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Contribuições da abordagem cognitvo comportamental para o desenvolvimento de habilidades educativas parentais

RC: 74672
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/habilidades-educativas

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MONTEIRO, Andressa de Oliveira [1], JUNIOR, Adival José Reinert [2]

MONTEIRO, Andressa de Oliveira, JUNIOR, Adival José Reinert. Contribuições da abordagem cognitvo comportamental para o desenvolvimento de habilidades educativas parentais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 02, Vol. 03, pp. 53-62. Fevereiro de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/habilidades-educativas, DOI: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/habilidades-educativas

RESUMO

Este artigo tem por finalidade expor algumas das principais técnicas fundamentadas na Terapia Cognitivo-Comportamental. Objetiva-se, apresentar os procedimentos no processo de desenvolvimento de habilidades educativas parentais. As intervenções mostram práticas como psicoeducação, manejo de contingências, redução da ansiedade parental, reestruturação cognitiva, melhoria do relacionamento pais-criança e prevenção de recaída. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica, ressaltando os principais autores do tema. Esse estudo enfatiza a necessidade da orientação de pais para que o processo terapêutico de seus filhos tenha resultados muito mais efetivos, tendo em vista que são peças fundamentais no tratamento. Mediante essa pesquisa foi possível identificar que essa abordagem tem se mostrado muito eficaz no tratamento de crianças com diversos transtornos.

Palavras-chave: Terapia Cognitivo Comportamental, Criança e Adolescente, Treinamento de pais.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com estudos atuais, o desenvolvimento de habilidade educativas parentais por meio do uso de técnicas e procedimentos da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), se apresenta como uma abordagem eficaz no tratamento de transtornos em crianças, com a ansiedade, e enfatiza a necessidade dos pais terem uma postura ativa nesse processo para que os resultados sejam mais efetivos.

O objetivo dessa pesquisa é destacar e descrever, através de um estudo bibliográfico, o uso das técnicas e procedimentos da TCC, psicoterapia comportamental especifica da área de Psicologia. Foram utilizados como base de consulta, os artigos disponíveis na Scielo e Google Acadêmico, além de autores da temática abordada.

Refletindo sobre a temática em questão, a infância se apresenta como um período crítico para o desenvolvimento das habilidades sociais, e os pais são os principais mediadores dessa aquisição. Para tanto, é imprescindível uma orientação eficaz e adequada, para que entendam que a sua participação durante o tratamento infantil proporciona inúmeros benefícios. E para o alcance desses resultados é necessário colocar em prática técnicas e intervenções, as quais serão apresentadas pelo profissional capacitado, para uma melhor compreensão do processo de tratamento.

Cabe ressaltar que a participação da família no tratamento psicoterápico das crianças, se apresenta necessário, pois os a maioria dos sintomas e problemáticas ocorrem, com maior frequência, fora da sessão de terapia, ou seja, longe do profissional capacitado. E a atuação em conjunto, entre pais e terapeutas, favorece as crianças em tratamento, visto que não recebam informações distorcidas que possam impactar na eficácia do tratamento ou até mesmo, gerando problemas e/ou traumas para a vida adulta.

2. TÂNCIA E O PAPEL DOS PAIS NO TRATAMENTO DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A Terapia Cognitivo-comportamental apresenta-se de forma mais breve, direta e focada na dificuldade que o paciente enfrenta no momento atual. Apresenta resultados significativos diante das demandas que surgem em terapia, em prazo mais curto de tratamento em comparação com outras terapias. Segundo Porto (2005), a TCC busca compreender o relacionamento entre as cognições, os sentimentos e o comportamento e enfatiza que sua psicopatologia se dá por meio da interação de diversos fatores, sendo fundamental entender como as experiências e eventos são interpretados e como é possível identificar e modificar as distorções ocorridas no processamento cognitivo do indivíduo.

A Psicoterapia pode ser utilizada no tratamento em todas as fases da vida, através de relatos clínicos ela se apresenta eficaz, principalmente, no tratamento de alguns transtornos que acometem o público infantil. Para este público-alvo, alguns aspectos precisam ser ressaltados, como a atuação e envolvimento dos pais, Porto (2005) aponta que a TCC realizada na infância, se dá em duas vertentes distintas que são interdependentes, a intervenção com a criança e a intervenção realizada com a família, sendo a presença da orientação dos pais importante ao tratamento.

Em concordância com a importância da família nesse processo, Friedberg e McClure (2004, apud PORTO, 2005) afirmam que o trabalho de terapia com a criança só é eficaz com o envolvimento do seu responsável, porque é no convívio diário que ocorrem as problemáticas, que implica na necessidade de um trabalho e parceria entre os pais e o terapeuta, que em sintonia, não interfiram negativamente no tratamento com informações distorcidas.

Segundo Stallard (2010), dois fatores devem ser avaliados antes do envolvimento ativo dos pais na intervenção que é a motivação e disposição deles para a mudança e a natureza e extensão dos seus problemas de ansiedade para identificar se podem interferir negativamente no tratamento da criança. Para tanto, é necessário a identificação de cognições disfuncionais que os pais apresentam diante do comportamento da criança, bem como a sua capacidade de efetuar mudanças positivas para identificar a possibilidade de influência da ansiedade dos pais sobre o tratamento da criança (STALLARD, 2010).

Petersen e Wainer (2011) expõem que no processo da TCC infanto-juvenil a participação dos pais acontece de acordo com a necessidade e abrange grande parte do tratamento, nos primeiros seis anos de vida é totalmente necessária à atuação dos pais para que se obtenham pontos positivos e evolução do tratamento. As informações obtidas durante o processo de avaliação inicial informarão tanto o foco (crianças e/ou pais) quanto o conteúdo da intervenção (cognições da criança, habilidades de manejo dos pais ou crenças e cognições importantes dos pais) e ajudará a esclarecer a extensão e a natureza do envolvimento dos pais nas sessões de tratamento (STALLARD, 2010).

Bolsoni-Silva e Marturano (2006) afirmam que existem momentos em que a família se sente perdida diante da dificuldade da criança, e é por meio da orientação do terapeuta que são encorajados a ter uma posição mais firme na educação dos filhos, e se influenciarem mutuamente. Labbadia e Castro (2008) corroboram ao dizer que a influência ocorre mutuamente entre os membros da família e por conta dessa interação no contexto familiar é que há a intenção de alocar os pais no tratamento dos filhos.

Os pais e cuidadores ao contribuírem com o tratamento das crianças ou adolescentes podem assumir três papeis diferentes: o de facilitadores, em que o foco é na criança e os pais só tomam ciência das intervenções realizadas; e de co-clínicos sendo o papel dos pais mais ativo a tudo que está sendo trabalhado com a criança auxiliando na realização do atendimento; e o de clientes de maneira que o tratamento é direcionado para os pais no processo cognitivo e comportamental contribuindo na reavaliação de comportamentos e crenças sobre os filhos. (LABBADIA e CASTRO, 2008)

Para Friedberg et al. (2011), no atendimento realizado com o público infanto-juvenil pela TCC é de extrema importância o elo entre os pais e o terapeuta, já que os pais possuem as informações necessárias a serem trabalhadas pelo terapeuta, sendo os principais influenciadores na mudança da criança. Nesse caso a quebra desse vínculo pode comprometer o tratamento e levar a interrupção do atendimento (FRIEDBERG et al. 2011).

Ainda sobre a influência da família, Ronen (1998 apud FRIEDBERG; MCCLURE, 2004) afirma que as ações das crianças acontecem em ambientes de convívio diário como a escola, desta forma, os pais e responsáveis, orientados pelo terapeuta, têm um importante papel de potencializar ou minimizar o desenvolvimento de habilidades adaptativas de controle, sendo fundamentais para a manutenção e a generalização de ganhos terapêuticos.

Por outro lado, Stallard (2010), afirma que os benefícios do envolvimento dos pais nos programas de TCC com crianças, não foram apresentados de modo consistente, ressalta que o apoio dos pais, especialmente nos casos de transtornos de ansiedade, se apresenta favorável, pois promovem a abordagem de comportamentos parentais como: controle excessivo que possa limitar a aprendizagem ou em críticas ao desempenho do filho como modelo, ações que influenciam no comportamento ansioso da criança. Kendall (1994 apud PORTO, 2005), em sua pesquisa com a temática do transtorno de ansiedade em crianças, percebeu que a presença dos pais no tratamento é significativa, e é possível observar o aumento na efetividade do tratamento.

Segundo Stallard (2007), os pais podem ser envolvidos em vários papéis como: o facilitador, o coterapeuta, co-clientes ou como clientes, o foco e a ênfase das intervenções variam, e quando o papel é o de facilitador no tratamento da criança, este tende a ser mais limitado, pois eles recebem, em duas ou três sessões, a apresentação das técnicas e estratégias da TCC a serem utilizadas, e como podem contribuir, sendo o foco da intervenção a criança. Quando na posição de coterapeutas, os pais se envolvem mais ativamente e participam da maioria ou de todas as sessões do tratamento, seja com seu filho ou em paralelo, são orientados a acompanhar e estimular o uso que seu filho faz das habilidades de enfrentamento fora das sessões, já a participação como co-clientes enfatiza diretamente os comportamentos dos pais que contribuem para a manutenção e ansiedade da criança, em paralelo a criança recebe TCC para tratar suas problemáticas, e os pais recebem habilidades para tratar dificuldades familiares ou pessoais importantes (STALLARD, 2010).

Stallard (2007) aponta ainda os pais como clientes, onde são o foco da intervenção e a criança não participa das sessões, objetivando trabalhar os problemas psicológicos deles, bem como ensinar novas habilidades comportamentais parentais e novas cognições sobre a eficácia parental e /ou a natureza do problema da criança. Para Asbahr e Ito (2008) afirmam que os pais podem ser consultores, ao se colocarem como informantes dos acontecimentos passados e atuais da criança que podem auxiliar no tratamento, colaborando também nas atividades propostas e orientadas pelo terapeuta e podem também se revelar como co-pacientes, quando participam de sessões de terapia familiar e de intervenções específicas para lidar com o comportamento do filho, por exemplo, o treino parental.

3. TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMORTAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES EDUCATIVAS PARENTAIS

A participação dos pais nas mudanças de comportamento em crianças proporciona vários benefícios, no trabalho realizado com crianças e adolescente na TCC aborda-se com frequência o programa de Treino de Pais – TP. Pureza et al (2014, p. 92) afirmar que:

O TP possibilita ao terapeuta investigar, focar e modificar aspectos cognitivos e comportamentais dos pais no que se refere ao comportamento do seu filho. Na prática clínica, é possível observar mudanças positivas, às vezes mais rápidas, no comportamento infantil quando os pais conseguem compreender os sintomas e o funcionamento da criança e atuar de forma positiva nesse processo, possibilitando mudanças nas ações e atitudes dos seus filhos.

Caminha, Almeida e Scherer (2011) ressalta que o TP contribui para orientar os pais que enfrentam dificuldades com o comportamento desadaptativo da criança, o qual influencia negativamente o seu desenvolvimento e convívio diário. Utilizando-se da TP os pais são instrumentalizados para o aprendizado e uso de técnicas e estratégias, e assim compreendem como agir nas diferentes situações cotidianas com a criança (CAMINHA; ALMEIDA e SCHERER, 2011).

Para Pacheco e Reppold (2011) o TP também pode contribuir positivamente para terapia infantil, pois possibilita aos pais entenderem suas funções na terapia do seu filho e contribui no fornecimento de um espaço para trocar informações e falar a respeito das dificuldades vivenciadas na criação e educação do filho.

A utilização do TP se mostra efetiva para diversos transtornos, bem como para relacionamento disfuncional entre pais e filhos. A eficácia vem sendo demonstrada principalmente nos comportamentos como birras, intransigência e comportamento opositor. Esse treinamento resulta num desenvolvimento significativo de habilidades sociais nas crianças com déficit no relacionamento com outras pessoas do seu convívio e problemas de comportamento. (BUNGE; GOMAR; MANDIL, 2012).

Caminha (2011) afirma que o TP pode ser aplicado em diferentes situações clínicas, tais como os diferentes transtornos de ansiedade e alimentares, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Desafiador Opositor (TDO), os transtornos do desenvolvimento e os de aprendizagem, produzindo um desenvolvimento de competências significativo entre os membros envolvidos.

Nos atendimentos clínicos, o programa de TP contribui significativamente para os quadros de transtornos disruptivos, pois auxilia no fornecimento de recursos para a condução adequada diante de situações desafiadoras, podem apresentar diferentes modalidades e variar de acordo com cada caso clínico, sendo o mais comum o programa de atendimento grupais de TP. (CAMINHA; ALMEIDA; SCHERER, 2011).

Para Caminha, Almeida e Scherer (2011) os programas de treinamento parental se desenvolvem geralmente em 12 sessões, que acontecem semanalmente, podendo participar e contribuir não só os pais, mas diferentes membros da família, como avós, tios e pessoas que tenham ligação direta com o comportamento da criança. Sem descartar o ambiente escolar e também as novas configurações familiares que tem se apresentado nos dias atuais.

Ginsburg e Schlossberg (2002 apud STALLARD, 2007, p. 100-103), apontam que apesar das variações na maneira de envolver os pais na TCC, as intervenções parentais que visam contribuir para a eficácia do tratamento buscam utilizar habilidades comuns, e devido a isso, utilizam intervenções como:

      1. Psicoeducação: objetiva informar os pais sobre a TCC e o Transtorno de Ansiedade. Costumam ser fornecidas informações sobre os princípios que fundamentam o modelo de tratamento, o processo da terapia e o conteúdo e as habilidades-chave que serão trabalhadas.
      2. Manejo de contingências: no caso especifico dos transtornos de ansiedade os pais são orientados a assegurar que o comportamento inadequado ou ansioso da criança receba uma atenção mínima, enquanto o seu comportamento adequado e corajoso, ganha máxima atenção e reforço. Dessa forma, os pais são incentivados a observarem em seus filhos o comportamento corajoso de enfrentamento; elogiar e recompensar o comportamento corajoso e as tentativas de mudanças e minimizar a atenção dada ao comportamento ansioso, ignorando-o e focalizando a atenção no exterior.
      3. Redução da ansiedade parental: devido a significativa associação entre a ansiedade da criança e a dos pais, essa intervenção ajuda os pais a: identificar os próprios sentimentos de ansiedade e respostas especificas de ansiedade; reconhecer o efeito do seu comportamento sobre a criança; substituir pensamentos ansiosos por outros mais úteis; enfrentar e superar o próprio medo e desafios e modelar comportamentos corajosos e habilidades úteis.
      4. Reestruturação cognitiva: destinada a identificar, desafiar e reavaliar as cognições parentais importantes e disfuncionais que interferem no tratamento e limitam a sua capacidade de apoiar a criança.
      5. Melhoria do relacionamento pais-criança: envolve a utilização de estratégias para reduzir conflitos, melhorar comunicação e solucionar problemas, baseado nas habilidades de manejo de contingências e resulta no aumento de mensagens positivas e na redução de confrontações negativas.
      6. Prevenção de recaída: os pais são instruídos a adotarem comportamento mais proativo, identificando possíveis gatilhos ou eventos futuros difíceis, permitindo que eles se preparem para lidar com esses acontecimentos e estejam cientes de padrões disfuncionais prévios e se concentrem mais no emprego das novas habilidades adquiridas.

Desta forma, observa-se que, para um tratamento eficaz de crianças, a participação dos pais é necessária. É preciso uma avaliação inicial para considerar as crenças e expectativas dos pais diante do tratamento do filho e a concepção acerca do transtorno; o contexto em que ocorre o problema; os comportamentos parentais de reforço e, a partir disso definir o foco, se a criança e/ou os pais, bem como o conteúdo a ser trabalhado, se as crenças parentais, se os aspectos emocionais, dentre outros. E, com base nisso, utilizam-se as diversas intervenções citadas, adaptadas a cada caso. (STALLARD, 2007)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente trabalho foi apresentar as habilidades educativas parentais a partir de técnicas e procedimentos da abordagem cognitivo comportamental que é uma experiência bastante rica e variada. Ela exige do seu praticante uma atitude permanente de criatividade e atenção para as condições específicas de seu cliente a cada momento.

A psicoterapia com crianças tem um processo diferenciado da psicoterapia com adultos implicando em dois tipos de atuação do terapeuta que se dá com intervenção direcionada para a criança e a intervenção voltada para o trabalho com os pais e familiares.

O trabalho que é realizado pelo terapeuta na psicoterapia infantil vai muito além da relação direta com a criança, pois é preciso um auxílio dos familiares, bem como da escola. No processo de aprendizagem da criança a relação que elas estabelecem com as pessoas próximas são muito significativas. No entanto, a mudança no comportamento dos familiares e das pessoas do convívio da criança é que irão produzir diretamente a mudança comportamental dela. Os pais têm participação fundamental na intervenção tendo como função observar não só o comportamento dos filhos, suas circunstâncias e consequências, como também atentar para o seu próprio comportamento e analisar o que ele pode está influenciando no problema.

Por fim, a Terapia Cognitivo-Comportamental se mostra como uma abordagem que se adequada ao manejo das dificuldades e problemas que são apresentados pelo público infantil, e que o tratamento tem como objetivo encaminhar o paciente a realização de mudanças de forma gradativa.

REFERÊNCIAS

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BOLSONI-SILVA, A. T.; MARTURANO, E. M. A qualidade da interação pais e filhos e sua relação com problemas de comportamento de pré-escolares. In BANDEIRA, Marina; DEL PRETTE, Zilda Aparecida P.; DEL PRETTE, Almir (Orgs.). Estudos sobre Habilidade Sociais e Relacionamento Interpessoal. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p. 89-104

BUNGE, Eduardo; GOMAR, Martin; MANDIL, Javier. Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes: Aportes técnicos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.

CAMINHA, M. G., ALMEIDA, F. F; SCHERER, L. P. Treinamento de pais: fundamentos teóricos. In: CAMINHA, Marina Gusmão; CAMINHA, Renato Maiato e Cols. Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys, 2011, p.13-30.

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FRIEDBERG, Robert D.; McCLURE, Jessica M.; GARCIA, Jolene H. Técnicas de terapia cognitiva para crianças e adolescentes: ferramentas para aprimorar a prática. Porto Alegre: Artmed, 2011.

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GINSBURG, Golda S.; SCHLOSSBERG, Margaret C. Family-based treatment of childhood anxiety disorders. International Review of Psychiatry, 14, 143-154,2002. In STALLARD, Paul. Guia do terapeuta para os bons pensamentos – bons sentimentos: utilizando a terapia cognitivo-comportamental com crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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STALLARD, Paul. Ansiedade: Terapia cognitivo-comportamental para crianças e jovens. Porto Alegre: Artmed, 2010.

STALLARD, Paul. Guia do terapeuta para os bons pensamentos – bons sentimentos: utilizando a terapia cognitivo-comportamental com crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2007.

[1] Pós-graduada em Saúde Mental e em Terapia Cognitivo Comportamental; Graduada em Psicologia.

[2] Orientador.

Enviado: Julho de 2020.

Aprovado: Janeiro de 2021.

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Andressa de Oliveira Monteiro

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