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Recursos Tecnológicos na Engenharia Civil: Viabilidade do Uso do Transportador e Projetor de Argamassa

RC: 8234
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CONTEÚDO

OLIVEIRA, Luís André da Silva [1], ALMEIDA, Hilton [2]

OLIVEIRA, Luís André da Silva; ALMEIDA, Hilton. Recursos Tecnológicos na Engenharia Civil: Viabilidade do Uso do Transportador e Projetor de Argamassa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Vol. 01. pp 349-359, Abril de 2017. ISSN 2448-0959

RESUMO

Este trabalho enfoca estudar a comparação do método convencional e o método inovador de projeção de argamassa, análise da produtividade, qualidade e tempo de ciclo de execução dos serviços citados acima, a partir de informações coletadas em trabalhos pesquisados. A comparação da produtividade e qualidade das atividades realizadas nos canteiros de obra define o desempenho atual quanto aos serviços a serem realizados, assim como definem os fatores que fazem com que exista variações na produtividade na construção civil de um dia para outro em um mesmo canteiro ou em canteiros diferentes, mostrando a viabilidade e os impactos positivos e negativos do projetor e transportador de argamassas. Simultaneamente às atividades, existem poucos estudos que abordam de forma organizada os possíveis ganhos em eficiência proporcionados pela mecanização dessa atividade.

Palavras-chave:  Projeção de Argamassa, Produtividade, Construção Civil.

1. INTRODUÇÃO

A busca de soluções para o aumento da competitividade e produtividade das empresas de engenharia civil tem sido o argumento de muitos profissionais para enfrentar os desafios colocados em relação à qualidade e preço de venda dos empreendimentos, utilizando métodos de gestão que envolvam além das técnicas e sistemas construtivos, entre as possíveis ações utilizadas, atraindo muitas empresas construtoras permitindo uma evolução constante e, dependendo a empresa, partindo de sua cultura possuindo união com outras atividades, como a implantação de sistemas de qualidade, integrando setores da construção civil evidenciando a melhora e o desempenho dos setores. A busca por melhorias no desempenho do processo e na qualidade da argamassa tem sido abordada em várias discussões sobre sua aplicação e racionalização da fabricação, do transporte e da utilização da argamassa, dispondo de procedimentos, equipamentos e ferramentas, contribuindo na economia e na conscientização da produção, obtendo ganhos de produtividade e qualidade.

A produção de revestimentos de argamassa, na prática, ainda detém baixos índices de produtividade, elevados percentuais de perda, alta variabilidade e problemas de qualidade do produto. A falta de uma gestão efetiva do processo produtivo, a baixa racionalização e industrialização e a dependência da habilidade e do conhecimento do operador são características do processo de produção que ainda predominam nas obras.

No Brasil, algumas empresas no ramo da construção civil já utilizam a tecnologia a seu favor para a produção de argamassas em seus canteiros, mas, em contra partida, a maioria ainda utiliza a mão-de-obra manual para atividades que poderiam utilizar maquinários para ajudar na produção e nas aplicações. A qualidade e produtividade na aplicação do revestimento, quando aplicado de forma manual apresenta uma alta variabilidade e altos índices de perdas, muitas vezes impedindo uma boa evolução da obra, refletindo no prazo de execução.

Para melhorar o desempenho da produção e evitar desperdícios, as empresas estão adotando o uso de projetores mecânicos, havendo a necessidade de avaliar o desempenho do equipamento em todo o sistema produtivo.

A baixa qualidade e produtividade observadas no processo tradicional de produção de revestimentos de argamassa indicam que a solução não é apenas tecnológica, mas deve investir no conhecimento e no aperfeiçoamento da mão-de-obra que estão executando a atividade e tem que partir da gestão, através de mecanismos de planejamento e controle da produção.

O objetivo geral dessa pesquisa é analisar as vantagens e desvantagens do Transportador e Projetor de Argamassas nas mais diversas construções em São Luís – MA e como específicos pesquisar em atividades na construção civil se poderá ser executado; comparar os métodos construtivos com mão-de-obra convencional e a utilização do equipamento; discutir as problemáticas conforme a realidade local e apresentar vantagens e desvantagens de logística e de custos quanto ao uso das metodologias a serem utilizadas. A justificativa será referente a abordagem da relação da atividade da mão de obra, onde é cada dia menos produtiva e mais escassa e a utilização do equipamento no canteiro, apresentando a comparação do custo e benefício, o material a ser utilizado para realização da atividade com o maquinário, locais de aplicações, média de produção diária entre eles. Este estudo é fundamental para apresentar para as empresas que trabalham nas construções de grandes empreendimentos o processo de aplicação de métodos eficientes, com pouco desperdício de materiais, trabalhando em grandes, acelerando o prazo de execução nas áreas de reboco e chapisco, obedecendo ao cronograma para que sejam entregues conforme planejado para a satisfação dos clientes, diminuindo a quantidade de defeitos na interface entre a argamassa e a superfície, eliminando o problema de variação causada quando aplicada manualmente, quanto ao volume de argamassa aplicada minimizando o ar que fica armazenado entre as camadas no momento da aplicação e os gastos com manutenção pós-ocupação.

2. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Na construção civil, especificamente no ramo da edificação, ao longo dos anos, ocorreram grandes progressos na introdução e difusão das novas tecnologias, envolvendo materiais, equipamentos e componentes, com realização de pesquisas e a disseminação de novas técnicas construtivas. Algumas inovações podem não ser consideradas revolucionárias ao ponto de mudar a base de todo sistema de produção, gerando ganhos de produtividade, qualidade e confiabilidade.

De acordo com Silva (2000), “a adoção de novas técnicas, novos materiais e melhoria no processo construtivo têm como efeito menos trabalho realizado no canteiro de obras, aumentando a parcela de tarefas realizadas no escritório e em fábricas de componentes”.

Uma parte substancial do trabalho artesanal típico da construção civil será substituída pela montagem de componentes, que requer menos esforço físico e novas competências profissionais.

Inovar é descobrir, imaginar, criar ou melhorar, prever, analisar, programar e orçamentar, depois investir e correr riscos, ou ainda convencer, motivar, organizar, negociar, ultrapassar os obstáculos, enfrentando as resistências mesmo psicológicas ou burocráticas, contra a inércia ou a concorrência desleal, e mesmo se expor às mesquinharias; enfim, é aproveitar a vantagem que representa a introdução da novidade. (BARREYRE, 1975 apud SANTOS, 2003, p.18).

Atualmente, as inovações tecnológicas servem como parâmetros de competitividade entre as empresas. No contexto da construção civil, há uma relação direta com a nova mentalidade, havendo o entendimento que processos e métodos que precisam ser melhorados, tornando-os provisórios.

Caracterizam-se as inovações tecnológicas pela criatividade e introdução de soluções e respostas primárias para necessidades e dificuldades identificadas na empresa, envolvendo elementos nos níveis de produção, serviços, rotinas e procedimentos, pois a capacidade de inovar está relacionada com a capacidade de percepção e antecipação das necessidades sociais, mantendo os seus valores.

3. GERENCIAMENTO DE OBRAS

O gerenciamento de obras garante ao longo do tempo planejamento, execução e finalização que todas as atividades compostas no projeto, estejam sendo executadas dentro das diretrizes e metas já estabelecidas.

Os recursos aplicados diretamente são de suma importância, pois seu gerenciamento ao longo do tempo de execução garante um produto final que se enquadra no plano de condições de planejamento.

Segundo Silva (2011), “O gerenciamento é um processo contínuo e dinâmico ao longo de todo o tempo de execução e se desenvolve e se organiza de acordo, com um trabalho em equipe, onde o fator humano e técnico é fundamental, e o foco será sempre o objetivo planejado”.

A equipe de gerenciamento é o fator principal para que se tenha um bom desenvolvimento e controle da produtividade da mão-de-obra, da qualidade final dos serviços e na criação de indicadores e índices de composição, criando assim um banco de dados para a empresa, essa equipe também tem um papel importante nas tomadas de decisões e na implantação do projeto.

O gerenciamento ocorre dentro e fora do canteiro de obra, possuindo a empresa que gerencia do empreendimento compõe-se dos setores administrativo, financeiro, comercial e de produção.

Planejar é traçar objetivos e metas, visando o sucesso do projeto, ou seja, é o futuro planejado. Gerenciar é realizar os objetivos e as metas, alcançando o sucesso planejado, ou seja, é o presente gerenciado a cada dia.

Planejar o futuro e gerenciar o presente em função de um planejamento passado e complexo existindo variáveis que interferem positivamente ou negativamente no decorrer do tempo de execução do projeto. Para atingir todos os seus objetivos, o projeto, desde a execução até a sua conclusão, deve seguir um planejamento e possuir um bom gerenciamento, sendo essas as principais ferramentas de sucesso de projeto.

4. REVESTIMENTO DE ARGAMASSA

Argamassas são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água, podendo conter ainda aditivos e adições minerais. As argamassas são materiais de construção que tem na sua constituição aglomerantes, agregados minerais e água.

Conforme Moraes, “mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou instalação própria”.

Quando recém misturadas, possuem boa plasticidade, enquanto que, quando endurecidas, possuem rigidez, resistência e aderência.

4.1 FUNÇÕES DA ARGAMASSA

Segundo Moraes, “as funções da argamassa são: os revestimentos, assentamentos, rejuntamento, colante, regularização de piso (contrapiso), argamassa armada e recuperação de estrutura”.

As argamassas são utilizadas para elevação de paredes, chapiscos, rebocos de muros de tijolos ou blocos, possuindo as seguintes funções:

  1. Unir as unidades de alvenaria de assentamento estrutural, convencional e de acabamento ajudando a resistir aos esforços mecânicos causados pelos trabalhos (consistência, plasticidade, retenção de água e estabilidade volumétrica) ocasionados pelas energias laterais;
  2. Distribuição uniforme das cargas atuantes na parede por toda a área resistente dos blocos através de sua aderência;
  3. Absorção das deformidades naturais a que a alvenaria estiver sujeita;
  4. Selar as juntas pelas atividades de chapisco, emboço e reboco através da resistência mecânica.

A argamassa de revestimento é utilizada para revestir paredes, muros e tetos que irão receber algum tipo de acabamento, como pintura, revestimentos cerâmicos etc. A de assentamento são aplicadas em elevações de paredes de tijolos ou blocos. A função da argamassa de rejuntamento é vedar as juntas entre as cerâmicas e, caso tenha alguma deformidade ou defeito na aplicação, serve como ajuste. A colante serve para aderir a cerâmica ao piso além de possuir algumas características da argamassa de rejuntamento. A argamassa do contrapiso tem a funcionalidade de regularização da superfície que receberá o piso antes do acabamento.

A argamassa a ser utilizada para realizar a atividade será a industrializada, seguindo as especificações referenciais para utilização da máquina, diminuindo os custos direto e indireto comparando com a argamassa trabalhada manualmente, levando-se em consideração o custo dos insumos, equipe de apoio, a disponibilidade de espaço no canteiro de obras para a produção e armazenagem de materiais a serem utilizados no revestimento e a interferência no transporte vertical. O seu armazenamento pode ser feito em sacos de 50 Kg em lugar seco e arejado ou em silos verticais para melhor aproveitamento na dosagem da argamassa, quando o canteiro não suportar uma central de produção e armazenagem dos insumos utilizados na produção da argamassa.

4.2 METODOLOGIA DE APLICAÇÃO

Os sistemas de projeção mecânica de argamassas foram desenvolvidas para garantir maior qualidade, aceleração, economia no transporte e execução e velocidade na aplicação dos revestimentos.

Paravise (2007 apud CORRÊA 2010), “a produção de revestimentos de fachada muitas vezes é um gargalo na produção da edificação, refletindo-se no prazo de execução. Para melhorar o desempenho da produção, as empresas adotaram o uso de projetores mecânicos”.

As bombas de argamassa são utilizadas no transporte e aplicação mecanizada de argamassa para a produção de revestimento. Elas conduzem o material sob pressão do tanque da bomba até a pistola, por um mangote, e o compressor de ar projeta a argamassa.

5. PROJETOR DE ARGAMASSA

Os projetores de argamassa são utilizados para trazer uma maior qualidade e velocidade na aplicação do revestimento e garantir uma força constante nas aplicações, acelerando o prazo de execução do revestimento trazendo economia nos custos na projeção e no transporte da argamassa.

A argamassa é transportada pela mangueira produzindo um bombeamento médio, incluindo a aplicação nos tijolos ou blocos em alvenaria estrutural, de até 2 m³/hora, com alcance da projeções horizontais de até 60 metros e verticais de até 50 metros subindo e 60 metros descendo, dependendo do tipo de argamassa.

Com uma equipe de produção de 5 pessoas podemos chegar a um bombeamento e projeção do chapisco de 6 m² por minuto (360 m² hora – mais de 3.000 m² por dia) e a projeção do reboco, produção de até 70 m² por hora.

5.1 PERDAS DE MATERIAIS

Na construção civil, quando se utiliza a mão de obra nas atividades convencionais no preparo do concreto e da argamassa, transporta-se o material em carros de mão, existindo uma perda considerável em seu transporte. Com a utilização da máquina, o desperdício é quase zero, pois a matéria-prima é armazenada em silos, processada e seu transporte é feito por mangotes até a pistola para ser realizada a atividade.

Diferentes estratégias vêm sendo implementadas na busca de maior eficiência na atividade de produção de empreendimentos. Dentre essas estratégias podemos citar a racionalização, que é vista como um elemento de vital importância em todos os processos da construção civil (Corrêa apud Franco, 1996).

