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Mortes de idosos ocasionadas por quedas no estado do maranhão: um estudo epidemiológico

RC: 132217
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA JÚNIOR, Francisco Monteiro da [1], QUEIROZ, Fernanda Oliveira [2], GENARO, Adriano Stenio [3], GUIMARAES, Lilian Arisvane Pereira [4]

SILVA JÚNIOR, Francisco Monteiro da. Et al. Mortes de idosos ocasionadas por quedas no estado do maranhão: um estudo epidemiológico. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 11, Vol. 06, pp. 109-127. Novembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/mortes-de-idosos

RESUMO 

Introdução: são crescentes as taxas de idosos vítimas de quedas no Brasil e no mundo. Acidentes por quedas possuem implicações graves, muitas vezes fatais nos idosos. Nesse contexto, estudar esse fenômeno é etapa essencial para a formação de políticas públicas que prezam cuidados efetivos e que sejam capazes de reduzir os impactos negativos na sociedade. Questão norteadora: qual o perfil epidemiológico dos óbitos em idosos acometidos por quedas no Estado do Maranhão? Objetivo: traçar um perfil epidemiológico no Maranhão dos óbitos em idosos acometidos por quedas. Método: para a coleta de dados utilizou-se o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Considerou-se óbitos de idosos por quedas no Maranhão com 60 anos ou mais entre os períodos de 2015 à 2019. Realizou-se, também, cálculos com significância a 5%. Resultados: o SIH constatou 49,43% das internações por causas externas nos idosos, sendo 288 óbitos entre 2015 a 2019. Constatou-se, também, que idosos brasileiros internados por quedas têm maiores chances de morrer que qualquer outra faixa etária internada por mesma causa (p <0,001). O SIM mostrou 879 óbitos de idosos maranhenses por quedas entre 2015 e 2019. Desses, 81,34% aconteceram em hospitais, 40,5% eram viúvos e 40,52% tinham escolaridade menor que um ano. A etnia mais atingida é a branca (p < 0,05). Conclusão: a prevalência do perfil dos idosos vítimas de quedas no Maranhão são mulheres, viúvas, analfabetas e brancas. As causas são multifatoriais e carecem de estudos.

Palavras-chave: Idosos, Morte, Causas Externas, Acidentes por quedas.

INTRODUÇÃO

Segundo a ONU, os idosos com 60 anos ou mais, no Brasil, representavam, em 1950, um total de 2,9 milhões de habitantes. Entretanto, em 2020, registrou-se 29,9 milhões e projeta-se, para os anos 2100, um total de 72,4 milhões. Isto é, um crescimento absoluto de 27,6 vezes. Quanto à representação populacional, eles passaram de 4,9% em 1950 para 14% em 2020. A expectativa é de 40,1% em 2100, ou seja, um aumento no peso relativo em 8,2 vezes (WHO, 2021).

Quando considerado somente idosos velhos, isto significa, idosos com 80 anos ou mais, a mudança é acentuada. Em 1950, o Brasil apresentava 153 mil idosos velhos. Em 2020, registrou 4,2 milhões e deve alcançar os 28,2 milhões em 2100. Um aumento absoluto de 184,2 vezes em 150 anos. Quanto ao peso absoluto em relação à população geral, em 1950, representava 0,3%, registrando 2% em 2020 e possíveis 15,6% em 2100, ou seja, um crescimento espantoso de 55,2 vezes (WHO, 2021).

O aumento da população idosa no Brasil é resultado da urbanização, dos avanços tecnológicos nas diversas áreas do conhecimento e da implantação da rede de assistência à saúde, as quais vêm apresentando grandes melhoras desde os anos 60. Desde então, a faixa etária de idosos cresceu exponencialmente em relação ao crescimento das outras faixas etárias (LEBRÃO, 2007).

Quanto a expectativa de vida no Brasil, esta passou de 73,9 anos em 2010 para 75,9 anos em 2019, sendo 72,4 anos para homens e 79,4 anos para mulheres (IBGE, 2016). As projeções desse envelhecimento colocarão o país na 6ª posição no ranking dos países com população mais idosa do mundo até 2025 (WHO, 2020).

Assim, tendo em vista que o processo de transição demográfica aconteceu em diferentes níveis entre as nações, no Brasil não seria diferente, sendo primariamente percebido nas regiões de maior desenvolvimento econômico do país (BISTAFA e PORSSE, 2020).

O estado do Maranhão é o penúltimo estado mais pobre do Brasil (IBGE, 2010) e apresenta os menores índices de expectativa de vida, com idade média de 71,4 anos de vida, sendo 68 anos para homens e de 74,8 anos para mulheres (EBC RÁDIOS, 2015).

Vários são os fatores que contribuem na mortalidade, uma delas é a causa da morte (SIQUEIRA, 2011). Essa pode ser analisada sob dois aspectos causais, sendo naturais ou por causas externas. Quanto aos óbitos de causas naturais, estes são definidos como resultante de um mau funcionamento do organismo, não estando diretamente ligado a uma força externa (FRANÇA, 2017).

Também pode ser definida como morte por antecedentes patológicos ou morte orgânica natural (FRANÇA, 2017). Como exemplos, estão doenças cardiovasculares, respiratórias, neoplasias e infecções. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as causas naturais representam as seis principais causas de mortalidade no mundo (OPAS, 2021).

Já as mortes por causa externa são aquelas que tiveram como causa direta alguma força externa (CROCE e CROCE JÚNIOR, 2012). O relatório do departamento de saúde e vigilância de doenças não transmissíveis indica que a violência interpessoal e acidentes de trânsito são os principais representantes desse grupo, ocupando, respectivamente, o 7ª e 8º lugar do ranking geral (OPAS, 2021).

Sob a óptica da mortalidade entre causa natural no Brasil, percebe-se que não há alteração significativa entre adultos jovens e idosos, diferentemente das causas externas. Nesse aspecto, percebe-se a ascensão das mortes causadas por quedas e quedas da própria altura nos idosos, enquanto violência externa é mais frequente em adultos jovens (BRASIL, 2021).

Isso é importante de ser entendido pelo Estado para desenvolver políticas públicas voltadas à prevenção da causa externa que afeta determinado público (JORGE; GOTLIEB e LAURENTI, 2002). Para os idosos, quedas têm grande relevância causal, apesar de aparecer na posição 21º das causas de morte no Brasil (BRASIL, 2021).

A OMS define queda como forma não advertida ao solo ou em outro nível inferior, excluindo mudanças intencionais de posições para se apoiar em móveis, objetos ou paredes. As quedas apresentam impactos individuais e sociais (WINGERTER et al., 2020).

O impacto da queda nos idosos é significativo e pode ser explicado por modificações ocorridas durante o processo de senilidade, como o envelhecimento patológico. Tais alterações podem ser explicadas por processos de redução da massa muscular, também chamado de sarcopenia, redução da capacidade cognitiva, osteopenia, alterações do sensório e da marcha, que contribuem para maior susceptibilidade a quedas (JORGE; GOTLIEB E LAURENTI, 2002; WINGERTER et al., 2020).

Como resultado deste evento, pode haver alterações momentâneas ou permanentes na vida dos idosos, tanto a nível mental quanto físico, sendo comum contusões musculares, fraturas e até a morte (WINGERTER et al., 2020).

No impacto social, o Brasil possui, em sua legislação, desde 2006, na Política Nacional do Idoso, portaria 2528 de 19 de outubro de 2006, uma preocupação com queda de idosos, apontando, como um ponto importante para o envelhecimento saudável, a prevenção de acidentes domésticos e em vias públicas, dada a importância e o impacto gerado (BRASIL, 2010).

Desse modo, sabendo que o Maranhão é o estado com o menor índice de expectativa de vida, é hipotético que os óbitos por queda em idosos neste Estado seja superior em relação ao cenário nacional (H0). Portanto, com base nesta hipótese, o presente artigo visa investigar: qual o perfil epidemiológico dos óbitos em idosos acometidos por quedas no Estado do Maranhão? Tendo como objetivo traçar o perfil epidemiológico das vítimas deste agravo no estado do Maranhão.

MÉTODO

Este trabalho é um estudo retrospectivo com caráter transversal e descritivo dos óbitos ocasionados por queda em idosos no Estado do Maranhão, compreendendo o período de 2015 a 2019.

Foram obtidos, como resultados, dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), disponibilizados na plataforma online TabNet do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Brasil.

Utilizou-se os seguintes filtros para a obtenção dos dados:

1) Faixa etária: 60 a 64 anos, 65 a 69 anos, 70 a 74 anos, 75 a 79 anos e ≥ 80 anos.

