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Como desenvolver o melhor aproveitamento das tecnologias aplicadas à educação

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

COSTA, Gustavo da Silva [1], GUARIZ, Marcos [2]

COSTA, Gustavo da Silva. GUARIZ, Marcos. Como desenvolver o melhor aproveitamento das tecnologias aplicadas à educação. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 07, pp. 52-67. Junho de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Este artigo tem como propósito trazer ao leitor conhecimentos sobre as tecnologias de ensino atuais e futuras, fornece ainda melhores métodos de uso dessas tecnologias, que possa desenvolver o pensamento, as ideias, e o conhecimento intelectual do aluno. A pesquisa atende ainda as dúvidas e estimula a interpretação dos professores nas salas de aulas, promovendo o uso das tecnologias com qualidade. Ao longo do artigo é possível perceber que o professor deixou de ser apenas o passador de conteúdos e se transforou em um facilitador e orientador na sala de aula e que algumas tecnologias usadas diariamente por todos podem prejudicar e muito o desenvolvimento intelectual do aluno e até mesmo do professor.

Palavras-Chave: Tecnologia, professor, conhecimento.

1. INTRODUÇÃO

O mundo saiu da época em que a novidade do celular anunciada nos jornais era mensagem “sms”, deixou para trás o computador do tamanho de uma sala para dar lugar a um computador mais fino, pequeno e muito mais potente. Antes o desenvolvimento de novas tecnologias se dava a cada década, com o passar do tempo diminuiu para anos, meses e atualmente todos os dias é possível testemunhar novos desenvolvimentos e projetos futuros de tecnologias que proporcionam inúmeras áreas, entre elas, a educação.

As tecnologias estão empregadas aos alunos e professores como ferramentas que facilitam a capacitação educacional e não como substitutas dos professores, não basta ter a melhor tecnologia ou que ela seja aplicada na melhor instituição do mundo, é necessário que os professores e a instituição busquem eficiência na aplicação dessas tecnologias e que desde a sociedade e principalmente na sala de aula o aluno possa compreender os benefícios da mesma, como ele deve usar e o que deve evitar proporcionando a si mesmo.

Existe a necessidade de estar sempre se aprimorando, ainda mais nas condições atuais, a era da informação e comunicação, possibilitando a modificação e alteração das técnicas d utilizadas para determinada ação. O presente estudo foi estruturado com o auxílio da pesquisa bibliográfica já que todo o material utilizado conhecimento de obras já publicadas ao conhecimento público. A pesquisa é também exploratória sendo que a mesma necessitou levantar mais informações necessárias sobre o tema proposto para oferecer maiores informações. O artigo é Revisão, pois os conteúdos trabalhados são embasados de acordo com obras já publicadas por outros autores.

O aumento no desenvolvimento de novas tecnologias e na modificação de novas tecnologias dificulta a análise do que é certo e como utilizá-las, diante disso a pesquisa deseja entender qual (is) o (os) melhor (es) método(s) de aproveitamento das tecnologias na sala de aula? Deseja intender também como os professores e alunos podem se posicionar diante do desenvolvimento tecnológico na educação? É necessário planejamento das aulas para quaisquer professores, estruturar o conteúdo a ser aplicado e como ele vai ser aplicado.

É de grande importância que com a ajuda dos métodos e técnicas adequados se chegue aos objetivos propostos. Analisar quais os métodos que melhor trazem resultados nas salas de aulas favorecendo o ensino-aprendizagem. Analisar como os professores podem direcionar as tecnologias para melhor desenvolvimento do aluno e entender como o aluno pode se posicionar diante das tecnologias proporcionando seu conhecimento. O artigo auxilia a tese de que as tecnologias podem promover o conhecimento dos alunos, professores e a facilidade de coordenação da instituição, onde todos podem ter mais consciência do uso das mesmas, não apenas manusear as tecnologias físicas e virtuais, mas sim usando-as adequadamente evitando vícios e a desorganização de informações, proporcionando o conhecimento e o social.

2. TECNOLOGIAS A FAVOR DA EDUCAÇÃO

Os professores, as instituições e os acadêmicos não discutem atualmente o uso das tecnologias na educação, é inevitável que ela esteja presente, o que se pode fazer é analisar e refletir, e, se decidir usar as tecnologias, por que usá-las? Como? E que resultados esperar?

É necessário que os educadores pensem como utilizar as tecnologias de maneira mais eficiente. Brito e Purificação (2008) explicam que somente utilizar os meios tecnológicos na sala de aula não é suficiente, é essencial que cada tecnologia tenha meios estratégicos refletidos que forneçam conhecimento para que não provoque resultados negativos. Por trás de toda tecnologia existe alguém que a direciona e na sala de aula, o professor deve ser a melhor orientação para os alunos em sala de aula.

Não é interessante que o conhecimento seja cada vez maior e os alunos apenas estudem, precisam também buscar e desenvolver todas essas teorias e fazê-las úteis no dia a dia, praticar e que o aluno intenda o assunto e não decore. O professor, precisa estimular os estudantes, despertar a curiosidade de investigar mais informações sobre as teorias conhecidas.

Alguns recursos tecnológicos facilitam muito a vida de todos, em particular dos alunos, porém alguns desses recursos usados por todos diminuem a possibilidade de ampliar o conhecimento. Korytowski (2011) expressa que o corretor ortográfico auxilia seus usuários nos erros de gramática. É um instrumento simples e tão eficiente, que é visível seu uso cotidiano por todos.

É fácil digitar no word com o corretor, ainda Korytowski (2011), quase qualquer erro gramatical é corrigido, praticamente todos que tem acesso a algum tipo de documento de texto faz-se o uso. Para melhor crescimento intelectual, o adequado é parar de usá-lo pelo menos em momentos oportunos, de escritas não tão importantes ou restringir o uso até o final da contextualização antes da correção final, sendo que pesquisar o sentido, significado e forma gramatical de uma palavra ou frase é tão simples quanto escrever sem ter certeza.

Não é difícil fazer contas na calculadora, existem inúmeros modelos, uns mais sofisticados que outros. Unglaub (2012) explica que o professor não deve utilizar a calculadora de qualquer forma, deve analisar claramente os objetivos a serem obtidos com este recurso. O professor deve sim fazer o uso da calculadora, é uma ferramenta ágil e eficiente, mas também devem adequar momentos sem seu uso, pois esse costume de usá-la em todas as operações matemáticas compromete o desenvolvimento intelectual do aluno.

Não existe nenhuma desconsideração do uso da calculadora, corretor ortográfico e de outras tecnologias, mas sim uma proposta de ensino-aprendizagem que forneça o apreendedor, desenvolva ainda mais o intelecto, não deixe que o aluno fique na zona de conforto com as tecnologias, é preciso vê-las como auxiliar e não como comandantes das ações.

Gebran (2009) diz que o dever das tecnologias não é tão simples quanto a maioria pensa, ela exige muito mais do docente, nem tudo que vem dela é adequado, é preciso partir de uma seleção e métodos de comunicação dessas informações para que os ouvintes compreendam o maior número possível das variáveis do assunto.

Para novos tempos é preciso de novos métodos, com a educação sendo incorporadas as tendências tecnológicas, o professor não pode mais seguir o mesmo contexto de dar aulas. Bacich et al (2015) fala que o impulso de novas possibilidades proporcionadas pelas tecnologias digitais, necessitam de novos métodos pedagógicos, transformam também o papel dos estudantes e professores estabelecem um novo sentido de ensinar e aprender.

O celular se tornou uma necessidade, é possível fazer inúmeras atividades nele, Gadanidis et al (2014) expressa que não é difícil ver alunos na sala de aula utilizando mais o celular do que prestando atenção no professor. O uso do celular, ao menos, para ensino superior não deve ser restrito, ele pode ser bem útil em pesquisas, notícias, significados e outros, porém é necessário que os professores controlem e direcionam o uso consciente e não deixem que ele atrapalhe a absorção do conteúdo.

É preciso uma boa conduta no celular, as instituições podem estabelecer normas e procedimentos de uso, os professores também podem redigir aos alunos como se procederá ao uso do telefone nas aulas, além de que os próprios alunos podem controlar esse uso proporcionando eles mesmos. Porém mais que restringir esse uso é preciso intender que o celular se tornou um item necessário no cotidiano e que ele também tem capacidade de aprendizagem já que muitas pessoas utilizam mais o celular do que o computador para pesquisa é preciso direcionar o bom uso do mesmo de acordo com suas qualidades de uso a favor da educação.

Batista et al (2015) fala que o celular está inserido entre os alunos na sala de aula e além de pesquisas sobre os conteúdos fornece também aplicativos e outros recursos para melhor desenvolvimento do aluno. Inúmeros aplicativos vão surgindo que podem ser utilizados pelo celular, existe alguns para professores que possibilita até mesmo fazer chamada, provas online, trabalho, atribuir notas, etc. Além de trazer toda a turma para perto e propor um maior número de informações e conhecimento além do que é aprendido em sala de aula.

Strey e Kapitanski (2011) Explicam que a internet derruba várias barreiras, entre elas geográficas, culturais e socioeconômicas, tendo como fundamento o acesso de qualquer informação de qualquer lugar. É fácil entrar na internet e conhecer quaisquer partes do mundo, ou se relacionar com qualquer pessoa, não é difícil também usar essa ferramenta incrível para estar por dentro de notícias, obter conhecimento sobre palavras, termos e outros assuntos. Os alunos só precisam fazer um bom manuseio dessa tecnologia e que sejam ainda mais orientados pelos professores.

Não é preciso tirar a internet da sala de aula, na verdade é necessário incentivá-la e propor métodos de uso que proporcionam o aluno, o professor e a instituição e que ela ajude a evoluir, não apenas que essa ferramenta seja de uso social e de pesquisas desnecessárias. Para Gebran (2009) a internet fornece tanto informações sobre quaisquer assuntos, como permite a troca de mensagens para qualquer pessoa do mundo, podendo compartilhar inúmeros arquivos de diferentes formatos, permitindo também a publicação de conteúdos pessoais para quaisquer interessados.

Bacich et al (2015) fala que com a chegada da internet e, principalmente, dos espaços colaborativos on-line e das redes sociais, todo o mundo vem se desfigurando. Não é adequado pensar nas escolas como o único lugar para aprender, o professor sendo a única fonte de conhecimento e nem a biblioteca contendo todas as informações sobre o mundo, a escola foi substituída pelo mundo, o professor por outras fontes de informações como vídeos, e a biblioteca foi substituída por sites de informações e links de acesso a livros.

Com o avanço tecnológico até mesmo o velho “quadro preto” está a ficar para trás, sendo substituído pela lousa digital. Almeida e Freitas (2011) explicam que esse recurso faz com os alunos sejam mais participativos, se interajam e se interessem mais nas aulas, além de que o professor consegue um ambiente mais amplo e completo para passar o conteúdo. Almeida e Freitas (2011) dizem também que para poder utilizar a lousa digital é necessário ter uma lousa digital, um computador e um projetor.

Ainda Almeida e Freitas (2011), a lousa digital permite que os presentes em sala de aula (professores e alunos) possam escrever na lousa digital utilizando o dedo ou uma caneta, sendo que a mesma é sensível ao toque, além da existência de um teclado virtual e outras possibilidades. Mas como qualquer outra tecnologia é necessário refletir sobre, tentando buscar nela o que há de melhor, porém deve-se também conhecer seus pontos negativos, buscando evitá-los.

Ferreira e Franco (2015) também realçam que a lousa digital é interativa, apresentando possibilidades para que os professores apresentarem o conteúdo. É preciso cada vezes trazer os alunos para as aulas, porém não apenas serem aprovados, mas como chegarem no final do curso, fazê-los gostarem, que realce a curiosidade e interesse em buscar o aprendizado e conhecimento.

O skype é uma rede de comunicação de vídeo por pessoas de quaisquer lugares, Souza et al (2011) explicam que na educação o TalkAndWrite que é uma extensão do skype permite a comunicação por videio entre os alunos, nele é possível mostrar textos, imagens e outros, além de poder grifar, circular, etc. Diminuindo a distância entre o ensino. Essa ferramenta pode ser estruturada de acordo com a disciplina a ser estudada, Geografia, Línguas, etc.

Souza et al (2011) fala que o skype vem ganhando muita relevância no ead. Sempre é melhor conversar presencialmente, mas como ead o professor não está presente e não em todos os momentos ou dependendo das instituições o mesmo não responderá a dúvidas. Já com a ajuda do skype o professor pode entender melhor as dúvidas do aluno, e o que ele precisa, e o aluno pode compreender melhor a explicação do educador.

Não somente a qualidade do áudio e de voz que o programa oferece, mas é de custo 0 (zero) para quaisquer pessoas que seja utilizar essa comunicação. Souza (2011) diz também que o skype dá suporte a pelo menos 4 (quatro) pessoas em tempo real. É bem provável que futuramente essa capacidade deva aumentar e que o uso dessa ferramenta aumente diminuindo a distância dos alunos na educação ead.

Difícil falar de tecnologia sem lembrar a realidade virtual que começou a ganhar mais foco e pode ser a próxima revolução tecnológica futuramente em todos os lugares. Oliveira (2009) explica que essa tecnologia tem como finalidade criar virtualmente espaços virtuais que parece realidade. Entrar em um muito imaginário, totalmente surreal ou simplesmente em um mundo igual à realidade, mas sem sair do lugar é realmente incrível, claro que como quaisquer tecnologias existem pontos negativos necessitando que o professor conheça e intérprete o melhor aproveitamento dessa tecnologia.

Ainda Oliveira (2009) explica que existem a RV de Imersão que é atribuída do uso de capacetes, luvas, óculos e etc. E a RV Interação que com a ajuda da WEB fornece treinamento empresarial online. A RV em instituições de ensino pode contribuir como atividades complementares, situações reais que necessitam colocar a teoria em prática, pode dar aos alunos um pouco do cotidiano sem sair da sala de aula.

O professor não pode ser substituído pelas tecnologias, essas são ferramentas de auxílio de conhecimento com os alunos, o que está mudando radicalmente é o papel do docente. Ainda Bacich et al (2015) explicam que o professor se torna cada vez mais um orientador e um gestor de informações coletivas e individuais, previsíveis e imprevisíveis estando estruturando um ensino muito mais dinâmico, criativo e empreendedor, o professor se torna mais decisivo que antes, precisa de uma disposição muito maior que antes para direcionar seus alunos para o conhecimento. Sendo que atualmente nas salas de aulas os alunos podem ser muito bem informados com o auxílio da internet, além de estarem em contato diariamente com os professores e com outros alunos trocando informações.

As tecnologias eletrônicas estarão sempre se desenvolvendo e é necessário que os docentes estejam atentos a elas, em muitas situações, por exemplo, o aluno digita o trabalho na sala de aula e manda por e-mail para o professor sem a necessidade de imprimir e entregar, claro que isso vai do momento, da necessidade e do que se pretende de cada um, mas a evolução tecnológica da informação e da comunicação contínua a se infiltrar no meio de todos a uma velocidade e eficiência muito grande. Não dá para deixá-los de lado, mas sim procurar obter resultados positivos.

3. MÉTODOS TECNOLÓGICOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

As tecnologias estão em constante uso na educação, para muitos elas são apenas o computador, celular tablets, e outras. Porém é muito mais que isso, uma caneta, um caderno e uma impressora são exemplos de tecnologias que favorecem a educação, o fato é que em nenhum momento do passado houve um avanço e uso tão intenso dessas e principalmente das novas tecnologias na educação (informação e comunicação). Claro (2013) diz que as Tecnologias da educação são mecanismos que funcionam juntos, uma precisa da outra e independente da complexidade de cada uma, o mundo todo necessita diariamente de sua utilização. Cada vez mais as pessoas procuram usá-las no aprendizado, buscando favorecer o ensino.

Silva (2013) diz que o MOODLE é um ambiente virtual que permite a construção de processos de ensino-aprendizagem por meio, principalmente, da interação dos alunos, das atividades e conhecimentos. O moodle é uma ferramenta que tem se mostrado muito atrativa para as instituições, são várias as instituições que possui seus recursos tentando trazer para os alunos o que melhor a tecnologia oferece e beneficia a cada um. O moodle conecta os alunos e os professores por meio da internet, proporcionando informações e conhecimento em grupo.

Não que o moodle resolverá os problemas das instituições e conseguirá desenvolver a relação tecnologia e aprendizagem totalmente eficiente, mas é um método entre outros existentes e que surgirá futuramente adaptando-se às necessidades de cada época. Não adianta ter tecnologia e conhecimento, mas é preciso projetar tudo isso para a vida de todos.

Nem todos os alunos têm facilidade na frente de um computador, e isso faz com que a velocidade do desenvolvimento de informações e aprendizado do conteúdo seja dificultado. Silva (2013) diz também que o moodle fornece uma interface fácil de manusear sendo possível sua utilização sem grandes dificuldades de entendimento, mas é necessário que se tenha cuidados especiais e planejamento para que possa direcioná-lo para a educação.

Bacich et al (2015) falam que o ensino híbrido tem como sentido a palavra mistura, pois, a educação híbrida sempre combinou mais que um espaço, ainda mais atualmente que as fontes de explicação dos conteúdos e absorção de informação se expandiram. O aluno pode relacionar inúmeras mídias digitais, sites e papéis físicos de informações e estimular o conhecimento de si mesmo.

O ensino híbrido traz a ideia de um ensino mais organizado e se encaixa melhor no cenário atual da educação, ainda Bacich et al (2015) o ensino híbrido se torna muito flexível a medida que é utilizado, sendo possível a reunião dos alunos e dos alunos e professores mantendo o ensino de aprendizado online e presencial.

Outro modelo de uso de tecnologia que tem ganhado bom espaço é a sala de aula invertida (Flipped Classroom), Bacich et al (2015) explicam que nesse modelo de educação, os alunos só vão nas aulas para resolução de atividades e outros. E em casa é estudado o conteúdo. Claro que conforme as idades essa ideia precisa ter as orientações dos pais, mas para outras idades é um ótimo modelo, sendo que os alunos podem obter conhecimento a cerca de um assunto na internet. É muito fácil tirar dúvidas com o professor por mídias digitais, mas é preciso que esse tipo de ensino tenha uma cobrança maior para que o aluno não fique em casa e por causa de outras distrações deixem de se atentar as aulas.

Ortega e Vanti (2015) falam que na sala de aula invertida o papel do professor foi reestruturado, sendo que ele não é mais apenas o explicador dos conteúdos, mas um gestor, orientador e estimulador. Ainda sim o papel do professor é apenas moldado, não existe a ideia de substituí-lo, muito pelo contrário, o professor assume papel mais importante ainda ao precisar direcionar os alunos no caminho certo.

“Gamificação tem como base a ação de se pensar como em um jogo, utilizando as sistemáticas e mecânicas do ato de jogar em um contexto fora de jogo.” (FADEL et al, 2014, pag. 15). O aluno pode aprender com a gamificação na sala de aula, ainda não é adequado usá-la em todas as disciplinas, porém é possível obter bons resultados à medida que o aluno, não apenas jogue, mas que ele possa inferir o conhecimento obtido na vida cotidiana e com o auxílio do professor através de avaliações, feedbacks, análise dos objetivos atingidos e comparações do jogo com a vida real.

De maneira nenhuma as tecnologias podem trazer resultados negativos, antes de serem introduzidas é necessário testas suas falhas, consequências, métodos adequados, entre outras análises, para que ela não atrase os alunos, mas sim os desenvolva. Ainda Fadel, et al (2014) ao utilizar a gamificação na sala de aula, para obter os melhores resultados é de suma importância saber como usar a gamificação com os alunos. Não basta que professor entregue um videogame, é necessário organizar, planejar e entender quais objetivos que deseja atingir e mais que isso, possibilitando a compreensão do aluno e que ele desenvolva o conteúdo e o conhecimento sobre o assunto, com os mesmos ou resultados a cima que a absorção das informações nas disciplinas sem a gamificação.

Horn, et al (2015) explica que no ensino personalizado, o conteúdo é trabalhado individualmente em cada aluno e não grupal e quando bem trabalhado proporciona eficiência superior ao trabalho grupal. Dentro da sala de aula existem alunos mais adiantados intelectualmente, outros com muitas dúvidas, alguns são mais atrasados e manter um padrão de estudo para todos não mostra o mesmo percentual possível e adequado de desenvolvimento, sendo que o ensino individual para cada aluno permite que o professor análise e desenvolva feedbacks, dicas e informações complementares e auxiliares, podendo direcionar o estudante em outros espaços de informação para aprimorar aquilo que ele busca, além de trabalhar com o aluno mais atrasado dando-lhe informações e respostas sobre suas dúvidas, pesquisas online e vídeos para que ele desenvolva.

O trabalho em grupo é sempre necessário, aliar, no dia a dia e principalmente no local de serviço é necessário saber trabalhar em equipe. Ainda Horn, et al (2015), fala que os alunos devem participar de atividades em grupo, sempre que as mesmas proporcionarem resultados melhores.

Quanto mais as instituições e os professores trazem os problemas, soluções, barreiras, acontecimentos, da vida real para a sala de aula, mais os alunos são beneficiados e Ribero (2008) explica que o PBL (Problem Based Learning) ou traduzido, ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas) fornece ao aluno uma experiência mais real do cotidiano social e trabalhista do aluno, dando a ele um pensamento crítico e mais preparado para as ocorrências ao longo do dia, satisfazendo também a literatura do ensino superior que também necessita da prática.

Ribero (2008) diz também que com o auxílio da PBL o aluno pode ser mais bem motivado com os grupos de discussões e situações práticas do dia a dia contribuído para sua carreira profissional. De fato, o aluno não pode ficar só na sala lendo e lendo, ele precisa mais que isso estar inserido fisicamente ou mentalmente no ambiente profissional, o qual, ele poderá usar os conhecimentos obtidos na sala de aula.

Existem inúmeras tecnologias, métodos e projetos que vão surgindo como benefício da educação. Batista, et al (2015) explica que o Bring Your Own Device (BYOD), traduzindo significa “Traga o seu próprio dispositivo”, oferece um acompanhamento de perto do professor nos alunos na utilização das tecnologias, conduzindo-os a usar as os smarthfones e tablets fazendo com que eles utilizem essas ferramentas em leituras, pesquisas, trabalhos, etc. Ou seja, em seu próprio benefício ao invés deixar de prestar atenção nas aulas e/ou não fazer as atividades.

Neto (2012) diz que a EAD entre outra, tem entre outros, o grande desafio é administrar até onde ela pode chegar e quantos alunos podem atender sem perder a qualidade. É inevitável que as aulas ead desenvolvam-se, porém diferente da educação presencial, é mais difícil o professor trazer o conteúdo na prática com as atividades. Na educação presencial os professores podem levar seus alunos em empresas, palestras e outros eventos, podendo analisar como funciona o conteúdo aplicado na prática. A ead tem pontos a melhorar em termos de qualidade, e trazer aos alunos as mesmas contribuições ou até mesmo mais contribuições que o ensino presencial, não apenas oferecer flexibilidade de horário.

Muitas empresas e empresários veem de forma crítica o ensino a distância, acreditam que não oferecem a mesma eficiência que o ensino presencial. É preciso sim diminuir a distância entre o professor e o aluno, mesmo gravando as vídeo aulas é preciso estabelecer mais o vínculo entre o professor com o aluno, assim como o orientador. Dúvidas existem sempre, e por muitas situações essas dúvidas é interesse em obter mais conhecimento. É possível ir além, fazendo com que o aluno faça estágios e/ou visitas técnicas a empresas.

Na educação ead, existe ainda muitas barreiras a derrubar e objetivos a atingir, é necessário que essa tecnologia siga se inovando, se desenvolvendo e incorporando o maior número de informações e promovendo aos alunos mais qualidade de ensino-aprendizagem. Ainda Neto (2012) fala que os profissionais e as instituições que atuam no ead conseguem atender alguns objetivos, metas e necessidades na educação, porém outras expectativas poderão não ser atendidas devido às condições e no contexto que estão.

Maciel e Fontana (2013) explicam que é possível construir uma ead além do uso das tecnologias e métodos de ensino conceitual, podendo fazer com que as discussões de falta de qualidade desse ensino não tenham sentido, ou muito pelo contrário, que tenha muito sentido assim como o ensino presencial. É preciso partir dos princípios de ensino de que apenas oferecer o conteúdo, não é viável, excluir a conexão entre o professor e o aluno é inadequado, é preciso que através de e-mails, celular e outros meios o aluno tire dúvidas, trabalhe diálogos com o professor e melhor ainda, que o professor direcione o aluno.

As visitas técnicas que muitas instituições e até mesmo os próprios professores planejam e fazem contribui muito para os alunos, D’Addario (2016) fala que essa técnica desperta no aluno curiosidade e interesse, onde os mesmos podem usar ou, pelo menos, verem como as teorias aprendidas em sala de aula são desenvolvidas nas empresas, na sociedade e onde for. É visível que apenas ficar na sala de aula ouvindo o professor já não é mais suficiente, quando existe dificuldade de um conteúdo teórico, colocá-lo na prática é o meio mais fácil de aprender, levar o aluno no local e mostrar como fazer fornece um nível de aprendizagem muito melhor.

D’Addario (2016) fala também que para que isso seja necessário os alunos precisam ter conhecimento sobre o conteúdo a ser visto na prática e o professor precisa organizar e planejar todo o evento para que sejam obtidos resultados positivos. É totalmente incorreto o professor fazer algo para os alunos que nem ele mesmo sabe como fazer, nem mostrar o que os alunos não têm a mínima ideia do que é, pois, ao chegar no local em vez de observar como é feito determinada ação, haverá perguntas o tempo todo para aprender o conteúdo.

Muitos apreendedores têm dificuldade de, após conhecerem o conteúdo, não aplicar usar na prática, não conseguem os mesmos ou melhores resultados como a teoria era explicada, nem mesmo sabem analisar o que está errado. Conteúdos mais fáceis e simples podem ser opcionais fazer ou não a vista ou podem simplesmente serem exemplificados na sala de aula, porém outros mais específicos e difíceis podem ser melhores introduzidos com o conhecimento e a prática do cotidiano.

Os estágios que as empresas oferecem para os alunos contribuem também para eles, melhor ainda quando o aluno tem de colocar em prática no trabalho o que aprendeu na sala, D’Addario (2016) fala que esse tipo de método mostra ao aluno como as atividades aprendidas são desenvolvidas no cotidiano. Muitas instituições auxiliam os estágios para os alunos, é preciso que todos colaborem para a melhor prática do conteúdo, o aluno, o professor e a instituição, fazer com que ele desperte a vontade e o querer para aplicar o conteúdo aprendido na prática.

Estão à disposição dos professores inúmeros métodos de ensino-aprendizagem para que os alunos sejam proporcionados ao maior número possível de informações para que isso resulte em conhecimento e que desenvolva e forme jovens muito mais preparados para as situações e necessidades do cotidiano.

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

O estudo científico sempre será o mais próximo possível do que se deseja descobrir, pois sempre haverá outro estudo que poderá demonstrar novas teses, conhecimento e informações sobre o assunto, além de ser preciso considerar as mudanças na sociedade, do mercado e outras.

Fica claro que o papel do professor mudou, durante muitos anos ele era o responsável por saber tudo, ficar na frente dos alunos e abordar todos os conteúdos necessários, além de que todas as dúvidas que os alunos tivessem, o professor deveria responder. Porém esse cenário mudou e muito desde o início do século XXI, principalmente na última década, o professor se tornou um facilitador e orientador da turma.

É fácil obter informações dos conteúdos propostos, ficando para a sala de aula as dúvidas e orientações do que fazer e o que é melhor fazer, o professor ainda mesmo quando não sabe sobre um determinado assunto, tem à disposição inúmeras fontes de informações para ler sobre o tema e interpretá-lo, obtendo o conhecimento necessário para passar para os alunos.

A tecnologia surpreende muito os profissionais e a tendência é que tudo evolua muito mais rápido e que métodos e técnicas de ensino-aprendizagem tenham um foco maior ou menor que outros e novos que irão surgir recebam mais atenção. O professor passará a ter um papel muito mais amplo, além de que o mesmo deverá desenvolver os alunos ainda melhor que antes, já que será muito mais fácil trazer para a sala de aula o cotidiano do mercado de trabalho, da sociedade, pensamento pessoal e informações encontrar por vários meios, principalmente pela internet.

É possível analisar que em todas as situações de ensino-aprendizagem existe mais de uma tecnologia/método a utilizar, porém os resultados alcançados podem ser diferentes, negativos ou positivos, é preciso que o professor e a instituição mantenham o controle e avalie os resultados obtidos mude conforme as necessidades.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As tecnologias evoluem constantemente, fica cada vez mais acompanhar o que é desenvolvido e onde se pode chegar, não existe uma fórmula secreta, nem mesmo uma melhor tecnologia eletrônica que auxilie ou o melhor método e técnica de ensino, o professor deve ser capaz de conhecer e selecionar as tecnologias que melhor se identifica em cada disciplina, conteúdo ou aula.

Todos os métodos existentes são adequados e sempre haverá a necessidade de novos, em cada situação é possível e cabível o uso de um e não de outro método, uns trazem mais e outros menos resultados em determinados momentos e vice-versa. Os alunos são os grandes apreendedores procurando também aprimorar os conhecimentos através das técnicas e métodos, podendo ajudar o professor trazendo novas situações e utilizar as tecnologias a favor do aprendizado e não apenas usar por usar ou não usar.

Conforme o artigo se desenvolve é possível perceber que existe um meio mais eficiente de usar e outros não, os usos de algumas tecnologias precisam ser moderados, em outros momentos do artigo se percebe os novos métodos e técnicas de ensino-aprendizagem que estão a ser mais abrangentes conforme o passar do tempo.

A pesquisa precisa ser estudada mais profundamente, encontrando novas informações, analisando e observando as situações do cotidiano. As tecnologias continuarão a se desenvolver, novas surgirão e outros deixarão de usar, é preciso sim conforme o passar do tempo estruturar novas pesquisas sobre o assunto.

Não existe professor com medo de usar as tecnologias, existem professores que não conseguem trazer para as aulas o melhor uso destas, para obter os resultados desejados. É preciso lembrar também que não é adequado apenas buscar resultados, como, por exemplo, a aprovação dos alunos e nem mesmo apenas buscar métodos sem resultados, existe a necessidade de manter o equilíbrio, fazer um pouco de cada que resulte em eficiência para que além de aprovar o aluno aprenda e além de aprender seja aprovado ao colocar em prática o conhecimento adquirido.

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[1] Especialista na profissão Docente pela faculdade São Luís 2017, especialista em recursos humanos com ênfase em treinamento e desenvolvimento na UNOESTE em 2017/2018 e especialista em Gestão pública pela universidade Uem em 2017/2019, graduado em Administração pela FAAST-Faculdade Astorga/2016.

[2] Especialização em Língua Portuguesa: compreensão e interpretação pela Faculdade de Educação São Luís 2011, Graduação em Pedagogia pela faculdade de Educação São Luís 2005/2006 e Graduado em LETRAS pela faculdade de Educação São Luís 1980/1982.

Enviado: Agosto, 2018.

Aprovado: Junho, 2019.

 

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Gustavo da Silva Costa

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