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Uma nova oportunidade de negócio através do empreendedorismo sustentável: estudo de caso da empresa riquezas da Amazônia

RC: 21241
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CONTEÚDO

ESTUDO DE CASO

BARROZO, David da Costa [1], MAGALHÃES, Diego Ventura [2], NETO, Luiz Reis Ferreira [3], FERREIRA, Marilia Matos Gonçalves [4]

BARROZO, David da Costa. Et al. Uma nova oportunidade de negócio através do empreendedorismo sustentável: estudo de caso da empresa riquezas da Amazônia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 10, Vol. 02, pp. 13-37 Outubro de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

O Empreendedorismo Sustentável vem sendo um dos assuntos mais novos a ser discutido atualmente nas instituições de ensino superior e a ter mesmo no mercado, trabalhar o Empreendedorismo Sustentável nesta área com alunos e mercadistas é transformar empreendedores mostrando a grande importância do Desenvolvimento Sustentável no Planeta. O trabalho tem como objetivos definir a nova oportunidade de negócio do empreendedor, mostrar como é organizado e estabelecer parâmetros de como estão sendo preparadas essas novas entidades no mercado de Belém definindo principalmente os pilares para a criação deste empreendimento que são; Econômico, Social e Ambiental, em relação ao ensino do empreendedorismo, pode analisar os meios de pesquisas no site da Riqueza da Amazônia como é que eles utilizam esse meio Sustentável para melhor abrir este negocio, que vem sendo discutido diariamente em tudo o mundo.

Palavra-chave: Empreendedorismo, Sustentabilidade, Novas Oportunidades de Negócios.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa pretende mostrar como a empresa deve se preparar para este novo empreendedorismo levando em consideração a Sustentabilidade gerando benefícios e oportunidades de trabalho. O empreendedorismo vem crescendo gradativamente nos últimos anos no Brasil, que vem estimulando a criatividade ou a necessidade de gerar novas oportunidades com a Sustentabilidade em alta, o que vem criar a reciclagem de produtos que demoram a se decompor. Então esse novo momento onde empreendedorismo está vindo em alta no mercado consumidor, trazendo oportunidade de trabalho para aquelas pessoas que possuem baixo rendimento salarial.

O presente trabalho tem como tema empreendedorismo sustentável: novas oportunidades de negócios. O Tema é de suma importância para o campo social e acadêmico, pois abordar questões relacionadas à sustentabilidade, os novos modelos de empreendedorismo sustentável e as oportunidades de negócios relacionadas com o assunto.

O trabalho destaca-se de forma especial por se tratar do município de Belém que dentre muitos títulos recebe o nome de Cidade das Mangueiras ou Portal da Amazônia. Amazônia, que é o pulmão do Mundo por possuir o maior território de biodiversidade verde do planeta, rico na sua fauna e flora, e os olhares do mundo se voltam para esta região tão rica.

O mercado globalizado exige dos profissionais novas atitudes nos empreendimentos e ao tratarmos do território amazônico esta realidade toma uma dimensão diferenciada, pois deve ser vista não apenas no âmbito da inovação, porém de preservação das riquezas naturais. O mercado globalizado se questiona como ser empreendedor sem causar danos para o meio-ambiente tentando suprir as necessidades da organização e sociedade em geral?

Neste trabalho não cabe realizar tal investigação, uma vez, que não é objetivo do trabalho analisar possíveis empreendimentos sustentáveis e sim analisar como o empreendedorismo sustentável está proporcionando a criação de novas oportunidades de negócios no Pará.

Aos investidores e empreendedores locais cabe a missão de proporcionar novos empreendimentos que visam não apenas a lucratividade, porém a sustentabilidade destas áreas do território amazônico.

Diante do mercado globalizado em que seus clientes são cada vez mais exigentes faz-se necessário atender as demandas dos mesmos.

Diante destas realidades apresentadas se levanta o seguinte questionamento que norteará a pesquisa: Como os empreendedores do município de Belém estão utilizando a sustentabilidade como meio de criação para novas oportunidades de negócio?

A situação problema tem o intuito de nortear esta investigação no que tange as novas formas de empreendedorismo sustentável no município de Belém, proporcionando a criação de novas oportunidades de negocio para o mesmo. Para realizarmos tal investigação foram traçados tais objetivos:

Este trabalho tem como objetivo geral, analisar como o empreendedorismo sustentável esta proporcionando a criação de novas oportunidades de negócios no município de Belém – PA.

Foi traçado como objetivos específicos: Identificar a empresa que proporcione este tipo de empreendedorismo sustentável, como oportunidade para seus negócios; apresentar de forma direta ou indireta a prosperidade que se pode alcançar através do empreendimento sustentavelmente correto; sensibilizar os empreendedores quanto à necessidade e oportunidade da criação de empresas sustentáveis; identificar os benefícios que os empreendimentos sustentáveis proporcionam para a sociedade em geral.

O referido trabalho encontra-se estruturado na seguinte forma:

No primeiro capitulo traz a introdução, com o respectivo tema da pesquisa, que contem a delimitação do trabalho, a situação problema, o objetivo geral e objetivo especifico, justificativa e a estrutura de organização do trabalho.

No segundo capitulo traz o referencial teórico, contendo todo o embasamento do referido trabalhos tais como: Empreendedorismo; Sustentabilidade; Empreendedorismo sustentável; Oportunidade de negocio.

No terceiro capitulo vem aborda a metodologia do trabalho com um embasamento do trabalho que são: tipo de metodologia, tipo de pesquisa e público alvo.

No quarto capitulo aborda a analise dos dados levando em consideração a empresa lócus da pesquisa.

Por fim é apresentado as considerações finais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo passa a ter uma existência de pessoas que pretende liderar um desenvolvimento sustentável com a competência de levar aos estudos de habilidades que se relacionam em projeto técnico, cientifico e empresarial. Que vem apresentar uma determinada habilidade e competência para criar e agir em um grande negocio, assim como vem explicar Chiavenato logo a baixo, gerando um resultado positivo. Hoje o empreendedorismo traz uma geração de riqueza essencial dentro de um país, tais como a economia e melhorando condição de vida da população trazendo emprego e renda, com isso contribuem para a geração de receitas e produção de bens.

Segundo Chiavenato (2006, p.3) “Empreendedor é a pessoa que inicia e/o opera um negócio para realizar uma idéia ou projeto, pessoas assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”.

Chiavenato relata que o empreendedor passa a ter uma dinamização de instituição dependente, pessoas com habilidades e potencial com interesses de criação em uma empresa nova ou inovações de novos negócios, tendo um desenvolvimento econômico e social, com criação de empregos e impostos.

Esses novos empreendimentos vem produzir inúmeras riquezas, como a reciclagem levando a sustentabilidade do planeta, uma nova área que esta abrindo portas para o mercado consumidor, e abrindo fontes de emprego para catadores de lixo.

De acordo com Schumpeter (1978) apud Barros; Fiúsa; Ipiranga (2005, p. 113):

Sem inovação não há empreendedores, sem investimentos empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona. O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa, o impulso fundamental que aciona e mantém o motor capitalista. Nesse sentido, a relação entre empreendedorismo e desenvolvimento econômico é representada pela inovação, seja pela criação de novos produtos ou serviços, seja pela forma diferente de fornecê-los; pelo desenvolvimento tecnológico e pela capacidade de gerar novos empregos estimulando o mercado de trabalho.

O empresário que é empurrado ao ramo dos negócios tem a força de enfrentar desafios no seu próprio negocio, mais tem que ter a vontade e a disposição de desenvolver o seu conhecimento para desenvolver adequados comportamentos de empreendedores bem-sucedidos.

A discussão sobre o tema do empreendedorismo pode ser compreendida com duas vertentes: A primeira vem falar da geração de novos negócios ou à própria criação de uma empresa. A segunda vem relacionar com a expansão de uma empresa ou de um próprio negocio já existente. Entre essas situações, passamos a ter perspectiva do comportamento empresarial voltada para a exploração de novas oportunidades assim passando a criar novos valores econômicos e sociais para as pessoas.

Schumpeter (1978) apud Chiavenato (2006, p. 5) chegou a uma conclusão que “o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, matérias e tecnologias”.

O empreendedor tem que ter habilidade ao entrar em uma grande criação, principalmente com novos recursos encontrados na rua como o lixo, no qual passa por um processo de transformação, se tornando produtos utilizados como; camisa gerada de garrafa pet, sementes transformado em colar, copos de papel reciclado para tomar água e café, entre outros, e produtos reutilizados para um mundo melhor e sustentável.

Bom Ângelo (2003) vem demonstrar cinco elementos fundamentais para a caracterização do perfil de um empreendedor:

a) Criatividade e inovação – empreendedores conseguem identificar oportunidades antes das outras pessoas.

b) Habilidade – direcionam seus esforços criativos para objetivos determinados e claros.

c) Força de vontade e fé – acreditam fervorosamente em sua habilidade de mudar as coisas e com perseverança buscam seus objetivos.

d) Foco na geração de valor – buscam fazer as coisas da melhor forma possível, do modo mais rápido e com os menores custos.

e) Correr riscos – quebram regras pré-estabelecidas, arriscam buscando formas diferentes de fazer as coisas.

Além dos cinco elementos fundamentais para a caracterização do perfil de um empreendedor, o mesmo deve possuir em seu perfil elementos fundamentais que segundo Chiavenato (2006, p.5) são: “o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspecto que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma idéia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado”.

O que caracteriza o ímpeto empreendedor? Trata-se de um tema complexo, mas três características básicas identificam o espírito empreendedor, a saber: necessidade de realização, disposição para assumir risco, autoconfiança.

Necessidade de Realização: existem pessoas que oferecem disputas individuais e outras com pouca realização, e tem pessoas que gostam de concorrer em padrão de excelência tendo responsabilidades em tarefas que atribui para si mesmo. Um psicólogo que atua na área organizacional tem uma correlação entre as necessidades de realização e a atividade empreendedora, os empreendedores tem a sua necessidade de realização em uma população geral, os executivos tem sucesso dentro da organização e corporação, e na realização existem pessoas com ambição de criar empresa que orientada com o seu próprio crescimento, esse impulso vem desde cedo ou até mesmo de criança (CHIAVENATO, 2006).

Disposição para Assumir Riscos: ao iniciar um próprio negócio o risco começa a aparecer na parte financeira, da família ao se em envolver nos negócios e o risco mesmo da parte psicológico de fracassar caso o negócio seja arriscado demais, pessoas com alta necessidade de realização de disposição para assumir risco e pessoas que aceitam essa situação arriscada para exercer determinado controle pessoal, um jogo que requer sorte e gera autoconfiança de empreendedor (CHIAVENATO, 2006).

Autoconfiança: ter autoconfiança é enfrentar desafios que circulam ao seu redor e ter domínio aos problemas enfrentados, à pesquisas que o empreendedor de sucesso são pessoas que enxergam problemas para abrir novos negócios e tem habilidades com foco interno de controle mais elevado que na população geral(CHIAVENATO, 2006).

Como podemos perceber acima, Bom Ângelo(2003) e Chiavenato (2006), mostra, para se torna um bom empreendedor tem que se identifica no que gosta e que faz, demonstrando esforço para que seu o empreendimento se torne um grande negocio para que no futuro não venha correr riscos de uma forma diferente de querer fazer as coisas, mostrando sempre autoconfiança no que faz e buscando conhecimento para esta sempre à frente no mercado.

Drucker (2002) ressalta como pode identificar o comportamento do empreendedor, que passa a ser:

a) Busca da mudança – o empreendedor sempre está buscando a mudança e a explora como uma fonte de oportunidade.

b) Capacidade de inovar – contempla os recursos como uma nova capacidade de criar riqueza, sendo o instrumento próprio do espírito empreendedor.

c) Senso de missão – mantém um profundo senso de missão a cumprir estabelecendo-a através da definição dos produtos a ser produzidos e de quais mercados serão atendidos.

d) Estabelecimento da cultura – estabelecem e mantém a cultura de sua organização através de suas ações, valores e crenças, mostrando o que deve ser feito e o que não pode ser feito.

Dornelas (2001) ressalta que existem varias características similares entre os empreendedores de sucesso, muitas destas são desenvolvidas desde cedo, ou seja, na infância ou na adolescência, pois é quando os valores e costumes das pessoas estão sendo desenvolvidos, temos um conjunto de qualidades empreendedoras descritas abaixo:

• Know How.

• O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o influencie.

• Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo e necessidade de realização.

• Tem perseverança e tenacidade.

• O fracasso é considerado em resultado como outro qualquer. O empreendedor aprende com resultados negativos, com os próprios erros.

• Tem grande energia. É trabalhador incansável. Ele é capaz de se dedicar intensamente ao trabalho e saber concentrar os seus esforços para alcançar resultados.

• Sabe fixar metas e alcança-las. Luta contra padrões impostos. Diferencia-se. Tem a capacidade de ocupar um espaço não ocupado por outro no mercado, descobrir nichos.

• Tem forte intuição. Como no esporte o que não importa não é o que se sabe, mas o que se faz.

• Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz.

• Cria situações para obter um feedback sobre o seu comportamento e sabe utilizar tais informações para seu aprimoramento.

2.1.1 TIPOS DE EMPREENDEDOR

Nesta fase do trabalho faz-se necessário compreender que quando analisamos determinado ramo de empreendimento, automaticamente estamos analisando o perfil do empreendedor que inovou o objeto do estudo. Neste caso podemos afirmar que a ciência e o mercado destacam oito tipos de empreendedores que são: Empreendedor Nato; O Empreendedor que aprende (inesperado); O empreendedor Serial (Cria Novos Negócios); O empreendedor Corporativo; Empreendedor Social; O Empreendedor por Necessidade; O empreendedor Herdeiro (Sucessão Familiar); O Empreendedor Normal (Planejado) (DORNELAS, 2001)

Ao analisarmos detalhadamente cada tipo de empreendedor é possível perceber que cada um possui conceitos e características próprias, sendo fácil identificar-los.

Empreendedor Nato: são os mais conhecidos em criar grandes negocios de sucesso. Esta característica surge ao longo de sua experiência de vida onde eles vêem uma oportunidade a ser explorada. Enquanto isso outros querem aproveitar o seu conhecimento adquirido em sua carreira profissional(DORNELAS, 2001).

O Empreendedor que aprende (inesperado): É uma pessoa que nunca na vida pensou em ser empreendedor e quando se esperava se deparou com uma oportunidade de negócio, e passou a tomara decisão de mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio próprio. Quando a tomada de decisão ocorre é quando alguém o convida para fazer parte de uma sociedade ou ainda quando ele próprio percebe que pode criar um negocio próprio (DORNELAS, 2001).

O empreendedor Serial (Cria Novos Negócios): este tem o prazer de saber empreender e criar novas oportunidades, é um empreendedor que não se contenta em criar um único negócio e ficar à frente dele, ele tem a capacidade de fazer uma grande corporação em vários negócios que cria, além de ser dinâmico, mas prefere os desafios e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma postura de executivo que sabe liderar com grandes equipes (DORNELAS, 2001).

O empreendedor Corporativo: são empreendedores que ficam mais em evidência, passam a ser grandes executivos com grande competência, tem a capacidade de gerenciar e ter conhecimento na área administrativa, eles trabalham de olho nos resultados para ter grandes resultados na área corporativa, gostam de assumir riscos, são comunicadores e vendedores de idéias, pois não gostam de ganhar pouco, são ambiciosos em ter metas ousadas para ganhar muito mais (DORNELAS, 2001).

Empreendedor Social: são empreendedores que possui diferença em se realizar vendo seus projetos trazerem resultados para os outros e não para si próprios. Tem a uma missão de vida em construir um mundo melhor para as pessoas, este é o único que não busca em desenvolver um patrimônio financeiro, ou seja, não tem a ambição de seus objetivos em ganhar dinheiro (DORNELAS, 2001).

O Empreendedor por Necessidade: é aquele que não tem alternativa de trabalho, não tem acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido, não o resta outra opção a não ser montar o seu próprio negocio, onde começa o seu trabalho informal, gerando pouco lucro para ele mesmo, crescendo o problema social para os países em desenvolvimento(DORNELAS, 2001).

O Empreendedor Herdeiro (Sucessão Familiar): este tem a missão desde cedo levar à frente o legado de sua família, por isso muitos impérios foram construídos nos últimos anos por famílias empreendedoras, que mostraram habilidade de passar o bastão a cada nova geração, chamados profissionalização da gestão de empresas familiares. Este tem o desafio de multiplicar o patrimônio recebido. Isso tem sido cada vez mais difícil porque alguns desses herdeiros não tem o mesmo pensamento de inovar. Por esse motivo fica difícil expandir um negocio de família (DORNELAS, 2001).

O Empreendedor Normal (Planejado): como sabemos o empreendedor busca minimizar riscos, pois se preocupa com os próximos passos do negócio onde ele mesmo já obtém uma visão de futuro clara e que trabalha em função de metas, justamente é o empreendedor aqui definido como o normal ou planejado. Então este é o empreendedor mais completo por ter um ponto de vista em definição de empreendedor bem sucedido (DORNELAS, 2001).

2.1.2 CONTEXTO ATUAL PARA O EMPREENDEDORISMO

Hoje em dia o mercado passa por um constante desenvolvimento e apresenta maiores oportunidades; Este cenário vem crescendo tanto que nunca foi tão favorável ao empreendedorismo ainda mais com essa nova chance de gerar produtos que são jogados no lixo se tornando recicláveis e que podem ser vendidos no mercado.

O empreendedorismo é ainda não é considerada uma ciência, embora seja uma das áreas onde mais se pesquisa e se publica. Isso quer dizer que ainda não existem paradigmas, padrões que possam nos garantir que, a partir de certas circunstâncias, haverá um empreendedor de sucesso. (DOLABELA, 1999, p.75).

Este novo ramo de empreender não é para qualquer pessoa que se diz empreendedor, como o autor Dolabela (1999) ressalta ser um empreendedor de sucesso tem que saber como o mercado está se comportamento perante a linha deste novo método que é a sustentabilidade, como será feita esse ramo? Como a sociedade pode interagir neste método? É assim que este empreendedor tem que pensar antes de abrir qualquer negocio. Nesse contexto Dejana (1989) ressalta que

Empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve de algum modo ser difundido pelo empreendedor ao saber receber e localizar as habilidades. (DEJANA, 1989, p. 63)

Mais Dejana (1989) vai além, o saber receber novas oportunidades, este empreendedor deve passar por um processo de dinâmica antes de chegar ao ponto, que se dá nas suas habilidades e dinamismo, mostrando o valor do seu próprio empreendimento.

Empreendedorismo “é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e esforços necessários, assumindo os riscos financeiros e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação econômica e pessoal” (HISRICH, 2004, p.29).

Como podemos perceber, saber criar algo diferente e dedicar tempo e esforço, para que esse tempo não seja algo desperdiçado temos que ter em mente que tudo que é novo pode sofrer risco, na administração todo o empreendimento tem seu risco, mais para que este não aconteça, temos que saber planejar e organizar, para que esta recompensa seja satisfatória com seus esforço.

2.2 EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL

O Empreendedorismo Sustentável é o Processo Empreendedor que vem em busca de oportunidades de Novos Negócios, contribuindo para a solução problema Econômico, Social e Ambiental no âmbito da sustentabilidade.

Analisando essa visão de Sustentabilidade e Empreendedorismo, que hoje passa a ter uma ligação, os empreendedores passam a ter uma visão mais ampla em seus negócios, buscando diversificar através da inovação incorporando os produtos no mercado.

O novo empresário tem seu foco na criação de valor econômico o empreendedorismo sustentável tem por ampliar. Este objetivo e vem englobar o desenvolvimento sustentável e seus benefícios sociais e ambientais este conceito do empreendedorismo sustentável tem por objetivo a identificação, a criação e a exploração de novos negócios que encontrem no desenvolvimento econômico, a solução de um problema ambiental e social e assim de forma que possamos entender o processo empreendedor estimular o desenvolvimento econômico com solução dos problemas ambientais e sociais.

Segundo Dornelas (2011), apesar de serem várias as definições sobre empreendedorismo, podemos notar que alguns aspectos sobre o empreendedor estão sempre presentes, como iniciativa e paixão pelo negócio, utilização criativa dos recursos disponíveis, aceitação de riscos e possibilidade de fracassar etc. Assim, podemos definir o empreendedor de maneira abrangente e ao mesmo tempo objetiva como aquele que faz acontecer, que se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. O discurso de que o empreendedorismo nasce com o indivíduo vem mudando cada vez mais. Acredita-se que o processo empreendedor possa ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso é decorrente de uma gama fatores internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as adversidades encontradas no dia a dia.

Vários conceitos podem analisar sobre empreendedorismo, com tudo é possível perceber entre estes conceitos certas semelhanças, como: a relação entre oportunidades e riscos; a inovação; a ousadia em investir no novo; paixão pelo negocio; a boa utilização de recursos disponíveis. Partindo deste preço postos é possível definir o empreendedor como sendo um ser: abrangente, objetivo, com uma visão holística e sistematizada e que possui como característica principal a flexibilidade para gerir seus negócios, sabendo analisar cenário de mercado projetando para o futuro. O empreendedor ele já nasce com o seu intelecto nesta área porem sendo adquirido ao longo dos dias até chegar na construção do seu empreendimento (DORNELAS, 2011).

Empreendedorismo sustentável vem discutir a evolução do conceito e a solução para problemas econômicos, ambientais e sociais que venha a constituir oportunidades de negócios sustentáveis em fatores que influenciam na identificação destas ocasiões pelos empreendedores na criação de novos empreendimentos.

Nós últimos anos a tecnologia vem proporcionar a humanidade um posicionamento virtuoso em áreas no conhecimento humano. A inovação e o empreendedorismo sustentável andam lado a lado, pois quem inova cria, e isso tem tudo haver com a efetividade empresarial sustentável.

Almeida (2002, p.82) coloca que:

[…] Cabe às empresas, de qualquer porte, mobilizar sua capacidade de empreender e de criar para descobrir novas formas de produzir bens e serviços que gerem mais qualidade de vida para mais gente, com menos quantidade de recursos naturais. […] A inovação, no caso, não é apenas tecnológica, mas também econômica, social, institucional e política […].

Frequentemente o conceito e a visão de inovação estão atrelados ao olhar do desenvolvimento que vem sendo oferecido com produtos e serviços, pois a inovação tem que está alicerçada em todo estratégia empresarial e não deve ser caracterizada e limitada.

2.3 SUSTENTABILIDADE

O termo sustentabilidade é relativamente antigo assim como o conceito. Trigueiro (2005, p.19) afirma que,

o conceito de sustentabilidade foi citado pela primeira vez no início da década de 1980 por Lester Brown, fundador do Wordwatch Institute, que definiu comunidade sustentável como a que é capaz de satisfazer às próprias necessidades sem reduzir as oportunidades das gerações futuras.

A sustentabilidade cada vez mais ganha mais seguidores e passa a ser discutida com maior efetividade nos últimos anos.

Segundo Lengler (2008, p. 19):

A partir da Conferência de Estocolmo, em 1972, o pensamento predominante da maioria das organizações, até então meramente econômico, voltou-se também para a questão social e ambiental. Assim, o que se observa é que a idéia ou enfoque do desenvolvimento sustentável adquire relevância num curto espaço de tempo, adquirindo um curto espaço de tempo, assumindo um caráter diretivo nos debates sobre os rumos do desenvolvimento.

O termo desenvolvimento sustentável como é possível analisar passa a ser discutido com maior interesse e de forma constante no mundo acadêmico e empresarial de trinta anos para cá. E de suma importância compreender que os motivos que levam estas discussões, serem cada vez mais freqüentes acontecerem os efeitos da destruição dos ecossistemas Naturais, a necessidade de buscar o crescimento econômico e a qualidade de vida digna a sociedade em geral; são forte pilares para embasar discussões com maior freqüência. Segundo Guimarães:

Sustentabilidade no âmbito sistêmico tem um principio de ação pela busca do desenvolvimento econômico juntamente com o a preservação do ecossistema, tem medidas alimentares visando à sobrevivência do planeta tanto no presente quanto no futuro, esse conceito vem sendo visado no Brasil com a capacidade de suportar uma ou mais condições por algo ou alguém, condições de processos para ações que objetivam atingir uma meta usando produtos ou sistemas. Nesse sentido Guimarães diz que: “ao buscar preencher suas necessidades o homem deve pensar em preservar a biodiversidade e ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência, provendo o melhor para si e para o ambiente” (GUIMARÃES, 1991, p. 102).

Sustentabilidade é um termorelativamente antigo, de origem no saber técnico da agricultura no século XX, e a palavra sustentável, originaria do latim sus-tenere, é usado em inglês desde 1920 (SUNKEL, 2001) no qual a sustentabilidade no meio ambiente esta recente, sendo discutido por autores de várias linhas de pensamento e formação acadêmicas. Este assunto passou a ser discutido por volta dos anos de 1980 e 1990, com a preocupação em decorrência ambiental. Em decorrência ao meio-ambiente esse processo de degradação vem se generalizando no meio de recursos naturais, tendo um crescimento econômico e populacional sendo ocorrido no século XX.

Segundo Starke (1991), o termo desenvolvimento sustentável surgiu pela primeira vez em 1980, no documento Estratégia de Conversão Mundial: conservação de recursos vivos para o desenvolvimento sustentável. Esse documento foi publicado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), pelo Fundo Mundial para Vida Selvagem (WWF) e pelo programa de Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

De acordo com esse documento: “para ser sustentável, o desenvolvimento precisa levar em conta fatores sócias e ecológicas, assim como econômicas; as bases de recursos vivos e não-vivos; as vantagem de ações alternativas, a longo e curto prazo” (STARKE, 1991, p. 9).

Com esse desenvolvimento põe em prática quando a Organização das Noções Unidas (ONU), e da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), vem expor esses documentos ressaltando a conceituação oficial e formal sobre o desenvolvimento sustentável no século XX, essa importância vem surgindo idéias de sustentabilidade para novos projetos de empreendedorismo, que aos poucos vem surgindo nas empresas que tem o pensamento sustentável.

O conceito de desenvolvimento sustentável adotado pelo IBGE (2004) é o mesmo da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da ONU (CSD, 2001), a saber:

Desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforça o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações futuras… é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.

O desenvolvimento sustentável é entendido como um processo no qual as restrições devem está relacionada com os recursos, com isso enfatizamos que, com esse crescimento sustentável temos que delinear limite com as possibilidades de crescimento, com a existência de interlocutores e participantes sociais.

Para Sen (2000), uma concepção adequada de desenvolvimento deve ir muito além de variáveis relacionadas à renda. O desenvolvimento deve estar relacionado, principalmente, com a melhoria de vida que levamos e das liberdades que desfrutamos.

A noção de sustentabilidade implica, portanto, uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de desenvolvimento (JACOBI, 1997).

Faz-se necessário compreender que a sustentabilidade possui três aspectos, base fundamental para sua consolidação que são grandes eixos: Ambiental, Social e Econômico.

A dimensão ambiental diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação ambiental, e está relacionada aos objetivos de preservação e conservação do meio ambiente, considerados fundamentais ao benefício das gerações futuras. (IBGE, 2004).

A dimensão social, segundo o IBGE (2004), corresponde especialmente, aos objetivos ligados à satisfação das necessidades humanas, à melhoria da qualidade de vida e à justiça social. Ou seja, procuram retratar a situação social, a distribuição da renda e as condições de vida da população, apontando o sentido de sua evolução recente.

A dimensão econômica trata do desempenho macroeconômico e financeiro e dos impactos no consumo de recursos materiais e uso de energia primária. É uma dimensão que se ocupa com os objetivos de eficiência dos processos produtivos, e com as alterações nas estruturas de consumo orientadas a uma reprodução econômica sustentável ao longo prazo. (IBGE, 2004).

A sustentabilidade passa a ter um critério básico, que vem estimular as responsabilidades éticas, na medida em que os aspectos extra-econômicos esteja relacionado com a justiça social e ética dos seres vivos.

Sobre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável vem chamar a atenção dos governos, empresas e universidades nos últimos anos. Essas coordenações vêm observando na muito tempo que a sustentabilidade não passa a ser um modismo organizacional mais sim um conjunto de ações isoladas que vem viabilizar a melhorar e a reputação das empresas ao contrário essas organizações estão tomando consciência de que a sustentabilidade é uma necessidade imposta pela sociedade, e passa a incorporar os seus conceitos e títulos na gestão de suas operações que vem permear a maioria dos seus métodos de negócios.

Observando uma preocupação de desenvolvimento sustentável vem a política de mudança sociopolítica que compromete o sistema ecológico, que passa a ajudar e sustentar a comunidade.

Hoje temos um confronto entre sustentabilidade e a sociedade, como colocar a sociedade na área da sustentabilidade, como fazer que essas pessoas possam contribuir ao meio ambiente, pois passa a ter a necessidade de multiplicar em praticas sócias o direto de acesso de informações, tais como a educação ambiental, com essa informação o papel analítico do poder público nos conteúdos educacionais, tem o possível quadro atual de degradação ambiental, que vem tratar do crescimento da consciência ambiental fortalecendo a sua co-responsabilidade na fiscalização de agentes de degradação ambiental.

A sustentabilidade significa sobrevivência, entendida como empreendimento humano e do planeta, Por isso, o desenvolvimento sustentável tende a planejar e a executar ações que sejam de governos ou de empresas, sejam locais, nacionais ou globais, levando em conta respectivamente as dimensões econômica, ambiental e social. Mercado, sociedade e recursos ambientais, estes passam a ser a chave para a boa governança do mundo sustentável.

Logo no inicio da década de 90, a sustentabilidade vem chamando a atenção nas empresas de forma maiores em discussão do que na prática, e hoje este cenário começa a sofrer alteração. Ao longo dos anos as empresas começam a se preocupar em fazer uma leitura sistêmica de negócios, tanto no âmbito a curto ou longo prazo, para poder chegar na questão de sustentabilidade vem a do negócio perante o governo, de modo geral, a questão processual, a operação em si, a inovação de produtos, matérias-primas e embalagens, a seleção de fornecedores e, também, a maneira que a embalagem ou até mesmo a composição do produto podem interferir mesmo depois de consumido. Percebe-se que essa questão tem que ser olhada por diversas perspectivas e usando diversos tipos de conhecimentos.

A sociedade de hoje tem sido mais participativa na questão de sustentabilidade, se os ambientalistas já davam em cima desses empreendedores na questão de desenvolvimento sustentável, o consumidor tem exigido muito mais, procurando e adquirindo produtos que possuam selo de qualidade, coleta seletiva entre outras praticas para melhor contribuir por um mundo mais sustentável. Podemos exemplificar tal exigência através de empresas que trabalham com embalagem ou sacolas retornáveis. Não adianta ser apenas um produto econômico, rentável e fantástico, se ele vai gerar um problema ambiental no futuro, a organização tem que se preocupar com a ida do produto e com a volta de sua embalagem.

Uma sociedade é sustentável, ao atender, simultaneamente, aos critérios de relevância social, prudência ecológica e viabilidade econômica, os três pilares do desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, “seguindo essa lógica que as empresas devem adotar políticas e práticas de sustentabilidade empresarial, procurando, a partir de então, incorporar estrategicamente aos negócios as dimensões – econômica, ambiental e social – do desenvolvimento sustentável” (SACHS, 2002, p.35).

Ainda neste contexto, encontramos uma oportunidade de as empresas fazerem dos mercados de baixa renda – inclusive, o da América Latina e do Brasil – uma possibilidade de expansão e criação de novos negócios (HART, 2006).

Visualizando o que ambos falam o mercado sustentável vem abrir oportunidades a pessoas que procuram uma maneira de ver o mundo diferente mais limpo e organizado, visualizando também o econômico que esses produtos reutilizados podem trazer para a nossa economia formal, benefícios para empresários que vão em busca de inovação e melhoria no seu rendimento salarial.

2.4 NOVA OPORTUNIDADES DE NEGOCIO SUSTENTÁVEL

Com o advento do desenvolvimento sustentável os empreendedores investem de forma criativa e inovando em novas oportunidades de negócios. Analisaremos neste item como o desenvolvimento que proporciona mudanças no setor empresarial e comercial, proporcionando um crescimento econômico.

Quando pensamos no desenvolvimento podemos perceber que ele deve ser encarado como uma mudança e transformação com ordem econômica, política e principalmente humana e social, com isto o desenvolvimento vem crescendo de incremento positivo no produto e renda, assim passamos a transformar e satisfazer as mais diversificadas necessidades do ser humano como: saúde, educação, habitação, transportes, alimentação, lazer, dentre outras coisas que temos a crescer e desenvolver no meio da sociedade.

Como podemos observar e perceber que o empreendedor sustentável tem que ter um foco na nova oportunidade de negócio, possuindo como objetivo de atender a satisfação e necessidades dos consumidores e do mercado, com isso os produtos produzido no que diz respeito à confecção que respeitem a fauna e flora, e no que tange a linha produtiva, com isso podemos transformar de uma maneira diferente essa forma de empreendimento.

Ao iniciar um empreendimento requer esforço e dedicação do empreendedor, pois cada pessoa tem a capacidade de produzir bens e serviços para melhor atender seus clientes e vendê-los num mercado para gerar recompensa financeira pelo seu esforço e tempo gasto de produção.

Todo negócio envolve necessariamente algum produto/serviço e, conseqüentemente, algum fornecedor e algum cliente; uma cadeia de entradas, processos e saídas; alguma produção e algum mercado; uma forma de satisfazer alguma necessidade do cliente ou responder a alguma oportunidade de mercado (CHIAVENATO, 2006, p. 22)

As oportunidades de negócios suscitados através do desenvolvimento sustentável surgem mediante a demanda de mercado por produtos denominado 100% (cem por cento) naturais. Com isso, esses produtos visam atender as necessidades dos consumidores nos mais diversos seguimentos e ao mercado que tem uma forma de satisfazer o cliente no que diz respeito à conservação dos recursos naturais de forma sustentável.

3. METODOLOGIA

A pesquisa que possui como tema, empreendedorismo sustentável: uma nova oportunidade de negócio, é um artigo caracteriza como sendo do tipo descritiva, com abordagem qualitativa, que realizou como procedimento para coleta de dados a pesquisa Bibliográfica e estudo de caso.

A pesquisa descritiva tem como objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno (GIL, 1999). Neste contexto foi descrito as características da população dos empreendedores e respectivamente o fenômeno desta nova tendência que é o Empreendedorismo Sustentável.

A pesquisa foi realizada e organizada levando em consideração as qualidades empreendedoras, o desenvolvimento sustentável e os beneficio do empreendimento sustentável, por este motivo caracteriza-se como sendo uma pesquisa qualitativa.

Como procedimento para coleta de dados foi realizado no primeiro momento a pesquisa Bibliográfica. Para que possa desenvolver a pesquisa utiliza-se de coleta de informações em livros, revistas, obras de referência e artigos.

“A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar, fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa em pauta. A pesquisa bibliográfica é a base para as demais pesquisas e pode-se dizer que é uma constante na vida de quem se propõe estudar” (FACHIN, 2001, p. 125).

Em que, consiste na busca através da literatura científica identificar os benefícios proporcionados pelo desenvolvimento sustentável para os empreendedores, a região e a sociedade em geral.

O segundo momento da coleta de dados foi o estudo de caso. Vale destacar que estudo de caso, conforme Yin (2001), é o método mais adequado quando o fenômeno de interesse não pode ser estudado fora do seu ambiente natural, não havendo a necessidade de manipulação de sujeitos ou eventos. Desse modo, um estudo de caso, feito com abordagem qualitativa, considerando que deve ser descrito e analisado, segundo as suas principais revelações, torna-se necessário e importante diante dos desafios de uma empresa que se mostra empreendedora.

Neste sentido, a pesquisa utilizou a empresa Riqueza da Amazônia, que serviu de lócus de pesquisa, oferecendo informações indispensáveis para elaboração deste trabalho.

O público alvo da pesquisa são as organizações que de forma empreendedora, utilizam o desenvolvimento sustentável como ferramenta para oportunizar novos empreendimentos, conforme a necessidade dos consumidores e do mercado, proporcionando o crescimento regional do município de Belém no estado do Pará.

4. EXEMPLO DE OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

No país inteiro, novos empreendimentos visando à sustentabilidade do planeta estão sendo criados para maior desenvolvimento econômico da região, visando a sustentabilidade; Muitos destes empreendimentos podem ser analisados e considerados de sucesso. Analisaremos detalhadamente uma oportunidade de negócio sustentáveis que existem no município de Belém no estado do Pará.

4.1 RIQUEZAS DA AMAZÔNIA LTDA

A loja Riquezas da Amazônia tem produtos de qualidade produzidos através da reciclagem, produtos estes, que estão sendo comercializado em um ponto estratégico na região de Belém-Pará, Estação das Docas. Assim podemos perceber o quanto esta empresa pensa na Sustentabilidade se importando com o homem e a evolução de seus valores, levando a Responsabilidade Social como principio básico no seu trabalho em meio a este imenso planeta e a Amazônia, assim podendo observar o homem fazendo a diferença.

Com esse seu método inovador, observamos que estes produtos que antes eram considerados lixo, hoje são transformados em produtos diferenciados como camisetas, brincos, colares, toalhas e outros, harmonizando a moda e o marketing em seus produtos conceituais, passando a ter uma descoberta do mundo moderno e um avanço da ciência humanista do século XXI. Aquele material que antes era caracterizado como lixo e que era jogado nas ruas hoje faz a diferença para muitas pessoas que procuram ganhar o seu próprio dinheiro inovando, assim como esta empresa tem feito ao longo do seu dia-a-dia, trazendo moda masculina, feminina, decoração e acessórios, enchendo os olhos de quem procura novidades no mercado consumidor.

A empresa Riquezas da Amazônia busca sua ampliação através do desenvolvimento sustentável não só visando o mercado interno, mas apostando na área de exportação, para melhor divulgar seus produtos, assim como está criando parcerias buscando inovação. Para que este crescimento possa acontecer ela está objetivo de alcançar o mercado no âmbito mundial e viabilizando a preservação da vida, do ser humano e do planeta.

No que diz respeito ao programa de recrutamento e seleção, as pessoas que trabalham nesta loja passam por processos de treinamento e capacitação, para melhor repassar aos seus clientes o que tem de bom em seus produtos, como é feito, a onde é feito e de que forma aquele produto chegou neste mercado. Esta empresa já está tão bem distribuída, que se encontra em algumas cidades como: Belém, Macapá, Maceió e Natal.

Enquanto isso as pessoas que passam se identificam e ficam maravilhadas com a peculiar maneira de se transformar uma garrafa pet em tecido, como uma simples lata pode se transformar em um arranjo, semente de furta como do açaí que não é utilizado se transformar em brinco, colar e pulseiras. Isso tem chamando atenção das pessoas que visitam a Riquezas da Amazônia, porém esses produtos depois de reciclados, eles tem um custo não muito barato, no qual identificamos o alto padrão das pessoas que se interessam por esses produtos.

Tabela 01: Matriz Wsot da empresa Riqueza da Amazônia

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
  • Localização do empreendimento;
  • Aproveitamento de pesquisa para viabilizar o estilo do comprador;
  • Programa de reutilização de produtos recicláveis;
  • Produtos inovadores.
  • Local pequeno para quantidade de produtos;
  • Não é para todo o tipo de classe;
  • Ambiente não climatizado;
  • Falta do marketing para melhor aprofundar os seus produtos.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
  • Demanda crescente dos mercados para ser desenvolvida através da internet;
  • Explosão de shoppings em Belém;
  • Expansão da estrutura e instalações em outros estados;
  • Utilização de produto diferenciado em relação aos concorrentes.
  • Custo de frete elevado;
  • Falta de (máquinas/ equipamentos/ peças de reposição);
  • Entrada de um novo competidor;
  • Guerra de preços.

Fonte: Própria dos autores baseada na pesquisa de campo.

Seus produtos de moda feminina e masculina são reciclados produzindo roupas extraída 50% da fibra da garrafa pet, e mais 50% do algodão, onde se junta e passa por um processo ate forma tecido gerando um valor ecológico inestimável, poupando a terra e trazendo a ele longevidade, gerando modelos de roupas bem feita através deste processo sustentável.

Possui também parte ecológica da onde são retiradas 100% da fibra do bambu para torna roupas bem agradáveis esta roupas possui uma propriedade térmica, antibacteriana tendo uma grande capacidade de absorção e evaporação, esta fibra é biodegradável que vem de plantações sustentáveis e renováveis, entre algumas pode renovar a cada 59 dias, e outras árvores só se reproduzem 20 anos.

Tem a parte e do algodão colorido conhecido por muitos anos na Amazônia Ocidental, sendo aperfeiçoada pela EMBRAPA, podendo render beneficio as famílias que possui o plantio de algodão, desenvolvendo cooperativas de artesãos, ajudando na sobrevivência e renda dessas famílias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o advento do Desenvolvimento Sustentável origina-se um novo paradigma ético e holístico da ação humana, que são os Empreendimentos Sustentáveis, isso permeia todas as pessoas e setores da sociedade, que passa necessariamente pelo re-posicionamento político estratégico e pela adoção de novas formas e práticas principalmente no setor empresarial.

Este novo enfoque para os empreendimentos sustentáveis exige uma ação conjunta e coordenada, contendo participação dos empreendedores, ou seja, das empresas e governos. Podemos perceber que a sustentabilidade já esta sendo não apenas discutida, porém vivenciadas no cotidiano de grande parte da população, procurando enxergar de maneira mais ampla o significado desta palavra.

Empreender no âmbito sustentável é ter uma visão ampla e futurística, para este mercado em potencial que é apresentado, hoje tudo pode ser reciclado basta ter idéias e aprimorar os conhecimentos, habilidade e atitudes, como é possível perceber ao longo do trabalho.

A empresa Riqueza da Amazônia ao reaproveita garrafas pet’s, que se tornariam lixo poluindo o meio ambiente e causando danos imensuráveis para o mundo e para a população em geral, em tecido, é sem sombra de duvida um inovação que agrega não apenas, benefícios e valores para o meio ambiente como gera crescimento econômico para a região.

No entanto cabe aos gestores ou empreendedores adotarem tal Empreendimento Sustentável em suas empresas, com intuito de: Permanecerem no mercado, em virtude da nova tendência que se instala; Acompanhar as novas exigências dos consumidores; Contribuir para a preservação do meio ambiente; Gerar novos empregos; Proporcionar o crescimento econômico da região e respectivamente o crescimento da empresa.

Como pode-se analisar as organizações que realizam o Empreendimento Sustentável geram grandes benefícios para sociedade em geral, ao estado, e para si próprias.

REFERENCIAS

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BARROS, Francisco Sávio de Oliveira ; FIÚSA, João Luis Alexandre ; IPIRANGA, Ana Silvia Rocha. O empreendedorismo como estratégia emergente de gestão: histórias de sucesso. Organizações & Sociedade. vol.12 no.33 Salvador Abril/Junho, 2005. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-92302005000200006> Acessado em: 28 de junho de 2011.

BOM ÂNGELO, Eduardo. O movimento empreendedor no Brasil. In. Britto, Francisco e Wever, Luiz. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 2ª ed. rev. e atualizada – São Paulo: Saraiva, 2006.

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FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GUIMARÃES, Roberto P. A assimetria dos interesses comparativos: América Latina e a agenda global do meio ambiente. In: LEIS, Héctor R. (org.). Ecologia e Política Mundial. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes, 1991.

HART, Stuart L. O capitalismo na encruzilhada: as inúmeras oportunidades de negócios na solução dos problemas mais difíceis do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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YIN, Robert K. Estudo de caso – planejamento e métodos. (2Ed.). Porto Alegre: Bookman. 2001.

[1] Graduado em Administração pela Faculdade de Belém- Fabel.

[2] Mestre em Ciência da Educação pela Universidad de Asuncion- UAA . Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Faculdade Faci. Graduado em Administração Comércio Exterior pelo Centro Universitário do Pará- CESUPA.

[3] Especialista em Administração Financeira e Analise de investimentos pela Fundação Getúlio Vargas- FGV. Graduado em ciência contábeis pela Universidade Federal do Pará – UFPA .

[4] Mestre em Economia pela Universidade Federal do Pará – UFPA. Especialista em Auditoria e controladoria pela Faculdade Faci. Graduada em Administração Comércio Exterior pelo Centro Universitário do Pará- CESUPA.

Recebido: Janeiro, 2018

Aprovado: Outubro, 2018

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Diego Ventura Magalhães

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