REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Desequilíbrio das necessidades humanas básicas: o isolamento social como fator de risco para sintomas depressivos em idosos durante a COVID-19

RC: 134117
1.035
4.7/5 - (14 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

CAMPOS, Vitória Julia Reis [1], VAZ, Marina da Silva [2], CEZAR, Vagner Mendes [3]

CAMPOS, Vitória Julia Reis. VAZ, Marina da Silva. CEZAR, Vagner Mendes. Desequilíbrio das necessidades humanas básicas: o isolamento social como fator de risco para sintomas depressivos em idosos durante a COVID-19. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 12, Vol. 02, pp. 05-24. Dezembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/necessidades-humanas

RESUMO

Os primeiros casos de COVID-19 surgiram na China, e rapidamente se espalhou para todo o mundo, sendo considerada uma doença de alto poder de transmissão e letalidade. Para o controle da transmissão do novo coronavírus, uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi o isolamento social instituído de forma rigorosa, que pode ter colaborado para o desequilíbrio das Necessidades Humanas Básicas (NHB), levando os idosos a apresentarem sinais de desinteresse no autocuidado. Assim questiona-se: O isolamento imposto pela COVID-19, trouxe prejuízos à saúde mental de idosos? Este estudo teve como objetivo investigar na literatura a relação entre o isolamento social da pandemia COVID-19, com o aparecimento de sintomas depressivos em idosos e o desequilíbrio das NHB. Trata-se de uma revisão bibliográfica com abordagem quantitativa, com base na interpretação de artigos científicos e dados do Instituto Butantã, Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde publicados entre 1969 a 2022. Após correlacionar os distúrbios causados devido o isolamento social foram apontados às NHB conforme a Teoria de Wanda Horta. Notou-se que a necessidade psicossocial foi a mais afetada tendo a prevalência de 44,1%, gerando dessa maneira um sofrimento que causa ou agrava sintomas psicobiológicos impactando na adaptação dos idosos ao seu novo cotidiano, ou seja, sintomas como ansiedade e angústia, interferem em questões biológicas, como diminuição das Atividades de Vida Diária (AVDS) e aumento de sedentarismo. Visto que o processo de envelhecimento torna o idoso mais vulnerável, o isolamento social durante a pandemia da COVID-19 trouxe consigo prejuízos à saúde mental dos idosos, pois colaborou para a manifestação de sintomas depressivos e o desequilíbrio das NHB.

Palavras-chave: Depressão, Idoso, Pandemia, Isolamento Social.

1. INTRODUÇÃO

Os primeiros casos do novo coronavírus surgiram em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China, e rapidamente se espalhou para todo o mundo, sendo considerada uma doença de alto poder de transmissão e letalidade (SANTOS; BRANDÃO; ARAÚJO, 2020). O SARS-CoV-2 é uma variação de um vírus que faz parte da família de coronavírus, que ao contaminar o ser humano provoca a doença denominada de COVID-19 (COSTA et al., 2021). Os sintomas desta patologia foram mudando à medida que novas variantes surgiram desde o início da pandemia, porém os sintomas mais clássicos da doença quando se manifesta de forma leve envolvem fadiga, cefaléia, hipertermia, tosse seca, disgeusia e anosmia, e quando de maneira grave são dispneia, afonia, angina, depressão respiratória e desorientação (NEVES et al., 2021).

Para o controle da transmissão do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a higienização das mãos com água e sabão ou álcool a 70%, uso de máscaras faciais principalmente para o grupo de risco e a distância mínima de um metro entre as pessoas para evitar o contágio. Também foi proposto o isolamento total das pessoas acometidas pela doença COVID-19, distanciamento social e a quarentena que durou por mais de um ano (MEDINA et al., 2020). Por volta de janeiro de 2021 o Brasil iniciou vagarosamente a vacinação para COVID-19, pondo à frente os profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades, tendo baixa velocidade de aplicação nos primeiros meses da imunização no país devido às medidas ineficazes de enfrentamento da pandemia em relação à imunização. Apenas em abril de 2021 houve uma mudança no plano nacional de imunização e consequentemente em julho do mesmo ano a média móvel de óbitos por COVID-19 declinou de forma linear e sustentada, apontou-se a diminuição em 67% da mortalidade quando comparada com o mês de abril do ano em questão (DOMINGUES, 2021).

O surgimento de uma patologia até então desconhecida e de alta mortalidade, afetou principalmente a saúde mental de populações mais vulneráveis, denominadas Grupos de Risco, incluindo as pessoas idosas, público que será abordado nesta pesquisa. Os idosos são o grupo etário que mais possuem comorbidades, principalmente pelo fato de durante o processo de envelhecimento surgirem quadros de imunossupressão e também o aparecimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), tornando-os assim o grupo com maior predisposição para as complicações desta doença infectocontagiosa (SOUSA; MARTINS; CORTEZ, 2021). Devido a estas condições, foi necessário instituir o isolamento social de forma rigorosa, principalmente para idosos, sendo um dos fatores determinantes para o surgimento dos principais sintomas relacionados à depressão nestas pessoas. De acordo com Bedin et al. (2020), a letargia teve aumento de 25% se manifestando através de sintomas como: algia, falta de apetite ou polifagia, hipersonia, crise de ansiedade, agressividade e comportamento suicida, outros fatores como a falta de autocuidado e quedas excessivas também indicam sinais de depressão.

Tendo em vista que a depressão pode ser caracterizada como uma doença de impacto mundial e é classificada como um problema de saúde pública, especialmente em tempos de pandemia, os idosos foram os mais vulneráveis ao aparecimento de sintomas depressivos devido à interrupção da plena Qualidade de Vida (QV) desta população, promovida pelo isolamento social e o medo de contágio, impactando diretamente em sua saúde mental (ROMERO et al., 2021).

A Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta, professora que introduziu os conceitos do Processo de Enfermagem no século XX, é uma das teorias mais utilizadas para a execução da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE) no Brasil. Segundo a autora, a Teoria das NHB abrange vários conceitos como a Teoria da Motivação Humana de Maslow (1970) e de João Mohana (1964) que classifica as Necessidades Humanas Básicas em psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, mostrando a necessidade de manter a harmonia entre corpo, mente e espírito, sendo que estas necessidades estão interligadas, e o desequilíbrio de algumas delas poderá colaborar para o aparecimento de doenças e diminuir a qualidade de vida do indivíduo de maneira severa  (HORTA, 1969). Assim questiona-se: O isolamento social imposto pela COVID-19, trouxe prejuízos à saúde mental de idosos? A hipótese deste estudo baseia-se na ideia que o isolamento tenha colaborado para o aparecimento de sintomas depressivos em idosos e alteração das NHB.

Este estudo teve como objetivo geral investigar na literatura a relação entre o isolamento social da pandemia da COVID-19 com aparecimento de sintomas depressivos em idosos e o desequilíbrio das Necessidades Humanas Básicas (NHB). Com os seguintes objetivos específicos: conceituar a depressão e seus sintomas; levantar os principais sintomas depressivos em idosos durante o isolamento social e quais as NHB afetadas.

2. MÉTODO

O método científico utilizado neste estudo foi o de revisão bibliográfica, trata-se de uma análise das discussões e pesquisas de outros autores sobre o assunto que será abordado, com intuito de cooperar para o levantamento de novas informações a respeito do Desequilíbrio das Necessidades Humanas Básicas (NHB), tendo uma abordagem quantitativa, ou seja, têm como finalidade explicar de forma numérica e estatística a hipótese levantada a partir da coleta de dados concretos e quantificáveis (WAGER; KLEINERT, 2014). Foram analisados artigos científicos do período de 1969 a 2022 nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e nos sites do Instituto Butantã, Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde (MS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com as palavras chaves: Depressão; Idoso; Isolamento Social, além de literatura histórica. Após o levantamento de dados foram considerados os sintomas que mais se correlacionaram com a depressão em idosos, utilizando como base a leitura minuciosa dos artigos científicos. Os sintomas encontrados foram lançados em planilha Excel e divididos em categorias segundo as NHB, gerando também dados de Frequência Absoluta e Frequência Relativa que serviram como norteadores para discussão.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 A LUTA CONTRA A COVID-19

Intitulada como uma infecção respiratória aguda grave, causada pela variação de um vírus que faz parte da família de coronavírus denominado de SARS-CoV-2 que ao contaminar o ser humano provoca a doença denominada de COVID-19 surgiu em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China, e rapidamente se espalhou para todo o mundo, sendo considerada uma doença de alto poder de transmissão e letalidade (COSTA et al., 2021; SANTOS; BRANDÃO; ARAÚJO, 2020). Os sintomas desta patologia foram mudando à medida que novas variantes apareceram desde o início da pandemia, porém os sintomas clássicos da doença quando manifestada de forma leve envolvem fadiga, cefaléia, hipertermia, tosse seca, disgeusia e anosmia, quando manifestada de maneira grave são dispneia, afonia, angina, depressão respiratória e desorientação (NEVES et al., 2021).

