REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Musicoterapia e sua influência na longevidade ativa dos idosos

RC: 125878
1.176
5/5 - (9 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO 

GOMES, Gabrielly Mansour Silva [1], VELLASCO, Tânia Regina Douzats [2]

GOMES, Gabrielly Mansour Silva. VELLASCO, Tânia Regina Douzats. Musicoterapia e sua influência na longevidade ativa dos idosos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 08, Vol. 07, pp. 182-198. Agosto de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/longevidade-ativa-dos-idosos

RESUMO

O processo de envelhecimento tem se tornado uma das principais preocupações do século XXI, marcado pela passagem dos anos e por diversas transições biopsicossociais muito comuns. Atualmente, são verificadas formas novas de terapias direcionadas para lidar com o processo de envelhecimento de modo a garantir a saúde e qualidade de vida dos adultos mais velhos, ou seja, uma longevidade ativa, representando um desafio. Apesar de a musicoterapia ser reconhecida recentemente como ciência, ela já vinha sido utilizada desde a idade antiga como medida paliativa, preventiva e terapêutica, em casos de depressão, distúrbios neurodegenerativos e em vasta variedade de transtornos de sofrimento do corpo e da psique, comuns na terceira idade. Assim, a presente pesquisa norteia-se pela problemática: como a musicoterapia pode influenciar no desenvolvimento da longevidade ativa dos adultos mais velhos? Com base neste questionamento, o objetivo deste estudo foi investigar a influência da musicoterapia nos adultos mais velhos como estratégia de intervenção para o desenvolvimento da longevidade ativa. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica de cunho qualitativo, com pesquisas nos bancos de dados Scielo, Medline, PubMed, BVS, Lilacs e Google Acadêmico. Foram incluídos artigos publicados a partir do ano de 2000 a novembro de 2020 em língua portuguesa e inglesa, utilizando as seguintes palavras-chave: adultos mais velhos, idosos, qualidade de vida, longevidade ativa e musicoterapia. Após análise dos 13 artigos científicos, 1 monografia, 5 dissertações, 1 tese e 8 livros selecionados conforme os critérios de inclusão, pode-se observar que a musicoterapia influencia positivamente no desenvolvimento de uma longevidade ativa, contribuindo para maior autonomia dos adultos mais velhos, permitindo que eles sejam mais ativos, sentindo-se mais adequados em seu contexto social sem precisar da assistência de terceiros a todo momento, por meio do avanço nas habilidades motoras, no crescimento da autoestima e no desenvolvimento cognitivo, permitindo um melhor entendimento dos sentimentos e ativação de memórias.

Palavras-chave: Adultos mais velhos, Idosos, Qualidade de vida, Longevidade ativa, Musicoterapia.

1. INTRODUÇÃO

O foco das organizações de saúde tem sido cada vez mais a busca pela qualidade de vida, não só visando a cura de doenças, mas a prevenção das mesmas, levando ao aumento da procura pelo bem-estar físico, mental e social, incitando a população a se preocupar mais com a saúde.  Como a inovação e a ciência andam juntas, cresce também o número de pesquisas voltadas para a criação de novas ideias que possam proporcionar mais qualidade de vida tem sido mais frequente, surgindo assim diversos tipos de terapias complementares, tal como a musicoterapia, com ação tanto preventiva quanto curativa no tratamento de doenças. O interesse pela saúde sempre esteve presente desde o surgimento do homem (SZWARCWALD; CASTILHO, 1989).

O aumento da expectativa de vida eleva o número da população idosa, no entanto, o processo de envelhecimento acarreta mudanças biológicas que podem atrapalhar no desenvolvimento de um envelhecimento saudável ou longevidade ativa, tais como o enfraquecimento do corpo, resultando em deterioração de capacidades e outras alterações biopsicossociais que podem levar ao surgimento de doenças crônicas e comorbidades ligadas a elas, podendo trazer sentimentos de inutilidade e crises pessoais (RODRIGUES, 2012). Há também fatores como a desvalorização e exclusão desse grupo que podem influenciar em seus estados emocionais, na interação social, qualidade de vida e saúde dos mesmos (MARTINS, 2017).

Portanto, é esperado que as políticas de saúde direcionem sua atenção para essa população, tendo como foco não apenas uma vida longeva, mas com qualidade e saúde, por meios de inclusão que os permitam terem mais mobilidade e serem mais ativos na sociedade, promovendo também a diminuição da demanda de doenças psicossomáticas, como depressão, que influencia negativamente no desenvolvimento da longevidade ativa, devido ao isolamento que gera forte sentimento de inutilidade em seu ambiente familiar e social (OLIVEIRA; LOPES; DAMASCENO; SILVA, 2012).

A música é um instrumento de interação muito conhecido e utilizado por diversas sociedades, que permite a interação e comunicação entre os indivíduos, ela costuma proporcionar emoções e sentimentos agradáveis, melhora do humor e autoestima. A partir de suas contribuições para a saúde e qualidade de vida, surge a musicoterapia, onde a música é utilizada como recurso terapêutico, estimulando a melhora do humor, relações interpessoais, cognição e condição física dos indivíduos que sofrem de alguma doença (MARTINS, 2017).

