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Investigações sobre os impactos da máscara na comunicação durante a Covid-19

RC: 147549
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/comunicacao/impactos-da-mascara

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

CRUZ, Pedro Paulo da [1], ROLIM, Maria Rita Pimenta [2]

CRUZ, Pedro Paulo da. ROLIM, Maria Rita Pimenta. Investigações sobre os impactos da máscara na comunicação durante a Covid-19. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 08, Vol. 03, pp. 118-142. Agosto de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/comunicacao/impactos-da-mascara, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/comunicacao/impactos-da-mascara

RESUMO

A utilização de máscara como medida de proteção é uma prática comum na saúde e em ambientes cujos profissionais manuseiam produtos tóxicos. Porém, a pandemia de Covid-19, estendeu o uso deste equipamento para toda a população gerando discussões sobre seus possíveis prejuízos, dentre eles os comunicacionais. Este estudo teve como objetivo investigar as abordagens das pesquisas que examinaram os impactos na comunicação oral relacionados ao uso da máscara entre os anos de 2020 e 2023.  Para atender este objetivo utilizou-se da metodologia de revisão integrativa. Foram selecionados trabalhos publicados a partir das bases de dados: Scopus, Google Acadêmico e Pubmed, no total: 28 estudos analisados. Como principais resultados pode-se destacar que a máscara interferiu na comunicação empática e eficaz. Pessoas surdas – que dependem da comunicação orofacial -, não conseguiram “ler” os sinais da face e obter informações sobre a pandemia. Idosos, em tratamento de saúde, tiveram dificuldades para entender médicos e enfermeiros, num momento de ansiedade em que a comunicação é fundamental. Profissionais de saúde, também não conseguiram entender pacientes e colegas. A pesquisa revela que é importante discutir soluções para amenizar os problemas comunicacionais relacionado à máscara em futuras crises.

Palavras-chave: Covid-19, Máscara, impactos da máscara na comunicação, Uso da máscara.

1. INTRODUÇÃO

A pandemia do novo coronavírus exigiu a adoção de medidas de prevenção e segurança para minimizar os impactos causados pela doença. Dentre uma das medidas indicadas pela Organização Mundial da Saúde estava o uso da máscara. A determinação do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), incluindo máscaras, foi implementada em junho de 2020 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS, 2020).

Além dos aspectos positivos, a máscara também trouxe alguns prejuízos, dentre eles, prejuízos comunicacionais, já que o uso de máscara compromete a comunicação oral, dificultando a leitura orofacial. Além de impedir a comunicação eficaz, leva as pessoas a falarem mais alto, o que, a longo prazo, pode causar problemas vocais. O equipamento, usado por longos períodos, também pode causar falta de ar, lesões na pele, e problemas psicológicos.

Goldin, et al. (2020) em artigo publicado na revista Hearing Review, mostram que as máscaras atuam como um filtro acústico, atenuando principalmente altas frequências (2000-7000 Hz) faladas, com nível de atenuação em decibéis variando de 3-4 dB para máscara simples e próximo a 12 dB para N95. Descobriu-se que máscaras de tecido – as mais usadas pela população em geral – podem atenuar as frequências acima de 1000 Hz, dependendo do material.

Segundo a Organização Mundial de Saúde a máscara foi utilizada como parte de uma estratégia para conter o vírus da Covid-19 (OMS, 2020). A entidade esclarece que o equipamento protege tanto pessoas saudáveis quanto controla a fonte.

Sabemos que este equipamento, também diminui e distorce a intensidade da voz e, não permite a leitura labial e de outras pistas visuais na face. Atcherson et al. (2020) referem variações de 5 a 28.7 dB, principalmente quando se associa o uso da máscara transparente (Face Shield).

Quadro 1 – Redução em dB

Fonte: Atcherson et al. (2020).

Informações linguísticas e não-verbais são importantes para a compreensão da comunicação e interação social.

