REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Prestação de cuidados do enfermeiro da estratégia de saúde da família a mulheres com câncer de colo uterino

RC: 119145
703
5/5 - (3 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SOUZA, Lorieli Daleprane de [1], CABRAL, Patrícia Espanhol [2]

SOUZA, Lorieli Daleprane de. CABRAL, Patrícia Espanhol. Prestação de cuidados do enfermeiro da estratégia de saúde da família a mulheres com câncer de colo uterino. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 06, Vol. 07, pp. 77-88. Junho de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:  https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/colo-uterino

RESUMO

O Câncer de colo uterino é constituído por um tumor maligno na parte inferior do útero, que pode ser descoberto precocemente através do exame de Papanicolau e, ainda, pode ser prevenido por meio da vacinação contra o HPV. A patologia pode não apresentar sintomas, mas, em alguns casos, pode ocorrer sangramento irregular ou dor. Dessa forma, dentre os seus tratamentos encontra-se a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Tendo isso em vista, o trabalho a ser apresentado, buscou evidenciar uma contextualização geral sobre câncer de colo uterino, baseando-se na questão norteadora: Qual é a função do enfermeiro da ESF no cuidado de mulheres com câncer de colo de útero? Nesse aspecto, o objetivo geral definido para a presente pesquisa se baseou em apresentar as funções do enfermeiro da ESF no cuidado de mulheres com câncer de colo uterino. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica utilizando-se o método qualitativo e descritivo. Dessa forma, em seus principais resultados, notou-se que o enfermeiro possui um papel importante quanto a promoção de ações voltadas para a saúde feminina na prevenção do câncer de colo de útero através de sua atuação direta junto às usuárias, realizando o preparo e a coleta do material para o exame e o acompanhamento das mesmas na Unidade Básica de Saúde. Além disso, destaca-se que as funções do enfermeiro na ESF (Estratégia de Saúde da Família) voltadas para a prevenção desse câncer por meio da educação em saúde também se faz relevante na promoção de conscientização às mulheres sobre o cuidado e o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, podendo o profissional utilizar estratégias interativas que possibilitem a participação dessas mulheres no exercício de práticas conscientes em relação aos cuidados com o próprio corpo.

Palavras-chave: Câncer, Papanicolau, Patologia, Estratégia, Enfermeiro.

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, a saúde da mulher só foi integrada à política nacional de saúde nas primeiras décadas do século XX, com necessidades limitadas relacionadas à gravidez e ao parto. Os programas voltados para a maternidade e as crianças, desenvolvidos nas décadas de 1930, 1950 e 1970, refletiam uma visão estreita das mulheres com base em sua biologia, narrando seus papéis sociais como mães e trabalhadoras domésticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

Todavia, com a luta das mulheres reivindicando os seus direitos, em 1984, teve-se o surgimento do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), estabelecido pelo ministério da saúde. Este programa, então, marcou a ruptura dos princípios norteadores dos cuidados à saúde da mulher, passando a incluir “ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação”, abrangendo, ainda, a assistência clínica ginecológica “no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST” e, inclusive, no combate ao câncer de colo de útero e de mama (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011, p. 17).

Posto isso, de acordo com Dallabrida (2014), o câncer de colo de útero é caracterizado pela duplicação desordenada do epitélio que reveste o órgão, danificando o tecido subjacente (o estroma) com a possibilidade de se estender as estruturas e órgãos adjacentes ou distantes.

Assim, sendo também conhecido como câncer cervical invasivo, este é dividido em duas categorias principais, dependendo da origem do epitélio envolvido, a saber: o carcinoma espinocelular, considerado o tipo mais comum, que acomete o epitélio escamoso (em cerca de 80% dos casos); e o adenocarcinoma, um tipo raro que acomete o epitélio escamoso (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2021).

Logo, de um modo geral, segundo Almeida (2015), o câncer é caracterizado como uma doença crônica e degenerativa que se inicia com alterações nos genes de uma célula e se desenvolve quando todos os mecanismos do sistema imunológico falham. Dessa forma, no câncer de colo de útero, as células epiteliais começam a mudar e a se multiplicar fora de ordem, podendo danificar tecidos, estruturas e órgãos próximos ou distantes.

Sob essa perspectiva, destaca-se que o câncer de colo do útero é um grave problema de saúde pública, com aproximadamente 530.000 novos casos em todo o mundo a cada ano. E, sendo o quarto câncer mais comum em mulheres e a quarta principal causa de morte no mundo no público feminino, estima-se que a cada ano essa patologia é responsável por aproximadamente 265.000 mortes, com morbidade e mortalidade mais pronunciadas nos países em desenvolvimento (BATISTA, 2015).

Em virtude disso, a prevenção do câncer de colo de útero é uma preocupação especial no atendimento clínico ginecológico, pois a ocorrência desses tumores indica baixa cobertura de exames preventivos e baixo investimento em atividades de educação em saúde. A incidência do câncer de colo de útero torna-se aparente na faixa etária de 20 a 29 anos, e o risco aumenta rapidamente até atingir o pico, geralmente na faixa etária de 45 a 49 anos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Assim, tendo em vista essa contextualização, pode-se formular como questão norteadora deste artigo: qual é a função do enfermeiro da ESF no cuidado de mulheres com câncer de colo de útero? Portanto, teve-se como objetivo geral deste estudo apresentar as funções do enfermeiro da ESF no cuidado de mulheres com câncer de colo uterino. Para tanto, pretendeu-se: a) contextualizar as funções do enfermeiro na ESF; b) evidenciar os cuidados do enfermeiro no diagnóstico e prevenção do câncer de colo de útero na ESF; c) e demonstrar as condutas de enfermagem nos cuidados a mulheres acometidas por essa patologia. Nesse contexto, a revisão bibliográfica foi a metodologia usada para o desdobramento da temática, realizada através do método qualitativo/ descritivo.

Sendo assim, a partir dos objetivos propostos, o desenvolvimento deste trabalho dividiu-se em três subtópicos, delimitados como: as funções do enfermeiro na ESF; cuidados do enfermeiro no diagnóstico e prevenção do câncer de colo de útero na ESF; importância das condutas de enfermagem nos cuidados a mulheres com câncer de colo de útero.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 AS FUNÇÕES DO ENFERMEIRO NA ESF

De acordo com Baia (2018), a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o principal meio de implantação e organização da atenção primária à saúde, onde a atuação do setor de ESF é interdisciplinar, integrando campos técnicos e profissionais de diversas formações com o intuito de valorizar diferentes saberes e práticas a partir de uma abordagem holística e determinada, possibilitando um vínculo de confiança com ética, comprometimento e companheirismo.

Nesse âmbito, de acordo com David (2018), o enfermeiro da ESF é responsável pela assistência integral, promoção e proteção à saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde nas unidades de saúde e, quando direcionado ou necessário, no domicílio. Suas ações, portanto, se baseiam na compreensão das realidades locais e das necessidades da população, cabendo ao mesmo facilitar a proximidade das instalações médicas aos domicílios, construindo ligações entre os usuários e as equipes; dar continuidade aos cuidados; e, através da responsabilidade partilhada, melhorar a capacidade de resolução de problemas de saúde, possuindo um impacto melhor nas condições de saúde local.

Sendo assim, conforme David (2018), a prática de enfermagem na ESF varia de acordo com cada realidade da região ou local, podendo o enfermeiro atuar a partir de necessidades, contratualização e negociação política ou de classe, expressa pela gestão, em consonância com os interesses locais.

2.2 CUIDADOS DO ENFERMEIRO NO DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA ESF

Segundo Farias (2016), a atuação do enfermeiro envolve desde a análise da saúde de um indivíduo ou comunidade até a aplicação das medidas de promoção, prevenção e tratamento de doenças. Diante disso, nos serviços de uma ESF, mediante a patologia do câncer de colo de útero, o enfermeiro tem um papel importante quanto ao diagnóstico e a prevenção do câncer de colo de útero.