Contudo, é importante que haja reconhecimento por parte da sociedade quanto a necessidade de haver intervenções visando a melhora da qualidade de vida dos adultos mais velhos de modo a se ter um envelhecimento ativo e a consciência de que a musicoterapia tem se mostrado bastante eficaz para a saúde em geral, podendo ser uma estratégia contribuidora do desenvolvimento da longevidade ativa, o que nos leva a questão norteadora dessa pesquisa:  como a musicoterapia pode influenciar no desenvolvimento da longevidade ativa dos adultos mais velhos? Com base nesse questionamento, o objetivo geral foi investigar a influência da musicoterapia nos adultos mais velhos como uma estratégia de intervenção para o desenvolvimento da longevidade ativa. A par do objetivo geral, os específicos são: descrever o processo de envelhecimento; apontar os principais desafios da terceira idade em relação à longevidade ativa, apresentar como musicoterapia exerce função terapêutica e analisar de que forma ela pode influenciar na longevidade ativa dos adultos mais velhos.

2. METODOLOGIA 

A fim de alcançar o objetivo do estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica de cunho qualitativo, por meio de busca eletrônica nas seguintes bases de dados: Scielo, Medline, PubMed, BVS, Lilacs e Google Acadêmico. Foram incluídos artigos publicados a partir do ano de 2000 a novembro de 2020, em língua portuguesa e inglesa, utilizando as seguintes palavras-chave: adultos mais velhos, idosos, qualidade de vida, longevidade ativa e musicoterapia. Foram incluídos os publicados de 2000 a Novembro de 2020, em língua portuguesa e inglesa e excluídos artigos que não correspondiam especificamente ao tema e não estavam disponíveis na íntegra. A busca foi realizada entre 15 de setembro de 2020 a 20 de novembro de 2020. Inicialmente foram pré-selecionados, 63 artigos para serem lidos na íntegra, onde foram excluídos os artigos de língua estrangeira, com exceção do inglês, que não relacionassem a musicoterapia com a população idosa e longevidade ativa, salvo os que continham informações importantes sobre a técnica utilizada, que resultou em 13 artigos científicos, 1 monografia, 5 dissertações, 1 tese e 8 livros selecionados no total. A partir da análise desses materiais, foram também selecionados documentos oficiais e definições publicadas na página oficial da Organização Mundial da Saúde e World Federation of Music Therapy neles contidos para serem analisados de forma mais aprofundada. 

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

3.1. O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 

O envelhecimento populacional se tornou um grande foco no século XXI, e a população idosa vem aumentando a cada ano. Isso ocorre devido ao aumento da expectativa de vida, onde no Brasil, a atual média é de 74,9 anos. Mas, segundo estimativa da ONU (2014), esse valor pode subir para 81,2 anos até 2050.

O processo de envelhecimento acarreta mudanças biológicas relacionadas com o enfraquecimento do corpo, resultando em deterioração de capacidades, sendo as alterações biopsicossociais significativas. Elas implicam no surgimento de doenças crônicas, aumento gradativo das limitações abrangentes, além de mudanças de personalidade e mudanças no funcionamento intelectual. Estes fatores são desenvolvidos e influenciados também por características subjetivas do sujeito e podem gerar certa crise pessoal por interferirem no reconhecimento de si, gerando alteração na autoimagem (RODRIGUES, 2012).

O equilíbrio psíquico dos adultos mais velhos é condicionado à forma como eles aceitam a realidade e o contrário disso, ocorre disfuncionalmente, levando ao surgimento de reações psicopatológicas no processo de envelhecimento. Além das alterações biológicas, há também mudanças nos papéis sociais e no lidar com novos desafios na vida, em seu papel na rede familiar e com o distanciamento recorrente, onde em alguns casos ocorrem isolamentos e internações. Para ainda se sentirem realizados, é preciso que eles se adaptem às mudanças da nova realidade, possibilitados de encontrar novos objetivos, novas formas de se sentirem confiantes nas realizações das tarefas dentro de suas capacidades, sentindo-se mais motivados (OLIVEIRA; LOPES; DAMASCENO; SILVA, 2012). Apesar de algumas dessas mudanças serem movidas por um declínio, muitas delas refletem o desenvolvimento psicológico contínuo em uma idade mais avançada, podendo permitir que os adultos mais velhos percorram esse período vivendo em bem-estar consigo mesmos (OMS, 2015; NISSEN, 2016).

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, define o envelhecimento saudável como:

[…] o envelhecimento saudável é mais que apenas a ausência de doença. Para a maioria dos adultos maiores, a manutenção da habilidade funcional é mais importante. Os maiores custos à sociedade não são os gastos realizados para promover esta habilidade funcional, mas sim os benefícios que poderiam ser perdidos se não implementarmos as adaptações e investimentos necessários. O enfoque social recomendado para abordar o envelhecimento da população, que inclui a meta de construir um mundo favorável aos adultos maiores, requer uma transformação dos sistemas de saúde que substitua os modelos curativos baseados na doença pela prestação de atenção integrada e centrada nas necessidades dos adultos maiores.

É importante destacar que o processo de envelhecimento pode ser percebido de maneiras diferentes por indivíduos do gênero feminino e masculino. As mulheres constituem a maior parte da população idosa em todo o mundo, tal fenômeno é denominado feminização (BERZINS, 2003). Para elas o envelhecimento físico é marcado pelo encerramento do ciclo reprodutivo e suas consequências influem comumente à aparência, podendo influir também, quando mal-encarado, na autoestima, sendo um processo que gera também mudanças comportamentais e culturais, entres outros fatores que colaboram ou não com o ato sexual nessa faixa etária. Para o homem, esse processo relaciona-se à redução da produtividade, potência, autonomia e poder (BERZINS, 2003).

São muitas as mudanças trazidas por esse processo e elas acontecem diferentemente para cada indivíduo. No entanto, como cada adulto mais velho se percebe em seu processo de envelhecimento, é o que determinará a probabilidade de envelhecimento mais saudável e assim uma melhor qualidade de vida, ou seja, longevidade ativa. Por outro lado, ainda há certas doenças que não só afetam a saúde física, mas a mental dessa população, podendo mudar repentina ou gradualmente a vida dos mesmos (VARGAS; FERREIRA; REZENDE, 2010). Similarmente ao que acontece nas outras faixas etárias/sociais da vida, por exemplo, da infância e da adolescência, o envelhecimento requer cuidados específicos, na esfera privada e pública, para que a velhice seja valorizada e percebida como um merecido descanso do corpo e do espírito dos indivíduos. Uma forma de melhorar a situação dos adultos mais velhos, sobretudo os vitimados por problemas mentais, são práticas de auxílio como a musicoterapia, cujos efeitos benéficos na saúde mental e física pudemos constatar (MARTINS, 2017).

A OMS (2005) diz que “O envelhecimento deve ser vivido de forma ativa”, sendo os três pilares principais: saúde, segurança e participação. No cumprimento das medidas assistenciais, dentro de um contexto que atenda às diversas necessidades do indivíduo que experiencia o envelhecimento e seus desafios, podemos tomar como ideal o princípio de “idoso ativo”, o qual, mostra-se resiliente e positivamente adaptável às mudanças biopsicossociais que o atravessam no decorrer do tempo, mantendo preservada sua autonomia, busca da autorrealização, convivência e interação social em seus diversos ciclos para uma longevidade mais ativa (AZEVEDO, 2015). 

3.2 OS PRINCIPAIS DESAFIOS DA TERCEIRA IDADE

O aumento da expectativa de vida eleva o número da população idosa, junto a isso, a exclusão sofrida pelos mais velhos na sociedade. Portanto, fatores como: idade, aposentadoria, invalidez e por muitos não serem mais atuantes na vida econômica, levam a desvalorização desse grupo (MARTINS, 2017). É cada vez mais comum o desinteresse dos mais jovens em interagir com os sêniores em seus respectivos contextos familiares, não percebendo eles como base e parte fundamental de suas tradições, histórias e raízes, fazendo com que os mais velhos percam esse papel em sua rede familiar e sintam-se isolados. Ou seja, não deve haver, por parte da sociedade a ideia de que a questão do idoso seja uma simples política assistencial, é preciso perceber eles em sua realidade individual e coletiva enquanto membros da sociedade que precisam ser não apenas amparados, mas vistos e incluídos em sua amplitude contextual, sendo a interação social e comunicação muito importantes para prevenção de doenças emocionais, como a depressão (MARTINS, 2017).

Com o aumento de comorbidades relacionadas ao envelhecimento, os adultos mais velhos ficam mais vulneráveis a precisar de um cuidador ou familiar para auxiliar nas dificuldades, ocasionando uma certa dependência e até perda da autonomia (FONTAINE, 2000). Portanto, é importante a categorização dos diversos cenários possíveis ao longo do envelhecimento para poder ser dada uma resposta adequada à fase em que eles estejam a passar.

Ao se tratar de saúde geral dos adultos mais velhos, a autonomia é bastante prezada, tratando-se da capacidade do indivíduo em tomar suas decisões e gerenciar suas próprias ações conforme os seus ideais, suas regras, estando diretamente ligado à cognição e ao humor. E outro ponto notável e importante é a independência, que se diz respeito à execução de atividades de forma autônoma, estando diretamente relacionada com a mobilidade e comunicação. A capacidade de funcionar sozinho antecede a esses conceitos, sendo a possibilidade de gerenciar sua própria vida e cuidar de si mesmo (MORAES, E; MARINO; SANTOS, 2010).

Sabendo que a capacidade mental de um sujeito de entender e resolver as problemáticas diárias é dada por meio de um conjunto de funções cognitivas, como a memória, linguagem, praxia, gnosia, função visuoespacial e executiva que são possibilitantes do planejar, reconhecer estímulos que passam por nossos sentidos e de nos localizarmos no espaço em que estamos, havendo também conceitos como, humor, mobilidade e a comunicação, evidencia-se que a perda dessas funções decorrentes do envelhecimento biológico afetará a saúde e longevidade ativa dos adultos mais velhos, sendo necessário dar mais atenção e assistência por parte dos profissionais de saúde que devem estar a todo momento sendo preparados e atualizados quanto ao acolhimento desta demanda (MORAES, E; MARINO; SANTOS, 2010).

3.3 MUSICOTERAPIA 

A música é um meio de comunicação e expressão universal e seus elementos contém inúmeras diversidades, diferentes instrumentos, ritmos e elementos derivados, relacionados com o contexto social e cultural do ser humano, presente em todas as épocas e culturas, onde a medida em que ela provoca bem-estar, conforto e reações diversas no organismo, ela é aceita, propagada e estudada (E CUNHA; E CUNHA; REGO; NEVES; CABRAL-CARDOSO, 2003).

Durante o período da Segunda Guerra Mundial, nos EUA, houve uma experiência de muita importância para o reconhecimento e percepção da música como grande contribuidora para saúde dos indivíduos, sendo o primeiro momento que a mesma foi usada como tratamento no sentido de metodologia científica, utilizaram a música como recurso terapêutico visando a recuperação dos que foram atingidos pela guerra e seus resultados contribuíram para o aumento de pesquisas pertinentes à influência dela na saúde, e pouco tempo depois foi classificada como ciência, fazendo parte da medicina (COSTA, 1989).

O modelo terapêutico da musicoterapia, concentra-se na ideia de que a percepção musical do indivíduo pode alterar seus parâmetros físicos e psicológicos, onde biologicamente, exerce influência direta no sistema límbico do paciente, responsável por modular suas emoções e desta forma permite regular positivamente seu estado emocional (CHAN, M; CHAN, E; MOK, 2010). Essa terapia pode ser passiva, quando o terapeuta utiliza a música no tratamento ou ativa, quando o paciente produz música, seja cantando ou tocando um instrumento (OLIVEIRA; LOPES; DAMASCENO; SILVA, 2012).

Em concordância com Belotti (2014), a musicoterapia é considerada uma arte que utiliza a influência da música como método terapêutico para amenizar determinadas situações conflitantes, as quais possam causar problemas como depressão, estresse, dentre outros. No entanto, essa prática necessita de elaboração estratégica visando suas aplicações e um foco predeterminado para obtenção da eficácia no resultado, contudo, os objetivos devem ser construídos mediante ao público vigente.

Numa definição publicada pela World Federation of Music Therapy (WFMT), em 2011, diz que:

A musicoterapia é o uso profissional de música e dos seus elementos como uma intervenção em ambientes médicos e diários com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades, que procuram otimizar a sua qualidade de vida e melhorar o seu bem-estar físico, social, comunicacional, emocional, intelectual e espiritual. A investigação, a prática, a educação e a instrução clínica na musicoterapia são baseadas em padrões conforme contextos culturais, sociais e políticos.

Como antes dito, musicoterapia é a utilização clínica da música e dos seus elementos, por um profissional qualificado, com o fim de atingir objetivos individualizados no âmbito da prevenção ou da reabilitação socioemocional, sensório-motora, cognitiva e comunicacional, através do desenvolvimento de uma boa relação terapêutica (THAUT; HOEMBERG, 2014).

A musicoterapia pode ser aplicada ao longo de todo o ciclo vital e em diversas patologias, como na fase adulta, a geriatria, psicogerontologia, aos estados paliativos, etc. Ela pode também ser aplicada em populações não clínicas visando promoção do bem-estar, enquanto prática de desenvolvimento pessoal ou de desenvolvimento das capacidades funcionais dos indivíduos (WIGRAM; PEDERSEN; BLONDE, 2002).

Os tratamentos com um musicoterapeuta podem ser realizados individualmente ou em grupo, sendo necessário realizar uma avaliação clínica prévia do indivíduo para se ter um tratamento eficaz (PADILHA, 2008). A avaliação é um elemento importante em terapias baseadas na evidência, pois, esse processo fornece ao terapeuta a base para selecionar as técnicas adequadas e monitorizar o progresso terapêutico, facilitando a apresentação de resultados entre uma equipe multidisciplinar ou no meio científico (THAUT; HOEMBERG, 2014).

Um dos princípios específicos da abordagem da musicoterapia é a ideia de Identidade Sonora (ISO), proposto por Rolando Benenzon, em 1988, que tem como base a ideia de que cada ser humano tem dentro de si uma identidade sonora única que o caracteriza. De acordo com este autor, o ISO começa a formar-se durante o período gestacional, estruturando-se ao longo da vida de cada ser humano e sendo influenciado não só pelo indivíduo como também por fatores étnicos, culturais e universais. Assim, considera-se que o ISO de cada ser humano não implica apenas a existência de material sonoro e musical, mas também de experiências e memórias não musicais que se relacionam com esse mesmo material sonoro e musical (BENENZON, 1988).

De fato, as experiências musicais têm características e potencialidades diferentes para cada indivíduo quando lhe é submetido, dando-lhes a eles uma sensação, percepção e emoção evocadas de formas diferentes. Bruscia (2016) comenta sobre 4 experiências musicais, a improvisação (o cliente realiza música ao tocar ou cantar, criando uma melodia, um ritmo, uma canção ou uma peça instrumental), a recriação (o cliente aprende, canta, toca ou executa música composta previamente ou reproduz qualquer tipo musicalmente apresentado como modelo), a composição (o terapeuta ajuda o cliente a escrever canções, letras ou peças instrumentais, ou a criar qualquer tipo de produto musical) e a escuta musical (o cliente ouve a música e responde à experiência silenciosa e verbalmente ou da forma que preferir expressar). O foco principal antes de iniciar um tratamento é que o musicoterapeuta conheça primeiramente a Identidade Sonora do paciente, onde utilizará o conceito de ISO, ao qual se “resume a noção de existência de um som ou um conjunto de sons ou o de fenômenos acústicos e de movimentos internos que caracterizam ou individualizam cada ser humano” (BENENZON, 1988). Desta forma, ao chorar ou rir, cantar, tocar um instrumento ou dançar, cada indivíduo expressa o seu mundo sonoro interno, ou seja, sua identidade, encontrando-se no domínio das interações e relações humanas. Porém, para isso ocorrer funcionalmente, é preciso que o paciente esteja tranquilo e apto a aderir o método, tendo um espaço seguro de confiança (BENENZON, 1988).

O musicoterapeuta deverá, assim, conseguir identificar e, posteriormente, ir ao encontro da identidade sonoro-musical de cada usuário, criando uma linguagem musical comum e estabelecendo, consequentemente, relações musicais, que facilitarão o desenvolvimento da relação terapêutica e interpessoais. Para tal, será importante procurar conhecer a história de cada indivíduo, as suas vivências, os sons e as canções que o acompanharam ao longo da vida. Esta relação é facilitada pelas qualidades não verbais da música, utilizadas para incentivar o contato, interação, comunicação verbal, autoconsciência e expressão do eu (WAGNER, 2010).

O uso da musicoterapia está cada vez mais frequente, devido a sua eficácia em proporcionar conforto, comunicação e melhora do relacionamento, podendo então ser utilizada a favor da humanização do ambiente, permitindo que o indivíduo viva bem em seu aspecto social, afetivo, profissional e de saúde, proporcionando mais independência e relação no meio em que vive (INCHOSTE; MENDES; FORTES; POMATTI, 2007).

3.4 INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NA LONGEVIDADE ATIVA 

Alguns dos efeitos psicológicos proporcionados pela música são capazes de despertar as emoções dos adultos mais velhos, criatividade, raciocínio e aprendizagem decorrentes da ativação neural, permitindo por meio disso o contato com lembranças, relembrando de fatos do passado, de sua juventude, percebendo e manifestando sentimentos como felicidade e saudade demonstrados através das expressões e emoções evocadas nos sorrisos e nos choros, podendo ajudar na valorização e reconhecimento de sua identidade, elevação da autoestima, tendo em vista que muitos deles se encontram isolados em instituições, onde são tomados pelo sentimento de abandono, causando o esquecimento momentâneo ou definitivo da sua identidade incitando a autodesvalorização e depreciação do sujeito (MACHADO; JORGE; FREITAS, 2009).

A Reabilitação cognitiva da memória é orientada quando há um dano neurológico ou doença que interrompe ou impossibilita a ativação mnemônica da mesma, sendo nesse momento que a música pode incumbir-se de um papel especial em sua reabilitação, pois, ela facilita o aprendizado estimulando as lembranças pelo seu relacionamento com a emoção que ativa a memória de experiências afetivas ligadas a uma canção significativa na história de vida do adulto mais velho. Isso ocorre por meio dos estímulos às estruturas temporais (ROSÁRIO; LOUREIRO, 2016). Portanto, se você perguntar a um adulto mais velho o que ele lembra após ouvir músicas remetentes a época deles, é bastante provável de dizerem que lembraram dos tempos de criança, da juventude e de quando cantavam ao sentirem-se felizes com as pessoas e paixões referentes a vivências passadas, por ela melhorar seu desenvolvimento motor e cognitivo, facilitando manifestações de sentimentos, restabelecimento da memória e diminuindo a confusão, os delírios de maneira complementar ao tratamento de várias deficiências cognitivas (PADILHA, 2008). A musicoterapia permite que o paciente senil trabalhe a livre expressão, criatividade, comunicação, recuperando e resolvendo conflitos pessoais e sociais em simultâneo, proporcionado assim, uma longevidade mais ativa (SOUZA, 2006).

Aos adultos mais velhos que se encontram internados, a musicoterapia tem se mostrado também muito benéfica, pois traz mais humanização ao ambiente, contribuindo para a potencialização da recuperação desses pacientes por meio do conforto, bem-estar, interação em grupo, expressão das emoções e movimentos proporcionados pela dança, sentindo-se mais energizados e alegres livrados desse sentimento de abandono e solidão evitando doenças melancólicas e outras características dessa faixa etária. Também permite que eles sejam novamente inseridos na sociedade e por intermédio dessa recuperação, levados a se sentirem úteis novamente em seu contexto social e para si mesmos, proporcionando maior autonomia, bastante expressiva quanto ao aspecto de socialização de um indivíduo (RIBEIRO, 2005).

Em relação ao contexto paliativo, a música como recurso terapêutico é eficaz ao proporcionar um ambiente agradável, estímulo à memória, uma forma de entretenimento capaz de aliviar as dores trabalhando no sistema autônomo, podendo levar a diminuição de analgésicos, fato explicado pela teoria do portal no controle da dor, onde a mesma age competitivamente em relação à música (TODRES, 2006).

De acordo com Rodrigues (2012), a atividade física acompanhado de música interfere nos estados de ânimo dos seus praticantes positivamente, diminuindo a tristeza, medo e o desconforto, tornando-os mais ativos, sendo, então, relevante à escolha da seleção musical que contribua para o prazer de estar naquele ambiente e para a motivação, na prática da atividade, ou seja, essa seleção deve ser adequada a cada tipo de exercício, atingindo, assim, os objetivos de estimular ou acalmar, pois, da mesma forma que a música consegue ser estimulante, é também relaxante ou até mesmo irritante (MIRANDA; GODELI, 2003; TODRES, 2006).

A dança é a arte que se expressa através do movimento do corpo seguido de ritmos musicais. É uma atividade de manifestação artística e forma de comunicação que se desenvolve através do próprio corpo humano, podendo também ser praticada em grupo. A emoção é notável durante a prática, os participantes se sentem mais equilibrados, alegres, em harmonia e felizes durante e após a dança, proporcionada pela sensação agradável ao ambiente que a música pode trazer, realçando a importância do desenvolvimento das relações cooperativas entre os adultos mais velhos elevando o processo de interação social por meios das práticas (FLEURY; GONTIJO, 2006).

A musicoterapia influencia positivamente na longevidade ativa dos adultos mais velhos, por proporcionar, de forma geral, uma vida mais ativa e saudável, permitindo mais resiliência, mobilidade, bem-estar, interação social e habituação às mudanças biopsicossociais do processo de envelhecimento (AZEVEDO, 2015).

4. RESULTADOS 

A música como recurso terapêutico eleva a motivação, autoestima, autodeterminação e faz com que o idoso se sinta livre, bem, tranquilo e realizado, levando à aceitação da própria idade e de sua atual condição (MORAES; SILVA, 2007). Segundo Santos (2007), a prática da musicoterapia na velhice, proporciona saúde e autonomia no processo de envelhecimento, dando suporte nas atividades da vida diária (AVDs), combatendo o estresse, estimulando a oxigenação do cérebro, contato social, resgate cultural e fortes ações no desenvolvimento cognitivo, por facilitar a evocação das memórias, de conseguir trazer sentimentos de alegria e tristeza ao relembrarem de suas experiências vividas. Isso ocorre por meio dos estímulos às estruturas temporais (ROSÁRIO; LOUREIRO, 2016). No desenvolvimento motor ela proporciona mais movimentação dos idosos por meio da dança e expressões musicais (RIBEIRO, 2005).

No contexto paliativo, proporciona um ambiente agradável, sendo uma forma de entretenimento capaz de causar alívio das dores, trabalhando no sistema autônomo, possibilitando a diminuição de analgésicos (TODRES, 2006). Há também relatos de que este modelo terapêutico é eficaz nos tratamentos de doenças e distúrbios comuns à população idosa, como a depressão, hipertensão, Alzheimer, entre outras comorbidades do envelhecimento que prejudicam o desenvolvimento da longevidade ativa (OLIVEIRA; LOPES; DAMASCENO; SILVA, 2012).

Contudo, podemos dizer que a musicoterapia influencia positivamente no desenvolvimento da longevidade ativa dos adultos mais velhos, levando-os, indiretamente, a seguirem o princípio de “idoso ativo” sugerido pela OMS (2005), por proporcionar uma vida mais ativa e saudável, permitindo a sua resiliência, mobilidade, interação social e habituação às mudanças biopsicossociais do processo de envelhecimento, mantendo, assim, preservada a identidade, autonomia e convivência em seus diversos ciclos (AZEVEDO, 2015).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho visou entender a influência da musicoterapia no desenvolvimento da longevidade ativa dos adultos mais velhos. Respondendo à questão norteadora, evidenciaram-se melhora da qualidade de vida, aumento do bem-estar, autoestima, autonomia, mobilidade, interação social, criatividade, segurança, facilidade de expressão, aprendizagem, reabilitação cognitiva e motora dos idosos. Com isso, a proposta do trabalho de que a musicoterapia pode influenciar positivamente no desenvolvimento da longevidade ativa dos adultos mais velhos como estratégia terapêutica confirmou-se pela análise dos resultados. Sendo assim, a influência desse modelo terapêutico parece gerar efeitos positivos para uma vida mais longeva e ativa, pois, consegue trazer melhora clínica de diferentes distúrbios da faixa etária, permitindo uma participação mais ativa na sociedade. A música como recurso terapêutico tem fortes ações no desenvolvimento cognitivo, por facilitar a evocação das memórias, comunicação, de conseguir trazer sentimentos de alegria e tristeza ao relembrarem de suas experiências vividas, eficaz também nos tratamentos de doenças crônicas comuns a essa população, como Alzheimer e depressão que interferem no desenvolvimento da longevidade ativa. Porém, é pertinente que mais estudos, especialmente pesquisas científicas originais, com uma amostra maior, protocolos mais definidos e especificamente direcionados a longevidade ativa e musicoterapia sejam realizados, para se confirmarem os resultados.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Marta Sofia Adães. Envelhecimento ativo e a qualidade de vida: uma revisão integrativa. 2015. Dissertação (Mestrado em Enfermagem Comunitária) – Escola Superior De Enfermagem do Porto, Porto, 2015. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/10776. Acesso em:19 nov. 2020

BELOTTI, Tônia Gonzaga. Coro terapêutico: uma ação do musicoterapeuta visando ao desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. 2014. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Música Stricto Sensu) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4477. Acesso em: 17 nov. 2020

BENENZON, Rolando. Teoria da musicoterapia: contribuição ao conhecimento do contexto não-verbal. 2. ed. São Paulo: Summus editorial, 1988.

BRUSCIA, Kenneth E. Tipos de experiências musicais: os quatro métodos principais. In: BRUSCIA, Kenneth E Definindo Musicoterapia. 3. ed. Barcelona: Barcelona Publishers, p.126-130, 2016.

BERZINS, Marília Anselmo Viana da Silva. Envelhecimento populacional: uma conquista para ser celebrada. Rev. Serv. Social & Socie., v. 24, n. 75, p. 19-34, 2003. Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/cneh/2016/TRABALHO_EV054_MD2_SA10_ID783_08082016185431.pdf. Acesso em: 18 nov. 2020

CHAN, Moon Fai; CHAN, Engle Angela; MOK, Esther. Effects of music on depression and sleep quality in elderly peopleA randomised controlled trial. In: Complementary Therapies in medicine; Vol. 18, No. 3-4. pp. 150-159, 2010. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S096522991000023. Acesso em: 17 nov. 2020

COSTA, Jurandir Freire. Masculino e Feminino. In: COSTA, Jurandir Freire. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

E CUNHA, Miguel Pina; E CUNHA, Rita Campos; REGO, Arménio; NEVES, Pedro; CABRAL-CARDOSO, Carlos. Manual de comportamento organizacional e gestão. 1. ed. Lisboa: Editora RH, 2003.

FLEURY, Tania Maria Assis; GONTIJO, Daniela Tavares. As danças circulares possíveis contribuições da terapia ocupacional para as idosas. Estud. interdiscip. envelhec., Porto Alegre, v. 9, p. 75-90, 2006. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/view/4786. Acesso em: 19 nov. 2020

FONTAINE, Roger. Psicologia do envelhecimento. 1. Ed. Lisboa: Clime psi editors, 2000.

INCHOSTE, Anelise Fagundes; MENDES, Pâmela; FORTES, Vera Lucia Fortunato; POMATTI, Dalva Maria. O uso da música no cuidado de enfermagem em hemodiálise. Nursing, São Paulo, v. 109, n. 10, p. 276-280, jun. 2007. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-513200. Acesso em: 17 nov. 2020

MACHADO, Ana Larissa Gomes; JORGE, Maria Salete Bessa; FREITAS, Consuelo Helena Aires. A vivência do cuidador familiar de vítima de Acidente Vascular Encefálico: uma abordagem interacionista. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 62, n. 2, p. 246-251, abr. 2009.  http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672009000200012&lng=es&nrm=iso. Acesso em 18 nov.  2020

MARTINS, Israel Casas Novas. A Música como instrumento de socialização: um estudo de caso sobre os benefícios da musicoterapia para a saúde e integração do idoso. 2017. Monografia (Graduação) – Instituto de ciências sociais (ICS), Brasília – DF, set. 2017.

MIRANDA, Maria Luiza de Jesus; GODELI, Maria Regina C. Souza. Música, atividade física e bem-estar psicológico em idosos. Rev. Bras. Ciênc. Mov., v. 11, n. 4, p. 87-94. 2003. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=524938&indexSearch=ID. Acesso em 17 nov.  2020.

MORAES, Edgar Nunes de; MARINO, Marilia Campos de Abreu; SANTOS, Rodrigo Ribeiro. Principais síndromes geriátricas. Rev. Med. Minas Gerais, v. 20, ed. 1, p. 54-66, 2010. Disponível em: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/383. Acesso em: 17 nov. 2020

MORAES, Márcia; SILVA, Raquel Siqueira da. Musicoterapia e saúde mental: relato de uma experimentação rizomática. Revista Psico., v. 38, n. 2, p. 139-147, 2007. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/1423. Acesso em: 18 nov. 2020

NISSEN, Nis Peter. Alzheimerforeningen: 25 years of dedicated commitment for people living with dementia. Dementia in europe: the alzheimer europe magazine, v. 23, p. 36-37, 2016. Disponível em: https://issuu.com/alzheimer-europe/docs/06188_alzheimer_europe_magazine_issue_35_spring_2. Acesso em:12 nov. 2020

OLIVEIRA, Glauber Correia de; LOPES, Vanessa Ramos da Silva; DAMASCENO, Maria José Caetano Ferreira; SILVA, Elizete Mello da. A contribuição da musicoterapia na saúde do idoso. Cadernos UniFOA, ed. 20, 2012. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/256853272/A-Contribuicao-Da-Musicoterapia-Na-Saude-Do-Idoso. Acesso em: 15 set. 2020

Organização Mundial de Saúde (OMS). Relatório mundial de envelhecimento e saúde. 2015. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/186468/6/Who_fwc_alc_15.01_por.pdf. Acesso em: 12 nov. 2020.

Organização Mundial de Saúde (OMS). Envelhecimento ativo: uma política de saúde Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf. Acesso em 12 nov. 2020.

PADILHA, Marisa do Carmo Prim. A musicoterapia no tratamento de crianças com perturbação do espectro do autismo. 2008. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Universidade da Beira Interior Faculdade de Ciências da Saúde, Covilhã-Portugal, 2008.

RIBEIRO, Nildo. O ambiente terapêutico como agente otimizador na neuroplasticidade em reabilitação de pacientes neurológicos. Diálogos Possíveis, v. 4, ed. 2, p. 107-17, 2005. Disponível em: https://doceru.com/doc/c0nn5s. Acesso em: 20 nov. 2020

RODRIGUES, Ana Margarida Serôdio Monteiro. O medo de envelhecer: e o papel do gerontólogo. 2012. Monografia (Licenciatura em Gerontologia social) – Graduação em Licenciatura, Escola superior de educação São João de Deus, Portugal, 2012.

ROSÁRIO, Verônica Magalhães; LOUREIRO, Cybelle Maria Veiga. Reabilitação Cognitiva e Musicoterapia. Revista InCantare, v.7, ed. 1, p. 22, 2016. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/incantare/article/view/1095. Acesso em:12 nov. 2020

SANTOS, Claudia Eboli. As práticas em educação musical especial: possíveis contribuições da musicoterapia. In: CONGRESSO REGIONAL DA ISME NA AMÉRICA LATINA; ENCONTRO ANUAL DA ABEM, 16, 2007, Campo Grande. Anais […]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: https://docplayer.com.br/10509974-As-praticas-em-educacao-musical-especial-possiveis-contribuicoes-da-musicoterapia-1.html. Acesso em: 17 nov. 2020

SOUZA, Márcia Godinho Cerqueira de. Musicoterapia e a clínica do envelhecimento. In: FREITAS, Elizabete Viana de. Tratado de geriatria e gerontologia. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

SZWARCWALD, Célia Landmann; CASTILHO, Euclides Ayres de. Proposta de um modelo para desagregar projeções demográficas de grandes áreas em seus componentes geográficos. Ver. de Saúd. Públ., v. 23, n. 4, p. 269-276, 1989. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/gJLbTD4BR6LWdd6BpW7mVfS/?lang=pt. Acesso em: 12 nov. 2020

THAUT, Michael H.; HOEMBERG, Volker. Handbook of neurologic music therapy. Oxford: Oxford University Press. 2014.

TODRES, David. Música é remédio para o coração. Jorn de Pediatr. v.82, n. 3. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0021-75572006000300002. Acesso em: 12 nov. 2020.

VARGAS, Débora Regina Madruga de; FERREIRA, Lanna Barroso; REZENDE, Larissa Veloso. A influência da musicoterapia na autoestima de idosos que vivem em uma instituição de longa permanência em Araguaína-TO. Rev Cereus, v. 5, ed. 1, p. 62, mai. 2013. Disponível em: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/47/157. Acesso em: 17 nov. 2020

WAGNER, Gabriela.  The Benezon model of music therapy. Nordic Journal of Music Therapy, v.16, ed.2, p. 146-147. 2010. Disponível em: doi:10.1080/08098130709478184. Acesso em: 17 nov. 2020

WIGRAM, Tone; PEDERSEN, Inge Nygaard; BLONDE, Lars Ole. A comprehensive guide to music therapy: theory, clinical practice, research and training. United Kingdom: Jessica Kingsley publishers. 2002.

World Federation of Music Therapy (WFMT). Supporting music therapy worldwide. 2011.Disponível em: http://www.wfmt.info. Acesso em: 20 nov. 2020

[1] Estudante de psicologia. ORCID: 0000-0002-3071-6902.

[2] Orientadora. ORCID: 0000000212465863.

Enviado: Julho, 2022.

Aprovado: Agosto, 2022.

5/5 - (9 votes)
Gabrielly Mansour Silva Gomes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita