REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em cuidados paliativos: a atuação multiprofissional

RC: 131878
699
5/5 - (10 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

BARBOSA, Dyeme Alves [1], SILVA, Patricia Elizabeth da [2]

BARBOSA, Dyeme Alves. SILVA, Patricia Elizabeth da. Pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em cuidados paliativos: a atuação multiprofissional. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 11, Vol. 04, pp. 36-52. Novembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/atuacao-multiprofissional

RESUMO

Cuidados Paliativos são práticas de assistência voltadas a oferecer conforto ao indivíduo com diagnóstico que ameace a continuidade da vida e aos que o cercam. O objetivo deste artigo é conhecer a atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos junto aos familiares de pacientes acometidos por AVC em um hospital terciário. Nesse sentido, partimos da interrogação: qual a atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos em um hospital de nível terciário, referência em tratamento de AVC? Pesquisa do tipo exploratória, de abordagem qualitativa, sendo utilizada a entrevista semiestruturada para a coleta de dados. Para a análise dos dados utilizamos a análise de conteúdo e chegamos às seguintes categorias analíticas: cuidados paliativos; atuação multiprofissional; pacientes com AVC em cuidados paliativos; aproximação com a família do paciente; e desafios para a equipe de cuidados paliativos. Constatou-se que a equipe possui boa compreensão do conceito de Cuidados Paliativos e compreendem que a atuação junto à equipe interdisciplinar assistencial contribui para oferecer um melhor sistema de suporte que ajude no enfrentamento do paciente e da família. Em sua maioria, também consideram essencial a aproximação com os familiares dos pacientes. Concluiu-se que, de acordo com os profissionais entrevistados, a abordagem da equipe consiste em conhecer o paciente, a família, acolher suas demandas e respondê-las de forma satisfatória, propiciando conforto e controle da dor, e principalmente, oferecendo qualidade de vida.

Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Acidente Vascular Cerebral, Equipe Multiprofissional.

INTRODUÇÃO

Os cuidados paliativos surgiram como um modo de cuidar que prioriza a qualidade de vida de pacientes que se encontram com uma doença ameaçadora de vida e seus familiares. Portanto, cuidados paliativos são cuidados holísticos ativos às pessoas de todas as idades com graves sofrimentos relacionados à saúde, proveniente de doença grave e ameaçadora da vida (IAHPC, 2018).

Realizado por uma equipe multiprofissional, a abordagem paliativista visa prevenir e aliviar sofrimentos multidimensionais (físicos, psicológicos, sociais e espirituais), de seus familiares e cuidadores (LOURENÇATO et al, 2018). Dessa forma, os cuidados paliativos proporcionam alívio da dor e de outros sintomas que causam sofrimento, afirmam a vida e encaram a morte como um processo natural, considerando relevantes ao cuidado os aspectos psicológicos e espirituais.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. (BRASIL, 2020), causados por um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.

Em casos de lesões extensas, que causam acometimento grave, é possível que os pacientes evoluam para condições que ameaçam à vida, com prognóstico ruim, tendo assim, como opção, os cuidados paliativos, visando à melhoria da qualidade de vida através de medidas de conforto para os pacientes (SANTOS et al, 2019).

Medidas de cuidados paliativos podem e devem ser iniciadas antes mesmo do estágio final da doença, iniciando pela identificação precoce, tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual no período próximo à morte, através de uma abordagem integralmente centrada no paciente levando em consideração as necessidades existenciais, psicossociais e clínicas (OMS, 2002).

O interesse pela temática surgiu através da aproximação com pacientes internados em uma Unidade de AVC e da experiência enquanto profissional residente em uma equipe de Cuidados Paliativos de um hospital geral. Como justificativa da pesquisa, temos o fato de tratar-se de uma temática nova na área da saúde, sendo os Cuidados Paliativos ainda um tabu para muitos profissionais, portanto, pesquisas nesse âmbito contribuirão para a exploração dessa temática que é tão rica, porém, pouco discutida.

Portanto, perante a atuação de uma equipe interdisciplinar, que se dá de forma multifacetada, diante de cada peculiaridade de pacientes e familiares, temos como objetivo, através deste estudo conhecer a atuação de uma equipe multiprofissional de cuidados paliativos junto aos familiares de pacientes acometidos por AVC internados no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), um hospital terciário referência na Região Nordeste em tratamento de AVC. Partimos, assim, do seguinte questionamento: qual a atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos em um hospital de nível terciário, referência em tratamento de AVC?

METODOLOGIA

Para este estudo optamos pelo tipo exploratório, pois tem como principal objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou criando hipóteses sobre ele (GIL, 2008). Neste sentido, utilizamos a abordagem qualitativa, pois, através dessa abordagem “é possível aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que se estuda – ações dos indivíduos, grupos ou organizações em seu ambiente ou contexto social” (GUERRA, 2014).

A pesquisa foi realizada com a equipe multiprofissional que atua no serviço de Cuidados Paliativos de um hospital de nível terciário, referência em atendimento a pacientes acometidos por AVC. Trata-se de uma equipe composta por 14 trabalhadores de diferentes categorias de saúde, tais como, medicina, enfermagem, nutrição, serviço social e fisioterapia.

Desta equipe, foram entrevistados 07 profissionais que aceitaram voluntariamente participar da pesquisa e estavam inseridos há mais de 06 meses na equipe, pois este foi considerado o tempo mínimo suficiente para terem aproximação com os demais integrantes da equipe e terem conhecimento sobre o conceito e prática em cuidados paliativos. Foram excluídos da pesquisa 07 profissionais que possuíam vínculo menor que 06 meses na equipe.

Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais gravadas, que foram norteadas por questões semiestruturadas, que combinam perguntas abertas e fechadas, permitindo aos sujeitos falarem livremente sobre o tema proposto. Sendo assim, as entrevistas foram realizadas na própria instituição pesquisada, durante o mês de novembro de 2020, em horários combinados entre a pesquisadora e os participantes da pesquisa, em local fechado e reservado, visando o sigilo, e após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Antes da assinatura do TCLE todos os participantes foram informados quanto aos objetivos da pesquisa, riscos, benefícios, bem como sobre a liberdade em participar ou não, sem que isso lhes trouxesse prejuízos para si ou para a sua família.

A análise de dados em uma pesquisa qualitativa tem o objetivo de explorar o conjunto de opiniões e representações sociais sobre o tema (MINAYO, 2009), portanto, escolhemos como forma, para o tratamento dos dados, a análise de conteúdo desenvolvida por Bardin, que possui três fases: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, inferência e interpretação dos dados (BARDIN, 2010). Inicialmente foi realizada a organização dos dados obtidos a partir das entrevistas transcritas. Em seguida, o material foi dividido a partir dos temas que se repetiam com mais frequência, tais como Cuidados Paliativos, pacientes com AVC e aproximação com a família, por exemplo. E, por fim, na última etapa, foi realizada a relação entre os dados obtidos e a fundamentação teórica.

Os benefícios associados a esta pesquisa são fomentar discussões sobre o assunto estudado, contribuir com o trabalho da equipe multiprofissional em questão, fortalecendo a sua atuação dentro da Instituição, e difundir sua relevância contribuindo para uma melhor abordagem aos familiares de pacientes acometidos por AVC que se encaixam nos critérios de cuidados paliativos.

O projeto foi submetido à análise do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e aprovado sob o n° da CAAE: 36881120.0.0000.5040 e parecer nº 4.264.536. A coleta de dados só teve início após o parecer de aprovação do Comitê de Ética. Neste estudo, foram respeitados os preceitos éticos e legais que devem ser seguidos nas investigações envolvendo seres humanos, conforme a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012).

Para respeitar o anonimato dos participantes, seus nomes foram substituídos pela inicial P, seguida de um numeral na ordem crescente.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram entrevistados 07 profissionais integrantes da equipe multiprofissional de cuidados paliativos, sendo eles das seguintes categorias: enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição, psicologia e serviço social. A equipe em estudo é do tipo consultiva, ou seja, é acionada para discussão de caso, a partir da percepção dos médicos assistentes, portanto, atende a pareceres, e presta suporte ao paciente e sua família, bem como à equipe assistencial, atuando em todo o hospital, dando sugestões norteadoras na perspectiva de promover conforto e alívio de todo sofrimento.

Dentre os profissionais entrevistados identificamos um perfil prevalente do sexo feminino, sendo 100% de mulheres, com idade entre 27 e 51 anos, o tempo de vínculo com a equipe varia entre 08 meses, e 03 anos e 10 meses. Dentre as 07 entrevistadas, 05 se reconhecem como pardas, 01 como branca e 01 não soube responder. 04 entrevistadas possuem especialização em cuidados paliativos, representando 57,1%. Apenas duas entrevistadas possuem vínculo de servidora pública, sendo estatutárias, o que representa 28,5%. Portanto, 71,5% possuem vínculo por cooperativa, o que representa a fragilidade dos vínculos de trabalho, como é possível observar no quadro 1:

Quadro 1 – Caracterização dos sujeitos da pesquisa

SEXO IDADE FORMAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS VÍNCULO RAÇA TEMPO NA EQUIPE
FEMININO 27 SERVIÇO SOCIAL SIM COOPERATIVA PARDA 1 ANO E 06 MESES
FEMININO 44 PSICOLOGIA SIM COOPERATIVA PARDA 08 MESES
FEMININO 45 ENFERMAGEM NÃO COOPERATIVA PARDA 01 ANO
FEMININO 51 PSICOLOGIA NÃO ESTATUTÁRIA NÃO RESPONDEU 07 ANOS
FEMININO 32 NUTRIÇÃO SIM COOPERATIVA PARDA 03 ANOS E 10 MESES
FEMININO 57 FISIOTERAPIA NÃO ESTATUTÁRIA PARDA 03 ANOS
FEMININO 32 MEDICINA SIM COOPERATIVA BRANCA 03 ANOS

Fonte: Dados da pesquisa

Para maior compreensão e análise dos dados, os resultados serão apresentados de acordo com as categorias de análise obtidas através da análise de conteúdo, que foram listadas conforme quadro a seguir:

Quadro 2 – Categorias analíticas

 

 

CATEGORIAS ANALÍTICAS

 

 

CUIDADOS PALIATIVOS
ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL
PACIENTES COM AVC EM CUIDADOS PALIATIVOS
APROXIMAÇÃO COM A FAMÍLIA DO PACIENTE
DESAFIOS PARA A EQUIPE DE CUIDADOS PALIATIVOS

Fonte: próprio autor

CUIDADOS PALIATIVOS

Seguindo o conceito de cuidados paliativos como uma abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares, diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento (PINTO; CAVALCANTI; MAIA, 2021), pôde-se averiguar que os profissionais envolvidos no estudo conhecem tal definição, visto que lidam diariamente com o tema, e, em sua maioria, possuem especialização na área. As falas relacionam cuidados paliativos com cuidado integral, doenças graves que ameaçam a continuidade da vida, e qualidade de vida:

“Cuidados Paliativos é indicado para pacientes que possuem doenças graves né, que ameaçam a continuidade da vida dessas pessoas, aí eles precisam muito desse olhar holístico, que visualiza esse indivíduo que precisa ser cuidado nessa integralidade”. (P1)

“É um cuidado integral em saúde do paciente, tendo em vista o conceito em saúde como um todo, que é qualidade de vida, estrutura, ambiente, rede de apoio, aí entra também suporte familiar.” (P4)

“Cuidado Paliativo é um cuidado para o paciente e sua família, quando o paciente tem uma doença ameaçadora à vida, e causadora de sofrimento e o cuidado paliativo é um cuidado multiprofissional com o objetivo de controle, principalmente de sintomas físicos como dor, e controle de sintomas psíquicos, sociais e espirituais também.” (P7)

Em comum nas falas dos profissionais, houve citações que relacionam cuidados paliativos ao ato de cuidar, alívio de dor, controle de sintomas e, sobretudo, oferecer conforto, sendo esse um dos princípios dos cuidados paliativos, promover alívio da dor e outros sintomas responsáveis por sofrimento (HERMES; LAMARCA, 2013).

“Então eu vejo muito nesse sentido, a questão de ver sinais e controle de sintomas mais de perto, acolher a família de perto, por que eu converso e sou atenta a algumas coisas, ao conforto de dormir bem, ao conforto até de medicação antes da ferida.” (P3)

“Cuidados Paliativos são cuidados integrais à saúde, dentro desse conceito integral à saúde, e principalmente visando conforto, o tratamento de conforto do paciente, geralmente, doença ameaçadora à vida, que vai ser limitante, digamos assim, tá ameaçando a vida dele.” (P4)

“Cuidado paliativo é um cuidado multiprofissional com o objetivo de controle, principalmente de sintomas físicos como dor, e, também controle de sintomas psíquicos, sociais e espirituais também.” (P7)

Faz-se referência, quanto ao discurso dos profissionais, à importância da humanização no ato de cuidar, no que diz respeito a oferecer conforto, à escuta atenta à necessidade do paciente e perceber, para além do que ele pode expressar, qual a fonte da dor.

ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Com o objetivo de atender todas as dimensões do ser cuidado para promover conforto de maneira integral, compreendendo o paciente de uma forma holística, surge a necessidade de uma equipe interdisciplinar para que possa dar respostas às demandas de cada paciente, pois, sabe-se que a abordagem paliativista é construída a partir de uma assistência integral ao paciente e seus familiares por meio de ações desenvolvidas por uma equipe multiprofissional ancorada em uma comunicação efetiva a fim de controlar os sintomas que causam sofrimento (MATOS; BORGES, 2018).

Sendo assim, a assistência paliativa prioriza uma equipe multiprofissional que, além da categoria médica, pode ter em sua composição, outras diferentes categorias, tais como: enfermagem, serviço social, fisioterapia, nutrição, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, farmácia, odontologia e assistência espiritual. Nas falas das profissionais entrevistadas, é possível perceber que elas reconhecem a importância do trabalho em uma equipe multiprofissional no sentido de complementação dos saberes, e citam também, a importância de se comunicar com a equipe assistente.

“Faz uma avaliação ampla desse paciente, da família, para conhecer melhor a dinâmica familiar, pra gente poder checar a compreensão dessa família, desse paciente, o que é que eles estão entendendo do diagnóstico, do prognóstico, trabalha muito em conjunto com a equipe multi da própria equipe dos Cuidados Paliativos e da equipe assistente.” (P1)

“Os Cuidados Paliativos tem essa característica de trabalhar com a equipe multi, a psicologia é uma peça desse quebra-cabeça, pra gente conseguir dar contribuições, essa equipe multi é muito preciosa, é muito importante e ela tem que ser muito engajada uma profissão com a outra, então a gente nos Cuidados Paliativos preza muito pela interdisciplinaridade, o multiprofissional.” (P2)

“Eu tanto atuo sozinha, como eu acompanho a equipe né, esse acompanhamento se dá de forma interdisciplinar, é uma complementação de saberes, eu acompanho a nutricionista, a enfermeira, avalio com a psicóloga, no final você acaba conhecendo a fundo o que o outro faz e isso serve pra em uma necessidade, numa demanda que o paciente tenha você pode referenciar o seu colega porque um só profissional da saúde ele não abrange de conhecimento todas as dimensões que o ser humano tem.” (P6)

A atuação da equipe multidisciplinar ganha espaço em diferentes estágios da implementação dos cuidados paliativos, desde sua indicação, alcançando a conferência familiar e se consolidando com as ações de cuidado e conforto propriamente ditas (SILVA JUNIOR, 2019). Nesse sentido, ressalta-se a importância do trabalho interdisciplinar que compreende o cuidado de formas diversas, não somente do paciente como também dos familiares.

Cuidados Paliativos pressupõem a atuação de uma equipe multiprofissional, visto que, trata-se de um indivíduo com amplas necessidades, não apenas biológicas, mas sociais, espirituais, psicológicas e espirituais. Vê-se, que cada categoria conquistou seu espaço e há o reconhecimento de sua importância pelos outros profissionais. E é extremamente importante para o paciente que a equipe esteja familiarizada com suas demandas, com seu diagnóstico e prognóstico e com as possibilidades terapêuticas.

Nesse sentido, a atuação da equipe se materializa através das visitas aos leitos, das reuniões familiares realizadas com a equipe multiprofissional, através de orientações acerca dos direitos sociais, escutas qualificadas do paciente e família, estudos e discussões de caso entre a equipe, dentre outras ações assistenciais, como a hipodermóclise, avaliação da dieta nutricional e avaliação fisioterapêutica.

APROXIMAÇÃO COM A FAMÍLIA DO PACIENTE

Quando o paciente se encontra em um processo de adoecimento, e, de uma doença ameaçadora da vida sem proposta curativa, a família tende a sofrer tanto pela possibilidade da perda iminente, quanto pela incapacidade de resolubilidade da situação. Constata-se que um dos aspectos da filosofia paliativista é a assistência holística tanto para o paciente, quanto para o familiar. Nesse sentido, o familiar também necessita ser assistido de forma a contemplar os aspectos físicos, psicológicos e espirituais (MATOS; BORGES, 2018), como na fala das profissionais:

“Então a família é muito importante pra construção desse plano de cuidado, por isso as conferências, por isso considerar tanto a família nesse processo, porque a construção desse plano de cuidado que a gente sugere pra equipe assistente, a gente como Cuidados Paliativos consultivo a família também tá dentro dessa construção.” (P1)

“A família, principalmente no Cuidados Paliativos, a família ela é uma parte do cuidado e a gente tem que cuidar da família também, então a família é uma peça imprescindível, vamos dizer um paciente que ele não consegue se comunicar, é a família que vai dizer quem é aquela pessoa, é a família que vai dizer como era aquele paciente, como foi esse adoecimento, a família sabe do percurso do adoecimento e ela precisa ter consciência dele também, pra ela não achar que aquele paciente adoeceu ali, isso ajuda muito no luto também.” (P2)

“É fundamental, é o vínculo que você também cria com o paciente, você também precisa cuidar do familiar, então muitas vezes quando eu abordava o paciente e ia conversar e tal, aí depois eu ia conversar com o acompanhante e o familiar que estava lá.” (P5)

“Esse acompanhamento é importante porque cria-se um vínculo, profissionais e familiares, e o paciente e familiar, o cuidador ele se sente mais apoiado, ele se sente mais seguro durante o internamento, até pra se expressar.” (P6)

A família surge nas falas dos entrevistados como um objeto de cuidado da equipe, assim como o paciente. É possível ver a importância da família seja no enfrentamento do processo de adoecimento, como no cenário da terminalidade de vida. Alguns papéis, ao longo desse processo vão se modificando da realidade vivida anteriormente. Mutas vezes o paciente era o provedor da família, ou o principal responsável e ocorre uma reorganização dos papéis. No caso dos pacientes acometidos por AVC, que muitas vezes possuem sequelas motoras e cognitivas, o grau de dependência aumenta, levando ao direcionamento de cuidados a ele.

A indicação de cuidados paliativos ainda se configura como um desafio para as equipes de saúde e a identificação de qual abordagem é a mais adequada para cada paciente de acordo com suas peculiaridades. Porém, a indicação e intervenção desses cuidados devem agrupar os conhecimentos e habilidades de uma equipe multiprofissional que auxilie o paciente e sua família na adaptação das transformações impostas pela doença (HERMES; LAMARCA, 2013).

Inicialmente, essa abordagem deve ser realizada pelo profissional médico e, em seguida, pela equipe multiprofissional, nesse sentido, o trabalho se dá em conjunto com a equipe de cuidados paliativos e a equipe assistente. Nas falas dos entrevistados, eles relatam como se dá esse processo de indicação na equipe em que atuam e detalham a aproximação familiar ao longo do processo.

“(…)são os médicos que estão na ponta, os médicos assistenciais, eles visualizam primeiro, identificam primeiro esse paciente, acham que tem perfil pra Cuidados Paliativos e pede uma avaliação inicial pra gente, quem vê esse paciente primeiro é o médico, e o médico avalia esse paciente, se esse paciente tem indicação de Cuidados Paliativos e responde o parecer, aí é onde a equipe multi é chamada após a resposta desse parecer.” (P1)

“O médico assistente do serviço identifica que o paciente tem critério de cuidados paliativos, e solicita o parecer da equipe, então, eu como médica sou a primeira pessoa que dou o parecer, faço a avaliação se o paciente tem perfil, tem indicação de Cuidados Paliativos, se ele tem indicação de acompanhamento pela equipe, e uma vez que eu identifique que o paciente tem indicação eu sinalizo pra toda a equipe, a partir daí toda a equipe realiza o acompanhamento multiprofissional.” (P7)

Nota-se a centralidade que há na categoria médica, pois, a primeira avaliação deve ser do médico assistente, e o parecer da equipe é dado pelo médico dos Cuidados Paliativos, a partir de então, que o paciente passa a ser acompanhado pela equipe multiprofissional.

O processo de indicação aos cuidados paliativos é descrito como uma ação que parte primeiramente dos profissionais que estão na assistência direta ao paciente, e que já o acompanham desde o início do percurso da doença e internação. Em seguida, é feita a solicitação de parecer da equipe de cuidados paliativos, e avaliação dos critérios. O que se pode observar nas falas das entrevistadas é que, os familiares são abordados após a definição de parecer positivo de cuidados paliativos, onde então é feita uma tarefa de educação em saúde com esses familiares, e acontece toda a aproximação.

“(…) então a família tem uma certa resistência que elas relacionam “ah, vão só dar um jeitinho”, e aí a gente vai tendo que desmistificar isso. As conferências já ajudam muito e acho que as posturas dos paliativistas também, mas à medida que eles vão percebendo que é um cuidado a mais, que a gente tem um olhar diferente, que a gente tá ali pra ouvir não pra questionar, eles vão se desarmando.” (P2)

“(…) que consegue vincular mais com as equipes de saúde, por conta da indicação de cuidados paliativos, existem outras famílias também, que pelo próprio preconceito com o nome né, com a palavra paliativo temem que ente querido não receba todos os cuidados que ele precisa, algumas vezes existem famílias que interpretam Cuidados Paliativos como não cuidar bem, não cuidar adequadamente, e existem famílias que sofrem muito ao receber a informação que existe uma equipe de Cuidados Paliativos acompanhando aquele paciente também, então existem participações diversas né, heterogêneas entre as famílias.” (P7)

As profissionais reconhecem que quando os familiares não conhecem os cuidados paliativos e como a equipe atua, e por relacionar cuidados paliativos a terminalidade somente, há uma estranheza e também uma recusa quando a equipe se aproxima, porém, quando os profissionais se apresentam como um cuidado a mais e fazem um papel educativo, realizando as conferências familiares, percebe-se que há uma mudança na perspectiva e no modo de enxergar os cuidados paliativos.

“Muitas vezes existe essa dificuldade das famílias que por não compreender o que são Cuidados Paliativos elas meio que rejeitam, meio que não querem, não acolhem bem, a equipe quando vai lá beira leito, mas depois que a gente começa a mostrar aquilo que a gente tem a oferecer, que paciente em Cuidados Paliativos não é só aquele paciente que morre, que também é, mas não é só, aí eles começam realmente a mudar né, mudar de percepção, e é muito lindo isso, participar dessa desmitificação, do que seria o Cuidados Paliativos pra essa família.” (P1)

“Mas você pode pegar familiares que concordam que quer, mas tem uns que não aceitam de jeito nenhum, tipo, não quero ninguém da equipe aqui, tem gente assim, porque tem essa percepção, que paliativo é fim de vida, não tem mais nada pra fazer, e é nesse momento que tem tudo pra fazer.” (P5)

PACIENTES COM AVC EM CUIDADOS PALIATIVOS

No caso de pacientes com AVC, existem algumas singularidades devido a história natural da doença. O AVC grave vem carregado de sofrimentos que surgem tão abruptamente quanto os déficits neurológicos acometidos (VIEIRA, 2019). Muitas vezes, por se tratar de pacientes previamente hígidos e com boa funcionalidade, surpreende ao se deparar diante de uma nova realidade, ao passar a ter dependência em suas atividades de vida diária, acamados e/ou não contactuantes. As entrevistadas apontaram algumas particularidades do paciente com AVC em cuidados paliativos, como período de internação maior, com maior uso de procedimentos invasivos, necessidade de insumos em caso de desospitalização, dificuldade de comunicação e cuidados prolongados.

“Pacientes críticos crônicos, pacientes neurológicos a gente já percebe como é essa curva né, esse declínio e paciente com AVC muitas vezes eles viram pacientes críticos crônicos, que muitas vezes o AVC é tido ali de surpresa, era um paciente que era totalmente hígido, tinha uma funcionalidade prévia muito preservada, e a família se depara com AVC bem extenso, um AVC que agravou muito, são pacientes que demoram mais na internação e ficam nessa internação de longa permanência, ai precisa desospitalizar e já vira paciente crítico crônico, e é um cuidado diferente pra paciente oncológico pra paciente de AVC, justamente trabalhar isso pra família e pro paciente também, se ele tiver condições de ouvir e de participar desse plano de cuidado(…)” (P1)

“(…) normalmente não conseguirem se comunicar, então quando a gente entra a gente ajuda muito até, a gente ajuda na comunicação com a família, então a gente entra, tenta se comunicar com a família e passa essa comunicação e tenta até que a equipe que cuida do AVC escute essa história.” (P2)

“Com relação ao AVC ele fica mais tempo hospitalizado, tem mais procedimentos, tem mais invasivos, uma intubação, acesso central ou periférico, sonda para se alimentar, sonda para diurese, por ser mais acamado, (…), e da desospitalização as demandas são maiores, dependendo da área que foi atingida o AVC, em extensão ou em localização também, vai gerar mais cuidado em relação a ele, mais dependência, pode não chegar a andar, não comer, então vai gerar mais dependência dos familiares também. ” (P3)

“o paciente de AVC muitas vezes fica comatoso, tá com olhos abertos mas não contactua, depois vem a contactuar, mas bem limitado, mas já consegue entender algumas coisas, embora ele não fale, mas ele consegue entender ou se comunicar por gestos, com os olhos mesmo, então eu percebo essa limitação de cuidado que ele vai ter e vai precisar” (P4)

“(…) porque o paciente pós-AVC muitas vezes tem o déficit neurológico, mas não tem outras falências orgânicas, então aquele paciente pode até viver, sobreviver e conviver com essa sequela neurológica em casa, sob os cuidados de seus familiares.” (P7)

É possível perceber, através das falas dos entrevistados, que os pacientes acometidos por AVC possuem uma particularidade que os diferencia dos demais paciente acompanhados pela equipe. O indivíduo que sofreu o AVC, em muitos casos, era previamente hígidos, possuíam independência funcional e subitamente encontram-se em uma situação de vulnerabilidade no sentido de demandar cuidados. Dentre as principais sequelas no pós-AVC, encontram-se distúrbios da fala, alterações motoras, dificuldades para andar ou movimentar determinado membro, e em seus casos graves, traz grandes possibilidades de afetar a funcionalidade e qualidade de vida daqueles acometidos pela doença.

DESAFIOS PARA A EQUIPE DE CUIDADOS PALIATIVOS

Entre os desafios, as profissionais citaram a demora para a solicitação de parecer para a equipe de cuidados paliativos, por parte do médico assistente que cuida do paciente, pois o ideal é que os cuidados paliativos sejam inseridos desde o diagnóstico da doença (HERMES; LAMARCA, 2013), e quando o parecer é feito tardiamente e a equipe inicia o acompanhamento, percebe-se que há muito o poderia ser realizado e não é mais possível.

“(…) é que muitas vezes o parecer é pedido bem tardiamente, e principalmente a gente do serviço social, a gente precisa muito da rede pra fazer acontecer aquele acesso a uma política pública né e tudo, isso demora muito, a gente sabe que demora, então quando o parecer é pedido bem tardiamente, muitas vezes a gente não consegue fazer muitas coisas, manejar muitas coisas, acho que um dos principais desafios que eu percebo é esse, e talvez a multi também, e se todo mundo tivesse esse entendimento de Cuidados Paliativos né que pode ser ofertado ao paciente a partir do início de um diagnóstico ruim, de uma doença que ameaça a continuidade da vida seria pedido bem antes e a gente teria tempo de acompanhar esse paciente até o desfecho que ele tenha, ou um óbito, ou uma desospitalização.” (P1)

Observa-se a necessidade de qualificação da equipe assistente para a identificação precoce de indicação aos cuidados paliativos. Outro desafio, é, a carência de uma ampla divulgação do que são os Cuidados Paliativos, pois, como citado nas seguintes falas:

“Acho que o desafio que a gente tem mais consciência é o da sensibilização das pessoas em relação com o que é os Cuidados Paliativos.” (P2)

“É em relação ao conhecimento que as pessoas, leigas e profissionais têm acerca do tema, então o primeiro desafio que é o maior nesse momento e que eu entendo que é o principal, é a multiplicação do conhecimento, fazer educação em saúde para os profissionais e para os familiares dos pacientes e fazer com que Cuidados Paliativos seja um tema conhecido por todos, que se torne mais natural.” (P7)

Outro desafio apontado nas entrevistas foi que o número de profissionais da equipe seria insuficiente para a demanda da Instituição. Visto que se trata de um hospital geral, de grande porte e nível terciário, a equipe conta atualmente com 14 profissionais para todos os setores, como é possível perceber na fala:

“São vários desafios, mas um deles que eu acho principal é o quantitativo de profissionais para o número de pacientes, já tivemos 30 a 40 pacientes para uma equipe que tem 06 médicos e oito profissionais de saúde, já saíram três profissionais, ficamos muito reduzidos.” (P6)

Diante do exposto, vale ressaltar a importância de difundir a temática de cuidados paliativos através de ações e de educação em saúde, pois trata-se de uma área que vem crescendo cada vez mais no contexto hospitalar, tanto para profissionais quanto para usuários, pois, o estigma que há em relação aos cuidados paliativos dificulta a aceitação de pacientes e familiares visto que, para eles, esses cuidados significam um abandono ao tratamento onde nada mais será feito. É importante também, modificar a percepção dos profissionais que se encontram na assistência, para que sejam capazes de fazer a indicação de cuidados paliativos em tempo hábil.

A fragilidade de vínculos empregatícios dos profissionais e o desmonte que a saúde vem sofrendo na atual conjuntura, inviabiliza a aquisição de maiores recursos humanos no sentido de possuir mais profissionais na equipe multiprofissional de cuidados paliativos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A filosofia dos cuidados paliativos mostra que é necessário um cuidado humanizado, integral e individual não somente ao paciente que está com uma doença ameaçadora da vida, mas, também, aos seus familiares, o que pressupõem a ação de uma equipe multiprofissional, já que a proposta consiste em cuidar do indivíduo em todos os aspectos: físico, mental, espiritual e social.

O presente estudo discutiu a atuação da equipe multiprofissional em Cuidados Paliativos, dentro do próprio núcleo profissional de cada categoria e a atuação interprofissional em que foi possível identificar que a equipe atua numa abordagem de cuidado, de melhorar a qualidade de vida, tanto do paciente, quanto da família, dando qualidade de vida, dando autonomia para o paciente e depois a gente acompanha a família após o luto.

As entrevistadas demonstraram ter compreensão do que são Cuidados Paliativos, trazendo conceitos como cuidado integral, oferecer suporte familiar, incluindo em suas ações a atenção aos direitos sociais e condições socioeconômicas do paciente e família. e que em suas atuações colocam em prática o desejo de ofertar qualidade de vida aos pacientes, e, sobretudo, oferecer conforto àquele indivíduo em seu fim de vida.

A atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos em um hospital de nível terciário, referência em tratamento de AVC inclui conhecer o paciente e sua família, e aproximar-se da equipe assistencial e das demais categorias profissionais de saúde. A aproximação com os familiares é algo primordial, como também incluir os cuidadores no plano de cuidados.

Pacientes acometidos por AVC, conforme a fala das entrevistadas, são pacientes que possuem um maior grau de comprometimento neurológico, no que se refere à comunicação e à cognição, devido às sequelas podem apresentar dificuldades de se comunicar e interagir, causando um contexto de fragilidade psicológica. Bem como, são pacientes que o período de hospitalização é mais longo, podendo trazer outras complicações e exige da equipe um acompanhamento mais efetivo.

Controle da dor, acolhimento após o luto, conforto, cuidado holístico foram os principais conceitos abordados. Conseguimos nos aproximar, através deste estudo, da equipe como um todo e conhecer sua abordagem, que se inicia na indicação aos cuidados paliativos, e passa pelo parecer positivo e a abordagem de cada profissional, seja através de ações individuais ou de conferências familiares, discussão de caso entre a equipe e definição de condutas.

Como um dos desafios apontados, existe uma falta de conhecimento em relação ao conceito de cuidados paliativos por parte dos profissionais que atuam na assistência direta ao paciente, o que dificulta que a equipe dos cuidados paliativos chegue ao paciente desde o diagnóstico, o que atrasa o cuidado. Outro desafio é o número insuficiente de profissionais na equipe para atender de forma otimizada às demandas da Instituição.

Foi possível perceber através da pesquisa a centralidade que existe na figura do profissional médico, que deve ser aquele que solicita e responde os pareceres de indicação para Cuidados Paliativos, indicando assim, uma hierarquia em relação às demais categorias. Outro aspecto que vale a pena ressaltar é a figura da família que ganha grande destaque em todo o tratamento e acompanhamento por parte da equipe.

REFERÊNCIAS

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições70, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Acidente Vascular Cerebral (AVC), 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/a/avc-o-que-e-causas-sintomas-tratamentos-diagnostico-e-prevencao#:~:text=O%20Acidente%20Vascular%20Cerebral%20(AVC,interna%C3%A7%C3%B5es%20em%20todo%20o%20mundo. Acesso em 16 mai. 2021.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília, 2012. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html. Acesso em 24 mai. 2021.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo – Atlas, 2008. Disponível em: https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf. Acesso em 16 mai. 2021

GUERRA, E. L. À. Manual Pesquisa Qualitativa. Grupo Ănima Educação, Belo Horizonte, 2014.

HERMES, H. R.; LAMARCA, I. C. A. Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciênc. saúde coletiva, v.18 n.9, Rio de Janeiro, set. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v18n9/v18n9a12.pdf. Acesso em 13 mai. 2021

IAHPC. Global Consensus based palliative care definition. (2018). Houston, TX: The International Association for Hospice and Palliative Care. Retrieved from https://hospicecare.com/what-we-do/projects/consensus-based-definition-of-palliative-care/definition/. Acesso em 14 mai. 2021.

LOURENÇATO, F. M.; FICHER, A. M. T. F.; QUAGLIO, R. C.; FERREIRA, F.; BARROS, V.; INHAEZ JUNIOR, E.; SANTOS, J. C.; SANTOS, A. F. J.; SOUZA, R. M.; PAZIN-FILHO, A. Impacto da Implantação de Serviço de Cuidados Paliativos no Departamento de Emergência de um Hospital Público Universitário. In: VII Congresso Internacional de Cuidados Paliativos, 2018, Belo Horizonte. Anais do VII Congresso Internacional de Cuidados Paliativos, 2018. v. VII. Disponível em: https://www.hcrp.usp.br/revistaqualidade/uploads/Artigos/133/133.pdf. Acesso em: 16 de mai. 2021.

MATOS, J. C.; BORGES, M. S. A família como integrante da assistência em Cuidado Paliativo. Rev enferm UFPE on line, Recife, v. 12, n. 9: 2399-406, set., 2018. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-995844 Acesso em 13 maio 2021.

MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 28. ed. rev. atual. Petrópolis: Vozes, 2009 108p.

PINTO, K. D. C., CAVALCANTI, A. N., MAIA, E. M. C. Princípios, desafios e perspectivas dos cuidados paliativos no contexto da equipe multiprofissional: revisão da literatura. Psicología, Conocimiento y Sociedad – 10(3), 226-257 (noviembre 2020-abril 2021). Disponível em: http://www.scielo.edu.uy/pdf/pcs/v10n3/1688-7026-pcs-10-03-151.pdf Acesso em 16 mai. 2021

SANTOS, C. E. et al. Palliative care in Brasil: present and future. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 65, nº 6, june 2019 Epub July 22, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302019000600796. Acesso em 16 mai. 2021.

SILVA JUNIOR, A. R., MOREIRA, M. M., FLORÊNCIO, R. S., SOUZA, L. C., FLOR, A. C., PESSOA, V. L. P. Conforto nos momentos finais da vida: a percepção da equipe multidisciplinar sobre cuidados paliativos. Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2019; 27: e45135. Disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/45135. Acesso em 16 mai. 2021

VIEIRA, L. C., SALES, M. V. de C. Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) agudo em Cuidados Paliativos: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Neurologia, v. 55, nº 1, jan/fev/mar, 2019. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-994507. Acesso em 16 mai. 2021.

World Health Organization. National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. – 2nd ed. WHO, 2002.

[1] Especialização na modalidade Residência em Saúde em Neurologia e Neurocirurgia de Alta Complexidade pela Escola de Saúde Pública do Ceará. Graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). ORCID: 0000-0003-4249-9471.

[2] Mestrado em Educação Profissional em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). ORCID: 0000-0002-5484-7472.

Enviado: Julho, 2021.

Aprovado: Novembro, 2022.

5/5 - (10 votes)
Dyeme Alves Barbosa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita