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Patologias recorrentes em sistema de impermeabilização – Vitória da Conquista – BA

RC: 69372
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LIMA, Patrick Alves Silva [1], SILVA, Samuel Figueiredo Cardoso [2], LIMA, Lívia Ramos [3], ALVES, José Humberto Góes [4]

LIMA, Patrick Alves Silva. Et al. Patologias recorrentes em sistema de impermeabilização – Vitória da Conquista – BA. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 13, pp. 32-55. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/sistema-de-impermeabilizacao

RESUMO

A impermeabilização possui uma relação direta entre o bom funcionamento da edificação e o bem-estar dos usuários. Nota-se que, na busca pela contenção de custos, o projeto de impermeabilização é negligenciado por parte dos executores de obras. Tal ato pode corroborar para o surgimento de manifestações patológicas que afetam a vida útil da edificação, além de aumentar os gastos com reparos pós-obra finalizada em cerca dez vezes mais do que custaria a execução da impermeabilização. Frente a isso, o presente artigo tem como objetivo mostrar a ação da umidade nas edificações e enfatizar a importância da execução de um projeto de impermeabilização através do levantamento das manifestações patológicas mais comuns ocorrentes. Para tal, foi selecionado um condomínio residencial inaugurado há menos de dois anos, localizado no bairro Urbis VI, na cidade de Vitória da Conquista. Neste condomínio, foram feitos registros fotográficos, além de um levantamento bibliográfico para o auxílio na identificação das patologias apresentadas. A partir da realização do estudo de campo, foi possível constatar que houve uma ausência ou falha na execução do projeto de impermeabilização, resultando na ocorrência de patologias como manchas, bolores e fissuras em todas as edificações do condomínio, além de causar desconforto segundo relatos dos moradores.

Palavras-Chave: Impermeabilização, umidade, patologia.

1. INTRODUÇÃO

A definição de impermeabilização, conforme a NBR 9575/2010, é “conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), compostos por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade”. Em uma obra, quando é feita a impermeabilização, busca-se adotar procedimentos destinados ao aumento da vida útil das estruturas. Esse procedimento, quando concluído, visa impedir a corrosão das armaduras de estruturas de concreto armado. Com a impermeabilização bem realizada, há a proteção das superfícies de umidades, fungos e etc. e a preservação do patrimônio contra o intemperismo (MORAES, 2002).

Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), no Brasil, a caça das baleias teve papel fundamental para a construção de ambientes mais impermeabilizados. Na origem da construção das cidades brasileiras, o assentamento de tijolos e revestimentos mais protegidos das paredes das obras foi feito com o uso do óleo de baleia na mistura das argamassas. Em 1968, a construção do Metrô de São Paulo disseminou mais informações a respeito da construção brasileira. Na época, a impermeabilização começou a ser entendida como parte importante do processo construtivo que necessitava de normatização.  Desde então, se iniciou o processo de divulgação da importância da prevenção às manifestações patológicas.

A NBR 15575/2013 define patologia como “não conformidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na instalação, na execução, na montagem, no uso ou na manutenção bem como problemas que não decorram do envelhecimento natural”. Tais problemas podem surgir das mais indeterminadas formas.

Martins (2006 apud RIGHI, 2009) indicou um estudo de uma seguradora francesa com dez mil situações de sinistros. Este estudo apontou as principais causas dessas patologias que levaram a estas vias de fato. Entre as falhas, 43% se apresentaram por falha na execução, 43% por falhas de projeto, 8% por má utilização e 6% por materiais usados indevidamente ou de má qualidade. Esses dados revelam um equilíbrio entre o planejamento e a execução.

Antecipar problemas na fase de projeto mostra-se essencial quando o assunto em foco é impermeabilização. Muitas vezes, a sua implantação é deixada de lado, seja por contenção de custos ou falta de informações sobre as consequências de sua ausência. O custo de implantação da impermeabilização em uma construção (Figura 1) representa em torno de 1 a 3% do custo total da obra. Porém, se os serviços forem executados apenas depois de constatar problemas com infiltrações na edificação conclusa, o custo com impermeabilização ultrapassará muito este percentual. Isto porque refazer o processo pode gerar acréscimo de 10 a 15% do valor do serviço, incluindo os transtornos que não são poucos (RIGHI, 2009).

