivências do estágio supervisionado, com duração de 40 horas, através da observação e regência. Escolhemos a instituição Núcleo de Educação Infantil-NEI por se tratar de uma escola de referência em nossa região, nos possibilitando grandes aprendizados.

Outro fator que nos motivou a escolher essa escola foi o método de ensino, pois realizam as atividades através da aprendizagem baseada em projetos (ABP). A partir do conhecimento construído sobre o grupo, o professor propõe alguns temas para os alunos escolherem, na busca em atender as necessidades/curiosidades observadas pelos educandos. Os projetos envolvem diversos campos de conhecimentos, sendo trabalhados através de uma abordagem interdisciplinar. É importante a divulgação de materiais sobre o assunto, apresentando os resultados positivos a partir dessa prática.

Nos próximos tópicos abordaremos os principais elementos observados e registrados pela dupla, relatando a identificação e caracterização da escola, o planejamento das intervenções, o desenvolvimento das práticas educativas, a formação de professores, fazendo com que seja estabelecida uma relação entre a realidade observada na docência e o embasamento teórico estudado. Faremos um breve relato de como ocorreu o estágio supervisionado no ensino fundamental I, e em seguida, relataremos nossas impressões e vivências nos dias de estágio.

2. DESENVOLVIMENTO

A Base Nacional Comum Curricular (2018) orienta sobre a importância de se trabalhar temas atuais relevantes para a sociedade de maneira transversal, questões sociais como objeto de aprendizagem e reflexão dos alunos.  Os temas transversais “[…] têm a condição de explicitar a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas realidades” (BNCC, 2018).

Como afirma Paiva et al. (2016, p.08) “Comprovou-se que o uso das metodologias ativas de ensino-aprendizagem pode ocorrer em diferentes cenários de educação, com múltiplas formas de aplicação e benefícios altamente desejados na área da educação”. Percebemos que ainda é uma proposta que está sendo aplicada e analisada em pequena escala, pois se trata de uma forma de ensino diferenciada, nem sempre facilmente aceita pelas escolas e pais dos alunos, considerando que existe uma crença de que nem todos os conteúdos necessários estão sendo abordados nos projetos ao longo do ano.

A Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP) é uma estratégia de ensino e aprendizagem que objetiva incentivar o empenho e a habilidade de pesquisar temas, propiciando o pensamento crítico e o trabalho colaborativo entre os sujeitos envolvidos no processo, proporcionando o envolvimento dos estudantes com diversos conteúdos de forma interdisciplinar. Ensinos como Português, Matemática, Geografia, História, Artes, dentre outros, são contemplados no próprio projeto, assim aprendem assuntos que já seriam trabalhados em sala de aula, de modo tradicional, sendo que agora com uma nova perspectiva, pois os estudantes tornam-se pesquisadores ao invés de apenas absorver o que lhes é ensinado.

Partindo desse entendimento, podemos aprender e ampliar nossos conhecimentos acerca da pesquisa por tema, sendo uma forma diferenciada de ensino, ao elaborar aulas com intencionalidades investigativas que permitam a aquisição do conhecimento por meio do lúdico, do brincar, com a intenção pedagógica de estimular o pensamento e ainda explorando as potencialidades das atividade práticas e do trabalho em equipe que favorecem continuamente à relação entre os conceitos que se pretende estudar e suas aplicações tirando o aluno do modo passivo no processo de ensino-aprendizagem tornando-o ativo na construção do seu conhecimento. Nesse sentido, afirma Freire (1996, p. 25) “ensinar não é apenas transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A escola Núcleo de Educação da Infância (NEI) está localizada no Anel Viário do Campus, s/n – Lagoa Nova, Natal – RN, 59072-970, no Rio Grande do Norte. O NEI foi criado em 1979, com o objetivo de atender às necessidades da comunidade universitária da UFRN, incluindo professores, funcionários e alunos, recebendo crianças a partir dos 3 meses de idade. Atualmente atende crianças do ensino infantil e ensino fundamental I dos mais diversos bairros da cidade de Natal, além de classes sociais diversas.

A escolar incorpora em seu currículo o desenvolvimento de práticas inovadoras de ensino a partir de projetos, além de oferecer campo de estágio para os alunos de licenciatura e bacharelado da área da Educação da Infância, com a abertura para experimentações no campo da pesquisa científica e socialização do conhecimento científico construído por meio de ações de extensão junto à comunidade.

O Projeto Político pedagógico da escola vem sendo elaborado nos últimos cinco anos e é revisto constantemente, através das comissões mensais que trazem um retorno a respeito das leituras no intuito de chegar a um denominador comum, envolvendo direção, professores e coordenação. Todos os professores, do NEI e de outras instituições, têm acesso ao documento. As propostas são discutidas no coletivo, dividido por grupos de interesse considerando as áreas de afinidade de cada um e posteriormente socializando com o grupo maior.

O NEI conta com professores graduados e com pós-graduação, mestrado e/ou doutorado. Acreditam que o estudo contínuo dos professores apresenta melhores resultados na prática docente, pois buscam a atualização constante para garantir a eficácia no processo de ensino aprendizagem.

A educação infantil possui um total de 173 crianças e o ensino fundamental conta com 182 crianças. Existem 27 alunos com necessidades especiais, totalizando 382 crianças. A escola tem 51 professores, sendo 6 substitutos e 45 efetivos.

A escola possui 5 salas no bloco do ensino  infantil e 5 salas no bloco do ensino fundamental I. No prédio do ensino fundamental tem parque, quadra poliesportiva, sala de informática, sala de música, sala de artes, refeitório, banheiros, bebedouros, rampas de acesso. Segue fotos do parque:

Figura 1: Área de lazer

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Os materiais e equipamentos pedagógicos disponibilizados para os professores são data show, lousa branca, mesas adaptadas, brinquedos, livros, fitas, lápis, isopor, colas e uma grande variedade de materiais lúdicos. Em todas as salas existe um auxiliar para cuidar das crianças com necessidades especiais e as cadeiras e mesas são adaptadas. A escola também conta com o trabalho de uma psicóloga que dá suporte aos alunos sempre que precisam.

As turmas do Ensino Fundamental I, no NEI, são organizadas conforme a faixa etária das crianças, como mostra o quadro abaixo:

Figura 2: Distribuição de séries

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

A turma do 5º ano conta com duas professoras/supervisoras efetivas, facilitando a organização e execução das atividades propostas. Tem um total de 15 alunos, sendo um com necessidade especial. A escola conta com diversas crianças especiais, contando com um núcleo de inclusão. Como o Nei é uma escola parceira na inclusão de crianças com necessidades especiais, sempre oferece grupos de estudos voltados para essa temática.

O planejamento das atividades acontece pelo menos uma vez por semana e as duas professoras da turma participam. Tudo é pensado em consonância com a proposta pedagógica e a metodologia adotada pela instituição selecionando temas para produção dos projetos.

2.2 EXECUÇÃO DOS PLANOS DE AULA

Na primeira semana do estágio fomos direcionadas ao acolhimento, que tem como objetivo fornecer o conhecimento prévio sobre a instituição, assim como orientar a respeito dos alunos especiais existentes na escola e como proceder em algumas situações. Nesse período assistimos a algumas palestras, realizamos dinâmicas, e pudemos compreender o método de ensino do NEI e conhecer seu espaço físico.

Ao conversarmos com as supervisoras de campo, fizemos o levantamento dos temas que estavam sendo trabalhados ou que iriam iniciar. Os temas foram escolhidos em conjunto com os alunos para trabalharem nesse semestre, sendo eles a literatura de cordel e a história do Rio Grande do Norte.

De acordo com Fusari (1998, p. 8), “a ação consciente, competente e crítica do educador é que transforma a realidade, a partir das reflexões vivenciadas no planejamento e, consequentemente, do que foi proposto no plano de ensino”. Sendo assim, durante a elaboração do planejamento das intervenções, buscamos contemplar todos os aspectos dialogados com as professoras e observados na turma, acrescentando sempre questionamentos que pudéssemos fazer aos alunos, com o intuito de levá-los à reflexão sobre os conteúdos e preconcepções existentes.

Saviani (1987, p. 28) afirma que o aluno precisa ir percebendo, sentindo e compreendendo cada aula como um processo vivido por ele para que na especificidade da educação escolar, avance. Pensando nessa perspectiva, incluímos a vivência em nossos planos de aula, considerando não apenas participação na sala de aula, mas também visitas in loco, para facilitar a assimilação dos conteúdos trabalhados.

No primeiro dia as crianças fizeram uma visita à Casa do Cordel, onde tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos acerca do tema de pesquisa que vinha sendo trabalhado há algum tempo, o cordel. A Casa do Cordel, situada na Rua Vigário Bartolomeu, 605, Cidade Alta, Natal-RN, guarda relíquias de grandes escritores cordelistas, como Zé Saldanha, que deixaram suas marcas na cultura popular do estado. O Brasil é o único país que produz cordel, sendo grande exportador dessa riqueza cultural, tendo seus cordéis espalhados entre vários países, desde EUA, Portugal, Bolívia, entre outros. Foi um momento muito especial, pois as crianças puderam ter contato com a história do cordel.

No momento da aula, procuramos objetivar assuntos pertinentes ao cordel, tais como  reconhecer o contexto de produção do poema de cordel e as características específicas que constituem os valores culturais e construção de uma identidade. Gomes et al (2019, p.136) diz que o cordel “é uma fonte de informação relevante em diversos aspectos, entre eles a cultura de um local, um determinado período de tempo, como também expressa as próprias histórias criadas pelos atores cordelistas”. Destacando assim a importância de conhecer o tema durante a formação dos estudantes. Também especificamos as características das representações gráficas dos cordéis, assim como a estrutura escrita da literatura de cordel, com intuito de compartilhar conhecimentos prévios sobre o tema.

Realizamos uma abordagem sobre a produção da capa do cordel que foi elaborado através de impressão gráfica e não como xilogravura, método tradicional de produção de capas de cordel, explicando que a origem dos cordéis remete ao século XVI (dezesseis) e ao passar dos anos, surgiram variações da produção desse gênero, incorporando aspectos da nossa atualidade.

Ao retornar para a escola, fizemos questionamentos sobre a importância da visita para as crianças, tais como: o que vocês acharam mais interessante ao visitar a casa do cordel? Vocês leram algum cordel? Lembram sobre o que falava? Acharam semelhante com o que viram anteriormente? Perceberam alguma diferença nas capas dos cordéis? Todas as capas eram feitas com a arte da xilogravura? Entre outras questões. Segue as fotos referentes à visita a casa do cordel:

Figura 3: Casa do cordel¹

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Figura 4: Casa do cordel²

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Figura 5: Casa do cordel³

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Trabalhamos os dois temas de pesquisa, a literatura de cordel e a história do Rio Grande do Norte, de forma simultânea, com o objetivo de unificá-los em um único projeto. Dando continuidade às nossas regências, passamos um material muito interessante sobre as curiosidades do nosso Estado, momento muito divertido e instigante para todos.

Falamos sobre Natal e o fato de ser a primeira cidade do Brasil a ter chicletes, a consumir coca cola, a usar óculos Ray Ban, a trazer o forró para o cenário nacional, além de ser a cidade do camarão, do passeio de buggy e um dos quatro pontos mais  estratégicos  do mundo. Como a representação imagética é característica forte no aprendizado, trouxemos alguns objetos que estavam presentes nas curiosidades, como o chiclete, os óculos Ray Ban e uma Coca-Cola.

Dando continuidade ao tema de pesquisa sobre o Rio Grande do Norte, passamos o vídeo “Professor Jerimum”, elaborado em uma linguagem bastante interessante e lúdica para as crianças, que ficaram bastante atentas e anotando as principais características de nosso Estado. As seguintes reflexões foram abordadas nessa aula: Qual a primeira área ocupada em Natal? Quais os principais povos que invadiram a cidade? Quem foi o primeiro governador? Quem eram os habitantes nativos? O que o Forte dos  Reis Magos representa para o Estado? O que é a barreira do inferno?

Em seguida, fizemos um jogo de perguntas e respostas com as crianças, dividindo a sala em três equipes. Foi um momento bastante interessante, pois as crianças puderam relembrar os conhecimentos aprendidos nos dois vídeos.

Um momento bastante especial foi a visita ao Centro Administrativo, escola do governo, onde estava sendo realizada uma mostra interativa que havia sido realizada com crianças do Centro de Atendimento ao Surdo (CAS). Na oportunidade, as crianças do Nei puderam confeccionar a xilogravura e entender as instruções necessárias para sua finalização.

Figura 6: Centro administrativo¹

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Figura 7: Centro administrativo²

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Em sala de aula, os alunos escreveram os cordéis, de acordo com a apreciação individual de cada um, elencando a história do RN, e posteriormente digitaram em documento Word para impressão. As crianças demonstraram ter compreendido os conteúdos abordados, além de praticarem a correção ortográfica das palavras no computador. Através da digitação dos cordéis, foi possível ensinar às crianças a forma correta de escrever o cordel de acordo com as configurações necessárias para o formato de folheto. Também pedimos que escrevessem um pouco sobre eles, o que gostam de fazer, suas comidas favoritas, para colocarmos no verso do folheto, que são as informações a respeito do autor. Tiramos fotos dos alunos para incluir no tópico do autor.

O segundo momento da atividade a respeito da produção dos cordéis foi a produção da isogravura. Optamos pelo isopor como matéria prima para realização desta atividade, no intuito de evitar qualquer risco que outros instrumentos perfurantes pudessem acarretar. Sendo assim, utilizamos canetas para fazer o baixo relevo no isopor, destacando os contornos dos desenhos realizados pelos alunos. Os alunos passaram o rolo com tinta acrílica por cima e fizeram a transferência na folha de ofício. Alguns ajustes de configuração e junção dos materiais foram realizados pelas estagiárias para garantir a configuração adequada para impressão do material.

O momento mais esperado da semana havia chegado e era a realização do tour pela cidade, abarcando os pontos mais importantes na história do RN.  Antes do tour, passamos um vídeo sobre a cidade de Natal, para que as crianças pudessem se inteirar dos lugares visitados e desfrutar da viagem com alguns conhecimentos prévios. O primeiro local visitado foi o Forte dos Reis Magos, local extremamente histórico para nossa cidade e que serviu de ponto estratégico para combater as invasões de outros povos.

