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Tratamento Radioterápico do Câncer de Próstata

RC: 6572
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CONTEÚDO

MONTEIRO, Daniella Santos [1], SANTOS, Domingas Silva dos [2], CARDOSO, Ivanilson dos Santos [3], MARQUES, Kélya Mendes [4], SANTOS, Raone Domingues dos [5], SOARES, Wanessa Danielle Barbosa [6]

MONTEIRO, Daniella Santos; et.al. Tratamento Radioterápico do Câncer de Próstata. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 2, Vol. 13. pp 474-481., janeiro de 2017. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Este Artigo, tem como objetivo demonstrar a importância do tratamento radioterápico do indivíduo diagnosticado em sua fase primaria ou secundaria no câncer de próstata em território nacional como em algumas estimativas a nível mundial. A Radioterapia é uma das formas de tratamento que se usa radiação ionizante impedindo que a célula se multiplique, destruindo células cancerígenas das quais se utiliza em sua modalidade a Teleterapia, Braquiterapia e Implante Intersticial. Ressaltando que o câncer de próstata é o tipo de câncer localizado na glândula abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Quanto mais avançado é o tumor mais mutações ocorrem, conferindo maior agressividade. Estas células se multiplicam mais velozmente que as células normais da próstata.  A metodologia aplicada a esse estudo baseasse em uma pesquisa histórica, exploratória e bibliográfica, cuja a analises foram buscadas através de documentários, sites, artigos, obra literária, e discussão em ambiente bibliotecário e salas de estudo, utilizando como referência o ministério da saúde, INCA (Instituto Nacional de câncer). Chegando-se a um resultado onde estimam-se 61.200 casos novos de câncer de próstata para o Brasil em 2016. Esses valores correspondem a um risco estimado de 61,82 casos novos a cada 100 mil homens sendo o mesmo considerado como o câncer de próstata mais comum na população masculina em todo o mundo. Casos como a região nordeste sendo aqui o nosso fator preocupante a nível nacional a esse tipo de patologia.

Palavras- chave: Tratamentos, Neoplasia, Taxa de Diagnósticos, Instituto Nacional de Câncer, Estilo de Vida.

INTRODUÇÃO

RADIOTERAPIA

A radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes (raio-X, por exemplo), um tipo de energia direcionada, para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. Essas radiações não são visíveis e durante a aplicação o paciente não sente nada.

TIPOS DE RADIOTERAPIA

A Radioterapia divide-se em dois tipos, dependendo da localização da fonte de radiação em relação ao paciente, são eles a Teleterapia e a Braquiterapia.

TELETERAPIA

Figura 1 - Representação do tratamento radioterápico em Teleterapia em especifico ao câncer de próstata
Figura 1 – Representação do tratamento radioterápico em Teleterapia em especifico ao câncer de próstata

A Teleterapia utiliza a fonte de radiação distante do paciente, são utilizados os equipamentos com unidade de Cobalto e Aceleradores Lineares, os pacientes são submetidos a sessões de tratamento com curta duração diária por algumas semanas.

A Teleterapia é utilizada geralmente nos tratamentos de câncer de próstata, câncer de pulmão, câncer de mama, câncer do cérebro e entre outros.

BRAQUITERAPIA

A Braquiterapia utiliza a fonte de radiação mais próxima do paciente, nesta são utilizadas fontes de baixas e altas doses, dependendo do tratamento a ser realizado. A fonte de radiação é inserida em cavidades do corpo humano (útero, vagina), de forma cirúrgica (vasos sanguíneos), em contato direto (mama) ou de forma endoluminal (esôfago).

Diferente da Teleterapia, onde o tratamento é dividido em seções, a Braquiterapia é realizada de forma temporária ou permanente. Dependendo da quantidade necessária de dose, tipo da dose, tamanho do tumor e outros fatores, a fonte pode estar em contato com o tumor por alguns minutos ou algumas horas, em seguida é retirada do contato com o paciente.

Em outros casos, são utilizadas fontes conhecidas como sementes, possuem baixas doses e são implantadas no tumor emitindo a radiação no tumor até chegar ao nível quase a zero, sendo realizado o tratamento as sementes permanecem sem efeitos colaterais.

Existem dois tipos principais de braquiterapia: intracavitária e intersticial:

Na braquiterapia intracavitária, a fonte radioativa é colocada em uma cavidade próxima à localização do tumor, como na braquiterapia na próstata.

Na braquiterapia intersticial, as fontes radioativas são colocadas diretamente no tecido, como na braquiterapia de próstata. Estes procedimentos algumas vezes precisam ser feitos sob anestesia, às vezes em hospitais e às vezes é necessária a permanência do paciente no hospital. Pacientes com implantes permanentes podem ser privados de algumas atividades ou contatos, mas rapidamente podem voltar à vida normal. Implantes temporários são deixados nos pacientes por minutos, horas ou mesmo dias. Enquanto as fontes radioativas estão dentro do paciente ele deve ficar em um quarto semi-isolado, sendo utilizado a braquiterapia ao tratamento de câncer de próstata em sua modalidade de alta ou baixa dose de radiação.

CÂNCER DE PRÓSTATA: UM MAL SILENCIOSOS, MAS QUE TEM CURA

Ela é responsável pela produção de 70% do líquido seminal (esperma). Diferentes doenças podem atingir a próstata, por exemplo: câncer, hipertrofia benigno (aumento do tamanho da glândula) e próstata.

 METODOLOGIA

Uma pesquisa feita no Departamento de Radiologia da Faculdade Maurício de Nassau de São Luís do Maranhão, em uma exploração técnica e científica, a nível de tratamento radioterápico. O grupo preocupou-se em discutir a melhor forma de tratamento, preservando a saúde do paciente, bem como esclarecendo questões sobre métodos não invasivos ou cirurgias. Em reuniões em bibliotecas, ao ar livre e em residências, foram analisados os assuntos do artigo em melhor ângulo, para escolha e discussões com relação ao tratamento do Câncer de Próstata. Em seu tratamento, a radioterapia tem como modalidades as sessões (Teleterapia), ou procedimentos que levam horas, levando a cura de imediato após o tratamento (braquiterapia), com um custo financeiro menor, em relação a outros tipos de tratamentos da patologia.

CA DE PRÓSTATA: CONSIDERAÇÕES

Em virtude de tudo isso, somos levados a acreditar que o fator de hereditariedade associado a outros fatores, podem influenciar diretamente o possível desenvolvimento do CA de próstata. Cuidados ao longo da vida de um indivíduo são primordiais e profiláticos, tendo em vista que grande parte dos acometidos pela doença tiveram, de alguma forma, influência, não só hereditária, mas externa, como o estilo de vida (alimentação, condições financeiras e higiene). Alterações fisiológicas são ignoradas por um longo período, no qual a doença progride e uma possível cura, seja ela por tratamentos radioterápicos ou cirúrgicos, fica cada vez mais distante da realidade do paciente em questão. Ao iniciar o tratamento, o cliente passará unicamente por sessões de radioterapia, ou quimioterapia, podendo também iniciar um “tratamento combinado”, no qual fará os dois tratamentos simultaneamente, afim de obter diminuição significativa nas dimensões tumorais, fazendo-se possível uma intervenção cirúrgica menos traumática.

TRATAMENTO X PATOLOGIA

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) em sua fase de diagnostico se utiliza o tratamento radioterápico dividido em seções ou horas (figura 2 e 3).

Exemplos de procedimentos aplicado a Teleterapia (seções)

Figura 2 - Procedimento de imobilização na Teleterapia (cabeça, tórax e pelve)
Figura 2 – Procedimento de imobilização na Teleterapia (cabeça, tórax e pelve)

Exemplo do procedimento realizado na braquiterapia (são casos de horas)

Figura 3 - Utilização da fonte de cobalto aplicado na próstata na modalidade de braquiteraria
Figura 3 – Utilização da fonte de cobalto aplicado na próstata na modalidade de braquiteraria

RESULTADO

Segundo o INCA em estimativas 2016:

O câncer de próstata é considerado o segundo mais comum na população masculina em todo o mundo. Foram esperados, para 2012, de acordo com a última estimativa mundial, cerca de 1 milhão de casos novos para essa neoplasia. Aproximadamente 70% dos casos diagnosticados ocorrem em regiões mais desenvolvidas. As mais altas taxas de incidência são observadas na Austrália/Nova Zelândia, Europa Ocidental e América do Norte. Esse aumento pode ser reflexo, em grande parte, das práticas de rastreamento por meio do teste do antígeno prostático específico (PSA). Entretanto, algumas regiões menos desenvolvidas, como o Caribe, países da América do Sul e países do Sul da África apresentam altas taxas de incidência. O câncer de próstata ocupa a 15ª posição em mortes por câncer, em homens, representando cerca de 6% do total de mortes por câncer no mundo.

O Brasil vem passando, nas últimas décadas, por alterações de contexto social, econômico e, consequentemente, de saúde. O aumento da expectativa de vida, a melhoria e a evolução dos métodos diagnósticos podem explicar o crescimento das taxas de incidência ao longo dos anos no país. Além disso, a melhoria da qualidade dos sistemas de informação do país e a ocorrência de sobre diagnóstico, em função da disseminação do rastreamento do câncer de próstata com PSA e toque retal, também influenciam na magnitude da doença.

Os maiores fatores de risco identificados para o câncer de próstata são: idade, história familiar de câncer e etnia/cor da pele. Entretanto, a idade é o único fator de risco bem estabelecido para o desenvolvimento do câncer de próstata. A maioria dos cânceres de próstata é diagnosticada em homens acima dos 65 anos, sendo que somente menos de 1% é diagnosticado em homens abaixo dos 50 anos. Com o aumento da expectativa de vida mundial, é esperado que o número de casos novos de câncer de próstata aumente cerca de 60%. Com relação à história familiar, aproximadamente 25% dos casos 32 diagnosticados apresentam história familiar de câncer de próstata. Homens que tiveram pai ou irmão diagnosticados previamente com a doença apresentam um aumento de duas a três vezes no risco de desenvolver essa neoplasia. Esse risco aumenta ainda mais (aproximadamente 11 vezes) se o diagnóstico do pai ou do irmão tiver ocorrido antes dos 40 anos.

Além desses, a etnia/cor da pele também apresenta associação com o câncer de próstata. Aproximadamente, o câncer de próstata é 1,6 vezes mais comum em homens negros quando comparados aos homens brancos. Apesar disso, é possível que essa diferença entre negros e brancos se dê em função do estilo de vida ou dos fatores associados à detecção da doença.

Dieta e nutrição também são fatores importantes na etiologia do câncer de próstata. O excesso de peso corporal, assim como uma dieta com carne vermelha em demasia, apresenta aumento no risco de desenvolver esse tipo de câncer.

O câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as Regiões do país, com 95,63/100 mil na Sul, 67,59/100 mil no Centro-Oeste, 62,36/ 100 mil no Sudeste, 51,84/100 mil no Nordeste e 29,50/100 mil na Norte (figura 4 e 5).

 Figura 4 - Região Nordeste-Estimativa para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primaria. INCA(2016)

Figura 4 – Região Nordeste-Estimativa para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primaria. INCA(2016)
Figura 5 -  Maranhão e São Luís-Estimativa para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária. INCA(2016)
Figura 5 –  Maranhão e São Luís-Estimativa para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária. INCA(2016)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A radioterapia é empregada em aproximadamente 60% de todos os casos de tumores malignos diagnosticados, inclusive naqueles mais prevalentes no país, como os de próstata. Isso quer dizer que, de cada 100 pacientes, 60 farão radioterapia em uma das suas etapas evolutivas, seja de forma exclusiva, seja associada à cirurgia (no pré ou pós-operatório) ou à quimioterapia. Com uma estimativa de 520 mil casos novos de câncer para o ano 2017, aproximadamente 312 mil necessitarão da radioterapia.

Os principais tratamentos radioterápicos ao câncer de próstata são: a radioterapia, a prostatectomia radical e o bloqueio hormonal. A radioterapia pode ser utilizada com finalidade curativa no tumor localizado em todos os fatores de riscos.

REFERÊNCIAS

ORLANDO, A.; OLIVEIRA, M.; SOUTO, M. et al. Estimativa 2016: Incidência de câncer no Brasil, INCA. 1°edição. Rio de janeiro: Coordenação de prevenção e vigilância, 2015.

GOMES, Romeu et al. A Prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 235-246, jan./fev. 2008.

BARRIOS, C. Câncer de próstata. In: Murad AM, Katz A, organizadores. Oncologia, bases clínicas do tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. p. 220-227.

BRASIL, Ministério da Saúde: Instituto Nacional do Câncer: câncer de pênis. Disponível em: http://www.inca.gov.br/ conteudo.view.asp acesso em 05/03/2008

INCA – Instituto Nacional do Câncer. Câncer de próstata. Disponível em:  Acesso em: 26 nov. 2016.

[1] Faculdade Maurício de Nassau/ Curso Tecnólogo em Radiologia Médica.

[2] Faculdade Maurício de Nassau/ Curso Tecnólogo em Radiologia Médica.

[3] Faculdade Maurício de Nassau/ Curso Tecnólogo em Radiologia Médica.

[4] Faculdade Maurício de Nassau/ Curso Tecnólogo em Radiologia Médica.

[5] Faculdade Maurício de Nassau/ Curso Tecnólogo em Radiologia Médica.

[6] Faculdade Maurício de Nassau/ Curso Tecnólogo em Radiologia Médica.

5/5 - (2 votes)
Wanessa Danielle Barbosa Soares

Uma resposta

  1. Realmente, muito boa e clara as informações aqui prestadas, por ecelentes profissionais na área em que atuam.

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