A Fiocruz apresentou estudos de pesquisadores de universidades de Nova York e Israel que tratam da avaliação do desempenho acústico:

Os diferentes tipos de máscara funcionaram essencialmente como filtro acústico passa- baixo para a fala, atenuando altas frequências (2000-7000 kHz), em 3 a 4 dB para máscara simples e entre 9-12 dB para máscaras N95.          Um filtro “passa-baixo” permite a passagem de sons de baixas         frequências e atenua a amplitude das frequências maiores do que a frequência   de corte. A importância da região de alta frequência para a compreensão da fala foi ressaltada no estudo sobre avaliação do impacto da perda auditiva, em presença de uso da máscara facial universal, na Covid- 19 (FIOCRUZ, 2021).

Mostrou-se ainda que no caso dos protetores transparentes, a perda da intensidade foi dramática. Houve enfraquecimento em até 29 dB. “As máscaras transparentes prejudicam as pistas de som de alta frequência, cruciais para a fala”. (FIOCRUZ, 2021).

Observa-se também que, máscaras indicadas para profissionais de saúde, podem filtrar 95% das partículas, mas possuem capacidade muito maior de distorcer e reduzir o nível de fala. “Isso torna a comunicação particularmente difícil, em um momento de grande ansiedade em que o conteúdo das conversas                é novo e imprevisível.” (FIOCRUZ, 2021).

Desta feita, o objetivo deste trabalho foi mostrar, por meio de revisão integrativa de literatura, as abordagens dos estudos que investigaram os prejuízos comunicacionais relativos à utilização de máscara entre os anos de 2020 e 2023.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo foi realizado por meio de uma Revisão Sistemática da Literatura, com o modelo integrativo – RSI. Conforme Broome (2006) o método é mais específico e permite resumir o passado da literatura empírica ou teórica (BROOME, 2006).

Figura 1 – Revisão integrativa

Fonte: Botelho, Cunha e Macedo (2011).

A busca dos artigos aconteceu nas bases: Scopus, Google Acadêmico e PUBMED.

A pergunta norteadora foi baseada na estratégia PICO (SANTOS et al. 2007): Quais foram as abordagens dos estudos que investigaram os prejuízos comunicacionais relativos à utilização de máscara entre os anos de 2020 e 2023?  Na base Scopus, utilizou-se os termos: Coronavirus Infections; Personal Protective Equipment; e Communication. Critérios de inclusão: artigos; análises; disponíveis na íntegra; gratuitamente; em português, inglês e espanhol e publicados de 2020 a 2023. Para a filtragem, utilizou-se as palavras-chave: Pandemia; Covid-19; Infecção por coronavírus; Comunicação interpessoal; Comunicação; Máscaras e Qualquer país. Para o Google Acadêmico, utilizou-se os termos: Covid-19; e máscara. Filtros: de 2020 a 2023; em qualquer idioma; todos os documentos. Na Pubmed, os termos: Coronavirus Infections; Personal Protective Equipment; e Communication. Filtros: 2020 a 2023; Todos os documentos; qualquer idioma.

Os critérios de exclusão foram: artigos do tipo relato de experiência; incompletos; duplicados; pagos; monografia; dissertações e teses; e que não abordaram o impacto na comunicação.

O processo de busca e seleção foi exemplificado em um fluxograma:

Figura 2 – Fluxograma de busca e seleção dos documentos

Fonte: dados da pesquisa (2023).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a revisão integrativa de literatura, foram selecionados 28 estudos, que serão apresentados no quadro 2.

Quadro 2 – Pesquisa nas bases de dados

Base/Título Objetivo Autor/ano/metodologia Resultados Local
1 Pubmed

 

Como você está se sentindo? Interpretação de emoções por meio de expressões faciais de pessoas usando diferentes equipamentos de proteção

Analisar a identificação de quatro emoções básicas (alegria; tristeza; medo/surpresa; e nojo/raiva) por meio de três tipos de EPI. Díaz, A.; et al.

2022

 

Descritiva transversal

Os EPIs interferem no reconhecimento das emoções. As mais reconhecidas foram a felicidade e o medo/surpresa, enquanto a emoção menos reconhecida foi a tristeza. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36278768/
2 Scopus

 

Impacto de dispositivos respiratórios purificadores de ar motorizados no reconhecimento de palavras em profissionais de saúde

Determinar se o uso de dispositivos purificadores de ar prejudica a comunicação auditiva em profissionais de saúde. Moldoff, EJ.; et al.

2022

 

Audiométrica

A pandemia aumentou o uso de respiradores purificadores de ar que produzem maiores níveis de ruído. Os dados sugerem que esses equipamentos criam uma barreira para a comunicação. Doi: 10.1177/01945998211058350
3 Scopus

 

Prevalência de impactos físicos e psicológicos do uso de equipamentos de proteção individual em profissionais de saúde durante a COVID-19: uma revisão sistemática e meta-análise

Estimar a prevalência e fatores de risco de EPI entre profissionais de saúde durante a COVID-19. Radha, K.; et al.

2022

 

Revisão sistemática e metanálise

 

Embora o EPI ajude na prevenção de infecções, apresenta impactos físicos e psicológicos. Profissionais de saúde apresentaram lesões de pele, dificuldade respiratória, dificuldade de visão e comunicação. Doi:  10.4103/ijoem.ijoem_32_22

 

 

4 Pubmed

 

Respiradores purificadores de ar usados ​​durante a pandemia de SARS-CoV-2 reduzem significativamente a percepção da fala

Avaliar limitações de audição e comunicação ao usar um sistema de respirador purificador de ar motorizado (PAPR) para proteger contra a transmissão do coronavírus. Weiss, R.; et al.

2021

 

Simulador de cabeça e tronco. Testes audiológicos

O sistema PAPR pode ser usado em pacientes com Covid, desde que a audição e a comunicação da equipe cirúrgica sejam otimizadas pelo uso de um fone de ouvido. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34592994/
5 Google Acadêmico

 

O impacto da pandemia de COVID-19 na comunidade surda: uma revisão de literatura

Identificar consequências das restrições e medidas de segurança na comunidade surda, bem como limitações de comunicação e discutir impactos psicológicos da COVID-19 Figueiredo, GS.; et al.

2022

 

Revisão integrativa da literatura

A máscara prejudicou surdos, e o acesso à informação sobre os cuidados da pandemia se mostrou inacessível. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38420
6 Google Acadêmico

 

Reflexões acerca da acessibilidade na educação dos surdos durante o ensino remoto a partir de debates acadêmicos em lives

Pesquisar o que se tem falado sobre a acessibilidade de alunos surdos durante o ensino remoto na pandemia. Freitas, L. M. C.;

2022

 

Pesquisa documental com abordagem qualitativa

 

As condições de acessibilidade na educação de surdos no ensino a distância foram desafiadoras devido às barreiras enfrentadas. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/15851

 

7 Google Acadêmico

 

A evolução do jornalismo televisual brasileiro: das máscaras faciais ao conteúdo personalizado

Apresentar estudo de caso sobre a transição

tecnocultural que acontece na TV Digital Aberta do Brasil expressada

pelas mudanças na vida social e nas estruturas econômica, política e cultural durante o

isolamento social.

Cunha S. R. S.;

2020

 

Estudo de caso

Apresentou mudanças no jornalismo da TV digital aberta, no Brasil, durante a pandemia, como obrigatoriedade do uso da máscara. https://www.researchgate.net/publication/346446577
8 Google Acadêmico

 

A libras diante da pandemia: a importância do intérprete no contato linguístico.

Mostrar o fazer do Intérprete/Tradutor de Língua de Sinais frente a Covid-19. Araújo B. R. N.; et al.

2021

 

Bibliográfica e exploratória

Destacou o aumento das lives musicais e como os intérpretes foram importantes para que pessoas surdas tivessem acessibilidade aos conteúdos. file:///Users/pedropaulomoreira/Downloads/335-1-968-1-10-20210520.pdf

 

9 Google Acadêmico

 

Audiodescrição inserida nos textos dos telejornais: um caminho possível

Propor formas de tornar as notícias mais acessíveis através do uso de técnicas de audiodescrição no texto jornalístico.

 

Corrêa LR.;

2022

 

Questionário e entrevista

Mostrou que pessoas com deficiência visual têm dificuldade na compreensão das notícias por falta da descrição das imagens. https://iconline.ipleiria.pt/handle/10400.8/6792

 

10 Pubmed

 

COVID-19, Equipamentos de Proteção Individual e Desempenho Humano

Mostrar o uso de equipamentos de proteção pelos médicos que cuidam de pacientes com Covid. Ruskin KJ.; et al.

2021

 

Bibliográfica e exploratória

Mostrou que o uso de EPI, pode causar aumento do trabalho respiratório, redução do campo de visão, fala abafada e dificuldade de audição. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33404638/

 

11 Pubmed

 

Eficácia das máscaras faciais para a população

Examinar dados científicos sobre a eficácia das máscaras faciais antes e durante a COVID-19.

 

Santarsiero A.; et al.

2021

 

Bibliográfica e exploratória

Examinou dados científicos sobre a eficácia das máscaras faciais antes e durante a COVID-19 e mostrou que os estudos não são conclusivos sobre a eficiência de filtragem das máscaras de tecido. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33258868/

 

12 Pubmed

 

O impacto negativo do uso de equipamentos de proteção individual na comunicação durante a doença de coronavírus 2019

Identificar se o EPI afeta a comunicação em ambientes de saúde. Hampton T.; et al.

2020

 

Simulação de ruído de fundo de uma variedade de ambientes hospitalares.

Parâmetro: discriminação de fala de Bamford-Kowal-Bench

O uso de máscara pode impactar a comunicação em ambientes de saúde. Esforços devem ser feitos para lembrar a equipe sobre esse problema e buscar modelos alternativos de comunicação. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32641175/

 

13 Pubmed

 

Pandemia de SARS-CoV-2: as crianças devem usar máscaras?

Avaliar o uso de máscara por crianças durante a pandemia de Covid-19. Dias JV.; et al.

2020

 

Bibliográfica e observacional

A máscara não é recomendada para crianças menores de dois anos e as maiores, devem ser orientadas, por causa dos riscos de sufocamento. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32880571/

 

14 Pubmed

 

Impacto da perda auditiva e mascaramento facial universal na era do COVID-19

Apresentar impactos da máscara na comunicação durante a pandemia de coronavírus. Ten Hulzen RD.; et al.

2020

 

Bibliográfica

Relata impactos negativos do mascaramento universal e do distanciamento social tanto na área da saúde quanto para indivíduos com perda auditiva. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33012338/

 

15 Pubmed

 

Percepção do impacto da COVID-19 em uma amostra de espanhóis com deficiência auditiva

Identificar os problemas enfrentados por surdos espanhóis diante da COVID-19. Sánchez M. A. M. ; et al.

2023

 

Estudo empírico com 50 surdos espanhóis; aplicação de questionário ad hoc

Durante a pandemia, pessoas com deficiência auditiva, entre outros grupos, foram esquecidas. Elas sofreram com problemas de acessibilidade às informações essenciais emitidas pelas autoridades de saúde https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36674216/

 

16 Pubmed

 

Efeito de máscaras faciais na percepção de fala no ruído de indivíduos com próteses auditivas

Comparar os efeitos das máscaras na percepção da fala no ruído, de deficientes auditivos e normo-ouvintes.

 

Choi JH.; et al.

2022

 

Estudo empírico

Mostrou a deteriorização da fala causada pela máscara que afetou indivíduos com deficiência auditiva que usam aparelhos. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36532290/

 

17 Pubmed

 

A Influência da Pandemia de COVID-19 nos Deficientes Auditivos

Investigar o efeito das restrições sociais induzidas pela pandemia incluindo máscaras faciais, em pacientes com problemas auditivos.

 

Salamah MA.;

2022

 

Levantamento transversal

 

Entender pessoas que usam máscara é mais difícil porque a fala fica abafada. Mais da metade disse estar preocupada com a comunicação se o uso de máscara se tornar comum. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36514561/

 

18 Pubmed

 

Efeito do uso da máscara N-95 nas pontuações de identificação de fala assistida em idosos com perda auditiva

Investigar o efeito do uso de máscaras N-95 nos escores de identificação de fala assistida (SIS) em idosos com perda auditiva.

 

Vikas MD.; et al.

2022

 

Estudo prospectivo pré-teste e pós-teste, usado com método de amostragem conveniente e intencional

 

Concluiu que o uso de máscara tem efeito prejudicial da SIS em idosos. Fonoaudiólogos podem usar isso como uma condição para aconselhar durante a adaptação do aparelho auditivo e também sobre os problemas de diminuição da clareza devido ao uso da máscara. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36466194/

 

19 Pubmed

 

Fadiga da máscara

Descrever os vários aspectos da fadiga da máscara e compartilhar dicas pragmáticas sobre sua redução.

 

Kalra S.;

2020

 

Bibliográfica e exploratória

Uso prolongado de máscara, levou ao surgimento da ‘fadiga da máscara’ definida como a falta de energia. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33475571/

 

20 Pubmed

 

Estou sorrindo de volta para você”: explorando o impacto do uso de máscaras na comunicação na área da saúde

Identificar evidências de pesquisa que correspondam às experiências de uso de máscaras de profissionais de saúde que trabalham em hospitais.

 

Marler H.; et al.

2021

 

Revisão de literatura

 

Aponta inúmeras complicações logísticas, fisiológicas, psicológicas, sociais e econômicas associadas ao uso de máscaras. A capacidade dos profissionais de saúde de se comunicar com sucesso com os pacientes e com os colegas fica comprometida. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33038046/

 

21 Pubmed

 

Percepção dos pacientes sobre equipamentos de proteção individual durante a pandemia de SARS-Cov-2

Avaliar a percepção dos pacientes sobre os profissionais de saúde que usam EPI e seu efeito na comunicação.

 

Pathan AZ.; et al

2022

 

Entrevistas com pacientes

Uso de EPI afetou a capacidade dos pacientes de reconhecer indivíduos em um ambiente de ritmo acelerado, como um hospital. A introdução de crachás foi uma intervenção que amenizou o problema. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35912755/

 

 

22 Pubmed

 

Breve relatório sobre os efeitos do equipamento de proteção facial SARS-CoV-2 na comunicação verbal

Prever o impacto do EPI na comunicação verbal durante a pandemia de Covid-19. Muzzi E.; et al. 2021

 

 

Estudo empírico

Uso de EPI prejudica a transmissão das frequências de voz média a alta e afeta a inteligibilidade da fala, em quase 70 por cento, dependendo do tipo de material. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33389012/

 

23 Pubmed

 

Efeito das máscaras faciais na comunicação interpessoal durante a pandemia de Covid-19

Explorar o papel das expressões faciais na comunicação e destacar como a máscara pode atrapalhar a conexão interpessoal.

 

Mheidly N.;

2020

 

Bibliográfica e exploratória

Concluiu que a comunicação entre as pessoas foi severamente afetada por causa da máscara. Acrescenta que o EPI abafa sons e cobre expressões faciais que facilitam a compreensão. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33363081/

 

24 Pubmed

 

Quantificando o efeito do equipamento de proteção individual na compreensão da fala

Avaliar a capacidade dos médicos de expressar e interpretar pistas não verbais durante a pandemia. Malin A.;

2021

 

Estudo empírico, utilizando ferramenta de audiologia.

 

Mostrou que o uso generalizado de EPI reduziu a capacidade dos médicos de expressar e interpretar sinais não verbais, desafiando-os a adaptar a forma como se comunicam. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34503829/

 

25 Pubmed

 

Educação mascarada? Os benefícios e ônus do uso de máscaras faciais nas escolas durante a atual pandemia de Coronavírus

Avaliar o uso das máscaras na escola e suas consequências. Spitzer M.;

2020

 

Bibliográfica, exploratória

Concluiu que cobrir a metade inferior do rosto reduz a capacidade de comunicar, interpretar e imitar as expressões daqueles com quem interagimos. Emoções positivas tornam-se menos reconhecíveis e negativas são amplificadas. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32917303/

 

26 Pubmed

 

Que desafios as pessoas enfrentam em resposta ao uso prolongado de máscaras faciais?

Investigar resultados do uso prolongado de máscaras na população em geral.

 

Raziani Y.; et al.

2022

 

Estudo descritivo com entrevistas semiestruturadas

Concluiu que há problemas relacionados a saúde física com o uso de máscara como falha na comunicação. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35968516/

 

27 Pubmed

 

Comunicando e lendo emoções com rostos mascarados na era Covid: uma breve revisão da literatura

Avaliar os efeitos de máscara tanto no físico quanto no psicossocial. Ramdani C.;

2022

 

Revisão de literatura

Máscaras dificultam a leitura da emoção das expressões faciais e isso perturba o processamento holístico. A comunicação em geral é interrompida pois elas modificam a voz. Indivíduos com problemas psiquiátricos correm maior risco de angústia. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35963061/

 

28 Pubmed

 

Influência das máscaras faciais cirúrgica e N95 na percepção da fala e no esforço auditivo no ruído

Medir a influência da atenuação acústica causada por máscaras médicas.

 

Rahne T.;

2021

 

Estudo observacional prospectivo, transversal

 

Concluiu que as máscaras reduziram a percepção de fala e aumentou o esforço auditivo. Esses problemas, aliados a interferência devido à leitura labial impedida, tiveram impacto relevante na comunicação, mesmo nos indivíduos com audição normal. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34197513/

 

Fonte: Autor (2023).

Os estudos selecionados mostraram diferentes métodos de avaliação para medir o comprometimento da comunicação oral, e, em todos, a utilização de máscara afetou a comunicação em diferentes níveis. Percebe-se que as abordagens escolhidas apresentaram um recorte importante para dimensionar os impactos que este EPI trouxe para a comunicação.

Por meio de estudo descritivo transversal, Diaz et al. (2022) revelaram que o EPI interfere no reconhecimento das emoções. Já os dados audiométricos utilizados por Moldoff et al. (2022) demonstraram uma redução de 93% nas pontuações de reconhecimento de palavras, durante o uso de respiradores purificadores de ar, em profissionais de saúde, o que traz um impacto substancial na percepção auditiva. Também focando profissionais de saúde, Radha et al. (2022) utilizaram revisão sistemática e meta-análise e concluíram que, embora o EPI ajude na prevenção de infecções, apresenta impactos físicos e psicológicos em níveis variados. Mais de 10.000 profissionais, de seis países, foram incluídos na revisão que associou a fadiga à dificuldade de comunicação.

Com um simulador de cabeça e tronco e testes audiológicos, Weiss et al. (2021) revelaram que o isolamento acústico – proporcionado pelo respirador motorizado – e o ruído gerado pelo sistema, resultaram em limiares auditivos deteriorados. O equipamento pode ser considerado por profissionais de saúde, desde que a audição e a comunicação da equipe, sejam otimizadas pelo uso de um fone de ouvido.

Em revisão integrativa da literatura, Figueiredo et al. (2022) identificaram limitações de comunicação na comunidade surda. O estudo permitiu entender que o uso de máscara prejudicou os surdos tanto na comunicação quanto na impossibilidade de leitura labial, e o desconhecimento da língua de sinais – pelos profissionais de saúde -, se tornou uma barreira para a comunicação com os surdos.

A pesquisa documental de abordagem qualitativa, foi escolhida por Freitas (2022) para mostrar como foi a acessibilidade na educação de surdos durante o ensino remoto. Como resultado, revelou barreiras nas plataformas e ferramentas de comunicação. Cunha (2020) realizou um estudo de caso que, entre outros aspectos, abordou o telejornalismo brasileiro e a obrigatoriedade do uso de máscaras e propôs discutir novos formatos audiovisuais.

Em pesquisa teórica, Araújo et.al (2021) abordaram o “fazer” do intérprete tradutor de língua de sinais, frente à pandemia. Com o aumento das lives musicais, este profissional ganhou destaque e a pesquisa exploratória mostrou a variedade de estratégias de interpretação utilizadas por este público.