A Fortaleza dos Reis Magos é uma edificação militar histórica localizada na cidade de Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte, administrada pela Fundação José Augusto, fundação do Governo do Rio Grande do Norte. Representa um marco na história das fortificações da orla marítima do Brasil. É uma das mais importantes, belas e sugestivas, e a mais bem edificada no litoral brasileiro, cuja construção teve início ainda no século XVI, sendo o marco da fundação da cidade de Natal.

A fortaleza foi fundamental na defesa do território brasileiro durante o período colonial. Entretanto, em dezembro de 1633, não resistiu ao poderio da invasão holandesa, com aproximadamente dois mil homens embarcados em dezesseis navios. A partir daí passou a chamar-se “Castelo Keulen”.

O Forte encontrava-se em reforma e os alunos não puderam adentrá-lo ficando em suas imediações, mas puderam se deslumbrar com as paisagens marginais, em especial a Ponte Newton Navarro, um dos cartões postais de Natal-RN, além de apreciarem as águas do Rio Potengi. Segue as fotos da visita ao Forte dos Reis Magos:

Figura 8: Ponte Newton Navarro

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Figura 9: Caminho para o Forte dos Reis Magos

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Continuando o roteiro, fomos para a Praça André de Albuquerque, também conhecida popularmente como Praça Vermelha, que está situada no bairro da Cidade Alta, em Natal-RN. É o ponto geodésico da cidade e também o seu marco zero. A praça também se encontrava em reforma, então ficamos em seu entorno. Durante todo o percurso, íamos fazendo intervenções e explicando sobre os principais lugares visitados. Alguns alunos já conheciam os lugares visitados e compartilharam suas experiências com  a turma. Voltamos pela Via Costeira que tem uma paisagem belíssima, tornando o tour ainda mais alegre e participativo. Segue as fotos da praça:

Figura 10: Praça André de Albuquerque¹

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Figura 11: Praça André de Albuquerque²

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Entendemos que esse momento de visitar os marcos históricos do Rio Grande do Norte, faz relação com a colocação de Saviani (1987) quando afirma que “o aluno precisa ir percebendo, sentindo e compreendendo cada aula como um processo vivido por ele para que, na especificidade da educação escolar, avance”. A relação entre a leitura, o diálogo e o contato direto com os locais citados, gera uma melhor compreensão dos conteúdos estudados, garantindo a sua assimilação.

No último dia do nosso estágio e consequente entrega dos cordéis aos alunos, agradecemos por todo o acolhimento nesse período do estágio. Lemos o cordel que fizemos para o aluno com necessidades especiais, propondo que as professoras prossigam com os alunos a analisar esse cordel, caso considerem necessário alterar e/ou acrescentar mais alguma informação, considerando que a ideia inicial é de que eles sejam expostos na semana cultural da escola. Fizemos  o encerramento com os alunos fazendo a leitura dos cordéis que produziram. Segue as fotos dos cordéis finalizados:

Figura 12: Cordéis impressos

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Figura 13: Capa e versos do cordel de um dos alunos

Fonte: elaboração dos autores, 2019.

Em todo o projeto conseguimos proporcionar uma aprendizagem significativa, através da metodologia de forma interdisciplinar dos conteúdos de português, geografia, história, artes e informática. A mudança nas abordagens e nos ambientes de aprendizagem fez com que os alunos se sentissem motivados para cada dia aprender mais sobre a história do Rio Grande do Norte.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos primeiros dias do estágio percebemos a importância do planejamento e registro através dos planos de aula. Nesse processo, além da seleção coerente dos conteúdos, requer a percepção do tempo necessário para todas as atividades, adequação dos métodos para melhor compreensão dos conteúdos por parte dos alunos, assim como entender que ao elaborarmos um plano de aula, este não fica pronto em definitivo, podendo necessitar de alterações ou complementos.

Nesse sentido, o foco do nosso planejamento de ensino esteve voltado a fazer dos alunos parte integrante no processo de ensino e aprendizagem, dialogando com eles através de questionamentos e/ou respondendo as suas dúvidas. Esses momentos despertaram em nós a reflexão crítica sobre o conteúdo que aprendemos, pois as curiosidades que surgem nos alunos, muitas vezes divergem das informações que preparamos para compartilhar, fazendo com que a busca pelo conhecimento seja contínua.

O planejamento para o estágio foi contemplado satisfatoriamente, servindo de grande contribuição para nossa formação profissional em Pedagogia. A turma foi receptiva às atividades que propusemos, principalmente quando levamos o jogo de perguntas e respostas, pois demonstraram conseguir estabelecer uma comunicação eficaz em equipe. Também foi perceptível o interesse deles nas visitas no tour pela cidade, pois fizeram vários questionamentos.

Outro momento que despertou o interesse dos alunos foi à produção da isogravura, pois até os alunos que normalmente se mostravam dispersos em sala de aula, se engajaram, apresentando um ótimo resultado na atividade. Era notória a expressão de felicidade, principalmente ao compartilhar seus feitos com os outros colegas.