2) Raça/cor: branca, parda, preta, amarela, indígena, ignorada.

3) Escolaridade: nenhuma, 1 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 11 anos, 12 anos e mais, ignorado.

4) Estado civil: solteiro, casado, viúvo, separado judicialmente, outro, ignorado.

5) Sexo: masculino, feminino, ignorado.

6) Tipo de causa do óbito: quedas, conforme Capítulo XX da Classificação Internacional de Doenças versão 10 (CID-10), de W00 a W19.

7) Local de ocorrência do óbito: hospital, outro estabelecimento de saúde, domicílio, via pública, outros, ignorado.

Por utilizar dados públicos, não houve implicações nos aspectos bioéticos com seres humanos ou prontuários que exigisse o uso do TCLE (Termo de Consentimento Livre Esclarecido). Entretanto, a pesquisa obedeceu aos preceitos do código de Nuremberg e a Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde.

Foram incluídos os dados de óbitos por quedas, conforme CID-10, na população idosa do Maranhão. Foram excluídos do estudo, as fichas que possuíssem idade ignorada ou menos que 50% preenchidas.

Para efeitos de cálculos estatísticos, utilizou-se a estimativa da população de idosos em 2020, a nível estadual, regional e nacional, realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010.

Os dados foram registrados e reorganizados em um banco de dados na Planilha do Software Microsoft Office Excel 2016 e descritas em valores absolutos e percentuais. As relações entre as variáveis foram obtidas posteriormente, através do teste de Fisher ou teste Qui-quadrado, ambos com confiabilidade de 95% e nível de significância de 5%.

Foi utilizado para esta análise a linguagem R versão 3.6.1, 2019-07-05 (linguagem de programação voltada à manipulação, análise e visualização de dados estatísticos), utilizado o software RStudio na versão 1.1.456.

RESULTADOS

Segundo os dados do Sistema de Informação Hospitalar – SIH, observou-se que, de 2015 a 2019, foram internadas 5.834.450 pessoas no Brasil por causas externas, conforme pode ser visualizado na Tabela 01. Destes, 1.177.543 (20,18%) possuíam 60 anos ou mais.

Tabela 01. Causas externas (CID-10) de internação e morte no Brasil e Maranhão 2015-2019

Grupo de Causas BRASIL MARANHÃO
Int.Total Int. Idosos Obt.Int Obt. Idoso Int.Total Int. Idosos Obt.Int Obt. Idoso
(V01-V99) Acidentes de transporte 1051625 100209 26038 6747 39371 3619 679 155
(W00-X59) Outras causas ext. de lesões acidentais 3507391 837642 73089 42578 102794 17533 1755 799
(W00-W19) Quedas 2026367 582110 42155 29404 34823 6515 474 288
(X60-X84) Lesões autoprovocadas voluntariamente 46544 4400 1532 310 1071 87 14 2
(X85-Y09) Agressões 251302 14801 11486 1055 2503 163 80 7
(Y10-Y34) Eventos cuja intenção é indeterminada 501152 92458 11775 5407 33892 4778 705 218
(Y35-Y36) Intervenções legais e op. de guerra 362 60 6 3 40 24 3 3
(Y40-Y84) Complic assistência médica e cirúrgica 212508 67755 6304 3896 1289 250 18 12
(Y85-Y89) Seqüelas de causas externas 190617 43492 4482 2530 3893 511 18 11
(Y90-Y98) Fatores suplement relac outras causas 34285 8369 770 389 204 12 0 0
(S-T) Causas externas não classificadas 38664 8357 548 297 3032 518 57 23
TOTAL 5834450 1177543 136030 63212 188089 27495 3497 1230

NOTA: Int: internação; obt: óbito. Complic: complicações; Suplement relac: Suplementares relacionados. Fonte: autor.

As quedas (CID-10 W00-W19) foram o motivo de internação de 2.026.367 pessoas no país (48,58% em relação às outras causas externas), sendo 582.110 (28,72%) indivíduos idosos. Quando consideradas as causas externas de internação nos idosos, as quedas representam   49,43%, retratando o motivo de óbito de 29.404 (5,05%) idosos.

O estado do Maranhão apresentou 188.089 internações por causas externas, sendo 34.823 (18,51%) por motivo de quedas. A população idosa maranhense representou 6.515 (18,71%) dessas internações por quedas, com mortalidade de 4% (288 óbitos). Assim, o motivo de internação por quedas no Maranhão equivale a 1,71% das internações por quedas no Brasil.

Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o Maranhão ocupa a 15ª posição no país, com maior número de mortes por queda em idosos, alcançando um total de 879 mortes, ou seja, 1,53% das 57.537 mortes por queda de idosos no Brasil entre 2015 e 2019, conforme representa o Gráfico 01.

Gráfico 01. Óbitos de idosos relacionados a queda no Brasil por Unidade da Federação 2015-2019

Óbitos de idosos relacionados a queda no Brasil por Unidade da Federação 2015-2019
Fonte: autor.

A Tabela 02 evidencia a distribuição, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) entre 2015 e 2019, das 879 mortes por quedas nos idosos maranhenses. Em 2015, foram registrados 154 óbitos, enquanto, em 2016, foram 160, representando aumento de 3,9%. Em 2017, apresentaram-se 180 casos, ou seja, houve um aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. Já 2018 apresentou 197 casos, representando um aumento de 9,4% em relação a 2017. O ano de 2019 foi o primeiro a apresentar diminuição em relação ao ano anterior, representando 188 casos, ou seja, uma diminuição em 4,57%.

Tabela 02. Óbitos por queda de idosos em anos: relação sexo, estado civil e escolaridade

2015 2016 2017 2018 2019 Total
N f (%) N f (%) N f (%) N f (%) N f (%) N f (%)
Sexo Masculino 61 39,61 61 38,13 85 47,22 81 41,12 88 46,81 376 42,78
Feminino 93 60,39 99 61,88 95 52,78 116 58,88 100 53,19 503 57,22
Estado civil Solteiro 24 15,58 25 15,63 28 15,56 31 15,74 39 20,74 147 16,72
Casado 38 24,68 60 37,50 58 32,22 62 31,47 65 34,57 283 32,20
Viúvo 74 48,05 53 33,13 75 41,67 86 43,65 68 36,17 356 40,50
Separado judicialmente 3 1,95 4 2,50 3 1,67 4 2,03 3 1,60 17 1,93
Outro 9 5,84 6 3,75 7 3,89 8 4,06 6 3,19 36 4,10
Ignorado 6 3,90 12 7,50 9 5 6 3,05 7 3,72 40 4,55
Escolaridade Nenhuma 60 38,96 65 40,63 87 48,33 79 40,10 74 39,36 365 41,52
1 a 3 anos 47 30,52 26 16,25 38 21,11 40 20,30 42 22,34 193 21,96
4 a 7 anos 26 16,88 28 17,5 20 11,11 40 20,30 40 21,28 154 17,52
8 a 11 anos 16 10,39 21 13,13 24 13,33 22 11,17 18 9,57 101 11,49
≥ 12 anos 0 0 4 2,50 1 0,56 4 2,03 3 1,60 12 1,37
Ignorado 5 3,25 16 10 10 5,56 12 6,09 11 5,85 54 6,14

Fonte: autor.

Em relação ao sexo, o maior número de mortes se deu nas mulheres (57,22%), principalmente no ano de 2018, com 116 mortes.

Quanto ao estado civil, o maior número de mortes acometeu viúvos. O ano de 2018 apresentou a maior quantidade de óbitos em números absolutos, com 68 óbitos (43,65%). Todavia, foi no ano de 2015 que houve a maior quantidade de óbitos proporcionais, sendo 74 casos (48%).

Em relação ao nível de escolaridade, os óbitos por quedas no Maranhão são inversamente proporcionais. Destaque para o ano de 2017, onde houve 87 óbitos por quedas nos idosos maranhenses sem escolaridade, representando 48,33%.

Já em relação à idade, existe uma proporção direta, ocorrendo com mais frequência em idosos de 80 anos ou mais.  Esse perfil de idosos representou 534 (60,75%) casos no período de 2015 a 2019.

Em relação ao local do óbito, o número de mortes no hospital representa 715 (83,34%) ocorrências, com destaque em proporção para o ano de 2019, com 156 (82,98%) óbitos hospitalares. Os óbitos em domicílios representaram 128 (14,56%) ocorrências, sendo 2017 o ano com maior número de casos, 37 mortes (20,56%).

Tabela 03. Óbitos por queda de idosos em anos: faixa etária, local e acidente de trabalho

2015 2016 2017 2018 2019 Total
N f (%) N f (%) N f (%) N f (%) N f (%) N f (%)
Faixa etária 60 a 64 anos 7 4,55 9 5,63 9 5 13 6,60 13 6,91 51 5,80
65 a 69 anos 7 4,55 13 8,13 16 8,89 15 7,61 13 6,91 64 7,28
70 a 74 anos 10 6,49 17 10,63 16 8,89 18 9,14 23 12,23 84 9,56
75 a 79 anos 25 16,23 26 16,25 32 17,78 33 16,75 30 15,96 146 16,61
80 anos e mais 105 68,18 95 59,38 107 59,44 118 59,90 109 57,98 534 60,75
Local de ocorrência Hospital 125 81,17 137 85,63 137 76,11 160 81,22 156 82,98 715 81,34
Outro est. de saúde 3 1,95 3 1,88 3 1,67 5 2,54 1 0,53 15 1,71
Domicílio 23 14,94 20 12,5 37 20,56 24 12,18 24 12,77 128 14,56
Via pública 1 0,65 0 0 1 0,56 3 1,52 1 0,53 6 0,68
Outros 2 1,30 0 0 2 1,11 5 2,54 6 3,19 15 1,71
Ac.de trabalho Sim 1 0,65 2 1,25 0 0 3 1,52 2 1,06 8 0,91
Não 60 38,96 75 46,88 72 40 89 45,18 97 51,6 393 44,71
Ignorado 93 60,39 83 51,88 108 60 105 53,3 89 47,34 478 54,38

Fonte: autor.

Os 8 óbitos relacionados a acidente de trabalho representam 0,91%. Entretanto, a relação das quedas com acidente de trabalho não parece ser investigada, uma vez que em 478 (54,38%) casos foi ignorado. Apesar disso, 393 (44,71%) das mortes não estão relacionadas a acidente de trabalho.

A Tabela 04 demonstra os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) quanto à etnia dos óbitos em relação ao sexo entre o período 2015-2019. Conforme os dados, nota-se que a população parda é a mais prevalente, foram 492 (55,97%) casos, seguido da etnia branca com 288 (32,76%) casos. A etnia preta representou 67 (7,62%) casos, seguidos da indígena com 5 (0,57%) e amarela com apenas 1 (0,11%) caso. Os casos ignorados são altos, sendo 26 (2,96%).

Tabela 04. Óbitos por queda de idosos cor/raça por sexo

Sexo

 

Cor/raça

Masculino Feminino Total
N f (%) N f (%) N f (%)
Branca 112 29,79 176 34,99 288 32,76
Preta 34 9,04 33 6,56 67 7,62
Amarela 1 0,27 0 0 1 0,11
Parda 216 57,45 276 54,87 492 55,97
Indígena 3 0,80 2 0,40 5 0,57
Ignorado 10 2,66 16 3,18 26 2,96
Total 376 100 503 100 879 100

Fonte: autor.

Segundo o censo do IBGE de 2010, havia no Maranhão 568.680 pessoas com 60 anos ou mais. Considerando as etnias neste mesmo ano, a maior prevalência era parda (61,24%), seguidos de branca (24,13%), preta (12,94%), amarela (1,22%) e indígenas (0,47%). Não houve ignorados.

DISCUSSÃO

Estudos epidemiológicos revelam que o público idoso que sofre queda está aumentando em vários países. EUA, Canadá e Austrália estão na lista dos países desenvolvidos que vem registrando aumento neste índice. Entre os países em desenvolvimento, Índia, China e Brasil se destacam também com crescimento nessas taxas (FREITAS et al., 2015).

Apesar desse fenômeno ser presenciado em países com diferentes níveis econômicos, 80% do crescimento das mortes em idosos por quedas estão nos países de baixa e média renda (WHO, 2021). Vários fatores estão relacionados, incluindo a deficiência no atendimento de saúde desses idosos nos países em desenvolvimento (AMERICA´S HEALTH RANKINGS, 2020).

O próprio Maranhão revela percalços para o atendimento na saúde. Segundo o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), houve 879 óbitos de idosos por quedas no estado entre 2015 e 2019. Todavia, somente 288 óbitos foram registrados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH).

Isso significa que 591 (67,23%) idosos vítimas de quedas não morreram na internação. Não é possível revelar quais dos 591 idosos vítimas de quedas tiveram acesso à internação em algum momento desse processo. Contudo, o estudo que avaliou o acesso e utilização dos serviços na Estratégia Saúde da Família na perspectiva dos gestores, profissionais e usuários, concluiu que a principal porta de acesso ao SUS é insatisfatória (REIS et al., 2013).

Não obstante, a discrepância nesses dados pode ser a insuficiência na própria alimentação desses sistemas, que são individuais e independentes. O SIM é alimentado pelas Declarações de Óbito (DO) (JORGE; LAURENTI e GOTLIEB, 2007) e registraram 879 mortes, sendo 81,34% ocorrido em hospitais, enquanto a SIH é sustentada com base nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) (BRASIL, s.d.), que mencionaram somente 288 óbitos de idosos nos hospitais.

Baseando-se nos registros do SUS, um estudo realizado em nível nacional, aponta que os dados de causas externas, dentre eles quedas, são melhor registrados nas regiões Sul e Sudeste (JORGE; LAURENTI e GOTLIEB, 2007). Em consonância, outro estudo revelou que a região centro-oeste apresenta a maior prevalência, seguida das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Norte (SIQUEIRA et al., 2011).

O estado do Maranhão está localizado na região nordeste do país, possui 3,37% da população brasileira, sendo o 11º estado mais populoso da federação e o 4º do Nordeste (IBGE, 2010). Porém, ocupa somente a 15ª posição dos estados com maiores Declarações de Óbito por CID-10 para idosos, correspondendo apenas a 1,53% do total (JORGE; GOTLIEB e LAURENTI, 2002).

Tais características epidemiológicas e sociodemográficas podem limitar o acesso da população aos estabelecimentos de saúde (LEBRÃO, 2007), assim como não garante a confiabilidade desses dados (JORGE; LAURENTI e GOTLIEB, 2007).

Além disso, o elevado índice de morbimortalidade nos idosos por quedas elencou-a como um problema de saúde pública. Isso é visível, por exemplo, neste estudo, que confirmou que idosos internados por quedas têm maiores chances de morrer que qualquer outra faixa etária internada por mesma causa, conforme mostra a Tabela 05.

Tabela 05. Relação de internação com óbitos por quedas entre idosos e adultos jovens no Maranhão no período de 2015-2019

Internados que não morreram Internados que morreram p*
Outras faixas etárias (< de 60 anos) 28308 186 < 0,001
Idosos (≥ 60 anos) 6515 288
Total 34823 474

NOTA: *Teste Qui-quadrado. Fonte: autor.

Considerando somente a idade dos idosos, esta pode dividi-los em idosos jovens, ou seja, a partir de 60 anos e menores de 80, e idosos velhos, indicando aqueles com 80 anos ou mais (REIS et al., 2013). Neste estudo não foi possível avaliar a suscetibilidade de mortes por quedas nos idosos quanto à idosos jovens e idosos velhos. Porém, a relação de mortes por quedas em idosos foi mencionada como diretamente proporcional à idade em vários estudos (ROSA et al., 2015).

Quanto à etnia das mortes dos idosos causados por quedas no Maranhão, quando comparado a população absoluta da mesma etnia, foi encontrado que idosos brancos estão mais suscetíveis à óbitos por queda (p < 0,05) que pretos, pardos e/ou amarelos. Foi desconsiderado os cálculos na população indígena maranhense, uma vez que os dados são insuficientes.

Outro número que chama atenção é o estado civil. Viúvos representam 48% dos óbitos nos idosos maranhenses por quedas em 2015. Valores ainda maiores foram encontrados no Rio Grande do Sul, revelando 48,5% (ROSA et al., 2015). Concordante com tais dados, pesquisas mencionam viuvez como fator de risco para quedas, enquanto outros estudos citam a vida em cônjuge como fator de proteção para qualidade do envelhecimento (SMITH et al., 2017).

Quanto ao sexo, este estudo mostrou a maior prevalência em números absolutos de óbitos em idosos vítimas de quedas é do sexo feminino, representando 57,22%. As mulheres também vivem mais no Maranhão que os homens, consoante com dados de outro estudo (MAIA et al., 2020).

Quanto ao nível de escolaridade, 81% dos óbitos por quedas aconteceram em idosos que não possuem ensino médio, sendo 41,52% naqueles com escolaridade menor que um ano. Em consonância, um estudo feito em João Pessoa – PB, mostrou que a baixa escolaridade estava presente em 75,8% dos idosos vítimas de quedas, associando-a como risco para quedas nos idosos (PIMENTA et al., 2017).

Outro dado importante é a relação com acidentes de trabalho. Somente 8 (0,91%) óbitos de idosos por quedas estavam relacionados ao trabalho. Entretanto, 478 (54,38%) foram ignorados, representando possível negligência nesse campo durante o preenchimento das Declarações de Óbito.

Tabela 06. Comparação das internações e morte por quedas no Brasil e Maranhão 2015-2019

Total de Internações Internações em idosos Óbitos nas Internações Óbito nas internações em idosos
Brasil 2026367 582110 42155 29404
Maranhão 34823 6515 474 288
p* 0,017 0,011 0,011 0,009

NOTA: * Teste de Fisher. Fonte: autor.

A nível mundial, as quedas são a segunda principal causa de mortes por lesões não intencionais em todo o mundo, sendo que os idosos sofrem o maior número de quedas fatais (WHO, 2021).

O Brasil não destoa dessa realidade. As quedas são o principal (28,73%) motivo de internação por causa externa entre 2015 a 2019 no Brasil, dos quais quase metade dessas internações são da população com 60 anos ou mais (49,43%), com mortalidade alcançando 5,05%. Já as quedas no Maranhão representam 18,71% das causas de internação por causa externa entre 2015 a 2019, com mortalidade em 4% nos idosos.

Portanto, o Maranhão apresentou menores taxas de internação e de óbitos dos idosos por quedas em relação ao cenário nacional (p < 0,05), como mostra a Tabela 06. Não há estudos suficientes para concluir quais são os motivos que os idosos caem, porém parece que a economia regional não é o único fator atrelado à internação e aos óbitos nos idosos por quedas (SMITH et al., 2017).

Essa diferença não é exclusiva do Brasil (AMERICA´S HEALTH RANKINGS, 2020; SMITH et al., 2017). A plataforma de ranking de saúde americana aponta diferença epidemiológica nas quedas em idosos nas diferentes regiões dos Estados Unidos da América. A menor taxa de idosos com quedas foi de 20% no Havaí, o 39º estado mais rico do EUA, contrapondo as maiores taxas de 39,6% nas quedas em idosos no Texas, considerado o 2º estado mais rico dos EUA (AMERICA’S HEALTH RANKINGS, 2020).

De qualquer modo, são necessários mais estudos para compreender esse fenômeno tanto nos países desenvolvidos, como nos países em desenvolvimento (AMERICA´S HEALTH RANKINGS, 2020; SMITH et al., 2017). Apesar disso, alguns estudos revelaram que idosos com quedas são comuns e, suas causas, multifatoriais, sendo difícil estabelecer uma causa primária e isolada para esses eventos (SMITH et al., 2017).

Alguns dos fatores envolvidos, além das características sociodemográficas, são: quedas prévias nos últimos 6 meses, doenças crônicas (HAS, doenças reumáticas, osteoporose), instabilidade postural (SMITH et al., 2017), viuvez, baixa escolaridade (MAIA et al., 2020), estereopsia (LOPES et al., 2020), condições psíquicas e cognitivas, insônia (ROSA et al., 2015), gênero feminino, idade maior de 80 anos, estilo de vida (MAIA et al., 2020) sedentário e polifarmácia (SMITH et al., 2017; MAIA et al., 2020; ABREU et al., 2018).

Entender esses fenômenos são essenciais para o Brasil, pois o relatório da ONU em 2019 destaca que o país alcançará o pico populacional em 2045, com 229,6 milhões de habitantes. Todavia, mesmo com a estabilização e possível decrescimento da população brasileira a partir dessa data, o envelhecimento do país persistirá (UNITED NATIONS, 2019).

As projeções revelam que o pico para idosos acima de 60 anos será em 2072, representando 72,2 milhões de habitantes. Ainda mais longe será o pico dos idosos velhos, que deverá ser em 2085 com 28,5 milhões de habitantes (UNITED NATIONS, 2019).

Se a epidemiologia dos idosos com quedas nos países ricos é alta e crescente (WHO, 2021), o Brasil deverá iniciar intervenções imediatas para não apresentar piores dados no futuro. Vários estudos têm mencionado propostas de intervenções para minimizar as quedas nos idosos (WHO, 2021; ROSA et al., 2015; SMITH et al., 2017; PIMENTA et al., 2017; LOPES et al., 2020)

Dentre elas, está a identificação precoce de fragilização dos idosos, feitas a partir de questionários validados (WHO, 2021). Sobretudo, está o acompanhamento constante e integrado na rede de saúde que permite antecipar agravos, reabilitação precoce e redução dos impactos na funcionalidade da pessoa idosa (WHO, 2021; MAIA et al., 2020).

Em estudo nigeriano, o conhecimento multidisciplinar foi mencionado como essencial para prevenção das quedas e para identificação precoce dos riscos de queda (SMITH et al., 2017). Além disso, as limitadas informações acerca dos estudos nos idosos, especialmente relativo a quedas (WHO, 2021), demonstra a necessidade de intervenção de pesquisa no assunto para empoderamento e conhecimento dos profissionais de saúde no acompanhamento holístico desse público (WHO, 2021; SMITH et al., 2017).

Quanto à suplementação de Vitamina D, uma metanálise brasileira avaliou vários guidelines, com resultados conflituosos entre eles. Entretanto, houve consonância na maior parte deles quanto a importância de suplementar idosos institucionalizados com vitamina D e cálcio (grau de recomendação B) em qualquer idoso com baixo nível basal sérico de 25(OH)D (25-hydroxycholecalciferol), o mesmo que vitamina D Ativa. Entretanto, há carência de estudos referentes à suplementação com cálcio nos idosos não institucionalizados (SILVA e BARBOSA, 2020).

A ONU ainda cita educação permanente, treinamento periódicos da equipe de saúde e criação de ambientes acessíveis e seguros (WHO, 2021). Só assim será possível uma melhor garantia de qualidade no envelhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A mortalidade por causa externa está cada vez mais frequente no Brasil e no mundo, cujos principais motivos são as quedas, sendo considerada um problema de saúde pública. Os idosos são o público que mais sofre com essas quedas, sendo, muitas vezes, fatal.

Os idosos brasileiros internados por quedas têm maiores chances de morrer que qualquer outra faixa etária internada pela mesma causa. Ademais, estudos revelam que a incidência é maior nas mulheres, mas a mortalidade é maior nos homens. Para ambos os sexos, a mortalidade por esta causa tem sido diretamente proporcional à idade.

Apesar do crescimento de quedas no público idoso aumentar tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, 80% do crescimento das mortes em idosos por quedas estão nos países de baixa e média renda.

Nesse contexto, o Brasil é um dos países em desenvolvimento que apresenta crescentes taxas na incidência e na mortalidade de idosos por quedas. Considerando as projeções do envelhecimento no país, o Brasil do futuro será grisalho, o que exige intervenções imediatas em diversas áreas do conhecimento, para não apresentar dados piores dos que já existem.

Para a realização deste artigo, coletou-se dados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIH) e no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). O SIM é alimentado pelas Declarações de Óbito (DO), que registraram 879 mortes de idosos por quedas no período de 2015 a 2019, sendo 81,34% ocorrido em hospitais. Já o SIH é sustentado com base nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), que mencionaram somente 288 óbitos de idosos nos hospitais. Essa discrepância nas informações revela a fragilidade dos bancos de dados brasileiros quando o assunto é morte de idosos por quedas, especialmente nas regiões mais pobres do país.

No Maranhão, respondendo à questão norteadora deste estudo, os idosos mais suscetíveis à óbitos por quedas são mulheres, brancas, com baixa escolaridade, especialmente analfabetas, e viúvas. Os estudos na área são precários e limitados, o que demonstra a necessidade de mais pesquisas no assunto, especialmente para entender os fenômenos dos óbitos nos idosos por quedas no Maranhão.

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[1] Bacharel em Desenho Industrial pela UFMA 2006, Graduando em Medicina pela UFMA. ORCID: 0000-0003-1355-8321.

[2] Bacharel em Medicina. ORCID: 0000-0003-0048-7229.

[3] Graduando em Medicina. ORCID: 0000-0002-2888-9724.

[4] Orientadora. ORCID: 0000-0002-6458-3984.

Enviado: Setembro, 2022.

Aprovado: Novembro, 2022.

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Francisco Monteiro da Silva Junior

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