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Deslizamentos De Terra E Rocha: Impactos Ambientais E Sociais, Como Prevenir

RC: 29073
2.936
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/meio-ambiente/deslizamentos-de-terra

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

FERREIRA, Robson Soares [1], FARIAS, Adrielle Soares [2], CHAVES, Maria de Nazaré Costa [3], COSTA, Mariana Domiciano [4], SOUZA, Nayara Benigna Nascimento [5], PINHEIRO, Neliane Laurenço [6], MOURA, Victor Gabriel C. de [7]

FERREIRA, Robson Soares. Et al. Deslizamentos De Terra E Rocha: Impactos Ambientais E Sociais, Como Prevenir. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 04, Vol. 04, pp. 94-101 Abril de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

O presente artigo tem por finalidade apresentar uma reflexão sobre os impactos do deslizamento de terras e rochas causadas principalmente pelo processo de urbanização e ocupação indevida do solo, bem como propostas de utilização segura do solo de forma a garantir a segurança das pessoas e sustentabilidade do solo. O deslizamento de terras e rochas são de suma importância no desenvolvimento dos grandes centros urbanos, por outro lado, vem causando diversos impactos na degradação do solo, sendo necessários uma gestão e planejamento melhores para que sejam evitados e minimizados os impactos ambientais e diversos acidentes e mortes de pessoas.

Palavras-chaves: Rochas, pessoas, sustentabilidade, solo.

INTRODUÇÃO

Deslizamentos de terra são classificados como ‘’movimentos de massa’’, sendo que esse processo se dá pelo desprendimento e transporte do solo ou das rochas. Também fazem parte do andamento natural da formação da terra e são associados a fenômenos naturais como a variação climática (CAROLINE FARIA, 2006).

Esse fenômeno ocorre em locais onde há ocupação humana, não pode ocorrer em outro lugar? Sem pessoas? Podendo levar tudo que há em seu caminho, mas há soluções preventivas para que tal situação seja evitada.

Esse artigo tem como finalidade apresentar alternativas para que a população saiba como evitar ou prevenir para que não haja deslizamentos de terra. Como justificativa, buscou-se falar sobre o tema, devido à preocupação com a degradação do solo através do alto índice de impermeabilização existente advindo do processo acelerado de urbanização dos grandes centros urbanos.

O presente artigo vem destacar os impactos causados pela impermeabilização do solo e apontar estratégias de substituição aos métodos atuais em prol da preservação do meio ambiente, buscando uma utilização consciente a fim de minimizar os danos.

O tema escolhido aborda os deslizamentos de terra e rocha que pode trazer risco de morte, além de prejuízos econômicos para a população e para o poder público. Com isso, esse trabalho tem como meio mostrar a importância de conscientizar a população desses riscos e de como podem colaborar para que as tragédias decorrentes do deslizamento sejam evitadas. O Brasil é considerado muito suscetível aos movimentos de massa devido às condições climáticas marcadas por verões de chuvas intensas em regiões de grandes maciços montanhosos (GUIMARÃES, 2008). Nos centros urbanos os movimentos de massa têm tomado proporções catastróficas (SEPÚLVEDA, 2015). Atividades humanas como cortes em talude, aterros, depósitos de lixo, modificações na drenagem, desmatamentos, entre outras, têm aumentado a vulnerabilidade das encostas para a formação desses processos (FERNANDES, 2001). Essa condição é agravada, principalmente, quando ocorrem ocupações irregulares, sem a infraestrutura adequada, em áreas de relevo íngreme.

Deste modo, considerando os mecanismos específicos e os diferentes materiais envolvidos, os movimentos de massa, figura 1, são classificados em quatro tipos principais: Quedas/Tombamentos/Rolamentos; Deslizamentos/Escorregamentos; Fluxo de Detritos e lama; e Subsidência e Colapsos (HIGLAND, 2008) e (IPT, 1991).

Figura 1: Principais tipos de movimento de massa

Fonte: http://www.aegweb.org/?page=landsubsidence

Quedas são movimentos em queda livre de fragmentos rochosos (de volumes variáveis) que se desprendem de taludes íngremes. Quando um bloco rochoso sofre um movimento de rotação frontal para fora do talude o movimento de massa é classificado como Tombamento. Rolamentos são movimentos de blocos rochosos ao longo de encostas que geralmente ocorrem devido aos descalçamentos.

Deslizamentos ou Escorregamentos são movimentos de solo e rocha que ocorrem em superfícies de ruptura. Quando a superfície de ruptura é curvada no sentido superior (em forma de colher) com movimento rotatório em materiais superficiais homogêneos, o movimento de massa é classificado como Deslizamento Rotacional. Quando o escorregamento ocorre em uma superfície relativamente plana e associada a solos mais rasos, é classificado como Deslizamentos Translacionais.

Os Fluxos de Lama e Detritos, também chamados Corridas de Massa, são movimentos de massa extremamente rápidos e desencadeados por um intenso fluxo de água na superfície, em decorrência de chuvas fortes, que liquefaz o material superficial que escoa encosta abaixo em forma de um material viscoso composto por lama e detritos rochosos. Esse tipo de movimento de massa se caracteriza por ter extenso raio de ação e alto poder destrutivo.

Subsidência e Colapsos são movimentos de massa caracterizados por afundamento rápido ou gradual do terreno devido ao colapso de cavidades, redução da porosidade do solo ou deformação de material argiloso.

Uma visualização dos quatro tipos de movimentos de massa pode ser visto na figura 2.

Figura 2: Tipos de Movimento de Massa

Fonte: https://www.cemaden.gov.br/deslizamentos/

OBJETIVO

O presente artigo visa conscientizar e informar a população residente em áreas de riscos os impactos e das técnicas que podem ser usadas para evitar os possíveis deslizamentos de terra e rocha; identificando os impactos provocados pelos deslizamentos, e demonstrando que o plano de desenvolvimento urbano deve conter os riscos relacionados ao deslizamento de terra e rocha.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE DESLIZAMENTOS DE TERRA

O deslizamento de terra é um tipo conhecido de movimentos de massa, em processo de declive que envolve o transporte e desprendimento do solo ou material rochoso. Causam danos matérias e sociais e, geralmente ocorre em área de relevo acidentado, das quais foram removidas as coberturas vegetais que são responsáveis pela contextura do solo que impede, através das raízes, o escoamento das águas. Esses fenômenos sejam naturais ou antrópicos, causam problemas imediatos para a população e ao meio ambiente. Nesse caso, figura 3, o deslizamento prejudicou tráfego nessa região causando rachaduras e buracos no asfalto e também quedas de árvores.

Os principais fatores que influenciam na ocorrência de deslizamentos são: o solo, a declividade da encosta e a água de embebição. As várias classificações de diferentes tipos de deslizamentos estão associadas a mecanismos específicos de falhas em taludes.

Figura 3: Deslizamento de Terra na Rodovia na RS-324 – Rio Grande do Sul

Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/transito/noticia/2015/10/deslizamento-de-terra-fecha-parcialmente-rodovia-do-rs-veja.html.

As causas dos movimentos de massa podem ser dividas em externas e internas. As externas são solicitações que provocam um aumento das tensões cisalhantes sem que haja um aumento da resistência ao cisalhamento do material da encosta. Essas solicitações estão relacionadas ao aumento da declividade da encosta por processos de erosão ou escavações feitas pelo homem ou a deposição de material na parte superior da encosta (BECKER, 2014) Apud (Vasconcelos, 2015).

Os principais pontos importantes e a conscientização sobre deslizamentos de terras e rochas são:

  • Conscientizar a população que a área que estão utilizando, conforme figura 2, possuem muitos riscos e, informá-los, através dos diversos meios de comunicação, que a área ocupada é imprópria para moradia e que o solo não suporta o excesso de peso da habitação.
  • Demonstrar os sinais que ocorre quando um deslizando de terra está para acontecer, tais como: aparecimento de fendas, depressões do terreno, rachaduras nas paredes das casas, inclinação de troncos de arvores e postes e o surgimento de minas D’agua. Lembrando que caso ocorra algum desses sinais a defesa civil deve ser acionada.
  • Elaborar um estudo junto com os órgãos municipais competentes de toda a área ocupada indevidamente com intuído de buscar uma melhor solução que minimize os danos que podem ocorrer através do deslizamento de terra e evitando que áreas de encostas sejam ocupadas.

O crescimento da população, o desenvolvimento das cidades sem o devido planejamento (plano diretor) e fiscalização, a falta de recursos em áreas mais distantes dos centros (saneamento básico, eletricidade, transporte, saúde, etc.) unido à organização social desigual de nossa sociedade, levam cada vez mais à ocupação de áreas impróprias, ou seja, áreas mais susceptíveis aos desastres naturais. A população residente destas áreas de risco sofre com desastres, figura 4, ocasionados pela coexistência de fatores como alta declividade das encostas, elevados índices pluviométricos, feições geomorfológicas, geológicas e geotécnicas e ações antrópicas sobre o meio físico. Na situação atual, esse quadro está distante de ser revertido. Ainda persistirá por vários anos condições impulsionadoras de ocupações de áreas tecnicamente impróprias a habitação. (MENDONÇA & PINHEIRO, 2012) Apud (Vasconcelos, 2015).

Figura 4: Deslizamento em Nova Friburgo (RJ) em 2011

Fonte: https://www.resumoescolar.com.br/geografia/deslizamento-de-terra

O governo Federal lançou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais, conforme mostrado na figura 5, que prevê investimos de R$ 18,8 bilhões em ações articuladas de prevenção e redução do tempo de resposta a ocorrências. O objetivo é garantir segurança as populações que vivem em áreas suscetíveis a ocorrências de desastres naturais. As ações preventivas visam também preservar o meio ambiente e abrangem 821 municípios que respondem por 94% das mortes e 88% do total de desalojados e desabrigados em todo pais (PAC, 2018).

Figura 5: Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais

Fonte: www.planejamento.gov.br/apresentacoes/…2012/120808_plano_nac_risco_2.pdf

METODOLOGIA

Através de pesquisas bibliográficas faremos um projeto descritivo, com o intuído de evitar mais danos ao meio ambiente devido ao deslizamento de terras e rochas; esse projeto visa informar técnicas que podem ajudar a prevenir estes deslizamentos e, serão feitas pesquisas sobre algumas formas de mapear esses lugares de riscos, após isto informar a população sobre a ocorrência destes riscos, e das técnicas que podem ajudar a preveni-los, como: revegetação, e principalmente o uso de vegetação correta, não que não agregue água ao solo, entre outras, e informar tudo isso a população através de meio de comunicação.

CONCLUSÕES

Mediante o que foi pesquisado e apresentado concluímos que Deslizamento de Terras e Rochas acontece devido ao movimento de massas em processo de declive com o desprendimento do solo e de material rochoso, causando grandes prejuízos material e social.

Deslizamento ocorre, geralmente, em área de relevo acidentado onde não há cobertura de vegetação deixando o solo totalmente desprotegido. O deslizamento ocorre quando esses movimentos sucedem em lugares onde acontece a ocupação humana e as consequências podem ser catastróficas. Em uma circunstância de deslizamento, rodovias, casas inteiras e tudo que se encontrar no caminho podem ser arrastadas ladeira abaixou ou ser soterrado. O grande problema é que na maioria dos casos a situação poderia ser impedida e, as leis e normas para o planejamento da ocupação e uso do solo pode amenizar estes impactos ambientais, bem como acidentes e mortes de muitas pessoas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Lançado Plano Nacional para prevenção de desastres naturais. Pac, 2017. Disponível em: <http://www.pac.gov.br/noticia/c1619715>. Acesso em: 20 de mai. 2018.

CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Movimento de Massa. Disponível em: << https://www.cemaden.gov.br/deslizamentos/>>. Acesso em: 23 de mai. 2018.

FARIA, Caroline. Deslizamento de Terra. Disponível em: <https://www.infoescola.com/geologia/deslizamento-de-terra/>. Acesso em: 13 abr. 2018.

FERNANDES, N. F.; GUIMARÃES, F. RENATO; GOMES, R. A. TRANCOSO; JÚNIOR, OSMAR A. de CARVALHO. Condicionantes geomorfológicos dos deslizamentos nas encostas: avaliação de metodologias e aplicação de modelo de previsão de áreas susceptíveis. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 2, p. 51-71, 2001. ISSN 1.

GUIMARÃES, R.F.; CARVALHO JUNIOR, O.A.; GOMES, R.A.T.; FERNANDES, N.F. Movimentos de Massa. In: FLORENZANO, T. G. Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. Cap. 6, p. 159 – 184.

HIGHLAND, Lynn M.; BOBROWSKY, Peter. Manual de Deslizamento: Um Guia para a Compreensão de Deslizamentos. Virginia, v. 1, maio. 2008. Disponível em: <https://issuu.com/kledsong/docs/geomorfologia_o_manual_de_deslizame>. Acesso em: 22 mai. 2018.

IPT, I. D. P. T. Ocupação de Encostas. IPT. São Paulo. 1991. (n. 1831).

SEPÚLVEDA, S. A.; PETLEY, D. N. Regional trends and controlling factors of fatal landslides in Latin America and the Caribbean. Natural Harzards and Earth System Sciences. v. 15, p. 1821-1833, 2015.

VASCONCELOS, Daniele Broda de. Percepção de Risco Associado a Deslizamentos de Terra da Comunidade do Morro da Formiga, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 2015. UFRJ.

_______. Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Disponível em: <www.planejamento.gov.br/…1/…/2018/pac/relatorio_execucao_pac_2018_03_31.pdf>. Acesso em: 26 de maio 2018.

[1] MSc Engenharia Elétrica – UFU, Graduação em Engenharia Elétrica – UNIVALE.

[2] Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária.

[3] Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária.

[4] Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária.

[5] Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária.

[6] Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária.

[7] Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária.

Enviado: Abril, 2018

Aprovado: Abril, 2019

 

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Robson Soares Ferreira

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