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Coleta de dados! O que você deve saber antes de iniciar a coleta de dados?

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Cuidados básicos que devemos tomar antes de iniciarmos uma coleta de dados

Olá, tudo bem? Em nossa conversa de hoje daremos continuidade as nossas discussões sobre como funcionam os cursos de mestrado em todo o país. Embora cada universidade possua as suas próprias regras, há aspectos gerais que acabam traçando uma espécie de padrão e que nos ajudam a nos prepararmos para ingressarmos nesses espaços. Como este é um tema bastante amplo, criamos uma série de textos que se concentra no funcionamento desses cursos de mestrado que temos à nossa disposição. Diante disso, cada um desses tópicos apontam para cuidados básicos que devem ser pensados com muita cautela, porque eles podem lhe ajudar a chegar ao tão sonhado ingresso no programa de mestrado de sua preferência. Dentre esses cuidados, há as técnicas de coleta e seleção de dados. A fim de que todo e qualquer estudo possa ser desenvolvido, precisamos de ideias que embasem tudo aquilo que pensamos.

O que você deve saber sobre a coleta de dados?O que você deve saber sobre a coleta de dados?

Ao longo de nossa trajetória, precisamos aprender técnicas que irão nos ajudar a desenvolver um bom trabalho científico. Algo que precisamos deixar muito claro de antemão é que quando essa coleta não é feita da maneira apropriada, todo o seu trabalho pode ser colocado em risco, sobretudo a sua credibilidade. São muitos os problemas que podem dificultar o trabalho do pesquisador, como a perda de dados coletados nas entrevistas e de outros tipos de fontes. Com a má coleta, o estudo perde a sua validade e autenticidade. A falta de cuidados básicos faz com que você perca tempo, o que impossibilita a recoleta de tais dados. Muitos se questionam sobre o que provocou tal situação. Com base em nossas experiências, percebemos que há algumas lacunas que colocam esse trabalho em risco. A fim de que esses aspectos fiquem claros, listamos alguns pontos para serem debatidos nessa conversa de hoje.

A importância das ferramentas de pesquisaA importância das ferramentas de pesquisa

O primeiro ponto sobre o qual iremos conversar diz respeito às ferramentas de pesquisa que podem fazer com que seu trabalho transcorra da melhor forma. A primeira dica que damos é a escolha de uma ferramenta que já foi validada por outras pessoas. Esse é um dos maiores problemas enfrentados pelos nossos pesquisadores, o que pode levar muito tempo e falta de recursos caso a coleta seja feita de qualquer forma. Em um trabalho acadêmico, você não pode empregar uma metodologia, técnica ou instrumento de pesquisa de forma aleatória. É primordial que tomemos cuidado com as ferramentas que estamos utilizando em nossos estudos. Suponhamos que você deseje entrevistar um grupo de pessoas. Tudo importa nesse processo. A pergunta que você está se propondo a fazer, se ela é tendenciosa e o que foi feito para que essa questão fosse validada são alguns tópicos que serão questionados.

Questionamentos sobre as ferramentas de pesquisaQuestionamentos sobre as ferramentas de pesquisa

Além das questões já mencionadas, como elas foram organizadas é algo que será questionado. Ademais, questionamentos quanto à quantidade de questões a serem colocadas e se alguém já as propõe são muito recorrentes. Há a preferência por aquelas questões já aprovadas por uma banca. Elas são questionadas porque, para que um trabalho possa ser aprovado, ele precisa ter rigor científico e metodológico, o que implica tomar certos cuidados. Por esse motivo as perguntas, as ferramentas a serem utilizadas e o processo de aplicação são procedimentos questionados a todo o momento. Esses cuidados devem ser tomados tanto em pesquisas que se configuram como quantitativas quanto nas qualitativas. No caso de um questionário semiestruturado, se você não é da área da estatística ou matemática, terá dificuldades para executar esse processo de validação das questões a serem propostas.

O que fazer quando não sei como validar uma ferramenta?O que fazer quando não sei como validar uma ferramenta?

Caso você não tenha uma banca para aprovar as questões que deseja aplicar ou não seja das áreas que mencionamos, precisará mudar de estratégia. Essa banca é crucial, pois ela aufere a pertinência e relevância das suas questões. Diante disso, sugerimos que você opte por uma ferramenta válida. Uma ferramenta validada nada mais é do que escolher por questões que já foram defendidas e aprovadas por uma banca, isto é, escolher aquilo que já foi consolidado antes por outro pesquisador. Esse material precisa estar publicado e validado para que você possa citá-lo. Há, ainda, algumas ferramentas oficiais que você pode usar sem problemas e que irão dar validade ao seu estudo. A fim de que você saiba como utilizá-las, ao longo desse post, iremos fornecer alguns exemplos. Dentre elas, temos a conhecida DASS21. É uma ferramenta elaborada pelo próprio Centro de Psicologia propôs e ainda está em vigor.

Características do DASS21

A DASS21 é uma ferramenta que os pesquisadores da área da Psicologia e da Psiquiatria podem fazer uso quando desejam auferir o nível de depressão de uma determinada comunidade/público. Apenas o fato de você, enquanto pesquisador, ter escolhido o DASS21 para coletar os dados sobre o nível de depressão, a sua pesquisa ganha uma certa credibilidade, visto que as questões dessa ferramenta já foram aprovadas e validadas por uma banca. Como essa ferramenta já é consagrada, você não terá que perder tempo justificando o porquê da escolha por esse instrumento em específico. Por outro lado, nem todos optam por essa ferramenta. Seja na anamnese ou na observação clínica, busca-se compreender se o quadro depressivo do paciente por meio desse instrumento. Analisa-se, também, aqueles que são mais propícios a passarem por um episódio de depressão. Sem isso, é preciso buscar métodos.

Por que as ferramentas validadas facilitam a vida do pesquisador?

Mesmo que haja outras alternativas, optar por uma ferramenta validada otimiza todo o processo de realização da pesquisa. Como essa ferramenta já foi validada e comprovada, infere-se que há todo um cuidado metodológico e técnico que faz com que seja possível saber se essas perguntas podem ser utilizadas ou não para o diagnóstico de uma pessoa com depressão. No caso do DASS21, trata-se de um questionário que possui vinte e uma perguntas, sendo que, para cada uma delas, o paciente/entrevistado infere uma nota de um a três para cada um dos tópicos questionados. Por meio dessa pontuação, fornecida pelo próprio paciente, torna-se possível tratar e analisar esses dados. Como é uma ferramenta série, há diversos estudos que fazem uso desse mecanismo para darem prosseguimento às suas discussões científicas.

Como funciona o DASS21?

Percebemos que se trata de uma ferramenta série logo de início. Os elaboradores pedem para que os entrevistados tomem certos cuidados. Pede-se para que de zero a três os entrevistados avaliem como se sentiram na última semana em relação a cada um dos tópicos levantados pelas questões, em que zero corresponde a “não se aplicou de forma alguma”, um “aplicou-se em algum grau ou por pouco tempo”, dois “aplicou-se em um grau considerável ou por uma boa parte do tempo” e três “aplicou-se muito ou na maior parte do tempo”. Assim sendo, torna-se válido ressaltar que esse teste em questão, em uma escala de zero a três, aufere as chances desses entrevistados estarem em um quadro depressivo ou caminhando para ele. É uma ferramenta que possibilita ao pesquisador saber quais são as chances de ter depressão. Hoje, há diversos testes com os quais podemos contar.

Os testes e as suas peculiaridades

Dentre os testes mais recorrentes, gostaríamos de mencionar os testes de relacionamento, os testes de percepção, os testes com perguntas que visam questionar acerca de valores, testes inúmeros da área da saúde que já foram protocolados e encontram-se em vigor, dentre outros. Devido a tais possibilidades, devemos tomar muito cuidado ao aplicarmos esses testes. Se o seu estudo é aplicado, logo, será menos teórico, com toda a certeza irá se deparar com esse tipo de colocação. Por outro lado, diversas dissertações e teses produzidas em programas com inclinação mais acadêmica, tendem a ser mais teóricos e menos aplicados. Há diversas revisões do tipo integrativa, de modo que o pesquisador elabora um estado da arte para demonstrar tudo aquilo que tem sido publicado por um programa/instituição/revista em um certo período (recorte temporal) e considerando uma certa linha temática.

Cuidados básicos com a amostra de pesquisa

Tão importante quanto os cuidados relacionados à escolha de ferramentas validadas são os cuidados relacionados com a amostra de pesquisa. Estamos chamando a sua atenção para essa situação porque certos testes podem comprometer diversos agentes. Testes relacionados aos estudos sobre o câncer, por exemplo, nem sempre são relacionados de forma cuidadosa. É preciso, com a cautela devida, auferir qual é o nível concreto da doença, qual é o tipo da doença, o tempo previsto para o tratamento, sexo, idade, dentre outras questões. Todos esses aspectos irão fazer com que você colete ou não uma boa amostra de pesquisa. É preciso que esses dados sejam devidamente registrados e documentados. Para todo e qualquer público-alvo, é crucial que se tenha uma faixa etária definida e o porquê dessa faixa etária em específico ter sido escolhida.

Aspectos que devem ser analisados em uma amostraAspectos que devem ser analisados em uma amostra

A fim de que a amostra lhe traga benefícios e não malefícios, há alguns aspectos elementares que devem ser levados em consideração. Dentre esses, podemos mencionar, além da faixa etária e sexo, o perfil socioeconômico, os costumes, hábitos e preferências, a região (cidade e estado). Essas amostras podem ser comparadas ou são propositais? Suponhamos que você deseja avaliar um certo grupo de adolescentes. Para coletar os dados, deve-se ter em mente se esses adolescentes fazem parte da região nobre ou mais pobre da cidade de São Paulo. Os resultados entre os dois públicos são surpreendentes. Toda essa amostra precisa ser comparada da melhor forma a fim de que os resultados sejam efetivos e reais. Atenção, também, a forma a partir da qual essa amostra será classificada. Se essa amostra for laboratorial, com ratos, aspectos como tempo, ambiente, fatores internos e externos são de suma importância.

A seriedade da amostra coletada

Um dos principais desafios com os quais um pesquisador que possui uma pesquisa aplicada se depara é com a comprovação da amostra. Você precisa garantir que essa é uma amostra válida. Não podemos entrevistar essas pessoas simplesmente porque queremos, de forma aleatória. É preciso que partamos de critérios científicos e metodológicos. A fim de que ela possa funcionar da melhor forma, é preciso que ela seja o máximo homogêneo possível. É apenas dessa forma que você pode comparar materiais e pessoas de forma científica e séria. Para que consigamos analisar as pessoas de um determinado perfil socioeconômico, é preciso que a amostra seja homogênea. O mesmo vale para as pesquisas qualitativas. Você terá uma amostra menor, porque o intuito é a mensuração da qualidade. Suponhamos que você deseje investigar os editores de revistas científicas, precisará tomar alguns cuidados específicos.

Exemplo prático da amostra em pesquisas qualitativas

Para que essa situação fique mais clara, apresentaremos um exemplo sobre os editores de revistas científicas com mais de dez anos de atuação. Como se trata de uma pesquisa qualitativa, é a qualidade da amostra que está em jogo. No nosso caso, elegemos o tema da previdência brasileira atual. Para saber sobre essas perspectivas, é preciso selecionar uma amostra coerente: quem são essas pessoas a serem entrevistadas e quais são as pessoas que podem garantir que esse critério de qualidade provenha bons resultados. Precisa-se de pessoas que conheçam a fundo esta temática. A fim de que a pesquisa seja adequada às demandas da pesquisa, é fundamental que a amostra reflita os objetivos da pesquisa, a relevância e o problema da pesquisa. A análise de conteúdo é ideal para as pesquisas qualitativas.

Nesse processo, é de suma importância que o pesquisador, além da escolha de técnicas e ferramentas que tenham a ver com a metodologia de pesquisa adotada, saiba como esses dados serão tratados. Todo o processo de coleta, seleção, tratamento e análise dos dados é elementar. Toda pesquisa que é apontada como validada possui um método de tratamento de dados já definido e aprovado. Se esse instrumento já for validado, precisará respeitar todas as etapas cumpridas pelo pesquisador responsável por essa ferramenta validada que está utilizando. Como citamos o DASS21, cumpre afirmar que ele suscitará esse tipo de tratamento. Seja por meio de tabelas e estatísticas ou com o emprego de outros métodos, é necessário que haja essa validação prévia. A categorização será crucial nesse processo de análise.

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