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Evidenciação da situação financeira, econômica e administrativa de uma empresa através da técnica de análise de balanço no auxílio da tomada de decisão

RC: 20433
327
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CONTEÚDO

BARBOSA, Kleber Mantovanelli [1], SILVA, Mário José [2]

BARBOSA, Kleber Mantovanelli. SILVA, Mário José. Evidenciação da situação financeira, econômica e administrativa de uma empresa através da técnica de análise de balanço no auxílio da tomada de decisão. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 09, Vol. 06, pp. 84-109 Setembro de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo demonstrar como a técnica de análise de balanços evidencia a situação financeira, econômica e administrativa de uma empresa e de que modo poderá auxiliar a tomada de decisão por parte dos gestores da empresa. Deste modo, para demonstrar tal técnica, utilizou-se informações obtidas através da publicação das demonstrações contábeis individuais em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 do relatório dos Auditores Independentes da empresa Lojas Renner, empresa de sociedade anônima do comércio varejista do Brasil. A finalidade da pesquisa é uma análise qualitativa dos indicadores financeiros, econômicos e administrativos, quanto aos procedimentos, à pesquisa é bibliográfica, quanto à metodologia é qualitativa. Analisou os indicadores financeiros, econômicos e administrativos, bem como, verificou os indicadores econômicos, financeiros e administrativos, dos anos de 2016, 2015 e 2014, coletados através das informações retiradas das demonstrações contábeis individuais publicadas pela empresa.

PALAVRAS-CHAVES: Análise de Balanços, Quocientes, Tomada de Decisão, Liquidez, Rentabilidade.

INTRODUÇÃO

A expressão Análise de Balanços” deve ser entendida em sentido amplo, incluindo as principais demonstrações adicionais que sejam necessárias. É necessário estar atentos ao fato de que a Análise de Balanços é uma arte, pois não existe um roteiro padronizado que leve sempre às mesmas conclusões, dentro das mesmas circunstâncias. Adicionalmente, a análise de balanços, pela sua natureza financeira, apresenta limitações, as quais serão sempre lembradas.

Segundo Assaf Neto,

na análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa (2002 p. 48).

Alguns administradores chegam a admitir que a mesma devesse montar um verdadeiro sistema de informação, não somente no que se refere aos concorrentes, mas também no que se refere a todos os grupos de pessoas e interesses externos à empresa que possam ter ou vir a ter influência sobre a empresa em virtude de mudanças em suas orientações e comportamentos.

Os principais objetivos da Análise de Balanços poderiam ser assim resumidos:

  1. Conhecer quem utiliza os índices financeiros e como o faz.
  2. Analisar a liquidez e a eficiência de uma empresa usando índices financeiros.
  3. Discutir a relação entre endividamento e alavancagem financeira, juntamente com os índices utilizados para analisar o endividamento de uma empresa.
  4. Analisar a rentabilidade e o valor de mercado de uma empresa utilizando índices financeiros.

Foi no final do século XIX que os banqueiros americanos começaram a solicitar os primeiros balanços patrimoniais as empresas que desejavam contrair empréstimos. É prática relativamente comum o banqueiro analisar o relacionamento entre os valores a receber e os valores a pagar de cada empreendimento a fim de determinar com mais base o risco envolvido em conceder empréstimos à empresa. A abertura de capital por parte das empresas possibilitando a participação de pequenos e grandes investidores como acionistas, leva por parte dos investidores a escolha de empresas mais bem-sucedidas, tornando-se a análise de balanços um instrumento de grande valia para tomada de decisão. Por um lado, a análise de balanço é importante para os credores, investidores em gerais, agências governamentais, acionistas, dentre outros, ela não é menos necessária para a gerência. Para a gerência, a análise de balanço faz mais sentido quando, além de sua função de informar o posicionamento relativo e a evolução de vários grupos contábeis, também serve como um painel de controle para os administradores.

Portanto, a análise de Balanço é uma ferramenta importantíssima no auxílio da tomada de decisão, deste modo, oferece um diagnóstico sobre a real situação econômica, financeira e administrativa da organização, utilizando relatórios gerados pela Contabilidade e outras informações necessárias à análise, relacionando-se prioritariamente a utilização por parte de terceiros. Sendo assim, Como a análise de Balanços poderá através da análise de indicadores, auxiliar o administrador na tomada de decisão?

Deste modo, o presente artigo tem como objetivo demonstrar como a técnica de análise de balanços evidencia a situação financeira, econômica e administrativa de uma empresa e de que modo poderá auxiliar a tomada de decisão por parte dos gestores da empresa. Deste modo, para demonstrar tal técnica, utiliza-se informações obtidas através da publicação das demonstrações contábeis individuais em 31 de dezembro de 2015 e 2016 do relatório dos Auditores Independentes da empresa Lojas Renner, uma empresa varejista do Brasil. De modo específico pretende: i analisar os indicadores financeiros, econômicos e administrativos, dos anos de 2016, 2015 e 2014, coletados através das informações retiradas das demonstrações contábeis individuais publicadas pela empresa; ii verificar os indicadores econômicos, financeiros e administrativos, dos anos de 2016, 2015 e 2014, coletados através das informações retiradas das demonstrações contábeis individuais publicadas pela empresa.

O artigo estrutura-se em referencial teórico sobre análise de balanços; em seguida, explicita-se o referencial metodológico, bem como os resultados e as considerações. Por último, resumem-se as principais conclusões do trabalho.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As demonstrações financeiras ou contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após, a classificação e o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período. As Demonstrações Contábeis são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, pela administração de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas.

De acordo com Ribeiro,

demonstração financeira ou contábeis são relatórios elaborados com base na escrituração mercantil mantida pela empresa, com a finalidade de apresentar aos diversos usuários informações principalmente de natureza econômica e financeira, relativas à gestão do Patrimônio ocorrida durante um exercício social (2009 p. 37).

As demonstrações contábeis servirão para expressar a situação patrimonial da empresa, devendo auxiliar os diversos usuários no processo de tomada de decisão. Devem obedecer aos critérios e formas expostos na Lei 11.941/09, onde estão estabelecidas quais as demonstrações que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não.

O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil estática, pois, evidenciam a situação patrimonial da empresa na data de sua elaboração, dele serão extraídas as informações sobre a situação financeira da empresa.

De acordo com Matarazzo,

é a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa – Ativo -, assim como as obrigações – Passivo Exigível – em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente (2010 p. 26).

O Balanço Patrimonial é constituído pelos grupos do ativo e passivo, no ativo as contas serão expostas por ordem de liquidez, ou seja, o que for mais fácil de se converter em dinheiro, vem primeiro. No passivo as contas serão expostas por ordem de exigibilidade, ou seja, o que tiver previsões de vencimentos mais imediatos vem primeiro.

Entre os objetivos da Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09, além de alterar artigos da Lei nº 6.404/76 é de atualizá-la ao mundo de negócios, com isso, a Legislação brasileira busca uma maior transparência às atividades empresariais brasileiras, além de visar à inserção total das companhias abertas brasileiras no processo de convergência contábil internacional.

Alguns dos principais avanços das Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09, em termos de práticas contábeis é a adequação do Balanço Patrimonial a estrutura internacional.

De acordo com Matarazzo,

é interessante observar que certos procedimentos contábeis previstos na Lei nº 6.404/76, que não foram substancialmente alterados pelas novas Leis (11.638 e 11.941) são uma herança negativa de Lei anterior, criam confusões e desinformações, principalmente entre leigos e, não raro, mesmo entre técnicos (2010 p. 46).

Estrutura do Balanço Patrimonial segundo as Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09:

Figura 01 – Estrutura do Balanço Patrimonial

ATIVO

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

Realizável a Longo Prazo

Investimento

Imobilizados

Intangíveis

PASSIVO

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

Fonte: Adaptação da Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09

Segundo Ribeiro (2009 p. 56), “a Demonstração de Resultados de Exercícios (DRE) é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da Entidade”.

A DRE é uma demonstração contábil dinâmica, pois acumula valores de todo período, é composto por contas de caráter transitório, ou seja, contas de receitas e despesas. Essa demonstração consiste num confronto entre receitas e despesas, se as receitas foram maiores, o resultado será lucro, ao passo que se as despesas foram maiores o resultado será o prejuízo. Por tanto, a DRE mostra a situação econômica da empresa, ou seja, capacidade de gerar lucros, enquanto o Balanço Patrimonial demonstra a situação financeira da empresa, ou seja, capacidade de pagamento, a DRE deverá ser apresentada juntamente com o Balanço Patrimonial.

A representação gráfica da DRE:

Figura 02 – Estrutura da Demonstração de Resultados de Exercícios – DRE

RECEITA BRUTA OPERACIONAL

(+) Vendas de Produtos e Serviços

(-) Vendas Canceladas

Deduções da

Receita Bruta

(–) Descontos Concedidos

(-) Impostos incidentes sobre vendas (Pis, Cofins, Iss, Icms, IPI)

(=) Receita Líquida operacional

(-) CMV (Custo de Mercadorias Vendidas)

(=) Lucro Bruto Operacional

DESPESAS OPERACIONAIS

(-) Despesas Administrativas

(-) Despesas Financeiras

(-) Despesas com Impostos e Taxas

(-) Despesas de Depreciação

(-) Despesas Diversas

(=) Lucro Líquido Operacional

RESULTADOS EVENTUAIS

(+) Receitas Eventuais

(-) Despesas Eventuais

(=) Lucro Antes da Contribuição Social Sobre Lucro (CSSL)

(-) Contribuição Social Sobre o Lucro (CSSL)

(=) Lucro Antes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

(-) Previsão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

(=) Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício

Fonte: Adaptação das Leis 6.404/76. Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09

Segundo Iudícibus,

considera que a análise de balanços é uma arte, pois, embora alguns cálculos razoavelmente formalizados, não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar os índices de maneira a obter um diagnóstico preciso. Ou, melhor dizendo, cada analista poderia, com o mesmo conjunto de informações e de quocientes, chegar a conclusões ligeiras ou até completamente diferenciadas. É provável, todavia, que dois analistas experimentados, conhecendo igualmente bem o ramo de atividade da empresa, cheguem a conclusões bastante parecidas (mas nunca idênticas) sobre a situação atual da empresa, embora quase sempre apontariam tendências diferentes, pelo menos em grau, para o empreendimento (1998 p. 21).

O objetivo da análise de balanço é demonstrar que no contexto operacional a avaliação é constituída de análises específicas, demonstrando a situação financeira, econômica e administrativa da empresa, tendo como referência as comparações das demonstrações contábeis.

Neste sentido, Dias filho (20120, procurou demonstrar em que medida a teoria semiótica pode contribuir para a formulação de diagnósticos mais qualificados sobre a situação econômico-financeira das entidades. Entendeu que, num processo de intermediação financeira, o analista deve procurar desvendar o verdadeiro significado dos números, ler nas entrelinhas e, principalmente, fazer os questionamentos mais relevantes. Deve, enfim, olhar para as demonstrações contábeis e procurar enxergar nelas a essência dos eventos econômicos que buscam representar. Isso implicar analisar as informações contábeis sob os aspectos sintático, semântico e pragmático. Como a Semiótica estudou todas as linguagens sob tais dimensões e considerando ser a Contabilidade uma espécie de linguagem, sugere-se que o conhecimento semiótico pode contribuir para aprimorar procedimentos de análise de balanços.

Analise de balanço baseia-se nas demonstrações financeiras, que fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com as regras contábeis. Transformando esses dados em informações, sendo de extremo significado para as várias partes interessadas, ou seja, quando mais confiáveis são essas informações, melhores tomadas de decisões podem ocorrer.

METODOLOGIA

Com embasamento nos conhecimentos teóricos abordados nos itens anteriores, apresenta-se a metodologia por meio da qual a investigação foi realizada. A finalidade da pesquisa é demonstrar a técnica de análise de balanços, através de indicadores obtidos das demonstrações contábeis, bem como, a importância da análise de balanços para a tomada de decisão através da análise de indicadores, econômicos, financeiros e administrativos de uma empresa. Deste modo, para demonstrar tal técnica, utilizou-se informações obtidas através da publicação das demonstrações contábeis individuais em 31 de dezembro de 2015 e 2016 do relatório dos Auditores Independentes da Lojas Renner, uma empresa varejista do Brasil, uma vez que tem como objetivo contribuir para fins práticos, ou seja, espera-se contribuir para a sociedade empresarial, profissional e acadêmica com um assunto relevante e pouco discutido entre os profissionais da área de gestão.

Quanto aos objetivos, utilizou-se a pesquisa explicativa, uma vez que teve como objetivo demostrar a importância da análise de balanços para a tomada de decisão. A pesquisa explicativa tem o intuito de aprofundar a realidade dos conhecimentos, explicando a razão e o porquê das coisas. A investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível justificar lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno”. (Vergara, 2005, p.47)

Quanto aos procedimentos, o método utilizado foi a pesquisa bibliográfica para fundamentar teoricamente o trabalho, por meio das fontes secundárias, ou seja, livros, artigos científicos, revistas especializadas, dissertações, periódicos e formulário da internet.

Quanto à metodologia, a pesquisa foi qualitativa para analisar os indicadores financeiros, econômicos e administrativos, dos anos de 2016 e 2015, coletados através das informações retiradas das demonstrações contábeis individuais publicadas pela empresa, bem como, verificar os indicadores econômicos, financeiros e administrativos, dos anos de 2016 e 2015, coletados através das informações retiradas das demonstrações contábeis individuais publicadas pela empresa.

Quanto a coleta de dados, os dados coletados, foram retirados da publicação anual das demonstrações contábeis individuais e consolidas dos anos de 2016 e 2015, onde serão coletados os dados dos anos de 2014, 2015 e 2016 para verificar a situação econômica, financeira e administrativa, da empresa Renner do ano de 2015 e 2016. Pois, pretende-se demonstrar como a técnica de análise de balanço e a utilização dos indicadores e quocientes obtidos através das demonstrações contábeis, pode ser útil no auxílio da tomada de decisão de uma forma simples e muito útil para o administrador.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao fim de cada exercício social, a diretoria da S/A fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício, de acordo com as Lei no 6.404/76, Lei no 11.638/07 e Lei no 11.941/09, as demonstrações obrigatórias são:

I – Balanço Patrimonial;

II – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados-DLPA;

III – Demonstração do Resultado do Exercício – DRE; e

IV – Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC; e

V – Caso a companhia for de capital aberto, deverá publicar a Demonstração do Valor Adicionado – DVA.

As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, bem como, poderão ser feitas adotando-se como expressão monetária o milhar de reais.

Portanto, conforme divulgação das demonstrações contábeis individuais publicadas pela empresa Lojas Renner no ano de 2015 e 2016, apresenta-se o Balan

ANÁLISE FINANCEIRA

A análise financeira por quociente é um dos mais importantes desenvolvimentos da contabilidade.

Segundo Iudícibus,

o uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornece algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro (1998 p. 98).

Principais quocientes de liquidez e endividamentos:

  1. Liquidez Imediata: Este quociente representa o valor de quanto à empresa dispõe imediatamente em dinheiro para saldar suas dívidas em curto prazo.

Liquidez Imediata:

Liquidez Imediata 2014: = 0,48

Liquidez Imediata 2015: = 0,36

Liquidez Imediata 2016: = 0,33

Demonstra que para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa possui de dinheiro em 2014 R$ 0,48, em 2015 R$ 0,36 e 2016 R$ 0,33, para estar saldando suas dívidas de curto prazo imediatamente. Portanto, a empresa teve uma queda significativa de 25,00% de 2015 em relação a 2014 e de 8,33% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, não se deve deixar de dizer que os valores são imediatos para o pagamento, ou seja, já é dinheiro, não se deve ter como base para uma análise mais profunda da situação de solvência ou não, pois trabalha com os valores disponíveis imediatos.

2. Liquidez corrente: Este quociente relaciona quantos reais à empresa dispõe imediatamente disponíveis e conversíveis em dinheiro, para estar pagando suas dívidas em curto prazo.

Liquidez corrente =

Portanto, o indicador de liquidez corrente do ano de 2015 e 2016 da empresa são:

Liquidez corrente 2014 = = 1,52

Liquidez corrente 2015 = = 1,39

Liquidez corrente 2016 = = 1,20

Demonstra que para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo a empresa possui de dinheiro ou valores a serem transformados em dinheiro em 2014 R$ 1,52, em 2015 R$ 1,39 e 2016 R$ 1,20, para estar saldando suas dívidas de curto. Portanto, a empresa teve uma queda significativa de 8,55% de 2015 em relação a 2014 e de 13,67% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, percebe-se que a empresa possui uma situação de solvência positiva nos anos de 2014 a 2016, mas deve ter cuidado, pois, está tendo uma grande queda nos últimos anos.

3. Liquidez Seca: Este quociente é uma variável muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques, estará eliminando uma fonte de incertezas, quanto maior o índice melhor é para a empresa.

Liquidez seca =

Liquidez seca 2014 = = 1,16

Liquidez seca 2015 = = 1,07

Liquidez seca 2016 = = 0,89

Demonstra que para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo a empresa possui de dinheiro ou valores a serem transformados em dinheiro em 2014 R$ 1,16, em 2015 R$ 1,07 e 2016 R$ 0,89, para estar saldando suas dívidas de curto. Portanto, a empresa teve uma queda significativa de 7,76% de 2015 em relação a 2014 e de 16,82% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, percebe-se que a empresa possui uma situação de solvência positiva nos anos de 2014 e 2015 e no ano 2016 a empresa já não teria como saldar suas dívidas, pois necessitaria de R$ 0,11 a mais para estar pagando suas dívidas, deste modo, considerando que a retirada de uma incerteza que foram os estoques, é importante a empresa organizar-se, pois como a liquidez correte a liquidez seca demonstra que está tendo uma grande queda nos últimos anos.

4. Liquidez Geral: Este quociente serve para detectar a saúde financeira da empresa, mostra se empresa tem condições de estar pagando suas dívidas tanto a curto como em longo prazo.

Liquidez Geral =

Liquidez Geral 2014 = = 1,03

Liquidez Geral 2015 = = 1,07

Liquidez Geral 2016 = = 1,12

Demonstra que para cada R$ 1,00 de dívidas de curto e de longo prazo, a empresa possui de dinheiro ou valores a serem transformados em dinheiro em 2014 R$ 0,03, em 2015 R$ 0,07 e 2016 R$ 0,12, para estar saldando suas dívidas de curto e de longo prazo. Portanto, a empresa teve um aumento de 3,88% de 2015 em relação a 2014 e de 4,67% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, percebe-se que a empresa possui uma situação de solvência positiva nos anos de 2014 a 2016 para estar saldando suas dívidas, deste modo, percebe-se que a longo prazo a empresa está em uma situação de solvência positiva.

Os quocientes de composição do endividamento são tão importantes como os quocientes de liquidez. O endividamento em curto prazo normalmente é utilizado para financiar o ativo circulante, enquanto que o endividamento em longo prazo normalmente é utilizado para financiar o Permanente da empresa.

Segundo Marion,

a proporção favorável seria de maior participação de dividas a Longo Prazo, proporcionando à empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos. Expansão e modernização devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo e não pelo Passivo Circulante, pois os recursos a serem gerados pela expansão e modernização virão a Longo Prazo (2010 p.94).

5. Participação de capitais de terceiros sobre recursos totais – PCTSRT: Este quociente expressa a porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais, ou seja, a porcentagem do ativo total financiado com recursos de terceiros.

PCTSRT =

Onde:

  • Capital de Terceiros = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
  • Capital Próprio = Patrimônio Líquido

PCTSRT 2014= = 57,46%

PCTSRT 2015= = 51,85%

PCTSRT 2016= = 49,97%

Demonstra que para cada R$ 1,00 de recursos totais, a empresa possui no ano de 2014 57,46%, em 2015 51,85% e em 2016 49,97% de recursos de capitais de terceiros que financiam a empresa. Portanto, a empresa teve uma diminuição de 9,76% de 2015 em relação a 2014 e de 3,63% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, percebe-se que a empresa está diminuindo sua participação de capital de terceiros em relação aos recursos totais.

6. Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros – GCPCT: Este quociente expressa em valores a garantia ao capital de terceiros oferecido pelo capital próprio.

GCPCT =

GCPCT 2014 = = 74,03%

GCPCT 2015 = = 92,85%

GCPCT 2016 = = 100,14%

Demonstra que para cada R$ 1,00 de recursos de terceiros, a empresa possui no ano de 2014 74,03%, em 2015 92,85% e em 2016 100,14% de recursos próprios que garantem os recursos de capitais de terceiros. Portanto, a empresa teve um aumento de 25,42% de 2015 em relação a 2014 e de 7,85% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, percebe-se que a empresa está aumentando sua participação de capital próprio em relação a de capitais de terceiros.

7. Composição do Endividamento – CE: Este quociente expressa a composição do endividamento total ou qual a parcela que se vence a curto prazo, no endividamento total.

CE =

CE 2014= = 59,57%

CE 2015= = 67,05%

CE 2015= = 80,97%

Demonstra que para cada R$ 1,00 de dívidas de curto e de longo prazo (recursos de terceiros), a empresa possui no ano de 2014 59,57%, em 2015 67,05% e em 2016 80,97% de dívidas de curtos prazo. Portanto, a empresa teve um aumento de 12,56% de 2015 em relação a 2014 e de 20,76% de 2016 em relação a 2015. Deste modo, percebe-se que a empresa está aumentando sua participação de dívidas de curto prazo em relação as suas dívidas de longo prazo, é importante verificar, pois é importante a empresa ter uma maior participação de dívidas de longo prazo, uma vez que dará uma maior folga em seu fluxo de caixa, portanto, quanto maior as dívidas de longo prazo, melhor para a empresa.

ANÁLISE ECONÔMICA

Para expressar a rentabilidade adequada de um empreendimento não é uma tarefa fácil. De maneira geral, deve-se relacionar o lucro com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para analisar se à empresa saiu-se bem em determinado período.

Segundo Marion,

a combinação de itens do Ativo é que gera Receita para a empresa. Na verdade, o Ativo significa investimentos realizados pela empresa a fim de obter Receita e, por conseguinte, Lucro. Assim podemos obter a Taxa de Retorno sobre investimentos. Isso representa o poder de ganho da empresa: quanto ela ganhou por real investido (2010 p. 129).

1. Taxa de Retorno Sobre Investimentos – TRI (Do ponto de vista da empresa): Este quociente expressa o poder de ganho da empresa, ou seja, para cada real investido terá um retorno de X reais.

TRI =

TRI 2014= = 0,11 x 100 = 11%

TRI 2015= = 0,12 x 100 = 12%

TRI 2016= = 0,12 x 100 = 12%

Para cada R$ 1,00 investido pela empresa, haverá um ganho em 2014 de R$ 0,11, em 2015 R$ 0,12 e em 2016 R$ 0,12 de reais, deste modo, em média em 2014 será 9,09 anos, em 2015 e de 2016 de 8,33 anos para recuperar o seu investimento. Portanto, pode-se verificar que houve uma melhoria de 9,09% na taxa de retorno de 2015 em relação a 2014, porém mostrou-se estável de 2016 em relação a 2015.

2. Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido – TRPL (Do ponto de vista dos proprietários): Este quociente expressa o poder de ganho dos proprietários, ou seja, para cada real investido terá um retorno de X reais.

TRPL = x 100

TRPL 2014 = x 100 = 0,25 x 100 = 25%

TRPL 2015 = x 100 = 0,25 x 100 = 25%

TRPL 2016 = x 100 = 0,24 x 100 = 24%

Para cada R$ 1,00 investido pelo proprietário, haverá um ganho em 2014 de R$ 0,25, em 2015 R$ 0,25 e em 2016 R$ 0,24 de reais, deste modo, em média em 2014 será 4,00 anos e 2015, e em 2016 de 4,17 anos para recuperar seu investimento. Portanto, pode-se verificar que ficou estável de 2015 em relação a 2014 e uma diminuição de 4,00% de 2016 em relação a 2015.

3. Margem Bruta – MB: Este quociente expressa quanto à empresa obtém de lucro bruto para cada real de vendas líquidas. Devendo remunerar as despesas operacionais e gerar lucro.

MB =

MB 2014 = = 0,58

MB 2015 = = 0,58

MB 2016 = = 0,58

Determina que para cada R$ 1,00 real vendido pela a empresa, haverá um ganho nos anos de 2014, 2015 e 2016 de R$ 0,58, que irão remunerar as despesas operacionais e o ganho dos acionistas. Portanto, percebe-se que houve uma estabilidade no ganho da margem bruta.

4. Margem Operacional – MO: Este quociente expressa quanto à empresa obtém de lucro operacional para cada real de vendas líquidas. Devendo gerar Lucro.

MO =

MO 2014 = = 0,17

MO 2015 = = 0,16

MO 2016 = = 0,17

Determina que para cada R$ 1,00 real vendido pela a empresa, haverá um ganho nos anos de 2014 de R$ 0,17, em 2015 de R$ 0,16 e 2016 de R$ 0,17, que irão remunerar a contribuição e o imposto de renda, bem como o ganho dos acionistas. Portanto, percebe-se que houve uma pequena diminuição de 5,88% de 2015 em relação ao ano de 2014 e um aumento de 6,25% de 2016 em relação ao ano de 2015 de ganho da margem operacional.

5. Margem Líquida – ML: Este quociente expressa quanto à empresa obtém de lucro líquido para cada real de vendas líquidas, já descontadas todas as despesas e custos.

ML =

ML2014 = = 0,10

ML2015 = = 0,10

ML2016 = = 0,11

Determina que para cada R$ 1,00 real vendido pela a empresa, haverá um ganho nos anos de 2014 e 2015 de R$ 0,10 e 2016 de R$ 0,11, de ganho líquido. Portanto, percebe-se que houve uma estabilidade nos anos de 2014 e 2015, porém no ano de 2016 houve um aumento de 10% em relação ao ano de 2015 de ganho líquido, portanto a empresa teve uma lucratividade de aproximadamente 11%.

6. Rentabilidade do Capital Próprio – RCP: Este quociente expressa quanto rende o capital aplicado na empresa pelos proprietários, ou seja, mostra a porcentagem sobre o capital médio investido pelos acionistas.

RCP =

Onde:

SMPL =

RCP 2015 = = 0,28

RCP 2016 = = 0,25

Determina que para cada R$ 1,00 real investido como capital próprio, haverá um ganho em 2015 de R$ 0,28 e em 2016 de R$ 0,25, deste modo, em média em 2015 será 3,57 anos e em 2016 de 4,0 anos para recuperar seu investimento. Portanto, percebe-se que houve uma diminuição de 10,17% de 2016 em relação ao ano de 2015.

ANÁLISE ADMINISTRATIVA

Os índices de atividades medem a rapidez com a quais várias contas são convertidas em vendas ou em caixa – entradas ou saídas de caixa. Com relação às contas circulantes, as medidas de liquidez em geral são inadequadas, porque as diferenças na composição de ativos circulantes e passivos circulantes de uma empresa podem afetar significativamente sua “verdadeira” liquidez.

De acordo com Matarazzo,

uma das descobertas mais interessantes da Análise de Balanços é a de que, através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados, por exemplo, quantos dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicatas (2010 p. 260).

Há inúmeros índices para medir a atividade das contas circulantes mais importantes, que incluem estoques, contas a receber e contas a pagar. A eficiência com quais os ativos totais são usados pode ainda ser avaliada.

1. Prazo Médio de Renovação de Estoques – PMRE: Este quociente demonstra a idade média dos estoques. É indica em média quantos dias à empresa leva para vender os seus estoques.

PMRE =

Onde:

Estoques Médios =

PMRE 2015 = ≈ 23 dias

PMRE 2016 = ≈ 25 dias

A empresa leva aproximadamente em 2015 23 dias e em 2016 25 dias aproximadamente para renovar seus estoques. Portanto demonstra que houve um aumento de 8,70% de 2016 em relação ao ano de 2015, sendo prejudicial para empresa, pois, quanto mais rápido ela conseguir vender seus estoques, melhor será para a empresa.

2. Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV: Este quociente demonstra a idade média das contas a receber, é útil para avaliar as políticas de crédito e de cobrança. Indica em média quantos dias à empresa leva para receber suas vendas.

PMRV =

Onde:

Vendas médias por dia =

PMRV 2014 = ≈ 69 dias

PMRV 2015 = ≈ 65 dias

PMRV 2016 = ≈ 66 dias

A empresa leva em 2014 de 69 dias, em 2015 de 65 dias e em 2016 de 66 dias aproximadamente para receber suas vendas. Portanto, houve uma diminuição de 5,80% de 2015 em relação ao ano de 2014, sendo positivo para a empresa, pois estará recebendo com mais rapidez e um aumento de 1,54% de 2016 em relação ao ano de 2015.

3. Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC: Este quociente demonstra a idade média das contas a pagar. Indica em média quantos dias a empresa leva para pagar suas compras.

PMPC =

Onde:

Compras: Custo de Mercadorias Vendidas + Estoque Final – Estoque Inicial

Compras médias por dia =

PMPC 2015 = ≈ 75 dias

PMPC 2016 = ≈ 86 dias

A empresa leva em 2015 de 75 dias e em 2016 de 86 dias aproximadamente para estar pagando seus fornecedores. Portanto houve um aumento de 14,67% de 2016 em relação ao ano de 2015, sendo positivo para empresa, pois aumenta a participação de seus fornecedores no financiamento seus clientes.

4. Giro de Estoque GE: O quociente mede comumente a atividade, ou a liquidez, do estoque de uma empresa.

GE =

GE 2014 = = 3,78 vezes

GE 2015 = = 4,36 vezes

GE 2016 = = 3,63 vezes

A empresa gira em 2014 em 3,78 vezes, 2015 em 4,36 vezes e em 2016 de 3,63 vezes seus estoques. Portanto houve um aumento em 2015 de 15,34% em relação ao ano de 2014, sendo positivo para a empresa, uma vez que conseguiu adquirir mercadorias com um preço mais competitivo e em 2016 houve uma diminuição de 16,74% em relação ao ano de 2015.

5. Ciclo Operacional – CO: Este quociente indica o tempo decorrido entre o momento de aquisição das matérias-primas ou mercadorias pelas empresas e o momento em que recebe o dinheiro relativo às suas vendas. Trata-se, de um período (médio) em que são investidos recursos nas operações sem que ocorram as entradas de caixa correspondentes. Parte desse capital de giro é financiada pelos fornecedores que concederam prazo para pagamento.

CO = Prazo médio de Renovação de Estoques + Prazo médio de Recebimento

CO 2015 = 23 + 65 = 88 dias

CO 2016 = 25 + 66 = 91 dias

A empresa teve em 2015 um ciclo operacional de 88 dias e em 2016 de 91 dias, ou seja, é o tempo decorrido entre o momento de aquisição das mercadorias pelas empresas e até o momento em que ela recebeu o dinheiro relativo às suas vendas. Portanto, houve um aumento em 2016 de 3,41% em relação ao ano de 2015.

6. Giro de Caixa – GC: Este quociente indica o número de vezes por ano que o caixa de uma organização gira. Quanto maior o indicador, mais eficiente é a empresa na gestão do seu caixa e vice-versa, ou seja, mais vezes a empresa conseguiu girar suas vendas pelo ciclo operacional.

Giro de caixa:

Giro de caixa 2015: = 4,09 vezes

Giro de caixa 2016: = 3,96 vezes

A empresa obteve em 2015 um giro de caixa de 4,09 vezes e em 2016 de 3,96 vezes. Portanto houve uma diminuição de 3,18%, ou seja, tornou-se menos eficiente em 2016 em relação ao ano de 2015.

7. Ciclo Financeiro (CF) ou Ciclo de Caixa: Este quociente expressa o tempo decorrido entre o pagamento aos fornecedores pelas mercadorias adquiridas e o recebimento pelas vendas efetuadas. É o período em que a empresa necessita ou não de financiamento complementar do seu ciclo operacional.

CF: Ciclo Operacional – Prazo médio de Pagamento

CF 2015: 88 dias – 75 dias = 13 dias

CF 2016: 91 dias – 86 dias = 5 dias

A empresa obteve em 2015 um ciclo financeiro de 13 dias e em 2016 de 5 dias, significa que a empresa no ano de 2015 está financiado seus clientes em 13 dias e em 2016 está financiando seus clientes em 5 dias. Portanto, caso o ciclo financeiro fosse negativo, significaria que o seu fornecedor estaria financiando todas as compras de seus clientes. Deste modo houve uma diminuição de 38,46% no ciclo financeiro em 2016 em relação ao ano de 2015.

8. Posicionamento de Atividade – PA: Este quociente demonstra se empresa está em uma situação favorável em relação ao financiamento de seus clientes, ou seja, poderia vender e receber a mercadoria adquirida para, depois, liquidá-la junto ao seu fornecedor.

Segundo Marion

o ideal seria que a empresa atingisse uma posição em que a soma do Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) com o Prazo Médio de Recebimentos de Vendas (PMRV) fosse igual ou inferior ao Prazo Médio de Pagamentos de Compras (PMPC) (2010 p. 110).

PA =

PA 2015 = = 1,17

PA 2016 = = 1,06

A empresa obteve em 2015 o valor de 1,17 e em 2016 o valor de 1,06 de posicionamento de atividade, portanto, nem no ano de 2015 e no ano de 2016 a empresa alcançou o índice desejado, mas está muito próximo do desejado, deste modo, pode-se dizer a empresa está em busca da excelência em seus indicadores.

CONCLUSÃO

É importante salientar que a realização da Análise de Balanços depende das informações das Demonstrações contábeis, estas informações devem mostrar a realidade da empresa. O analista de posse destas informações irá realizar a análise conforme sua necessidade. Esta necessidade dependerá de cada um, por isso, é necessário dizer que análise é independente e individual, pois cada analista possui uma visão diferenciada uns dos outros. Portanto, percebe-se que a evidenciação das situações financeiras, econômicas e administrativas de uma empresa é baseada nas situações vivenciadas pela empresa no seu dia a dia e registradas fielmente na contabilidade, deste modo, as informações deverão ser fidedignas e sem viés.

Constantemente, os administradores necessitam tomar decisão e depara-se com um determinado número de opções, dentre estas, devem ser escolhidas aquelas que levem a organização a atingir o melhor de seus resultados. Assim sendo, a análise de balanço através dos índices calculados traz para o analista um verdadeiro sistema de informações gerenciais da empresa, pois são dados realistas da natureza da organização.

A tomada de decisão é a conversão das informações analisadas em ação. Os desafios impostos levam os administradores a buscar informações de várias formas que espelhem fielmente a real situação das organizações (financeira, econômica e administrativa), o processo decisório envolve a identificação de um problema específico e a escolha de uma ação para resolvê-la, para que o processo decisório seja efetuado de forma eficaz, para alcançar os resultados esperados.

A percepção da realidade organizacional é de extrema importância para que o administrador possa realizar a escolha de uma ou mais alternativas que melhor se adéquem a esta realidade e levem ao encontro dos objetivos organizacionais. Uma decisão de qualidade está pautada no uso adequado das informações no processo decisório, de modo a traçar as alternativas e escolher a opção que leve a resultados positivos para a organização.

Para a tomada de decisão o analista deverá além da análise de balanço, considerar outras variáveis, tais como a conjuntura da política econômica, a competência gerencial, o nível tecnológico, além de comparar os índices da empresa com os da concorrência e do setor que está inserida, sendo de suma importância para a empresa que pretende se evoluir, pois através dela podem-se obter informações importantes sobre a situação econômico-financeira da empresa.

Através da análise de balanços projetados é possível saber qual o impacto em longo prazo de uma ação tomada nos dias atuais. Permite não apenas avaliar a situação econômico-financeira da empresa no passado, mas também projetar o futuro. Dentro dos diversos interesses da análise de balanços, está de formular estratégias, conhecer a estrutura de capital da empresa, antecipar a possibilidade de pagamento de juros de capital próprio. Etc.

REFERÊNCIAS:

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-financeiro comércio e serviços, industriais, bancos comerciais e múltiplos. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.

BRASIL. Lei no 6.474. Promulgada em 15 de dezembro de 1976. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/legislacao/leis/lei6404.html>. Acesso em 13/07/2017.

BRASIL. Lei no 11.638. Promulgada em 28 de Dezembro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em 13/07/2017.

BRASIL. Lei no 11.941. Promulgada em 27 de Maio de 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Aceso em 13/07/2017.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 7º ed. São Paulo: Atlas, 1998.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 9º ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LOJAS RENNER. Balanços Anuais. Disponível em: <http://www.mzweb.com.br/renner/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=21079>. Acesso em: 25/07/2017.

LOJAS RENNER. Balanços Anuais. Disponível em: <http://www.mzweb.com.br/renner/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=21079&id=0&submenu=0&img=0&ano=2015>. Acesso em 25/07/2017.

MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis – Contabilidade Empresarial. 5ª ed. 2º reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial. 7º ed. São Paulo: Atlas, 2010.

RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços Fácil. 8º ed., ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2009.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2005

[1] Graduado em Administração de Empresas, Pós-graduado em Contabilidade e Controladoria, Pós-Graduado em Turismo e Hotelaria. Universitário em Ciências Contábeis no 6o período. Diretor Administrativo Financeiro no ITEAM, Professor universitário.

[2] Graduado em Administração, Pós-Graduado em Finanças Corporativas, Pós-Graduação em Auditoria Ambiental Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial, Coordenador de pós-graduação na Esbam.

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Kleber Mantovanelli Barbosa

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