O estágio nos proporcionou momentos de interação e conhecimento, nos levando a observar a atuação docente em outra perspectiva, principalmente por ser nossa primeira atuação através da aprendizagem por projetos. Percebemos que a metodologia é bastante eficaz e integra diversos conteúdos de forma simultânea.

Também aprendemos bastante sobre a história do Rio Grande do Norte durante a elaboração do planejamento, além de conhecer os locais históricos, agregando conhecimento acerca dos assuntos abordados. A visita ao Forte dos Reis Magos foi bastante significativa para nós, pois como não o conhecíamos, ficamos muito felizes em contemplar a arquitetura que permanece firme durante tantos anos. A concretização do nosso trabalho com os cordéis veio engrandecer ainda mais essa experiência.

Um ponto de destaque é o acolhimento que a turma tem com o aluno portador da síndrome de Down, sempre o acompanhando, o abraçando, demonstrando afetividade e conexão com ele, deixando-o à vontade com a turma.

A metodologia usada no Nei não está focada no livro didático apenas, sendo este pouco utilizado pelas crianças. As atividades são dinâmicas e a participação acontece de forma completa entre todos os alunos. A escola é realmente referência no ensino transformador para seus alunos e os instiga a pensar, solucionar conflitos de forma autônoma e crítica.

Estar em sala de aula nos despertou um novo olhar para além do teórico, nos fazendo entender à necessidade da empatia; de saber abordar corretamente os temas; de responder às perguntas inusitadas dos alunos; de perceber que alguns alunos se sentem limitados na execução de algumas atividades e como podemos fazer essa “ponte” para possibilitar o aprendizado; entender que na atuação docente devemos estar preparados para intervir em todas essas situações.

De modo geral, o estágio nos proporcionou uma experiência única, pois além de todos esses aprendizados, nos deparamos com diversas realidades socioeconômicas que de imediato agregaram informações também a nós como estudantes da pedagogia.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FUSARI, J. C. O Planejamento do Trabalho Pedagógico: Algumas Indagações e Tentativas de Respostas. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo: FDE, 1998.

GOMES, V. I. A et al. A importância da literatura de cordel como preservação da cultura nordestina: um estudo no acervo da Biblioteca Central Zila Mamede. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 15, n. 1, 2019.

PAIVA, M. R. F et al. Metodologias ativas de ensino aprendizagem: revisão integrativa. Metodologías activas de enseñanza-aprendizaje: revisión integradora. V.15 n.02, p.145-153, Jun./Dez. – 2016 – 145 Disponível em: <https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1049/595> Acesso em: 07 de maio de 2021.

SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1987.

ANEXOS

PLANOS DE AULA

Identificação

Instituição: NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º Ano

Tema: Compreendendo a importância da Literatura de cordel

Nº de aulas: 2

Disciplina: Português

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa/ Luana

Objetivo Geral

Conhecer e valorizar a cultura regional representada na literatura de cordel.

Objetivos específicos

●        Reconhecer o contexto de produção do poema de cordel e as características específicas que constituem os valores culturais e construção de uma identidade;

●        Compreender as características de representação gráfica, assim como a estrutura escrita da literatura de cordel;

●        Compartilhar conhecimentos prévios sobre o tema.

Conteúdos

●        Linguagem coloquial (informal);

●        Uso de humor, ironia e sarcasmo;

●        Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, políticos, episódios históricos, realidade social, etc;

●        Presença de rimas, métrica e oralidade.

Metodologia

1º Momento: Fazer questionamentos para turma, compreendendo os conhecimentos prévios que possuem sobre o tema.

Roteiro de perguntas:

●        O que vocês acharam mais interessante ao visitar a casa de cordel?

●        Vocês leram algum cordel? Qual? Lembram sobre o que falava?

●        Acharam semelhante com o que viram anteriormente com a professora?

●        Como entendem que se configura a estrutura de um verso de cordel?

●        Perceberam alguma diferença nas capas dos cordéis? Todas as capas eram feitas com a arte de xilogravura? Por quê?

●        Todos os temas e capas que viram são regionais?

●        Qual a linguagem dos cordéis? Formal ou informal?

●        Qual a função do cordel na sociedade?

●        Os assuntos são sérios? O que acham que as pessoas sentem ao ler o cordel?

2º Momento: Mostrar dois tipos de folhetos de cordel, sendo um com tema regional e a capa elaborada em xilogravura e o outro com tema de origem cultural estrangeira, “A origem das bruxas” da autora Sírlia Sousa de Lima, com capa produzida através de impressão gráfica. Posteriormente fazer os questionamentos a turma:

●        Quais os temas dos cordéis?

●        Os temas se referem a cultura brasileira?

●        Como acham que as capas foram produzidas?

Explicar que a produção do cordel também se referem fatos históricos que não são especificamente de origem da nossa cultura. Abordar sobre a produção da capa do cordel que foi realizado através de impressão gráfica e não como xilogravura que é o método tradicional de produção de capas de cordel, explicando que a origem dos cordéis remete ao século XVI (dezesseis) e ao passar dos anos, surgiram variações da produção desse gênero, incorporando aspectos da nossa atualidade.

Recursos

●        Folhetos de cordel;

●        Quadro;

●        Marcador de quadro;

●        Lápis de cor;

●        Giz de cera;

●        Cola branca

Avaliação

A avaliação será processual e ocorrerá de forma contínua. Nesse primeiro momento, teremos um  diálogo, no intuito de constatar que houve a compreensão do tema, assim como da sua importância cultural e social.

Referências

Disponível em:< https://www.todamateria.com.br/literatura-de-cordel/.Acesso em: 27 de Set de 2019

 

Identificação

Instituição: NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º Ano

Tema: História do Rio Grande do Norte

Nº de aulas: 4

Disciplina: História/ Geografia

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa/ Luana

Objetivo Geral

Compreender a História do Rio do Norte de forma lúdica e dinâmica.

Objetivos específicos

●        Identificar  os principais marcos históricos do RN;

●        Relacionar  eventos históricos com fotos dos locais;

●        Testar  os conhecimentos através do trabalho em grupo.

Conteúdos

A história do Rio Grande do Norte, destacando temas como: Qual a primeira área ocupada em Natal; quais os principais povos que invadiram a cidade; quem foi o primeiro governador; quem eram os habitantes nativos: o que o Forte dos  Reis Magos representa para o Estado.

Metodologia

Será trabalhada em três momentos, sendo o primeiro de questionamentos para saber os conhecimentos prévios dos alunos. O segundo momento será para assistir ao vídeo que contará a história do Rio Grande do Norte. No terceiro momento será realizado o jogo que fará a revisão do assunto, garantindo a interação de toda turma e compreensão do conteúdo.

1º Momento: Roteiro de perguntas para conhecimento prévio sobre o tema.

●        Vocês já ouviram falar ou leram sobre a história do Rio Grande do Norte?

●        Já ouviram falar sobre a imigração dos portugueses?

●        Alguém já visitou a base naval de Natal-RN?

●        Alguém já visitou o forte dos reis magos em Natal-RN?

2º Momento: Passar o vídeo “Professor Jerimum e a História do RN“ e pedir para fazer um resumo sobre a história.

Roteiro de questionamentos:

●        O que vocês entenderam do vídeo?

●        Tem alguma informação que assistiram que não conheciam? Qual?

3º Momento:  Jogo de perguntas e respostas

Prática do jogo:

●        Solicitar que a turma se divida em 4 grupos de 4 a 5 pessoas;

●        A cada resposta serão marcados os acertos de cada grupo;

●        Para responder as perguntas os grupos podem consultar o resumo escrito ao assistir o vídeo do “Professor Jerimum e a História do RN“;

●        As premiações serão uma barra de chocolate para o grupo que tiver mais acertos e outra barra para dividir entre os 2 grupos.

Questionamentos:

1. O Forte dos Reis Magos, fundado em  25 de dezembro de 1599 é uma edificação militar histórica localizada na cidade de Natal-RN. Recebeu esse nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, dia de Reis pelo calendário católico. Em seguida à vitória contra quem que foi construída a fortaleza?

2. A barreira do inferno é situada em qual cidade?

3. No município de Parnamirim, 20 km ao sul do centro da cidade de Natal, encontra-se a base brasileira de lançamento de foguetes espaciais, juntamente com o centro de pesquisas espaciais da Aeronáutica. O nome Barreira do Inferno foi escolhido por qual motivo?

4. A agropecuária e as atividades de mineração constituem a base da economia do Estado do Rio Grande do Norte. Na agricultura destaca-se a produção de? Citar um exemplo.

5. A coroa portuguesa resolveu acelerar a ocupação das terras coloniais, com o povoamento de onde?

6. Nas proximidades do rio Ceará Mirim, Aires da Cunha e seus homens foram rechaçados pelos índios potiguares que estavam aliados a quem?

7. Qual matéria-prima do Brasil os portugueses  tinham mais interesse?

8. Na guerra dos bárbaros os índios lutavam contra qual povo?

9. Rio grande do norte faz parte de qual região do Brasil?

 

Recursos

●        Vídeo do Youtube;

●        Data Show;

●        Notebook;

●        Caixa de som;

●        Caderno;

●        Lápis;

●        Lousa;

●        Caneta para lousa;

●        Barras de chocolate.

Avaliação

A avaliação ocorrerá de forma contínua. A participação do jogo que apresentará o nível de compreensão acerca do conteúdo abordado.

Referências

Curiozzzo. Curta-metragem inédito consta a história do RN para crianças. Disponível em: <https://curiozzzo.com/2016/12/27/curta-metragem-inedito-conta-a-historia-do-rn-para-criancas/ . Acesso em: 29 agosto 2019.

