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Impactos na saúde e na assistência à gestante durante a pandemia da COVID-19: revisão integrativa

RC: 119480
322
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/assistencia-a-gestante

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

AMARAL, Patrick Colissi do [1], MACHADO, Caroline Duarte [2], REICHERT, Taíse Gabriele [3]

AMARAL, Patrick Colissi do. MACHADO, Caroline Duarte. REICHERT, Taíse Gabriele. Impactos na saúde e na assistência à gestante durante a pandemia da COVID-19: revisão integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 06, Vol. 08, pp. 62-81. Junho de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:  https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/assistencia-a-gestante, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/assistencia-a-gestante

RESUMO

No final do ano de 2019, um vírus até então desconhecido se espalhou rapidamente pelos países da Ásia e da Europa, sendo esse surto reconhecido como uma pandemia em março de 2020. Denominado como SARS-CoV-2, esse vírus pertence à família Coronaviridae e é popularmente conhecido como “coronavírus” ou “COVID-19”. Diante disso, a pandemia do coronavírus abalou a saúde pública e a economia mundial trazendo grandes impactos para a população. Inicialmente, idosos foram declarados como o principal grupo de risco, entretanto, destaca-se que um outro grupo também merece atenção: as gestantes. No período gestacional, a mulher vivencia inúmeras alterações emocionais e físicas, exigindo uma demanda maior de cuidados à saúde. Trata-se de mudanças normais da gravidez, mas que diante de uma pandemia podem ser potencializadas, produzindo efeitos adversos. Dentro desse contexto, a questão norteadora para esse estudo foi definida como: quais impactos uma pandemia como a da COVID-19 pode causar na saúde e na assistência às gestantes? Este artigo tem como objetivo geral analisar os impactos que a pandemia da COVID-19 tem causado na saúde e na assistência prestada às gestantes. O método utilizado consiste em uma revisão integrativa, onde 14 artigos que abordam sobre o tema proposto foram criteriosamente selecionados e analisados. Os principais resultados notados através deste estudo foram quanto ao nível mental e assistencial. Sendo assim, observou-se um impacto significativo nos níveis de ansiedade, estresse e depressão em gestantes de diversos países, assim como aumento nos cancelamentos de consultas de pré-natal, além de relatos de medo, preocupação e dúvidas em razão do avanço da pandemia. Todavia, não foram encontradas muitas informações a respeito da taxa de letalidade do vírus nas gestantes ou dos riscos de transmissão vertical da mãe para o filho(a). Portanto, concluiu-se que a pandemia do Coronavírus trouxe impactos significativos na saúde mental das gestantes e as afastou das consultas de pré-natal por medo de contaminação, por falta de informações e pela dificuldade de acessar os serviços de saúde mediante as medidas restritivas e a crise financeira.

 Palavras-chave: Gestantes, Pandemia, Saúde mental, COVID-19.

1. INTRODUÇÃO

Sabe-se que a gestação costuma ser um período bastante delicado na vida das mulheres, trazendo muitas mudanças físicas, psicológicas e fisiológicas que exigem um acompanhamento rígido e cuidados específicos durante essa etapa. Consiste em uma fase em que ocorrem alterações profundas ao estilo de vida, provocando mudanças não apenas na vida pessoal, mas também na familiar (COUTINHO et al., 2014). Logo, para que a gravidez ocorra com segurança é necessário o acompanhamento da gestante pelos familiares e, principalmente, pelos profissionais da saúde durante todo o período gestacional, desde o pré-natal até o puerpério.

A gravidez é um período de mudanças físicas e emocionais que cada gestante vivencia de forma distinta. Essas transformações podem gerar medos, dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente a curiosidade de saber o que acontece no interior de seu corpo (BRASIL, 2000, p. 09).

Se em situações normais do período gestacional a mulher já vivencia tantas alterações, exigindo uma grande demanda de cuidados dos profissionais da saúde, com essa pesquisa, objetivou-se analisar os impactos que a pandemia da COVID-19 tem causado na saúde e na assistência prestada às gestantes.

Posto isso, o termo pandemia refere-se a um surto epidêmico em nível global. Diante disso, em 2009, o surto do Vírus influenza H1N1 foi a primeira pandemia do século XXI e incluía as gestantes como grupo de risco. Segundo Lim et al. (2011), estudos realizados nos Estados Unidos evidenciaram que as gestantes contaminadas pela H1N1 tinham quatro vezes mais chances de serem hospitalizadas por complicações se comparadas à população não grávida. Os estudos também mostraram que as gestantes integraram o grupo de pacientes que mais necessitaram de internações em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).

Dez anos depois, surgiu na China a epidemia da COVID-19, uma doença transmitida pelo vírus SARS-CoV-2, variante do SARS-CoV, responsável por causar uma síndrome respiratória aguda grave (LIMA, 2020). Segundo os primeiros estudos feitos pelo CCDC (Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doença), apesar de o Coronavírus ter apresentado uma baixa taxa de letalidade (2,3%), o mesmo apresentou uma alta taxa de contágio, o qual apenas em 30 dias se espalhou da cidade de Wuhan (China), cidade originária do vírus, para todo país. Essa alta taxa de contágio foi o principal fator que permitiu que o vírus se espalhasse rapidamente para outros continentes, o que levou as autoridades de saúde mundiais a declarar uma nova pandemia por SARS-CoV-2 (HSIANG, et al., 2020).

Nesse contexto, diversos estudos foram iniciados para tentar entender como a doença agia e criar medidas para diminuir seu contágio. Dentre as medidas propostas pelo CCDC e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), destaca-se o confinamento social (Lockdown), a higienização frequente das mãos e o uso de máscaras em locais públicos. Diante disso, estima-se que até junho de 2020, mais de 140 milhões de infecções foram evitadas devido às medidas restritivas do Lockdown (HSIANG, et al., 2020).

Todavia, o surgimento de grandes movimentos negacionistas, em diversos países, impulsionou algumas pessoas a desqualificar o discurso científico, sem apresentar fatos ou argumentos válidos para o debate (MOREL, 2021), e isso levou grande parcela da população a subestimar a real gravidade da situação, ignorando as medidas de segurança. Como resultado, a pandemia se expandiu de forma significativa em países como Estados Unidos, Brasil e Índia, sendo estes, até o presente estudo, os líderes do ranking de países com mais casos totais no mundo (JOHNS HOPKINS, 2021).

Com a exacerbação da doença no Brasil, os hospitais passaram a operar com capacidade máxima em razão das grandes filas de espera para o atendimento e, principalmente, para a liberação de vagas em leitos de UTIs, ao ponto de toda a rede de saúde entrar em colapso, não conseguindo controlar o número de mortes por COVID-19 no país (CONASEMS, 2021). Com a rede de saúde entrando em colapso, é de supor que as gestantes podem ter sido afetadas não só diretamente (em razão do vírus), mas também indiretamente por conta dos problemas causados pela pandemia, como a superlotação dos hospitais, os problemas financeiros e o isolamento social.

Um levantamento feito pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) constatou que as gestantes contaminadas pela COVID-19 não só possuíam cerca de 1,5 vezes mais risco de serem internadas em UTI’s, como também estavam 1,7 vezes mais propensas a serem submetidas ao tratamento com ventilação mecânica se comparadas às mulheres não grávidas (ELLINGTON, et al., 2020).

Já um estudo canadense, conduzido por pesquisadores da Universidade de Montreal, sugeriu um aumento de casos de pré-eclâmpsia e parto prematuro em gestantes contaminadas pela doença (WEI, et al., 2020). Também foi observado em diversos países um risco maior de complicações na gestação de mulheres contaminadas pela COVID-19, principalmente no último trimestre da gravidez e no puerpério, incluindo aumento de casos de morte materna (RASMUSSEN, et al., 2020). Portanto, questiona-se: quais impactos uma pandemia como a da COVID-19 pode causar na saúde e na assistência às gestantes?

Nesse contexto, essa pesquisa teve como objetivo, por meio de uma revisão integrativa, analisar os impactos que a pandemia da COVID-19 tem causado na saúde e na assistência prestada às gestantes.

2. MÉTODO

A elaboração deste estudo baseou-se na compreensão das etapas propostas por Mendes; Silveira e Galvão (2008), sendo estas: identificação do tema a ser pesquisado; definição da questão norteadora da pesquisa; estabelecimento dos critérios para inclusão e exclusão dos estudos; definição das informações a serem extraídas dos artigos; avaliação completa das produções; e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento. Perante o exposto, a presente revisão integrativa teve como tema escolhido: impactos na assistência à gestante durante a pandemia da COVID-19 e como questão norteadora: Quais impactos uma pandemia como a da COVID-19 pode causar na saúde e na assistência às gestantes?

Dessa forma, a pesquisa foi realizada em março de 2021 nas bases de dados da plataforma BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e os critérios de inclusão delimitaram-se em artigos científicos originais, disponíveis na íntegra, no idioma português e inglês, que apresentassem em seu título e/ou resumo referências sobre os impactos na assistência às gestantes em período de pandemias, com foco na COVID-19.

Nesse contexto, a busca pelos descritores ocorreu por meio do site Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo utilizados os termos “Gestantes” e “Pandemias” com o operador booleano AND. Os descritores encontrados foram utilizados na plataforma BVS, onde se obteve o seguinte código de busca: (gestantes) AND (pandemias) AND (fulltext:(“1” OR “1” OR “1”) AND la:(“en” OR “pt”)) AND (year_cluster:[2016 TO 2021]). Assim, por meio deste código foram gerados 96 resultados.

A partir desses resultados, foram aplicados os primeiros critérios de exclusão que se delimitaram em publicações que não respondiam à questão norteadora ou não se enquadravam nos critérios de escolhas para revisão integrativa, além de outras revisões ou relatos de casos.

3. RESULTADOS

Através da pesquisa bibliográfica foram encontrados 96 artigos científicos, sobrando 61 após a aplicação dos primeiros critérios de exclusão descritos no tópico anterior. Estes artigos foram organizados e passaram por uma criteriosa análise para saber se eles se encaixavam na temática deste estudo ou se respondiam à questão norteadora. Após a análise criteriosa, restaram 14 publicações científicas ao todo, que foram utilizadas como base para essa revisão integrativa.

Para melhor visualização e entendimento, foi elaborado um quadro com os artigos selecionados, apresentando algumas informações resumidas que foram aprofundadas no capítulo de discussão:

Quadro 1. Apresentação dos artigos científicos conforme autores, título, objetivo e conclusão.

Autores e Ano Título Objetivo Conclusão
SHAYGANFARD, et al., 2020. Health Anxiety Predicts Postponing or Cancelling Routine Medical Health Care Appointments among Women in Perinatal Stage during the Covid-19 Lockdown Investigar se a ansiedade, a depressão ou o estresse em relação à saúde durante a pandemia levaram ao adiamento ou cancelamento das consultas de pré-natal.

 

Observou-se um aumento na taxa de cancelamento de consultas de rotinas durante e após a gestação, relacionada ao medo da proximidade com pessoas contaminadas pela COVID-19.
SAADATI, et al., 2021. Health anxiety and related factors among pregnant women during the COVID-19 pandemic: a cross-sectional study from Iran

 

Avaliar a ansiedade em relação à saúde de mulheres grávidas iranianas durante a pandemia de COVID-19. Gestantes iranianas demonstraram maior ansiedade no segundo e terceiro trimestre de gravidez durante a pandemia.

 

 

ZHOU, et al., 2020. The prevalence of psychiatric symptoms of pregnant and non-pregnant women during the COVID-19 epidemic Avaliar a prevalência de sintomas psiquiátricos em mulheres grávidas e compará-los com mulheres não grávidas.

 

Mulheres grávidas apresentaram índices menores de sintomas psiquiátricos em relação às mulheres não grávidas.
LIU, et al., 2020.

 

Prenatal anxiety and obstetric decisions among pregnant women in Wuhan and Chongqing during the COVID‐19 outbreak: a cross: sectional study Investigar o estado mental de mulheres grávidas e determinar suas decisões obstétricas durante o surto de COVID-19. Notaram-se diferenças nas decisões obstétricas e nos níveis de ansiedade das gestantes de Wuhan (primeira cidade afetada pela epidemia) quando comparadas às gestantes de Chongqing (Cidade próxima, porém menos afetada).

 

MOYER, et al., 2020. Pregnancy-related anxiety during COVID-19: a nationwide survey of 2740 pregnant women Explorar o impacto da pandemia COVID-19 em mulheres grávidas e identificar os fatores mais fortemente associados a maiores mudanças na ansiedade.

 

O índice de ansiedade das gestantes tem apresentado um aumento significativo durante a pandemia.
PARRA‐SAAVEDRA, et al., 2020. Attitudes and collateral psychological effects of COVID‐19 in pregnant women in Colombia Avaliar o impacto clínico, os efeitos psicológicos e o conhecimento de mulheres grávidas durante o surto de COVID-19 em sete cidades da Colômbia. O conhecimento de mulheres grávidas sobre a COVID-19 está longe da realidade e isso parece estar associado a um efeito indireto na preocupação e estresse psicológico de mulheres grávidas.
CHEN, et al., 2020. Clinical characteristics and intrauterine vertical transmission potential of COVID-19 infection in nine pregnant women: a retrospective review of medical records Avaliar as características clínicas da COVID-19 em gestantes que contraíram o vírus e analisar os possíveis riscos de transmissão vertical. As características e sintomas da doença em gestantes foram semelhantes às apresentadas pelas mulheres não gestantes. Não foram encontradas evidências de transmissão vertical.
RASMUSSEN, et al., 2020. Caring for Women Who Are Planning a Pregnancy, Pregnant, or Postpartum During the COVID-19 Pandemic Reunir algumas diretrizes de cuidados com gestantes durante a epidemia de COVID-19. Apresenta algumas recomendações de cuidados com as gestantes durante a pandemia, incluindo gestantes com suspeita ou confirmação de COVID-19.
ORTIZ, CASTAÑEDA e LATORRE, 2020. Coronavirus (COVID 19) Infection in Pregnancy Oferecer diretrizes gerais voltadas para pessoas que tomam decisões, gerentes e equipes de saúde relacionadas à atenção de mulheres grávidas e bebês recém-nascidos durante a pandemia de COVID-19. Apresenta diversas recomendações para prevenir novas infecções, bem como definir intervenções adequadas e imediatas para evitar complicações, focando-se em proteger a gestante e os profissionais de saúde.
COLLIN, et al., 2020. Public Health Agency of Sweden’s Brief Report: pregnant and postpartum women with severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 infection in intensive care in sweden Observar se há maiores chances de mulheres serem internadas em UTI por COVID-19 se estiverem grávidas. Foi observado que o risco de serem internadas em UTIs pode ser maior para gestantes.
OSANAN, VIDARTE, e LUDMIR, 2020. Do not forget our pregnant women during the COVID-19 pandemic Orientar sobre diretrizes e cuidados com as gestantes durante a pandemia. Apresenta medidas especiais para gestantes, como visitas obstétricas, consultas por telefone, triagem antes das consultas de pré-natal, dentre outras recomendações.

 

KARAVADRA, et al., 2020. Women’s perceptions of COVID-19 and their healthcare experiences: a qualitative thematic analysis of a national survey of pregnant women in the united kingdom Explorar a percepção das mulheres grávidas e suas experiências durante a pandemia. “Não querer incomodar ninguém”, “Falta de apoio mais amplo de profissionais da saúde” e “influência da mídia” foram algumas das barreiras apontadas pelas gestantes.
AYAZ, et al., 2020. Anxiety and depression symptoms in the same pregnant women before and during the COVID-19 pandemic Comparar o nível de ansiedade e depressão nas mesmas gestantes antes e durante a pandemia de COVID-19. O nível de ansiedade e os sintomas de depressão em mulheres grávidas durante a infecção por COVID-19 aumentaram significativamente.
WU, et al., 2020. Perinatal depressive and anxiety symptoms of pregnant women during the coronavirus disease 2019 outbreak in China Examinar o impacto do surto da doença coronavírus em 2019 na prevalência de sintomas depressivos e de ansiedade em mulheres grávidas em toda a China. Eventos importantes de saúde pública com risco de vida, como o surto do COVID-19, podem aumentar o risco de doenças mentais entre mulheres grávidas.

Fonte: Autor, 2021.

4. DISCUSSÃO

Analisando os resultados, não foram encontradas muitas informações a respeito dos danos à saúde fisiológica das gestantes ou dos bebês. Os artigos sobre esse tema foram escassos e insatisfatórios, porém, uma informação ganhou destaque na pesquisa: os impactos na saúde mental das gestantes foram expressivos. Foi observado um aumento significativo de ansiedade, insônia, estresse e depressão em mulheres grávidas, associados principalmente ao medo do contágio por COVID-19, a falta ou o desencontro de informações sobre o vírus e o isolamento social. Também foi observado um índice anormal de cancelamentos de consultas de pré-natal, relacionado ao medo e ansiedade causados pela pandemia e pelos diversos problemas ocasionados por ela tanto na economia quanto na própria área da saúde. É interessante lembrar que em condições normais de saúde pública, 12% das mulheres apresentam depressão e até 22% podem apresentar altos níveis de ansiedade no final da gravidez (WU, et al., 2020). Portanto, é importante avaliar detalhadamente quais riscos os aumentos destes índices podem trazer para a saúde gestacional da mulher.

4.1 IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL DAS GESTANTES

Para Shayganfard et. al. (2020), a ansiedade pela saúde prevê o adiamento ou o cancelamento de consultas de pré-natal durante a pandemia. Em seu estudo, realizado no Irã, foram avaliadas 103 mulheres. As participantes foram submetidas a um questionário que buscou avaliar seus níveis de ansiedade, preocupação, estresse e depressão, constando, também, se haviam cancelado consultas durante a gestação. Diante disso, observou-se uma relação entre os níveis de ansiedade e o cancelamento de consultas, verificando que as pacientes com maiores scores de ansiedade foram as que mais cancelaram consultas de pré-natal. Assim, dentre as 103 participantes, 57 relataram ter cancelado alguma consulta por conta da pandemia.

Nesse contexto, a pesquisa realizada por Moyer, et al. (2020) também foi de encontro a esses dados. O estudo realizado nos Estados Unidos indicou que 25,8% de 2.740 gestantes interromperam suas consultas pessoais, alegando preocupação com a contaminação. Da mesma forma, mulheres grávidas em Wuhan (China) alegaram que frequentemente recusaram-se a ir a qualquer hospital durante o surto da COVID-19 (LIU, et al., 2020).

Por outro lado, outro estudo realizado no Reino Unido evidenciou que as mulheres tinham muitas dúvidas e receios durante o pré-natal. As participantes do estudo relataram sentir que havia barreiras dificultando o acesso das gestantes aos serviços de saúde e algumas também diziam não se sentir acolhidas pelos profissionais da saúde (KARAVADRA et al., 2020).

Todavia, diante desse contexto, destaca-se que o cancelamento de consultas de rotina perinatais pode colocar a saúde de mães e crianças em risco, dado que o objetivo principal dessas consultas é assegurar a saúde e o bem-estar dos mesmos, evitando complicações e potenciais doenças durante a gestação. Essa ligação da ansiedade com os cancelamentos de consultas se torna mais preocupante ao serem analisados outros estudos.

A principal alteração notada nas gestantes durante a pandemia foi justamente o nível de ansiedade. Diferentemente daquela ansiedade específica da gravidez, essa mostrou-se estar relacionada com o “medo da comida acabar” por conta da crise, o alto índice de desemprego e o medo do contágio do vírus (MOYER, et al., 2020). Ademais, segundo Saadati et al. (2021), a preocupação das mulheres também parece estar relacionada com o período da gestação, uma vez que as gestantes que estavam no terceiro trimestre de gravidez apresentaram maior preocupação com a pandemia e com a sua saúde em comparação com as gestantes que estavam no primeiro e no segundo trimestre.

Nesse contexto, outros dados corroboraram que o aumento de estresse e ansiedade também está relacionado com a pandemia. Um estudo realizado em Wuhan e Chongqing comparou as gestantes das duas cidades Chinesas e indicou que as grávidas de Wuhan (cidade mais afetada pela pandemia dentre as duas) apresentaram maiores níveis de ansiedade e estresse (LIU et al., 2020). Semelhante a estes resultados, Ayaz et al. (2020) relataram que a prevalência de sintomas relacionados à ansiedade foi maior em mulheres grávidas durante a pandemia. As mesmas gestantes foram analisadas antes e depois do vírus se instalar na Turquia e pôde ser observado que durante a crise pandêmica houve maiores níveis de ansiedade e depressão entre as participantes do estudo.

O aumento da depressão também pôde ser observado. Houve indícios de que a pandemia elevou os níveis de estresse em grávidas e aumentou o risco do desenvolvimento de sintomas depressivos. Uma pesquisa realizada por Parra-Saavedra et al. (2020) avaliou 946 gestantes em diversas cidades da Colômbia e o resultado trouxe dados importantes: metade das gestantes relataram sintomas de ansiedade, 49% desenvolveram insônia, 34,7% apresentaram sinais de irritabilidade, 25,4% expuseram sintomas de depressão e 24,1% disseram ter crises de choro incontroláveis. Além destes dados, a pesquisa também revelou que mulheres com menor conhecimento e informações a respeito da COVID-19 estavam mais propensas a temer a doença e seus possíveis efeitos na gestação. Há ainda uma correlação entre o baixo nível de escolaridade e a baixa idade das gestantes com a falta de informações. Mulheres jovens e com menor formação acadêmica apresentaram mais dúvidas sobre os efeitos do coronavírus na sua saúde e na dos bebês, onde as principais dúvidas levantadas foram em relação ao risco de transmissão vertical e de malformação congênita (PARRA-SAAVEDRA et al., 2020).

Nessa mesma linha, na China, 4.124 mulheres grávidas participaram de uma pesquisa sobre sintomas depressivos e de ansiedade. O estudo apontou um aumento nos índices de depressão em função do aumento do número de óbitos por COVID-19 no país. Diante disso, vale ressaltar que também foi observado um aumento na proporção de mulheres com pensamentos de automutilação, podendo colocar em risco sua vida e a de seu filho(a) (WU et al., 2020).

Curiosamente, outro estudo chinês realizado por Zhou et al. (2020) apontou que as gestantes apresentaram menos sintomas psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade e insônia se comparadas com mulheres não grávidas. Entretanto, deve-se avaliar as limitações da pesquisa, pois a mesma contou com 859 entrevistadas, um número extremamente limitado se tratando do país mais populoso do mundo. Além disso, as candidatas do estudo eram majoritariamente da região de Pequim, o que de acordo com o próprio autor limita a generalização das descobertas para outras regiões.

Nesse contexto, este foi o único trabalho que apontou dados divergentes. Todavia, todos os outros artigos analisados apontaram um aumento nos índices de problemas psicológicos em gestantes em diversas regiões, como: Colômbia, China, Estados Unidos, Irã, Reino Unido e Turquia. Dessa forma, fica evidente que a saúde mental das gestantes tem sido altamente afetada pela pandemia, servindo de alerta para que os profissionais da saúde não negligenciem as queixas das gestantes e fiquem atentos a quaisquer sinais de estresse, preocupação, ansiedade e depressão.

4.2 IMPACTOS FISIOLÓGICOS NA GESTANTE E NO FETO

Até o presente momento não foram levantados muitos dados que evidenciem a ocorrência de problemas fisiológicos graves em gestantes ou bebês. Trata-se de um tema ainda limitado pela escassez de estudos, visto que não há muitas informações a respeito do risco de transmissão vertical. Porém, o risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê através de gotículas e aerossóis é tratado como de alto risco, assim como na população em geral (ORTIZ; CASTAÑEDA; LA TORRE, 2020). Por outro lado, alguns dados observaram um aumento no número de gestantes internadas em UTIs por causa da pandemia.

Collin et al. (2020) realizaram um estudo na Suécia com 53 mulheres que estavam internadas na UTI de um hospital, com o diagnóstico de COVID-19 confirmado por laboratório, e 13 delas eram gestantes ou estavam no puerpério. Durante o período do estudo, os autores observaram que a incidência da necessidade de cuidados intensivos foi maior para mulheres grávidas ou em pós-parto, enquanto a incidência da necessidade de ventilação mecânica invasiva foi maior para gestantes contaminadas pelo vírus.

Já o estudo chinês realizado por Chen et al. (2020) avaliou 9 gestantes contaminadas pela COVID-19 e todas apresentaram as mesmas características clínicas que as mulheres adultas não grávidas, de modo que nenhuma desenvolveu pneumonia grave ou morreu. Também foi avaliado o risco de transmissão vertical através de testes para verificar a presença do SARS-CoV-2 no sangue do cordão umbilical, no líquido amniótico e nas amostras do esfregaço da garganta do neonatal. Amostras do leite materno também foram coletadas e analisadas após a primeira lactação. Porém, nenhuma das amostras coletadas no estudo demonstrou presença do vírus, apesar disso, o autor cita que ainda é cedo para determinar se o vírus pode ou não ser transmitido de mãe para filho via transmissão intrauterina.

Diante do exposto, é oportuno destacar que em ambos os estudos citados o número de amostras foi baixo, o que limita os dados e exige certa cautela na interpretação dos resultados. Entretanto, os mesmos servem para alertar sobre os possíveis riscos na gestação e dão maiores informações (embora escassas) sobre o vírus e seu modus operandi. Ressalta-se, portanto, que são necessários mais estudos em variadas regiões e com um maior número de participantes para obter-se um panorama melhor sobre como a COVID-19 impacta a nível fisiológico o decorrer da gestação.

4.3 IMPACTOS NA ASSISTÊNCIA

A necessidade do isolamento e do distanciamento social associada a problemas financeiros pode impactar a prestação de assistência às gestantes. Como citam Osanan; Vidarte e Ludimir (2020), os problemas financeiros que a crise pandêmica tem causado e o acesso limitado ao transporte devido às medidas restritivas podem dificultar o deslocamento das gestantes, principalmente as que possuem baixa renda, afastando-as do serviço de saúde.

As políticas públicas têm se concentrado em mitigar os danos da COVID-19 e prestar tratamento aos pacientes contaminados pela doença, porém, isso pode acabar deixando de lado outros usuários que necessitam de apoio, como as gestantes. Todavia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que a assistência obstétrica é um serviço de saúde essencial e de alta prioridade, não devendo ser interrompido ou negligenciado mesmo diante da atual pandemia.

Diversas diretrizes foram desenvolvidas e atualizadas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e outras organizações com o objetivo de dar continuidade à prestação de cuidados às mulheres durante a gravidez e o período pós-parto. Para as consultas de pré-natal, recomendou-se a intercalação de consultas por telefone (telemedicina) e consultas presenciais quando viável e seguro, cabendo aos serviços de saúde maximizar o uso da telemedicina para fornecer consultas adicionais. Já nas consultas presenciais, um sistema de triagem deveria ser realizado para avaliar os sintomas de COVID-19, e, caso a gestante apresentasse algum sintoma respiratório, deveria ser atendida de acordo com o protocolo da instituição (OSANAN; VIDARTE; LUDMIR, 2020).

Para a avaliação, recomendou-se o uso de máscara, proteção ocular e luvas para as práticas de procedimentos e a higienização das superfícies e dos equipamentos após o atendimento de cada gestante (ORTIZ; CASTAÑEDA; LA TORRE, 2020). No artigo “Cuidando de mulheres que estão planejando uma gravidez, grávidas ou em pós-parto durante a pandemia de COVID-19”, os autores Rasmussen et al. (2020), trouxeram algumas diretrizes para o cuidado das gestantes com suspeita ou confirmação de COVID-19 com o intuito de diminuir as chances da propagação do vírus tanto para o recém-nascido quanto para os demais lactentes da unidade.

Dentre esses cuidados, destaca-se a necessidade de colocar a mãe e a criança em quartos separados ou usar outros controles, como por exemplo: barreiras físicas e máscara facial durante o contato com o recém-nascido, sendo essa uma decisão compartilhada entre mãe e a equipe de saúde. Nesse contexto, aquela que optasse pela separação, deveria realizar a extração do leite materno após uma cuidadosa higienização das mãos e da mama, com a alimentação da criança sendo administrada por um cuidador saudável. Ao passo que, aquela que optasse por ficar no quarto com o bebê deveria usar a máscara facial e realizar a higienização das mãos e das mamas antes da amamentação (RASMUSSEN et al., 2020).

Sendo assim, em seu estudo, ao alertarem sobre a falta de informações quanto ao risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê, Rasmussen et al. (2020) também recomendaram que o recém-nascido de uma mãe contaminada pela COVID-19 fosse tratado como um caso suspeito, devendo ser separado dos outros lactentes saudáveis (RASMUSSEN et al., 2020).

Apesar disso, é importante lembrar que todas essas recomendações foram feitas conforme as informações obtidas até então. Constantes estudos estão sendo feitos e essas diretrizes podem ser atualizadas conforme o surgimento de novas informações. Portanto, é de suma importância que o profissional de saúde se mantenha atualizado e busque constantemente por novas informações para prestar sempre o melhor atendimento possível, visando reduzir os danos da pandemia da COVID-19 em gestantes e em bebês.

5. CONCLUSÃO

Respondendo à questão que norteou esse artigo, os dados obtidos indicaram que a pandemia causou diversos impactos na saúde mental das gestantes e na qualidade da assistência prestada pelos profissionais de saúde, principalmente em razão dos problemas financeiros e da insegurança que a pandemia trouxe, afastando as gestantes de hospitais, clínicas e unidades de atendimento.

Todavia, tal comportamento pode comprometer a continuidade das consultas de pré-natal, afetando o progresso saudável da gestação e trazendo riscos tanto para a mãe quanto para o filho.

A saúde mental tem sido a mais afetada pela pandemia até então, com índices elevados de ansiedade, depressão e estresse entre as gestantes. Há poucos estudos sobre as consequências da pandemia na parte fisiológica da gestação e estes estudos trazem dados limitados, sendo, portanto, necessário uma maior investigação nesta área. Entretanto, pôde-se observar, até o momento, pouca diferença entre como as mulheres grávidas e não grávidas são afetadas pelo vírus, não havendo grandes impactos no quadro clínico das gestantes. Ademais, o risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê se mostrou baixo.

Por fim, ressalta-se que algumas medidas podem ser adotadas para diminuir os impactos na assistência e na saúde mental destas mulheres, e a busca ativa é a principal maneira de diminuir a distância entre a gestante e o profissional de saúde, mantendo o contato principalmente quando a gestante não o fizer, ligando semanalmente e realizando visitas domiciliares com o auxílio de agentes comunitários.

Com a aplicação de programas de triagem, cuidados para evitar a propagação do vírus durante as consultas presenciais e a vacinação avançando cada vez mais, tem sido possível manter os atendimentos de pré-natal de forma satisfatória, promovendo os cuidados necessários para uma gestação saudável, lembrando sempre de observar cuidadosamente o estado emocional da mulher durante estes contatos e, se necessário, encaminhar para acompanhamento psicológico, proporcionando um atendimento acolhedor e humanizado. Esse tipo de ação não exige tantos recursos e poderia ajudar a reduzir esse nível de tensão emocional pela qual as gestantes estão passando.

REFERÊNCIAS

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[1] Graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário Ritter dos Reis. ORCID: 0000-0002-7188-2157.

[2] Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Metodista IPA. ORCID: 0000-0002-7188-2157.

[3] Orientadora. Mestranda em Ensino na Saúde da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). ORCID: 0000-0001-9721-8126.

Enviado: Maio, 2022.

Aprovado: Junho, 2022.

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Patrick Colissi do Amaral

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