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O orçamento na construção civil: uma revisão bibliográfica

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

RODRIGUES, Katheleen Chaves Claudio [1]

RODRIGUES, Katheleen Chaves Claudio. O orçamento na construção civil: uma revisão bibliográfica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 12, Vol. 08, pp. 44-54. Dezembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/orcamento-na-construcao

RESUMO

 O orçamento é um dos instrumentos mais importantes para o serviço do engenheiro civil. Por meio dele é que se direciona todo o trabalho em um empreendimento de Engenharia. As informações específicas de cada componente do orçamento são importantes para o bom andamento do Engenheiro que vai gerir os conceitos que compõem uma obra. Orçamentação é a técnica de apuração dos custos relacionados à implantação de um projeto. O orçamento é gerado através do procedimento de orçamentação. Existem vários métodos para preparação de um orçamento alterando do grau de detalhamento e da finalidade. O objetivo do presente artigo é analisar a importância da escolha dos tipos de orçamentos nas obras na construção civil. A pergunta que norteará o presente artigo será: Qual a importância da escolha correta entre os variados tipos de orçamentos para Construção Civil? A metodologia foi baseada na revisão de bibliografia, através do método qualitativo, os dados foram levantados transversalmente a partir de artigos, livros, entre outros. A presente pesquisa reafirma como o conhecimento na hora da escolha entre os variados tipos de orçamentos pode ser de um diferencial no resultado das obras na Construção Civil.

Palavras-chave: Orçamento, Orçamentação, Engenharia Civil, Construção Civil.

1. INTRODUÇÃO

Na construção civil, uma das etapas principais é a elaboração do orçamento da obra, pois ele permite a antevisão e o domínio dos custos envolvidos durante o cumprimento do trabalho. O orçamento consiste no cálculo dos custos para executar uma obra, sendo uma das informações iniciais que o empreendedor precisa conhecer para analisar a viabilidade econômica de um projeto.

Delinear a execução de uma iniciativa é primordial para que o mesmo aconteça de forma eficiente. Desta maneira, o orçamento contribui para compreensão das questões econômicas e para a programação das atividades. Em diversos segmentos da Engenharia civil há uma extensa concorrência de mercado, por isso a empresa precisa gerenciar seus custos para se credenciar a realizar obras e sustentar a possibilidade de lucro. De qualquer forma, o orçamento deve ser executado antes do início da obra, possibilitando o estudo e planejamentos antecedentes, auxiliando também para o controle dos gastos (GONZÁLEZ, 2008).

Como uma atividade econômica a construção civil representa uma parte importante do produto interno bruto de qualquer país e tem consequências expressivas na empregabilidade de pessoal (UNIEMP, 2010). Essa fração econômica é um exercício em que seu produto simboliza um grande investimento, tanto para as empresas quanto para seus clientes.

Desta maneira, o processo de orçar um empreendimento é um fator crítico para empresas construtoras antes mesmo que o projeto seja projetado em detalhes e que os contratos de venda e de fornecimento sejam firmados.

A construção civil representa uma parcela importante do produto interno bruto através de sua atividade econômica, representando um grande investimento, tanto para as empresas quanto para seus clientes. Na construção civil há a característica da rapidez das transformações tecnológicas e técnicas. Exigindo do mercado, profissionais aptos e capazes de atender de forma rápida as demandas do setor. (AZEVEDO; ENSSLIN, 2011)

Após uma idealização detalhada das atividades, pode-se perguntar quanto custará o projeto, quando acontecerão as despesas e quando os recursos deverão estar disponíveis. O orçamento é um apanhado ou cronograma financeiro do projeto, onde se indica como e quando serão aplicados os recursos e de que fontes eles surgirão.

Em se tratando da iniciativa privada, a viabilidade econômica é intensa e critério inicial na seleção de projetos. Se não for aceitável economicamente e financeiramente ou se existir outro projeto que se encaixe melhor nas pretensões, certamente este será rejeitado.

No caso de uma empresa pública, é imperativo que o custo do projeto esteja previsto no orçamento anual. Se não estiver, mesmo que haja sobra de recursos, o projeto não poderá ser realizado. O orçamento é um resumo ou cronograma financeiro do projeto, no qual se indica como e quando serão gastos os recursos e de que fontes eles virão.

A pergunta que norteará o presente estudo é: Qual a importância da escolha correta entre os variados tipos de orçamentos para Construção Civil?

Desta maneira o objetivo do presente artigo é analisar as diversas variações de orçamentos de obras na construção civil.

A metodologia foi baseada na revisão de bibliografia, através do método qualitativo, os dados foram levantados através de artigos, livros, entre outros.

Ao analisar um projeto, a primeira informação que o empreendedor procura é conhecer o orçamento da obra. Toda construção, de fim lucrativo ou não, requer gastos importantes e por isso devem ser quantificados para que se analise, de acordo com seu valor, se o empreendimento em estudo será viável ou não. (GOLDMAN, 1999).

2. O QUE É ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL?

O orçamento é uma forma de situar metas a serem batidas para cada departamento da organização. No orçamento fica nítido que aquilo que a contabilidade geral deseja, seja realizado em cada esfera interna da organização, principalmente quando se trata dos valores delineados e ao faturamento previsto (KNOLSEISEN, 2003).

De acordo com Mattos (2008) o orçamento é a definição de todos os ofícios, e seus quantitativos, multiplicada pelos valores unitários, cuja adição define o valor total. O orçamento precisa ser preparado antes da construção definitiva. Não é recomendada a aplicação através de suposições, e devem ser aplicados documentos seguros, não sendo preciso obter rigorosidade, já que não existe a possibilidade de antecipar todos os custos, este no caso deve refrear maior exatidão. Então Mattos (2008) apresenta os atributos de um orçamento para a construção civil, considerados decisivos, que são:

  • Aproximação: pelo fato de o orçamento ser uma antevisão, este nunca será exato, porém deverá ter uma maior exatidão possível. Para o orçamento ser exato, é preciso integrar os diferentes itens que o formam.
  • Mão de obra: fecundidade das equipes, encargos sociais e laborais;
  • Material: valor dos insumos, impostos, perdas, reaproveitamento;
  • Equipamentos: valor de horário, produtividade, esboço comparativo entre orçamentação e valor real obtido em residência unifamiliar;
  • Custos indiretos: mão de obra, despesas em geral, imprevistas;
  • Especificidade: não é possível discorrer sobre orçamento padrão, mas é possível se basear em orçamentos precedentes, é necessário harmonizar para a obra específica;
  • Temporalidade: um orçamento realizado anteriormente já não é válido hoje. O mesmo ocorre pelo fato do aumento da despesa de insumos ao longo do tempo, melhora dos métodos construtivos e diferentes cenários financeiros e gerenciais.

Sobre o orçamento na construção civil o gestor pode definir quem estará envolvido no projeto no caso, fornecedores, os recursos necessários e o tempo de entrega do produto. O orçamento deve ser  realizado com um nível elevado de detalhes,  já que é o que definirá se o projeto será plausível ou não do ponto de vista de gestão financeira e economicamente, e se não afetará o rendimento financeiro do responsável pelo empreendedorismo (CRESÇA BRASIL, 2016).

O orçamento na construção civil pode ser determinado somando custos diretos e indiretos e somando impostos e lucro até que o preço de venda seja obtido. Os custos diretos são definidos como serviços que devem ser prestados no projeto,  que consistem em mão de obra, materiais, ferramentas e toda a infraestrutura  de apoio necessária para realizar a obra. Os custos indiretos são custos financeiros, impostos, ou seja, custos gerais do canteiro de obras, taxas etc. Limmer (1997) descreve que custos diretos são custos decorrentes de insumos relacionados ao trabalho, como mão de obra, materiais equipamentos, que podem ou não estar relacionados ao produto final. Os custos diretos são aqueles que estão diretamente relacionados ao serviço prestado, desde que sejam obtidos a partir dos valores especificados no projeto e outros documentos que contenham todos os insumos utilizados na obra, e leis trabalhistas e leis sociais similares (BERWANGER, 2008).

O procedimento de desenvolvimento do orçamento é intitulado de orçamentação. Esta é a forma para se alcançar o valor total de um empreendimento. Assim, o orçamento é o fruto e orçamentação é o artifício para se chegar ao efeito. Tisaka (2011) afirma que o desenvolvimento orçamentário é o contíguo de atividades adolescidas para a criação da estimativa de valores de uma construção a partir do ideal preparado para a empreitada.

Para a materialização de um projeto no universo da construção civil, é necessário antever de quanto será o seu valor, e num segundo momento apurar se é viável ou não. Segundo Mattos (2006) o cuidado com os valores começa anteriormente ao início da obra, justamente na fase de orçamentação, que envolve a identificação, descrição, quantificação, análise e precificação de uma grande quantidade de inputs.

Para Jungles (2006) não se pode domar aquilo que não se reconhece. Desta maneira, o controle e os dados dos valores num universo como o da construção civil têm grande acuidade no que diz respeito à competitividade e a constância da empresa.

Jungles (2006) apresenta um procedimento dividido em cinco fases para a preparação do orçamento, como descrito abaixo:

  • Separar o orçamento em fases, etapas, sub etapas e elementos de acordo com os processos construtivos adotados formando seu escopo.
  • Enumerar as prestezas cogentes para concretizar uma fase, ou subfase, baseado na tecnologia a ser utilizada para a realização da construção.
  • Delimitar o rendimento para cada atividade, identificar os inputs indispensáveis e os referentes cotações unitárias.
  • Medir as quantidades das atividades tendo como alicerce os projetos e memoriais descritivos. Na ausência deles, é possível avaliar as quantidades através de índices associados aos espaços edificados.
  • Arranjar os custos dos materiais, equipamentos e mão de obra, cogentes à realização de cada presteza, acrescendo os encargos sociais somente sobre a mão de obra. Após totalizar os custos, fazer incidir o BDI, obtendo-se, assim, o preço de cada atividade e etapas da obra.

De uma forma mais simplista, o orçamento de uma construção é constituído pelos seguintes dados: quantitativo de trabalhos que serão realizados na obra, consumo único, advindo de apontadores de fecundidade da mão de obra e consumo de materiais por unidades de trabalho e o preço único dos materiais e da mão de obra (MARCHIORI, 2009). Para a realização de um orçamento, necessita-se de todos os projetos com suas devidas especificações, os memoriais descritivos da obra e o planejamento de como a obra será executada.

2.1 TIPOS DE ORÇAMENTOS E SUA IMPORTÂNCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Dentre as fórmulas utilizadas para a criação de cálculos de custos, três são as que mais se destacam no Brasil: o Custo Unitário Básico (CUB), o Modo Paramétrico de Custo e o Orçamento Detalhado (OTERO, 1998; MARCHIORI, 2009). As duas primeiras compõem as primeiras etapas do empreendimento, e a terceira, está atrelada as etapas de projeto e desenvolvimento, onde dados quantitativos já podem ser explicitados.

Tisaka (2006) afirma que nos custos unitários o que acontece é o cálculo da quantidade de material, de horas, de aparelhamento e o número de horas de individual, preços para o desempenho de cada unidade desses ofícios, ajustados simultaneamente pelo custo dos materiais, do aluguel, horário dos equipamentos e pelo salário-hora dos laborais, sendo adicionados os encargos equivalentes, nomeados de Composição dos Custos Unitários. Segundo Dias (2004) para o caso do palpável simples os elementos diretos são as horas da mão de obra empregadas, betoneira e vibrador de imersão e dos materiais em função do traço estabelecido (m³ de areia, m³ de brita, kg de cimento e, consequentemente, de algum aditivo).

No caso dos valores indiretos, de acordo com Dias (2004) eles se dão pelos itens de custo que não são abertamente mensuráveis nas unidades de medição dos laborais, isto é, veículos de passeio e de carga de apoio, contas das concessionárias (energia, água, internet, telefone e etc.) entre outros, que são comumente considerados por mês ou aqueles orçados sobre o valor final. Os custos indiretos abarcam despesas que, apesar de não serem incorporadas à obra, são imprescindíveis para a sua cumprimento, mais os impostos, taxas e contribuições (TISAKA, 2006).

Já os custos tributários são custos decorrentes de disposições legais, abrangendo tributos, impostos, taxas, emolumentos e tarifas. O imposto de forma geral proveniente da construção alude ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em seguida, o PIS e o COFINS que acontecem sobre a produção.

Segundo Tisaka (2006) os gastos financeiros são os custos vindos de juros de capital financeiros aplicados por comodato para patrocinar a verba de giro da empresa ou a obtenção de bens perduráveis. As despesas indiretas são conseguidas a partir do apresto de mapas mensais de custos administrativos central da organização. Com dados de um trimestre, é possível ter a estimativa do gasto por ano, a alíquota dos gastos deverá ser difundida pelos projetos a serem alcançados naquele período. Um dos maiores problemas abarbado pelas empresas está em como difundir os custos pelos projetos de modo que essa despesa não pese no orçamento da construção.

No caso do BDI – Benefício e Despesas Indiretas de acordo com a cartilha CREA-ES (2008) são o componente do valor de cada serviço, notificado em percentual, que não se assimila ao custo direto ou que não está efetivamente moldada como a produção direta do serviço ou produto. O BDI é a parte do valor da mão de obra formado pela gratificação do empreendimento, chamado lucro estimado, despesas financeiras, do orçamento da administração central e por todos os custos legais sobre o lucro financeiro, menos das leis sociais sobre as atividades laborais empregadas.

Cabral (1988) afirma que a produtividade de cada serviço é afetada por diversos fatores, sejam eles a motivação, as condições do clima, a melhoria técnica, o tipo de contrato efetuado, entre outros. Dessa maneira, os índices aplicados nas composições unitárias são preços não determinísticos, de forma que seria mais realista se fossem obtidos a partir do sistema construtivo observado em cada organização. Tais índices referenciam a produtividade das empresas líderes no setor construtivo, o que quer dizer que o uso dos índices pode alterar o gerenciamento de gastos das empresas já que grande parte delas apresenta produtividade inferior. Segundo Andrade (2002), são múltiplos os tipos de orçamento aproveitados no campo da construção civil. Dentre eles, podemos citar:

  • Convencional: improvisado a partir de conciliações de custos, dividindo os serviços em partes e orçando por unidade de serviço;
  • Executivo: preocupa-se com as proeminências de como a obra será adimplida, adaptando os valores de acordo com a configuração na qual eles ocorrem na obra ao longo do tempo;
  • Paramétrico: é um orçamento utilizado em estudos de viabilidade ou consultas rápidas. Está embasado na determinação de constantes de consumo dos insumos por unidades de serviço;
  • Método pelas características geométricas: baseia-se no diagnóstico de gastos por elementos de construção de prédios do mesmo tipo e com alguma afinidade relativa do elemento analisado no edifício de estudo;
  • Processo de correlação: o valor é correlacionado com uma ou diversas variáveis de mensuração, podendo ser uma conexão simples (produtos semelhantes) ou uma conexão múltipla.

No entanto, esses procedimentos de elaboração de orçamentos têm apresentado entraves nos contextos contemporâneos, já que os projetos são cada vez mais extensos, multinacionais e elaborados (TAS; YAMAN, 2005).

Com uma inquirição em custos acertada, é possível restringir os desvios que impactam na rentabilidade do empreendimento ou até mesmo hibridezas significantes, que poderiam inviabilizar a assiduidade do cumprimento de uma construção (TAS; YAMAN, 2005).

Mattos (2010) nos apresenta a curva S, que é a curva de soma cumulativa da distribuição percentual parcial  em relação à distribuição do fator de produção dado ao longo do tempo.  É composto por curvas de utilização cumulativas individuais devido ao seu formato.  Ele aumenta continuamente e representa o valor total acumulado do recurso, que pode ser dias de recursos ou o custo expresso como seu preço por hora ou mensal que se acumula ao  longo do tempo. A ordem mais alta da curva é a quantidade total  de uso de recursos.

Mattos (2008) exibe a curva ABC dos insumos como sua razão em ordem decrescente de custos. No topo estão os custos mais importantes da obra em termos de custos, e abaixo de estão os insumos menos importantes. O nome “curva” vem do gráfico que mostra a porcentagem cumulativa de cada insumo do valor total da obra. A curva ABC mostra a descrição, unidade, quantidade, custo por unidade, custo total e unidade para cada insumo e porcentagens cumulativas. Exibe as entradas em valor decrescente, ajudando o engenheiro a identificar os materiais, trabalhadores e equipamentos mais importantes necessários para o trabalho.

De acordo com Cardoso (2009, p. 198) descreve que “os orçamentos podem variar em função da finalidade a que se destinam e do nível de desenvolvimento ou do detalhamento disponível para projetos que sirvam de apoio técnico à sua elaboração”.

O orçamento é um pré-requisito para um bom planejamento, porque determina o sucesso de qualquer projeto de construção. Por outro lado, somente com este orçamento elaborado podemos prosseguir com a execução de obras como: viabilidade técnico-econômica,  cronograma físico-financeiro, cronograma detalhado da empresa e  relatório de acompanhamento físico-econômico (COÊLHO, 2001).

A Norma Regulamentadora Brasileira (NBR) 12721 (ABNT, 2006) estabelece: “um documento no qual são registradas as operações contábeis de custos de construção, que resume todos os custos relacionados à prestação de serviços prestados e incluídos no documento técnico, diferenças. na especificação do orçamento”. Esta regra também define os critérios para avaliação do custo unitário, cálculo do estoque de construção e outras disposições semelhantes.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção civil é um dos setores mais importantes da economia nacional, e engloba o uso de diversos recursos materiais, humanos e financeiros. Na atualidade, onde ocorrem crises econômicas e grande redução das obras de engenharia, um orçamento adequado se mostra cada vez mais imperativo para as empresas se manterem no mercado de forma competitiva e em condições de continuarem a produzir suas atividades.

Durante o desenvolvimento deste trabalho, percebe-se que a escolha do tipo de orçamento de uma construção civil é um processo que merece toda atenção, sendo mais complexo do que apenas cotar preços, pois envolve todo um estudo referenciando o projeto aos critérios aceitos em pesquisas quantitativas para conhecer as etapas da construção civil, para entender as especificidades da empresa, enfim  para conhecer os detalhes de toda a obra.

Neste contexto, o presente trabalho exibe a importância da escolha adequada dos orçamentos na construção civil, levando em consideração que um orçamento bem executado é uma ferramenta fundamental usada para o controle de gastos. Desta forma, ao seguir as etapas e critérios do tipo de orçamento selecionado, é possível calcular de forma muito mais concreta o custo total de uma obra, oferecendo subsídios para adimplir os serviços de maneira mais eficiente e econômica, possibilitando às empresas o aumento dos lucros, ao mesmo tempo em que permite a revisão dos custos e índices durante o cumprimento da obra, realização de simulações financeiras e, principalmente, a análise da viabilidade econômica da construção.

Escolher a forma correta de orçamentar é muito mais do que trabalhar com valores, é necessário compreender cada pormenor da obra e seus principais desafios, desenvolvendo, dessa maneira, induções capazes de listar as opções mais qualificadas de logísticas, de mão de obra e cumprimento dela.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Artemária Coêlho de; SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de. Diferentes abordagens quanto ao orçamento de obras habitacionais: aplicação ao caso do assentamento da alvenaria. Livro de resumos: do ENTAC 2002: cooperação & responsabilidade social, 2002.

CABRAL, Eduardo Cesar Chaves. Proposta de metodologia de orçamento operacional para obras de edificação. 1988. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro tecnologico.

CARDOSO, Roberto Sales. Orçamento de obras em foco – Um novo olhar sobre a engenharia de custos. São Paulo: Pini, 2009.

CARTILHA CREA-ES. BDI – Bonificação ou Benefícios e Despesas Indiretas. CreaES. Vitória, 2009

COÊLHO, Ronaldo Sérgio de Araújo. Orçamento de obras prediais. São Luiz, MA: UEMA, 2001.

CRESÇA BRASIL. Como elaborar e gerenciar projetos. 2016. Disponível: https://www.crescabrasil.com.br/pessoas/10540/material/Como%20elaborar%20e%20gerenciar%20projetos%20diagrama%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso: 20/10/2022.

CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB/m²): PRINCIPAIS ASPECTOS. BELO HORIZONTE: Sinduscon- MG, 2007. 112f. Disponível em: http://www.sindusconmg.org.br/site/arquivos/cub/cartilha_cub.pdf. Acesso: 14/10/2022.

DIAS, Paulo Roberto Vilela. Engenharia de custos: estimativa de custo de obras e serviços de engenharia. Rio de Janeiro, 2004.

GOLDMAN, Pedrinho. Sistema de planejamento e controle de custos na construção civil: Subsetor edificações. PhD Thesis. Dissertação (Mestrado)–Universidade Federal Fluminense. Niterói. 199.

LIMMER, Carl Vicente. Planejamento, Orcamentação e Controle de Projetos e Obras. 1º ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editoras S.A, 1997.

JUNGLES, Antonio Edesio; AVILA, Antonio Victorino. Gerenciamento na construção civil. ARGOS, 2006.

MARCHIORI, Fernanda Fernandes. Desenvolvimento de um método para elaboração de redes de composições de custo para orçamentação de obras de edificações. São Paulo, 2009.

MATTOS, Aldo Dórea. Como Preparar Orçamentos de Obras. 1ª Edição. São Paulo: PINI, 2006.

MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. Pini, 2009.

MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. Oficina de Textos, 2019.

NBR, ABNT. 12721. Avaliação De Custos Unitários e Preparo de Orçamento de Construção para Incorporação de Edifícios em Condomínio. Rio de Janeiro, 2006.

OTERO, J. A. Uso de modelos paramétricos em estimativas de custo para construção de edifícios. Encontro Nacional De Engenharia De Produção, v. 18, 1998.

TAS, Elcin; YAMAN, Hakan. A building cost estimation model based on cost significant work packages. Engineering, Construction and Architectural Management, 2005. TISAKA, M.. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Editora Pini, 2006.

TISAKA, Maçahico. Norma Técnica para elaboração de orçamento de obras de construção civil. Instituto de Engenharia, 2011.

UNIEMP. Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresa. 2010.

[1] Graduanda, Cursando Pós-Graduação. ORCID: 0000-0003-4617-7138.

Enviado: Novembro, 2022.

Aprovado: Dezembro, 2022.

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Katheleen Chaves Claudio Rodrigues

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