Segundo Corrêa apud Paravisi (2007), “um dos argumentos favoráveis ao uso de sistemas com projeção mecânica de argamassa é que apresentam menores índices de perdas que os sistemas convencionais”.

O transporte de materiais é uma atividade que, embora não agregue valor na construção civil, corresponde a aproximadamente 80% das atividades de construção.

O primeiro passo para o entendimento e estudo de um sistema de transportes é a percepção de que se pode subdividi-lo em “ciclos” que, embora interajam entre si, podem ser avaliados individualmente (SOUZA; FRANCO, 1997).

5.2 QUALIDADE DO REVESTIMENTO

Com a utilização da máquina, a variação dos processos no chapisco e reboco é reduzida, sendo empregado com maior homogeneidade melhorando o resultado final, dependendo da habilidade do operador. A argamassa fica mais compacta, diminuindo os vazios que não são preenchidos, eliminando o problema gerado pela variação da força humana tornado-se mais resistente à aderência e será mais uniforme.

Paravise (2007 apud CORRÊA 2010), embora a aplicação mecânica de argamassa tenha potencial para gerar melhorias na qualidade do revestimento, principalmente quanto à resistência, aderência à tração e à permeabilidade à água, a simples adoção de bombas de argamassa não garante a qualidade do produto final.

Além disso, o revestimento executado com bomba apresentará um número reduzido de fissuras comparado aos sistemas convencionais, onde, nos locais de aplicação, apontarão intensa fissuração por retração.

No entanto, haverá problemas de descolamento onde a superfície de aplicação será a estrutura de concreto e terá baixa resistência de aderência. A boa qualidade final do emboço externo refletirá diretamente no assentamento das pastilhas pela boa área plana que é formada após o corte do excesso de argamassa.

5.3 PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Como quaisquer equipamentos, existem alguns pontos positivos e negativos referente à transportadora e projetora de argamassa. Podemos citar:

I – Pontos positivos

  1. Alta produtividade e qualidade (aderência e permeabilidade) da argamassa;
  2. Redução do custo da mão-de-obra de produção, já que a argamassa é industrializada;
  3. Rapidez na obra e redução da mão-de-obra braçal;
  4. Pouca produção de resíduos que geram desperdícios e sujeiras na obra;
  5. Requer menor controle de recebimento e de produção;
  6. Não necessita de central de produção, sendo que a argamassa pode ser misturada no pavimento onde será aplicada;
  7. Menor espaço para o armazenamento do material;
  8. Material homogêneo, pouco sujeito à variações;
  9. Dispensa a utilização de equipe de apoio;
  10. Não há conflitos no transporte vertical de outros materiais.

II – Pontos negativos

  1. O traço é específico para projeção, a argamassa seca mais rápido que o chapisco feito manualmente;
  2. A limpeza do equipamento tem que ser realizada a cada de atividade concluída. A falta da mesma acarretará no entupimento dos mangotes e da pistola;
  3. Pouco conhecimento de várias empresas em relação ao uso correto das funcionalidades do equipamento;
  4. Complexidade na montagem e regulagem do equipamento.

6. COMPARATIVO ENTRE O MÉTODO CONVENCIONAL E A MÁQUINA DE PROJEÇÃO DE ARGAMASSA

Analisando os dois métodos na produção e aplicação da argamassa, podemos comparar da seguinte forma:

a) O transporte do produto final feito manualmente possui perda no caminho entre a betoneira e o local de aplicação. Na aplicação mecânica a argamassa parte dos silos de armazenagem, passando pelos mangotes até a pistola para sua aplicação final, possuindo menos atividades que não agregam valor no produto final;

b) O desempenho no sistema amOooooooooooO desempenho na produção pelo sistema manual pode se aproximar do potencial máximo de produtividade, com alto quantitativo de pedreiros e serventes, havendo competições entre eles na medição de sua produção. No sistema mecanizado, a equipe é reduzida e sua produtividade passa a ultrapassar o esperado;

c) Para execuções em alturas, há a redução de valores na locação de andaimes e a diminuição nos custos administrativos da empresa são exemplos de custos indiretos que se consegue diminuir pela redução prazo na execução da obra;

d) Com a variação de força aplicada pelo pedreiro, não terá homogeneidade na aplicação e causará bolhas, diminuindo sua resistência e, futuramente, ocorrerá alguma patologia no local da aplicação. O processo com o equipamento a aplicação é constante e uniforme;

CONCLUSÃO

Conclui-se que nesta pesquisa o uso da máquina tem seus prós e contras no mercado, identificando as dificuldades e os benefícios para implementar o sistema mecanizado que foi pesquisado. O sistema de bomba de projeção de argamassa apresentou um ganho de produtividade sobre o sistema manual, reduzindo com isso o prazo de execução da obra. É importante ressaltar que quando novas tecnologias são implantadas é comum que, no início dessa implantação, haja uma menor produtividade, pois se necessita de um tempo para treinamento dos colaboradores, cujo, não sabem operar o equipamento, ajustes e adequação da projeção mecanizada do sistema, para execução de reboco apenas para chapisco o que levaria a empresa a ganhos de produtividade e redução do tempo de ciclo. Outro ponto negativo do sistema detectado foi na hora da limpeza do equipamento, uma das empresas não realizava a limpeza do equipamento no término dos serviços o que reduz o tempo de vida útil da máquina acarretando em prejuízo para empresa futuramente, a outra empresa realiza todos os dias os processos de limpeza corretamente, porém no término dos serviços quando sobrava um pouco de material no equipamento e os funcionários não estavam sendo supervisionado, o material era desperdiçado. Um dos benefícios importantes obtidos com o sistema mecanizado é a redução dos índices de perda, tanto na mistura quanto no lançamento, na mistura da argamassa com a água a máquina conta com um tipo de serrote a qual quando largado o saco de argamassa sobre a máquina parte o saco ao meio despejando o material dentro da máquina sem perda a qual a mesma faz a própria mistura, já no lançamento a máquina conta com um mangote reduzindo o número de processos das atividades e evitando possíveis perdas por transporte. Quanto ao padrão de acabamento sempre terá uma variação, pois o acabamento final ainda dependerá sempre da mão-de-obra manual, então essa variação ocorrerá, 52 quanto maior a capacitação do profissional que está realizando os trabalhos melhor o padrão de acabamento. Portanto conclui-se neste trabalho que o mercado de Chapecó está pronto para receber está inovação que vem surgindo com muita força nas capitais, pois existe uma grande demanda no processo produtivo fazendo com que a máquina tem um retorno financeiro esperado. Porém deve-se ter um cuidado a mais no planejamento das tarefas, preparação e qualificação dos funcionários havendo assim uma melhoria no processo de produção mecanizada a qual acarretara num aumento maior da produtividade, simplificação do número de processos, redução de trabalhadores no mesmo processo logo diminuindo o tempo de obra e dependendo menos da mão-de-obra braçal o que está cada dia mais difícil no setor da construção civil.

REFERÊNCIAS

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ANVI. Disponível em: <http://www.anvi.com.br/projecao-argamassa/>. Acesso em: 29/04/2015

CASAREK, H. Materiais de Construção. Instituto Brasileira de concreto. Disponível em<http://aquarius.ime.eb.br/~moniz/matconst2/argamassa_ibracon_cap26_apresentacao.pdf>Acesso em: 05/05/2015

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COUTINHO. S. M.; PRETTI, S. M.; TRISTÃO, F. A. Argamassa preparada em obra x argamassa industrializada para assentamento de blocos de vedação: Análise do uso em Vitória – ES. Artigo científico – Teoria e prática na Engenharia Civil. Vitória, ES. Disponível em: < http://www.editoradunas.com.br/revistatpec/Art4_N21.pdf> Acesso em: 20/05/2015

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MORAES, M. Argamassas de revestimento e assentamento. PUC, Goiás. S/D. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-civil-ii-1/argamassas-de-revestimento-material-auxiliar>. Acesso em: 20/05/2015.

PEIXOTO, B. L. F.; GOMES; M. L. B. Ganhos em produtividade decorrentes de inovação tecnológica na construção civil: o uso dos distanciadores plásticos no sub-setor de edificações. Artigo científico – XXVI ENEGEP. Fortaleza, Ceará. Disponível em: < http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR450307_8027.pdf> Acesso: 20/05/2015

POMPEU. J. Argamassa projetada é tendência. Folha de Pernambuco – Ed. Digital, Recife, 03 de out. 2014. Imóveis, p. 34. Disponível em: <http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaodigital/arq/2014/10/0004.html> A.cesso em: 29/04/2015

SILVA, J. B. V. Planejamento e gerenciamento de obras. ECIVIL: descomplicando a Engenharia. Disponível em: <http://www.ecivilnet.com/artigos/planejamento_e_gerenciamento_de_obras.htm>. Acesso em: 06/05/2015.

[1] Aluno do 1° período do curso de Engenharia Civil da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.

[2] Professor, orientador.

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Luís André da Silva Oliveira

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