No dia 08 de julho de 2020, no mundo, foram mencionadas 11.994.182 ocorrências da COVID-19 e 547.931 mortes. No Brasil, nesse mesmo período, houve a confirmação de 1.716.196 casos da doença e 68.055 óbitos. O agente infeccioso é disseminado através de gotículas respiratórias, de contato direto ou objetos com superfícies contaminadas, ou seja, a enfermidade possui inúmeras vias de transferência, ocorrência que fundamenta importância do distanciamento social (BEZERRA et al., 2020). Para o controle da transmissão do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a higienização das mãos com água e sabão ou álcool a 70%, uso de máscaras faciais principalmente para o grupo de risco e a distância mínima de um metro entre as pessoas para evitar o contágio. Logo após a autorização do uso emergencial de vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, recebeu a primeira dose do imunizante CoronaVac, criado no país pelo Instituto Butantan, no Hospital das Clínicas de São Paulo (CASTRO, 2021).

Embora a maioria da população que anda circulando estar vacinada com pelo menos a primeira dose, os imunizantes não impedem a transmissão e a contaminação pelo vírus. A indicação é que, ao passo em que o país progrida para um estágio satisfatório de cobertura vacinal, os critérios de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos continuem sendo aplicados, assim como a utilização do passaporte vacinal sejam apresentados durante a execução de atividades que denotam maior acúmulo e agrupamento de pessoas (DOMINGUES, 2021). Sendo assim, o método de distanciamento social no momento é o mais eficaz para diminuir a propagação do vírus, mas antes de surgirem os imunizantes o isolamento social foi o método de enfrentamento que mais obteve êxito. Apesar de controlar a transmissão da COVID-19, o isolamento social provocou determinados impactos na vida dos indivíduos, especialmente quando considerado os fatores econômicos que geraram déficits na renda devido o aumento dos gastos e a diminuição dos valores recebidos, os fatores relacionados à saúde quanto ao nível de estresse, a diminuição na prática de atividades físicas e na qualidade do sono, também pode-se considerar os fatores ambientais quando investigado a quantidade de pessoas que moram juntas, a percepção de conforto da residência, presença de áreas abertas e o tempo que as pessoas estão dispostas a se manterem em isolamento no contexto da pandemia (COUTO; COUTO; CRUZ, 2020). Segundo o Datafolha, 76% dos brasileiros eram a favor do isolamento no início do mês de abril de 2020 e foi comprovado que as medidas exercidas pela sociedade originaram mudanças em diferentes aspectos em função da renda, sexo e escolaridade da população. Na pesquisa, notou-se que os jovens e idosos são os mais vulneráveis à contaminação pela COVID-19 (OLIVEIRA, 2020).

3.2 ISOLAMENTO SOCIAL E A DEPRESSÃO EM IDOSOS

O isolamento social é o ato voluntário ou involuntário de permanecer distante do contato com as outras pessoas, sendo capaz de frear a letalidade de determinada doença resultando na diminuição da agilidade e propagação das infecções na sociedade, também abrange particularidades que envolvem o psicológico, emocional, biológico, espiritual e social tendo impacto direto nas mudanças do estilo de vida como nas relações familiares e com amigos que passaram a ser de maneira remota, a constante exposição a notícias sobre a enfermidade ou até mesmo a realização de atividades físicas em casa (DIAS et al., 2020). Alguns questionamentos foram levantados sobre os benefícios ou prejuízos que este método de solitude traria para a qualidade de vida das pessoas expostas ao isolamento, considerando aspectos ligados profundamente à sua saúde mental (DIAS et al., 2020). Muitos países apoiaram o isolamento social fundamentando-se na forma em que o coronavírus é propagado e na ausência de precauções farmacológicas de prevenção e procedimentos essenciais para lidar com o vírus (BEZERRA et al., 2020). Durante o período de quarentena decorrente da pandemia da COVID-19, o isolamento social colaborou para o aparecimento de alterações psicológicas, em especial ansiedade, depressão e estresse, uma vez que as pessoas são seres sociais, dependentes de relações, comunicações, contatos interpessoais e, ao serem condicionados em um contexto de isolamento emoções como a solidão, irritabilidade e tristeza são acentuados (BEZERRA et al., 2020).