Por meio de questionário e entrevista, Corrêa (2022) abordou a audiodescrição nos telejornais como caminho para tornar as notícias mais acessíveis para deficientes auditivos. Ruskin et al. (2021) em pesquisa bibliográfica e exploratória mostraram os impactos do EPI, em médicos que cuidaram de pacientes com Covid-19. Eles próprios – que também são médicos – relataram dificuldades pela utilização da máscara, mesmo antes da pandemia e destacaram que, com a Covid e o uso prolongado do EPI, os problemas de comunicação aumentaram. Santarsiero et al. (2021) examinaram dados científicos sobre máscaras de tecido, antes e depois da pandemia, e revelaram que existem dados conflitantes e não é possível avaliar a eficácia do meio filtrante.

Um simulador de ruído em ambientes hospitalares foi utilizado por Hampton et al. (2020) e mostrou que a máscara pode impactar a comunicação nesses locais. O estudo sugere a necessidade de buscar modelos alternativos de comunicação. Dias et al. (2020) mostraram em pesquisa observacional que a máscara não deve ser utilizada por crianças, menores de dois anos, e, mesmo as maiores, devem ser monitoradas, por causa do risco de sufocamento.

Em pesquisa bibliográfica Ten Hulzen et al. (2020) relataram impactos negativos do mascaramento universal tanto na área da saúde quanto para indivíduos com perda auditiva. Em estudo empírico, realizado com 40 surdos espanhóis, Sanchéz et al. (2023) concluíram que durante a pandemia, deficientes auditivos foram esquecidos, pois sofreram com problemas de acessibilidade às informações essenciais de saúde. Também utilizando estudo empírico, Choi et al. (2022) mostraram a deterioração da fala, pela máscara, em indivíduos com deficiência auditiva que usam aparelhos.

Um levantamento transversal realizado num centro otorrinolaringológico por Salamah (2022) revelou que entender pessoas que usam máscara é mais difícil porque a fala fica abafada. Vikas et al. (2022) optaram pelo estudo prospectivo pré-teste e pós-teste com método de amostragem conveniente e intencional e concluíram que o uso de máscara teve efeito prejudicial em idosos com fala assistida.

A pesquisa bibliográfica e exploratória permitiu a Kalra (2020) entender que o uso prolongado de máscara, levou ao surgimento da ‘fadiga da máscara’ definida como a falta de energia. Já, por meio de revisão de literatura, Marler et al. (2021) identificaram que, com a máscara, a capacidade dos profissionais de saúde de se comunicar com sucesso com pacientes e colegas, ficou comprometida. Pathan (2022) entrevistou pacientes e descobriu que o EPI afetou a capacidade deles de reconhecer indivíduos em um hospital. A utilização de crachá foi uma intervenção que amenizou o problema.

Em estudo empírico, Muzzi et al. (2021) concluíram que o EPI prejudicou a transmissão das frequências de voz média a alta e afetou a inteligibilidade da fala, em quase 70 por cento. Mheidly (2020) conduziu pesquisa bibliográfica e exploratória para mostrar que a comunicação entre as pessoas foi severamente afetada por causa da máscara. O EPI abafa os sons e cobre expressões faciais que facilitam a compreensão. Com estudo empírico, utilizando ferramenta de audiologia, Malin (2021) mostrou que o uso generalizado de EPI reduziu a capacidade dos médicos de expressar e interpretar sinais não verbais. Em pesquisa bibliográfica e exploratória, Spitzer (2020) percebeu que cobrir a metade inferior do rosto, reduz a capacidade de comunicar, interpretar e imitar as expressões daqueles com quem interagimos. Raziani et al. (2022) fizeram estudo descritivo, com entrevista semiestruturada para mostrar que o uso prolongado de máscara resultou em falhas na comunicação. Ramdani (2022) optou por revisão de literatura para avaliar os efeitos da máscara tanto no físico quanto no psicossocial e percebeu que o EPI dificulta a leitura da emoção das expressões faciais e isso perturba o processamento holístico. Por meio de estudo observacional prospectivo transversal, Rahne (2021) mediu a influência da atenuação acústica causada por máscaras médicas e concluiu que elas reduzem a percepção de fala e aumentam o esforço auditivo. Esses problemas, aliados a interferência à leitura labial, tiveram impacto relevante na comunicação, mesmo nos indivíduos com audição normal.

O estudo conduzido por Figueiredo et al. (2022) relatou dificuldades apresentadas por surdos, que não puderam fazer a leitura labial, acarretando uma limitação do acesso a informações da pandemia. Descobriu-se também que o EPI interfere no reconhecimento das emoções, como relatado por Diaz et al. (2022). Pôde-se observar ainda as consequências para profissionais de saúde que apresentaram lesões de pele, dificuldades respiratórias, de visão e comunicação, conforme estudos de Radha et al. (2022).

Em outra pesquisa Ruskin et al. (2021) constataram impactos psicológicos e dificuldades de audição. Santarsiero et al. (2021) examinaram dados científicos sobre a eficácia das máscaras antes e durante a COVID-19 e mostraram que os estudos não são conclusivos sobre a eficiência de filtragem das máscaras de tecido. Hampton et al. (2020) propuseram buscar modelos alternativos de comunicação para diminuir os impactos da máscara, em ambientes de saúde. Dias et al. (2020) lembraram o risco de sufocamento em crianças que não têm autonomia para usar o equipamento. Choi et al. (2022) mostraram a deteriorização da fala pela máscara que afetou indivíduos com deficiência auditiva. Salamah (2022) relatou a preocupação, caso o uso de máscara viesse a se tornar comum. Spitzer (2020) concluiu que cobrir metade do rosto reduz a capacidade de comunicar, interpretar e imitar as expressões daqueles com quem interagimos. Emoções positivas tornam-se menos reconhecíveis e negativas são amplificadas.

Por isso é importante destacar que mesmo ouvintes, tiveram problemas com a comunicação, já que as expressões da face são importantes neste processo. Como lembrado por Baggaley e Duck (1979) “sem o complemento de inflexão de voz, expressão facial, postura e um sistema de gestos e senhas não-verbais, aperfeiçoado por gerações de prática, a lógica verbal de um pronunciamento não funciona.”

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os artigos revelaram diferentes abordagens para identificar problemas comunicacionais relativos à utilização de máscaras durante a pandemia de Covid-19, como: revisão integrativa; metanálise; estudo audiométrico; audiológico; empírico; pesquisa documental; e entrevistas e, em todas as pesquisas, percebeu-se impactos negativos da máscara na comunicação. A percepção das emoções não verbais é essencial, e ficou prejudicada. Além disso, a máscara causou prejuízos à voz. O EPI dificultou a transmissão clara de informações, afetou a leitura labial de todas as pessoas, principalmente, surdos oralizados, idosos em tratamento e profissionais de saúde, e causou lesões de pele.

Diante do exposto é necessário desenvolver alternativas para superar os desafios da comunicação verbal e não verbal, durante crises, em que a utilização do EPI seja obrigatória. Recursos como legendas e tradução em libras, poderiam ter sido utilizados em maior escala para diminuir esses problemas.

As contribuições aqui apresentadas podem ajudar a encontrar novas estratégias para amenizar os efeitos negativos do uso de máscara na comunicação.

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[1] Mestrando em Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PGCIN), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formado em jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí. E-mail: [email protected]. Bolsista CNPq. ORCID: 0000-0002-0650-9233. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4522822389268674.

[2] Orientadora. Doutora em Engenharia de Produção (UFSC); Mestre em Engenharia de Produção (UFSC); Especialista em Voz – Conselho Federal de Fonoaudiologia; Professora do Curso de Fonoaudiologia da UFSC desde 2010. Atua nas áreas de voz clínica, profissional da voz falada, neurológicos. Atuação clínica desde 1977. ORCID: 0000-0002-7570-8420. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9856333058261920.

Enviado: 3 de julho, 2023.

Aprovado: 09 de agosto, 2023.

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Pedro Paulo da Cruz

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