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Conhecimento sobre câncer de pênis em uma escola do Recife/PE: um estudo qualitativo descritivo

RC: 139867
396
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/cancer-de-penis

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

COSTA,  Ana Beatriz Barbosa da [1], MORAIS, Elton Santos Guedes de [2], PALMA, Mariza Brandão [3], SOARES, Anísio Francisco [4]

COSTA,  Ana Beatriz Barbosa da. et al. Conhecimento sobre câncer de pênis em uma escola do Recife/PE: um estudo qualitativo descritivo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 02, Vol. 01, pp. 160-175. Fevereiro de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/cancer-de-penis, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/cancer-de-penis

RESUMO

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é caracterizada por transições biológicas, sociais e psicológicas, que ocorrem dos 10 aos 19 anos de idade. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera adolescentes aqueles que possuem entre 12 e 18 anos de idade. O comportamento sexual é caracterizado pela curiosidade e pela descoberta do prazer. Nesse período de descoberta, os adolescentes se deparam com diversos tabus socioculturais que, muitas vezes, os impedem, não apenas de prevenir as doenças a que estão suscetíveis, mas também de buscar tratamento quando a doença se estabelece. O câncer de pênis é responsável por aproximadamente 2,1% de todos os tumores em homens no Brasil, possuindo maior incidência nas regiões Norte e Nordeste. Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o conhecimento de alunos da Escola de Referência de Ensino Médio Professor Cândido Duarte, localizada no município de Recife/PE. Tratando-se de um estudo quantitativo descritivo, foi aplicado um questionário semiestruturado sobre o câncer de pênis, sintomas, fatores de risco e prevenção, com a participação de 42 discentes. Quanto a sintomas, feridas avermelhadas, inchaços, manchas brancas e secreções com forte odor, foram apontados por 67,4% dos entrevistados. Em relação aos principais fatores de risco, a relação sexual sem uso de preservativo, a falta de informação, o acúmulo de esmegma e a fimose, foram citados por 86% dos discentes. 48% dos entrevistados citaram o uso de preservativos nas relações sexuais como medida de prevenção. Os estudantes demonstraram conhecimento razoável sobre educação sexual, porém àqueles referentes aos aspectos específicos do câncer de pênis não foram satisfatórios. As escolas, sendo locais frequentados por adolescentes e também disseminadores de conhecimentos, podem atuar também, na prevenção do câncer de pênis já que este, através da adoção de medidas simples, pode ter seus índices reduzidos consideravelmente.

Palavras-chave: Adolescentes, Doenças sexualmente transmissíveis, Ensino, Saúde, Sexualidade. 

INTRODUÇÃO

A adolescência é caracterizada por intensas transformações biológicas, sociais e psíquicas e, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (1965) e o Ministério da Saúde – MS (BRASIL, 2014), é um período que vai dos 10 aos 19 anos. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (BRASIL, 1990), com a lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, considera criança, pessoa até 12 anos e adolescente entre 12 e 18 anos. Independente da faixa etária em que esteja incluído, o termo adolescência, se refere a etapa da vida compreendida entre a infância e a fase adulta, marcada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento biopsicossocial, onde o indivíduo passa pela transição da fase da infância para a fase adulta, explorando cada vez mais sua sexualidade, o que os torna mais vulneráveis, especialmente às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) (GENZ et al., 2017).

Nessa etapa da vida se fazem necessárias informações eficientes que possam auxiliar os adolescentes com relação às atividades sexuais, principalmente quando desenvolvem comportamentos que podem provocar riscos à saúde. Nesse contexto, a sexualidade é caracterizada pela curiosidade e descoberta do prazer, que toma forma pela ocorrência do ato masturbatório e do início da atividade sexual (DOMINGOS; SANTANA e ZANATTA, 2021). A conscientização de adolescentes durante esse período de descoberta esbarra em diversos tabus socioculturais, que, por muitas vezes, impedem a prevenção contra os agravos aos quais estão vulneráveis e dificultam reações efetivas quanto à presença deles (CRUZ et al., 2019). Neste sentido, é imprescindível que a prevenção ultrapasse as informações sobre uso de preservativos e vacinas, englobando conhecimentos mais amplos, sempre considerando que, quanto mais precocemente eles forem adquiridos, melhores serão os resultados.

