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Não tem como fugir – Problemas sérios relacionados à pesquisa acadêmica – Direito autoral e o universo das citações e do uso de imagens em trabalhos acadêmicos

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O cenário da pesquisa científica: compreendendo o que são os direitos autorais e quais são os cuidados básicos que devemos tomar no trabalho científico

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre um elemento de suma importância na pesquisa científica: as citações de diversos tipos de fontes. Embora sempre tenhamos dado ênfase em nossas discussões na importância de citarmos os autores que embasam as nossas argumentações, não é apenas com os dados textuais que devemos tomar certos na pesquisa científica. Estamos nos referindo àqueles tipos de dados visuais, como é o caso dos gráficos, quadros, tabelas, figuras, fotografias, dentre outros tipos de recursos visuais e que agregam valor à pesquisa científica. Entretanto, quando falamos sobre dados, perpassamos por um território do qual não podemos nos desvencilhar. Eis aqui os direitos autorais. Sempre que formos incluir algum tipo de recurso desse tipo em nosso texto, precisamos citá-lo da maneira apropriada, e, assim, iremos apresentar algumas dicas para tal.

A autoria e a questão da inteligência artificialA autoria e a questão da inteligência artificial

Quando discutimos sobre autoria não podemos deixar de abordar sobre as questões que perpassam pela inteligência artificial. Quando discutimos sobre os aspectos que dão forma a essa inteligência e sobre a autoria, não podemos deixar de entender quais são os cuidados básicos que devemos tomar. Assim, iremos conversar sobre a citação direta e indireta e outros mecanismos que perpassam pela citação. Iremos responder ao longo do post se é possível usar imagens de artigos científicos em vídeos do Youtube. A fim de que possamos discutir sobre essas questões, não podemos deixar de apontar que estamos passando por um momento muito delicado. Esse momento está ligado à transição para um ambiente que faz uso contínuo da inteligência artificial. Em termos técnicos, sim, seria possível utilizar as imagens de um artigo científico, desde que você realizasse a devida citação, porém, a situação é mais complexa.

Conhecendo a lógica do Youtube

Não é um processo que acontece apenas com o Youtube, mas é importante pontuar que tudo o que encontra-se em circulação na internet deve ser citado para que você não tenha problemas. Assim sendo, é pertinente frisar que todo material que se encontra disponível na internet pode ser localizado a partir dessa inteligência artificial, que faz uma espécie de varredura para verificar se há semelhanças entre o seu material e aqueles outros que já se encontram publicados. Se houverem essas semelhanças, a inteligência irá apontar que esse material é uma cópia, ou seja, plágio. Se a pessoa que é dona desse artigo, provavelmente ele estará publicado em uma revista científica, e, dessa forma, tanto o autor quanto a revista podem receber um aviso de quem tem havido o uso indevido desse material. Trechos utilizados dos artigos, assim como imagens, quadros, tabelas e afins podem ser identificados pela inteligência.

A verificação da citaçãoA verificação da citação

Recebido o aviso de que esse material foi citado, é preciso verificar se a citação foi feita da maneira correta para garantir que a autoria original está sendo respeitada. Basta que esse material seja citado uma vez para que entre no rol de citações que formam os índices aos quais as revistas estão sujeitas. É esse índice que revela a “reputação acadêmica” do autor. Aponta-se, a partir desses mecanismos, o quanto o seu material é relevante. Estamos sujeitos, portanto, às políticas postas pela própria inteligência artificial. Se você inserir qualquer recurso visual de um artigo científico em um vídeo que deseja postar no Youtube, o dono dessa imagem, por exemplo, será notificado de que ela foi utilizada em uma outra plataforma. O interessante para esse autor que tem a sua produção citada é que essa citação feita da maneira correta irá ser contabilizada pelas métricas que mensuram a sua reputação a partir da quantidade de citações.

O autor pode barrar uma citação?

A partir do momento em que um artigo é aprovado e publicado na internet, ele passa a ser de domínio público, e, dessa forma, pode ser acessado, lido e citado, porém, pode acontecer de o autor dessa imagem que deseja utilizar não permitir a utilização desta em outro contexto para além da sua produção. Entretanto, legalmente, ele não pode fazer isso, pois, quando encaminhamos um artigo para uma dada revista científica, assinamos um documento que permite que esse material possa ser citado. Nessa carta você cede os direitos dessa produção e ela deixa de ser exclusiva. A revista, portanto, pode promover o seu artigo, contudo, ele deve ser citado da forma correta para que você possa ser beneficiado. É essa uma das questões elementares que definem o território da autoria. Além disso, há aqueles que se questionam se as imagens utilizadas em um artigo de sua autoria não podem ser aproveitadas em um vídeo.

A questão da autocitação

Mesmo que o recurso visual que deseja aproveitar em um outro tipo de produção, ou, ainda, os trechos propriamente ditos dessa produção, devem ser citados, pois, como frisamos, quando assinamos esse documento cedendo a autoria, passamos a ser leitores dessa produção, e, dessa forma, ela deve ser citada como qualquer outra. Mesmo que essa imagem que deseja citar não advenha de um local científico, mas sim de um blog, por exemplo, o detentor dessa imagem deve ser citado, pois foi ele quem a elaborou e você está apenas emprestando e adaptando para o contexto da sua própria produção, porém, ela não é de elaboração própria. O mais certo e seguro é pedir permissão para o autor desse recurso que deseja utilizar, pois a inteligência artificial irá detectar que esta imagem está sendo replicada e o autor será notificado. Entende-se, também, que há um dono dessa imagem.

Quem é a inteligência artificial que é o dono da imagem?

Aquele que publicou um certo recurso visual em primeiro lugar é entendido como o detentor desse recurso, e, portanto, aquele que deve ser citado para que os seus direitos autorais sejam respeitados. Como essa inteligência segue uma lógica específica, entenderá que aquele que publicou primeiro uma imagem, uma música, um vídeo, enfim, qualquer recurso, é o dono que deve ter seus direitos protegidos. A inteligência artificial é bastante múltipla, visto que as revistas científicas têm uma, o Youtube outra, enfim, todas têm. Continuamente, realizam a varredura desses materiais que são publicados nessas plataformas para averiguar as possíveis semelhanças. Analisa-se, também, quais são os materiais interessantes, porém, não são pessoas que executam esse processo, mas sim robôs. Fazem certos tipos de associações a partir de algoritmos específicos para identificarem possíveis desvios de conduta na web.

Como funcionam os algoritmos da inteligência artificial?Como funcionam os algoritmos da inteligência artificial?

A inteligência artificial segue uma lógica bastante específica, de modo que a partir do momento em que um material é publicado, ele pode ser facilmente rastreado. Assim sendo, mesmo que você tenha feito essa publicação há muito tempo e deseja utilizá-la ou parte dela em um outro momento, mesmo que em um intervalo de tempo grande, ele deverá ser citado, pois você será, como apontamos, um leitor dessa obra. Quando há uma pessoa que faz uso indevido do seu conteúdo, você pode, sim, requerer essa autoria, porém, precisará passar por uma série de processos para que a inteligência detecte quem é o primeiro dono desse material. Contudo precisamos chamar a atenção para o fato de que a lógica dos blogs e de outros espaços que não são considerados como científicos é outra, e, assim, a fim de que você não tenha problemas com o uso desta imagem, recomendamos que entre em contato com os autores.

Por que devo entrar em contato com os autores dos blogs?Por que devo entrar em contato com os autores dos blogs?

Recomendamos que é pertinente entrar em contato com os autores dos posts desses blogs que deseja incluir em sua produção para que você não seja acusado pelo uso indevido dos recursos ali postos. Entrar em contato antes é a melhor estratégia porque a inteligência artificial irá fazer essa notificação aos autores e eles poderão contestar esse uso. Se os autores dessa imagem sabem antes do uso dessa imagem por você e permitem esse uso, não terá qualquer tipo de problema no futuro com essa questão. Se você pular essas etapas, poderá entrar em uma espécie de blacklist, pois irá constar em seu “currículo” a prática do plágio. Se você tiver um site ou mesmo um canal no Youtube, esses veículos podem ser penalizados, seja com uma denúncia, seja com a queda desse canal. Entrando nessa espécie de blacklist, no caso do Youtube, os seus vídeos não aparecerão nos resultados e você não terá alcance.