 

Identificação

Instituição: NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º Ano

Tema: Visita a exposição da literatura de cordel

Nº de aulas: 4

Disciplina: Português

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins.

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa/ Luana

Objetivo Geral

Proporcionar, através da visita a exposição de cordéis, a compreensão de como é feita a xilogravura e sua impressão.

Objetivos específicos

●        Reconhecer o contexto de produção do poema de cordel e as características específicas que constituem os valores culturais e construção de uma identidade;

●        Interagir com outros estudantes (CAPES);

●        Entender a sequência para elaboração de uma xilogravura;

●        Praticar a impressão da xilogravura no papel.

Conteúdos

Xilogravura: A sequência da sua construção; prática da impressão da xilogravura.

Metodologia

Visita a exposição de cordéis dos alunos do CAPES na Secretaria de educação do estado. Erick, o responsável pela exposição garante as seguintes abordagens:

●        Explicação sobre de quem é o trabalho exposto – CAPES;

●        Detalhar como é feito o entalhe em madeira;

●        Qual o tipo do rolo utilizado para passar a tinta para impressão no papel;

●        Possibilitar a prática da impressão das xilogravuras no papel, utilizando as madeiras anteriormente entalhadas pelos estudantes da CAPES.

Recursos

●        Micro-ônibus

●        Caderno;

●        Lápis de cor;

●        Borracha;

●        Marca-texto;

●        Régua;

●        Giz de cera

Avaliação

Observando o envolvimento e participação na atividade prática, assim como nos questionamentos ao grupo responsável pela exposição.

 

 Identificação

Instituição: NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º Ano

Tema: Literatura de cordel

Nº de aulas: 4

Disciplina: Português/ Informática

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins.

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa; Luana.

Objetivo Geral

Praticar a escrita através da produção do cordel, entendendo sua estrutura com mais propriedade.

Objetivos específicos

●        Desenvolver a criatividade;

●        Descrever os conhecimentos sobre o tema proposto;

●        Praticar a digitação do cordel.

Conteúdos

Produção do cordel, uso da língua formal e informal.

Metodologia

1º Momento: Disponibilizar duas aulas para produção do cordel, considerando como tema “A história do Rio Grande do Norte”. O título pode ser diferente, mas o conteúdo do cordel deve contemplar o conteúdo estudado.

2º Momento: Digitar os cordéis na sala de informática.

Informar as instruções a seguir para que os folhetos fiquem no formato esperado:

●        O documento deve ser salvo em drive para melhor acesso dos conteúdos;

●        Layout da página<Tamanho<Mais tamanhos<Papel<Largura 21 cm<Altura 14,85 cm;

●        Margens: esquerda 1,0, superior, inferior e direita em 0,5 cm;

●        Fonte: Arial 10;

●        Deixar a primeira folha destinada a capa e dados do autor;

●        Organizar as páginas começando pela última e depois a primeira, seguindo essa ordem para quando imprimir ficar sequência correta para grampear, conforme modelo abaixo:

●        Incluir a numeração das páginas digitando ao final de cada uma;

Recursos

●        Caderno;

●        Lápis;

●        Computador;

●        Mouse

Avaliação

A avaliação será contínua, sendo possível averiguar o comprometimento de cada integrante com a realização da atividade, assim como o avanço na escrita, auxiliando no que verificar necessidade de correção.

 

Identificação

Instituição:NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º

Tema: City Tour pela cidade de Natal

Nº de aulas: 4

Disciplina: História/Geografia

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins.

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa; Luana.

Objetivo Geral

Proporcionar aos alunos o conhecimento acerca de locais históricos importantes da cidade.

Objetivos específicos

●        Possibilitar o contato dos alunos com ambientes que fazem parte da criação de sua cidade;

●        Descrever os conhecimentos históricos;

●        Instigar a curiosidade das crianças através das visitas.

Conteúdos

City Tour – Praça André de Albuquerque/ Forte dos Reis Magos

Metodologia

1º Momento:  A 1ª parada do passeio será no Forte dos Reis Magos. Este é um momento importante para concretizar todo o conhecimento exposto em aulas anteriores a respeito da  história do Rio Grande do Norte.

2º Momento: Visita à Praça André de Albuquerque e retorno para a escola pela Via Costeira.

Recursos

●        Micro-ônibus;

●        Caderno;

●        Lápis;

●        Giz de cera;

●        Lápis de cor;

●        Marca-texto;

Avaliação

A avaliação será contínua. No decorrer da viagem, serão feitas perguntas e questionamentos sobre os locais visitados, oportunizando uma socialização entre novos conhecimentos e saberes prévios.

 

 Identificação

Instituição: NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º Ano

Tema: Produção das Isogravuras para Literatura de cordel

Nº de aulas: 4

Disciplina: Artes

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins.

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa; Luana.

Objetivo Geral

Valorizar e experimentar na prática a produção artística que compõem os cordéis, através da réplica da xilogravura.

Objetivos específicos

●        Exercitar a criatividade na criação do desenho da capa do cordel;

●        Compreender outra forma de produção de imprimir manualmente um desenho através do uso do isopor;

●        Entender a elaboração da escrita de uma apresentação pessoal.

Conteúdos

●        Produção de isogravura;

●        Elaboração do texto de apresentação de autor do cordel.

Metodologia

1º Momento: Produção das xilogravuras com isopor (isogravuras), sendo as orientações:

●        Recortar as bordas das bandejas de isopor;

●        Fazer os desenhos com lápis, forçando para ficar em baixo relevo;

●        Passar com  o rolinho a tinta para artesanato na cor preta;

●        Colocar a bandeja em cima da folha de ofício para imprimir o desenho.

Por fim, serão registradas fotos dos autores dos cordéis para incluir na capa, juntamente com as fotos das isogravuras.

2º Momento: Produção do texto individual explicando seu perfil de autor do cordel.

Propor escrever um pouco sobre si mesmo, detalhando a idade, ano em que estuda, o que mais gosta de brincar, de comer, etc.

Recursos

●        20 Bandejas de isopor;

●        Tinta para artesanato preta 500 ml;

●        2 tesouras;

●        20 folhas de papel A4;

●        Celular;

●        Lápis;

●        Caderno.

Avaliação

Deve ocorrer continuamente, como forma de acompanhamento e auxílio nas necessidades que poderão surgir nas etapas de elaboração das atividades; considerar o interesse e comprometimento de cada aluno.

Referências

DIY Isopor-gravura. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aJODGw9MeV4>Acesso em:20 Agosto de 2019

 

Identificação

Instituição:  NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º Ano

Tema: Visita à Mostra Cultural  Casa Escola

Nº de aulas: 4

Disciplina: Multidisciplinar

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins.

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa; Luana.

Objetivo Geral

Valorizar a arte e a cultura  dentro do contexto educacional através das diversas linguagens artísticas, sobre os mais variados temas na Mostra Cultural.

Objetivos específicos

●        Incentivar a autoconfiança nos alunos a respeito da relação existente entre a sua produção artística pessoal e seus conhecimentos;

●        Valorizar e reconhecer o esforço despendido pelos trabalhos visitados;

●        Estimular a pesquisa, a criatividade, a autonomia e a liderança através do trabalho colaborativo.

Conteúdos

●        Visita à Casa Escola

●        Interdisciplinaridade

Metodologia

1º Momento:  As visitas serão feitas nas turmas do ensino fundamental I e II.

2º Momento:  Visita à horta da escola e, em seguida, as crianças irão fazer um pequeno lanche coletivo.

Recursos

●         Micro – ônibus;

●        Caderno;

●        Lápis de cor;

●        Giz de cera;

●        Borracha;

●        Marca-texto

Avaliação

Os alunos serão avaliados de forma contínua, através da escrita de um texto sobre o assunto que mais chamou sua atenção na Mostra Cultural, além de discorrerem sobre um tema no qual gostaria de desenvolver um projeto.

 

Identificação

Instituição:  NEI (Núcleo de Educação da Infância)

Ano (série): 5º

Tema: Entrega dos cordéis e despedida do estágio

Nº de aulas: 2

Disciplina: Português

Professor (a): Janiele Maria Pinheiro de Araújo Alves; Tatiana de Brito Martins.

Supervisoras de campo: Patrícia Lúcia Galvão da Costa; Luana.

Objetivo Geral

Reforçar a riqueza da Literatura de Cordel.

Objetivos específicos

●        Estimular outras produções de cordéis;

●        Valorizar a produção individual e sua apresentação.

●        Reconhecer o trabalho dos colegas e os conhecimentos adquiridos.

Conteúdos

●        Entrega dos cordéis impressos;

●        Leitura do cordel;

●        Agradecimentos.

Metodologia

1º momento: Será feita uma roda para a entrega dos cordéis e sua consequente leitura por cada aluno.

2º momento: Teremos um momento de despedida da turma, evidenciando a importância dos trabalhos que foram realizados no decorrer do estágio. Serão entregues balinhas com frases motivadoras e pipocas para as crianças.

Recursos

●        Lousa;

●        Lápis para quadro;

●        Celular;

●        Data show

Avaliação

A avaliação será realizada com a participação nas discussões e na realização do produto final, através da interação entre as crianças na hora da leitura dos cordéis.

Referências

Disponível em:<http://wwwer.litaturadecordel.gor/ acesso em 23 de setembro de 2019, às 8:20>. Acesso em: 01 de Out. 2019.

 

[1] Pós-graduanda em psicopedagogia, Universidade Potiguar (UNP); graduanda em Pedagogia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); graduada em Gestão Ambiental, Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).

[2] Pós-graduada em Psicopedagogia; graduanda em Pedagogia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Graduada em Administração de Empresas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; pós-graduada em Marketing, Faculdade de Natal (FAL).

Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Junho, 2021.

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Tatiana de Brito Martins

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