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Como enfrentar os problemas? – Ressignificação – Recortes de uma palestra

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Problemas de alma complexos

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre os problemas que afetam a nossa alma que são complexos e como podemos lidar com eles de uma melhor forma. A primeira técnica que iremos apresentar é a da coisificação. Ela pode ser aplicada quando desejar resolver problemas de relacionamento mais simples. Mesmo que sejam mais simples, libertar-se deles de forma instantânea pode não ser tão fácil. Assim sendo, iremos discutir sobre a nossa capacidade de ressignificação. A ressignificação nada mais é do que o ato de pegar algo em nossas vidas que está nos incomodando, isto é, algum problema ou situação que você está percebendo que tem limitado ou restringido as possibilidades da sua existência. Tudo aquilo que limita a sua capacidade deve ser substituído por algo mais  efetivo. Para isso, é preciso entender o que acontece para que o significado desse problema/situação/fenômeno seja trocado.

Aprendendo a ressignificar problemas, fenômenos e situações da vida cotidiana

Aprendendo a ressignificar problemas, fenômenos e situações da vida cotidianaA fim de que essa situação fique mais fácil de ser compreendida, iremos eleger um exemplo hipotético. Suponhamos que você tenha uma madrasta que lhe ataca o tempo todo, todos os dias. Essa pessoa, em sua rotina, costuma lhe fazer de empregada, despreza e humilha o tempo todo, dentre outras coisas. Em razão de tal situação, você desenvolve raiva dessa situação/pessoa em virtude da exploração ao qual é submetido todos os dias. A raiva advém porque essa pessoa não é, portanto, “do bem”. É uma pessoa que lhe ataca o tempo todo e que lhe faz mal. Tem-se, daí, um problema. Essa madrasta está acabando com a sua existência, já que a convivência é abalada. É difícil, então, ser uma pessoa feliz e, ao longo da vida, uma série de traumas começam a aparecer. Dentre eles, há o medo constante de falar e o isolamento automático. Além disso, há outros problemas que afetam essa pessoa.

Consequências dos traumas

Consequências dos traumas

Em virtude da situação de abuso constante, muitas pessoas, como tentativa de lidarem com os seus traumas, acabam descontando todos esses sentimentos na comida, na bebida, no sexo ou em algum outro tipo de vício. Essa pessoa que lhe afeta tem os seus próprios problemas, porém, é um fato que ela está acabando com você, já que lhe impede de ter uma vida feliz e saudável. Dentre as consequências, há o afastamento das pessoas com quem você deveria se aproximar em razão do isolamento. Contudo, mesmo que seja ela que está colocando você nesse tipo de situação, enquanto você achar que este é um problema que compete a ela, você continuará se afastando das pessoas, deprimindo-se e ficando cada vez mais triste. Esses problemas existenciais negativos continuarão lhe afetando enquanto você pensar dessa forma. As suas ações e reações, portanto, não estarão a seu favor caso não sejam ressignificadas.

Efeitos da ação e da reação

Efeitos da ação e da reação

Sem a ressignificação de nossas ações, temos a falsa sensação de que estamos lidando com esse problema da melhor forma, porém, a partir do momento que nos afastamos de deixamos de falar com as pessoas, não estamos lidando com a situação, apenas impulsionando esses problemas. Entretanto, com a ressignificação da situação, passamos a estabelecer estratégias para atenuar essa situação. No caso dessa madrasta fictícia, temos uma pessoa que nunca teve nada sólido em toda a sua vida. É muito provável que essa pessoa tenha sido abandonada ao longo de sua vida e não se sente amada. Além disso, é provável, ainda, que essa pessoa nunca tenha lidado com os seus problemas e frustrações. No caso de uma pessoa que se importa demais com o dinheiro ou com recursos e posses materiais, tem-se um sujeito que, ao longo de sua vida, pode ter lidado com a falta de dinheiro em diversos momentos.

Traumas de uma pessoa que nos agride

Não estamos colocando essa situação para isentar as pessoas de suas responsabilidades, mas, lembre-se, estamos ressignificando a situação. Além dos problemas financeiros que mencionamos, essa pessoa, em sua vida, pode ter sido chamada de feia, o que acabou com a sua autoestima. Como reflexo, trata o seu filho como um animal de estimação, de modo que ninguém pode ver ou tocar nessa criança. O problema continua sendo da pessoa em questão, porém, a partir do momento em que você enxerga essa situação de forma global, você ressignifica essa situação e passa a lidar com ela de uma melhor forma. Ela deixa ser vista como uma megera para ser uma “coitada”. Para tanto, é preciso trabalhar com a realidade dos fatos para que o exercício da ressignificação seja algo possível. Essa pessoa tenta ser uma megera, mas, na verdade, é uma pessoa que precisa de apoio, empatia e, acima de tudo, conversar.

Não seja atingido pelos problemas de outras pessoas

Embora a pessoa que está lhe fazendo mal não esteja correta, a partir do momento que você permite ser contaminado por problemas que não dizem respeito a você, quem é afetado, que fica deprimido, é você. Com essa permissão, a pessoa passa a deter um poder extremo sobre o seu humor, sobre a sua qualidade de vida, e, além disso, você acaba se afastando das pessoas por causa dessa única que, de certa forma, colocou como prioridade. Essa pessoa é infeliz e uma coitada. É uma pessoa que está envelhecendo, não apenas esteticamente, e, com isso, a sua vida está indo embora. A saúde também não é mais a mesma e é muito provável que tenha problemas de relacionamento futuros com os filhos, já que esses estão sendo tratados como animais de estimação. É uma pessoa infeliz e que ainda não conseguiu experienciar, de verdade, o amor, sendo, por esse motivo, uma coitada e não totalmente uma vilã. O seu sentido muda.

Ressignifique o sentido do que lhe afeta

Quando essa madrasta for atacar, pense “coitada de você”. A partir do momento que você consegue ressignificar o modo como ela tem sido vista. As suas ações e reações devem reverberar essa ressignificação. Tratar bem, por exemplo, é uma forma de demonstrar que você a vê como uma coitada e que as atitudes como megera não estão funcionando. Ela, a partir desse momento, é, unicamente, uma coitada. Entretanto, esse processo não é simples, em virtude das mágoas acarretadas por essa postura. Com isso, entramos em uma segunda fase de nosso treinamento. Imagine essa pessoa como uma criança. Enquanto criança, ela pode ter sido vítima de uma série de agressões. Essa criança sempre sofreu e nunca teve qualquer tipo de suporte. Essa criança, por sofrer em casa, desconta toda a sua raiva na escola. Em razão de tal postura, essa criança não possui qualquer amigo e não tem com quem brincar.

Segunda etapa do processo de ressignificação

Segunda etapa do processo de ressignificação

A mágica do processo de ressignificação é que, em um certo momento, você não irá levar mais em consideração o que a madrasta fala. Nem ao menos irá querer debochar e vê-la como uma coitada. Apenas irá ignorar todos esses comentários e esse processo se dará de uma forma bem natural. Suponhamos, ainda, que haja, nesse momento, uma câmera que tudo observa. Suponhamos, também, que, nesses vídeos, você identificou alguém que lhe chamou de bobo. Quando você consegue ressignificar, esse tipo de situação não irá lhe atingir, porque você dispensa a sua atenção apenas com aquilo que vale à pena. Por outro lado, se alguém chegar até você e afirmar que o seu pai ou a sua mãe fez algum comentário bastante pejorativo sobre você, o mais comum de acontecer é que você fique retraído e deprimido. Pode ser que o comentário seja o mesmo daquele captado pela câmera, dito por outra pessoa.

Como lidar com os comentários ácidos?

Como lidar com os comentários ácidos?

Suponhamos que alguém tenha dito que você é uma pessoa incompetente e burra. Essa mesma frase dita por pessoas diferentes e em momentos diferentes pode gerar ou não desconforto. Podemos ouvir essa mesma frase em um filme, de forma que parece que a personagem está afirmando isso para nós, telespectadores. Em geral, as pessoas não costumam se ofender, por ser algo do mundo da ficção. Você não irá achar que aquilo que foi dito no filme é pra você, mas por que essa mesma frase dita por alguém real, do seu convívio, gera esse tipo de desconforto, e, por vezes, raiva? Com isso, estamos chamando a sua atenção para duas situações idênticas, de modo que uma lhe desperta sentimentos negativos e outra sequer gera desconforto. Assim sendo, o nosso principal desafio é aprender a ressignificar diversas situações. Precisamos pensar em como estamos ressignificando essas situações adversas.

O poder da mente no exercício de ressignificação

Mentalizar, que essa pessoa pensa a partir de uma caixinha e que trata-se de alguém ignorante, é uma forma de se libertar desses sentimentos ruins que não valem à pena. Enquanto pessoa ignorante, que não está aberta a discussões, não há como explicar, logo, precisamos de uma outra estratégia. Quando falamos em ressignificar, estamos querendo chamar a sua atenção para a necessidade de mudança da cognição. A forma a partir da qual você irá compreender um determinado ponto deve ser mudada para que você consiga viver de uma forma mais leve e lidar com os seus problemas de um modo muito mais efetivo. Na vida, existem situações e pessoas que fazem com que tenhamos atitudes que não deveríamos. São pessoas e situações que chegam até nós e que acabam, de certa forma, entrando em nossas mentes. É preciso que mudemos e que criemos uma barreira dentro de nós para mudarmos de postura.

Mudando a forma que vemos e sentimos

A partir do momento em que mudamos a forma que vemos e sentimos, conseguimos lidar com essas pessoas e situações de uma forma muito mais efetiva. Embora estejamos chamando a sua atenção para a importância desse exercício, não é um processo simples. Suponhamos que, de nenhuma forma, você tenha conseguido passar por esse processo de ressignificação, de modo que você continue brigando com essa madrasta a todo momento, todos os dias, de modo que já tentou ter pena, e, em alguns momentos, entende a situação. Por ter que morar com essa madrasta, não há como fugir dela. Ela, por sua vez, não para por nenhum momento com os comentários ácidos. Suponhamos, ainda, que ela lhe acompanha em todos os lugares, de modo que você não consegue se libertar. Falar o tempo todo é algo que lhe deixa maluco, mesmo que esteja executando o exercício da ressignificação. O que fazer nesse caso?

O exercício da coisificação

Se você se encontra nessa situação que acabamos de lhe colocar, recomendamos que você execute um exercício denominado de coisificação. Em um primeiro momento, é preciso que você ressignifique essa situação que está lhe afligindo, para, em um segundo momento, coisificar. Se você vive com a pessoa que está lhe afligindo, não há nada mais potente do que transformar essa situação em um objeto. Transformar essa pessoa em um objeto que não fala é essencial. Por exemplo, como todos nós sabemos, uma cadeira não fala, então enxergar essa pessoa que lhe faz mal como uma cadeira é uma poderosa forma de evitar todo esse mal. É humanamente impossível que uma cadeira possa falar, então ficará muito mais fácil de ignorar entendendo essa pessoa como um objeto. Projetar essa pessoa como um objeto é uma forma de fazer com que toda a raiva seja transformada em um outro sentimento, a indiferença.

Todavia, para que todo esse ódio seja convertido em um outro sentimento, é preciso, em um primeiro momento, ressignificar a situação. Entretanto, se o embate é algo constante e ignorar essa pessoa é algo muito inviável, já que ela está o tempo todo no seu tempo. O instinto mais comum é que você se afaste desse mau (pai, mãe, madrasta, amigos, professores, chefe e afins). Suponhamos que você esteja ligado a alguma pessoa da qual não consegue se desvincular, é apenas esse exercício que fará com que você aprenda a lidar com esse tipo de situação da qual não pode se libertar. Podemos escolher não ficar perto de algumas pessoas, mas, em outras situações, essa escolha não existe. A fim de que você consiga ter um bom controle da situação, é preciso ressignificar e coisificar. Olhar para um ponto fixo e imaginar que não há alguém ali é uma técnica empreendida em diversas situações.

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