Tendo em vista que a depressão pode ser caracterizada como uma doença de impacto mundial e é classificada como um problema de saúde pública, especialmente em tempos de pandemia, segundo Romero et al. (2021) os idosos foram os mais vulneráveis ao aparecimento de sintomas depressivos devido à interrupção da plena qualidade de vida (QV) promovida pelo isolamento social e o medo de contágio. A depressão é uma doença que atinge diversas populações direta ou indiretamente, podendo desestabilizar a vida familiar e social das pessoas afetadas deixando rastros incalculáveis em sua saúde mental (SOUSA et al., 2020). Há indícios de que o cérebro da pessoa deprimida apresenta alterações químicas que afetam os neurotransmissores Serotonina, Noradrenalina e, em menor proporção, Dopamina, estima-se que uma em cada cinco pessoas no mundo desenvolvem a depressão em algum momento da vida, porém durante a pandemia da COVID-19 foi observado um percentual de 26,8% de depressão em sua forma moderada e 12,3% em sua forma grave (SOUSA et al., 2020).

Essa enfermidade, denominada como “sofrimentos da alma”, pode atingir o indivíduo em qualquer momento de sua vida tendo maior frequência durante a terceira idade devido à vulnerabilidade na qual esse grupo etário é exposto e aos fatores de hereditariedade que variam de indivíduo para indivíduo levando em consideração seus hábitos de vida, principalmente pelo fato de surgirem quadros de imunossupressão e também o aparecimento de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (SOUSA; MARTINS; CORTEZ, 2021). A partir desse aspecto é possível diferenciar as mudanças patológicas vivenciadas pela população idosa denominadas de senilidade. A senilidade é caracterizada pelas alterações fisiopatológicas que comprometem não só a qualidade de vida do indivíduo como também a manutenção de sua homeostase corporal, por exemplo, Hipertensão, Diabetes Mellitus, Dislipidemia, Osteoartrite, Alzheimer, Parkinson e Depressão, enquanto a senescência é caracterizada pelas alterações que o organismo sofre e resultam de processos fisiológicos desde os sinais mais aparentes quanto a nível celular, por exemplo, cabelos brancos, manchas senis, rugas, flacidez, diminuição de marcha, sarcopenia, queda no número de neurônios e leucócitos (RESK et al., 2020). Sendo potencializada pelos desafios intrínsecos do processo de envelhecimento, a depressão torna-se ainda mais delicada, gerando estados de estresse, desânimo, angústia, excesso de sono, baixa autoestima, tristeza profunda e em casos mais graves o suicídio (SCUR et al., 2022).

3.3 A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS (NHB) PARA SAÚDE MENTAL NO ENVELHECIMENTO

A Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) foi criada pela enfermeira Wanda de Aguiar Horta na década de 70, e abrange conceitos da Teoria da Motivação Humana de Maslow (1970) e também de João Mohana (1964), sendo esta última abordagem mais utilizada por adequar-se à realidade da enfermagem brasileira, que tem como base três pilares, classificando as Necessidades Humanas Básicas em Psicobiológicas, Psicossociais e Psicoespirituais, como demonstrado no quadro abaixo:

Quadro 1 – Teoria das Necessidades Humanas Básicas

Classificação
NHB Psicobiológicas NHB Psicossociais NHB Psicoespirituais
Eliminação Aceitação Ética ou filosofia de vida
Exercícios e atividades físicas Amor Religiosa ou teológica
Hidratação Aprendizagem

(ensino à saúde)

Locomoção Auto realização
Nutrição Autoestima
Oxigenação Comunicação
Percepção olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa Criatividade
Regulação celular, eletrolítica, hidrossalina, hormonal,

imunológica, neurológica e térmica

Gregária
Sono e repouso Lazer
Terapêutica Liberdade
Orientação no tempo e espaço
Recreação
Segurança

Fonte: Elaborada pelos autores com base em Horta (1975).

Exemplificando, as necessidades Psicobiológicas visam os aspectos fisiológicos do indivíduo como nutrição, atividades físicas, sexualidade, abrigo e cuidado corporal, já as Psicossociais destinam-se às necessidades voltadas ao emocional como amor, liberdade, autoestima, aceitação, segurança, criatividade e lazer. Já as Psicoespirituais buscam definir uma relação do sujeito consigo mesmo procurando o significado de estar vivo sendo de forma religiosa, ética ou através de alguma filosofia de vida mostrando a necessidade de manter a harmonia entre corpo, mente e espírito (HORTA, 1974). O desequilíbrio de uma destas necessidades pode ocorrer por diversas situações, como por exemplo, a rejeição, angústia e solidão podem interferir diretamente na Necessidade Psicossocial Amor, gerando sintomas como agressividade, medo, dores e até mesmo diminuição da motricidade, o que diretamente afetará algumas Necessidades Psicobiológicas como exercícios/atividades físicas, cuidado corporal e locomoção. Por estes fatores, menciona-se nesta pesquisa que todas as Necessidades são interligadas, e que a modificação em alguma delas afetará a outra caso o indivíduo não receba assistência rápida e correta segundo os preceitos holísticos de Wanda Horta (HORTA, 1979).

A assistência de enfermagem possui uma forte dimensão biológica, porém, os profissionais também se deparam com o cuidado não físico, ou seja, aquele que muitas vezes não possui manuais técnicos, mas que é essencial para traçar um plano de cuidados individualizado, levando em consideração os valores, vida cotidiana, modo de pensar e agir do idoso (LIMA; TOCANTINS, 2009). Sentir-se assistido, cuidado e respeitado, gera no idoso sentimentos e emoções positivas, que irão ser convertidos em uma boa adesão a tratamentos e recuperação de sua autonomia, e como consequência refletir em um melhor estado físico, mental e espiritual, já que nesta fase muitos estão fragilizados por perdas, seja de pessoas queridas ou de sua independência, então reforça-se a importância do equilíbrio das Necessidades Humanas Básicas para a saúde mental e bem-estar geral do idoso  (LIMA; TOCANTINS, 2009).

É necessário mencionar, que a Teoria das NHB de Wanda de Aguiar Horta deu origem ao Processo de Enfermagem, sendo um dos arcabouços para sua realização dentro dos ambientes de saúde. O PE (Figura 1) é uma ferramenta obrigatória segundo a Resolução COFEN- 358/2009 em serviços que possuam assistência de enfermagem. Afim de organizar e sistematizar o cuidado, é dividido em cinco etapas, que tem como principal característica, assistir o ser humano de maneira holística (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO, 2015).

Figura 1 – Etapas do Processo de Enfermagem

Etapas do Processo de Enfermagem
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2015).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 apresenta-se a relação de sintomas depressivos na população idosa que surgiram a partir do isolamento social durante o período de quarentena.

Tabela 1 – NHB afetadas com o isolamento social relacionado com sintomas depressivos em idosos

Psicobiológicas Psicossociais Psicoespirituais
Sintomas Sintomas Sintomas
Algia Agressividade Angústias espirituais
Alterações de apetite Ansiedade Déficit na expressão de propósito existencial
Angina Apatia Desconexão com santos, entidades e livros sagrados
Apomatesia Autodesvalorização Desesperança
Confusão mental Cessação da vida social Enfrentamento ineficaz do luto
Dispneia Comportamento suicida Manifestação de atitudes fanáticas
Distúrbios do sono Desamparo e solidão
Fadiga Desinteresse no autocuidado
Problemas gastrointestinais Dificuldades de concentração
Quedas excessivas Distanciamento social
Retardo psicomotor Estresse
Taquicardia Interrupção de tratamento medicamentoso
Vertigens e tontura Medo do adoecimento e morte
Pensamentos negativos ou obsessivos
Tristeza
13 15 6
Total Geral: 34

Fonte: Elaborada pelos autores com base em Costa et al. (2021); Cunha et al. (2022); Scorsolini-Comin et al. (2020).

Após correlacionar os distúrbios causados devido o isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus foram apontados às NHB conforme a Teoria de Horta (Tabela 1). Notou-se que a necessidade psicossocial foi a mais afetada tendo a prevalência de 44,1% (Tabela 2) gerando desta maneira um sofrimento que causa ou agrava sintomas psicobiológicos (CUNHA et al, 2022). Um exemplo claro desta ligação é a ansiedade, caracterizada como um sintoma psicossocial que gera preocupação exacerbada de que algo ruim irá acontecer, esta inquietação pode manifestar sintomas físicos como a angina e a taquicardia, ou seja, sintomas psicobiológicos (CRUZ; SANTOS, 2021). Também é possível fazer um paralelo com a repercussão dos aspectos psicoespirituais que apresentaram a frequência de 17,6% (Tabela 2) impactando diretamente no âmbito psicossocial devido à interação ineficaz com a comunidade da mesma fé limitando assim a participação dos fiéis em rituais religiosos levando essa população a um déficit na expressão de seu propósito existencial decorrente da desconexão com santos, entidades e livros sagrados, acentuando a cessação de sua vida social e o sentimento de solidão gerado a partir do distanciamento social vivenciado (ROMERO et al., 2021; SCORSOLINI et al, 2020).

Tabela 2 – Frequência relativa (%) das NHB afetadas no período de isolamento social relacionado com sintomas depressivos em idosos

Variável Frequência absoluta Frequência relativa (%)
NHB Psicobiológicas 13 38,2
NHB Psicossociais 15 44,1
NHB Psicoespirituais 6 17,6
Total 34 100

Fonte: Elaborada pelos autores com base em Costa et al. (2021); Cunha et al. (2022); Scorsolini-Comin et al. (2020).

Em face dessa realidade percebeu-se a dificuldade dos idosos em adaptar-se ao novo cotidiano, muitos deles apresentaram sinais de desinteresse no autocuidado substituindo o tratamento medicamentoso pelo “tratamento espiritual”, atitude fanática que levou a piora de seu quadro clínico levando a episódios de confusão mental, retardo psicomotor e  risco de quedas, verificou-se também que o medo do adoecimento e morte estava diretamente ligado a constante exposição dessa população a notícias sobre o COVID-19, noticiários com conteúdo violento e informações sensacionalistas a respeito das medidas de enfrentamento ao coronavírus (BEDIN et al., 2020). Nesse contexto notou-se que a rotina dos idosos seguiu angustiante e sozinha, houve a cessação da vida social e a limitação de suas Atividades da Vida Diária durante o período de quarentena, gerando assim, a piora da qualidade de vida, e o aparecimento e agravamento de quadros depressivos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pandemia da COVID-19 trouxe prejuízos à saúde mental dos idosos devido o isolamento social ter colaborado para a manifestação de sintomas depressivos e o desequilíbrio das NHB. Dentro dos ambientes de saúde o enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar, tem o papel fundamental de assistir o ser humano como um todo, auxiliando em suas Atividades da Vida Diária, utilizando como recurso a Sistematização da Assistência de Enfermagem e o Processo de Enfermagem, tendo como princípio norteador a humanização. Durante a quarentena não foi possível que apenas a equipe de saúde tratasse toda a demanda de idosos que surgiram neste período, sendo necessário que a família assumisse o papel de cuidador para que fosse evitada as visitas presenciais aos ambientes de saúde. Idosos que mantinham um envelhecimento ativo, foram privados da convivência em sociedade, já que se cessaram atividades em centros dia, bailes da terceira idade e práticas de atividade física, além da restrição da visita de familiares e entes queridos em suas residências, o que potencializou mais o sentimento de solidão e invalidez.

Dado ao exposto da pesquisa verificou-se a necessidade de familiares e cuidadores propiciarem um ambiente respeitoso e seguro para que a pessoa idosa se sinta confortável para dizer como precisa e deseja ser cuidada, estimulando o aprendizado de novas atividades como utilizar recursos tecnológicos disponíveis para manter contato com parentes e amigos de forma virtual, influenciar na reflexão e busca diária de um novo propósito de vida, evitar a exposição excessiva aos noticiários ligados à pandemia, conservar a espiritualidade estimulando práticas de orações e rituais importantes que tenham sentido para ela. Tornar a rotina mais agradável dentro de casa com atividades que o idoso sente prazer é essencial, como por exemplo cozinhar, cuidar de animais e plantas, ler, ouvir música, alimentação equilibrada, higiene do sono e autocuidado.

É fundamental que o enfermeiro juntamente com a equipe interdisciplinar, promova a qualidade de vida da população idosa, seja nas instituições de saúde ou dentro da própria comunidade, por meio da avaliação diária com instrumentos específicos, educação em saúde e humanização, tendo expertise para identificar quaisquer sintomas que promovam o desequilíbrio das Necessidades Humanas Básicas, elaborando cuidados e orientações que podem diminuir os agravos à saúde mental de idosos durante a pandemia da COVID-19.

REFERÊNCIAS

BEDIN, Bárbara Belmonte et al. CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOA IDOSA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, [S.L.], v. 17, n. 2, p. 127-127, 5 dez. 2020. UPF Editora. http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12049. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/12049/114115800. Acesso em: 03 jun. 2022.

BEZERRA, Anselmo César Vasconcelos et al. Fatores associados ao comportamento da população durante o isolamento social na pandemia de COVID-19. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 25, n. 1, p. 2411-2421, jun. 2020. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020256.1.10792020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/9g4hLHkSSW35gYsSpggz6rn/?lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2022.

CALHEIROS, P.R.V. et al. Sintomas de Ansiedade em Tabagistas no Início do Tratamento. Revista de Psicologia da Imed, [S.L.], v. 1, n. 1, p. 46-55, 30 jun. 2009. Complexo de Ensino Superior Meridional S.A.. http://dx.doi.org/10.18256/2175-5027/psico-imed.v1n1p46-55. Disponível em: https://seer.atitus.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/11/10. Acesso em: 24 maio 2022.

CASTRO, Rosana. Vacinas contra a Covid-19: o fim da pandemia?. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [S.L.], v. 31, n. 1, p. 1-5, 2021. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312021310100. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/m4PGYb7TPWgCS3X8wMSXHtc/?lang=pt#. Acesso em: 19 maio 2022.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Processo de Enfermagem: guia para prática. São Paulo: Coren, 2015. 113 p. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/SAE-web.pdf. Acesso em: 26 nov. 2022.

COSTA, Fernanda Ferreira et al. Pandemia da Covid-19. Revista Unimontes Científica, [S.L.], v. 22, n. 2, p. 1-15, 26 jan. 2021. Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). http://dx.doi.org/10.46551/ruc.v22n2a04. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/3353/3608. Acesso em: 27 abr. 2022.

COUTO, Edvaldo Souza; COUTO, Edilece Souza; CRUZ, Ingrid de Magalhães Porto. #FIQUEEMCASA: educação na pandemia da covid-19. Interfaces Científicas – Educação, [S.L.], v. 8, n. 3, p. 200-217, 8 maio 2020. Universidade Tiradentes. http://dx.doi.org/10.17564/2316-3828.2020v8n3p200-217. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/8777/3998. Acesso em: 20 maio 2022.

CUNHA, Camila Abreu Pinto et al. A saúde mental dos idosos em tempos de pandemia: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.L.], v. 15, n. 2, p. 1-7, 10 fev. 2022. Revista Eletrônica Acervo Saúde. http://dx.doi.org/10.25248/reas.e9636.2022. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/9636/5838. Acesso em: 08 maio 2022.

CRUZ, Gizele Vitoria da; SANTOS, Carlos Daniel Oliveira dos. Horticultura e a cultura do cuidado como forma de tratamento de doenças psicossomáticas. Anais da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Instituto Federal de Rondônia – Campus Cacoal, Cacoal, v. 1, n. 1, p. 1-2, jan. 2021. Disponível em: https://www.even3.com.br/anais/snctcacoal2020/288849/. Acesso em: 24 maio 2022.

DIAS, Joana Angélica Andrade et al. Reflexões sobre distanciamento, isolamento social e quarentena como medidas preventivas da COVID-19. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, [S.L.], v. 10, p. 1-8, 1 out. 2020. RECOM (Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro). http://dx.doi.org/10.19175/recom.v10i0.3795. Disponível em: http://seer.ufsj.edu.br/recom/article/view/3795/2424. Acesso em: 23 jun. 2022.

DOMINGUES, Carla Magda Allan Santos. Desafios para a realização da campanha de vacinação contra a COVID-19 no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 37, n. 1, p. 1-5, jan. 2021. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311×00344620. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/KzYXRtNwy4fZjTXsgwSZvPr/?lang=pt. Acesso em: 21 maio 2022.

FONSECA, Izabella Bizinelli da; FONTES, Cassiana Mendes Bertoncello. Processo de Enfermagem em instituição de longa permanência para idosos: revisão integrativa. Enfermagem em Foco, [S.L.], v. 10, n. 5, p. 191-196, 25 maio 2020. Conselho Federal de Enfermagem – Cofen. http://dx.doi.org/10.21675/2357-707x.2019.v10.n5.2787. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/2787/689. Acesso em: 26 nov. 2022.

HORTA, Wanda Aguiar. DESENVOLVENDO UMA FILOSOFIA DE EDUCAÇÃO DE ENFERMAGEM. Revista da Escola de Enfermagem da USP, [S.L.], v. 3, n. 1, p. 1-2, mar. 1969. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0080-6234196900300100001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/5KHvNDTMLwgLBLqcfRnP5fM/?lang=pt. Acesso em: 28 maio 2022.

HORTA, Wanda de Aguiar. ENFERMAGEM: teoria, conceitos, princípios e processo. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 7-17, mar. 1974. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0080-6234197400800100007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/z3PMpv3bMNst7jCJH77WKLB/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 27 abr. 2022.

HORTA, Wanda de Aguiar. APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, [S.L.], v. 9, n. 2, p. 300-304, ago. 1975. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0080-6234197500900200300. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/X6nXfCZVkpzzG7945cvzrtP/?lang=pt. Acesso em: 04 jun. 2022.

LIMA, Cristina Alves de; TOCANTINS, Florence Romjin. Necessidades de saúde do idoso: perspectivas para a enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 62, n. 3, p. 367-373, jun. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/msv5DZWtb7PNRJb8GkVRQxK/abstract/?lang=pt. Acesso em: 26 nov. 2022.

MEDINA, Maria Guadalupe et al. Atenção primária à saúde em tempos de COVID-19: o que fazer?. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, n. 8, p. 1-5, ago. 2020. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311×00149720. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/rYKzdVs9CwSSHNrPTcBb7Yy/?lang=pt. Acesso em: 28 abr. 2022.

NEVES, Josiele de Lima et al. Complicações associadas a COVID-19 e as principais necessidades humanas básicas afetadas. Enfermagem Brasil, Petrolina, v. 20, n. 1, p. 94-108, 18 mar. 2021. Convergences Editorial. http://dx.doi.org/10.33233/eb.v20i1.4438. Disponível em: https://convergenceseditorial.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/4438/6960. Acesso em: 27 abr. 2022.

RESK, Ramyla Leitão et al. Estágio supervisionado: promoção e prevenção de saúde bucal a indivíduos da terceira idade. Revista Brasileira de Educação e Saúde, Patos, v. 10, n. 4, p. 119-123, 14 nov. 2020. Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas. http://dx.doi.org/10.18378/rebes.v10i4.8118. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/8118/8028. Acesso em: 02 jun. 2022.

ROMERO, Dalia Elena et al. Idosos no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil: efeitos nas condições de saúde, renda e trabalho. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 37, n. 3, p. 1-16, mar. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/gXG5RYBXmdhc8ZtvKjt7kzc/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 27 abr. 2022.

SANTOS, Stephany da Silva; BRANDÃO, Gisetti Corina Gomes; ARAÚJO, Kleane Maria da Fonseca Azevedo. Isolamento social: um olhar a saúde mental de idosos durante a pandemia do covid-19. Research, Society And Development, Vargem Grande Paulista, v. 9, n. 7, p. 1-15, 19 maio 2020. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4244/3541. Acesso em: 27 abr. 2022.

SCORSOLINI-COMIN, Fabio et al. A religiosidade/espiritualidade como recurso no enfrentamento da COVID-19. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, Divinópolis, v. 10, p. 1-12, 23 out. 2020. Disponível em: http://seer.ufsj.edu.br/recom/article/view/3723/2459. Acesso em: 07 maio 2022.

SCUR, Martina Dillenburg et al. DEPRESSÃO E ESTRATÉGIAS SOC NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: um estudo com pessoas idosas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, [S.L.], v. 18, n. 3, p. 34-34, 22 maio 2022. UPF Editora. http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v18i3.13536. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/13536/114116433. Acesso em: 30 abr. 2022.

SOUSA, Alécio Henrique da Silva; MARTINS, Stanley Bastos; CORTEZ, Antonio Carlos Leal. Influência das comorbidades na saúde dos idosos frente à pandemia da Covid-19: uma revisão integrativa. Research, Society And Development, Vargem Grande Paulista, v. 10, n. 17, p. 1-13, 24 dez. 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24678/21489. Acesso em: 02 maio 2022.

SOUSA, Paulo Henrique Santana Feitosa et al. ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA DEPRESSÃO NO IDOSO / NURSING IN THE PREVENTION OF DEPRESSION IN THE ELDERLY. Brazilian Journal Of Development, Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70446-70459, 2020. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/17024/13852. Acesso em: 27 abr. 2022.

WAGER, Elizabeth; KLEINERT, Sabine. Publicação responsável de pesquisa: padrões internacionais para autores. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 44, n. 151, p. 219-226, mar. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/XbkqLpPpm6KdGFyGb9PFRZG/?lang=pt. Acesso em: 01 jun. 2022.

[1] Graduanda em Enfermagem. ORCID: 0000-0002-7220-6273.

[2] Graduanda em Enfermagem. ORCID: 0000-0001-8143-852X.

[3] Orientador. ORCID: 0000-0003-3596-5606.

Enviado: Setembro, 2022.

Aprovado: Novembro, 2022.

4.7/5 - (14 votes)
Vitória Julia Reis Campos

4 respostas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita