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Muito além do que seus olhos veem

RC: 150494
545
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/seus-olhos-veem

CONTEÚDO

CAPÍTULO DE LIVRO

SILVA, Sandro Gonçalves da [1]

SILVA, Sandro Gonçalves da. Muito além do que seus olhos veem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 08, Ed. 12, Vol. 01, pp. 45-57. Dezembro de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/seus-olhos-veem, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/seus-olhos-veem

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CAPÍTULO 11

VIAGEM NO TEMPO

Ao longo das eras, indivíduos eminentes, como pensadores, visionários, cientistas, investigadores, líderes políticos, líderes religiosos, comunicadores e instrutores, têm exercido um papel crucial como agentes influentes e forjadores de opinião, moldando a consciência coletiva de uma geração para a próxima. Eles têm transcendido fronteiras ao apresentar suas descobertas revolucionárias, expressas através de suas expressões artísticas, experimentos inovadores e até mesmo suas dissertações e pesquisas acadêmicas.   Foram visionários que conseguiram expressar suas ideias de forma clara, criando conexões em todos os níveis de consciência e setores sociais, através do incrível poder da imaginação, pois foram idealistas extraindo de suas mentes criações inovadoras, levando ao mundo suas idealizações ainda inexistentes que hoje desfrutamos.

Quem nunca parou diante de um porta retrato com uma fotografia antiga e por alguns instantes sua mente o levou a viajar no tempo, em uma velocidade vertiginosa, sem nos darmos conta que um turbilhão de emoções e sentimentos nos envolve, quase que aparentemente de uma forma involuntária?

Estou fazendo isto exatamente neste momento enquanto escrevo, sentado em uma confortável poltrona de couro na minha sala de estar, a minha frente acima de um longo espelho horizontal, temos vários porta retratos fixados pela parede, e a cada um que passo a contemplar, minha estrutura mental me faz verdadeiramente viajar no tempo, voltando a lembrar cada detalhe do momento em que vivenciei aquelas situações.

A sensação quando fecho meus olhos quase poderia descrever uma espécie de metaverso, lembranças que me fazem imaginar o momento e situações diversas que nos aconteceram em todas as ocasiões destes registros em fotografias, inclusive sinto alegria e quase o mesmo prazer que senti na época que viajamos por todos estes lugares incríveis.

Explorar a ideia de viagem no tempo desperta uma curiosidade profunda e tem sido frequentemente retratada em inúmeras obras cinematográficas. No entanto, aqui estou me referindo especificamente à viagem mental no tempo, uma faceta fascinante que podemos empreender através da nossa imaginação. Nosso cérebro possui a notável capacidade de nos transportar para momentos passados e até mesmo projetar-nos rumo a um futuro ainda não vivenciado.

Aceite o convite para libertar seu imaginário através do pensamento antidialético, que sobrepõe ao pensamento dialético, este que usamos através do código das línguas para falar, para escrever e debater.

Mas voltando à minha sala, continuo a observar alguns objetos de decoração agora, em uma prateleira de vidro a minha direita, vejo a esfera de metal com camada de 10 mícrons de cromo duro sobre uma canaleta, e imediatamente consigo mesmo de olhos abertos viajar no tempo para o passado conseguindo visualizar quando estes objetos ainda não existiam de forma física, apenas era uma ideia na minha mente em que com lápis e papel começava rascunhar um projeto de algo que não existia, além da “imagem mental e surreal”.

Certamente você já cruzou com a palavra “surreal”. Ela permeia nosso vocabulário quando buscamos expressar nossa incredulidade diante do inacreditável, daquilo que nos desafia a acreditar ou compreender. No entanto, no reino fascinante da arte surreal, onde a imaginação e a criação se entrelaçam, não encontramos dificuldade em aceitar a existência de algo tão extraordinário. Afinal, esse mundo provém de um lugar onde tudo é permitido e toda as possibilidades se concretizam: o mágico universo dos sonhos.

Lembro- me detalhadamente deste projeto que criei à partir de apenas uma ideia, assim logo que visualizada em minha mente desenvolvi o rascunho idealizei o projeto e subsequentemente fabricando com minhas próprias mãos com toda precisão de um artista, sendo que, depois de pronto e perfeitamente funcionando, nasce um sentimento de gratificação como recompensa de trazer a existência algo que apenas existia em minha mente.

Sim, é magnifico, eu diria que é na verdade sensacional, como o cérebro humano consegue se lembrar do passado e imaginar o futuro. Conseguimos nos projetar em situações que não conhecíamos. É uma das características mais marcantes da nossa espécie.

Neste momento ao fechar meus olhos, consigo imaginar, onde quero estar daqui a um ano, por exemplo. Posso imaginar em detalhes projetando diversas situações de um lugar que não conheço ainda, ou melhor, apenas observando alguns registros fotográficos. Logo estou fazendo uma simulação virtual futurista, mesmo ainda estando aqui no presente, e este estado mental onde o fluxo das formas acontece: emocionais, análises, sínteses, imaginações, pensamentos, memórias e vibrações.

Esta capacidade de conseguirmos nos imaginar neste ato da visualização, realizando algo ou fazendo atividades prazerosas com outras pessoas em lugares magníficos no futuro é sensacional e ao mesmo tempo surreal, o que também chamado de sonho. Ouse sonhar e se acostume a sonhar alto, pois o poder da visualização mental é simplesmente impressionante, fabuloso e estupendo. Através desta prática, será possível descobrir o desígnio divino para sua existência e alcançar uma compreensão mais abrangente acerca da sua genuína missão neste mundo.

O mais importante no desenvolvimento humano não acontece de uma forma imediata, como ligar ou desligar um aparelho eletrônico. Aguem poderia dizer: um mundo interior elevado e significativo se cria em um instante. Entretanto acredito que é necessário aceitar e construir estes avanços. Mas, acima de tudo, através das conexões emocionais que fazemos.

Ampliando a nossa visão de mundo, a visão sobre nós mesmos, a visão de realidades a nossa volta e que muitas vezes fechamos nossos olhos, não percebendo a necessidade urgente de fazermos parte de uma missão como parte de um todo.

Na verdade, não imaginamos que temos algo especial para valorizar e compartilhar que pode mudar e revolucionar nosso caminho e de outros ao nosso redor, ou que o destino nos unirá no futuro.

O VERDADEIRO OLHAR PARA NOSSAS DEFICIÊNCIAS

Confesso que tenho tido a incrível oportunidade de conhecer e estabelecer laços profundos, tanto pessoais quanto profissionais, com indivíduos admiráveis. Essas pessoas extraordinárias, verdadeiros seres inspiradores, têm de forma única revelado e compartilhado preciosas riquezas internas que enriqueceram profundamente minha jornada pessoal.

Em um jantar de empreendedores o doutor que estava palestrando naquela ocasião sobre o que o levou a ter uma vida muito bem sucedida, mencionou que há dois dias havia realizado o funeral de seu filho de 16 anos e contou que este filho havia nascido com doença congênita, uma síndrome rara e por eles serem pais de primeira viagem aquilo foi avassalador em suas vidas, citando que o modo como a sociedade encara a deficiência mental quando receberam o diagnóstico é cruel e desumano, fazendo-os se sentirem desamparados.

Assim se desencadeou um ciclo de aflição, desde o impacto inicial, disse ele, passando pela rejeição ou falta de aceitação, a responsabilidade e a desilusão. Foi nesse momento que a saúde física, mental e social foi gravemente afetada, requerendo uma reestruturação familiar para atender às necessidades únicas da criança.

Eu estava sentado bem na frente do doutor palestrante, que narrava essa sua experiência de vida. E foi dentro deste contexto que aquele pai proferiu: Aprendemos com essa vivencia… pois “aquele anjo” nos ensinou a amá- lo  de uma forma incondicional e mesmo sem nunca ouvir a frase pai eu te amo entendíamos o amor sendo transmitido sem palavras!

A vivência do amor ocorre quando uma pessoa se conecta emocionalmente com outra, gerando o desejo de compartilhar momentos, celebrar suas alegrias e apoiar-se em seus momentos difíceis (Bisquerra, 2003). É fundamental reconhecer a importância dos pais desenvolverem sua inteligência emocional, adotando uma abordagem de regulação emocional e redefinindo a concepção de felicidade. Dessa forma, os pais são capacitados a transformar emoções negativas em positivas, descobrindo dentro de si habilidades que lhes permitem criar momentos de felicidade. Ao invés de concentrarem-se exclusivamente nas preocupações futuras da criança, eles direcionam seu foco para a jornada de vida presente do filho.

Um quebrantamento me atingiu e senti a necessidade de visitar e conviver com diversas famílias que enfrentam situações semelhantes e descrever neste capítulo com o coração.

Um dos “olhares amiudados” em nossa sociedade é aquele que busca por um padrão. Como tem sido seu olhar sobre as pessoas?

Algumas vezes ao nosso lado ou até mesmo dentro de nosso círculo de convívio, existe um ser humano que nasceu com um corpo disfuncional que apresenta alguma limitação física, ou psíquica, ou adquirida por algum acidente, quem sabe até mesmo por uma doença, lamentavelmente acaba por não se enquadrar mais na “sociedade cega” ou limitada por um tipo de olhar preso a padrões.

Se faz necessário o debate contínuo sobre a inclusão em vários aspectos educacionais e sociais, compreendendo que se é direitos de todos no convívio em sociedade independente de sua classe, raça, religião ou dificuldade por necessidades especiais, mas é inevitável perceber que na sociedade em geral, o desrespeito é notado cotidianamente, bem como falta as leis de benefício as Pessoas com Necessidades Especiais. Na verdade a sociedade não conhece a verdadeira forma de expressar amor, como as famílias aprendem no dia a dia de convivência e sensibilidade.

Aproveitando neste momento para dedicar este capítulo a todas as famílias e pessoas que incansavelmente, aprenderam a dedicar suas vidas por uma causa tão nobre.

Em outro momento visitamos uma família em que o casal possui um dos filhos, com deficiência Intelectual Leve e síndrome do espectro autista, enquanto que o outro nasceu com síndrome de Pierre Robin, anomlia congênita de desenvolvimento caracterizado por três malformações: “mandíbula pouco desenvolvidas” (micrognatia), “língua deslocada para trás (glossoptose) o que era um problema sério com o “céu da boca aberto”, respirando por oxigênio nos primeiros três meses.

Durante o período de quatro meses a família apresentou muita fé para o tratamento, onde estiveram instalados no Hospital da Criança Conceição (GHC) em Porto Alegre, o qual é o único hospital geral pediátrico do Rio Grande do Sul, em que os médicos davam o seu melhor nos cuidados necessários. E durante o relato me brotou no coração uma dúvida silenciosa, entretanto sem necessidade de ser respondida literalmente mas perguntava para mim mesmo: quantos amigos e parentes teriam demonstrado apoio visitando-os durante aqueles quatro meses que necessitaram de muita resiliência, nas dependências daquele hospital? Durante este tempo existe uma negligência muito grande de não querer ver, se importar ou se envolver diretamente.

Passadas algumas cirurgias, hoje o menino tem 6 anos e quando perguntamos qual a expressão de amor que eles representam, tanto a mãe como o pai responderam unanimemente: Ouvir com o olhar e ver sem olhar!

Pessoas que tem este tipo de experiência se tornam muito mais sensíveis à percepção de detalhes.

Fomos convidados a retornar naquele lar novamente e passar um dia com a família, então me pego diante dessa família que me surpreende a cada instante e perguntei para aquela mãe: você sente que fez tudo o que poderia e deveria fazer?

Ela nos expõe então, sem conseguir conter a emoção e as lágrimas, que depois de participar de terapia com psicólogo mudou completamente sua visão em como abordar seu filho, como lidar com diversas situações com muito mais paciência e carinho.

E o pai emenda: costumamos em todo o tempo, tentar imaginar o que ouvimos quando não estamos vendo. Já observou que você consegue saber através da visualização mental apenas, o que está acontecendo longe previamente através de sons que chegam pelos ouvidos sem estar olhando?

Logo aquele pai com um olhar simples e sicero, contudo muito sábio, aguardou alguns segundos para que pudéssemos processar sua meditação e respondeu:

-Nossos outros sentidos como: olfato, gustação e tato são estimulados por outros meios que precisamos praticar através da sensibilidade. Nossos filhos nos ensinam a desenvolver todos estes sentidos mais aguçados praticando em todo o tempo e todos os dias.

O nosso “olhar para o mundo” é influenciado pelas nossas experiências e estas são afetadas pelas sensações que nossos sentidos captam.

Ao longo da história, desde tempos remotos até os dias atuais, as pessoas com algum tipo de dificuldade têm sido alvo de tratamentos desumanos, submetidas a políticas de exclusão social, onde a sociedade negava sua existência e, por vezes, as perseguia. Contudo, nos dias de hoje, há um movimento em busca da inclusão e igualdade de oportunidades para todas as pessoas, exigindo que a sociedade se mobilize para criar os apoios e recursos necessários para alcançar esse objetivo.

Infelizmente, apesar dos avanços, ainda persiste um estigma associado à deficiência, resultado de preconceitos, valores, crenças e expectativas sociais arraigadas, que perpetuam a visão de fragilidade.

Devido à falta de conhecimento generalizado, é comum que a deficiência seja erroneamente associada a uma condição crônica, ou a um fardo. Esse estigma é extremamente prejudicial, pois diminui e subestima as pessoas com deficiência, privando-as de seus direitos e relegando-as a um papel secundário na sociedade.

Evidentemente que superar esse estigma demanda um esforço coletivo e uma ampliação de consciência, a fim de reconhecer essas verdades. Para que venham se tornar uma prioridade inegociável.

É fundamental promover uma mudança de perspectiva e valorizar a inclusão plena e o respeito à diversidade em todas as esferas da sociedade.

Este assunto é um tanto complexo, extenso e com inúmeras camadas de obrigações e atribuições de responsabilidades para serem transferidas e designadas na hora da tomada de soluções dos problemas instalados, sendo o primeiro responsável a ser chamado para mudança de leis sobre o amparo ao deficiente físico, órgãos nacionais responsáveis por acolher e amparar todas as necessidades pertinentes a cada lacuna; em segundo lugar o departamento de educação que poderia avaliar o aluno, sua deficiência e seu grau de acometimento para então encaminhá-lo para a escola que terá maior capacidade para recebê-lo (especializada para portadores de deficientes, adaptada para estes ou escolas padrões) oferecendo o melhor conteúdo para cada aluno e ensinando os alunos a se adaptarem ao novo e ensinando o portador de deficiência a conviver com o mundo lá fora, estando apto para se tornar um adulto produtor de sua vida.

Muitas vezes vemos pais que negam a deficiência dos seus filhos e optam por colocá- los em uma escola convencional ou regular, na qual a maioria das crianças sem necessidades educacionais especiais é matriculada. – Nesse ambiente, as crianças frequentam a mesma escola e as mesmas salas de aula, independentemente de suas habilidades ou necesidades. Isto na intenção de que ele se enquadre ao mundo a sua volta, sendo que se estes pais deixasse a criança frequentar uma escola especial focada para suas necessidades talvez seu desenvolvimento fosse maior.

Uma vez conheci um deficiente visual que perdeu sua visão aos 8 anos de idade e ele frequentava uma escola especializada em deficientes visuais. Ele era um aluno que gostava de estudar e aprender, ao mudar-se de cidade foi matriculado em uma escola estadual e ele relata que seu desempenho caiu drasticamente pois ele tinha vergonha dos seus colegas, não se sentia a vontade sabendo que ele era o único diferente na sala e pensava que os outros poderiam estar rindo ou falando dele, acabou que desistiu de estudar. Veja a importância da verdadeira inclusão, saber o que o aluno quer, o que ele precisa e onde será melhor para ele.

Muitas pessoas não estão prontas para trabalhar com o que vê ser diferente uma vez que falta auto-conhecimento, amor a si e consequentemente amor ao próximo. A inteligência emocional escolar tem sido inserida vagarosamente nas escolas e aos poucos vamos vendo a mudança acontecer aos passos de formiga. As crianças que possuem esse tipo de ensinamento apresentam um amadurecimento psicológico e emocional desde os primeiros anos escolares e seu aprendizado é o suficiente para ensinar a família, amigos e vizinhos o princípio do amor e respeito, criando uma corrente do bem.

Em busca de uma sociedade inclusiva, é essencial lembrar que todas as pessoas, independentemente de suas dificuldades, merecem ter suas necessidades especiais atendidas. A verdadeira democracia se manifesta no acolhimento das diversidades.

Diante desse desafio, como podemos contribuir?

Uma das primeiras ações que podemos realizar é promover uma mudança de mentalidade na sociedade por meio de um constante trabalho de sensibilização. Nesse sentido, grupos e instituições que já estejam engajados na inclusão de pessoas com necessidades especiais têm um papel fundamental em conscientizar e inspirar outros.

Precisamos entender que cada um de nós é responsável por promover a inclusão social, e, dessa forma, cada indivíduo tem o poder de fazer a diferença. Muitas vezes, nos distanciamos das pessoas devido às diferenças que percebemos, buscando conexão apenas com aqueles que compartilham nossa forma de pensar, falar, vestir-se e agir. No entanto, é importante refletir sobre essa atitude e nos questionar:

Nossa visão do mundo se restringe unicamente às limitações moldadas pelas vivências que atravessamos? Em vez de sermos influenciados pelas comparações transmitidas nas redes sociais, é necessário voltar nosso olhar para dentro de nós mesmos.

Poderíamos colocar o dedo na consciência e nos perguntar: eu estou fazendo alguma coisa para contribuir com o meu próximo?

Em vez de olharmos através das lentes de mídias sociais, precisamos substituir nossas lentes naturais. Precisamos olhar além das limitações físicas ou cognitivas e enxergar a riqueza, capacidades e potencial das pessoas com deficiência.

Portanto, que possamos ser agentes de transformação, inspirando outros a enxergarem além das diferenças superficiais e cultivarem uma visão que abraça a igualdade, a empatia e o respeito mútuo. Juntos, podemos construir uma sociedade inclusiva, onde todos tenham a oportunidade de brilhar e contribuir para um mundo mais humano e compassivo.

Costumo dizer que a expressão do Amor de Deus é medido pela sua capacidade de doação. Devemos fazer para o próximo sem esperar nada em troca.

Amar e consequentemente se importar com o meu próximo, significa verdadeiramente não esperar nada em troca de meus esforços. Entendo que preciso trocar constantemente minhas lentes espirituais para entender qual minha missão e responsabilidades que preciso exercer para influenciar positivamente pessoas a minha volta.

Precisamos lutar constantemente contra este inimigo invisível que se aloja dentro de nós, o orgulho, pois quando buscamos satisfação em nós mesmos, nos afastamos de Deus.

Lemos no livro devocional Café Com Deus Pai, de nosso Pastor Junior Rostirola “O Orgulho gera engano e torna as pessoas Cegas, mas a humildade Abre os nossos Olhos e amplia nossa visão”.

É importante mencionar também, de maneira muito pertinente, a reflexão de Albert Einstein. “Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo.”

Cito neste momento um lindo poema de um escritor aqui de minha região do sul, Mario Quintana, que aborda o tema das deficiências:

“Deficiente” é quem não consegue encontrar a força para transformar sua própria vida, subjugado por pressões externas, sem perceber o poder que tem de moldar seu destino. “Louco” é quem deixa de buscar a felicidade com o que possui. “Cego” é quem não enxerga o sofrimento alheio, focando apenas em suas próprias preocupações. “Surdo” é quem não ouve o clamor de um amigo ou irmão, sempre ocupado com afazeres e responsabilidades. “Mudo” é quem não consegue expressar seus sentimentos verdadeiros, escondendo-se atrás de uma fachada. “Paralítico” é quem não se move em direção àqueles que precisam de ajuda. “Diabético” é quem não consegue praticar a gentileza e o amor. “Anão” é quem não deixa o amor crescer. “Miserável” é aquele que não consegue estabelecer uma conexão com Deus. A verdadeira amizade é um amor que nunca se esgota. A amizade é um amor que nunca se extingue.

Com base no poema de Mario Quintana, podemos concluir que a superação das deficiências que nos limitam começa com a transformação interna. Ao reconhecermos nosso poder de moldar o próprio destino, buscarmos a felicidade com o que temos e cultivarmos a empatia, a generosidade e a conexão com o próximo, podemos criar um mundo melhor e mais inclusivo para todos. Que estas reflexões inspirem ações que contribuam para uma sociedade mais compassiva, onde as diferenças sejam valorizadas e o amor incondicional prevaleça.

[1] Ensino Médio completo. ORCID: 0009-0006-1416-6943.

Enviado: 29 de maio de 2023.

Aprovado: 21 de novembro, 2023.

4.9/5 - (25 votes)
Sandro Gonçalves da Silva

5 respostas

  1. Parabéns meu Amor ❤️👏🏼🍀 só vc e eu sabemos de toda a dedicação e empenho q vc teve na realização desse seu sonho… Parabéns 👏🏼 Te Amooo

  2. É um livro sensacional, cada capítulo abre minha mente para coisas que antes eu não percebia!

  3. 🔥 Esse autor é extraordinário!!! Sandro Gonçalves da Silva!!!
    Suas obras literárias e especialmente ” Muito Além do que Seus Olhos Vêem ” nos sugam para cima!!! A elevação!!! As chaves contidas neste livro simplesmente nos levam a patamares e a ver horizontes e dimensões na vertical como que num passe de mágica!!! Veja muito mais nos outros capítulos desta preciosidade ”
    MUITO ALÉM DO QUE SEUS OLHOS VEEM”!!!🔥🤩

  4. Estive presente nos lançamentos do autor, e a oportunidade de ler suas obras, uma escrita sensacional e imersiva recomendo a leitura

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