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Ações preventivas da doença periodontal em crianças com Síndrome de Down – revisão qualitativa de literatura

RC: 147753
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/odontologia/doenca-periodontal-em-criancas

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

DANTAS, Karoline Dos Santos [1], LIMA JUNIOR, Washington Rocha de [2], MENDONÇA, Lucas Francisco Arruda [3], MEIRA, Gabriela De Figueiredo [5], SALES-PERES, Silvia Helena de Carvalho [5], VAREJÃO, Livia Coutinho [6]

DANTAS, Karoline Dos Santos. et al. Ações preventivas da doença periodontal em crianças com Síndrome de Down – revisão qualitativa de literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 08, Vol. 04, pp. 78-94. Agosto de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/odontologia/doenca-periodontal-em-criancas, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/odontologia/doenca-periodontal-em-criancas

RESUMO

Pacientes com Síndrome de Down SD possuem alterações sistêmicas como doenças cardíacas congênitas, limitações intelectuais, envelhecimento precoce, alterações endócrinas e manifestações na cavidade bucal. Objetivo: promover o conhecimento para o profissional odontopediatra no âmbito das abordagens preventivas para evitar a doença periodontal em crianças com SD. Metodologia: foi realizado uma revisão qualitativa exploratória de literatura nas bases de dados: Google Acadêmico, Scielo, Lilacs, PubMed, Scielo Org e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados: foram selecionados 15 artigos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Conclusão: Abordagens preventivas educativas deverão ser priorizadas no atendimento odontológico de crianças com SD, tendo em vista essa população está mais sujeita ao desenvolvimento da doença periodontal devido suas alterações orais associadas a suas dificuldades de higiene bucal.

Palavras-chaves: Abordagens preventivas, Odontopediatria, Alterações orais, higiene bucal.

1. INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down (SD) possui causa genética determinada por uma falha na distribuição dos cromossomos no decorrer da divisão celular do embrião, ocorrendo na grande maioria em uma trissomia do cromossomo 21 (COELHO, 2016). Pacientes com SD possuem 47 cromossomos nas suas células, sendo que o comum é possuir 46. Vale salientar que a doença não possui cura e não evolui (KOZMA, 2015, p.43).

No Brasil, a cada 700 crianças nascidas, uma nasce com SD, independente de gênero, raça ou condição social, as manifestações clínicas ocorrem em vários estágios, podendo ser sutil, moderada e com uma menor frequência, grave e profunda (FALCÃO et al., 2019). Essas pessoas possuem características físicas como: olhos amendoados, hipotonia muscular, pacientes também apresentam baixa estatura, na boca apresentam macroglossia, língua fissurada, anodontia, hipodontia, dentes irregulares (VILELA et al., 2018).

Além das alterações físicas, é comum que em pacientes com SD exista alterações sistêmicas como cardiopatias congênitas, envelhecimento precoce e alterações endócrinas associadas a alterações psicológicas ligadas a limitação intelectual, além das manifestações na cavidade bucal, devido as dificuldades de higienização no momento da escovação e falta de utilização do fio dental. Diante disto, é importante compreender e evidenciar a necessidade de uma abordagem precoce do cirurgião-dentista ou odontopediatra nas manifestações de doenças que podem acometer o periodonto desses pacientes (HALBERSTARDT; MORAES; SOUZA, 2020).

É de grande importância, estimular as consultas odontológicas na assistência à criança com SD, garantindo prevenção de doenças de origem bucal, colocando-as como prioridade igualmente aos cuidados médicos indicados a esses pacientes (OLIVEIRA; JUNIOR, 2017; VILELA et al., 2018).

Assim, o objetivo geral do presente estudo é promover o conhecimento aos profissionais odontopediatras no âmbito das abordagens preventivas das manifestações da doença periodontal em crianças com SD.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória das publicações existentes sobre a temática. Foram utilizados artigos publicados no Google acadêmico, Scielo, LILACS, PubMed, Scielo Org e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nos últimos 10 anos. Também foram incluídas publicações e orientações pelo Ministério da Saúde e protocolos publicados pela Associação americana de Odontopediatria (AAPD) e Associação brasileira de odontopediatria (ABOPED). Os idiomas considerados para publicação foram o português e inglês. Os descritores utilizados foram: doença periodontal, Síndrome de Down, odontopediatria, crianças; tendo como base os descritores de ciências da saúde DeCS/MeSH, com os operadores booleanos AND ou OR.

Para um melhor desenvolvimento da pesquisa, foram excluídos trabalhos que envolviam indivíduos maiores que 12 anos.

3. REVISÃO

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME DE DOWN

O Ministério da Saúde (2013) descreve a Síndrome de Down ou trissomia 21 como uma condição humana genética, sendo uma alteração cromossômica comum entre humanos, sendo a maior responsável por deficiência intelectual. Sua ocorrência é relacionada a uma mudança no número de cromossomos do par 21, em razão a um erro no momento da separação de uma célula dos genitores, ocasionando na manifestação de um cromossomo extra (VILELA et al., 2018).

A SD foi relatada a primeira vez no século XIX, mas, acredita-se que essa condição esteja presente desde os homens da antiguidade, dado referências arqueológicas, esculturas e desenhos dos Olmecas (PIETRICOSKI; DELLA JUSTINA, 2020). Vilela et al., (2018) destaca que pacientes com SD apresentam uma maior mortalidade quando comparados a população geral, embora suas expectativas de vida tenham aumentado desde a metade do século XX, com os avanços tecnológicos na área da saúde.

O diagnóstico de SD é feito através da observação clínica dos sinais e sintomas, onde a confirmação da hipótese diagnóstica é realizada pelo exame cromossômico. É importante salientar que não se trata de uma doença, logo, não possui cura ou tratamento (OLIVEIRA; JUNIOR, 2017; LIMA et al., 2018).

Os pacientes geralmente apresentam deficiência intelectual, no desenvolvimento neuropsicomotor e na linguagem, problemas respiratórios, tendência a obesidade, alterações neurológicas e no sistema estomatognático (HALBERSTARDT; MORAES; SOUZA, 2020). Características comuns são: cabeça grande, mãos pequenas, nariz pequeno, pescoço curto, geralmente apresenta descamação na pele, estrabismo, catarata e hipotonia muscular (DRAGO; DIAS, 2017).

Os problemas bucais mais citados são: lábios cindidos, mandíbula e boca pequenas, palato duro ogival, língua cindida, a posição da língua em posição posterior produzindo uma força irregular nos dentes posteriores, bruxismo, dentes menores e agenesias (FALÇÃO et al., 2019).

3.2 CRIANÇAS COM SD E MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL

Crianças com SD dispõem de uma maior prevalência de doença periodontal, mesmo quando são comparadas com indivíduos com outras deficiências como: paralisia cerebral ou espectro autista (FERREIRA et al., 2016). Alguns fatores cooperam para o desenvolvimento desses problemas bucais, que vão desde limitações físicas e mentais consorciadas a problemas para a realização de higienização bucal que quando somada a uma dieta rica em carboidratos favorecem para o surgimento da doença periodontal (SANTOS; POHLMANN, 2020).

Os autores Filho, Santos e Vettore (2014) explicam que a doença periodontal e a cárie são consideradas as doenças bucais com as maiores prevalências no mundo, de acordo com a concepção da saúde pública, ocasionam danos relevantes no bem-estar das pessoas que são afetadas. Isso acontece porque o periodonto é responsável por fornece o suporte essencial para as funções básicas do dente, de forma que seu comprometimento diminui a qualidade de vida dos indivíduos por levar a perda dentária, dor e sensibilidade (BELEGOTE et al., 2018).

A doença periodontal apresenta caráter multifatorial, desenvolvendo-se por uma relação entre o sistema autoimune, associado a fatores genéticos, ambientais e comportamentais (FONSECA, 2021). Pessoas com SD manifestam uma maior ocorrência de doenças periodontais devido a imunossupressão ocasionada pela SD (LIMA et al., 2018).

3.3 PAPEL DA ODONTOPEDIATRIA NO CUIDADO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Pacientes com SD apresentam complicações significativas sendo necessário a presença de profissionais que estejam disposto a trabalhar de forma coletiva, a fim de formar uma equipe multidisciplinar/interdisciplinar para o melhor tratamento. (MARINHO, 2018). O atendimento fornecido por um profissional a uma criança com SD precisa ter um olhar global visando a resolução e prevenção de problemas orais (HALBERSTARDT; MORAES; SOUZA, 2020).

O profissional ao realizar um tratamento odontológico aos pacientes com SD necessita se preocupar com a situação básica pelo qual esse paciente se encontra. Dessa forma, deve-se fazer a adequação psicológica dele ao tratamento a ser realizado e conhecer bem o paciente por meio da realização de uma anamnese minuciosa para não prejudicar a homeostase do paciente (VILELA et al., 2018).

De encontro a isso, o Ministério da Saúde (2019) relata que as ações de prevenção da doença periodontal são aquelas com maior ênfase e relevância para as pessoas com deficiência, devendo ser sempre recomendadas aos responsáveis e cuidadores a partir do nascimento do paciente sindrômico.

Falcão et al., (2019) evidenciam que assim que possível, o tratamento odontológico de pacientes com SD deve ser iniciado visando uma prevenção de possíveis problemas periodontais e seja realizado a orientação dos pais quanto os possíveis riscos de desenvolvimento de periodontite e cárie.

Indo além, em caso de pacientes com SD não colaborativos, visando o seu melhor manejo, o cirurgião dentista pode utilizar medicamentos sedativos, ansiolíticos, anticonvulsivantes (BRASIL, 2019).

Tabela 1: Atenção em saúde bocal em pessoas com deficiência

IDADE
RECOMENDADO NÃO-RECOMENDADO
0 a 6 anos ·         Consulta com o dentista aos 3 anos;

·         Remenda-se aleitamento exclusivo;

·         Utilização de mamadeiras e chupetas;

·         Alimentos com adição de açucares.

2 a 4 anos ·         Deve ser realizado escovação por um adulto, com uma quantidade pequena dentifrício fluoretado, conhecido popularmente como flúor. ·         Não permitir que a criança ingira a pasta dental, estimulando que ela cuspa.
6 a 12 anos ·         Ocorre o surgimento dos primeiros e segundo molares.

·         Importante realizar escovação de forma transversal, ou seja, em movimentos circulares para retirada do biofilme interdental.

·         Utilizar fio dental para retirada do biofilme interdental.

·         Em casos de dificuldade motora é necessário escova adaptada ou ajuda de um cuidador.
Adolescente/Jovem ·         Ocorre o surgimento dos primeiros e segundo molares.

·         Importante realizar escovação de forma transversal, ou seja, em movimentos circulares para retirada do biofilme interdental.

·         Utilizar fio dental para retirada do biofilme interdental.

·         Em casos de dificuldade motora é necessário escova adaptada ou ajuda de um cuidador.
Todas as idades ·         Importante a realização correta da higienização bucal, direcionada por um profissional. ·         Consumir uma enorme quantidade de alimentos que facilitem a cárie e doenças periodontais, alimentos in natura e processados.

Fonte: Adaptado do Guia de atenção à saúde bucal da pessoa com deficiência, 2019.

O atendimento a pacientes com SD solicita dos profissionais cautela e cuidado maior, tendo em vista as dificuldades de condicionamento durante o atendimento, sendo necessário uma atenção não só do profissional, mas também da família e da escola (GUIMARÃES; BRAMBILLA, 2019).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

            Após a realização da busca bibliográfica foram selecionados 15 artigos baseados nos critérios de inclusão, sendo apresentados na (TABELA 2).

Tabela 2:Levantamento da bibliográfico utilizado nesta pesquisa de acordo com as bases de dados do Google Acadêmico, Scielo, Lilacs, PubMed, Scielo Org e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)

DESCRITORES UTILIZADOS TRABALHOS PRÉ-SELECIONADOS TRABALHOS SELECIONADOS
Doença periodontal 9 4
Síndrome de Down 8 3
Doença periodontal e Síndrome de Down 10 3
Odontopediatras e doença periodontal 12 5

Fonte: Autores, 2023.

As referências empregadas no desenvolvimento desta pesquisa são artigos em português, todas as obras discutidas passaram por uma análise para desta forma reduzir os materiais disponíveis nas bases de dados. Além dos artigos, também foram considerado teses, monografias além das referências citadas no site do Ministério da Saúde, que um órgão executivo federal com responsabilidade de elaborar e organizar planos e políticas com o objetivo de promover, prevenir e auxiliar na saúde dos brasileiros (BRASIL, 2022).

Para responder a problemática desta pesquisa que consistiu em: Compreender e evidenciar a importância de uma abordagem precoce do profissional de odontopediatra nas manifestações de doença periodontal em crianças com Síndrome de Down, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica com a intenção de descrever essas atuações profissionais. Na finalidade de melhorar a compreensão desta pesquisa e foi elaborada uma tabela com os materiais bibliográficos utilizados, sendo apresentados (TABELA 3) em ordem alfabética, seguindo os nomes dos autores, títulos, metodologia, conclusão e ano de publicação do artigo:

Tabela 3:Principais artigos utilizados para a construção desta pesquisa

AUTOR TÍTULO OBJETIVO METODOLOGIA CONCLUSÃO ANO
ANTONINI, R.¹ et al.

 

Fisiopatologia da doença periodontal Realizar uma revisão na literatura a respeito da fisiopatologia da doença periodontal, observando, baseado nos artigos científicos. O trabalho é baseado no estudo de revisão bibliográfica. A pesquisa concluiu que a existência de bactérias ocasiona diretamente nas condições periodontal, ocasionando a instalação e a progressão da doença.

 

2013
BELEGOTE, I.  S.¹ Tratamento de doença periodontal com ozônio.

 

Revisar a utilização do ozônio no tratamento de doenças periodontais. Uma revisão bibliográfica nas bases de dados. Conclui-se que a ozonoterapia na odontologia pode trazer inúmeros benefícios, como no tratamento de doenças relacionadas ao periodonto. 2018
COELHO, C.¹  A síndrome de Down Teve como objetivo caracterizar a síndrome de Down. Uma abordagem de pesquisa bibliográfica é utilizada neste trabalho.

 

 

O tratamento e acompanhamento deve abranger a família das pessoas com SD, a fim de maximizar e generalizar os procedimentos de aprendizagem e estimular as abordagens de forma coerente. 2016
DRAGO, R.¹; DIAS, I. R.²

 

O bebê com síndrome de Down na educação infantil: um estudo de caso Descrever o processo de inclusão de um bebê com síndrome de Down matriculado numa escola comum de Educação Infantil. Estudo de caso sócio-histórico, utilizando observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise documental como procedimentos de produção de dados. O paciente com síndrome de Down tem características típicas de um acidente cromossômico que causa a síndrome de Down. 2017
FALCÃO, A. C. S. L. A.¹; et al. Síndrome de Down: abordagem odontopediatria na fase oral Identificar os principais achados bucais e os riscos à saúde encontrados em crianças na fase oral de desenvolvimento, portadoras de Síndrome de Down, e as orientações específicas ao tratamento odontológico. Foi realizada uma revisão na literatura com uma abordagem qualitativa, que teve como instrumento de pesquisa as seguintes bases de dados: Lilacs, Biremee Scielo, na busca de artigos em português publicados entreosanosde1999a2016. A abordagem da odontologia ainda na fase oral é essencial, considerando os aspectos onde somente o CD cientificamente embasado atende de forma integral e humanizada todas as necessidades relacionadas à saúde bucal dessas crianças, enfatizando medidas de promoção da saúde, bem como preventiva. 2019
FERREIRA, R.¹ et al. Promoção de Saúde Bucal e Síndrome de Down: inclusão e qualidade de vida por meio da extensão universitária Identificar as percepções de pais e/ou responsáveis sobre a saúde bucal e em seguida formular um manual sobre escovação dentária, além de encontrar recursos lúdicos de manejo comportamental para o paciente com SD. O estudo contou com 15 pacientes SD com idades entre 3 e 16 anos, com seus pais/cuidadores da Associação de Pais e Amigos de Pessoas com SD de Lençóis Paulista -SP (Brasil). A pesquisa evidenciou que por meio da música, os participantes com SD aceitar a me adotara, mas instruções de higiene bucal de forma mais eficaz. 2016
FILHO, P. A.¹;

SANTOS, R. V.²; VETTORE, M. V.³

 

Fatores associados a cárie dental e doença periodontal em indígenas na América Latina: revisão sistemática Identificar fatores associados à cárie e às doenças periodontais em populações indígenas na América Latina. A pesquisa foi realizada nos meses de janeiro-fevereiro de 2012 onde foram utilizados de dados eletrônica: MEDLINE/PubMed; Scopus. Analisando os artigos considerados suficientes, pode-se concluir que o aumento da idade e do sexo são possíveis fatores relacionados à reprodução, cárie e doença periodontal nas etnias Guarani e Xavante no Brasil. 2014
GUIMARÃES, B. R. M.¹; BRAMBILLA, M. B.² Estudo salivar em paciente com síndrome de down na odontopediatria. Abordar o assunto Síndrome de Down na odontopediatria, com ênfase em realizar a coleta salivar para examinar a quantidade e o tipo de microrganismos presentes A pesquisa é baseada na realização de um estudo de caso clínico. Os resultados obtidos revelaram que uma criança com Síndrome de Down, menor colonização oral dada essa quantidade UFC em meio BHI foi menor do que em paciente não sindrômico. 2019
HALBERSTADT, B F.¹; MORAES, A. B.²; SOUZA, A. P. R.³.

 

Síndrome de Down: funcionalidade e histórico terapêutico da criança, adaptação e desempenho ocupacional dos pais. O objetivo desta pesquisa foi analisar a funcionalidade de crianças

com Síndrome de

Down

(SD) nas áreas de mobilidade, autocuidado e

função social em relação ao histórico terapêutico da criança.

 

Para a construção da pesquisa foi utilizada uma ficha de Avaliação Pediátrica de Incapacidade, conhecida como Medida Canadense de

Desempenho Ocupacional.

Trinta pais de crianças com SD participaram do evento.

Problemas na área de produtividade são apresentados pelo desempenho ocupacional dos pais. Lidar como diagnóstico é difícil para estes.O desenvolvimento da criança é influenciado pelos pais e pelas atividades de lazer. 2020
LIMA, J. F.G.¹ et al.

 

Manifestações orais e tratamento odontológico do paciente portador da Síndrome de Down. Descrever as alterações bucais possíveis de acometer um portador da Síndrome de Down (SD). Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, baseado em uma revisão bibliográfica. Os portadores da síndrome apresentam muitas alterações imunológicas estruturais e funcionais que aumentaram controle de placa inadequado devido à higiene oral ineficaz devido a limitações de mobilidade. 2018
MARINHO, M. F. S.¹

 

A intervenção fisioterapêutica no tratamento motor da síndrome de down: uma revisão bibliográfica. Mostrar a atuação do fisioterapeuta e sua importância no desenvolvimento da criança portadora de síndrome de Down. O presente artigo foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Medline, Lilacs, Scielo e Google Acadêmico, onde foi feita uma leitura de livros, revistas e artigos. O tratamento da fisioterapia na síndrome de Down é prioritariamente motora e o fisioterapeuta deve saber que existem terapias alternativas como a equoterapia que pode facilitar o seu tratamento para com seu paciente. 2018
OLIVEIRA, R. M. B.¹; JUNIOR, P. A. A.²

 

Sensibilização para o cuidado em saúde bucal em pacientes com Síndrome de Down Sensibilizar profissionais e acadêmicos da área da saúde para os cuidados necessários, possibilitando reduzir preconceitos e ampliar o acesso do portador da Síndrome de Down ao tratamento odontológico. Este estudo realizou uma revisão bibliográfica tendo como base uma pesquisa qualitativa descritiva, baseada em livros e artigos. Dessa forma é possível um atendimento mais adequado a respeito das melhorias na qualidade de vida dos pacientes com Síndrome de Down. 2017
PIETRICOSKI, L. B.¹; DELLA JUSTINA, L. A.²

 

História da construção do conhecimento sobre a Síndrome de Down no século XIX e início do século XX Analisar e compreender a construção do conhecimento acerca da

Síndrome de Down, com base principalmente nos trabalhos de John Langdon Down e suas

repercussões no século XIX e início do século XX.

 

Está pesquisa se enquadra como descritiva, baseada em um estudo da história da ciência, para isso realizou-se principalmente fontes primárias e também utilizamos fontes secundárias e terciárias sobre a Síndrome de Down. Percebeu-se que as suas anotações foram apoiadas por outros pesquisadores

Contribuindo assim para o

processo inicial da construção do conhecimento sobre a Síndrome de Down.

 

2020
VILELA, J. M. V. ¹; et al. Características bucais e atuação do cirurgião-dentista no atendimento de pacientes portadores de Síndrome de Down.

 

Revisar a literatura com o intuito de descrever e caracterizar as condições que mais acometem os portadores dessa síndrome Está pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa. Este trabalho concluiu que a qualidade de vida dos pacientes com SD melhorou com o passar do tempo. 2018

Fonte: Autores, 2023.

É de grande relevância evidenciar a importância do profissional no atendimento de pacientes com SD, tendo em vista a assistência realizada a esses pacientes influenciar diretamente em suas qualidades de vida. Sabe-se também que a orientação oferecida aos familiares fortalece ainda mais na prevenção de doenças bucais nesses pacientes.

Os autores Santos e Pohlmann (2020) em seu trabalho concluíram que os problemas na região oral podem ser ocasionados por diversos fatores e a limitação física e mental dos pacientes com SD que auxiliam para o aumento no desenvolvimento da doença. Ao encontro disso, Falcão et al., (2019) evidenciou em sua pesquisa que a melhor forma de fornecer um tratamento adequado para pacientes com SD é quando se identifica a doença periodontal e se inicia rapidamente o tratamento, para dessa forma prevenir possíveis infecções mais severas.

Além disso, crianças com Síndrome de Down apresentam muita resistência diante do tratamento odontológico, seja pelo medo do dentista, ou por dificuldades em manter a boa higienização bucal em casa, pela falta de habilidade manual para realizar a escovação dental e utilização do fio dental, o que leva ao aumento do acúmulo de biofilme que se calcifica formando o tártaro e inflamando a gengiva, comprometendo dessa forma sua saúde periodontal.

Vale destacar que devido ao pouco desenvolvimento do osso maxilar, associado ao palato profundo, macroglossia e hipotonia muscular, pacientes com SD comumente respiram pela boca e tem seus dentes maus posicionados e apinhados, o que favorece para o acúmulo de placa bacteriana na superfície dental e piora do quadro de gengivite e cáries. Diante disso, a SD indiretamente devido suas alterações na estrutura musculoesquelética facial, aumenta a propensão ao desenvolvimento de doença periodontal.

5. CONCLUSÃO

Pacientes com SD apresentam uma alta prevalência de doença periodontal. Desse modo, prevenir as doenças bucais é de extrema importância para a manutenção de sua saúde, por meio da assistência periodontal, como profilaxias e raspagens, e promoção de conhecimento e ações voltadas para educar, contando sempre com o apoio dos cuidadores e da família. Os profissionais que tratam pacientes com essa síndrome necessitam estarem sempre atualizados e envolvidos em diversificar e melhorar as abordagens utilizadas a fim de fornecer um atendimento diverso e individualizado a cada paciente e suas alterações orais.

REFERÊNCIAS

ANTONINI, Rafaela et al. Fisiopatologia da doença periodontal. Inova Saúde, v. 2, n. 2, 2013.

BELEGOTE, Isadora da Silveira. Tratamento de doença periodontal com ozônio. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. Vol.23, n.2. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 1. Ed. Brasília. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de atenção à saúde bucal da pessoa com deficiência.  Secretaria de Atenção Especializada à Saúde Departamento de Atenção Especializada e Temática Secretaria de Atenção Primária à Saúde Departamento de Saúde da Família. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Políticas de Promoção da Equidade em Saúde. 2022. Disponível em: <https://aps.saude.gov.br/ape/equidade>. Acesso em: 18 mar. 2022.

COELHO, Charlotte. A síndrome de Down. Psicologia. pt, p. 1-14, 2016.

DRAGO, Rogério; DIAS, Israel Rocha. O bebê com síndrome de Down na educação infantil: um estudo de caso. Revista Educação Especial, v. 30, n. 58, p. 515-528, 2017.

FERREIRA, Raquel et al. Promoção de Saúde Bucal e Síndrome de Down: inclusão e qualidade de vida por meio da extensão universitária. Odonto, v. 24, n. 48, p. 45-53, 2016.

FILHO, Pedro Alves; SANTOS, Ricardo Ventura; VETTORE, Mario Vianna. Fatores associados a cárie dental e doença periodontal em indígenas na América Latina: revisão sistemática. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 35, p. 67-77, 2014.

FALCÃO, Ana Carolina de Souza Leitão Arruda et al. Síndrome de Down: abordagem odontopediátrica na fase oral. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, v. 31, n. 1, p. 57-67, 2019.

FONSECA, Jenifer Diana Souza da. Tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com síndrome de Down com doença periodontal: avaliação de duas citocinas inflamatórias. DSpace Repository. 2021.

GUIMARÃES, Barbara Rabelo Machado; BRAMBILLA, Mariah Barrancos. Estudo salivar em paciente com síndrome de down na odontopediatria. Dspace Uniube. 2019.

HALBERSTADT, Bianca Fraga; MORAES, Anaelena Bragança de; SOUZA, Ana Paula Ramos de. Síndrome de Down: funcionalidade e histórico terapêutico da criança, adaptação e desempenho ocupacional dos pais. Saúde e pesqui.(Impr.), p. 809-819, 2020.

KOZMA, Chahira. A síndrome de Down. Aspectos médicos y psicopedagógicos, p. 43, 2015.

LIMA, Juçara Formiga Guerra et al. Manifestações orais e tratamento odontológico do paciente portador da Síndrome de Down. Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário São José, v. 11, n. 1, 2018.

MARINHO, Matheus Falcão Santos. A intervenção fisioterapêutica no tratamento motor da síndrome de down: uma revisão bibliográfica. Revista Campo do Saber, Volume 4 – Número 1. 2018.

OLIVEIRA, Rafaella Monçores Barbosa; JUNIOR, Paulo André de Almeida. Sensibilização para o cuidado em saúde bucal em pacientes com Síndrome de Down. Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário São José, v. 10, n. 2, 2017.

PIETRICOSKI, Luciana Borowski; DELLA JUSTINA, Lourdes Aparecida. História da construção do conhecimento sobre a Síndrome de Down no século XIX e início do século XX. Research, Society and Development, v. 9, n. 6, p. e165963574-e165963574, 2020.

SANTOS, Pedro Custódio Damásio; POHLMANN, Murillo Jorge de Carvalho; CAMARGO, Murilo Reis. A importância do cirurgião-dentista e dos responsáveis na manutenção da saúde bucal de portadores da Síndrome de Down. Revista Saúde Multidisciplinar, v. 7, n. 1, 2020.

VILELA, Jaynne Mayse Viana et al. Características bucais e atuação do cirurgião-dentista no atendimento de pacientes portadores de Síndrome de Down. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-PERNAMBUCO, v. 4, n. 1, p. 89-89, 2018.

[1] Graduando De Odontologia. ORCID: https://Orcid.Org/0009-0001-4669-404X.

[2] Graduando De Odontologia. ORCID: https://Orcid.Org/0009-0006-6431-9215.

[3] Mestrado Em Andamento Em Biologia Oral. ORCID: https://Orcid.Org/0000-0002-8775-3405. Currículo Lattes: //Lattes.Cnpq.Br/8279645085809212.

[4] Doutora Em Odontopediatria. ORCID: https://Orcid.Org/0000-0002-8285-8769. Currículo Lattes: Http://Lattes.Cnpq.Br/3710771916871688.

[5] Pós-Doutorado Em Odontologia Social E Preventiva Na Fop- Unicamp. ORCID: https://Orcid.Org/0000-0003-3811-7899. Currículo Lattes: Http://Lattes.Cnpq.Br/4138932339266553.

[6] Orientadora. Especialização Em Pacientes Com Necessidades Especiais; Aperfeiçoamento Em Laserterapia Oncológica, Aperfeiçoamento Em Odontologia Na Unidade De Terapia Intensiva; Graduação Em Odontologia. ORCID: https://Orcid.Org/0000-0001-6789-4203. Currículo Lattes: Http://Lattes.Cnpq.Br/5734942001165720.

Enviado: 18 de maio, 2023.

Aprovado: 20 de junho, 2023.

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Washington Rocha de Lima Júnior

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