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Impactos psicossociais que envolvem o autista na infância e suas intervenções terapêuticas 

RC: 127732
1.306
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/impactos-psicossociais

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

MAFRA, Karen Hisley Góes [1], BARBOSA, Letícia Correia [2], SILVA, Vitor Teixeira da [3], CHIEPE, Kelly Cristina Mota Braga [4]

MAFRA, Karen Hisley Góes. Et al. Impactos psicossociais que envolvem o autista na infância e suas intervenções terapêuticas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 09, Vol. 05, pp. 34-50. Setembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/impactos-psicossociais, DOI: 10.3279/nucleodoconhecimento.com.br/saude/impactos-psicossociais

RESUMO

Ainda nos dias atuais, a criança autista enfrenta obstáculos no seu desenvolvimento social, tendo em vista as dificuldades no manejo desse quadro clínico. Esta pesquisa foi realizada tomando como base a seguinte pergunta norteadora, quais são os impactos psicossociais que envolvem o autista na infância e as possíveis intervenções terapêuticas para a resolução da problemática? O objetivo deste trabalho foi analisar os prejuízos psicológicos e sociais que permeiam a criança autista e as terapias que traduzem um certo resultado eficiente para a solução da questão. Trata-se de estudo de abordagem exploratória qualitativa em fontes secundárias, por meio de levantamento bibliográfico, realizado nas bases de dados de acesso livre SciELO (Scientific Electronic Library Online) e PubMed, no mês de novembro de 2021.  Foram incluídos artigos originais, revisão de literatura ou relato de experiência, artigos com resumos e textos completos disponíveis para análise, publicados nos idiomas português e inglês, entre os anos 2005 e 2021, e artigos que contivessem em seus títulos e/ou resumos os seguintes descritores: ‘autismo’, ‘família’, ‘escola’, ‘inclusão’, ‘comunicação’, ‘aspectos psicossociais’ e ‘terapia’. Foram excluídos os artigos que não atendiam aos critérios de inclusão mencionados, no qual resultou em uma amostra final de 14 artigos. Com base na pesquisa desenvolvida foi possível traçar os principais prejuízos psicossociais sofridos pela criança com Transtorno do Espectro Autista nos ambientes escolar e familiar, demonstrando a importância desses agentes na abordagem dessa questão, concomitante às intervenções terapêuticas, sejam elas tradicionais e/ou alternativas. Verifica-se que é essencial a existência de uma equipe de profissionais educacionais treinados, qualificados e preparados para um bom aprendizado e manejo da criança autista, e um acolhimento familiar desse grupo social, além do tratamento adequado, que engloba as estratégias da terapia com fonoaudiólogo, com animais e a dançaterapia.

Palavras-chave: Autismo, Infância, Impactos, Terapias.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo analisar os prejuízos psicológicos e sociais que permeiam a criança autista e as terapias que traduzem um certo resultado eficiente para a solução da questão, respondendo à pergunta norteadora, quais são os impactos psicossociais que envolvem o autista na infância e as possíveis intervenções terapêuticas para a resolução da problemática? Para isso, é preciso chegar em uma abordagem que avalie as características similares do TEA (Transtorno do Espectro Autista) em crianças e seus variados comportamentos para ser possível enfrentar os obstáculos sociais, familiares, escolares (BHAT et al., 2014).

Deve-se avaliar a relação do autista frente a esses impactos de modo que, a família, escola e as intervenções terapêuticas respondam positivamente a essa questão como agentes e promotores do suporte físico, afetivo e emocional da criança (SOUZA e SOUZA, 2021).

A escola além de levar em conta as intercorrências do crescimento infantil, necessita incorporar meios que possibilitem a criança com autismo uma autonomia e respeite as suas vontades, para que garanta uma metodologia que valorize e incentive as suas habilidades (FRANCÊS e MESQUITA, 2021). No entanto, observa-se uma dificuldade no manejo dessas crianças pelos profissionais, que relatam os obstáculos propostos pelo autista inserido nas salas de aula de ensino comum, como crises comportamentais, falhas na comunicação e socialização (CAMARGO et al., 2020).

Além disso, a família necessita estar em uma posição de apoio estrutural e emocional, investindo o seu tempo na qualidade de vida da criança, de forma que ela se sinta acolhida e segura em sua própria casa (RODRIGUES; FONSECA e SILVA, 2008). Porém, muitas vezes, segundo Souza e Souza (2021), acontece de a família ter uma quebra da expectativa criada de filho “ideal”, passando por um estresse familiar, ocasionando uma falha de comunicação com a criança. Dessa forma, torna-se essencial a compreensão da problemática por meio da análise desse trabalho, já que, grande parte da sociedade não está preparada para auxiliar o processo de crescimento das crianças com autismo (RODRIGUES; FONSECA e SILVA, 2008).

Sendo assim, durante o desenvolvimento discutiremos alguns intervenções terapêuticas que tem se mostrado eficazes para trabalhar com crianças com o TEA – terapia com fonoaudiólogo, terapia com animais e dançaterapia -, com o objetivo de garantir uma melhor intervenção na formação e desenvolvimento da criança e tentar amenizar os impactos psicossociais que envolvem o autista na infância.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo o Ministério da Saúde, o autismo, distúrbio do neurodesenvolvimento definido como Transtorno do Espectro Autista (TEA) pela literatura médica atual, refere-se a grupos vastos de transtornos e síndromes que apresentam sintomas similares entre si, sendo descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner (BRASIL, 2014).

Sendo assim, os seus variados comportamentos, como problemas na comunicação verbal e não verbal, estereotipias (movimentos repetitivos), flap (sacudir as mãos), intolerância a ruídos, ausência de contato visual, inversão pronominal (referência a si mesmo pelo nome ao invés de utilizar o pronome “eu”), isolamento social parcial ou severo, ecolalia (repetição da fala do outro fora do contexto), dificuldade na aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo e na manutenção de vínculos, são  obstáculos enfrentados pelo portador do autismo nos âmbitos sociais, familiares, escolares que necessitam de uma intervenção terapêutica. (BHAT et al., 2014).

Quando se analisa o âmbito familiar, a chegada de uma criança em uma família gera um turbilhão de sentimentos, expectativas e preparações, tanto emocionais quanto estruturais. Quando se trata de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), todas as conformações familiares tendem a se modificar ainda mais, quando se comparada a uma criança que nasce em condições comuns e ideais de desenvolvimento. (RODRIGUES; FONSECA e SILVA, 2008).

De acordo com Azevedo; Cia e Spinazola (2019), a preparação familiar para lidar com um novo integrante pode gerar problemas ao casal principalmente quando se trata de uma criança com necessidades especiais. Desse modo, a relação conjugal está propícia a um desequilíbrio e mudança nas conformações predispostas à família. Quando se analisa a interação familiar, a criança autista requer muito tempo do casal, e uma sobrecarga exigida de uma maior responsabilidade por parte de ambos.

Indubitavelmente, as famílias que se encontram em circunstâncias especiais, promotores de mudanças nas atividades de vida diária e no funcionamento psíquico de seus membros, deparam-se com uma sobrecarga de tarefas e exigências especiais que podem suscitar situações potencialmente indutora de estresse e tensão emocional (FÁVERO e SANTOS, 2005, p. 361).

Partindo do pressuposto dos impactos do TEA nas relações familiares, de acordo com Kanner (1943) apud Rodrigues; Fonseca e Silva (2008), os pais dessas crianças são intelectualmente dotados e afetivamente frios, gerando uma interpretação de que o problema do transtorno invasivo do desenvolvimento seria culpa dos próprios pais. Tal pensamento, se legitimou por muito tempo, perpassando-se até os dias atuais, de modo que, pode-se perceber uma cobrança exaustiva das famílias em responder à pergunta: o que fizemos de errado? Porém, ao analisar sob outro viés, os pais são os principais promotores permanentes de períodos de dedicação e cuidado, devendo ser desfeito alguns valores arcaicos, de culpabilização familiar (RODRIGUES; FONSECA e SILVA, 2008).

No primeiro momento, as famílias são tomadas pelas sensações de tristeza, negação, culpa, estresse e sobrecarga. A quebra da expectativa de uma criança “ideal” para a família pode desencadear uma série de frustrações, principalmente na mãe que, na maioria das vezes, vive em prol dessa criança. Assim, após o diagnóstico, a família passa por uma fase de “luto simbólico”, pois a idealização do filho perfeito passa a ser desconstruída (SOUZA e SOUZA, 2021).

Parafraseando Fávero e Santos (2005), a mãe da criança com TEA é a mais afetada emocionalmente e sobrecarregada fisicamente. Sob essa ótica, a adaptação dos pais está relacionada com a capacidade de aceitar a realidade e lidar de forma colaborativa com o suporte psicossocial, bem como, com os ajustes de distribuição de atividades e responsabilidades da família como um todo.

É preciso, avaliar a relação familiar em resposta aos impactos psicossociais que envolvem a criança autista, de modo que, a família, responda positivamente a essa questão como agente promotor do suporte físico, afetivo e emocional (SOUZA e SOUZA, 2021).

Ademais, ainda segundo Souza e Souza (2021), a compreensão familiar aliado com as oportunidades educativas será um fator determinante na qualidade de vida da criança e o desenvolvimento das suas habilidades mesmo com algumas limitações.

Para Rodrigues; Fonseca e Silva (2008), quando se estabelece um cuidado direcionado e com orientação, a criança com autismo pode proporcionar à família vários aspectos positivos além do seu crescimento psicossocial. Tais ganhos devem ser reconhecidos pelas próprias relações familiares e se encontra na bifurcação entre dois caminhos, como o:

  • Conhecimento familiar a respeito do problema e sua mobilização em equipe, que pode resultar em maiores laços familiares e afetivos;
  • Acolhimento humanizado para amenizar os impactos do transtorno do espectro autista nas crianças, favorecendo seu pleno desenvolvimento.

Ainda sobre o pensamento de Rodrigues; Fonseca e Silva (2008), quando se consegue esse acompanhamento direcionado e fortificado, ambas as partes, tanto os parentes quanto a própria criança saem com ganhos psicossociais. Tais contribuições, são a ponte sobre os impactos e desafios que envolvem o autista na infância.

Além das questões supracitadas que perpassam a família, a escola também deve ser considerada como um agente preponderante no desenvolvimento dessa criança autista, o que evidencia a necessidade da compreensão dos principais aspectos que envolvem esse indivíduo nesse ambiente.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência reforça a importância e o direito à educação de indivíduos portadores de deficiências, sendo evidenciada a oportunidade de ingresso em escolas de ensino comum, em todos os níveis (BRASIL, 2015). Assim, é direito de crianças com TEA participarem de atividades no ensino regular, sendo genuinamente atendidas e incluídas (MATOS e MENDES, 2015), contribuindo para um espaço rico em diversidade – aspecto fundamental não só para os indivíduos autistas, mas para todos desse meio social (MATTOS e NUERNBERG, 2011).

Para isso, é necessária a compreensão das demandas desse grupo social, respeitando suas limitações e valorizando suas capacidades (FRANCÊS e MESQUITA, 2021). No entanto, tal premissa não é devidamente praticada, tendo em vista o despreparo profissional para a abordagem das crianças autistas e as dificuldades encontradas no cotidiano das professoras (CAMARGO et al., 2020).

Gráfico 1- Dificuldades encontradas pelas professoras

Dificuldades encontradas pelas professoras.
Fonte: Camargo et al. (2020).

No gráfico acima é abordado os principais problemas vivenciados pelas professoras no convívio com alunos com TEA. Segundo Mattos e Nuernberg (2011), essas crianças costumam apresentar sua comunicação restrita aos gestos e à emissão de sons, assim, quando não são compreendidas, explodem emocionalmente e podem ter comportamentos agressivos, rompendo os laços sociais, tendo como resultado o isolamento, o que dificulta a socialização com seus pares e o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, de acordo com Camargo et al. (2020), os autistas apresentam dificuldades comportamentais, muitas vezes, interpretadas como “birra” e “pirraça” pelos profissionais, principalmente em situações de frustração, insatisfação e incompreensão.

Outrossim, para sanar esses episódios reativos, na maioria das vezes, as professoras utilizam métodos pouco efetivos, evidenciando a necessidade da promoção de cursos de capacitação mais aprofundados e práticos, para fornecer um ensino de qualidade e totalmente inclusivo (CAMARGO et al., 2020).

Segundo Francês e Mesquita (2021), deve ser considerada a voz da criança para a garantia de um ensino mais prazeroso. Para isso, os espaços e as regras têm que ser mais flexíveis, considerando as peculiaridades das crianças com TEA, e os adultos precisam conhecer e respeitar suas realidades, não tratando a deficiência como preponderante, mas tendo em vista que a própria infância tem suas intercorrências.

Conforme Nunes; Barbosa e Nunes (2021), uma maneira efetiva de intervir no processo de aprendizagem dessas crianças, estimulando a linguagem, possibilitando autonomia e independência, seria a Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), que é caracterizada pelo estabelecimento do diálogo – por vias adequadas e diferenciadas – conciso e construtivo entre as crianças, seus pares e os profissionais educadores.

Ainda segundo os autores Nunes; Barbosa e Nunes (2021), a CAA deve ser implantada em ambientes escolares regulares, representando um local de maior naturalidade, e para efetivação dessa linguagem, são utilizados Suportes Visuais (SV) para estimular as habilidades comunicativas e comportamentais. Assim, os SV são definidos por pictogramas e utilizados para as crianças autistas solicitarem objetos e permissões, informar sobre seus sentimentos e organizarem suas rotinas, sendo esses símbolos gráficos construídos durante as interações sociais, e não apenas implantados, sem nenhuma significância para o aluno. Tal fato ocorre pela tendência ao apego visual desse grupo (MATTOS e NUERNBERG, 2011).

Dessa forma, esses diferentes meios de comunicação e interação promovem uma maior participação dos indivíduos com TEA, apresentando-se fundamental a mediação pedagógica na inter regulação para a efetivação de uma posterior autorregulação, estabelecendo relações entre o objeto real, a imagem fotográfica, a ilustração e a palavra, sendo ela verbal e escrita (MATTOS e NUERNBERG, 2011).

Ademais, concomitante ao acolhimento familiar e o melhor preparo profissional para efetivar um ensino de qualidade para os autistas, evidencia-se a relevância da abordagem das possíveis terapias alternativas que estão sendo estudadas para minimizar os impactos psicossociais que envolvem a criança com TEA.

Conforme Pinto (2021), para iniciar um maior detalhamento da diversidade terapêutica incorporada neste estudo e no tratamento de crianças com o Transtorno do Espectro Autista, é importante traçar um método comparativo entre as diferenças do diagnóstico precoce e tardio desse distúrbio psiconeurológico.

É de extrema importância salientar que a criança que recebe o diagnóstico precoce do autismo e logo em seguida é acompanhada por uma equipe multidisciplinar (composta por um fonoaudiólogo, um psicólogo, apoio familiar e outros profissionais da saúde e da educação) tem possibilidades de desenvolver poucas características relacionadas ao TEA. Por outro lado, foi observado que crianças que tiveram o diagnóstico tardio dessa doença cresceram desassistidas, seja pela ausência crucial de um diagnóstico prévio ou pela falta de um acompanhamento essencial de um profissional responsável por essa finalidade, como o fonoaudiólogo. Devido a essas dificuldades, essas pessoas são incorretamente colocadas à margem da sociedade (PINTO, 2021).

O trabalho de um fonoaudiólogo com uma criança que tem o TEA se enquadra na promoção de uma maior capacitação e progressão no desenvolvimento da linguagem pela criança, através do contato e interação com as outras pessoas. Este método propicia um estímulo comunicativo, fazendo com que a criança tenha a iniciativa de começar um diálogo, além de despertar o seu interesse pela busca da socialização, com isso, esclarece para as outras pessoas os seus interesses pessoais (PINTO, 2021).

Essa finalidade é alcançada através da comunicação gestual, oral ou escrita, de maneira que a transmissão da mensagem desejada seja compreendida pelos outros indivíduos (TAMANAHA e PERISSINOTO, 2011).

Ainda de acordo com os autores Tamanaha e Perissinoto (2011), quando a intervenção fonoaudiológica ocorre de forma precoce, mesmo sem o diagnóstico, beneficia significativamente no desempenho comunicativo, influenciando a oralidade e também no desenvolvimento cognitivo de pessoas que apresentam autismo.

Enfatiza-se a importância do acompanhamento do fonoaudiólogo nos estágios iniciais da vida da criança com o autismo, visto que existem muitos ganhos sociais e individuais no avanço linguístico e comportamental da criança no convívio em sociedade. A falta de um suporte profissional, que envolva o fonoaudiólogo prejudica ainda mais a sua inserção na escola, pois agrava os prejuízos linguísticos advindos do transtorno (PINTO, 2021).

A Terapia Assistida por Animais ou Animal-Assisted Therapy (AAT), em inglês, é uma intervenção para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este método explora perspectivas de progressos interativos envolvendo cães treinados e crianças com autismo. Os dados foram analisados ​​por meio de análise temática. Assim, alguns pais relataram que a presença dos cães facilitou o envolvimento, o prazer e a motivação de seus filhos. Os pais também relataram que isso contribuiu para ganhos na vida da criança através da comunicação com outras pessoas, participação na comunidade e até na própria relação com o cão. Os resultados sugerem que as características dos cães, desenvolvidas a partir de séculos de convivência e interdependência com os humanos, tornaram estes animais amplamente compatíveis com resultados terapêuticos, especialmente em contextos de comunicação cooperativa com humanos (LONDON et al., 2020).

Ainda sobre London et al. (2020), o estudo indica que a presença do cão na terapia ocupacional é valioso para abordar a comunicação. A interação e capacidade de resposta de um cão aos comandos humanos têm potencial terapêutico. Além disso, a linguagem não verbal e as características próprias do cão promoveram o envolvimento, diversão e motivação intrínseca da criança durante as sessões de terapia. Isso, por sua vez, resultou em ganhos na comunicação da criança, regulação comportamental, interesse em novas atividades e participação na comunidade.

Segundo Teixeira-Machado (2015), observou-se que a dançaterapia contribuiu com um enorme ganho no desempenho motor e gestual, inclusive no equilíbrio corporal e na marcha do indivíduo autista. Verificou-se uma significativa melhoria na capacidade motora estática e dinâmica dos jovens que participaram do estudo. A partir dessa evolução, foi demonstrado que há uma importante relação entre o movimento rítmico e o desenvolvimento das habilidades motoras que são, em sua maioria, negligenciadas ou pouco estimuladas pelo portador do TEA.

Teixeira-Machado (2015) também confirmou a evidência factual de que os resultados relacionados à utilização desse método acarretaram num claro aumento da melhoria de vida da criança autista e abordou a redução significativa do desequilíbrio corporal e as anormalidades concernentes à marcha após algumas sessões de dançaterapia. Isso se deve aos vários estímulos que são propostos pela dança, seja ela trabalhada em ritmos lentos ou acelerados, como exercícios que muitas vezes se alternam e colocam o indivíduo em diversas direções e posições. A dançaterapia também teve grande contribuição na diminuição do grau do autismo, o que transparece uma importância fundamental da aplicação e adesão desse método terapêutico para a promoção de melhorias claras e imprescindíveis nas desordens manifestadas em jovens que se enquadram no amplo leque do espectro autista.

3. METODOLOGIA

Trata-se de estudo de abordagem exploratória qualitativa em fontes secundárias, por meio de levantamento bibliográfico, para a identificação de produções sobre o tema ‘impactos psicossociais que envolvem o autismo na infância e suas intervenções terapêuticas’.

A estratégia de identificação e seleção dos estudos foi a busca de publicações indexadas nas bases de dados de acesso livre Scielo e PubMed, no mês de novembro de 2021.

Foram adotados os seguintes critérios para seleção das publicações: artigos originais, revisão de literatura ou relato de experiência, artigos com resumos e textos completos disponíveis para análise, publicados nos idiomas português e inglês, entre os anos 2005 e 2021, e artigos que contivessem em seus títulos e/ou resumos os seguintes descritores: ‘autismo’, ‘família’, ‘escola’, ‘inclusão’, ‘comunicação’, ‘aspectos psicossociais’, ‘terapia’. Foram excluídos os artigos que não atendiam aos critérios de inclusão mencionados.

Os artigos obtidos no levantamento foram analisados mediante leitura minuciosa, destacando aqueles que responderam ao objetivo proposto por este estudo, a fim de organizar e tabular os dados. Na tabulação os autores elaboraram um quadro com os autores/ano de cada artigo, título, impactos psicossociais que envolvem a criança com TEA e estratégias de superação desses impactos, além de outro quadro, também elaborado pelos autores, com os autores/ano de cada artigo, título, intervenções terapêuticas em crianças com TEA, particularidades e estratégias dessas intervenções.

4. REVISÃO INTEGRATIVA E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram utilizados 14 artigos para elaboração do referencial teórico do trabalho, escolhidos conforme os critérios de seleção apresentados no capítulo anterior. Dentre esses artigos, 05 foram selecionados para compor a revisão integrativa dos impactos psicossociais que envolvem a criança com TEA e estão apresentados no Quadro 1.

Quadro 1 – Resultados da Revisão Integrativa dos Impactos Psicossociais que Envolvem a Criança com TEA

Autores/ano Título do Artigo Impactos psicossociais que envolvem a criança com TEA Estratégias de superação desses impactos
Mattos e Nuernberg (2011) Reflexões sobre a inclusão escolar de uma criança com diagnósticos de autismo na Educação Infantil A criança isola-se ao não ser devidamente compreendida, rompendo os laços sociais; utiliza de movimentos repetitivos para diminuir a ansiedade social; muitas vezes, têm sua comunicação restrita aos gestos e à emissão de sons; dificuldade dos pais em achar meios de diversão. Importância da mediação pedagógica; comunicação alternativa com a exposição de imagens para ampliar a compreensão; evidência da relação do objeto real, da imagem fotográfica, da ilustração, das palavras verbal e escrita.
Francês e Mesquita (2021) As experiências nos espaços-tempos da escola sob o olhar de uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo Comprometimento atípico acentuado da interação social; recusa em participar de algumas atividades, principalmente em grupos maiores; incompreensão da condição do TEA pelos adultos. Flexibilização do tempo e das regras escolares; ouvir e respeitar a condição do aluno autista; oferecer liberdade de escolha ao aluno em atividades que domina e o interessa; compreensão da deficiência pelos seus pares; acompanhamento de acordo com suas necessidade e limitações.
Camargo et al. (2020) Desafios no processo de escolarização de crianças com autismo no contexto inclusivo: diretrizes para formação continuada na perspectiva dos professores Dificuldades comportamentais entendidas como recusa proposital; agressividade em situações de incompreensão; socialização afetada; dificuldade de comunicação com a família; falta de recursos. Orientação profissional; estratégias preventivas de crises e não reativas; cursos de capacitação mais específicos e práticos; aperfeiçoamento do trabalho pedagógico; integração da família e escola; investimento em recursos para o processo de ensino-aprendizagem.
Rodrigues Fonseca e Silva (2008) Convivendo com a criança autista: Sentimento da família Dependência da família em relação aos cuidados com a criança autista, os sentimentos das mães. Além disso, a falha na comunicação da criança com a família. A resolução da problemática deve ser baseada nas necessidades familiares. Com o apoio terapêutico, aconselhar, instruir e orientar. O apoio familiar para o desenvolvimento da criança se torna imprescindível.
Fávero e Santos (2005) Autismo infantil e estresse familiar: Uma revisão sistemática da literatura Estresse familiar, atrelado à grande demanda de cuidados e atenção com a criança com TEA. Reconhecimento e compreensão acerca do problema para uma abordagem baseada em trabalhos terapêuticos, tanto familiar quanto para a própria criança.

Fonte: Elaborado pelos autores (2021).

Com base nos artigos selecionados para a revisão integrativa, é notável a prevalência dos impactos que envolvem a criança autista nos âmbitos familiar e escolar. Dessa forma, observa-se nos artigos de Mattos e Nuernberg (2011), Francês e Mesquita (2021) e Camargo et al. (2020) as dificuldades enfrentadas no ambiente escolar tanto pela criança, ao considerar a limitação imposta pelo TEA, tanto pelos professores, que carecem de formação adequada para promoverem o ensino-aprendizagem desse grupo.

O artigo de Camargo et al. (2020) trata de forma específica os desafios enfrentados pelos profissionais da educação básica, diferenciando-se do artigo de Francês e Mesquita (2021), que compromete-se em dar voz às crianças, por meio da observação de seus comportamentos e da compreensão de seus sentimentos e necessidades.

Além disso, sob uma perspectiva dos artigos de Fávero e Santos (2005) e Rodrigues Fonseca e Silva (2008) quando se avalia os impactos no âmbito familiar, tanto a criança quanto os parentes são afetados.

Dessa forma, nota-se a importância das intervenções terapêuticas para a redução dos impactos psicossociais que envolvem o autista. Sendo assim, foram selecionados outros 05 artigos dos 14 escolhidos para a confecção da pesquisa para compor a revisão integrativa das terapias presente no Quadro 2.

Quadro 2 – Resultados da Revisão Integrativa das Intervenções Terapêuticas

Autores/ano Título do Artigo Intervenções terapêuticas em crianças com TEA Particularidades e estratégias das intervenções
Pinto (2021) Inclusão de alunos autistas na escola: a linguagem e a participação do fonoaudiólogo neste processo Importância do acompanhamento do fonoaudiólogo nos estágios iniciais da vida da criança com o autismo, visto que existem muitos ganhos sociais e individuais no avanço linguístico e comportamental da criança no convívio em sociedade. A falta de um suporte profissional, que envolva o fonoaudiólogo, prejudica ainda mais a inserção da criança autista na escola, pois agrava os prejuízos linguísticos advindos do transtorno.
Tamanaha e Perissinoto (2011) Comparação do processo evolutivo de crianças do espectro autístico em diferentes intervenções terapêuticas fonoaudiológicas Quando a intervenção fonoaudiológica ocorre de forma precoce, mesmo sem o diagnóstico, beneficia significativamente no desempenho comunicativo. Melhora da comunicação gestual, oral ou escrita, de maneira que a transmissão da mensagem desejada seja compreendida pelos outros indivíduos.
London et al. (2020) Animal assisted therapy for children and adolescents with autism spectrum disorder: parent perspectives O estudo indica que a presença do cão na terapia ocupacional é valioso para abordar a comunicação. A interação e capacidade de resposta de um cão aos comandos humanos têm potencial terapêutico. A linguagem não verbal e as características próprias do cão resultaram em ganhos na comunicação da criança, regulação comportamental, interesse em novas atividades e participação na comunidade.
Teixeira-Machado (2015) Dançaterapia no autismo: um estudo de caso Significativa melhoria na capacidade motora estática e dinâmica dos jovens que participaram do estudo. Redução significativa do desequilíbrio corporal e das anormalidades concernentes à marcha após algumas sessões de dançaterapia.
Bhat et al. (2014) Autism: cause factors, early diagnosis and therapies Obstáculos enfrentados pelo portador do autismo nos âmbitos sociais, familiares, escolares que necessitam de uma intervenção terapêutica. Avaliação das características similares do TEA em crianças e seus variados comportamentos, para garantir a manutenção de vínculos duradouros, além de enfrentar os obstáculos sociais, familiares e escolares.

Fonte: Elaborado pelos autores (2021). 

É possível observar uma relação entre os artigos de Pinto (2021) e Tamanaha e Perissinoto (2011), uma vez que ambos discorrem sobre a abordagem terapêutica com a fonoaudiologia e pontuam a importância dessa terapia para as crianças com o TEA. O Pinto (2021) aborda a inserção da fonoaudiologia na fase inicial de desenvolvimento do aluno autista no âmbito escolar, com o intuito de incluí-los no processo de aprendizagem. Por outro lado, no artigo dos autores Tamanaha e Perissinoto (2011), é evidenciada uma concepção de desenvoltura da linguagem e comunicação para o processo evolutivo da criança em toda instância.
Ademais, é de extrema importância salientar os ganhos evidentes da terapia com animais de London et al. (2020) e a dançaterapia de Teixeira-Machado (2015), nos quais ambos proporcionaram uma melhoria da qualidade de vida para a criança autista, salvo as particularidades de cada um.
A terapia com animais aborda o conceito de melhoria na relação humano-animal, na qual, comprovadamente, também evidenciou uma interatividade muito positiva no convívio familiar. A dançaterapia, indo na mesma direção, demonstrou como a melhora na marcha e no equilíbrio potencializa a liberdade do indivíduo autista na sociedade, promovendo ganhos sociais ímpares.
Unindo estes dois métodos terapêuticos, terapia com animais e dançaterapia, é possível ter um padrão-ouro de benefícios para uma evolução qualitativa no conceito de progressão de resultados visando o desenvolvimento cognitivo e social dos indivíduos com diferentes tipos de TEA.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base na pesquisa desenvolvida foi possível traçar os principais prejuízos psicossociais sofridos pela criança com Transtorno do Espectro Autista nos ambientes escolar e familiar, demonstrando a importância desses agentes na abordagem dessa questão, concomitante às intervenções terapêuticas, sejam elas tradicionais e/ou alternativas.

Com isso, foi possível responder à pergunta norteadora proposta, quais são os impactos psicossociais que envolvem o autista na infância e as possíveis intervenções terapêuticas para a resolução da problemática? Compreendendo-se que a criança tende a se isolar caso não for compreendida, tem uma comunicação restrita e um comprometimento nas interações sociais, ocasionando estresse familiar e dificuldade de manejo dos professores, sendo a dançaterapia, a terapia com animais e a intervenção do fonoaudiólogo fundamentais na abordagem dessa questão.

Desse modo, a terapia com animais tem como objetivo principal inserir a criança com TEA num ambiente com grande estímulo de interatividade com um cão, assim, aumenta os ganhos sociais que este indivíduo terá perante a sua família e sociedade como um todo, juntamente com a dançaterapia, que visa solucionar problemas referentes a seus variados comportamentos, como problemas referentes a movimentos repetitivos, postura e marcha. E por fim, um papel essencial é o do profissional fonoaudiólogo que permite uma boa introdução dessa criança no convívio escolar e social, além de desenvolver suas habilidades comunicativas.
Verifica-se que é essencial a existência de uma equipe de profissionais educacionais treinados, qualificados e preparados para um bom aprendizado da criança autista, e um acolhimento familiar desse grupo social, além das intervenções terapêuticas. Pelo motivo de que os autistas necessitam de uma inserção efetiva no contexto social, sendo a escola um ambiente de grande interação social que facilita o desenvolvimento cognitivo e a família um agente que proporciona acalanto à criança. Desse modo, conhecer os prejuízos que englobam esses contextos permite uma intervenção satisfatória, sendo o diagnóstico precoce essencial para a minimização do problema.

Apesar da compreensão da importância do olhar voltado às crianças autistas no contexto social, a partir da realização deste artigo, notou-se, infelizmente, que o Brasil ainda é muito carente em políticas públicas que visem informar os pais sobre as necessidades de se atentar à identificação e aos cuidados com uma criança autista. Nesse sentido, por não possuírem o conhecimento adequado, não sabem qual conduta tomar ao notarem os primeiros sinais da doença. Ademais, os profissionais da educação não recebem a formação almejada para fornecer aos alunos um ensino de qualidade, sendo fundamental a promoção de cursos mais práticos e preventivos de crises das crianças com TEA. Assim, faz-se necessário o reconhecimento de seus papéis, atrelado ao apoio terapêutico- como a terapia com o fonoaudiólogo, a terapia com animais e a dançaterapia-, de preferência realizado precocemente, para a efetivação das diversas estratégias de superação desses impactos.

Sugere-se, ainda, que outros estudos sejam desenvolvidos para discutir os impactos que envolvem o autista na infância, levando-se em consideração a evolução das estratégias terapêuticas, bem como os principais agentes que perpassam a vida da criança com TEA, respeitando sua autonomia.

REFERÊNCIAS

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[4] Orientadora. ORCID: 0000-0002-0776-7875.

Enviado: Agosto, 2022.

Aprovado: Setembro, 2022.

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Vitor Teixeira da Silva

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