Em países desenvolvidos, como: Estados Unidos e alguns outros da Europa, o carcinoma peniano é uma neoplasia rara que atinge, aproximadamente, 1/100.000 homens. Por outro lado, uma alta incidência é observada em países em desenvolvimento. Em algumas regiões da Ásia, África e América do Sul, esta doença chega a representar cerca de 10 a 20% dos tumores urogenitais masculinos, constituindo um verdadeiro problema de saúde. No Brasil, o câncer de pênis corresponde a, aproximadamente, 2,1% de todos os tumores do homem e é mais elevado nas regiões Norte e Nordeste (COLACITE et al., 2021).

Conhecer a doença, seus sintomas, seu tratamento e sua prevenção é de extrema importância, sendo a escola um local propício para ações preventivas e divulgação de informações, visto que a grande maioria dos adolescentes brasileiros vão para a escola em algum momento do seu dia (SANTANA et al., 2022). Se tratando de câncer de pênis, a educação sexual é peça chave no processo. Ter ciência de quais são os fatores de risco e formas de prevenção deve ser objetivo das instituições de ensino, principalmente nos seus níveis mais elementares, visto que, segundo Costa et al. (2022), esta doença tem uma relação com o vírus sexualmente transmissível que mais acomete a população mundial, o Papiloma Vírus Humano (HPV). Para que as ações implementadas em um grupo específico de indivíduos sejam o mais eficazes possível, se faz necessário investigar e reconhecer quais são as carências e lacunas no conhecimento sobre o tema. Nesse contexto, este estudo objetivou avaliar o conhecimento dos discentes da Escola de Referência do Ensino Médio – EREM Prof. Cândido Duarte, acerca do câncer de pênis e, a partir destas informações, desenvolver ações preventivas.

REFERENCIAL TEÓRICO

A adolescência é uma fase da vida que merece atenção quanto à educação sexual dos indivíduos que dela fazem parte. O HPV é responsável por uma infecção transmitida sexualmente conhecida como condiloma acuminado, verruga genital ou, também, crista de galo. As taxas de infecção pelos HPV são altíssimas, estimando-se que 1 em cada 10 pessoas possuam algum de seus genótipos em seu organismo. Em decorrência dessa contaminação, pode haver complicações clínicas, tanto para os meninos, quanto para as meninas, visto que o desenvolvimento do câncer já vem sendo associado ao HPV (COSTA et al., 2022).

Nas mulheres, quase todos os cânceres cervicais invasivos estão associados ao HPV. No entanto, a detecção de HPV em homens é mais variável. Foi proposto que alguns cânceres de pênis estão associados ao HPV, enquanto, outros não. A presença do HPV em câncer de pênis foi demonstrada pela primeira vez na década de oitenta (DURST et al., 1983). No Brasil, os primeiros relatos são de 1986. Eles demonstraram a presença de HPV entre 44% e 50% dos pacientes com tumores penianos (MCCANCE et al., 1986; VILLA e LOPES, 1986). Stratton e Culkin (2016), concluíram que infecções por HPV de alto risco estão presentes em cerca de 40% dos casos de câncer de pênis no mundo desenvolvido.

O câncer de pênis é mais comum em pacientes com idade entre 50 e 70 anos, embora, em estudo desenvolvido por Figliuolo et al. (2015), realizado no Brasil, demonstra 12% de casos em pacientes com faixa etária de 26 a 39 anos. Vários fatores de risco para o câncer de pênis já foram identificados, como: fimose, histórico de tabagismo e infecção por HPV de alto risco (AKERS e HOLDEN, 2020).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2022), o número total de mortes devido ao câncer de pênis, no Brasil, foi de 463 no ano de 2020, número esse que vem aumentando ano após ano. O carcinoma peniano manifesta-se, comumente, como uma lesão ou tumoração, podendo ocorrer em qualquer parte da genitália externa masculina. A presença de mau cheiro, sangramento e gânglios inguinais infartados indicam progressão da doença. Para evitar avanço da doença, há casos em que se faz necessária a amputação do pênis. Aspectos psicológicos são determinantes quanto à adesão do paciente ao tratamento, influenciando severamente na qualidade de vida, uma vez que a doença pode ter como consequências: a disfunção sexual, a impossibilidade de urinar em pé e a estética do pênis. Para viabilizar esse conhecimento em prol de medidas protetivas à saúde dos adolescentes, ações educativas e reflexões que promovam mudanças de atitudes são essenciais (WIND et al., 2019).

A prevenção é um dos meios mais eficazes para o não surgimento da doença e baseia-se em métodos simples de educação para a população masculina, com divulgação de informações sobre o autocuidado. Entretanto, vários estudos apontam que os homens procuram menos os serviços de saúde do que as mulheres (GOMES; NASCIMENTO e ARAÚJO, 2007; LEVORATO et al., 2014; SOUZA et al., 2019; TEIXEIRA, 2016). De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária. Sabe-se que, independentemente do sexo, os cuidados preventivos minimizam os gastos públicos referentes aos tratamentos de doenças já em estágios mais avançados. Além disso, pacientes e familiares experienciam sofrimento físico e psicológico, que poderiam ser evitados caso não houvesse resistência à atenção básica de saúde, o que é característica do sexo masculino. Em pesquisa semelhante, porém com temática diferente, realizada por Santana et al. (2022), foi demonstrado que ações preventivas e divulgação de informações em escolas são benéficas para os discentes.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada entre os alunos da Escola de Referência de Ensino Médio Professor Cândido Duarte, localizada no município de Recife/PE, e tratou-se de um estudo qualitativo descritivo. A pesquisa descritiva é usada para descrever fenômenos, condições e eventos existentes, bem como para identificar e justificar problemas, condicionar, comparar e avaliar o desenvolvimento de outros em situações e problemas semelhantes. Visa, também, clarificar a situação para o futuro planeamento e tomada de decisões (GRESSLER, 2004).  A pesquisa qualitativa é capaz de incorporar a questão do significado e da intencionalidade inerentes aos atos, às relações e as estruturas sociais, sendo essas últimas, tomadas, tanto no seu advento, quanto na sua transformação, como nas construções humanas significativas (MINAYO, 1998).

A abordagem dialética utiliza-se da discussão, argumentação e provocação com o objetivo de melhor compreender determinadas questões. Este estudo está associado à compreensão de fatos reais, o que faz dessa abordagem adequada ao que ora se propõe e justifica seu uso.

Como critério para inclusão dos sujeitos desta pesquisa, foi utilizada a janela de coincidência das definições de adolescência que, segundo a OMS (1965), é um período que vai dos 10 aos 19 anos e, de acordo com o ECA, é o período de 12 a 18 anos de idade. Quanto aos princípios éticos, estes foram considerados durante a realização do trabalho. Os representantes legais dos adolescentes e os participantes foram esclarecidos quanto à metodologia, os objetivos da pesquisa e as vantagens de suas contribuições. Todos os participantes e responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), tendo o trabalho sido desenvolvido no período de maio a setembro de 2014.

Inicialmente, foi requerido à representante da EREM Professor Cândido Duarte, a assinatura do Termo de Anuência para a realização da pesquisa. Os adolescentes que se encontravam dentro dos critérios de inclusão foram convidados a participar após serem informados acerca dos objetivos, metodologia a ser aplicada e possíveis riscos inerentes à adesão voluntária a este estudo. Após prestados os esclarecimentos necessários, foi solicitada a assinatura do TCLE a cada um dos participantes. A investigação se deu através de questionários semiestruturados sobre o tema do câncer de pênis, sintomas, fatores de risco e prevenção, que foram aplicados individualmente durante os intervalos de aula em sala reservada.

Este trabalho de pesquisa foi desenvolvido após aprovação do projeto na Comissão de Ensino, de Ética e de Pesquisa do Conselho Técnico Administrativo do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, sob o número 27/2012.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi utilizada a abordagem dialética para aprofundar o conhecimento dos discentes acerca do tema. Participaram do estudo um total de 42 discentes com uma média de idade de, aproximadamente, 16 anos, solteiros, residentes com os pais ou responsáveis e em comunidades próximos à escola.

Quando foi perguntado aos discentes sobre quais seriam os sintomas do câncer de pênis, 2,3% responderam que seriam feridas roxas e região muito dolorida; 67,4% disseram feridas avermelhadas, inchaços, manchas brancas e secreções com forte odor; 27,9% citaram secreções com odor desagradável, pintas com coloração arroxeada e descamação; e 2,3% abordaram o aumento da temperatura na região do pênis e descamação (Figura 1).

Figura 1. Respostas dos estudantes sobre quais os sintomas do câncer de pênis. Resultados expresso em percentual

Respostas dos estudantes sobre quais os sintomas do câncer de pênis. Resultados expresso em percentual
Fonte: Elaborado pelos autores.

Os sintomas mais citados foram feridas avermelhadas, inchaços, manchas brancas e secreções com forte odor, com 67,4%. Esse resultado revela um breve conhecimento pela temática, diferente de estudo realizado por Chaves et al. (2018), com homens entre 18 e 70 anos em Unidades Básicas de Saúde na cidade de Caxias – MA, onde 85,5% dos homens não conhecem a sintomatologia inicial dessa doença.

Com relação aos principais fatores de risco para se contrair o câncer de pênis, 86% dos discentes entrevistados citaram a relação sexual sem uso de preservativo, falta de informação, acúmulo de esmegma e fimose; 6,97% associaram a fimose à falta de higiene pessoal; e 23,2% sinalizaram ao descuido com os exames anuais e falta de informação (Figura 2).

Figura 2. Dados referentes às respostas dos estudantes sobre quais seriam os principais fatores de risco de se contrair o câncer de pênis. Resultados expressos em percentual

Dados referentes às respostas dos estudantes sobre quais seriam os principais fatores de risco de se contrair o câncer de pênis. Resultados expressos em percentual
Fonte: Elaborado pelos autores.

Grande parte dos discentes associaram a relação sexual sem proteção, falta de informação, acúmulo de esmegma e fimose como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pênis, demonstrando que esses estudantes têm um conhecimento razoável sobre os fatores que cercam essa neoplasia, visto que estudos apontam associação do câncer de pênis ao genoma do HPV em 15 a 71% dos casos.

Além disso, em 85% dos casos de lesões pré-cancerígenas, verifica-se histórico de fimose, geralmente associada a higiene inadequada (OLIVEIRA et al., 2020). Embora demonstrem ter ciência sobre alguns dos principais fatores de risco, é válido destacar a baixa incidência das respostas no que concerne a falta de higiene pessoal e o descuido com os exames anuais. Esse fato vai de encontro com estudos que indicam que os homens têm maior dificuldade em adotar comportamentos saudáveis e que não apresentam riscos à sua saúde, consequentemente, procurando menos o serviço de saúde do que as mulheres (CARNEIRO; ADJUTO e ALVES, 2019).

Também foi perguntado aos discentes se eles acham que a infecção pelo HPV tem relação com o câncer de pênis. 83,7% disseram que sim e 9,3% disseram que não (Figura 3).

Figura 3. Apresenta dados referentes às respostas dos estudantes sobre se há uma relação entre o HPV e o câncer de pênis, expresso em percentual

Apresenta dados referentes às respostas dos estudantes sobre se há uma relação entre o HPV e o câncer de pênis, expresso em percentual.
Fonte: Elaborado pelos autores.

Embora a menor proporção dos discentes não saiba dessa correlação, esse dado demonstra que a grande maioria dos discentes têm conhecimento sobre o vírus e seus aspectos, visto que o HPV é o vírus sexualmente transmissível mais comum em todo mundo, incluindo o Brasil. Estima-se que haja 9 a 10 milhões de infectados por esse vírus e que, a cada ano, 700 mil novos casos ocorram (ABREU et al., 2018).

O homem é o principal elo na cadeia epidemiológica, sendo o principal portador e vetor do vírus. O órgão genital do homem permite maior desenvolvimento e multiplicação do HPV. A prática de relações sexuais sem o uso de preservativos ou outros métodos de prevenção, pode levar ao desenvolvimento de lesões que, se não tratadas (seja pela ausência de conhecimento ou pela negativa na procura de serviços de saúde) podem evoluir para o câncer (LIMA; LOPES e BATISTA, 2020).

Ao final do questionário, questionou-se sobre as medidas de prevenção contra o câncer de pênis, onde 25,5% dos entrevistados apontaram o ato de lavar o pênis com água e sabão; 18,6% incluíram a realização da cirurgia de fimose; e 48,8% o sexo com preservativo (Figura 4). 

Figura 4. Dados referentes às respostas dos estudantes sobre quais seriam as medidas de prevenção contra o câncer de pênis, expresso em percentual

Dados referentes às respostas dos estudantes sobre quais seriam as medidas de prevenção contra o câncer de pênis, expresso em percentual
Fonte: Elaborado pelos autores.

Com esses dados, podemos observar uma pequena equidade entre as duas primeiras respostas e uma maior ênfase dos alunos para a utilização do preservativo como forma de prevenção contra o carcinoma peniano, o que reforça a importância da prática do sexo seguro para evitar a contaminação pelo HPV e por outros agentes causadores de doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo Costa et al. (2013), a diminuição da incidência do câncer de pênis pode ocorrer pela prática da circuncisão ainda na infância, bem como pela prática de hábitos constantes e adequados de higiene. Esta constatação, quando confrontada com os dados acima mencionados, mostra o desconhecimento da amostra populacional estudada acerca dos métodos preventivos mais assertivos contra o câncer de pênis.

A análise dos dados coletados neste estudo reforça a certeza de que é de extrema importância a realização de campanhas para prevenção contra o câncer de pênis. A disseminação correta da importância do uso de preservativo para a prevenção da transmissão de vírus sexualmente transmissíveis (como os causadores da AIDS e o HPV) parece induzir uma distorção no entendimento da população sobre a prevenção do câncer de pênis. Por serem ambas as situações referentes à esfera sexual, as medidas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis são confundidas com aquelas que devem ser aplicadas ao câncer de pênis. Dessa forma, esclarecimentos sobre as características diferenciais dessas afecções são necessárias para que os sujeitos compreendam as características específicas do câncer de pênis em seus estágios iniciais e, ao procurarem assistência de saúde adequada, impeçam a evolução para estágios mais avançados da doença, diminuído sua gravidade e aumentando as chances de cura ou tempo de sobrevida (CORREIA et al., 2018).

A ação educativa para a prevenção desse tipo de câncer, uma das que compõem as ações básicas de saúde, deve ser um compromisso profissional com a qualidade de vida da população e com a qualidade no atendimento, reiterando a autonomia do paciente no seu autocuidado (BARROS e MELO, 2009).

A educação, também, deve ser vista, não apenas como uma atividade adicional que se desenvolve nos serviços de saúde, mas como uma ação que reorienta a globalidade das práticas dos profissionais nas unidades de saúde (SOUZA et al., 2011).

Além dos serviços de saúde, as escolas podem participar como agentes disseminadores de informações para o aumento da qualidade de vida de crianças e adolescentes (MACHADO et al., 2021). Como forma de sistematizar o ambiente escolar na prática de promoção de saúde, o Governo Federal instituiu o PSE (Programa Saúde na Escola), que se trata de uma política intersetorial da Saúde e Educação que, como o nome já diz, usa do ambiente escolar para, conjuntamente com os serviços de saúde, promover o desenvolvimento de crianças e adolescentes da rede pública de ensino de forma integral. Assim, além das abordagens pedagógicas curriculares, a escola se torna ambiente para a realização de ações preventivas a diversas doenças e promoção de saúde (BRASIL, 2022).

Suassuna et al. (2020), afirmam que nem todas as escolas possuem ações de educação realizadas por profissionais de saúde, destacando falhas da ação do PSE sobre a rede pública de Natal/RN. Esse relato estimula a reflexão que, em um país de proporções continentais como o Brasil, programas como o PSE, podem não atingir a todos que necessitam, elevando, ainda mais, a importância da realização de ações escolares que objetivam a divulgação de informações preventivas e o diálogo com os estudantes, contribuindo, assim, com o Estado através da promoção da saúde pública.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar dos estudantes terem demonstrado conhecimento sobre educação sexual, os altos índices de câncer de pênis nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, demonstram a necessidade de intensificação de campanhas sobre o tema específico. As escolas, sendo frequentadas pelos adolescentes e, ainda, por serem locais disseminadores de conhecimentos, promotores de debates e esclarecimentos de dúvidas, podem atuar junto ao Estado na prevenção desta doença que, através da adoção de medidas simples, pode ter seus índices reduzidos consideravelmente.

AGRADECIMENTOS

A Universidade Federal Rural de Pernambuco através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e da Coordenadoria de Programas Especiais/Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Ensino Médio pela concessão da Bolsa e aos que fazem a gestão da EREM Professor Cândido Duarte pela confiança e parceria firmada.

REFERÊNCIAS

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[1] Discente do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. ORCID: 0000-0002-4909-5130. CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/7183090938126805.

[2] Discente do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. ORCID: 0000-0002-7538-4518. CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/7228937531370032.

[3] PhD em Biociência Animal, Mestre em Anatomia, Odontóloga. ORCID: 0000-0002-6809-8396. CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/5056572269695104.

[4] PhD em Bioquímica e Fisiologia, Mestre em Fisiologia, Biólogo. ORCID: 0000-0003-1493-7964. CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/9044747136928972.

Enviado: Janeiro, 2023.

Aprovado: Fevereiro, 2023.

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Anísio Francisco Soares

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