A inteligência artificial do YoutubeA inteligência artificial do Youtube

Sabemos que o Youtube possui políticas muito rígidas quanto ao uso indevido de materiais ou de plágio. Os materiais que costumam ser mais contestados nesse tipo de plataforma são representados pelas músicas, filmes e afins, já que diversas empresas podem denunciar os vídeos por conta de violação dos direitos autorais. Nós, em nosso canal do Youtube, pagamos alguns recursos para que possamos utilizar alguns tipos de recursos sonoros e imagéticos sem que nos comprometemos. Temos uma espécie de protocolo que comprova que essa compra foi feita, logo, nossos vídeos não deixam de ser entregues. Comprovamos que compramos as imagens, pois, ao contrário, somos notificados desse uso indevido. Retomando a nossa questão, se você deseja citar um artigo científico em seu vídeo, recomendamos que faça essa citação da forma mais completa possível para que não tenha nenhum tipo de problema.

Os artigos científicos podem ser citados em outras plataformas?

Os artigos científicos podem ser utilizados em outra plataforma sem grandes problemas, desde que a citação seja feita da maneira correta. Isso é possível em virtude do fato de que o autor assina o documento que concede essa exclusividade à revista, e, dessa forma, ele não pode impedir os seus leitores de citarem os seus materiais. Tudo que é de domínio público pode e deve ser citado. Assim sendo, recomendamos, sim, a citação de artigos em outros espaços, pois essa é, inclusive, uma forma de fazer com que as pessoas cheguem mais facilmente a esses materiais que muito contribuem para com o desenvolvimento de nosso país. No caso das músicas, elas podem ser utilizadas, desde que você pague por esse uso, pois, assim, o seu material não poderá ser acusado de violar os direitos desse autor que é detentor da obra. É algo muito frequente em relação à música, áudio e vídeo oriundos de grandes empresas.

Como comprovar que esse material pode ser utilizado?

Como indicamos, falar com o autor que é dono dessa produção que deseja utilizar em sua própria obra é a melhor estratégia para evitar qualquer tipo de problema de violação de direitos autorais. Assim, antes de publicar esse material, entre em contato com o autor e peça por essa autorização. É provável, também, que, após a varredura ser feita pelo Youtube, ele envie a você uma ordem de contestação relacionada a esse material que está utilizando. Se você tiver como comprovar desde esse momento que tem a autorização, não haverá qualquer tipo de problema no futuro. Se você não tomar esses cuidados, é provável que caia naquela blacklist sobre a qual conversamos, e, dessa forma, será punido. A questão dos direitos autorais é muito complexa e deve ser debatida com muito cuidado, visto que perpassa por uma série de questões pertinentes que podem nos ajudar a evitar esse tipo de situação.

Esses cuidados são de suma importância, visto que, hoje em dia, vivemos em um mundo altamente tecnológico, e, dessa forma, a inteligência artificial é aperfeiçoada a cada dia, assim como as suas técnicas de detecção do uso indevido de recursos sonoros, imagéticos e até mesmo textuais. Em muitas das vezes, essa questão da autoria é deixada de lado, porém, se não pensarmos nessas questões, recaímos em um terreno que pode despertar uma série de consequências que podem prejudicar a sua reputação, seja você acadêmico ou não. Se você entrar nessa blacklist, todo o trabalho de anos pode ser perdido, visto que entende-se que o dono dessa produção é aquele que publicou primeiro e que você é um “infrator”. Levam-se muitos anos até que esses canais consigam se consolidar. Perder todo esse trabalho é algo triste e que pode ser evitado.

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