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Suplementação de vitamina K: revisão de literatura acerca da terapêutica na calcificação cardiovascular

RC: 128593
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CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA 

PAIVA, Christian Taylon de Carvalho [1], CARDOSO, Beatriz Pires [2], CUSTÓDIO, Leonardo Folena [3], ALMEIDA, Mariana Saracino de [4], CARDOZO, Taynara da Silveira [5], GARCIA, Humberto José Portella [6]

PAIVA, Christian Taylon de Carvalho. Et al. Suplementação de vitamina K: revisão de literatura acerca da terapêutica na calcificação cardiovascular. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 09, Vol. 08, pp. 171-193. Setembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/calcificacao-cardiovascular

RESUMO

A vitamina K é um micronutriente fundamental para a manutenção na cascata de coagulação no organismo humano. Além disso, apresenta um importante papel como cofator na carboxilação de enzimas inibidoras da calcificação vascular, entretanto, sua suplementação ainda é alvo de pesquisas médicas sobre seus benefícios cardiovasculares. Dessa forma, problematiza-se se há eficácia da suplementação de vitamina K em médio a longo prazo em atenuar ou regredir o processo de calcificação vascular. Logo, o presente trabalho tem como objetivo investigar os benefícios da suplementação da vitamina K sobre a calcificação vascular. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa em que foram utilizadas as bases de dados PubMed e LILACS com artigos completos do tipo ensaio clínico, ensaio controlado randomizado, estudos clínicos e estudos observacionais realizados no período de 2012 a 2022, analisados de março a abril de 2022, disponíveis em português, inglês e espanhol. Duas combinações de descritores foram utilizados: Vitamin K AND therapy AND cardiovascular effects NOT Vitamin K antagonists, e Vitamin K AND calcification AND supplementation. Foram excluídos artigos incompletos, repetidos, sem resultados e aqueles fora do tema proposto, resultando em 14 artigos utilizados. Após análise dos estudos, observou-se que a utilização da suplementação de vitamina K pode ser uma terapêutica favorável frente à calcificação vascular em populações de distinta faixa etária e condições prévias, havendo significativa diminuição da dp-ucMGP. Ademais, dos grupos estudados, pacientes que apresentavam estenose aórtica leve e moderada tiveram uma maior desaceleração na calcificação vascular, obtendo resultados promissores com a suplementação de fitomenadiona, todavia ainda são necessárias pesquisas multicêntricas ou maior amostra para que se comprove de fato a aplicabilidade clínica desta suplementação.

Palavras-chave: Vitamina K, Terapia, Efeito cardiovascular, Calcificação, Suplementação. 

INTRODUÇÃO

A vitamina K é um micronutriente lipossolúvel fundamental para o bom funcionamento do organismo humano. Descoberta em 1929 por Henrik Dam, existem três formas naturais de vitamina K, as chamadas Filoquinonas (ou vitamina K1), menaquinona (ou vitamina K2, descrita posteriormente) e menadiona (ou vitamina k3). As filoquinonas podem ser encontradas em plantas, incluindo as hortaliças – como espinafre, couve, agrião – e óleos vegetais. As menaquinonas são predominantemente produzidas por bactérias, geralmente pertencentes ao trato gastrointestinal, com especial menção às bactérias colônicas.  (DÔRES et al., 2001)

A vitamina K tem um papel muito importante em diversas funções fisiológicas conhecidas, sendo fundamental para a síntese de diversos fatores de coagulação, além de ativação de proteínas e participação em processos metabólicos, como é o caso da Matrix Gla Protein (MGP). A MGP é uma proteína dependente de vitamina K que necessita ser carboxilada e convertida, após passagem pela etapa de fosforilação, em sua forma ativa, a qual tem sido identificada como importante molécula capaz de inibir a calcificação arterial. Ela é secretada pelas células da musculatura lisa vascular e pelos condrócitos, sendo também expressa nos ossos, no coração, nos vasos, nos rins e nas cartilagens (SHIOI et al., 2020). Dentre os principais mecanismos de ação sugeridos, destaca-se a ligação de cristais de hidroxiapatita, atuando como um competidor para a precipitação desses cristais que estão associados à calcificação vascular. Também se sugere que ela possa se ligar e inativar a proteína morfogenética-óssea-2 (BMP-2), a qual é um fator de crescimento osteogênico que pode ser encontrado nas células musculares lisas vasculares (HOUBEN et al., 2016).

As doenças cardiovasculares são causas importantes de mortalidade no mundo, e o desenvolvimento de algumas patologias que servem como fatores de risco, dentre elas a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), são fortemente correlatas com a calcificação da parede vascular, um processo imunomediado que pode acometer tanto a túnica íntima quanto a túnica média. A calcificação da túnica média está mais associada com diabetes e doença renal crônica. (WEI et al., 2019).

A doença renal crônica afeta entre 8% a 16% da população mundial, e apresenta como importantes causas a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus (JHA et al., 2013). Essa condição é definida por taxa de filtração glomerular menor que 60mL/min/1.73 m (SHIOI et al., 2020), albuminúria de ao menos 30 mg em 24 horas ou presença de marcadores de dano renal, como hematúria e anomalias estruturais, persistindo por mais de 3 meses (CHEN et al., 2019). Pacientes com doença renal crônica apresentam aumento importante dos riscos cardiovasculares, os quais mantêm forte associação com a calcificação vascular, visto que esta é uma condição altamente prevalente nesses pacientes. O processo de calcificação vascular na doença renal crônica pode aparecer desde os estágios iniciais, porém se agrava com a progressão da doença, sendo fatores associados à diálise como estresse oxidativo, inflamação e metabolismo prejudicado de cálcio e fósforo capazes de promover maior calcificação e maior risco cardiovascular em pacientes em estágio terminal da doença (JONO et al., 2006).

Dentre as comorbidades mais prevalentes do mundo e responsáveis por muitas complicações, o Diabetes Mellitus (DM) também é uma condição clínica que se apresenta com elevadas taxas de calcificação vascular. Apesar de a túnica média vascular ser a mais acometida nestes pacientes, existe correlação documentada com elevada presença e rápida progressão de calcificação das artérias coronárias em pacientes com DM quando comparados a pacientes que não apresentam a doença, fato que representa risco cardiovascular elevado nesses indivíduos. Sugere-se que esse processo ocorra por conta de a capacidade da hiperglicemia influenciar na calcificação vascular por maior estresse oxidativo e formação de espécies reativas de oxigênio, que induzem diferenciação da musculatura lisa vascular, além de provocar disfunção endotelial – especialmente quando avaliado em pacientes com DM tipo 1 (SNELL-BERGEON et al., 2013).

Diante dos conceitos pré-estabelecidos acerca das atuações da Vitamina K nos sistemas corporais, problematiza-se se há eficácia da suplementação de vitamina K em médio a longo prazo em atenuar ou regredir o processo de calcificação vascular.

Como hipótese, devido a atuação da Vitamina K na carboxilação da enzima MGP, supõe-se que ao realizar terapia de suplementação de Vitamina K em pacientes que apresentem danos cardiovasculares de calcificação, sejam apresentados resultados clínicos favoráveis a utilização desta vitamina como tratamento na atenuação e regressão da condição.

Há necessidade da descoberta de novos resultados de pesquisa em prol da prática clínica e aumento da expectativa de vida ao desacelerar a calcificação vascular, tanto em indivíduos sem comorbidades quanto aqueles que apresentam algum fator de risco adicional, como idade avançada, desnutrição, reduzidas condições socioeconômicas ou doenças prévias. Desta forma, objetiva-se investigar os benefícios da suplementação da vitamina K sobre a calcificação vascular.

METODOLOGIA

Foi realizada uma Revisão Integrativa da Literatura de abordagem qualitativa e caráter descritivo. As bases de dados utilizadas foram a PubMed e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com artigos completos do tipo ensaio clínico, ensaio controlado randomizado, estudos clínicos e estudos observacionais que variam entre os anos de 2012 a 2022, analisados no período de março a abril de 2022, utilizando os idiomas português, inglês e espanhol. A estratégia de pesquisa utilizada para busca dos artigos foi: Vitamin K AND therapy AND cardiovascular effects NOT Vitamin K antagonists, e também Vitamin K AND calcification AND supplementation. Foram utilizados como critérios de exclusão artigos incompletos, artigos repetidos, artigos sem resultados e artigos fora do tema proposto.

Figura 1 – Fluxograma Metodologia

Fluxograma Metodologia
Fonte: Autoria própria (2022).

RESULTADOS

Ao realizar a busca de artigos pela base de dados PubMed, foram utilizadas duas combinações de descritores, a primeira foi: Vitamin K AND therapy AND cardiovascular effects NOT Vitamin K antagonists, resultando em 431 artigos. Após a primeira fase, foi instituída a avaliação temporal de 10 anos, resultando em 266 artigos. Na terceira fase, foram admitidos artigos do tipo ensaio clínico, ensaio controlado randomizado, estudos clínicos e estudos observacionais, reduzindo a 56 artigos, além disso, restringiram-se a artigos nos idiomas português, inglês e espanhol, mantendo o N de 56 artigos. Por último, foram aplicados os critérios de exclusão manualmente, que consistem em: artigos incompletos, artigos sem resultados e artigos fora do tema proposto, totalizando 11 artigos. Já na segunda combinação, foram utilizados: Vitamin K AND calcification AND supplementation, resultando em 118 artigos, que após aplicar a temporalidade de 10 anos foram obtidos 98 artigos. Após isso, restringem-se a artigos do tipo ensaio clínico, ensaio controlado randomizado, estudos clínicos e estudos observacionais, reduzindo a 19 artigos, além disso, foram utilizadas as linguagens em português, inglês e espanhol, mantendo 19 artigos. No último filtro também foram excluídos artigos incompletos, artigos sem resultados, artigos repetidos e artigos fora do tema proposto, totalizando 3 artigos, tendo uma somatória de 14 artigos utilizados na pesquisa. (figura 1).

Houve a tentativa de se utilizar também a base de dados LILACS, em que foram instituídos os mesmos descritores Vitamin K AND therapy AND cardiovascular effects NOT Vitamin K antagonists, resultando em 2 artigos, e a mesma análise temporal de 10 anos, porém, quando adicionado os mesmos tipos de artigos, não houve resultado, tendo um N de 0, logo não foi utilizado nenhum artigo desta base de dados (figura 1).

Tabela 1 – Síntese dos artigos utilizados

TÍTULO AUTOR AMOSTRA INTERVENÇÃO CONCLUSÃO
Vitamin K Supplementation to Improve Vascular Stiffness in CKD: The K4Kidneys Randomized Controlled Trial WITHAM MD, et al., 2020 Foram analisados homens e mulheres com idades superiores a 18 anos (a idade média foi de 67,3 anos) com diagnóstico de Doença Renal Crônica (DRC) estágio 3b ou 4. Cada participante do estudo fez uso de um comprimido diário do subtipo MK7 da vitamina K2, sendo a dose maior do que a usada em trabalhos anteriores. A terapia com vitamina K2 não apresentou melhora na calcificação vascular e foi evidenciado redução dos níveis de dp-ucMGP (marcador chave da insuficiência de vitamina K associada à calcificação vascular).
The effect of menaquinone-7 supplementation on vascular calcification in patients with diabetes: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial ZWAKENBERG SR, et al., 2019 Homens e mulheres com idade > 40 anos com diagnóstico de diabetes tipo 2, Doença Cardiovascular (DCV) pré-existente e taxa de filtração glomerular estimada (eGFR) > 30. Os participantes foram aleatoriamente designados para 360 µg (2 comprimidos) de MK-7 diariamente ou 2 comprimidos de um suplemento de placebo por 6 meses que deveriam ser tomados com a refeição da noite. A calcificação vascular ativa tendeu a aumentar após a suplementação de MK-7 em comparação com placebo durante a intervenção de 6 meses. Além disso, nenhum efeito da suplementação de MK-7 na massa de calcificação da TC foi encontrado. Portanto, este estudo não suporta que a suplementação de MK-7 inibe a calcificação vascular.
Six months vitamin K treatment does not affect systemic arterial calcification or bone mineral density in diabetes mellitus 2 BARTSTRA JW, et al., 2021 Homens e mulheres de meia-idade (> 40 anos) com diagnóstico de DM2 e doença arterial pré-existente conhecida Os participantes foram randomizados em uma proporção de 1:1 para receber uma dose oral diária de 360 µg de vitamina K (menaquinona-7) ou tratamento com placebo. Este estudo mostra que 6 meses de suplementação de vitamina K não afeta a calcificação arterial medida por TC ou DMO medida por TC em pacientes com DM2 e história de doença cardiovascular. Embora a suplementação de vitamina K tenha reduzido a MGP inativa circulante, os achados não suportam que a suplementação de vitamina K tenha um papel na prevenção da progressão da calcificação arterial ou osteoporose em pacientes com DM2.
The ViKTORIES trial: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of vitamin K supplementation to improve vascular health in kidney transplant recipients LEES JS, et al., 2021 Foram analisados adultos (18 anos ou mais) que possuem transplante renal funcional implantado a mais de 12 meses e com taxa de filtração glomerular estimada (eTFG) > 15 mL/min/1,73 m 2. Os pacientes receberam 5 mg de difosfato de menadiol (K3) ou placebo correspondente administrados por via oral três vezes por semana (segunda, quarta e sexta-feira) durante 1 ano. Não houve impacto da suplementação de vitamina K na rigidez vascular, calcificação vascular, nem qualquer outra medida de resultado ao longo de 1 ano.
Effects of vitamin K2 supplementation on atherogenic status of individuals with type 2 diabetes: a randomized controlled trial SAKAK FR, et al., 2021 Homens e mulheres com idade entre 30 e 70 anos com pelo menos um ano de história de diabetes tipo II, e a HbA1c entre 6,5 e 10%. Os participantes foram instruídos a tomar duas cápsulas de vitamina K2 (180 μg MK-7) ou placebo por dia após o café da manhã e jantar por 12 semanas. Todos os participantes foram solicitados a evitar qualquer alteração de atividade física ou alimentação durante o período do estudo. A ingestão diária de 360 μg de vitamina K2 na forma de MK-7 por 12 semanas não conseguiu melhorar os índices de risco de Doenças Cardiovasculares relacionados à resistência insulínica.
Desphospho-Uncarboxylated Matrix-Gla Protein Is Increased Postoperatively in Cardiovascular Risk Patients DAHLBERG S, et al., 2018 Incluiu 40 pacientes submetidos a cirurgias gastrointestinais, urológicas ou ortopédicas, com idade média de 71 anos (variação de 32 a 88). Amostras de sangue foram coletadas no pré-operatório e quatro dias após a cirurgia. MGP desfosfo-carboxilado (dp-cMGP), MGP desfosfo-não-carboxilado (dp-ucMGP), osteocalcina carboxilada (OC) (cOC), OC não-carboxilado (ucOC) e protrombina não-carboxilada (PIVKA-II) foram analisados. Resultados demonstram que uma elevação pré-operatória na dp-ucMGP aumenta ainda mais no pós-operatório. Não está claro se a elevação prolongada de dp-ucMGP representa um aumento do risco cardiovascular.
Vitamin K2 supplementation and arterial stiffness among renal transplant recipients-a single-arm, single-center clinical trial MANSOUR AG, et al., 2017 Homens e mulheres, com 18 anos ou mais, com enxerto renal funcional com função renal estável por pelo menos 3 meses Medidas basais de velocidade de onda de pulso carotídeo femoral, pressões periféricas de 24 horas e hemodinâmica central foram obtidas no momento da inscrição. Todos os pacientes receberam menaquinona-7 oral (MK-7), como fonte de vitamina K2, uma vez ao dia na dose de 360 mg por 8 semanas. Após o período de tratamento ativo, seguiu-se um período de segurança de 2 semanas para monitorar eventos adversos. A deficiência de vitamina K é prevalente entre os receptores de transplante renal. Além disso, a suplementação de MK-7 por 8 semanas é seguro e está associado a uma melhora significativa tanto no status de vitamina K quanto nas medidas de rigidez arterial.
The effect of vitamin K2 supplementation on vascular calcification in haemodialysis patients: a 1-year follow-up randomized trial OIKONOMAKI T, et al., 2019 Pacientes maiores de 18 anos com doença renal terminal (ESRD) em hemodiálise. Amostras de sangue foram coletadas na randomização, aos 3 e aos 12 meses. Os pacientes no grupo de intervenção receberam 200 ÿgr de vitamina K2 por via oral (vitamina K2/ MK-7, Solgar) todos os dias durante 1 ano. Os pacientes do grupo controle não receberam suplementação de vitamina K2 ou placebo. A administração oral de vitamina K2 em pacientes com hemodiálise reduziu os níveis séricos de uc-MGP. Este efeito, embora teoricamente positivo, parece não ser suficiente para impedir a progressão da calcificação vascular, que é um processo fisiopatológico multifatorial.
Effect of Vitamin K on Vascular Health and Physical Function in Older People with Vascular Disease–A Randomised Controlled Trial FULTON RL, et al., 2015 Pessoas com ≥ 70 anos com histórico de doença cardiovascular. Cada participante fez uso de 1 cápsula por dia de vitamina K2 subtipo MK7 de 100 mcg. Em 6 meses de suplementação não houve melhora da função endotelial da artéria braquial e não foi observada diferença significativa na função física medida pela força de preensão manual quando comparada com o grupo que tomou placebo.
Association between circulating vitamin K1 and coronary calcium progression in community-dwelling adults: the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis SHEA MK, et al., 2013 Diversos pacientes com idades, doenças, condições diferentes. Estudo de caso controle que durou 2,5 anos. Foi orientada alimentação de 500ug por dia de alimentos com vitamina K1 com análise sérica e TC para a calcificação arterial. O estudo viu que não foi estatisticamente importante a variação na progressão da calcificação vascular em pacientes que não utilizavam hipertensivos, porém, por acaso, viram que os pacientes que fazem uso desse tipo de medicação como IECAs e Diuréticos tiazídicos houve desaceleração de calcificação vascular com a suplementação de Vitamina K1.
Low-dose menaquinone-7 supplementation improved extra-hepatic vitamin K status, but had no effect on thrombin generation in healthy subjects THEUWISSEN E, et al., 2021 Homens e mulheres saudáveis ​​com idades entre 18 e 45 anos Estudo duplo-cego, randomizado e controlado. Ocorreu a separação das 42 pessoas em 7 grupos e foram distribuídas cápsulas de suplementação de MK7 ou placebos com doses diárias que variam de 10 a 360 ug. A quantidade mínima de vitamina K de diferenciação entre o grupo placebo e o normal foi de 90 ug/dL, ou seja, quantidades próximas ou acima definidas pela Diretiva de Comissão 2008/100/EC (RDA), indicando que houve maior carboxilação de enzimas OC e MGP. Com relação a coagulação, foi confirmado que não houve aumento de risco de trombose em pacientes que não usam anticoagulantes, mesmo em doses acima da RDA
Slower Progress of Aortic Valve Calcification With Vitamin K Supplementation VINCENT M, et al., 2017 72 pacientes majoritariamente do sexo masculino com estenose aórtica leve ou moderada Estudo intervencionista, randomizado, prospectivo, de centro único. Os pacientes foram randomizados 1:1 para receber 2ug de fitomenadiona ou placebo via oral diariamente por 12 meses. No inicial e ao final foram realizadas TC cardíaca para quantificação do escore de calcificação de volume. Os resultados do trabalho confirmam a desaceleração da calcificação da estenose valvar devido aos achados relacionados com o escore de calcificação de volume, além da diminuição da dp-ucMGP com a suplementação de vitamina K. O viés apresentado está relacionado a necessidade de confirmação dos dados, além do baixo N utilizado na amostra.
High Dephosphorylated-Uncarboxylated MGP in Hemodialysis patients: risk factors and response to vitamin K 2, A pre-post intervention clinical trial AOUN M, et al., 2017 50 pacientes com média de idade de 71,50 e 60% do sexo masculino e 36% diabéticos realizando hemodiálise por mais de 1 mês Ensaio clínico prospectivo, pré-pós-intervenção em que suplementaram 360ug de MK-7 uma vez ao dia durante 4 semanas e concomitante a refeição. Para a análise da Dp-ucMGP utilizaram plasma circulante com ensaio imunoenzimático, e para a calcificação, utilizaram radiografia abdominal lateral da aorta lombar com avaliação do escore de Gravidade da Calcificação da Aorta (AC-24). Os resultados após 4 semanas de suplementação de MK-7 indicaram redução em 86% nos níveis de dp-ucMGP circulante nos pacientes, entretanto, não foi confirmada mudanças na calcificação vascular. Tem-se como viés o baixo N de amostra e a ausência de grupo controle.
Vitamin K2 supplementation in haemodialysis patients: a randomized dose-finding study CALUWE R, et al., 2013 165 pacientes com idade superior a 18 anos em hemodiálise crônica Estudo de intervenção prospectivo, randomizado e cego. Os 165 pacientes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos com suplementação de 360 ug, 720ug e 1080ug, respectivamente de MK-7. Fizeram uso do fármaco via oral 3 vezes por semana durante 8 semanas. Além disso, foram restringidos a certos tipos de alimentos que contenham menaquinona e filoquinona. Como resultado, não houve relação entre a suplementação de filoquinona, entretanto, houve uma correlação significativa entre a ingestão de menaquinona e a dp-uc-MGP basal, diminuindo-a. O grupo que mais teve diminuição da MGP inativa foi o que ingeriu 1080ug de MK-7, chegando a 46%. Porém, não foi concretizado nenhum resultado acerca da efetividade clínica na calcificação vascular.

Fonte: Autoria própria (2022).

DISCUSSÃO

Avaliando a suplementação de vitamina K em diversos estudos, observou-se que a sua maioria foi feita com a vitamina K2 no subtipo MK-7, o qual é responsável pela ativação da proteína Matrix GLA (MGP) e é um dos inibidores da calcificação vascular se estiver em sua forma ativa (BARTSTRA, 2020; FULTON, 2016; MANSOUR, 2017; OIKONOMAKI, 2019; THEUWISSEN, 2012; WITHAM, 2020; ZWAKENBERG, 2019). Acresce que um grupo optou pelo uso da vitamina K1 e outro pela K3.

Analisando a suplementação de vitamina K em pacientes portadores de Diabetes tipo II, os quais foram divididos em dois subgrupos, foi visto que a suplementação não altera a calcificação vascular. No subgrupo I (RAHIMI SAKAK et al., 2021) foram analisados homens e mulheres com idade entre 30 e 70 anos e concluiu-se que a ingestão diária de 2 cápsulas da vitamina K2 (180 μg) não surtiu efeito na diminuição de riscos cardiovasculares relacionada à resistência insulínica. Já no subgrupo II (BARTSTRA, 2020; ZWAKENBERG, 2019) foram analisadas pessoas com idade maior ou igual a 40 anos, que após 6 meses de uso diário do suplemento (2 cápsulas de 180μg), também não foi encontrado um papel da MK-7 na redução da calcificação das artérias, apesar de ocorrer certa diminuição da MGP inativa/não carboxilada (Dp-ucMGP) circulante nos pacientes, que além de diabéticos, possuíam também uma doença arterial pré-existente (BARTSTRA et al., 2020).

A partir de um estudo com pacientes submetidos à cirurgia abdominal ou ortopédica, os quais tiveram a dosagem sérica de Dp-ucMGP como parâmetro antes e depois do procedimento, observou-se alta dosagem tanto no pré-operatório quanto no pós-operatório, entretanto, essa proteína teve um aumento ainda maior no pós-operatório. Assim, pode-se supor que nesses pacientes, uma deficiência extra-hepática de vitamina K veio a se desenvolver ou houve piora de uma condição pré-existente. É importante salientar que apesar do aumento de Dp-ucMGP no grupo em questão, não se pode afirmar que esse aumento representa uma elevação do risco cardiovascular, sendo necessário mais pesquisas apontando a possibilidade de tratamento corretivo perioperatório utilizando diferentes suplementos de vitamina K. Acresce-se que foram excluídos da pesquisa pacientes com carcinoma hepatocelular, doença hepática icterícia, hepatite, cirrose hepática, distúrbios hemorrágicos conhecidos, bilirrubina plasmática elevada, transaminases hepáticas plasmáticas elevadas, tratamento com inibidores potentes de plaquetas ou varfarina com tempo de protrombina com razão normalizada internacional (PT-INR) superior a 1,2. (DAHLBERG et al., 2018)

Numa avaliação mais ampla, com seleção de indivíduos de idade, raça e comorbidades diferentes e excluindo-se apenas usuários de varfarina, fármaco antagonista da vitamina K, a progressão de Calcificação Arterial Coronariana (CAC) foi comparada ao status da filoquinona (vitamina K1) sérica em 296 participantes com progressão de CAC extrema e 561 selecionados sem progressão CAC extrema, ressaltando que todos os indivíduos tinham medidas CAC de linha de base e de acompanhamento. Um dado importante é que os hipertensos que tomavam medicação hipertensiva eram significativamente mais predispostos a ter progressão extrema da CAC quando associado a baixa vitamina K1 sérica, do que as pessoas que não estavam tomando medicação, porém ainda são necessários estudos para determinar se a melhora do status dessa vitamina reduz a progressão do CAC, especialmente nesses indivíduos (SHEA et al., 2013). A partir disso, conclui-se que medicamentos que interfiram na atividade da angiotensina II possam levar ao aumento da expressão de MGP, porém sem vitamina K suficiente, a MGP aumentada não seria carboxilada e, portanto, não seria capaz de inibir a calcificação, dessa forma, a vitamina K pode complementar os medicamentos para hipertensão com relação à calcificação vascular.

Com o objetivo de avaliar se a suplementação da vitamina K oral seria benéfica em idosos que já possuem doença vascular estabelecida, foram selecionados indivíduos com 70 anos ou mais que tinham história prévia de hipertensão, diabetes mellitus ou doença vascular pré-diagnosticada. Foram excluídos aqueles com história de Fibrilação Atrial (FA), uso de varfarina ou outros derivados de coumadin, uso de suplementos de vitamina K, incapazes de dar consentimento informado ou andar sem assistência humana. Esses indivíduos foram divididos em dois grupos que durante 6 meses um recebeu 100 mcg oral diário de vitamina K2 (subtipo MK7) e o outro placebo, com resultados colhidos em 0, 3 e 6 meses. Como resultado, observou-se que não houve diferenças significativas entre os grupos controle e experimental, contudo, uma tendência de melhora na rigidez arterial foi observada com 6 meses de suplementação, sugerindo que o tratamento com vitamina K por um longo período de tempo pode trazer benefícios, porém ainda são necessários mais estudos nesses grupos, testando diferentes doses e tipos de suplementação de vitamina K. (FULTON et al., 2015)

Outros estudos realizados avaliam a suplementação de vitamina K em pacientes com acometimento renal. Como já visto, a rigidez vascular e a calcificação têm etiologia complexa, multifatorial e desenvolvem-se ao longo de anos, além de serem potencializadas em pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC), o que torna improvável a melhora substancial desses pacientes com a substituição de um único componente dietético, apesar da diminuição dos valores absolutos de dp-ucMGP naqueles que aderiram à medicação do estudo, confirmando a atividade biológica do difosfato de menadiol e MK-7. (AOUN, 2017; CALUWE, 2013; LEES, 2021)

Ainda sobre pacientes com DRC, não há sinais de que a suplementação de vitamina K regrediu ou reduziu a progressão da rigidez vascular e calcificação (MANSOUR et al., 2017), uma vez que a arteriosclerose é de difícil reversão e a velocidade da onda de pulso pode não ser facilmente passível de intervenção, principalmente na DRC avançada. Os resultados de estudos que testaram diversas dosagens e tempo de teste, evidenciam que a vitamina K2 não teve efeito na redução da velocidade da onda de pulso em comparação com o placebo, além de não levar a nenhuma melhora na progressão da calcificação vascular, assim, métodos alternativos para melhorar a rigidez vascular em pacientes com DRC devem ser explorados (AOUN, 2017; CALUWE, 2013; WITHAM, 2020)

É importante ressaltar que a deficiência de vitamina K é prevalente em até 80% da população de receptores de transplante renal e pode ser um fator de risco modificável para doenças cardiovasculares. A ingestão dietética dessa vitamina é insatisfatória para a melhora desse quadro, uma vez que é insuficiente para a carboxilação de MGP. Diante disso, a suplementação de MK-7 tem sido estudada e considerada uma opção viável para suprir esse déficit, uma vez que, a suplementação foi associada a uma melhora significativa tanto no status da vitamina quanto nas medidas de rigidez arterial (LEES et al., 2021).

Dessa forma, o conceito de corrigir a deficiência de vitamina K fisiologicamente pode ajudar a reduzir o risco de calcificação vascular em pacientes com doença renal terminal. Assim, como esperado, a administração oral de vitamina K2 em pacientes em hemodiálise reduziu os níveis séricos de uc-MGP, no entanto, esse efeito, teoricamente positivo, parece não ser suficiente para conter a progressão da calcificação vascular que é um processo fisiopatológico multifatorial. (AOUN, 2017; CALUWE, 2013; OIKONOMAKI, 2019). Estudos maiores são necessários para confirmar se a suplementação preventiva é justificada em pacientes com insuficiência renal terminal.

Por último, a grande variação da presente revisão se encontra em um estudo intervencionista randomizado, prospectivo em que 72 pacientes com estenose aórtica calcificada leve e moderada foram randomizados para suplementação de 2ug de fitomenadiona ou placebo oral diariamente por 12 meses. O estudo teve como ferramenta de comparação a realização de Tomografia computadorizada cardíaca antes e depois da intervenção, e foi constatado com base no escore de calcificação de volume que houve uma progressão da calcificação de 10% em pacientes experimentais, em comparação ao grupo controle que foi de 22%, além da diminuição dos níveis séricos de dp-ucMGP com a suplementação de fitomenadiona. Este estudo, em minoria, confirma a ação clínica da suplementação de Vitamina K na calcificação vascular, entretanto, há neste estudo o viés de amostra, devido ao baixo N utilizado além da necessidade de confirmação dos dados. (BRANDENBURG et al., 2017)

CONCLUSÃO

A suplementação de vitamina K, seja na sua forma MK7, K1 ou K3, de fato aumenta a carboxilação da proteína MGP, tornando-a ativa e funcional para inibir a calcificação vascular. Entretanto, os estudos analisados não validam a ativação enzimática como relação direta para a mudança macro na calcificação arterial por meio da suplementação. Diante dos dados analisados, os resultados foram inconclusivos ou limitados nos pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 com a suplementação de vitamina K, assim como nos indivíduos que faziam uso de anti-hipertensivo e foram submetidos a cirurgia abdominal ou ortopédica, em idosos com mais de 70 anos, em portadores de doença cardiovascular prévia e em pacientes terminais com DRC. Por outro lado, um único estudo apresentou efeito clínico no retardo da progressão da calcificação em estenose aórtica leve e moderada por meio da suplementação de MK-7, o que serve como base para futuros estudos. Dessa forma, ainda são necessários estudos multicêntricos com maiores amostras para avaliar e validar o benefício de suplementar com vitamina K com o intuito de melhorar a rigidez vascular da população em geral, assim como na delimitação da empregabilidade da terapia quanto ao perfil do paciente, quanto a formulação da vitamina a ser usada e quanto a sua dose.

REFERÊNCIAS

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[1] Graduação. ORCID: 0000-0002-1409-6264.

[2] Graduação. ORCID: 0000-0003-4073-9670.

[3] Graduação. ORCID: 0000-0003-4018-3027.

[4] Graduação. ORCID: 0000-0001-9073-9623.

[5] Graduação. ORCID: 0000-0003-0595-2580.

[6] Orientador. ORCID: 0000-0001-5259-0805.

Enviado: Maio, 2022.

Aprovado: Setembro, 2022.

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