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A importância do profissional enfermeiro nas unidades de hemodinâmica

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CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

SOUZA, Deyvid Guimarães [1], ZENHA, Ana Paula Ribeiro [2]

SOUZA, Deyvid Guimarães. ZENHA, Ana Paula Ribeiro. A importância do profissional enfermeiro nas unidades de hemodinâmica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 08, Vol. 01, pp. 121-133. Agosto de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/unidades-de-hemodinamica

RESUMO

Os serviços de hemodinâmica se fazem cada vez mais necessários em unidades que prestem assistência de qualidade em serviços de medicina cardíaca, vascular e neurológica. Para seu correto funcionamento é necessário que a unidade disponha de equipamento moderno e pessoal qualificado, deste modo o que se questionou com a realização deste trabalho foi qual o papel do enfermeiro especialista nas unidades de hemodinâmica e sua importância para a qualidade de assistência prestada. Este trabalho foi desenvolvido através de análise integrativa de trabalhos publicados abordando a temática central. Ao final deste, pode-se concluir que o enfermeiro atua nas mais diversas frentes, e possuir especialização na área de hemodinâmica é não só uma exigência, mas também, uma necessidade, pois dá ao profissional conhecimento especifico sobre as necessidades da unidade e dos pacientes, visão ampla para a identificação de complicações, agilidade e destreza para executar as atividades relacionadas aos procedimentos e carga teórica para acrescentar qualidade e excelência na assistência.

Palavras-Chaves: Enfermagem, hemodinâmica, gerenciamento e saúde.

1. INTRODUÇÃO

O sistema cardiovascular juntamente ao sistema nervoso central, se configuram como sendo os mais importantes sistemas do organismo humano, sendo o correto funcionamento desses, primordial para a manutenção da vida e saúde dos indivíduos.

As doenças cardiovasculares são um importante problema de saúde e podem levar a sérias complicações, podendo essas serem graves, levando por vezes, o paciente ao óbito.

Neste sentido, a medicina moderna vem buscando cada vez mais métodos que possibilitem o tratamento das doenças cardiovasculares de modo que se possa reestabelecer a saúde do indivíduo e favorecer a manutenção da vida preferencialmente utilizando-se de métodos cada vez menos invasivos.

Assim, os procedimentos vasculares realizados através de processos endovenosos vêm passando por uma série de aprimoramentos e atualizações, sendo disseminados por todo o mundo e fazendo parte da rotina de diagnósticos e tratamentos de doenças.

De modo minimamente invasivos e através de uma estrutura moderna que exige técnica e destreza do cirurgião, o Serviço de Hemodinâmica é na atualidade, uma necessidade quando se pensa em fornecer assistência e serviço de qualidade em processos vasculares.

Através dos procedimentos endovasculares, o médico responsável é capaz de diagnosticar obstruções, isquemias, sangramentos, perca de função, dentre outras, além de poder intervir e tratar a maior parte desses eventos através da colocação de stents, colls ou embolizações.

Devido à complexidade de suas atividades, é necessário que o serviço de hemodinâmica esteja alocado em uma unidade que disponha de 2 serviços associados, o Centro Cirúrgico e a Unidade de Terapia Intensiva para eventuais necessidades.

Para que o serviço seja oferecido com a máxima qualidade, é necessário que se disponha de uma unidade moderna a bem estruturada, com materiais de qualidade e pessoal qualificado. A equipe atuante nas Unidades de hemodinâmica durante os procedimentos são compostas basicamente pelo médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e técnico em radiologia, cada um com função primordial e específica para o sucesso dos mesmos.

O profissional enfermeiro desenvolve um importante papel dentro das unidades, desde os processos de gestão, organização e realização dos procedimentos e a possibilidade desse profissional possuir especialização na área torna sua atuação muito mais técnica e efetiva, trazendo mais confiabilidade e segurança para os procedimentos, podendo auxiliar na diminuição de complicações, identificação precoce de agravos antes, durante e após os procedimentos e melhorando a excelência do setor.

Através da sistematização da assistência, o profissional enfermeiro atua desde a admissão do paciente na unidade ate a alta do mesmo, desenvolve um perfil afetivo por estar intimamente ligado e próximo ao paciente e familiares e extremamente técnico, por atuar juntamente ao médico na realização do procedimento e acompanhamento no período imediato após este.

Deste modo, o que se questiona com a realização deste trabalho é qual o diferencial para a Unidade de Hemodinâmica dispor de um enfermeiro especialista na área?

1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo central deste trabalho é identificar evidências científicas que demonstrem a importância de se ter um enfermeiro especialista nas Unidades de Hemodinâmica.

1.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS

  • Relatar a importância das Unidades de Hemodinâmica para a medicina moderna
  • Apontar alguns procedimentos realizados dentro das Unidades de Hemodinâmica
  • Identificar a importância da atuação do profissional enfermeiro dentro das unidades
  • Pontuar as especificidades de atuação do enfermeiro em hemodinâmica.

1.3 METODOLOGIA

Foi utilizado o método para a busca dos dados baseou-se em uma pesquisa de revisão bibliográfica do tipo integrativa. Tendo como finalidade sintetizar resultados das pesquisas sobre um determinado tema, de maneira sistemática e ordenada, para contribuir com o conhecimento dessa temática, sendo realizados de acordo com alguns passos operacionais: identificação do problema; elaboração da pergunta norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; coleta de dados em bases científicas; seleção dos artigos; análise e interpretação dos resultados (MARCONI; LAKATOS, 2009; SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010; MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).Foi realizado busca nos artigos na literatura, a busca foi realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Base de Dados em Enfermagem (BDENF), e Banco Virtual de Saúde (BVS). A pesquisa foi realizada nas referidas fontes utilizando os seguintes descritores: Enfermagem, Hemodinâmica, Gerenciamento e Saúde.

A amostra obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: artigos indexados na língua portuguesa; em formato de artigos, dissertações e teses; com resumos disponíveis nas bases de dados, focando no tema da pesquisa, responder a questão norteadora. Os critérios de exclusão, que não atenderem ao objetivo proposto pela pesquisa.

Após os critérios empregados e a leitura foram selecionados amostra deste estudo 03 artigos na base de dados SCIELO, e 04 da Base de Dados em Enfermagem (BDENF),sendo 04 no Banco Virtual de Saúde (BVS).No final da análise do estudos foi realizado um instrumento que contempla os seguintes itens: identificação do artigo original; características metodológicas do estudo; avaliação do rigor metodológico, das intervenções mensuradas e dos resultados encontrados. Na etapa seguinte, os dados foram submetidos à análise crítica e posterior discussão e descrição dos resultados.

2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

2.1 PERFIL DOS ESTUDOS

Tabela 1­­- Finalidade sintetizar resultados das pesquisas sobre um determinado tema, de maneira sistemática e ordenada.

REFERÊNCIAS RESULTADOS ENFERMEIRO X HEMODINÂMICA
LEMOS et al; 2017. O papel do Enfermeiro dentro da Unidade de Hemodinâmica. Este estudo refere que é de extrema importância para a qualidade de assistência prestada que o profissional enfermeiro (assim como os demais profissionais do setor) seja especialista na área.
LINCH, GUIDO, FANTIN (2010). Enfermeiros de Unidades de Hemodinâmica do Rio Grande do Sul. Retrata experiencias de profissionais que atuam em unidades de hemodinâmica do estado do Rio grande do Sul e avalia seu nível de satisfação.
COSTA (2014) O papel do enfermeiro dentro das Unidades de Hemodinâmica. Traz um panorama sobre a atuação técnica do profissional enfermeiro dentro das Unidades de Hemodinâmica.
NICOLETTI (2011) A atuação do enfermeiro dentro das unidades de hemodinâmica. Relata, dentre outras coisas, o perfil de atuação do profissional enfermeiro nas unidades.
PRETTO et al; (2016) Enfermeiro nas unidades de Hemodinâmica Um relato de experiencia de um profissional enfermeiro dentro das unidades de hemodinâmica.
LIMA  et al; (2014). Cuidados pré-operatórios Traz um panorama sobre cuidados pré-operatórios como a realização de tricotomia.
CORDEIRO, SILVA e LUZ (2015). Perfil dos pacientes em unidades de Hemodinâmica Relata e estuda o perfil dos pacientes atendidos nas unidades de hemodinâmica e a necessidade de atendimento humanístico a esses pacientes.
OLIVEIRA (2009) Assistência de enfermagem nas unidades de hemodinâmica Demostra a atuação dos profissionais enfermeiros na clínica e intervenção em complicações
SHENEN, ATILLI (2009) Perfil dos profissionais enfermeiros em hemodinâmica Retrata o perfil de atuação dos profissionais enfermeiros dentro das unidades de hemodinâmica.
FLÔR, GELBCKE (2013) Exposição dos profissionais a radiação em procedimentos de hemodinâmica. Explana dentre outros fatores a exposição dos profissionais a radiação e a necessidade de se utilizar corretamente a proteção radiológica.
HAMMERLLER et al; (2008) Assistência aos pacientes em hemodinâmica Aborda o grau de dependência dos pacientes de hemodinâmica dos serviços da enfermagem.

Dados fornecidos pelas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Base de Dados em Enfermagem (BDENF), e Banco Virtual de Saúde (BVS).

2.2 SERVIÇO DE HEMODINÂMICA

Desde os primórdios dos tratamentos de saúde, a medicina vem buscando diariamente se atualizar e buscar mecanismos cada vez mais eficientes para a abordagem diagnostica e terapêutica das mais diversas patologias que possam afetar o organismo humano (LNCH; GUIDO; FANTIN, 2010).

Costa (2014) relata que a medicina cardiovascular e neurológica vem buscando desenvolver métodos minimamente invasivos que ofereçam qualidade na assistência de maneira segura e efetiva implicando em um numero cada vez menor de complicações e com cada vez mais sucesso, assim, surge na história da medicina moderna o Serviço de Hemodinâmica para a realização de procedimentos endovasculares.

Através dos serviços de hemodinâmica pode-se realizar exames diagnósticos e terapêuticas para diversas patologias do sistema cardíaco, vascular e neurológico por meio de colocação de stents, cool, embolizações e ate mesmo reparos em válvulas cardíacas sem a necessidade de grandes cortes e cirurgias de grande duração (LEMOS et al, 2017).

O mesmo autor relata ainda que os procedimentos de hemodinâmica são realizados através de um acesso percutâneo, através da punção de uma artéria calibrosa que pode ser a radial ou femoral por meio de um introdutor, e a injeção de contraste que possibilite a visualização radiológica das estruturas.

Através desse introdutor o médico pode introduzir instrumentais, stents farmacológicos e não farmacológicos, realizar embolizações de hemorragias e aneurismas, fazer reparos em válvulas cardíacas, dentre outros. Através da análise radiológica pode diagnosticar obstruções, sangramentos, isquemias e perca de função em estruturas (NICOLETTI, 2011).

Para que se possa realizar esses procedimentos é necessário que além de toda uma equipe institucional de serviços de limpeza, organização e gerenciamento, a unidade de hemodinâmica precisa dispor de médicos qualificados, técnicos de enfermagem, técnicos em radiologia e enfermeiros especialistas (COSTA, 2014).

2.3 O ENFERMEIRO E O SERVIÇO DE HEMODINÂMICA

De acordo com Costa (2014) o profissional enfermeiro possui importante atuação em todos os procedimentos realizados dentro das unidades de hemodinâmica e cada vez mais se torna interessante estudar a atuação deste profissional e determinar se há ou não necessidade de o mesmo ser especialista.

Neste sentido, Linch; Guido e Fantin (2010) enfatiza que os serviços de hemodinâmica são uma área relativamente nova para a medicina e consequentemente nova para a atuação do profissional enfermeiro, que desenvolve um papel de gerenciamento, assistência, ensino e pesquisa.

Pretto, et al. (2016) reafirma a posição do parágrafo anterior sobre a característica de novidade da hemodinâmica na medicina e consequentemente para a enfermagem, e traz que, dentro desse campo de atuação o profissional enfermeiro desenvolve atividades que exigem organização e efetividade, quando se trata da assistência direta ao paciente mas também quando o paciente não esta presente.

Lemos et al. (2017) endossa essas afirmações e relata que por ser uma unidade de alta complexidade, é de extrema importância que os profissionais que atuam nesse setor possuam capacitação na área para que possam atuar da maneira mais efetiva e resolutiva possível.

Nesse sentido, Costa et al. (2014, p.161) traz que:

de acordo com a portaria SAS/MS nº 123 de 28/02/05, a equipe de Unidades de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular, entre elas, unidades de hemodinâmica devem contar com um enfermeiro coordenador, com Especialização em Cardiologia ou com certificado de Residência em Cardiologia reconhecido pelo MEC ou com título de Especialista em Enfermagem Cardiovascular, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Enfermagem Cardiovascular-SOBENC.

2.4 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO

O profissional enfermeiro atua em diversas frentes dentro das Unidades de Hemodinâmica, desenvolve desde ações gerenciais a ações especificas durante a realização dos procedimentos e cuidados com o paciente.

Oliveira (2009), relata que o enfermeiro é primordial na prestação alguns cuidados diretos ao paciente, atua na realização de orientações sobre o procedimento que irá se submeter, avaliação clínica e observação de características gerais e condições clinicas do paciente, preparo e posicionamento na mesa de hemodinâmica; diluição e administração de medicações, assistência direta ao paciente nas intercorrências, como na parada cardiorrespiratória (PCR), realiza o esclarecimentos de dúvidas durante o exame e ainda é o responsável pela realização do curativo no local da dissecação para o cateterismo, realiza também o  encaminhamento do paciente  a internação ou sala de recuperação hemodinâmica.

Costa et al. (2014) afirma que quanto ao gerenciamento, o enfermeiro atua como coordenador, tanto no agendamento dos procedimentos e organização do quadro diário, como também no gerenciamento de materiais, verificando a necessidade de materiais específicos, contato com fornecedores, organização e separação do material para o procedimento especifico e paciente especifico.

Nicoletti (2011) diz que ainda na gestão, o enfermeiro pode atuar diretamente na seleção de outros profissionais para compor a equipe do setor, testes dos equipamentos para garantir que todos estejam funcionando no momento do procedimento e ainda, na gestão de finanças do setor.

Hammerller et al. (2008) traz as mesmas afirmações e coloca ainda que na atuação direta junto ao paciente, o enfermeiro faz contato com o cliente ainda no início da prestação do serviço, muitas vezes, antes mesmo do agendamento do mesmo, nesse sentido, é necessário que ele demostre confiabilidade, segurança, seja empático e responsável, nesse momento, ele pode ainda ter contato com os familiares do paciente, que por vezes, leigos, demandam de diversos questionamentos.

Confirmando as percepções de Hammerller; Oliveira (2009) relata que na atenção ao paciente no momento do procedimento, e enfermeiro atua desde a recepção do paciente no serviço, preparo do mesmo, acompanha o paciente durante a realização do procedimento, auxiliando o médico, e ainda realiza o acompanhamento do mesmo após a realização do procedimento até a alta da unidade.

Alguns autores trazem especificamente a atuação do profissional enfermeiro em cada fase da realização dos procedimentos endovasculares.

Para Pretto (2016) no pré-operatório, o enfermeiro participa da recepção do paciente na unidade, acomodação do mesmo, realiza entrevista com o paciente para montar a SAE (sistematização da assistência de enfermagem), neste momento já realiza levantamentos que possam implicar no sucesso do procedimento ou ocorrência de complicações.

Lima et al. (2014) complementa as afirmações anteriores e complementa dizendo que o enfermeiro acompanha e gerencia a atuação dos demais membros da equipe de enfermagem para a realização de acesso venoso, preparação do local da punção (tricotomia), troca de roupas do paciente e outros, neste momento é fundamental que o profissional atue com o objetivo de diminuir a ansiedade do paciente.

Ainda no pré-operatório o enfermeiro deve separar todo o material necessário para realização do procedimento, verifica se todos os equipamentos estão funcionando de maneira adequada, e verifica ainda se aquele material especifico é o adequado para aquele paciente especifico, de modo a diminuir falhas na realização do procedimento e diminuir o tempo necessário para sua realização (COSTA et al. 2014).

Para Cordeiro, Silva e Luz (2015) no transoperatório o profissional enfermeiro é responsável pela recepção do paciente na sala de procedimento, posicionamento correto do mesmo na mesa, monitorização, e ainda atua juntamente ao cirurgião, desenvolvendo o papel de instrumentador, além de estar sempre atento para identificar alterações clinicas no paciente durante o procedimento de maneira precoce.

O papel de instrumentador dos procedimentos por parte de um enfermeiro especialista em hemodinâmica é possível pois a especialização trás para o profissional o conhecimento necessário para a realização de cada procedimento, possibilitando a melhora da assistência, e maior agilidade, precisão e sucesso na sua realização (FLÔR; GEBBCKE, 2013).

Shenen e Atili (2009) relatam que durante a realização do procedimento o enfermeiro deve se manter atento a monitorização do paciente, observando constantemente os sinais vitais do mesmo afim de identificar alterações na pressão arterial, saturação, frequência cardíaca, traçado ecocardiográfico e sinais de hemorragia a fim de detectar a necessidade de intervenção, uso de drogas, e outros.

Ainda quanto a monitorização, para Linch (2009) o enfermeiro é fundamental na identificação precoce de complicações e alterações que necessitem de intervenção, para tal, é necessário que este possua conhecimento e habilidade específica, além de necessitar de conhecimento suficiente para abordar e intervir em casos de complicações.

No pós-operatório o profissional enfermeiro realiza todo o acompanhamento do paciente, observando a ocorrências de possíveis complicações, alterações do nível de consciência, hemorragias, alterações bruscas dos sinais vitais e alterações eletrocardiográficas (SHENEN; ATILLI, 2009).

É papel do enfermeiro logo após o termino do procedimento, a retirada do introdutor venoso, utilizado como meio de realização do procedimento, para que essa atividade seja realizada de maneira segura o profissional deve ter responsabilidade e técnica, pois nesse momento há grande risco de hemorragias, para tal, é necessário que se realize compressão local e curativo oclusivo que deve ser mantido preferencialmente por 24 horas, é necessário ainda se observar o aparecimento de hematomas e edemas extensos (CORDEIRO; SILVA e LUZ, 2015).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os serviços de hemodinâmica se fazem cada vez mais necessários quando se trata de prestar um serviço de qualidade em exames e procedimentos por via endo vascular.

Essa classe de procedimentos é relativamente nova na medicina, e implica na necessidade de estruturas modernas e profissionais qualificados para a realização dos procedimentos.

Como parte da equipe multidisciplinar, o profissional enfermeiro é parte fundamental da estrutura das unidades de hemodinâmica e sua atuação implica diretamente na qualidade de assistência prestada e no sucesso dos procedimentos.

Com atuação ampla que vai desde a gestão e organização da unidade até a assistência direta ao paciente e instrumentação durante o procedimento, o profissional enfermeiro necessita de conhecimento específico, atualização constante e qualidade no serviço prestado.

No decorrer deste trabalho pode-se concluir que o enfermeiro atua nas mais diversas frentes, e possuir especialização na área de hemodinâmica é não só uma exigência, mas também, uma necessidade, pois da ao profissional conhecimento especifico sobre as necessidades da unidade e dos pacientes, visão ampla para a identificação de complicações, agilidade e destreza para executar as atividades relacionadas aos procedimentos e carga teórica para acrescentar qualidade e excelência na assistência respondendo assim o objetivo proposto.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6027 – Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

ALVES, M. Como elaborar teses e monografias: um roteiro passo a passo. Rio de Janeiro: Campus, 2008.

BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional da Saúde. Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: < http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf>, Acesso em 20 de janeiro de 2015.

BRASILEIRO, M.S.E.; SILVA, L.C.S. Metodologia científica para enfermeiros. Goiânia: AB Editora, 2011.

CORDEIRO, S. M. M.; SILVA, G.R.F.; LUZ, M.H.B.A. Pacientes em Unidade de Hemodinâmica: Aplicabilidade da teoria humanística. Revista Rede de Cuidados em Saúde, v. 9, n 1, 2015.

COSTA, R. G. et al. Atuação do enfermeiro no serviço de hemodinâmica: uma revisão integrativa. Revista Interdisciplinar, v. 7, n. 3, p. 157-164, jul./ago./set. 2014.

FLÔR, R. C.; GELBCKE, F. L. Proteção radiológica e a atitude de trabalhadores de enfermagem em serviço de hemodinâmica. Texto & Contexto Enferm, Florianópolis, v. 22, n.2, p. 416-22. 2013.

GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 171p.

HAMMERMLLER, A. et al. Classificação de pacientes atendidos em uma unidade de hemodinâmica segundo o grau de dependências dos cuidados de enfermagem. Acta Paul Enferm; v.21, n.1, p.72-6, 2008.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia científica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 297p.

LEMOS, Idalina Maria Nascimento, et al; O papel do Enfermeiro dentro da Unidade de Hemodinâmica, INTERNATIONAL NURSING CONGRESS Theme: Good practices of nursing representations In the construction of society May 9-12, 2017.

LIMA, Cyanéa Ferreira Gebrim, MELCHIOR, Lorena Morena Rosa; MENEZES, Neyuska Amaral et al. Tricotomia pré-operatória: aspectos relacionados à segurança do paciente. Enfermería Global. n.34. p. 264-75. 2014.

LINCH, G. F. C.; GUIDO L. A.; FANTIN S. S. Enfermeiros de unidades de hemodinâmica do rio grande do sul: perfil e satisfação profissional. Texto& Contexto Enferm, Florianópolis, jul-set; v. 19, n.3, p. 488-95, 2010.

NICOLETTI, G. O fazer do enfermeiro em unidade de hemodinâmica. Monografia. 15f. 2011.

PRETTO, Carolina Henz, et al; O enfermeiro a Unidade de Hemodinâmica: relato de experiencia. XXIV Seminário de Iniciação Científica, UNIJUÌ, 2016.

SEHNEM, E. F.; ALITI, G. Perfil do enfermeiro de unidade de hemodinâmica do: habilidades e competências. Dissertação. 2009. [Pós-graduação em Enfermagem em Cardiologia], Rio Grande do Sul. 2009.

VIEIRA, L. C. et al. Dificuldades e Necessidades da Equipe de Enfermagem em Serviços de Hemodinâmica e Angiografia. Arq Ciênc Saúde, v.16, n.1, p. 21-50, 2009.

[1] Pós graduação em Cardiologia e Hemodinâmica. Graduação em Enfermagem.

[2] Orientadora. Mestrado em andamento em Mestrado Atenção em Saúde. Especialização em andamento em MBA Administração e Marketing Hospitalar. Especialização em Enfermagem Cardiologia. Especialização em Pós Graduação Urgência E Emergência. Graduação em enfermagem.

Enviado: Maio, 2020.

Aprovado: Agosto, 2020.

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Deyvid Guimarães Souza

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