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O impacto da implementação de novos cursos no campus de um Instituto Federal de Ensino Superior

RC: 42753
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FERRAZ, Lucas Ribeiro [1], REIS, Andressa da Silva dos [2], BOYER, Bruna de Freitas Soares [3], SILVA, Leonardo Brasil da [4]

FERRAZ, Lucas Ribeiro. Et al. O impacto da implementação de novos cursos no campus de um Instituto Federal de Ensino Superior. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 12, Vol. 05, pp. 108-120. Dezembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/impacto-da-implementacao

RESUMO

O presente artigo tem como principal objetivo analisar o processo de implantação de novos cursos – em fase de efetivação ou de estudos – em um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). O estudo avaliou a contribuição dos cursos de ensino médio técnico, graduação, pós-graduação e outros. Os resultados esperados com efetivação dessa atividade são uma maior visibilidade ao campus, o que aumentaria o número de alunos e, consequentemente, proporcionará o crescimento das aprovações e a diminuição dos índices de retenção e evasão. Para tal, como metodologia, foram conduzidas pesquisas bibliográficas e documental. Dada a escassez de material dedicado ao referido tema, este artigo busca ser mais uma fonte de pesquisa para gestores escolares e demais interessados no assunto. Como possíveis resultados, temos uma projeção de melhoria dos indicadores da unidade de ensino pesquisada, o que pode refletir no fomento do arranjo sócio produtivo das cidades do entorno.

Palavra-Chave: educação federal, expansão escolar, gestão escolar.

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo visa estipular uma projeção da evolução do número total de matrículas ativas dentro de um campus do IFRJ, a partir de valores estimados da entrada de novos alunos e do aumento da permanência dos discentes. Este crescimento, será proporcionado pelos novos cursos (em fase de estudo/implementação) e por projetos de combate à evasão e retenção escolar atualmente desenvolvidos. Aliado ao crescimento do número absoluto de matrículas, vale ressaltar que os cursos médios técnicos integrados atualmente oferecidos, tem a previsão de alteração em sua duração, passando de 4 anos para 3 anos.

As informações referentes ao Fator de Equiparação de Carga Horária (FECH), Fator de Esforço de Curso, Fator de Equiparação de Nível de Curso (FENC), Fator de Esforço de Curso (FEC), Relação Aluno por Professor (RAP) e Aluno-Equivalente foram retiradas da Portaria Setec nº 25, 13 de agosto de 2015. Vale ressaltar que, esta legislação define conceitos e estabelece fatores para fins de cálculo dos indicadores de gestão das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

As projeções das novas matrículas serão analisadas separadamente, de acordo com a especificidade dos novos cursos propostos, dada as diferenças existentes entre Fator de Equiparação de Nível de Curso e Fator de Esforço de Curso. Os novos cursos em fase de estudo/implementação são: Pós-graduação (stricto sensu) em Engenharia Mecânica e (lato sensu) em Educação e Diversidade, graduação em Engenharia Mecânica, Médio Técnico Integrado em Química e diversos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC).

Importante salientar que, os novos cursos acima citados foram idealizados visando fomentar o desenvolvimento da microrregião na qual o campus está inserido. Sendo todas as propostas construídas a partir da análise da estrutura física, do corpo docente e técnico atualmente disponíveis, também se levando em conta o arranjo sócio produtivo local, as metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional do IFRJ (PDI: 2014-2018) e no Planejamento Estratégico do IFRJ (2017-2021).

Para o levantamento das informações contidas neste artigo foram utilizadas as técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Segundo Gil (2008, p.50), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. ”

Para Marconi e Lakatos (2010) a investigação documental é definida como aquela na qual a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias.

2. A INSTITUIÇÃO

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro teve seu formato atual definido por meio da Lei nº 11.892/2008, que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou a personalidade administrativa dos Institutos Federais (IFRJ, 2015).

A criação da Escola Técnica Nacional (ETN) advém do Decreto-Lei nº 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, tendo como finalidade a oferta do curso Técnico em Química Industrial. O cerne do atual IFRJ foi estruturado em 1942, como política de governo do então presidente Getúlio Vargas, no período conhecido como Estado Novo (IFRJ, 2017).

O reordenamento das estruturas de educação profissional implicou em diversas alterações que posteriormente modificaram a organização administrativa do atual IFRJ até a configuração atual, quando a estrutura do Colégio Agrícola Nilo Peçanha, que possuía vinculação administrativa com a Universidade Federal Fluminense (UFF), passou a compor a estrutura da autarquia (IFRJ, 2017).

Figura 01 – Linha do tempo: evolução histórica do IFRJ

Fonte: IFRJ – 2017.

Atualmente, o IFRJ possui uma Reitoria localizada na cidade do Rio de Janeiro e quinze campi distribuídos pelas regiões Metropolitana, Centro-Sul, Baixadas Litorâneas e Médio Paraíba do estado do Rio de Janeiro (PORTAL DO IFRJ, 2019).

3. DESENVOLVIMENTO

Neste tópico, serão abordados dados observados e projetados para os cursos de pós-graduação (stricto sensu e lato sensu), Bacharel, Médio Técnico Integrado e FIC. Além da discussão sobre as ações de combate a retenção/evasão escolar e possíveis de parcerias, todas idealizados ou executados no campus pesquisado.

3.1 PÓS-GRADUAÇÃO (STRICTO SENSU) EM ENGENHARIA MECÂNICA

A pós-graduação tem previsão de início para 2020/1, com as documentações necessárias à sua submissão já em fase final de revisão. Ressaltamos que para a implantação do referido curso, o campus conta com excelente infraestrutura (salas de aula e equipamentos adequados), equipe docente altamente qualificada e corpo técnico administrativo suficiente, portanto não existindo a necessidade de contratar mais servidores e de adquirir outros materiais.

O curso terá duração de 2 anos, divididos em 4 períodos, e oferecerá semestralmente 12 vagas. Importante salientar que, caso seja aprovado, será o 1º Mestrado em Engenharia Mecânica do IFRJ e o 1º em toda a Região Sul Fluminense do estado, sendo o único no raio de aproximadamente 40 km. A implementação deste curso também está inserida na perspectiva de verticalização do ensino no campus proporcionando a formação em mecânica industrial em níveis técnico, graduação e stricto sensu.

Outro ponto positivo que justifica a criação deste Mestrado, diz respeito a capacidade de captação de recursos externos para a escola, a partir das agências de fomento, de editais (como do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq) e da formação de parcerias com a iniciativa privada. Logo, constituindo-se de extrema relevância para o desenvolvimento local e institucional.

A Tabela 1 apresenta uma projeção do número absoluto de novas matrículas esperadas. Com o intuito de projetar dados próximo da realidade, atribuímos uma evasão de dois alunos para cada doze ingressos (valor conferido devido a escassez de estudos de evasão em cursos de stricto sensu).

Tabela 1 – Projeção do número de alunos na pós-graduação em Engenharia Mecânica

Período Letivo Alunos Ingressos Total Acumulado
2020/1 12 12
2020/2 12 22
2021/1 12 32
2021/2 12 42

Fonte: Elaborado pelo autor.

O curso tem FENC de 20/8, FEC de 1,0 e Fator de Equiparação de Carga Horária de 0,225. Logo, com a efetivação do curso, além do relevante impacto na região, existe a expectativa de gerar 42 novas matrículas e aumento da RAP.

3.2 PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

A pós-graduação tem previsão de início para 2020/1, com as documentações necessárias para a submissão já enviadas às instâncias superiores. Ressaltamos que, para a implantação do referido curso, o campus também conta com a infraestrutura adequada, equipe docente qualificada e corpo técnico administrativo suficiente, portanto não havendo necessidade de contratação de novos servidores e aquisições de materiais.

O curso terá duração de 1 ano e 6 meses, divididos em 3 períodos, e oferecerá semestralmente 25 vagas. A Tabela 2 apresenta uma projeção do número absoluto de novas matrículas esperadas. Com o intuito de projetar dados mais próximos da realidade, consideramos o estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014) que atribui uma média de evasão de, aproximadamente, 19% para cursos desta natureza.

Tabela 2 – Projeção do número de alunos na pós-graduação em Ensino e Diversidade

Período Letivo Alunos Ingressos Total Acumulado
2020/1 25 25
2020/2 25 45
2021/1 25 65

Fonte: Elaborado pelo autor.

O curso tem FENC de 20/12, FEC de 1,0 e Fator de Equiparação de Carga Horária de 0,3. Logo, com a efetivação do curso, além do relevante impacto na região, existe a expectativa de gerar 65 novas matrículas e aumento na RAP.

3.3 BACHAREL EM ENGENHARIA MECÂNICA

A Engenharia Mecânica proposta pelo mesmo será o primeiro curso de engenharia do IFRJ, representando um marco para a instituição e para a microrregião onde se encontra instalado. As documentações necessárias estão na fase final de submissão, com proposta já enviada às instâncias superiores. O curso tem previsão de início no período letivo de 2019/2 e com a ofertas semestral de 40 vagas. Para a implantação do referido curso, o campus também conta com a infraestrutura adequada, equipe docente qualificada e corpo técnico administrativo suficiente, portanto não havendo necessidade de contratação de novos servidores e aquisições de materiais.

A Tabela 3 apresenta uma projeção do número absoluto de novas matrículas esperadas, tendo o período de 2019/2 como marco de início e o período de 2024/1 para a conclusão dos 10 períodos letivos, que comporão a grade curricular do curso. Com o intuito de projetar dados mais próximos da realidade, consideramos o estudo realizado pela Universidade de São Paulo (2015) que atribui uma média de evasão de, aproximadamente, 11% para cursos desta natureza.

Tabela 3 – Projeção do número de alunos na Graduação de Engenharia Mecânica

Período Letivo Alunos Ingressos Total Acumulado
2019/2 40 40
2020/1 40 75
2022/1 40 215
2024/1 40 356

Fonte: Elaborado pelo autor.

A Engenharia Mecânica terá duração mínima de 5 anos, divididos em 10 períodos, com FENC de 20/18 e FEC de 1,16. Logo, com a efetivação do curso, além do relevante impacto na região, existe a expectativa de gerar 356 novas matrículas, teremos um Fator de Equiparação de Carga Horária de 0,9 e a relação Aluno-Equivalente de 371,664. Implicando num aumento da RAP de 5,162.

3.4 MÉDIO TÉCNICO INTEGRADO EM QUÍMICA

O novo curso Técnico Profissionalizante em Química, em fase de análise, será aberto na modalidade integrado ou concomitante/subsequente. Esta proposta visa atender a demanda identificada (a partir de pesquisa realizada com os alunos) e a falta de oferta deste curso na região do entorno, a isto, agrega-se o fato do campus estudado já ter sido procurado por diversas empresas que necessitavam deste tipo de profissional.

O curso Técnico Profissionalizante em Química, com proposta de início para 2020/1 e oferta semestral de 36 vagas, terá duração mínima de 3 anos (6 períodos). Para a implementação deste novo curso, no campus necessitará investir na revitalização de 4 laboratórios, podendo ser novos e/ou utilizando alguns já existentes. No caso da oferta na modalidade Integrado, haverá a necessidade de contratar apenas 6 professores (3 de matemática, 2 de física e 1 de química), que somados a infraestrutura e equipe docentes existentes, oferecerá as condições suficientes.

A Tabela 4 apresenta uma projeção do número absoluto de novas matrículas esperadas, tendo o período de 2020/1 como marco de início e o período de 2022/2 para a conclusão dos 6 períodos letivos, que comporão a grade curricular do curso. Com o intuito de projetar dados mais próximos da realidade, aplicamos o índice de 20% de evasão, número apresentado pelos cursos Técnicos Integrados oferecidos no mesmo.

Tabela 4 – Projeção do número de alunos no curso Técnico Profissionalizante em Química

Período Letivo Alunos Ingressos Total Acumulado
2020/1 36 36
2020/2 36 65
2021/1 36 94
2022/1 36 180

Fonte: Elaborado pelo autor.

O Técnico Profissionalizante em Química terá duração mínima de 3 anos, com FENC de 20/20 e FEC de 1,27 e Fator de Equiparação de Carga Horária de 12/9. Logo, com a efetivação do curso, além do relevante impacto na região, existe a expectativa de gerar 180 novas matrículas, com Aluno-Equivalente de 304,7992 e implicando em aumento na RAP de 3,81.

3.5 CURSOS FIC E PARCEIRAS

O campus do IFRJ visando atender aos objetivos estabelecidos pela Lei Nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008 (Instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia) e no seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI: 2014-2018) voltará a ofertar cursos de Formação Inicial e Continuada para toda a comunidade. O Quadro 1 representa os cursos FIC em fase de implementação no campus, com carga horária total variando de 160h a 200h.

Quadro 1 – Cursos FIC em implantação no Campus do IFRJ

Nomenclatura segundo o Guia PRONATEC de Cursos FIC Carga Horária
Assistente Administrativo 160h
Contador de Histórias 160h
Costureiro Industrial do Vestuário 200h
Programador Web 200h
Inglês Básico 160h
Operador de Computador 160h
Operador de Torno com Comando Numérico Computadorizado 200h
Instalador e Reparador de Redes de Computadores 200h

Fonte: Guia PRONATEC de cursos FiC (2016).

Importante salientar, que todos os cursos estão em acordo com o Guia PRONATEC de cursos FIC – SETEC/MEC e as suas documentações estarão em conformidade com as novas diretrizes estabelecidas pelas instâncias superiores. Segundo a Portaria Setec nº 25/2015, todos os cursos de Formação Inicial e Continuada possuem FENC de 20/20 e FEC de 1,0.

Na Tabela 5, temos o valor do Fator de Equiparação de Carga Horária em relação a carga horária total do curso.

Tabela 5 – Fator de esforço dos cursos fic, com base na carga horária total

Carga horária Fator de Equiparação de Carga Horária
160h 0,2
180h 0,225
200h 0,25

Fonte: Elaborado pelo autor.

O campus ofertará entre 25 a 40 vagas para cada um dos novos cursos FIC, com a previsão de ofertar ao menos 3 cursos FIC por semestre, com a expectativa de gerar em torno de 100 novas matrículas semestralmente e aumento da RAP. Portanto, com a efetivação dos cursos, além de buscar atender melhor à comunidade, a partir do desenvolvimento humano e do incentivo ao arranjo sócio produtivo local, com esta modalidade poderemos contemplar estudantes com perfis atualmente não atendidos pelo campus.

Além dos cursos supracitados, o campus está com projetos avançados para a redução do curso Técnico em Mecânica para 3 anos, fato que afetará positivamente no crescimento do RAP. Somado a isto, existe a intenção de transformar as disciplinas retiradas da grade curricular em FIC, assim não deixando de ofertar aos nossos alunos matérias julgadas essenciais para a formação e, também, aumentando o número de matrículas do campus.

Destacamos que o campus possui um Convênio assinado com a Prefeitura Municipal da cidade, objetivando a criação de parceria para a implementação e desenvolvimento do programa de formação inicial e continuada. O termo busca facilitar o levantamento das necessidades locais de capacitação, a captação de estudantes para os cursos FIC e contempla a possibilidade de a Prefeitura está cedendo profissionais para atuar nas disciplinas não incluídas na expertise do campus.

Importante observar, que no mesmo complexo onde está instalado o campus, também existem outras instituições de ensino, com destaque para o Consórcio Cederj e a Escola de Música Villa-Lobos, em conjunto somando mais de 3.000 alunos matriculados. Esta proximidade propicia a criação de novas parcerias e o levantamento de demanda por novos cursos FIC.

3.6 AÇÕES DE COMBATE A RETENÇÃO E EVASÃO ESCOLAR

O campus estudado atualmente oferece 4 cursos distintos sendo eles: Bacharel em Engenharia Mecânica, estruturado em 5 anos (10 períodos), contando com 40 matrículas, com FENC de 20/18 e FEC de 1,16; Licenciatura em Matemática, estruturada em 4 anos (8 períodos), contando atualmente com 232 matrículas ativas, com FENC de 20/18 e FEC de 1,08; e dois cursos médio técnicos integrados, Técnico em Mecânica e em Eletrotécnica, ambos com FENC de 20/20 e FEC de 1,27, duração mínima de 4 anos (8 períodos) e que somados totalizam 694 matrículas ativas, número que tem crescido a partir das ações desenvolvidas no campus. Importante destacar que, as informações do número de matrículas ativas dos cursos são relativas ao segundo semestre letivo de 2019.

Vale ressaltar, que esse campus vem apresentando uma considerável redução dos índices de reprovação e evasão, especialmente nos alunos do primeiro e segundo períodos letivos dos cursos integrados. Este resultado, deriva do esforço combinado das Direções, dos professores e dos técnicos administrativos, mas destaca-se o projeto Permanecer (programa de extensão que acompanha os alunos recém-ingressos).

O crescimento do índice de aprovação dos alunos ingressantes do Ensino Médio Técnico, fruto da realização das ações de acompanhamento e nivelamento dos estudantes matriculados no 1º e 2º períodos dos cursos integrados, está representado na Figura 2. Vale lembrar que, a evolução destes discentes dos períodos iniciais, implica positivamente no número total de matrículas ativas.

Figura 2 – Percentual de aprovações diretas nos anos de 2016, 2017 e 2018

Fonte: Secretaria da Direção de Ensino (2018).

Conforme ilustrado na Tabela 6, podemos verificar a evolução do número total de alunos dos cursos médio técnico integrados, constituindo aumento de aproximadamente 31% de matrículas ativas. Seguindo esta linha de evolução assistida neste intervalo de um ano, podemos projetar para o período letivo de 2020/1, um total 870 alunos.

Tabela 6 – Total de alunos matriculados nos cursos integrados

Período Letivo Total de matrículas
2017/2 633
2018/1 680
2018/2 694
2019/2 829
2020/1 870

Fonte: Elaborado pelo autor,

Logo, atingida a expectativa assistida de permanência dos nossos estudantes do ensino Integrado, projeta-se o total de 870 matrículas ativas a partir de 2020/1. Para o ensino médio técnico temos Fator de Equiparação de Carga Horária de 1,0, relação Aluno Equivalente de 1.104,90 e RAP de 13,8113. Para a Licenciatura em Matemática, mesmo mantendo o atual número de 232     matrículas, teremos um Fator de Equiparação de Carga Horária de 0,875, relação Aluno Equivalente de 219,24 e RAP de 3,045.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o anteriormente exposto e visando facilitar a visualização das projeções esperadas, a Tabela 7 compila as informações atuais e as expectativas futuras para o campus pesquisado.

Tabela 7 – Resumo dos indicadores atuais e das projeções para o campus

Período letivo 2017/2 2018/2 2020/1 2022/1 2024/1
Total de matrículas 829 907 1245 1579 1720
RAP 12,62 13,81 17,20 22,62 24,66
Modalidades de cursos 2 2 7 8 9
Total de cursos 3 3 10 11 12

Fonte: Elaborado pelo autor

Para a construção da tabela acima, foram considerados como indicadores mais relevantes o número absoluto de matrículas, a relação aluno por professor (RAP), modalidades e total de cursos oferecidos. As Figuras 3 e 4 demonstram, respectivamente, o crescimento projetado do número total de matrículas e a evolução da RAP do campus.

Importante ressaltar que, alguns pontos foram deixados de fora deste estudo, como as intenções de oferta de cursos na modalidade de Educação a Distância (EaD), a proposição de novo curso médio técnico concomitante/subsequente, de outras pós-graduações lato sensu e stricto sensu (mestrado e doutorado).  Portanto, além da expectativa esperada de crescimento, pode-se expandir ainda mais por meio da implementação destas e outras ações.

Figura 3 – Número total de matrículas (atual e esperada) do campus

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 4 – Número total da RAP (atual e esperada) do campus

Fonte: Elaborado pelo autor.

Os dados aqui apresentados são uma projeção, coordenado e discutido em detalhes pelos autores e os departamentos responsáveis do IFRJ para se implantar tais cursos de Ensino médio técnico, engenharia e Pós-graduação. Buscou-se maior otimização e padronização possível nos procedimentos interdisciplinares e interdepartamentais que devem caracterizar sempre as atividades de planejamento no âmbito universitário.

Logo, a evolução – assistida e esperada – do campus pesquisado pode ser considerada animadora, refletindo a importância do planejamento, o envolvimento da comunidade escolar e o apoio das instâncias superiores. As propostas descritas neste artigo têm previsão de conclusão somente no primeiro período letivo de 2024. No entanto, pretende-se que os êxitos obtidos sejam reforçados e ampliados. No tocante aos eventuais equívocos, buscar-se-á a identificação e imediata correção, isto a fim de que o esforço desprendido e as metas estabelecidas sejam amplamente efetivadas.

Por fim, espera-se que este trabalho possa contribuir no aspecto teórico e no fornecimento de fonte para os cálculos necessários à implantação de novos cursos nos Institutos Federais.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 out. 1988.

______. Decreto-Lei nº 4.127, de 25 de fevereiro de 1942. Estabelece as bases de organização da rede federal de estabelecimentos de ensino industrial. Brasília, DF, 25 fev. 1942.

______. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF, 29 dez. 2008.

______. Ministério da Educação. Guia PRONATEC de cursos FiC (2016).  4. ed. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/36436-guia-pronatec-de-cursos-fic>. Acesso em: 27 nov. 2019.

______. Portaria Setec nº 25, 13 de agosto de 2015. Define conceitos e estabelece fatores para fins de cálculo dos indicadores de gestão das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Brasília, DF, 13 ago. 2015.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO. Regimento Geral do IFRJ, de 10 de agosto de 2011. Disciplina a organização, as competências e o funcionamento das instâncias deliberativas, consultivas, administrativas e didático-pedagógicas do IFRJ, com o objetivo de complementar e normatizar as disposições estatutárias. Rio de Janeiro: IFRJ, 2011.

______. Plano de desenvolvimento institucional – PDI: 2014-2018. Rio de Janeiro: IFRJ, 2015.

______. Plano estratégico PE – IFRJ 2017-2021. Rio de Janeiro: IFRJ, 2017.

______. Portal do IFRJ. Disponível em: <www.ifrj.edu.br>. Acesso em: 27 nov. 2019.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

[1] Mestrando em Gestão e Estratégia, Especialização em Administração Pública e Licenciatura em Matemática.

[2] Graduanda em Administração Pública.

[3] Graduanda em Administração Pública.

[4] Graduando em Administração Pública.

Enviado: Dezembro, 2019.

Aprovado: Dezembro, 2019.

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