Figura 1 – Porcentagem de investimentos nas edificações.


Fonte: VEDACIT, 2009.

De acordo com José Miguel Morgado, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), muitos problemas com infiltrações, eflorescências e vazamentos são consequências da ausência do projeto de impermeabilização. O Instituto Brasileiro de Impermeabilização corrobora os dados apresentados no parágrafo acima. Segundo o IBI, estima-se que os serviços executados depois de constatado o problema podem representar de 10 a 15% do custo total da obra, podendo chegar a 50% em casos de grave recuperação estrutural. Em muitos casos, a origem de manifestações patológicas é devida a ausência ou inadequada execução de um projeto de impermeabilização.

Segundo Silva e Sales (2013), a umidade em construções é um dos problemas mais difíceis de resolver. Os autores (SILVA e SALES, 2013) indicam a pouca existência de aprofundamento teórico sobre o tema. Estas patologias danificam e diminuem a vida útil das estruturas. Se a impermeabilização apresentar problemas, ocorre a proliferação de fungos e bactérias, ocasionando mal-estar (doenças respiratórias, alergias, etc.), tornando o ambiente insalubre.

Por isso, faz-se necessário executar a impermeabilização durante a obra, pois é mais fácil e econômico do que o retrabalho para a sua manutenção ou implementação, visto que o retrabalho pode aumentar bastante o custo inicial (SILVA e OLIVEIRA, 2018). A figura 2 mostra que o custo para executar uma impermeabilização é menor quando está previsto em projeto. Quanto maior o atraso para seu planejamento e execução, mais se agrega valor ao custo inicial, podendo chegar até 15 vezes mais caro quando executado após o surgimento do problema.

Figura 2 – Gastos de acordo do tempo na edificação.

Fonte: Estudo dos Sistemas de Impermeabilização – Venturini, 2009

A impermeabilização é uma etapa importante da construção. Ela previne patologias e propicia conforto ao usuário. Apesar disso, o procedimento de impermeabilizar construções não é tratado com o mérito que deveria por parte dos profissionais envolvidos no processo de execução. Por isso, diversos problemas podem surgir ao longo da vida útil da estrutura, acarretando gastos adicionais que poderiam ser evitados se houvesse um trabalho de prevenção ao invés de manutenção.

Segundo Souza (2008), os defeitos mais comuns na construção são decorrentes da penetração de água ou devido à formação de manchas de umidade. Em complemento, Queruz (2007), traz a água como “… um dos maiores causadores de patologias, de forma direta ou indireta, seja no estado de gelo, no líquido ou mesmo gasoso”, sendo assim um dos maiores focos de combate durante toda a vida útil da edificação.

Frente a esse parâmetro, o presente trabalho tem como tema evidenciar o quão prejudicial pode ser optar pelo tratamento corretivo ao invés do preventivo. Faremos isso por meio do elenco de algumas das manifestações patológicas derivadas da umidade mais comum. Essas manifestações patológicas podem aparecer devido à ausência ou má execução de um projeto de impermeabilização. Essa tarefa foi levada a termo por meio de um estudo de caso realizado em um condomínio residencial de residências unifamiliares, visto que essa é uma problemática que por ser tão presente no cotidiano é aceita como “normal”, quando na verdade é consequência de uma execução insatisfatória.

A umidade é algo bastante comum nas edificações. A consequência de sua ação é o surgimento de várias manifestações patológicas, trazendo problema quanto à estética, desconforto e sensação de insegurança aos usuários. Segundo Silva e Sales (2013), um dos problemas mais difíceis de resolver dentro das construções é a umidade. Conforme já indicado acima, é necessário realizar estudos teóricos mais aprofundados para solucionar este problema em construções de maneira satisfatória. Este estudo visa, portanto, preencher essa lacuna por meio da apresentação de exemplos de manifestações patológicas devido a umidade em residências unifamiliares.

Umidade e impermeabilização estão correlacionadas, pois a falta desta tem como consequência a manifestação de problemas daquela. Portanto, prever e analisar as condições favoráveis para sua incidência tornou-se algo essencial para preservar a vida útil da edificação. Por isso, é necessário estudar o tema proposto como forma de enfatizar a importância da execução de um projeto de impermeabilização (tanto quanto projeto estrutural, elétrico, hidráulico, etc.). O projeto de impermeabilização age como forma de prevenção ao surgimento de manifestações patológicas e contenção de possíveis gastos futuros devido à manutenção. Realizamos este estudo visto que não existe muito aprofundamento teórico a respeito deste tema.

Resumindo: o trabalho apresentado tem como objetivo mostrar a necessidade da execução de um projeto de impermeabilização, através de um estudo de caso realizado em um condomínio residencial de residências unifamiliares na cidade de Vitória da Conquista (BA) abordando as patologias que podem ocorrer devido à ausência ou má execução dos procedimentos de impermeabilização a partir de relatos fotográficos e levantamentos bibliográficos a fim de conceituar estes problemas. Além disso, também serão apresentados os tipos de impermeabilização bem como definidas a ação da água nas edificações.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conforme Helene (1992), a patologia refere-se ao estudo do âmbito da construção civil sobre os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções civis, tratando, neste sentido, do diagnóstico do problema.

A ocorrência de manifestações patológicas na execução da obra pode ser falha no projeto, tendo relação entre eles, mas não quer dizer que um projeto sem falhas resulta em uma execução sem manifestações patológicas (CÁNOVAS, 1988).

2.1 IMPERMEABILIZAÇÃO

A impermeabilização trata-se de uma técnica de tratamento de áreas sujeitas às infiltrações com a aplicação de produtos impermeabilizantes. A aplicação destes produtos tem a finalidade de torná-las estanques, protegendo suas características físicas contra as degradações causadas pela água. Um dos efeitos da impermeabilização consiste em proporcionar conforto, preservação e a consequente garantia. A impermeabilização protege as partes mais vulneráveis da edificação (RIGHI, 2009).

Segundo a NBR 9575/2010, a impermeabilização é “um conjunto de camadas e serviços aplicados à execução do preparo das superfícies, como camadas separadoras, amortecedoras e proteção primária e mecânica, conferindo impermeabilidade às partes construtivas”.

A NBR 9575/2010 define que a impermeabilização deve ser realizada de forma a:

a) Evitar a passagem de fluidos e vapores nas construções, pelas partes que requeiram estanqueidade, podendo ser integrados ou não outros sistemas construtivos;

b) Proteger os elementos e componentes construtivos que estejam expostos ao intemperismo;

c) Proteger o meio ambiente de agentes contaminantes por meio da utilização de sistemas de impermeabilização;

d) Possibilitar sempre que possível acesso à impermeabilização, com o mínimo de intervenção nos revestimentos sobrepostos a ela, de modo a ser evitada, tão logo seja percebido falhas do sistema impermeável, a degradação das estruturas e componentes construtivos.

2.2 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Conforme a NBR 9575/2010, os sistemas impermeabilizantes podem ser divididos em rígidos e flexíveis, que estão relacionados às partes construtivas sujeitas ou não a fissuração.

2.2.1 IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

De acordo a NBR 9575/2010, a impermeabilização rígida é o conjunto de materiais ou produtos que não apresentam características de flexibilidade compatíveis a aplicáveis às partes construtivas sujeitas a movimentação do elemento construtivo.  Os impermeabilizantes rígidos não trabalham junto com a estrutura, o que leva a exclusão de áreas expostas a grandes variações de temperatura.

Sua aplicação é recomendada em partes mais estáveis da edificação. São locais menos sujeitos ao aparecimento de trincas e fissuras, que poderiam comprometer a impermeabilização. Por isso, sua principal utilização ocorre em fundações, pisos internos em contato com o solo, contenções e piscinas enterradas (FERREIRA, 2012).

Segundo Hussein (2013), a impermeabilização rígida, que não está sujeita a fissuração, tem por composição os seguintes materiais:

a) Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;

b) Argamassa modificada com polímero;

c) Argamassa polimérica;

d) Cimento cristalizante para pressão negativa;

e) Cimento modificado com polímero;

f) Membrana epoxídica.

2.2.2 IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL

A impermeabilização flexível é definida pela NBR 9575/2010 como um

(…) conjunto de materiais ou produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo. Para ser caracterizada como flexível, a camada impermeável deve ser submetida a ensaio específico.

Os tipos de produto são formados por:

a) Membrana de polímero modificada com cimento

b) Membrana de asfalto modificado sem adição de polímero;

c) Membrana de asfalto modificado com adição de polímero elastomérico;

d) Membrana de poliuretano;

e) Membrana de poliuretano modificado com asfalto;

f) Membrana de emulsão asfáltica;

g) Membrana elastomérica de poliisobutileno-isopreno em solução;

h) Membrana de asfalto elastomérico em solução;

i) Membrana poliureia;

j) Manta asfáltica;

k) Manta elastomérica de poliisobutileno-isopreno;

l) Manta policloreto de vinila;

m) Manta polietileno de alta densidade.

2.3 PARTES DA EDIFICAÇÃO QUE REQUEREM IMPERMEABILIZAÇÃO

Dante (2006), Torres (2016) e Cunha (1997) indicam os ambientes de uma edificação que devem ser impermeabilizados:

a) Telhados e coberturas planas;

b) Terraços e áreas descobertas;

c) Calhas de escoamento das águas pluviais;

d) Caixas d’água, piscinas e floreiras;

e) Pisos molhados, como banheiros, áreas de serviços, lavanderias, etc.;

f) Marquises;

g) Paredes externas sob efeito de intempéries (chuvas, neve, ventos, etc.);

h) Junta de dilatação estrutural e lesões em estruturas;

i) Esquadrias, peitoris de janelas e soleiras de portas externas;

j) Muros de arrimos;

k) Subsolos.

2.4 MECANISMOS DE ATUAÇÃO DA ÁGUA NAS EDIFICAÇÕES

Queruz (2007) considera a água como um dos maiores geradores de patologias, quer seja de forma direta ou indireta, no seu estado sólido, líquido ou gasoso. Ela pode trabalhar como um agente de degradação ou como um meio de instalação de outros agentes.

As causas da presença de umidade nas edificações, de acordo com Lersch (2003) são:

  • Umidade de infiltração;
  • Umidade ascensional;
  • Umidade por condensação;
  • Umidade de obra;
  • Umidade acidental;
  • Umidade por pressão.

2.4.1 UMIDADE DE INFILTRAÇÃO

Geralmente originadas pela falta de conservação ou pelas falhas construtivas, a umidade transpassa áreas externas a áreas internas por meio de pequenas trincas, em razão da alta higroscopicidade ou mesmo das falhas na interface entre os elementos construtivos, tais como planos de parede e portas ou janelas, ou também entre calhas e platibandas. Em geral, são oriundas da água da chuva e, exercendo-se as paredes, a própria cobertura também pode ser considerada um ponto de insurgência de umidade na edificação, sendo então percebida nas lajes, forros e, principalmente, nas paredes (CRUZ, 2003).

2.4.2 UMIDADE ASCENSIONAL

Segundo MAGALHÃES (2008) a umidade do terreno, ou umidade ascensional, pode ter como origem o lençol freático no terreno ou a água contida no próprio terreno devido a fenômenos sazonais. Dessa forma, o mesmo define a umidade ascendente como o fluxo vertical de água que consegue ascender do solo por capilaridade para uma estrutura permeável. Os vasos capilares pequenos permitem que a água suba até que a mesma obtenham um equilíbrio com a força de gravidade. A altura que a água se eleva pelo vaso capilar varia de acordo com o seu diâmetro: quanto menor, maior a altura. (FEILDEN, 2003, apud QUERUZ, 2007). Esta ocorrência é percebida especialmente em paredes e pisos.

2.4.3 UMIDADE POR CONDENSAÇÃO

De acordo a NBR 9575/2010, a umidade por condensação consiste na água oriunda da condensação da mesma sobre o ambiente e a superfície de um elemento construtivo presente neste ambiente. A presença de grande umidade no ar e a condição de superfícies que estejam sob temperaturas abaixo do ponto de orvalho, originam a umidade condensada. Esta ocorrência é proveniente da redução da capacidade de absorção da umidade pelo ar que quando é resfriado, na interface das paredes, precipitando-se (QUERUZ, 2007).

2.4.4 UMIDADE DE OBRA

A terminologia umidade de obra caracteriza-se pela umidade que ficou no interior dos materiais, em razão da sua execução, que acaba por se externar em decorrência do equilíbrio estabelecido entre o material e o ambiente. Neste sentido, como a título de exemplo, verifica-se um caso comum: quando a umidade é contida nas argamassas de rebocos transferindo, logo após a execução, o excesso de umidade para a parte interna das alvenarias, de modo a ocasionar a necessidade de um prazo maior do que o da cura do próprio reboco, a fim de que o material esteja em equilíbrio com o ambiente.

2.4.5 UMIDADE ACIDENTAL

A unidade acidental é proveniente de falhas nos sistemas de tubulações, como águas pluviais, esgoto e água potável, que consequentemente geram infiltrações. Este tipo de umidade requer uma importância especial quando presentes em edificações existentes a um longo período de tempo. Esta ocorrência é consequência da presença de materiais que podem apresentar-se desgastados ou com seu tempo de vida já excedido como, por exemplo, sistemas de impermeabilizações e tubulações (dutos de ferro para água potável ou manilhas cerâmicas para águas servidas), que não costumam ser contempladas em planos de manutenção predial (LERSCH, 2003).

2.4.6 UMIDADE POR PRESSÃO

A umidade por pressão acontece em estruturas submersas em um determinado nível de água, ou também em reservatórios ou piscinas. A umidade por pressão pode ser bilateral ou unilateral, positiva ou negativa.

Têm-se como água sob pressão positiva, aquela que, estando confinada ou não, exerce pressão hidrostática acima de 1 kPa de forma direta a impermeabilização, segundo a NBR 9575/2010.

A pressão negativa, bem como a positiva, é aquela que, estando confinada ou não, exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa, mas se forma inversa a impermeabilização, em que a pressão atuante é inversa a impermeabilização (NBR 9575, 2010). Enquanto a pressão bilateral advém de estruturas que sofrem ambas as pressões, positivas e negativas. Neste caso são submetidos os reservatórios enterrados (cisternas, piscinas, etc.).

2.5 PATOLOGIAS CAUSADAS PELA MÁ IMPERMEABILIZAÇÃO OU AUSÊNCIA DA MESMA

A maior parte dos problemas de manifestações patológicas nas edificações está atrelada às falhas nas fases de projeto e execução, somando 68% nestes dois casos. Sendo que a fase de projeto, de responsabilidade exclusivamente da engenharia, corresponde a 40% das fontes de manifestações patológicas, conforme o gráfico da figura 3.

Figura 3 – Origem das patologias em impermeabilização.

Fonte: Helene e Figueiredo (2003, apud SILVA e JONOV, 2016)

A seguir expõem-se os efeitos da infiltração ou defeitos de impermeabilização. Conhecê-los é o requisito básico para a seleção do sistema a ser adotado, para a elaboração do projeto básico e a execução das edificações, visando assegurar a eficiência dos serviços e o desempenho correto dos materiais em seus destinos, prolongando dessa maneira a vida útil da edificação.

2.5.1 EFLORESCÊNCIA

Eflorescência são formações de sais nas superfícies das paredes, trazidos do seu interior pela umidade. Elas surgem quando a água transpassa uma parede que contenha sais solúveis, podendo estes se encontrar em tijolos, cimentos, areias, concretos, argamassas, etc., que após serem dissolvidos na água eles são trazidos por ela para a superfície, onde a água passa pelo processo de evaporação  e os sais depositam-se em forma de sólidos ou em forma de pó. Eliminando-se a água, elimina-se a eflorescência (SOUZA, 2008).

2.5.2 CRIPTOFLORESCÊNCIA

Criptoflorescência são formações de sais semelhantes à eflorescência, formadas pelo mesmo mecanismo de formação das eflorescências, o que as diferem é o fato de que as criptoflorescências se caracterizam por grandes cristais que são formados no interior da parede ou estrutura. Sendo o sulfato o maior responsável pela formação de criptoflorescências devido a sua propriedade expansiva. Tal manifestação é responsável pelo aparecimento de rachaduras, desagregação de materiais e desplacamento de paredes (SCHÖNARDIE, 2009).

2.5.3 GOTEIRAS E MANCHAS

Ao atravessar um obstáculo, a água pode ficar acumulada causando manchas ou, dependendo da quantidade de água infiltrada, esta pode deixar o material na forma de gotas ou até na forma de jorro de água. A umidade permanente deteriora os materiais de construção e neste contexto, as goteiras e as manchas são as manifestações mais comuns devido à infiltração da água (SCHÖNARDIE, 2009). Segundo Bauer (2008)

as manchas podem se apresentar com colorações diferenciadas, como marrom, verde e preta, entre outras, conforme a causa. Os revestimentos frequentemente estão sujeitos à ação da umidade e de microorganismos, os quais provocam o surgimento de algas e mofo, e o consequente aparecimento de manchas pretas ou verdes. As manchas marrons, geralmente, ocorrem devido à ferrugem.

2.5.4 MOFO E BOLOR

O mofo e bolor são fungos vegetais, agentes causadores do apodrecimento da madeira, onde suas raízes penetram na madeira, destilando enzimas ácidas que a corroem. Este fenômeno ocorre até mesmo nas alvenarias, escurecendo as superfícies com o tempo, de modo a desagradá-las. Se tratando de vegetais, esses fungos necessitam de ar e água para a sua sobrevivência, não proliferando em ambientes absolutamente secos. Assim, o mofo e apodrecimento também são provenientes da umidade (LERSCH, 2003).

2.5.5 FERRUGEM

A ferrugem trata-se de um sal pouco aderente, de mau aspecto e de volume maior que o do ferro que lhe deu origem. O seu processo de formação é complexo, portanto, cabe-nos ressaltar somente que a ferrugem é oriunda das condições favoráveis atribuídas pela umidade. Neste sentido, se faz necessário o uso de um concreto impermeável, visto que se a umidade penetrar até a armadura, facilmente a ferrugem poderá aparecer; ocasionando com o aumento do seu volume a ruptura do recobrimento do concreto armado (SOUZA, 2008).

2.5.6 FISSURAS

Segundo Thomaz (1989), o aumento do teor de umidade provoca variações dimensionais nos materiais porosos integrantes dos elementos construtivos, enquanto a redução do teor de umidade é responsável pela contração do material, tais movimentos podem provocar fissuras nos materiais, chamadas fissuras higroscópicas. Um exemplo muito comum de fissura por movimentação higroscópica ocorre na base de alvenarias, haja vista que as fiadas inferiores, mais sujeitas à umidade, apresentam maior expansão gerando fissuras por movimentação diferencial.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada no presente trabalho se baseará em um levantamento das principais patologias encontradas em um condomínio residencial no município de Vitória da Conquista, BA.

Para isso foram realizadas algumas vistorias no local, onde foram feitos relatos fotográficos e levantamentos de dados. Como será realizada uma verificação visual das patologias existentes na edificação, serão fornecidas informações dos prováveis motivos das causas dessas patologias.

A metodologia empregada para atender aos objetivos deste texto consistirá na pesquisa em diversos textos técnicos que abordam o tema impermeabilização, como manuais de fabricantes, normas, dissertações e artigos. A partir desta revisão, serão utilizados os fundamentos como base para a avaliação patológica realizada no estudo de caso presente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 LOCALIZAÇÃO DA CIDADE

O município de Vitória da Conquista, apresentado em forma de mapa na Figura 4, está localizado na região centro-sul do estado baiano e a 509 km da capital Salvador. Com uma área de 3.704,02 km² (IBGE, 2015). Também chamada de “Suíça Baiana”, localizada a aproximadamente 1000m acima do nível do mar, é caracterizada por ser uma região bastante úmida, de clima bem definido diferentemente de outras cidades do Estado, o que pode colaborar para os efeitos danosos da umidade.

Figura 4 – Mapa de Vitória da Conquista.

Fonte: Google Maps (2020).

4.2 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

É um empreendimento residencial padrão Minha Casa Minha Vida, localizado Bairro Urbis VI, que por questões de ética e profissionalismo não será citado neste trabalho.

Características gerais:

  • 28 casas;
  • Salão de festa;
  • Playground;
  • Dispensário de lixo.

4.3 RESULTADOS

Cabe ressaltar que o levantamento in loco foi utilizado para identificar as características gerais e específicas das edificações. As manifestações patológicas foram identificadas através de inspeções visuais executadas.

Após a vista foram encontradas as seguintes manifestações patológicas:

  • umidade ascensional;
  • manchas;
  • mofo e bolor;
  • fissuras.

Tendo ocorrência em todas as residências do empreendimento, as manifestações patológicas foram encontradas tanto no ambiente interno como externo das edificações.

4.3.1 UMIDADE ASCENSIONAL

Foi observada a sua incidência em todas as edificações, devido a umidade foram observadas outras manifestações patológicas em conjunto sendo elas: mofos, fissuras, observados nas figuras 5 e 6, e descascamento da pintura observado na figura 7.

Figuras 5 – Surgimento de mofo e fissura devido à umidade ascensional.

Fonte: Autor.

Figuras 6 – Surgimento de mofo e fissura devido à umidade ascensional.

Fonte: Autor.

Figuras 7 – Surgimento de descasamento de pintura devido à umidade ascensional.

Fonte: Autor.

4.3.2 MANCHAS

Além da sua ocorrência nos rodapés foi identificada nas lajes das edificações e na casa de lixo, representada nas figuras 8, 9, 10 respectivamente.

Figuras 8 – Surgimento de manchas no rodapé.

Fonte: Autor.

Figuras 9 – Surgimento de mancha na laje.

Fonte: Autor.

Figuras 10 – Surgimento de mancha na casa de lixo.

Fonte: Autor.

4.3.3 MOFO E BOLOR

Ocorrência na face interna das edificações sendo eles no rodapé e na laje, como é observado nas figuras 11 e 12.

Figuras 11 – Surgimento de mofo e bolor no rodapé.

Fonte: Autor.

Figuras 12 – Surgimento de mofo e bolor na laje.

Fonte: Autor.

4.3.4 FISSURAS

Ocorrência nas áreas externas das edificações, na figura 13 é identificada na área de serviço e na figura 14 é observada na fachada.

Figuras 13 – Surgimento de fissura na área de serviço.

Fonte: Autor

Figura 14 – Surgimento de fissura no rodapé.

Fonte: Autor.

Segundo relato dos moradores, o empreendimento foi entregue no ano de 2018 e após um ano de uso começaram a surgir as primeiras manifestações patológicas. Nota – se pelo relato dos moradores e pelas patologias encontradas a provável ausência de um tratamento impermeabilizante nas fundações, bem como na laje de cobertura, que tiveram como consequência a ocorrência desses problemas num curto espaço de tempo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme explanado ao longo do estudo, a impermeabilização é parte de suma importância para o funcionamento adequado da edificação, tendo em vista que ela previne contra aparecimento manifestações patológicas e promove também um bom estar aos usuários, visto que essas patologias podem acarretar problemas respiratórios, por exemplo.

Para isso é necessário a adoção de um projeto de impermeabilização já na fase de planejamento da edificação, juntamente com os projetos elétrico e hidrossanitário por exemplo e que se finalize essa cultura de manutenção de danos e não a prevenção aos mesmos, haja vista que seu orçamento corresponde de 1 a 3% do valor global da edificação e o custo de reparos pela sua ausência de 10 a 15%, podendo chegar a 50% em casos de grave recuperação estrutural. Portanto, a impermeabilização deve ser tratada como parte essencial à prevenção de patologias, contenção de custos e bem estar do usuário.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: Impermeabilização – Seleção e Projeto. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações Habitacionais — Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.

CÁNOVAS, M. F. Patologia e terapia do concreto armado. São Paulo: PINI, 1988.

CASTRO, M. D. de C.; MARTINS, R. M. Análise e sugestões terapêuticas das manifestações patológicas de infiltração de um edifício com mais de 20 anos – estudo de caso. Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Civil. Pato Branco: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2014. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1999/1/PB_COECI_2013_2_9.pdf Acessado em: 25 de outubro de 2020.

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[1] Graduando em Engenharia Civil.

[2] Graduando em Engenharia Civil.

[3] Orientadora. Especialização em Engenharia Rodoviária: Do Estudo De Viabilidade Ao Projeto Executivo. Graduação em Engenharia Civil. Graduação em Enfermagem.

[4] Co-orientador. Mestrado em Modelagem Computacional. Graduação em Engenharia Civil. Graduação em Sistemas de Informação.

Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2020.

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