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Avaliação da qualidade do sono e índice de estresse em acadêmicos de graduação noturna

RC: 36729
1.012
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/qualidade-do-sono

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CASTRO, Ellen de Jesus Silva [1], SOUZA, Débora Cristina de [2], LIMA, Paloma Cristina de [3], ASSIS, Isabela Bacelar de [4], FILHO, Marcelo Limborço [5], MARINS, Fernanda Ribeiro [6]

CASTRO, Ellen de Jesus Silva. et al. Avaliação da qualidade do sono e índice de estresse em acadêmicos de graduação noturna. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 09, Vol. 02, pp. 169-190. Setembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/qualidade-do-sono, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/qualidade-do-sono

RESUMO

A formação acadêmica é fundamental para a capacitação profissional e sua efetividade depende de condições adequadas do meio físico, da qualidade de ensino, do tempo de estudo, da concentração e do nível de atenção. O estresse e o sono são fatores que influenciam diretamente o aprendizado. Estudos prévios evidenciaram que os estudantes do período noturno apresentam alterações nos níveis de estresse emocional, bem como no sono. Nessa luz, o presente estudo tem como objetivo analisar a correlação entre estresse, sono, parâmetros cardiovasculares e índices glicêmicos em estudantes acadêmicos do curso noturno de Biomedicina da Faculdade de São Lourenço. Foram realizadas avaliações através da auto-análise dos distúrbios de sono pelos PSQI (Índice de qualidade de sono de Pittsburgh) e da ESE (Escala de Sonolência de EPWORTH), níveis de estresse pelo Perceived Stress Scale (Escala de Estresse Percebido), apresentada com 14 indicadores (PSS 14), qualidade de vida pelo WHOQOL-BREF (The World Health Organization Quality of Life Assessment) e possíveis comorbidades através da avaliação do índice de massa corporal, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, pressão arterial e medida da glicemia da comunidade de 12 estudantes do curso de Biomedicina da Faculdade de São Lourenço. Os resultados mostram que os alunos de ambos os sexos possuem índices alterados de níveis de sono e se encontram sob condição de estresse. Adicionalmente, nos dados observados, as mulheres apresentaram qualidade de vida, de sono e nível de estresse mais prejudicados quando comparadas aos homens. Futuros estudos e intervenções são necessários para tentar melhorar a qualidade de vida dos alunos de graduação noturna.

Palavras-Chave: Estudante noturno, estresse, sono, qualidade de vida.

1. INTRODUÇÃO

Um distúrbio da homeostase desencadeado por diversos fatores necessário à sobrevivência, o estresse, tem sido muito estudado por diversos pesquisadores que avaliam sua relação com possíveis danos à saúde do indivíduo (SOUZA e FIGUEIREDO, 2004). Selye, em 1950, definiu estresse como “um conjunto de relações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço e adaptação”, e estressor como ”todo agente ou demanda que evoca reação de estresse, seja de natureza física, mental ou emocional”.

Especificamente, o estresse emocional envolve uma série de alterações neurais, hormonais, cardiovasculares e de metabolismo, que promovem consequentes alterações comportamentais, tais como, sensações de medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação, reação de fuga ou luta e até mesmo agressividade (LIPP e ROMANO,1987).

Diversos estudos demonstram que situações de estresse emocional com elevada frequência está presente em acadêmicos de cursos de ensino superior. O ingresso no ensino superior é acompanhado de um processo de adaptação ao novo ambiente, com diversas mudanças relacionadas a aspectos pessoais, sociais, emocionais e acadêmicos. São inúmeros os fatores acadêmicos que marcam a trajetória dos estudantes, tais como, grande volume de conhecimento técnico específico de um curso de graduação, redução no tempo de permanência com a família, obstáculos contrários ao exercício do estudo extraclasse, dificuldade de aprendizado, associação do estudo com uma carga horária de trabalho excessiva, redução do sono provocado por ritmos mais intensos de estudo e, ainda em alguns casos, necessidade de deslocamento realizado por estudantes de sua cidade de origem para o local da instituição de ensino (REIMÃO, 1996; ALMEIDA e SOARES, 2004). Em conjunto, essas transformações podem desencadear alterações no comportamento psicossocial dos alunos, observados através de elevados níveis de estresse e de alterações no desempenho acadêmico, sendo, também, a qualidade do sono um importante fator afetado de forma direta (REIMÃO, 1996; ARAÚJO e ALMONTES, 2010).

O sono é uma função biológica fundamental na consolidação da memória, na visão binocular, na termoregulação, na conservação e restauração da energia, e na restauração do metabolismo energético cerebral (FERRARA e DEGENNARO, 2001). O sono normal varia ao longo do desenvolvimento humano quanto à duração, distribuição de estágios e ritmo circadiano (POYARES e TUFIK, 2002).Frente a situações estressantes,ocorrem perdas na duração, manutenção e qualidade do sono (FERRARA e DEGENNARO, 2001).

Fisiologicamente, o sono ocorre durante o período noturno, quando não há luminosidade ambiental, sendo coordenado por um complexo relógio biológico próprio que envolve os sistemas nervoso central e periférico, e o sistema endócrino através da produção e liberação de alguns hormônios como a melatonina, o cortisol, hormônio do crescimento e a serotonina (GOICHOT et al.,1998).

O sono e o estresse interagem de forma bidirecional, compartilhando vias do sistema nervoso central (SNC) e do metabolismo (SOUZA e FIGUEIREDO, 2004). Portanto, é possível que essa correlação anatômica e funcional participe dos mecanismos subjacentes responsáveis, pelo menos ​​em parte, pela crescente prevalência de distúrbios metabólicos, como obesidade e diabetes (SOUZA e FIGUEIREDO, 2004).

Apesar de clara relação entre o estresse emocional e/ou físico e o sono, existem poucos estudos que abordaram essas variáveis frente ao contexto do estudante de curso superior noturno. O aumento do índice de cursos de ensino superior em período noturno merece atenção quanto à caracterização do seu estudante, embora, inexistam estatísticas oficiais que discutam sua condição socioeconômica, sexo, faixa etária, atividades diárias e outros atributos pessoais (VARGAS, 2010).

Dessa maneira, iniciativas que avaliem o sono e os níveis de estresse em alunos de cursos noturnos de nível superior são de extrema importância para traçar futuras iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida desses estudantes e minimizar o surgimento de possíveis patologias associadas ao estresse. Sendo assim, o objetivo deste estudo será analisar a influência do estresse sobre a qualidade do sono, sua correlação com a glicemia e parâmetros cardiovasculares entre os acadêmicos de cursos noturnos de Biomedicina da Faculdade de São Lourenço – UNISEPE.

2. METODOLOGIA

Com o objetivo de analisar a Influência do estresse na qualidade do sono entre acadêmicos do curso noturno de Biomedicina da Faculdade de São Lourenço – UNISEPE, aplicou-se uma autoanálise da qualidade de vida e dos distúrbios de sono e estresse por meio do questionário de qualidade de vida (WHOQOL-BREF),do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) e da Escala de Sonolência de Epworth (ESE). O PSS-14 (Perceived Stress Scale) foi utilizado na avaliação de estresse, questionário do perfil do estudante e, por fim, medida da pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação de oxigênio e glicemia.

Todos os procedimentos citados acima foram submetidos e autorizados pelo Comitê de Ética local (CEP UNISEP: número 2.950.939).

A amostra foi composta por um número de 12 acadêmicos do curso noturno de Biomedicina da Faculdade de São Lourenço – UNISEPE, localizada na cidade São Lourenço, MG, Brasil. Foram incluídos alunos de ambos os sexos, com idades entre 20 a 30 anos, cursando o sétimo período da graduação em Biomedicina, que firmaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

A amostra foi caracterizada através dos dados captados por um questionário aplicado que avaliou: gênero, idade, endereço, tabagismo, utilização de bebidas alcoólicas, prática de exercícios físicos, utilização de medicação para dormir e utilização de outros tipos de medicamentos.

A qualidade de vida foi avaliada através do questionário WHOQOL-BREF, o qual é composto por 26 questões, sendo duas a respeito da qualidade de vida em geral e as demais representam cada uma das 24 facetas que compõem o instrumento original divididas em quatro domínios: físico (dor física e desconforto, dependência de medicação/tratamento, energia e fadiga, mobilidade, sono e repouso, atividades da vida cotidiana, capacidade para o trabalho), psicológico (sentimentos positivos e negativos, espiritualidade/crenças pessoais, aprendizado/memória/concentração, aceitação da imagem corporal e aparência, autoestima), relação social (relações pessoais, atividade sexual, suporte/apoio social) e ambiente (segurança física, ambiente físico, recursos financeiros, novas informações/habilidades, recreação e lazer, ambiente no lar, cuidados de saúde, transporte). As pontuações de cada domínio foram transformadas numa escala de 0 a 100 e expressas em termos de médias, conforme preconiza o manual produzido pela equipe do WHOQOL, sendo que médias mais altas sugerem melhor percepção de qualidade de vida.

O estresse emocional percebido foi avaliado através da escala, denominada Perceived Stress Scale (Escala de Estresse Percebido), composta de 14 itens (PSS 14) que mensuram a percepção dos frente a situações estressantes. O PSS possui 14 questões com opções de resposta que variam de zero a quatro (0=nunca; 1=quase nunca; 2=às vezes; 3=quase sempre 4=sempre). As questões com conotação positiva (4, 5, 6, 7, 9, 10 e 13) têm sua pontuação somada invertida, da seguinte maneira, 0=4, 1=3, 2=2, 3=1 e 4=0. As demais questões são negativas e devem ser somadas diretamente. O total da escala é a soma das pontuações destas 14 questões e os escores podem variar de zero a 56 (LUFT, 2007).

O Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESE)foram utilizados para avaliar a qualidade subjetiva do sono, sendo ambos os instrumentos com confiabilidade e validade previamente estabelecidas (BERTOLAZI et al.,2008; VITORINO et al., 2006; RODRIGUES et al., 2002). O PSQI é composto por 19 itens agrupados em sete componentes, cada qual pontuado em uma escala de 0 a 3, avaliando: (1) a qualidade subjetiva do sono; (2) a latência do sono; (3) a duração do sono; (4) a eficiência habitual do sono; (5) as alterações do sono; (6) o uso de medicações para o sono; e (7) a disfunção diurna. Os escores dos sete componentes são somados para conferir uma pontuação global do PSQI, a qual varia de 0 a 21. Pontuações de 0-4 indicam boa qualidade do sono, de 5-10 indicam qualidade ruim e acima de 10 indicam distúrbio do sono. Neste estudo, foi utilizada a versão validada deste instrumento em português (CHELLAPPA e ARAUJO, 2007).

Por sua vez, para a avaliação da sonolência diurna excessiva foi utilizada a ESE, que indica as chances de cochilar, cuja pontuação vai de 0 a 24, caracteriza-se a sonolência excessiva valores acima de 10 pontos (VITORINO et al., 2006). Estudos clínicos com polissonografia, padrão-ouro para o diagnóstico dos distúrbios do sono, demonstraram que medidas na ESE acima de 10 estão associadas a distúrbios do sono (RODRIGUES et al., 2002). Esta escala vem acompanhada das instruções para pontuação das situações indagadas, tais como chance de cochilar sentado, lendo ou assistindo à televisão. A pontuação é indicada pelo estudante de acordo com as seguintes correspondências: 0: “não cochilaria nunca”;1: “pequena chance de cochilar”; 2: “moderada chance de cochilar”; e 3: “grande chance de cochilar”. A pontuação indicada pelo estudante em todas as situações indagadas é somada e analisada. Resultados entre 0 e 10 pontos indicam ausência de sonolência; entre 10 e 16 pontos, sonolência leve; entre 16 e 20 pontos, sonolência moderada; e entre 20 e 24 pontos, sonolência severa.

Para verificar a possível correlação do sono e estresse com glicemia, obesidade e controle cardiovascular, foram avaliados:

  • Índice de massa corporal – IMC (peso/altura²), através de uma fita métrica e uma balança calibrada;
  • Frequência cardíaca e saturação de oxigênio, através de um oxímetro de pulso;
  • Pressão arterial, através do auxílio do esfigmomanômetro e um estetoscópio, e;
  • Medida da glicemia, através de um glicosímetro.

Foram realizadas avaliações antropométricas (peso, altura e índice de massa corporal) baseadas em estudos transversais de seis países (Brasil, EUA, Grã Bretanha, Hong Kong, Holanda e Cingapura) recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliação do estado nutricional. De acordo com a referência da OMS, baixo peso é <18,5, peso adequado é entre ≥ 18,5 e < 25, sobrepeso é indicado por valores entre ≥ 25 e < 30 e Obesidade ≥ 30.

Os resultados foram analisados estatisticamente pelo software Graphpad Prisma 5 e expressos como média ± erro padrão da média. Na análise estatística dos resultados dentro de um mesmo grupo experimental foi utilizado o teste t Student pareado. O nível de significância foi fixado em p<0,05.

3. RESULTADOS

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 12 alunos, sendo 7 mulheres e 5 homens graduandos do 7º período de Biomedicina, com faixa etária entre 20 e 30 anos.

As mulheres apresentam um IMC médio de 24,2, caracterizado dentro da normalidade, enquanto os homens apresentam uma média de 27,2, sendo indicado como sobrepeso.

Levando-se em consideração o aumento de morbidades causadas por doenças cardiovasculares no Brasil, e o fato de que fatores emocionais, estilo de vida, hábitos nutricionais, temperatura ambiente, estado de vigília ou sono e uso de drogas podem afetar diretamente o sistema cardiovascular, a pressão arterial foi aferida com o auxílio de um esfigmomanômetro para aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD). Valores de pressão arterial de PAS 120 mmHg e PAD 80 mmHg são considerados normais,é considerado como pré-hipertensão valores de PAS 121-130 mmHg e PAD de 81-89 mmHg, e hipertensão valores acima de130 mmHg para PAS e de 90 mmHg para PAD. A amostra do grupo do sexo feminino apresentou resultado de PAS média de 110 mmHg e PAD média de 80mmHg,demonstrando valores dentro do parâmetro da normalidade. Da mesma maneira, a amostra do grupo do sexo masculino resultou em médias de 120 mmHg e 80 mmHg para PAS e PAD, respectivamente, também considerados valores normais de acordo com o ministério da saúde.

A mensuração da glicemia média do grupo do sexo feminino foi de 92.4 mg/dL de sangue, enquanto que a amostragem média do grupo do sexo masculino foi 91.4 mg/dL de sangue.Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, valores de glicemia inferiores inferior a 70 mg/dL caracteriza um quadro de hipoglicemia, valores de 70 mg/dL a 110mg/dL são considerados normais, valores entre 101 mg/dL e 125 mg/dL são considerados pré-diabéticos, e valores superiores a 126 mg/dL classificam o quadro como diabetes. Desta forma, tanto as mulheres quanto os homens do estudo enquadram-se dentro da normalidade glicêmica.

Para mensuração de saturação de oxigênio e frequência cardíaca, foi utilizado um oxímetro de pulso, o qual foi utilizado para verificar o nível de oxigênio no sangue e indicar o número de contrações do coração por minuto (bpm), sem necessidade de puncioná-lo com uma agulha. Em pessoas saudáveis a saturação varia entre 95 a 100%. O estudo demonstrou que as mulheres apresentaram uma média de 94,80%, um indicativo próximo ao limiar inferior. Os homens da amostragem, por sua vez, apresentaram uma média de 95,20%, indicando um valor normal. A frequência cardíaca normal varia de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm). O valor médio das mulheres foi de 97 bpm, enquanto a média dos homens foi de 91 bpm.

O questionário de caracterização da amostra mostrou que nenhum dos estudantes é fumante, três indivíduos declararam beber socialmente (25%), dois praticam exercícios (16,6%) e dois fazem uso regular de medicamentos (16,6%).

Os dados de IMC, PAS, PAD, glicemia, saturação de oxigênio e frequência cardíaca foram agrupados na tabela abaixo (Tabela 1):

Tabela 1: Dados referentes aos estudantes como gênero, IMC, PAS, PAD, glicemia, saturação e frequência cardíaca.

Feminino Masculino
Gênero 7 5
IMC 24,2 27,2
PAS 110mmHg 120mmHg
PAD 80mmHg 80mmHg
Glicemia 92,4 91,4
Saturação 0,948 0,952
FC 97bpm 91bpm

Fonte: Autor.

Os dados do questionário relativo aos hábitos de vida dos entrevistados foram agrupados na tabela 2.

Tabela 2: Dados dos hábitos de vida dos estudantes: consumo de tabaco, utilização de bebidas alcoólicas, prática de exercícios e uso de medicamentos.

Sim Não
Tabagista 0 12
Bebida Alcoólica 3 9
Pratica Exercícios 2 10
Uso de Medicamentos 2 10

Fonte: Autor.

O questionário The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL) foi utilizado para avaliar a qualidade de vida de pacientes e eficácia de tratamentos. Em 1990, a OMS formulou um sistema de avaliação da qualidade de vida composto de 100 questões. Este instrumento foi simplificado resultando no WHOQOL-BREF, o qual compõe de 26 questões, sendo duas delas gerais e as demais 24 envolvendo as facetas do instrumento original.

Com relação às duas questões gerais do WHOQOL-BREF, os estudantes classificam espontaneamente sua qualidade de vida e suas condições de saúde regular.

Quanto aos domínios específicos, foi avaliado o domínio físico, que é composto por sete questões e apresentam situações referentes ao trabalho, locomoção e disposição diante à dor. Neste estudo, as mulheres apresentaram um domínio regular, segundo padrões pré-determinados a análise indicou que o parâmetro sono e repouso é classificado como necessita melhorar, escores regulares de atividades da vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamentos e de dor e desconforto; também apresentaram escore bom para os parâmetros mobilidade, capacidade de trabalho e de energia e fadiga. Os homens apresentam um domínio regular, com escores regulares, como o de atividades da vida cotidiana, sono e repouso dependência de medicação ou de tratamentos, dor e desconforto e capacidade de trabalho; apresentaram escores bons de energia e fadiga e mobilidade.

O domínio psicológico é composto por seis questões referentes a sentimentos positivos, crenças pessoais, aceitação da aparência física e autoestima. Neste estudo, as mulheres amostradas apresentaram um domínio regular com escore que necessita melhorar nos parâmetros sentimentos positivos, seguido de escores regulares como o de autoestima, espiritualidade religião e crenças pessoais, imagem corporal e aparência, sentimentos negativos e pensar, aprender, memória e concentração. Os homens apresentaram um domínio regular, seguido de escores regulares como o de sentimentos positivos, imagem corporal e aparência, sentimentos negativos, pensar, aprender, memória e concentração, espiritualidade/religião/ crenças pessoais, também, o escore bom de autoestima.

O domínio de relações sociais é avaliado em três questões que dizem respeito às suas relações pessoas, apoio social e vida sexual. As mulheres mostraram um domínio regular com escore regular em atividade sexual e escores bons em relações pessoais e suporte (apoio) social. Os homens apresentaram um domínio regular com escores regulares em relações pessoais e suporte (apoio) social e escore bom em atividade sexual.

O domínio meio ambiente é composto de oito questões no qual apresenta situações referentes a transporte, condições de moradia, segurança, acesso aos serviços de saúde, oportunidades de novas informações. A tabela mostra que as mulheres sofrem grande influência dos fatores ambientais, se mantendo com domínio e escores baixos, necessitam adquirir novas informações, recursos financeiros e ambiente no lar; escores regulares como o de cuidados de saúde/sociais e oportunidades de recreação/lazer, ambiente físico e transporte. A amostra masculina, por sua vez apresentou o domínio regular, com escores regulares em recursos financeiros, ambiente no lar, segurança física e proteção, ambiente físico e transporte, escore bom em participação em, e oportunidades de recreação/lazer.

Os dados sumarizados estão apresentados na tabela abaixo.

Tabela 3: Questionário The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL),composto por 26 questões. Média das respostas obtidas pelos homens e pelas mulheres.

Mulheres Homens
1 – PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA 3,86 3,40
2 – SATISFAÇÃO COM A SAÚDE 3,57 3,60
Domínio 1 – Domínio físico 3,73 3,77
3. Dor e desconforto 3,86 3,80
4. Energia e fadiga 4,70 4,20
10. Sono e repouso 2,70 3,60
15. Mobilidade 4,00 4,40
16. Atividades da vida cotidiana 3,15 3,20
17. Dependência de medicação ou de tratamentos 3,57 3,40
18. Capacidade de trabalho 4,14 3,80
Domínio 2 – Domínio psicológico 3,26 3,43
5. Sentimentos positivos 2,86 3,20
6. Pensar, aprender, memória e concentração 3,58 3,60
7. Autoestima 3,00 4,00
11. Imagem corporal e aparência 3,43 3,20
19. Sentimentos negativos 3,57 3,20
26. Espiritualidade/religião/crenças pessoais 3,14 3,40
Domínio 3 – Relações sociais 3,95 3,87
20. Relações pessoais 4,00 3,80
21. Suporte (Apoio) social 4,00 3,60
22. Atividade sexual 3,86 4,20
Domínio 4 – Fatores ambientais 2,86 3,63
8. Segurança física e proteção 3,43 3,40
9. Ambiente no lar 2,71 3,40
12. Recursos financeiros 2,43 3,20
13. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade 3,00 4,20
14. Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades 2,00 3,20
23. Participação em, e oportunidades de recreação/lazer 3,00 4,00
24. Ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima) 3,00 3,80
25. Transporte 3,28 3,80
Escala: necessita melhorar (1 até 2,9); regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa (5)

Fonte: Autor. 

Quanto ao resultado das respostas dos estudantes à Escala de Estresse Percebido, foi evidenciado que as mulheres apresentaram média de 35,3 ± 1,2 e os homens apresentaram média de 26,4 ± 2. Verificou-se que as mulheres apresentam maior índice de estresse percebido do que os homens. Considerando-se os seguintes escores: baixo nível de estresse (15-28), nível moderado (29-42) e alto nível de estresse (>43), os homens apresentaram nível de estresse baixo, enquanto as mulheres nível moderado de estresse (figura 1).

Figura 1: Escala de estresse percebido entre mulheres e homens

Fonte: Autor.

Para a avaliação da qualidade do sono, foi utilizado o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI). Os dados foram agrupados na tabela 4. A qualidade subjetiva de sono é apontada como muito boa por 43% das mulheres e por 20% dos homens, já 28% das mulheres e 40% dos homens responderam que possuem qualidade subjetiva de sono boa e 29% das mulheres e 40% dos homens responderam que possuem qualidade subjetiva de sono ruim.

Quanto ao tempo para induzirem ao sono, 80% dos homens e 71,4% das mulheres responderam que possuem um período de tempo de latência de sono de menos de 15 minutos, 20% dos homens e 28,6% das mulheres responderam que possuem um período de tempo de latência de sono de (16 a 30 minutos).

Tabela 4: Comparação entre homens e mulheres de acordo com o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh: Duração de sono, eficiência habitual de sono, distúrbios do sono, uso de medicação para dormir e disfunção durante o dia.

Mulheres Homens
Componente 3: Duração do sono: 7h 28min 6h
Componente 4: Eficiência habitual do sono: 89% 84%
Componente 5: Distúrbios do sono: 9 8
Componente 6: Uso de medicação para dormir: 1 0
Componente 7: Disfunção durante o dia: 13 10

Fonte: Autor. 

A tabela 4 demonstra que as mulheres apresentam uma duração média de sono de 7h 28min, enquanto os homens uma média de 6h. Ademais, a eficiência habitual de sono das mulheres é de 89%, enquanto que a dos homens é de 84%; as mulheres possuem nota 9 em relação aos distúrbios do sono enquanto os homens possuem nota 8; quanto ao uso de medicamentos para dormir, 14,28% das mulheres responderam que fazem uso, enquanto que nenhum dos homens afirmou fazer uso do mesmo. De acordo com a tabela, as mulheres apresentam nota 13 para disfunção durante o dia, enquanto os homens apresentam nota 10.

A análise global do questionário mostrou que o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh, as mulheres apresentaram uma média de 10.8 ± 0.9 e os homens apresentaram uma média de 7.6 ± 0.9. O gráfico aponta (P=0.0322) (Figura 2).

Figura 2: Média de homens e mulheres de acordo com o PSQI. Os dados agrupados mostraram que as mulheres (vermelho) possuem o escore 10.8±0.9 e os homens (azul) possuem escore de 7.8±0.9, sendo essa diferença estatisticamente significante com p=0.0322, demonstrando que mulheres possuem pior qualidade do sono quando comparadas aos homens.

Fonte: Autor.

Para avaliar o grau de sonolência diurna, foi utilizado a Escala de Sonolência de Epworth (ESE). Resultados entre 0 e 10 pontos indicam ausência de sonolência; entre 10 e 16 pontos, sonolência leve; entre 16 e 20 pontos, sonolência moderada; e entre 20 e 24 pontos, sonolência severa. De acordo com dados fornecidos no gráfico, as mulheres obtiveram pontuação de 13,2 ± 1,9 enquanto os homens obtiveram uma pontuação de 6 ± 1,7. As mulheres apresentaram sonolência leve, enquanto os homens ausência de sonolência. Os dados demonstrados na figura 3 apontam que as mulheres obtiveram escores significativamente maiores do que os homens.

Figura 3: Escala de sonolência Epworth entre homens e mulheres. Os dados agrupados mostraram que as mulheres (vermelho) possuem o escore 13.2±1.9 e os homens (azul) possuem escore de 6±1.7, sendo essa diferença estatisticamente significante com p=0.029, demonstrando que mulheres possuem maior sonolência quando comparadas aos homens.

Fonte: Autor.

4. DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivo comparar a qualidade do sono, nível de estresse e qualidade de vida entre estudantes do ensino noturno superior, considerando as variáveis pessoais e ambientais.

A qualidade de sono dos alunos de ambos os sexos é considerada ruim, em especial, das mulheres, as quais, por diversos fatores, já tem seu sono prejudicado, o que pode influenciar o desempenho acadêmico.

Estudo prévio apontou que estudantes com seu tempo total de sono reduzido, têm maior chance de apresentar o desempenho acadêmico comprometido (SOUZA e CASTRO, 2018). Ademais, o mesmo estudo, realizado pela Universidade Paulista – Sorocaba SP, avaliou a qualidade de sono em alunos do curso de Biomedicina de diferentes turnos (matutino e noturno); utilizando uma amostra de 100 alunos (39 turno matutino e 61 turno noturno), na qual os alunos do curso noturno apresentam uma qualidade de sono mais prejudicada (SOUZA e CASTRO, 2018).

Outro fator relevante é a conciliação entre trabalho, estudo e o sono. Devido a fatores socioeconômicos e familiares, muitos estudantes relatam necessidade de trabalhar. Em concordância, um estudo realizado com estudantes na cidade de São Paulo, compara alunos que trabalham e alunos que não trabalham; embora não seja relacionado a cursos noturnos, esse estudo aponta que estudantes/trabalhadores têm sua aprendizagem e seu desempenho escolar defasados, apresentando dificuldades de acompanhamento acadêmico, cansaço excessivo, além da qualidade de sono, que também acaba sendo comprometida (PEREIRA et al., 2011).

Com a qualidade de sono afetada, ocorre um aumento de sonolência diurna, algo recorrente entre os estudantes, em especial os de turno noturno. Através desse estudo, observamos que as mulheres apresentaram um grau de sonolência maior que os homens. Essa característica pode ser atribuída a diversos fatores internos e externos, como mostra um estudo realizado com 234 estudantes de uma faculdade privada de Natal e do Rio Grande do Norte (ARAÚJO e ALMODES, 2012). O estudo demonstrou que os homens estudantes no turno noturno obtiveram escore de 9.31 na Escala de Sonolência, e as mulheres, o escore de 9.95 (ARAÚJO e ALMODES, 2012).

A importância do sono vai além das necessidades fisiológicas, podendo estar associada à alteração do estado geral de saúde dos estudantes, como a sonolência diurna, alterações do humor, confusão mental, diminuição do estado de alerta e danos na memória (CARVALHO et al., 2013).

Segundo Lipp (1996), não é o estresse que causa doença, mas ele propicia o desenvolvimento desta para as quais a pessoa já tenha predisposição ou, ao reduzir a defesa imunológica, abre espaço para que doenças oportunistas apareçam.

No presente trabalho, a análise da Escala de estresse percebido (PSS-14) mostrou que as mulheres apresentam um nível de estresse maior comparado com os homens. Essa diferença correlacionada ao sexo também foi evidenciada por estudos prévios (COHEN e JANICKI- DEVERTS, 2012; KAJANTIE, 2008; LAVOIE e DOUGLAS, 2012; WANG et al., 2011).

Corroborando com os dados, uma pesquisa realizada com universitárias americanas e de outras nacionalidades mostrou que elas apresentavam reações de estresse maiores que os homens (MISRA e CASTILHO, 2004).

Adicionalmente, um estudo realizado na cidade de São Paulo-SP, com amostra de 245 entrevistados, demonstrou predominância de estresse nas mulheres. O autor ressalta que por mais que elas tenham conquistado o mercado de trabalho, ainda assim, em muitas famílias em que mantém o modelo familiar arcaico, elas ainda são as únicas responsáveis por afazeres domésticos e cuidados com os filhos, contribuindo para um pior desempenho estudantil e, consequentemente, para o quadro de estresse (BRUSCHINI, 2007).

Furtado e colaboradores (2003), em amostra de 178 estudantes de medicina, apresentaram dados comprovando que as mulheres são mais suscetíveis a fatores estressores.

Em relação ao questionário de qualidade de vida, o WHOQOL-BREF, foi observado que as mulheres apresentam escores baixos em quase todos os domínios, já os homens apresentam escores regulares em todos os domínios, destacando o escore mais baixo no domínio psicológico.

Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Fiedlere colaboradores (2008), em pesquisa realizada com 423 estudantes do sexo masculino e 356 do sexo feminino, na qual as mulheres apresentaram baixos escores nos quatro domínios e os homens, por sua vez, apresentaram baixo escore no domínio psicológico e físico.

A pior qualidade de vida também foi verificada em uma pesquisa realizada com 751 participantes, sendo os piores escores relacionados ao perfil feminino e com baixa renda e nível (CRUZ et al., 2011).

Apesar de ser um problema em potencial, alterações glicêmicas e de pressão arterial não foram encontradas no grupo avaliado. Em um estudo realizado por Sousa e colaboradores (2014), com uma amostra de 550 estudantes universitários de ambos os sexos e de cursos distintos, foram encontradas alterações de PA nos estudantes do sexo masculino com relação a fatores socioeconômicos, estilo de vida e dados bioquímicos. Possivelmente, não foram encontradas diferenças na pressão arterial devido ao tamanho da amostra e a idade dos participantes. Adicionalmente, Martinez e Latorre (2006), também não encontraram correlação entre o estresse e a alteração da pressão arterial e nem do nível glicêmico.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de todos os dados avaliados, infere-se que os alunos do curso noturno de Biomedicina estão sujeitos a diversos fatores que podem contribuir para desencadear alterações no sono e aumentar os níveis de estresse. Mesmo sendo um número pequeno de participantes, os dados encontrados estendem os dados encontrados na literatura que os alunos de graduação noturna estão mais propensos a desenvolver alterações de sono e de qualidade de vida.

Partindo dessa premissa, é de extrema importância traçar futuras iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida desses estudantes e minimizar o aparecimento de possíveis comorbidades. Nesse sentido, há a necessidade de pesquisas mais abrangentes, que avaliem desde as causas bem como as possíveis estratégias que busquem minimizar esses problemas já que a população de estudantes de graduação noturna é crescente.

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[1] Graduanda em Biomedicina, Faculdade de São Lourenço – UNISEP.

[2] Graduanda em Biomedicina, Faculdade de São Lourenço – UNISEP.

[3] Graduanda em Biomedicina, Faculdade de São Lourenço – UNISEP.

[4] Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora da Faculdade de São Lourenço – UNISEP.

[5] Biólogo, mestre e doutor em Fisiologia e Farmacologia, Professor da Faculdade de São Lourenço – UNISEP.

[6] Fisioterapeuta, mestre e doutora em Fisiologia e Farmacologia, Professora da Faculdade de São Lourenço – UNISEP.

Enviado: Setembro, 2019.

Aprovado: Setembro, 2019.

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Fernanda Ribeiro Marins

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