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Dificuldades relacionadas aos saberes farmacológicos e técnicas envolvidos no preparo e administração de medicamentos

RC: 135211
324
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/saberes-farmacologicos

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL 

SEHN, Diovana Michaele [1], OLIVEIRA, Dalila Cassunde de [2],  SILVA, Kelen Cristina Ricardo da [3], ARGENTA, Maritê Inês [4], OLIVEIRA, Márcia de [5]

SEHN, Diovana Michaele. et al. Dificuldades relacionadas aos saberes farmacológicos e técnicas envolvidos no preparo e administração de medicamentos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 12, Vol. 05, pp. 05-23. Dezembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/saberes-farmacologicos, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/saberes-farmacologicos

RESUMO

O presente estudo caracterizou os conhecimentos farmacológicos e técnicas envolvidas no preparo e administração de medicamentos correlacionando-os com a demanda associada à jornada de trabalho. Para este estudo foi elaborada a seguinte questão norteadora: Quais as principais dificuldades dos enfermeiros atuantes em Unidade de Terapia Intensiva quanto aos saberes farmacológicos e técnicas envolvidas no preparo e administração de medicamentos? O objetivo geral é: Identificar as dificuldades envolvidas no preparo e administração de medicamentos, assim como nos saberes farmacológicos de enfermeiros que atuam em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa descritiva e exploratória com quinze enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva situada em um hospital público. O processo envolveu a aplicação de um questionário, estudo piloto, testes de confiabilidade do instrumento de coleta de dados, validação por especialistas, análise descritiva da amostra coletada e testes de correlação rô de Spearman. Os achados apontam algumas dificuldades dos enfermeiros participantes em conteúdos relacionados ao processo de administração de medicamentos. Ademais, encontrou-se correlações positivas entre as temáticas de cunho teórico e prático relacionados a área farmacológica e ao processo de administração de medicamentos, bem como entre a demanda e jornada de trabalho, contudo, não ocorreu correlação significativa entre conhecimento farmacológico e demanda de trabalho.

Palavras-chave: Conhecimento farmacológico, Demanda de trabalho, Processo de preparo e administração de medicamentos.

1. INTRODUÇÃO

A segurança do paciente abrange uma importante dimensão no âmbito da saúde quando o assunto envolve a qualidade assistencial. No ano de 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) implantou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (World Alliance for Patient Safety), a fim de estabelecer assuntos prioritários no âmbito desse tema, entre eles, os Eventos Adversos (EAs) relacionados aos erros de medicação (WHO, 2008).

Ao abordar EAs e Erros de Medicações (EMs) um importante fator a ser considerado são suas definições. Sendo assim, entende-se por EA o dano causado ao paciente, seja ele evitável ou não (FERREIRA et al., 2014). De outro modo, EMs referem-se a todos e quaisquer eventos, primordialmente, evitáveis que podem causar danos ao paciente ou à prática inadequada realizada por um profissional da saúde ou pelo próprio usuário do medicamento (NCCMERP, 2022). Salienta-se que os EMs podem estar relacionados com a prática profissional, com produtos utilizados para cuidado na área da saúde e, procedimentos e sistemas que envolvem a utilização de fármacos (NCCMERP, 2022).

Os EMs são, sobretudo, ocasionados pelo desconhecimento farmacológico dos profissionais (CHERAGI et al., 2013; EHSANI et al., 2013). Segundo Ehsani et al (2013), este constitui o segundo fator (27,65%), dentre os gerenciais e humanos associados ao EMs. Para Teixeira e Cassiani (2014), os seus motivadores relacionam-se a sobrecarga de trabalho dos funcionários, falta de treinamento sobre o tema, preparo e administração de medicamentos de vários pacientes ao mesmo tempo, interrupções durante o trabalho, entre outros aspectos. Lopes et al. (2012) também enfatizam a sobrecarga de trabalho dos profissionais como fator causador de EM, destacando a jornada excessiva e o déficit de funcionários como os responsáveis pela demanda excessiva de trabalho.

A inexperiência de trabalho, faltas de habilidades, conhecimento e a insatisfação profissional foram também destacadas como causas de EMs (LOPES et al., 2012; FERREIRA; JACOBINA; ALVES, 2014; HARTEL et al., 2011; VESTENA et al., 2014).

O sistema medicamentoso é amplamente complexo, envolvendo diferentes etapas dependentes de uma equipe multidisciplinar para o seu efetivo funcionamento. Segundo Cassiani et al. (2005), a primeira etapa compreende a prescrição do medicamento, desempenhada pelo médico; seguida pela sua distribuição, a qual o farmacêutico é o responsável; e, administração do medicamento e vigilância do cliente, atribuída aos cuidados dos enfermeiros.

Os erros evidenciados nesse processo são relatados em diferentes estudos ao longo das últimas duas décadas, sendo frequentes os erros no processo de administração de medicamentos (TEIXEIRA; CASSIANI, 2014; FRANCO et al., 2010; LORENZINI; SANTI; BÁO, 2014; DUARTE et al., 2015). Para se ter uma ideia, Borges et al. (2016) identificaram que 58 (51,3%) de 113 EMs estão relacionados ao erro no preparo e administração. Percentual este muito superior se comparado a outras etapas do sistema medicamentoso, como a prescrição, transcrição e dispensação (0,85%).

Quando direcionados a pacientes com quadros patológicos graves, como os comportados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), os erros podem trazer consequências ainda mais graves e devastadoras (LANZILLOTTI et al., 2015). Fato preocupante na medida que esse setor em específico do ambiente hospitalar tem demonstrado grandes índices de erros de administração de medicamentos em comparação a outras alas (NASCIMENTO et al., 2008).

Segundo Bohomol (2014), os grupos de medicamentos com maiores taxas de EMs nas UTIs são os antibióticos (25,2%), seguido pelos redutores de acidez gástrica (19,0%) e anti- hipertensivos (9,2%). Com relação aos antibióticos, a vancomicina, a piperacilina + tazobactam e o cefepime possuem maior índice de prescrição nas UTIs (NEVES; COLET, 2015). No entanto, mais recentemente, Moreira et al. (2017) sinalizaram a vancomicina e o meropenem como os fármacos com maior número de prescrições nesse local. No grupo dos redutores de acidez gástrica, o omeprazol e a ranitidina demonstraram ser os mais utilizados em UTIs (CEDRAZ; SANTOS JUNIOR, 2014; MOREIRA et al., 2017).

No Brasil, a equipe de enfermagem é responsável por preparar e administrar medicamentos. Como consequência, a necessidade de conhecer a ação da droga e os possíveis riscos ao administrá-la, tornam-se fatores essenciais para o exercício da profissão (BRASIL, 2007).

Acrescenta-se que o enfermeiro deve supervisionar a equipe delegada ao longo da preparação e administração do medicamento para que a mesma a execute propriamente (BRASIL, 1986).

Para isso, o enfermeiro necessita de conhecimentos farmacológicos que englobam, entre outros assuntos, a farmacodinâmica e a farmacocinética (SILVA et al., 2011). Tem-se, também, como importantes outras áreas: a Anatomia, a Fisiologia e a Ética nos Cuidados da Saúde (POTTER, 2013).

A farmacocinética estuda os movimentos que o fármaco realiza no organismo (FRANCO, 2016; FERRACINE; ALMEIDA; BORGES FILHO, 2014). Sua ação depende de fatores relacionados à absorção da droga, a distribuição do medicamento no organismo, sua biotransformação e excreção (FRANCO, 2016; FERRACINE; ALMEIDA; BORGES FILHO, 2014). Já a farmacodinâmica envolve aspectos relacionados ao mecanismo de ação dos fármacos no organismo (FRANCO, 2016). Esses fatores podem ser alterados de diferentes maneiras, entre eles destaca-se as vias de administração de medicamentos, tempo de infusão, dose administrada, rediluição, reconstituição e técnica de administração de medicamentos (FRANCO, 2016; FERRACINE; ALMEIDA; BORGES FILHO, 2014).

Nesse contexto, utilizando como base os argumentos expostos, a devida pesquisa pretende caracterizar os conhecimentos farmacológicos e técnicas envolvidas no preparo e administração de medicamentos correlacionando-os com a demanda de trabalho associada à jornada de trabalho. Como questão norteadora do estudo: Quais as principais dificuldades dos enfermeiros atuantes em Unidade de Terapia Intensiva quanto aos saberes farmacológicos e técnicas envolvidas no preparo e administração de medicamentos? O objetivo geral é: Identificar as dificuldades envolvidas no preparo e administração de medicamentos, assim como nos saberes farmacológicos de enfermeiros que atuam em Unidade de Terapia Intensiva.

2. METODOLOGIA

A pesquisa do tipo descritiva, exploratória, objeto do estudo em questão, desenvolve-se a partir de uma abordagem quantitativa tendo como cenário uma unidade de terapia intensiva de um hospital público localizado no município de São José, Santa Catarina. Esse setor é composto por duas alas: uma acomoda pacientes pós-operatórios e outra destinada a pacientes não cirúrgicos.

Os sujeitos da pesquisa foram enfermeiros que exercem atividades na unidade referida. Nesse sentido, no setor mencionado atuavam dezoito profissionais dos quais houve a participação efetiva de 15 trabalhadores. O critério de inclusão dos participantes foi: atuar no setor de UTI por pelo menos dois meses. Portanto, foram excluídos os sujeitos que não estavam em conformidade com o item versado. Salienta-se que todos os indivíduos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo anteriormente informados sobre o objetivo do estudo, a liberdade de retirar-se a qualquer momento durante e após a aplicação do instrumento de coleta de dados, dos possíveis riscos e benefícios da pesquisa, da garantia do sigilo e privacidade dos dados, entre outros fatores, conforme exigências dispostas em resolução (BRASIL, 2013).

O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário contendo perguntas abertas e fechadas, assistidas, com variáveis do tipo atributo e conhecimento sobre quatro medicamentos específicos, a saber, vancomicina, meropenem, omeprazol e ranitidina. O formulário comportava um total de vinte e seis quesitos dos quais seis buscavam retratar o perfil sociodemográfico e acadêmico dos participantes, sua experiência profissional e a demanda de trabalho. Das demais questões, dez foram relacionadas a conhecimentos primários de farmacodinâmica e farmacocinética e o excedente a conhecimentos e técnicas envolvidos no preparo e administração de medicamentos (tempo de infusão, reconstituição, rediluição, vias de administração e técnicas de administração) relativos aos fármacos já listados. No quadro 1 podemos observar as temáticas principais e específicas abordadas em cada item do questionário.

Quadro 1. Temáticas abordadas no formulário de pesquisa aplicado

Assunto principal Pergunta Assunto específico
Dados sociodemográfico 1 Sexo
2 Idade
Dados acadêmicos 3 Nível de escolaridade
Experiência profissional 4 Tempo de trabalho em UTI
Carga de trabalho 5 Jornada de trabalho
6 Autopercepção da demanda de trabalho
 

 

 

 

 

 

Farmacodinâmica e farmacocinética

7 Mecanismo de ação do meropenem
8 Mecanismo de ação da vancomicina
9 Mecanismo de ação do omeprazol
10 Mecanismo de ação da ranitidina
11 Absorção da vancomicina no organismo
12 Distribuição da vancomicina no organismo
13 Distribuição do meropenem e omeprazol no organismo
15 Absorção do omeprazol no organismo
16 Excreção da ranitidina no organismo
 

 

 

 

 

 

Conhecimentos e técnicas envolvidos no preparo e administração de medicamentos

17 Tempo de infusão da vancomicina via IV
18 Reconstituição do omeprazol injetável
19 Rediluição da ranitidina injetável
20 Rediluição do meropenem injetável
21 Administração do meropenem e da ranitidina
22
23 Vias de administração do omeprazol e da vancomicina
24
25 Técnica de administração do meropenem via IM
26 Técnica de administração da ranitidina via IV

Fonte: Autoras (2022).

Precedentemente a coleta da amostra atual, realizamos um estudo piloto com o formulário utilizado nesta pesquisa. No pré-teste, participaram quinze enfermeiros atuantes em UTIs, os quais responderam sem a identificação nominal e com a presença de um dos autores durante o seu preenchimento. Como resultado, os itens avaliados apresentaram confiabilidade de consistência interna adequada, comprovados através do coeficiente alfa de Cronbach, com repercussão acima de 70%.

Para a validação do instrumento utilizado participaram cinco enfermeiros especialistas em atendimento em alta complexidade e docentes de uma universidade privada do município de São José, Santa Catarina.

Após a realização dos testes referidos, com resultados satisfatórios, iniciou-se a coleta de dados no período de abril a maio de 2018 depois da aprovação do projeto pelo comitê de ética em pesquisa do hospital aplicado com o parecer número 2.563.828. O formulário foi entregue durante os plantões dos enfermeiros sob a presença de um integrante da pesquisa, o qual, os orientou a não utilizar nenhum meio de informação para preenchê-lo. Antes de entregá-lo aos sujeitos o identificamos com numerais cardinais de acordo com a ordem de aplicação do instrumento de coleta de dados para garantir o sigilo e privacidade dos indivíduos.

Neste estudo os itens do questionário foram divididos em dois grandes grupos. O grupo 1 compõe as questões sobre farmacodinâmica, farmacocinética, conhecimentos e técnicas envolvidas no preparo e administração de medicamentos. Os dois primeiros assuntos são destacados nesse estudo como conhecimento farmacológico teórico e o último qualificado como conhecimento farmacológico prático. As alternativas desse grupo são de múltipla escolha, com cinco opções de respostas, em que há somente uma assertiva, formando assim uma escala binária. Já o grupo 2 contém as perguntas relacionadas a jornada de trabalho e autopercepção da demanda de trabalho. Ambos os itens foram interpretados através de uma escala Likert de cinco pontos, sendo a carga horária de trabalho formada pelo ranking das respostas dos participantes.

Os dados foram analisados através do software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS (versão 22.0 for Windows) por meio de análise descritiva das variáveis (média, desvio padrão e frequência) e testes de confiabilidade de consistência interna, alfa de Cronbach, das escalas do primeiro e segundo grupo, separadamente. Para a realização deste teste, com relação ao primeiro grupo, considerou-se a soma dos acertos das questões de conhecimento farmacológico teórico, tal como, a de conhecimento farmacológico prático, formando assim, duas variáveis para um alfa de Cronbach. Já com relação ao segundo grupo, a jornada de trabalho ranqueada e a demanda de trabalho geraram um alfa de Cronbach. Ainda, efetuou-se o teste rô de Spearman entre os grupos mencionados, estabelecendo como critério de significância estatística resultados com p<0,05.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na tabela 1 é apresentado o perfil sociodemográfico dos enfermeiros participantes. Nota-se uma predominância do sexo feminino (80%) e média de idade de 36,6 anos, sendo que a maioria dos enfermeiros (46,6%) possuíam idade entre 30 e 39 anos.

Tabela 1. Caracterização da amostra do perfil sociodemográfico dos enfermeiros

Variáveis N %
Sexo
Feminino 12 80,0
Masculino 3 20,0
Idade
24-29 anos 4 26,7 Média: 36,6
30-39 anos 7 46,6 EP*: ± 2,5
40-52 anos 4 26,7

Fonte: Autoras (2022). Notas: * Erro padrão.

Ao analisar o perfil social desses profissionais percebeu-se que outros estudos também demonstraram mesma predominância de sexo nas atividades relacionadas a prestação dos cuidados aos pacientes nas UTIs (VIANA et al., 2014; CAMELO et al., 2013; FARIA; CASSIANI, 2011; SILVA; FERREIRA, 2011; LEITE et al., 2017). Essa preponderância pode ocorrer por diferentes fatores, entre eles podemos destacar a associação cultural existente entre mulheres e os afazeres que integram a profissão do enfermeiro (ALMEIDA et al., 2004).

Quanto à idade, a amostra apresentou um predomínio de enfermeiros mais jovens atuantes na UTI indo de encontro aos estudos de Viana et al. (2014). Nele, os autores, através de uma abordagem quantitativa do tipo exploratória e descritiva, constataram que 41% desses trabalhadores de um total de 295 profissionais, atuantes em UTIs, possuíam idade entre 30 e 39 anos, sendo que abaixo de 40 anos totalizam 81% dos sujeitos. Similarmente, Camelo et al. (2013), mostraram, no referido setor, uma maior porcentagem de enfermeiros (79%) com idade inferior a 40 anos.

Um dos motivadores que pode levar a prevalência desses trabalhadores nas UTIs é a possibilidade de adquirir experiência profissional após a formação acadêmica (SANTOS; CAMELO, 2015). Ainda, há relação com o próprio setor, no qual mantêm pacientes críticos que, consequentemente, demandam maior tempo de cuidados e cargas físicas maiores dos profissionais que estão nesse ambiente, em especial o enfermeiro, responsável direto pelo cuidado do enfermo (INOUE et al., 2013; GUERRER; BIANCHI, 2011).

Figura 1.  Enfermeiros por nível de escolaridade

Enfermeiros por nível de escolaridade
Fonte: Autoras (2022).

 

Na figura 1, podemos visualizar o nível de escolaridade dos 15 participantes da pesquisa. A maioria dos sujeitos possuíam pós-graduação Lato Sensu (73,3%) e apenas um enfermeiro pós-graduação Stricto Sensu. A minoria (20,0%) não possuíam pós-graduação. Salienta-se que dos sujeitos com pós-graduação Lato Sensu, 61,1% eram formados em diferentes áreas da saúde e 30,6% especializados em sua área de atuação, UTI.

A despeito da graduação ser uma forma inicial de desenvolver habilidades que serão essenciais em diferentes áreas de atuação assistencial na saúde, incluindo o cuidado direto aos pacientes críticos, a necessidade da busca contínua do conhecimento técnico-científico induz os enfermeiros à cursos de aperfeiçoamento, pós-graduação e a novas experiências profissionais (CAMELO et al., 2013).

Nesta pesquisa verificamos que a maioria dos enfermeiros continham especialização, demonstrando, possivelmente, um maior interesse desses trabalhadores em continuar aprimorando seus conhecimentos e habilidades para uma prática clínica mais segura. Essa realidade, em que há um aumento de especialistas entre os enfermeiros, é evidenciada com maior frequência no Brasil, incluindo nas UTI (VIANA et al., 2014).

Entretanto, percebeu-se que a maioria dos enfermeiros participantes do estudo com pós-graduação Lato Sensu não eram especializados em UTI. Fato que diferiu de um levantamento realizado por Balsanelli e Cunha (2016) em quatro UTIs do município de São Paulo, no qual é relatado que 90,9% dos enfermeiros entrevistados são especialistas e, grande maioria (46,6%) em sua área de atuação.

Tabela 2. Tempo de trabalho dos enfermeiros em UTI

Tempo de trabalho N %
< 1 ano 4 33,3
1-8 anos 8 46,7 Média: 7,9
> 8 anos 3 20,0 EP*: ± 2,7

Fonte: Autoras (2022). Notas: *Erro padrão.

Na tabela 2 podemos observar o tempo de trabalho na UTI dos enfermeiros participantes, com média de 7,9 anos (EP ± 2,7) e um número de onze profissionais atuantes nesse setor a mais de um ano.

Diferentes artigos têm evidenciado que boa parte dos enfermeiros nas UTIs já possuem experiência profissional há mais de um ano (CAMELO et al., 2013; MONTE et al., 2013; BALSANELLI; CUNHA, 2013). A convivência dos profissionais menos experientes com os que já adquiriram maior vínculo nos respectivos locais de trabalho é importante para a discussão dos desafios e as prováveis resoluções de situações que, possivelmente, os trabalhadores que se encontram a um maior tempo na unidade já vivenciaram (SANTOS; CAMELO, 2015).

Com relação ao grupo 1 verificamos que das vinte questões aplicadas a média de respostas corretas foi de 4,7 para a soma das perguntas sobre conhecimento farmacológico teórico e 5,1 para as relacionadas ao conhecimento farmacológico prático. O erro padrão foi de 0,5 e 0,4, respectivamente. Para avaliar a magnitude em que os itens da escala supracitados estão correlacionados foi utilizado o coeficiente alfa de Cronbach, o qual obtivemos o valor de 0,758 como resultado. Esses dados assim como as respostas dos participantes podem ser observados no quadro 2.

Quadro 2. Acertos dos enfermeiros nas questões teóricas e práticas sobre conhecimento farmacológico

Participante S.A.Q.T1 S.A.Q.P2 S.A.Q.T.P3
1 5 4 9
2 4 4 8
3 4 4 8
4 7 6 13
5 4 7 11
6 6 6 12
7 3 7 10
8 5 7 12
9 9 8 17
10 2 3 5
11 5 5 10
12 5 3 8
13 3 3 6
14 2 3 5
15 7 6 13
Total 15 71 76 147
Média 4,7 5,1
Erro padrão 0,5 0,4
Alfa de Cronbach 0,758

Fonte: Autoras (2022). Notas: (1) Soma dos acertos das questões teóricas. (2) Soma dos acertos das questões práticas. (3) Soma dos acertos das questões teóricas e práticas.

De acordo com nossos achados 51% do total das questões do grupo 1 foram respondidas incorretamente pelos quinze participantes da pesquisa. Em um estudo semelhante, as falhas com relação ao total de respostas incorretas sobre o conhecimento farmacológico foram um pouco menores, porém ainda com elevada taxa de erro (36%) (SIMONSEN et al., 2011). Situação semelhante é apresentada por Lan et al. (2014), em que o total de desacertos foi de 27,1% entre os 272 enfermeiros participantes.

Isto posto, salienta-se que 60% dos enfermeiros integrantes deste estudo obtiveram um erro igual ou superior a 50%. Em um estudo de Faria e Cassiani (2011), porcentagens análogas foram obtidas. Os autores encontraram em uma amostra de 51 enfermeiros de três UTIs que mais da metade dos sujeitos grifaram alternativas errôneas sobre assuntos constituintes da área farmacológica.

A respeito do coeficiente de confiabilidade utilizado nas escalas, alfa de Cronbach, torna-se importante frisar que apesar de ocorrer divergência entre as opiniões de diferentes autores sobre sua porcentagem aceitável, um valor mínimo do alfa considerado para avaliar a consistência interna de uma escala é de 0,70 (ALMEIDA; SANTOS; COSTA, 2010). Sendo assim, a média de correlação entre os itens do primeiro grupo mostrou-se satisfatória.

É interessante ressaltar que o conhecimento farmacológico teórico e prático neste estudo está positivamente correlacionado (rô = 0,544), ou seja, possuem uma interligação. Diferentes autores têm enfatizado que conhecimentos relativos a farmacodinâmica e farmacocinética dos medicamentos são fatores que podem influenciar na sua administração. Ou seja, proporcionando uma maior assertividade na via de administração do medicamento, em seu tempo de infusão, na dosagem a ser administrada e na diluição dos fármacos (FRANCO, 2016; FERRACINI; ALMEIDA; BORGES FILHO, 2014).

No que concerne aos componentes do grupo 2 podemos observar os resultados obtidos através do quadro 3. Nota-se que a média da jornada de trabalho adquirida a partir da soma de todos os locais de trabalho exercidos por cada profissional foi de 46,4 horas semanais (EP ± 5,2) e que a maioria dos participantes trabalhavam de 30 a 40 horas por semana (66,7%). Já com relação a autopercepção da demanda de trabalho observou-se que 53,3% a consideraram normal, 40% qualificaram-na como alta e 6,7% como excessiva.

Quadro 3. Jornada e demanda de trabalho semanal dos enfermeiros

 

Participante

Jornada de trabalho semanal em horas Demanda de trabalho semanal
1 34 Alta
2 40 Normal
3 40 Alta
4 30 Normal
5 36 Normal
6 30 Normal
7 60 Alta
8 70 Excessiva
9 30 Normal
10 36 Normal
11 80 Alta
12 40 Normal
13 45 Normal
14 95 Alta
15 30 Alta
Média 46,4
Erro padrão 5,2

Fonte: Autoras (2022).

Quanto à jornada de trabalho, o artigo de Inoue et al. (2013) demonstrou situação semelhante aos achados deste estudo. Na pesquisa 93% dos trabalhadores atuavam 36 ou 40 horas em um total de sete dias. Essa realidade é evidenciada no Brasil não apenas entre atuantes em UTIs, mas entre todos os profissionais da área de enfermagem. Em um artigo de Machado et al. (2016), através do cadastro dos profissionais de enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (COREN), averiguaram entre 1,8 milhões de profissionais brasileiros, sendo 414 mil enfermeiros, que a média de horas trabalhadas pelos sujeitos era de 31 a 60 horas semanais.

Com relação a demanda de trabalho esse estudo apresentou um número considerável de enfermeiros afirmando que a julgavam elevada. Da mesma forma, ao mensurar a carga de trabalho pela Nursing Activities Score (NAS), Novaretti et al. (2014) constataram a sobrecarga de trabalho dos enfermeiros atuantes em duas UTIs. Os autores impuseram que esse fator é preocupante, pois pode aumentar os riscos de eventos adversos e a mortalidade dos pacientes. Ainda, relataram que dependendo dos seus motivadores desencadeantes, como a falta de funcionários, há possibilidade de elevar as taxas de infecções hospitalares de pacientes críticos.

No que se refere a análise de confiabilidade de consistência interna das escalas do grupo 2 obtivemos uma correlação aceitável entre os itens. O resultado pode ser observado no quadro 4.

Quadro 4. Coeficiente alfa de Cronbach entre a demanda e jornada de trabalho

Alfa de Cronbach (0<〈<1)
Grupo 2 0,726

Fonte: Autoras (2022).

Hipóteses que relacionam a demanda de trabalho excessiva com a carga horária de trabalho semanal acentuada desempenhadas por profissionais da área da enfermagem têm sido levantadas (PROCHNOW et al., 2013). No presente trabalho, apesar de não se investigar as possíveis causas que levam a demanda de trabalho excessiva, foi encontrada uma associação direta (rô = 0,553) entre a jornada e demanda de trabalho dos enfermeiros. Lembrando que boa parte dos profissionais participantes trabalhavam de 30 a 40 horas semanais e ainda assim classificaram sua demanda de trabalho alta. Isso sugere que a sobrecarga de trabalho para enfermeiros atuantes em UTI não se deve somente a quantidade de horas, mas também a outros fatores não investigados (LOPES et al., 2012).

Acerca do teste de correlação rô de Spearman entre os dois grupos apontados, seguindo os critérios estipulados (p-valor < 5%), não houve correlação estatisticamente significativa entre seus itens. Desta forma, o estudo indica que dentro da amostra apresentada o conhecimento farmacológico e a demanda de trabalho não estão correlacionados de forma direta.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo identificamos algumas dificuldades relacionadas aos saberes farmacológicos e técnicas envolvidos no preparo e administração de medicamentos apresentados por 15 enfermeiros atuantes em uma UTI. Como resultados, ainda que na ocorrência de acertos, os participantes demonstraram elevados percentuais de erros em conteúdos básicos relacionados ao preparo e administração de medicamentos. Outro achado interessante foi a correlação positiva encontrada entre os assuntos supracitados, o que salientou a associação entre as temáticas de cunho teórico e prático. Ainda, levantamos as concepções dos trabalhadores com relação a sua demanda de trabalho a fim de correlacioná-la com a sua jornada de trabalho, o que acarretou na interligação entre os itens. Por fim, analisamos o perfil sociodemográfico, acadêmico e profissional dos enfermeiros, assim como, realizamos testes de correlação entre o conhecimento farmacológico e a demanda de trabalho. Como consequência não encontramos correlação direta entre eles.

Contudo, deve-se considerar as limitações deste estudo. Dentre elas podemos citar a homogeneidade e o quantitativo dos sujeitos que compuseram a amostra. Desta forma, propusemos uma replicação do estudo em uma amostra maior e mais heterogênea em trabalhos futuros.

REFERÊNCIAS 

ALMEIDA, Diogo; SANTOS, Marco Aurélio Reis dos; COSTA, Antônio Fernando Branco. Aplicação do coeficiente alfa de cronbach nos resultados de um questionário para avaliação de desempenho da saúde pública. In: Anais do XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2010; São Carlos. Rio de Janeiro: Abepro, 2010. p. 1 – 12. Disponível em: https://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STO_131_840_16412.pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.

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[1] Enfermeira na Instituição SOS Cárdio – Serviços hospitalares SC. ORCID: https://orcid.org/0009-0006-8549-3036.

[2] Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina. ORCID: https://orcid.org/0009-0002-2734-0278.

[3] Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sá – São José – Santa Catarina.

[4] Enfermeira do Instituto de Cardiologia do Estado de Santa Catarina. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4299-654X.

[5] Especialista em Saúde Coletiva. ORCID: https://orcid.org/0009-0006-3120-5158.

Enviado: Outubro, 2022.

Aprovado: Dezembro, 2022.

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Dalila Cassunde de Oliveira

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