Sendo assim, no que diz respeito à prevenção desse tipo de câncer, Mattos (2014) aponta que ela pode ser dividida primária e secundária. Logo, a primeira se caracteriza pelo baixo custo, podendo ser ofertada principalmente por meio da educação em saúde, promoção do uso do preservativo, eliminação de fatores de risco e intervenções aprimoradas, como vacinas contra o HPV, campanhas preventivas e de estímulos para a população atualizarem o cartão de vacina (MATTOS, 2014).

A importância dos profissionais de enfermagem da ESF na educação em saúde tornou-se evidente, pois muitas mulheres ainda resistem em fazer o check-up preventivo por falta de conhecimento, constrangimento e até medo de um diagnóstico positivo de câncer (OLIVEIRA, 2014).

Segundo Freitas (2021), o enfermeiro de uma unidade básica lida com diversas barreiras no cuidado às mulheres acometidas por essa patologia, em razão das dificuldades no rastreamento do câncer de colo de útero pela falta de educação em saúde e do custo dos exames base. No entanto, é possível melhorar o autocuidado das mulheres com a ajuda de intervenções populares de educação em saúde sobre o tema nos mais diversos ambientes sociais e comunitários, como escolas e templos religiosos.

Logo, Machado (2016), argumenta que é fundamental que os profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros da ESF, promovam a educação em saúde fornecendo orientações sobre a importância do rastreamento preventivo, pois sua implementação regular pode reduzir a mortalidade por câncer de colo de útero em grupos de alto risco. A contribuição dos enfermeiros da ESF para a promoção da saúde da mulher é, portanto, fundamental na prevenção do câncer de colo de útero e mudança comportamental, merecendo destaque o papel educativo desses profissionais de saúde nesse processo, (FERTONANI, 2015).

Diante disso, quanto à prevenção secundária, destaca-se a realização do rastreamento e dos exames como Papanicolau e teste para HPV para o diagnóstico precoce da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

O rastreamento preventivo do câncer de colo de útero é uma abordagem particularmente importante para a melhoria da eficácia clínica e o apoio à tomada de decisão profissional (BORGES, 2012).

O câncer de colo de útero é uma doença multifatorial que, segundo o Ministério da Saúde (2013), pode estar relacionado com fatores socioeconômicos e ambientais, histórico familiar, estilo de vida (tabagismo, etilismo, alimentação desequilibrada e sedentarismo) e processo de envelhecimento. Nesse aspecto, as mutações celulares que levam à formação do câncer são resultado da interação de fatores genéticos individuais e fatores externos que podem ser classificados como físicos, químicos ou biológicos. Dessa forma, cabe ao enfermeiro analisar a doença de acordo com cada portador, uma vez que cada organismo reage de forma diferente.

Sendo assim, na consulta de enfermagem, cabe ao enfermeiro coletar dados, incluindo o histórico familiar, o exame físico geral e o Papanicolau, para dar um diagnóstico e buscar por intervenções à saúde da mulher com possível apresentação de risco, de acordo com Barbiani (2016).

Um aspecto importante na realização dos exames ginecológicos é a conversa com base na troca de experiências e na resolução de dúvidas, pois trata-se de uma das estratégias públicas mais eficazes, seguras e de baixo custo para a detecção precoce desse tipo de câncer, auxiliando na redução da incidência de novos casos na comunidade (FREITAS, 2021).

Posto isso, quando confirmado a presença da doença em uma usuária da ESF após a coleta de exame do Papanicolau, os resultados dos exames devem ser avaliados e encaminhados a um serviço de referência no diagnóstico ou tratamento do câncer, conforme o protocolo (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2013).

Portanto, entende-se que atuação do enfermeiro é muito importante para a detecção precoce da doença, e algumas de suas atribuições podem ser: facilitar o controle dos fatores de risco para o câncer de colo de útero por doenças sexualmente transmissíveis; aumentar o número de mulheres submetidas ao exame de Papanicolau regularmente; e desenvolver um programa de registro de casos que possa verificar regularmente os resultados dos exames feitos, a fim de garantir que as mulheres com resultados anormais tomem as providências imediatas e recebam o tratamento adequado (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2013).

As ações de enfermagem no tratamento do câncer de colo de útero são pensadas para prestar um cuidado individualizado, informando e orientando cada etapa do autocuidado e tratamento da doença (PAULA, 2013). Disto isso, é importante ressaltar que em sua formação, os enfermeiros são capacitados em enfermagem ginecológica, incluindo a realização de tais procedimentos. Sendo assim, eles são capazes de ajudar a melhorar a qualidade de vida das mulheres por meio da implementação de abordagens preventivas, promocionais e de proteção à saúde, além de permitir que elas exerçam autonomia em seu cuidado (BARBIANI, 2016).

2.3 IMPORTÂNCIA DAS CONDUTAS DE ENFERMAGEM NOS CUIDADOS A MULHERES COM CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

As condutas de enfermagem no cuidado das mulheres com câncer de colo de útero são de extrema importância em todo o processo de tratamento da doença, partindo do papel de instruir para a prevenção e estendendo-se ao papel de cuidador durante seu tratamento. Para isso, Soranz (2016) afirma que o enfermeiro deve conhecer os principais fatores de risco que influenciam o curso do desenvolvimento do câncer de colo de útero e ser capaz de atuar na prevenção primária por meio da educação em saúde e na prevenção secundária com o rastreamento, antes que se tenha um diagnóstico de lesão precursora.

Portanto, no que diz respeito a detecção da doença, segundo Cassiani (2018), vê-se a necessidade de uma triagem bem elaborada pelo enfermeiro na educação em saúde para a prevenção e/ou detecção precoce de cânceres ginecológicos, e também a capacitação dos enfermeiros especialistas em radioterapia na saúde da mulher.

Diante disso, destaca-se a importância da prática de educação em saúde na ESF, priorizando a avaliação regular da saúde da mulher para garantir a prevenção e detecção precoce dos cânceres ginecológicos, principalmente o câncer de colo de útero (CASSIANI, 2018).

Para Soranz (2016), a educação em saúde proporcionada pelos enfermeiros em suas condutas é uma forma de esclarecer dúvidas, fornecer informações para o público-alvo e estimular a prática do autocuidado, autonomia e prevenção de doenças.

É dever do enfermeiro da ESF disseminar as informações sobre o câncer de colo de útero, pois, embora seja de conhecimento comum que essa patologia é um problema grave e muita das vezes mortal, porém, que pode ser prevenido com exames em sua detecção precoce, muitas mulheres ainda não sabem muito sobre esse assunto (SORANZ, 2016).

Diante disso, são necessárias campanhas para aproximar as mulheres dos exames. A atenção básica foi reestruturada para atender não apenas o paciente e a doença, mas todo o indivíduo, sua família e a comunidade. Nessa nova perspectiva de saúde, segundo Dallabrida (2014), os enfermeiros ocupam um espaço essencial, pois identificam os problemas, as condições de saúde e as doenças mais prevalentes em sua área de atuação e, em conjunto com suas equipes, intervêm com responsabilidade social como promotores de saúde.

Dessa forma, o papel do enfermeiro lhe permite sanar dúvidas, entregar educação em saúde com sucesso e, finalmente, reduzir o risco e a mortalidade por câncer de colo de útero. No entanto, uma boa consulta de enfermagem deve ser baseada tanto na teoria quanto na prática, para que não haja impasse entre o paciente e o profissional, permitindo que o paciente retorne com segurança para a consulta em busca de resultados, confiando na sabedoria do profissional enfermeiro receptor.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fim de responder à questão norteadora: qual é a função do enfermeiro da ESF no cuidado de mulheres com câncer de colo de útero? Esse artigo teve como objetivo apresentar as funções do enfermeiro da ESF no cuidado de mulheres com câncer de colo uterino.

Dessa forma, após o estudo do conteúdo abordado, foi possível concluir que o enfermeiro possui um papel importante no que diz respeito à prevenção do câncer de colo de útero e ao acompanhamento do processo de tratamento das usuárias acometidas por tal patologia na Unidade Básica de Saúde.

Foi observado que conhecer e compreender o olhar e o sentir da prática de enfermagem em suas condutas na prevenção de danos é um passo essencial no planejamento e definição de estratégias de intervenção mais efetivas no atendimento das reais necessidades da população feminina, e os gestores precisam focar na formação dos profissionais responsáveis ​​por essa atividade, reposicionando os serviços de saúde para que os usuários tenham conhecimento e consciência para assumirem a responsabilidade coletiva por sua saúde.

Por isso, entende-se que a atuação do enfermeiro da ESF é considerada de suma importância para a sociedade, principalmente no que diz respeito ao processo saúde-doença da população. Suas ações são importantes para a reformulação de modelos assistenciais, ações de saúde, envolvendo tecnologia e mudança assistencial.

Destarte, a prestação de cuidados do enfermeiro da ESF às mulheres com câncer de colo uterino tem como foco a conscientização do público feminino sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, principalmente por meio da educação em saúde, onde os profissionais podem se usufruir de estratégias interativas que possibilitem a participação desse público, desempenhando um posicionamento importante na promoção da saúde e prevenção do câncer de colo de útero mediante suas atuações em ESF, atuando também diretamente com as pacientes, preparando, coletando materiais para exames, acompanhando-as nas unidades básicas de saúde e servindo como base de informações para esclarecer dúvidas das pacientes e de seus familiares sobre a patologia, exames e seus tratamentos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A. F.; HOLMES, E. S.; LACERDA, C. C. C. Métodos de detecção de câncer de colo uterino entre profissionais da saúde. Rev enferm UFPE on line, Recife, v. 9, n. 1, p. 62-8, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/10307/10978. Acesso em: 22 jun. 2022.

BAIA, E. M. et al. Dificuldades enfrentadas pelas mulheres para realizar o exame Papanicolau: revisão integrativa. Revista Nursing, São Paulo, v. 21, n. 238, p. 2068-2074, 2018. Disponível em: http://www.revistanursing.com.br/revistas/238-Marco2018/dificuldades_enfrentadas_pelas_mulheres.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

BARBIANI, R.; DALLA, N. C. R.; SCHAEFER, R. Nursing pracces in the primary health care context: a scoping review. Rev. LanoAm. Enfermagem, 2016.

BATISTA, R. C. L. Papel da enfermagem na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino: uma revisão integrativa. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade de Brasília- Faculdade de Ceilândia, 2015. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/10886/1/2015_RenataCristianeLopesBatista.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

BORGES, M. F. S. O. et al. Prevalência do exame preventivo de câncer do colo do útero em Rio Branco, Acre, Brasil, e fatores associados à não-realização do exame. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 6, p. 1156-1166, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/yphvPKZF3DpQws9jZCyd9hc/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.

CASSIANI, S. H. B.; NETO, J. C. G. L. Perspectivas da enfermagem e a campanha Nursing Now. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n. 5, p. 2487-8, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/Sxq6q8WP8Gfq98CkzsXgW6q/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

COSTA, F. K. M.; WEIGERT, S. P.; BURCI, L. Os desafios do Enfermeiro perante a prevenção do câncer de colo do útero. Revista de gestão e saúde, 2017. Disponível em: https://www.herrero.com.br/files/revista/filef125a619c4b18a99efe6fdf22874fdd6.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

DALLABRIDA, F. A.; LORO, M. M.; ROSANELLI C. L. S. P. Qualidade de vida de mulheres tratadas por câncer do colo de útero. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 15, n. 1, p. 116-22, 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3240/324030684015.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

DAVID, M. H. S. L. et al. Atenção Primária à Saúde: conceitos, práticas e pesquisa. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2018.

FARIAS, A. C. B.; BARBIERI, A. R. Seguimento do câncer de colo de útero: estudo da continuidade da assistência à paciente em uma região de saúde. Escola Anna Nery, v. 20, n. 4, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/RmrTR5ZqXhDJPxYvXg5jdFH/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.

FERTONANI, H. P.; PIRES, D. E. P. D.; BIFF, D. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a atenção básica brasileira. Ciência e Saúde Coletiva, v. 20, n. 6, p. 1869-1878, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/ZtnLRysBYTmdC9jw9wy7hKQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.

FREITAS, Andressa Silva. Câncer de colo do útero e os cuidados de Enfermagem, Research, Society and Development, v. 10, n. 13, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/21268/18943/256613. Acesso em: 22 jun. 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. O câncer e seus fatores de risco: o que a educação pode evitar? 2ª ed. rev. atual, Rio de Janeiro: INCAS, 2013. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//o-cancer-seus-fatores-de-risco.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Detecção precoce do câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/deteccao-precoce-do-cancer.pdf Acesso em: 22 jun. 2022.

MACHADO, M. H. et al. Aspectos gerais da formação da enfermagem: o perfil da formação dos enfermeiros, técnicos e auxiliares. Enferm. Em Foco, v. 6, n. 2/4, p. 15-34, 2016. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/7a03/1fb514e640ee481f1f05f3a806325debeaa3.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

MATTOS, C. T. D.; SILVA, G. S. V.; OLIVEIRA, T. S. Percepção da mulher frente ao diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero-Subsídios para o cuidado de enfermagem. Revista Pró-UniverSUS, v. 5, n. 1, p. 27-35, 2014. Disponível em: http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/view/513/343. Acesso em 22 jun. 2022.

MELO, M. C. S. C. O Enfermeiro na Prevenção do Câncer do Colo do Útero: o Cotidiano da Atenção   Primária. Rev. Bras. Cancerol, v. 58, n. 3, p. 389-398, 2012. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/590/364. Acesso em: 22 jun. 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2ª ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 1. ed., Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_mulher_principios_diretrizes.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

OLIVEIRA, J. R. G. Fatores que influenciam no câncer de colo do útero. Monografia apresentada ao curso de Graduação em Farmácia. Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Roraima, 2014. Disponível em: https://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/365/1/OLIVEIRA%2c%20J.%20R.%20G.%20-%20FATORES%20QUE%20INFLUENCIAM%20NO%20C%c3%82NCER%20DE%20COLO%20DO%20%c3%9aTERO.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

PAULA, C. G.; RIBEIRO, L. B.; PEREIRA, M. C. Atuação do enfermeiro da atenção básica frente ao controle do câncer uterino: revisão de literatura. Pós Rev. Centro Universitário Newton Paiva, 2013. Disponível em: https://silo.tips/download/atuaao-do-enfermeiro-da-atenao-basica-frente-ao-controle-do-cancer-uterino-revis. Acesso em: 22 jun. 2022.

SILVA, C. S. de O. e. Integralidade e atenção primária à Saúde: avaliação sob a ótica dos usuários. Ciência e saúde coletiva, v. 19, n. 11, p. 4407-4415, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/NxNt3sST6vFMpxDb3NS7cMv/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 22 jun. 2022.

SORANZ, D.; PINTO, L. F.; PENNA, G. O. Eixos e a Reforma dos Cuidados em Atenção Primária em Saúde (RCAPS) na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, v. 21, n. 5, p. 1327-1338, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/9ZwCk6XXyXtCZWcrgVgzM4w/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.

[1] Graduação em Enfermagem. ORCID: 0000-0003-1293-2115.

[2] Orientadora. ORCID: 0000-0001-6713-8344.

Enviado: Junho, 2022.

Aprovado: Junho, 2022.

5/5 - (3 votes)
Lorieli Daleprane de Souza

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita