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Análise da mobilidade urbana e acessibilidade para ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado na Cidade de Palmas – Tocantins

RC: 50322
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVESTRE, Alef Felix Tarrão [1], VIEIRA, Diogo Soares Falcão [2], SILVA, Wellington César Teles da [3]

SILVESTRE, Alef Felix Tarrão. VIEIRA, Diogo Soares Falcão. SILVA, Wellington César Teles da. Análise da mobilidade urbana e acessibilidade para ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado na Cidade de Palmas – Tocantins. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 05, Vol. 04, pp. 05-25. Maio de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/acessibilidade-para-ciclistas

RESUMO

O artigo discute a Análise da Mobilidade Urbana e Acessibilidade para Ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado na Cidade de Palmas – Tocantins. O objetivo é analisar se as ciclovias e ciclofaixas na avenida estão dentro dos parâmetros exigidos e se são acessíveis aos ciclistas. Os resultados apresentaram inadequações para a acessibilidade e algumas carências na mobilidade, pois os ciclistas disputam seus lugares com outros meios de locomoção, como automóveis, motos e coletivos públicos, sendo que as vias para transitarem em segurança de bicicletas são disponibilizadas apenas em finais de semana e feriados com horários estipulados. Demonstram também a necessidade de adequações nas estruturas dos espaços públicos e uma política urbana efetiva, que promova a inclusão social, com acessibilidade e mobilidade para os ciclistas. O artigo é fundamentado em uma pesquisa bibliográfica, por meio de pesquisas em artigos na internet, que foram fundamentais para o fechamento das ideias e leituras diárias.

Palavras-Chave: Mobilidade Urbana e Acessibilidade, ciclistas, Avenida Teotônio Segurado, ciclovias e ciclofaixas.

1. INTRODUÇÃO

A cidade de Palmas foi construída no sertão norte goiano, sendo a última capital brasileira planejada no século XX, para ser a capital do Estado do Tocantins. Como uma cidade planejada ela não sai do marasmo das grandes cidades, onde apresenta sérios problemas de mobilidade urbana e acessibilidade para as pessoas que necessitam transitar de bicicleta. Palmas possui quase todo seu perímetro urbano planejado, avenidas gigantes e planejadas, com rotatórias, grandes quadras, o eixo central é composto da principal atividade econômica da cidade.

A cidade é uma cópia da capital brasileira, Brasília, onde a aglomeração de pessoas se dá no grande centro, por causa da facilidade de empregos, e da atividade econômica. A aglomeração de automóveis, motos e coletivos, é uma preocupação tanto ambiental, quanto econômica e urbanística. Há um grande número de pessoas que moram em bairros afastados, que necessitam do automóvel ou coletivos para irem aos seus locais de trabalho, a bicicleta se perde no meio destes automóveis.

Por ser uma cidade planejada, Palmas deveria estar livre de problemas relacionados à mobilidade urbana e acessibilidade, porém não é isso que é apresentado na atual conjectura, nem as suas avenidas planejadas fugiram das regras das grandes cidades, as ruas e avenidas não foram planejadas para ciclistas e pedestres. As quadras são bem distantes uma das outras, grandes rotatórias, pouca segurança para quem faz caminhadas e adotam a bicicleta como meio de locomoção.

Os moradores da cidade de Palmas, vivem a angústia de uma capital planejada, trabalhadores que saem dos distritos da cidade para a parte central, onde concentram-se os empregos. As grandes distancias dos distritos e a capital apontam congestionamentos, onde nega aos menos favorecidos o urbano para manter a ilusão de uma cidade planejada. Por outro lado, é uma cidade que foi planejada para a vaidade de políticos, urbanistas e burocratas, cabides de empregos. Na cidade a maioria da população trabalha em órgãos públicos.

Percebe-se que em Palmas há uma negação daquele que necessita dia a dia de um transporte econômico, como a bicicleta, porém ainda não há espaços para deixá-la com segurança, há uma falha de um planejamento, dinâmicas urbanas de deslocamentos, produção e convívio mútuo, uma negação da cidade que prejudica seus mais proveitosos mecanismos.

Em outras palavras, a cidade de Palmas peca, por não haver um planejamento voltado para os ciclistas. Há poucos anos que políticos e demais associações estão se preocupando com as ciclovias e as ciclofaixas na cidade, mais ainda há muito que caminhar para que esta modalidade de transporte seja favorecida.

2. PROBLEMÁTICA

A problemática da pesquisa deste estudo consiste em responder ao seguinte questionamento: quais são as dificuldades que a mobilidade urbana apresenta, em relação a acessibilidade para os ciclistas na avenida Joaquim Teotônio Segurado na Cidade de Palmas-TO?

3. JUSTIFICATIVA

Este estudo visa contribuir com a literatura acadêmica no que tange as questões de mobilidade e acessibilidade urbana na Avenida Joaquim Teotônio Segurado na cidade de Palmas-TO. A mobilidade e acessibilidade urbana é um tema que há algum tempo tem ganhado destaque em estudos de planejamento e transporte em âmbito mundial.

A maioria das cidades ainda não conseguem garantir uma infraestrutura adequada a seus usuários, seja ele automobilísticos, ou usuário que faz suas caminhadas ou ciclistas. A necessidade de um instrumento que avalie a acessibilidade dos espaços para as melhores condições de mobilidade dos ciclistas é imprescindível, sendo necessárias ações para mudar o quadro atual.

A Avenida Joaquim Teotônio Segurado na cidade de Palmas em Tocantins, foi o foco da pesquisa cuja análise é baseada na mobilidade urbana e acessibilidade de ciclistas nesta avenida. Apesar de ser a mais nova capital do Brasil, planejada segundo os moldes das grandes cidades, a cidade já enfrenta problemas relativos ao trânsito, principalmente os referentes à circulação de pessoas no espaço urbano.

Duarte; Sanches; Libardi (2008), argumentam que já em algumas décadas, o crescimento acelerado nas áreas urbanas, tem aumentado a quantidade de transportes motorizados individuais, principalmente nas grandes cidades. Diante disso, está havendo inúmeros transtornos, intensificando os conflitos entre os diferentes modos de deslocamento e afetando, principalmente, as pessoas que preferem circular de a pé ou bicicleta. Percebe-se que com o crescimento das cidades, os números de automóveis aumentaram, mas as estruturas viárias tornaram-se cada vez mais deficitárias

No Brasil, inúmeras pesquisas vêm sendo desenvolvida sobre a mobilidade e temas afins. Além disso, recentemente esses temas tornaram-se uma das preocupações do Poder Público Federal, o qual tem realizado algumas ações através do Ministério das cidades.

A mobilidade urbana e a acessibilidade são uma das condições essenciais para assegurar a qualquer cidadão brasileiro o direito Constitucional de ir e vir. Neste contexto, o deslocamento dos ciclistas apresenta-se mais problemas relativos a qualidade de seu deslocamento, a infraestrutura das avenidas, a segurança com faixas e ciclofaixas, a educação no trânsito e o respeito dos motoristas. Neste sentido a pesquisa se justifica por conter uma proposta de estudo que se põe a contribuir com as informações a respeito de um tema de grande relevância que está longe de ser esgotado.

4. HIPÓTESE

Por meio desta pesquisa, observa-se que na Avenida Joaquim Teotônio Segurado, está faltando sinalizações para os ciclistas como também segurança ao seu deslocamento.

5. OBJETIVO

5.1 OBJETIVO GERAL

Fazer análise da mobilidade urbana e acessibilidade de ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado em Palmas-TO

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

– Analisar a largura da rodovia (avenida Joaquim Teotônio Segurado);

– Avaliar a quantidade de ciclistas que passam na via

– Analisar se ela está seguindo o código de acessibilidade para ciclistas e mobilidade urbana.

6. REFERENCIAL TEÓRICO

A temática apresentada sobre a mobilidade urbana, tem como finalidade a discussão sobre o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida da população, as condições de deslocamentos das pessoas e mercadorias, que impactam toda a sociedade pela geração de externalidades negativas, como acidentes, poluição e congestionamentos. Estes congestionamentos afeta a vida dos, que moram distantes das oportunidades urbanas, principalmente os menos favorecidos (CARVALHO, 2011).

Nas cidades existem sistemas ineficientes de mobilidade, e isto acarreta desigualdades socioespaciais, que prejudicam os mais pobres, impactando a renda de famílias, oportunidades de emprego, estudo, lazer e condições de tratamento de saúde, e ainda prejudica as condições de equilíbrio ambiental no espaço urbano (CARVALHO, 2011).

Para Oliveira; Cruz; Pereira (2014), a mobilidade urbana tem como problemática o deslocamento de pessoas e de bens no espaço urbano, e tem como relevância a facilidade de deslocamentos na cidade. Esta mobilidade é mais que o transporte de veículos ou a implantação de infraestrutura, ela envolve principalmente pessoas e suas condições de deslocamento.

A cidade de Palmas-TO, tem seu desenho traçado vário ortogonal bem hierarquizado facilitando sobremaneira o fluxo de veículos por meio de suas amplas avenidas. O sistema vário é formado por largas avenidas, que são definidas como unidades vizinhas (quadras) de 700 X 700 metros, abrigando em seu interior um sistema de vias locais e quadras internas menores. Em princípio o projeto era para ter uma dinâmica dentro das quadras, equivalentes a bairros tradicionais com ambiência e, distâncias confortáveis para a circulação de pedestres (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

Segundo Oliveira; Cruz; Pereira (2014), o projeto de Palmas, não foi pensando para as pessoas fazerem sua circulação, sem a utilização de automóveis, a locomoção de a pé ou bicicleta, não são atrativas devidos as suas avenidas largas se apresentam como eixos para o fluxo desimpedidos de carros, são barreiras que seccionam a cidade em ilhas geométricas, dificultando o fluxo de pedestres, entre as quadras, além de tudo na cidade existem várias rotatórias em praticamente todos os cruzamentos.

Oliveira; Cruz; Pereira (2014), enfatiza que a adequação do sistema viário de Palmas-TO, para receber a ciclovia é muito precário, a cidade é a mais jovem do país, com amplos espaços vários e que na teoria, busca o título de cidade sustentável. A qualidade urbana de Palmas-TO, é comprometida por um sistema viário que foi projetado com foco nos automóveis e a especulação imobiliária. No campo da mobilidade e acessibilidade de pedestres e ciclistas, as ruas não são amigáveis.

Figura 1 – Calçada sem mobilidade

Fonte TV anhanguera 2010.

As ruas de Palmas-TO, não são convidativas, não promovem a interação social, não possuem um desenho adequado para pedestres que são obrigados a caminhar em calçadas e vias descontinuadas e esburacadas. Geralmente são apresentadas aos ciclistas situações perigosas na competição por causa dos espaços ocupados por carros, motos e ônibus (TV ANHANGUERA, 2010).

A bicicleta na atualidade faz parte da mobilidade urbana no Brasil. Hoje, nas grandes cidades brasileiras, os ciclistas já despontam em meios a carros, calçadas e ciclovias. Segundo a ANTP, 4,0% das viagens nas regiões metropolitanas e 16% das viagens em cidades na faixa de 60 mil a 100 mil habitantes são realizadas por bicicletas. Os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar realizada pelo IBGE, em 2008-2009, apontaram que no Brasil a utilização da bicicleta é geralmente utilizada pelas famílias de baixa renda, as quais se concentram em maior proporção nas regiões Norte e Nordeste. A bicicleta apresenta como uma alternativa mais barata em comparação com os meios de transportes motorizados (AFFONSO; BRITO; GRANADO, 2009).

O Brasil produz cerca de cinco milhões de bicicletas anualmente, ocupando o terceiro lugar, atrás apenas da China e da Índia. A bicicleta ganhou destaque e hoje já faz parte dos financiamentos federais, infelizmente ainda sofre com a imensa carência de infraestrutura adequada, como ciclovias, ciclofaixas, áreas de estacionamento e integração com transportes coletivos. A bicicleta ainda é tratada como modo de deslocamento marginal e obstáculos aos veículos motorizados. Observa-se ainda que a política de educação e segurança, como também o respeito aos ciclistas é precário, contribuindo consequentemente para os crescentes índices de mortes e ferimentos no trânsito (AFFONSO; BRITO; GRANADO, 2009).

Os modos não motorizados de transporte, segundo a Lei 12.587/12, possuem o direito a um terço da via, espaço que deve ser destinado para calçadas e malha cicloviária, financiada pelo governo federal. Para que aconteça políticas de estímulo ao transporte por bicicleta algumas regras devem ser respeitadas, como: criação de uma malha cicloviária, ciclovias, ciclofaixas com instalação de paraciclos, ou seja  estacionamentos das bicicletas; calçadas compartilhadas, iluminadas e sinalizadas, com integração aos transportes de massa e acesso a todos os cantos da cidade; fiscalização realizadas pelo poder público das ciclovias, ciclofaixas, campanhas de educação, inclusão de conteúdos na formação de condutores ciclistas (AFFONSO; BRITO; GRANADO, 2009).

6.1 A BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE SUSTENTÁVEL

De acordo com Rau (2013), a bicicleta desde o século XX, vem sendo um transporte eficiente e popular no mundo. Segundo a literatura pesquisada, no Brasil, desde a década de 1950, com o incentivo do governo federal brasileiro, teve uma expansão da frota e da infraestrutura urbana destinada aos modos de transportes individuais motorizados, e estes reflexos são sentidos, atualmente, em muitas cidades brasileiras.

Notadamente estes reflexos podem causam grandes problemas de mobilidade e acessibilidade urbana como: congestionamentos e acidentes de trânsito, interferindo diretamente na qualidade de vida dos cidadãos. É uma política pública urbana, que privilegiam o uso do automóvel como sendo o principal meio de transporte adotado nas grandes cidades (MAGAGNIN; SILVA, 2008).

Em meio a este planejamento, e a crescente demanda de veículos particulares motorizados nas grandes cidades brasileiras foram adaptados toda a sua infraestrutura urbana para garantir espaço e fluidez no trânsito. Desta forma ficou para segundo plano o incentivo a utilização dos modos não motorizados e mais sustentáveis; os gestores públicos não investiram em projetos adequados aos transportes não motorizados (MAGAGNIN; SILVA, 2008).

É sabido que a bicicleta, por ser um bem material de pouco custo é acessível à grande parte dos indivíduos, podendo vencer pequenas e grandes distâncias, como também ocupa pequenos espaços nas ruas e avenidas, podendo ser uma alternativa àquelas pessoas que dependem do transporte público coletivo, além de ser um transporte não poluente, podendo ser utilizado para práticas de exercícios e lazer, e melhorar consideravelmente a qualidade de vida do indivíduo (GONDIM, 2010).

Além de que a bicicleta ocupa menos espaço viário de que um automóvel, tem melhor aproveitamento do espaço público, e isto, a torna muito eficiente no combate aos congestionamentos (INTERFACE FOR CYCLING EXPERTISE, 2009). Apesar de todas as vantagens apresentadas para o uso da bicicleta, o número de ciclistas é muito baixo se comparado com o número de automóveis que circulam nas grandes cidades. Estes fatores podem estar relacionados à falta de infraestrutura cicloviária voltadas para os usuários de bicicletas (PROVIDELLO e SANCHES, 2010).

As autoras corroboram com o estudo enfatizando que o emprego da bicicleta como meio de transporte é associado a fatores objetivos e subjetivos dos usuários. A Agência de Departamento de Transportes dos EUA – FHWA – Federal Highway Administration, realizou uma pesquisa e chegou à conclusão de que os fatores objetivos referem-se aos aspectos físicos e mensuráveis às condições da via e do espaço ocupado, já os fatores subjetivos mais aos conceitos e necessidades dos indivíduos em relação a determinados modos de transportes (tabela 1).

Tabela 1 – Fatores que influenciam a escolha dos modos de transporte

FATORES SUBJETIVOS Comprimento da viagem

Segurança no tráfego

Conveniência

Custo da viagem

Valor atribuído ao tempo

Valorização de exercícios físicos

Condições físicas

Circunstâncias familiares

Hábitos cotidianos

Atitudes de valores sociais

Aceitabilidade social

FATORES OBJETIVOS Fatores Ambientais Clima

Relevo

Característica da Infraestrutura Infraestrutura adequada para bicicletas

Acessibilidade e continuidade das rotas

Alternativas de transporte

Fonte: Providelo e Sanches (2010)

Podemos destacar outros fatores que influenciam a opção do uso da bicicleta, dentre eles, destacam-se: a qualidade da infraestrutura cicloviária, qualidade das ruas e avenidas, local onde as bicicletas podem ser guardadas e a integração com outros modos de transportes e a continuidade da qualidade da infraestrutura (PROVIDELLO e SANCHES, 2010).

Em linhas gerais o que isso significa? Qualidade da infraestrutura cicloviária, que todos os elementos que fazem parte da infraestrutura ciclovária, como ciclovias e ciclofaixas devem ser apropriados, ou seja, largura da faixa ciclável, adequação do piso, proteção lateral, dispositivos de redução de velocidade no ajuntamento de pontos perigosos, sinalização e iluminação; Qualidade ambiental dos trajetos – Diz respeito ao tratamento paisagístico (canteiros, terraplenos, sombreamento e pontos de apoio); Continuidade da Infraestrutura cicloviária – se refere a manutenção de um nível homogêneo de segurança de tráfego em todo o trajeto, como também o tratamento das interseções, onde a bicicleta possa ter locais adequados e autônomos para realização das travessias indispensáveis à continuidade de um trajeto; Facilidade para guardar a bicicleta – presença de estacionamentos (bicicletários ou paraciclos) em vários pontos da malha urbana, como também controle de acesso e vigilância; Integração da bicicleta com outros modos de transporte – este é um item essencial para a ampliação da mobilidade dos ciclistas, devendo existir espaço para a guarda em segurança da bicicleta, equipamento de apoio, banheiros, bebedouros entre outros (PROVIDELLO e SANCHES, 2010).

Palmas foi fundada a partir da criação do Estado do Tocantins, onde se deu a divisão do Estado de Goiás na Constituição de 1988, o governador na época carregava o “espírito de desenvolvimentista juscelinista” (LIRA, 1995). A intenção do governador era romper com um passado austero, de isolamento e decadência econômica do antigo norte goiano, para marcar um novo tempo, reescrevendo uma nova história a partir da implantação de uma capital que projetaria o Tocantins no cenário nacional, mudando o panorama de esquecimento em relação as outras cidades do país outros (PROVIDELLO e SANCHES, 2010).

Com a implantação do projeto de construção de Palmas, apagou um passado de exploração colonial e de atraso. Seria, portanto, a continuação da ‘marcha’ para o oeste e norte[4]. Palmas foi considerada “mera cópia de Brasília”, ambas são cidades ex-nihilo[5] pois nasceram de um projeto urbanístico de grande escala. O projeto de Palmas sofreu influências simbólicas, políticas e culturais do planejamento da cidade de Goiânia, como também de Brasília (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

O projeto urbanístico de Palmas foi concebido por um grupo de arquitetos chamado GrupoQuatro, ambos tinham forte aporte nos princípios modernistas em sua concepção, com pensamentos contemporâneos. Para os autores, “o projeto da futura capital do estado do Tocantins, precedia de um outro tipo de sonho: ecológico e humanístico” (GRUPOQUATRO, 1989, p. 3).

A capital foi desenhada com um traçado viário hierarquizado, por uma macromalha em tabuleiro de xadrez, para facilitar o fluxo de veículos através das amplas avenidas, que estabeleceria um deslocamento de longa distância e distribuição de veículos por toda a cidade. As avenidas distam entre si, 700 metros que abriga em seu entremeio as unidades de vizinhança com aproximadamente 700×700 metros e que, por conseguinte, abrigam um sistema de vias locais e quadras menores convencionais, formando os bairros residenciais (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

No projeto urbanístico de Palmas, as amplas avenidas teriam o papel ecológico, com a finalidade de integrar o meio natural com o urbano por meio da arborização de seus canteiros centrais e calçadas, para amenizar as altas temperaturas da região. As áreas verdes complementariam com parques e outros espaços, grandes desafios para o poder público, onde os recursos financeiros para a implantação de fato, e infraestrutura necessária, ocasionam dificuldades em cumprir de fato a intenção do projeto (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

A questão humanística seria contemplada através do projeto urbanístico, pela dinâmica das unidades de vizinhança, que são chamadas de quadras, similares a bairros tradicionais, com distâncias confortáveis para a circulação de pedestres. O projeto, não foi compreensível com as pessoas que utilizam os modos não motorizados de circulação, extrapolando os limites das quadras, onde suas avenidas largas se apresentam como eixos para o fluxo desimpedido de carros, as barreiras lineares seccionam a cidade em ilhas geométricas, dificultando o fluxo de pedestres entre as quadras e aniquilando as possibilidades de caminhadas agradáveis e seguras pela cidade (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

A cidade de Palmas, com 30 e poucos anos apresenta diversos problemas que afetam diretamente a mobilidade urbana por meio da bicicleta. Podemos notar que há falta de um planejamento integrado entre a ocupação urbana, como também o perfil socioeconômico da população, e os investimentos em infraestrutura afetam diretamente os deslocamentos, e as políticas pontuais, priorizam a utilização de automóveis. Ressaltamos que as políticas de mobilidade urbana sustentáveis com foco em ciclovias e ciclofaixas, em uma cidade planejada, deve constar no projeto urbanístico, desde a sua concepção, ou seja, é necessário que haja uma visão holística quanto às problemáticas que envolvem o cotidiano da população. (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

O projeto de criação da cidade de Palmas, possui um amplo e farto sistema viário, com suas avenidas largas e grandes rotatórias, porém a bicicleta não foi considerada como veículo, que satisfizesse as necessidades dos indivíduos e as políticas públicas voltadas ao transporte e à infraestrutura viária da cidade não previu ciclovias, adequadas para o uso dos ciclistas, a busca do poder público foi tardia em qualificar e reabilitar o espaço urbano voltado os usuários de bicicleta. Com a necessidade de adequar as diretrizes da política federal de mobilidade sustentável foram construídas ciclovias em alguns percursos da cidade, na tentativa de interligar alguns bairros à região central (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

Para a implantação de ciclovias os gestores utilizaram uma metodologia de contagens pontuais de ciclistas em algumas avenidas da cidade e a quantidade de acidentes envolvendo ciclistas, conforme informações do órgão municipal de planejamento da mobilidade, a Agência de Trânsito, Transporte e Mobilidade (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

A cidade de Palmas-TO, possui uma área plana com clima agradável, o município conta com algumas ciclovias na cidade como um todo. O transporte cicloviário está sendo estruturado se expandindo, como sendo um modo alternativo de transporte urbano de baixo custo, um fator primordial é que não é poluente e adequado para viagens curtas. É comum a população de baixa renda, deslocar de bicicleta diariamente, seja para o trabalho, para a escola ou lazer (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

Como citado anteriormente a cidade é plana, e as distâncias são dificultam as pessoas de utilizarem a bicicleta para os seus afazeres diários, porém, falta estrutura viária que ofereça segurança, geralmente os ciclistas são obrigados a dividir, os espaços das ruas com automóveis, expondo-se a altos riscos de acidentes (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA,2014).

Figura 2 – ciclovia na Avenida Teotônio Segurado

Fonte TV anhanguera 2010.

Palmas conta com alguns poucos trechos de ciclovias: na Avenida Joaquim Teotônio Segurado, com aproximadamente 3Km entre o Centro Universitário Luterano de Palmas – ULBRA e a Avenida I do Jardim Aureny III, ao Jardim Taquari; na Avenida NS-1 saindo do Hospital Geral de Palmas – HGP, aproximadamente 14 Km; na LO-05, indo até o Hemocentro na L0-12, de onde cruza a Avenida Joaquim Teotônio Segurado até a Avenida NS-02 com término na Avenida L0-04 (Praça da Árvore). Outro trecho de ciclovia implantado, com aproximadamente 2 Km, sai do Fórum, na Avenida L0-13, seguindo até a Avenida NS-04 com término na Avenida L0 27 (Rodoviária) (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

A avenida Joaquim Teotônio Segurado é a mais importante via arterial da cidade de Palmas. É a maior avenida da cidade e da Região Norte do Brasil, possuindo um total de 26 quilômetros de extensão. De acordo com a pesquisa a Avenida Teotônio Segurado é considerada a mais longa em linha reta do Brasil, apresentando percurso de aproximadamente 10,2 km. O nome da Avenida uma homenagem ao pioneiro da emancipação tocantinense o desembargador Joaquim Teotônio Segurado (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

A Avenida Joaquim Teotônio Segurado, citada como a maior da região Norte, é sem dúvida nenhuma um elemento que possibilita adiantar-se nas nos assuntos relativos à mobilidade urbana sustentável, apresenta-se a multimodalidade como foco por meio da complementação dos trajetos de ônibus e de bicicletas. É uma avenida que abriga a linha troncal de ônibus e as estações de transbordo entre a linha troncal e as alimentadoras, pelo que foi apresentado a avenida tem alto potencial para implementar bicicletários, possui um canteiro central bem amplo, que comporta todo o suporte de infraestrutura, como pistas para pedestres e ciclistas, arborização, rede de iluminação, estações amplas e multifuncionais, entre outros (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

As ruas de Palmas possuem rotatórias em seus cruzamentos, e a Avenida Joaquim Teotônio Segurado é a única que não possui rotatórias, e sim semáforos. As rotatórias são elementos de difícil transposição por ciclistas e pedestres, que acarretam sérios riscos de acidentes e atropelamentos (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

A ciclovia na Avenida Joaquim Teotônio Segurado tem grande, pela necessidade de maior segurança por ser uma avenida onde os modos de transportes transitam em alta velocidade nesta via, quanto pelas dimensões de caixa viária, que permitem a implantação de uma estrutura completa, viabilizando tanto o projeto urbanístico quando humanístico (árvores, iluminação, bicicletários), em conjunto com as estações de transbordo e do sistema de transporte coletivo (OLIVEIRA; CRUZ; PEREIRA, 2014).

Figura 3 – A avenida Teotônio Segurado terá faixas exclusivas para ciclistas aos sábados, domingos e feriados

Fonte TV anhanguera 2015.

A ciclofaixa na Avenida Joaquim Teotônio Segurado, é aberta aos ciclistas somente aos domingos e nos feriados, no horário de 6:00 horas da manhã às 22:00 horas, o decreto entrou em vigor em 27 de março de 2018, data da programação do aniversário da cidade, sobre a responsabilidade da Segurança de Mobilidade Urbana (SESMU), a organizar a escala de pessoal qualificado. A prefeita da cidade a senhora Cinthia Ribeiro em entrevista ao Portal T1, salientou que é dever da administração zelar pelo bem-estar da população, como também oportunizar aos palmenses, lazer e harmonização com a mobilidade urbana. Em suas palavras a gestora frisou que a ampliação das ciclofaixas incentiva a prática de exercícios contribuindo para o respeito de ciclistas, pedestres e automóveis (FERNANDES, 2018).

A ciclofaixa na Avenida Joaquim Teotônio Segurado foi criada em 2016, recebe várias críticas. Na principal avenida da cidade, existe sinalização horizontal com a indicação da faixa destinada aos ciclistas, e placas avisando os dias e horários de funcionamento do trecho destinados aos ciclistas. As críticas dos cliclistas são contra os motoristas que não respeitam os horários que são destinados aos atletas, invadindo a faixa, e ainda estacionam seus veículos nas vias colocando a vida dos mesmos em risco, além de que a fiscalização não ajuda, neste impasse (MARTINS, 2019.)

Segundo a Comissão de Gestão da Informação do Programa Vida no Trânsito de Palmas, no ano de 2011 a 2018, foram registrados na cidade 20 óbitos de ciclistas por acidentes de trânsito De acordo com a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana de Palmas, a fiscalização das ciclovias é realizada por meio de rondas, por uma equipe de segurança viária, formada por agentes de trânsito do município, fiscais do Detran e Policia Militar (MARTINS, 2019).

7. METODOLOGIA

A presente pesquisa teve como objetivo analisar a mobilidade urbana e a acessibilidade para ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado na cidade de Palmas-TO, desta forma realizou-se a pesquisa bibliográfica, assim definida:

É a que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir de teorias publicadas em livros e congêneres.[…] o investigador irá levantar o conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando e avaliando sua contribuição para auxiliar a compreender ou explicar o problema: objeto de investigação.” (HORN, apud DIEZ e HORN, 2004, p.26).

A pesquisa é uma atividade que tem por objetivo a aquisição de novos conhecimentos, principalmente científicos e tecnológicos. É necessária uma breve conceituação quanto ao significado e essência da pesquisa para subsidiar melhores conhecimentos possibilitando os entremeios aplicacionais. A pesquisa foi realizada em artigos da internet para melhor compreensão dos resultados.

De acordo Marconi e Lakatos (2001, p.43), “a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir variedades parciais”.

Colaborando com o estudo, Cervo e Bervian (2002, p.66) enfatizam que a pesquisa bibliográfica constitui parte da pesquisa descritiva ou experimental, quando e feita com intuito de recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hipótese que se quer experimentar.

8. RESULTADO E DISCUSSÃO

A avenida Joaquim Teotônio Segurado, se apresentada como eixo integrador da malha urbana, projetada para abrigar edifícios de escritórios, uma avenida de largura considerável, com pista dupla, canteiro central de 21 metros e quatro faixas de rolamento em cada sentido (OLIVEIRA e KNEIB, 2014).

Com características físicas (ampla largura das faixas de rolamento e canteiro central, ausência de rotatórias, grandes lotes lindeiros), a Avenida Joaquim Teotônio Segurado abriga a linha troncal de ônibus e as estações de transbordo, desenvolvendo-se em um grande eixo que percorre a cidade no sentido norte-sul. Por meio deste sistema, as linhas alimentadoras percorrem a cidade distribuindo seus passageiros nos sentidos leste e oeste (OLIVEIRA e KNEIB, 2014).

Segundo Oliveira e Kneib (2014), a qualificação da avenida colaboraria para o uso cotidiano de bicicleta, ou para o lazer nos finais de semana. Merecendo que se faça um processo cultural nos hábitos atuais dos moradores, que hoje são pautados na valorização do uso demasiado do automóvel.

Há uma ação do poder público em relação a qualificação da avenida, para que os ciclistas fazem a utilização somente aos finais de semana, porém, a avenida necessita de maiores investimentos. Não se deve direcionar o olhar apenas para os espaços reservados aos ciclistas durante os finais de semana, há outros problemas a cidade de Palmas, tem altas temperaturas não propiciando assim, condições para os ciclistas durante o dia, temperaturas na casa dos 40%, o trajeto fica desprotegido do sol na pista de rolamento, inviabilizando o trafego em grande parte do dia (OLIVEIRA e KNEIB, 2014).

Notadamente o cenário brasileiro ainda não consegue integrar a bicicleta no seu cotidiano, como um modo de transporte, na maioria das vezes quem acaba usando a bicicleta é uma parcela mais pobre da população ou pessoas praticando esportes em seus momentos de lazer, ou seja, o cenário atual foi criado pela cultura do automóvel não havendo uma infraestrutura de qualidade para quem utiliza a bicicleta. Algumas ciclovias apresentam, falhas, dificultando o trajeto da mesma, assim o ciclista não consegue realizar um percurso completo de forma contínua, pois elas possuem os traçados ligando pontos de lazer da cidade ou ainda dentro dos parques e pouco extensas. É o que geralmente acontece na cidade de Palmas, os ciclistas têm dias e horas marcadas para transitarem de bicicletas (DUARTE; SÁNCHEZ; LIBARDI, 2006).

A separação de pista ocorre por meio da colocação de cones, e estes não são uma barreira física que possam proporcionar segurança aos ciclistas. Os autores enfatizam que deveriam implantar ciclovia no canteiro central, pois a avenida tem largura específica para o mesmo. Estas mudanças atenderiam os ciclistas no seu cotidiano tanto nos dias normais quanto nos finais de semana, com melhor qualidade ambiental (OLIVEIRA e KNEIB, 2014).

São várias vantagens do uso da bicicleta do que do automóvel, ela não polui o meio ambiente, baixo custo, manutenção barata, fácil utilização, ocupa menor espaço de estacionamento, é mais viável que a caminhada para percorrer distancias maiores entre outros. Para serem utilizadas com segurança, as bicicletas são necessárias ciclovias ou ciclofaixas, bem projetadas (OLIVEIRA e KNEIB, 2014).

Boareto (2010), enfatiza que é essencial que haja um plano cicloviário fundamentado em uma política pró-bicicleta, como também um processo de planejamento, implantado e gestão de um sistema cicloviário, que ofereça conforto e segurança para ciclistas e pedestres. Cita ainda que é preciso alargar a mobilidade da cidade, principalmente para a população de baixa renda, e criar condições para que a cidade desempenhe seu papel de oferecer oportunidades iguais a todos os cidadãos. A construção de ciclovias promove ruas mais seguras e confortáveis para ciclistas e pedestres e a integração com o transporte e os espaços públicos promove o convívio social durante os deslocamentos dos habitantes pela cidade.

A construção de uma ciclovia, deve ser acompanhada de medidas educativas, para que o usuário saiba utilizar esse novo recurso, como também para que os condutores autobilisticos respeitem o cidadão que está pilotando uma bicicleta. Essas medidas podem ser realizadas de várias formas, desde campanhas educativas até sinalização específica (DELABRIDA, 2004).

Figura 4 – motoristas desrespeitam ciclovia em Palmas

Fonte TV anhanguera 2015.

A capital de Palmas-TO,  apresenta sérios problemas referentes a mobilidade urbana por meio da bicicleta. Há uma falta de planejamento integrado entre a ocupação urbana, como também o perfil socioeconômico da população, falta investimentos em infraestrutura e preferências de deslocamentos, isto afeta negativamente as possibilidades de mobilidade. Uma política de mobilidade urbana sustentável com foco em ciclovias e ciclofaixas devem estar presentes desde a concepção de uma cidade, é necessário haver uma visão holística quanto às problemáticas que envolvem o dia a dia das pessoas (OLIVEIRA e KNEIB, 2014).

Delabrida (2004), colabora com a pesquisa dizendo que a bicicleta contribui para a transformação social: pois com ela, o indivíduo tem condições de descobrir seu bairro, cidade, história, como também ela influencia na construção de sua identidade, além de contribuir para a melhoria de sua saúde física e psíquica.

Diante de todos os dados a pesquisa analisa que é preciso melhorar os espaços destinados aos ciclistas na Avenida Teotônio Segurados, pois eles disputam espaços com automóveis, ônibus, caminhões e motocicletas, em um dos trânsitos mais mortais de um país, cujo trânsito é considerado um dos mais letais do mundo (DELABRIDA, 2004).

Entre os problemas observados ao longo do desenvolvimento desta pesquisa destaca-se o fato dos ciclistas terem que dividir o trânsito com os veículos automotivos, na Avenida Joaquim Teotônio Segurado, ato que causa desconforto e medo a cada cruzamento a ser vencido, além de ser uma fonte constante para os diversos acidentes de trânsito verificados nesta grande avenida da cidade de Palmas em Tocantins (DELABRIDA, 2004).

9. CONCLUSÃO

O objetivo desta pesquisa foi analisar a mobilidade urbana e acessibilidade de ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado em Palmas-TO, podemos concluir que a utilização da bicicleta possui inúmeras vantagens, por ser um meio de transporte urbano não poluente e mais funcional para distancias de até 6 km. Podemos ainda destacar que a locomoção por meio da bicicleta promove o bem-estar e a saúde, pois as pedaladas favorecem atividades físicas.

Neste contexto, as ciclovias surgiram como um aparato essencial para garantir a segurança dos ciclistas e proporcionar deslocamentos mais seguros para seus usuários. A ciclovia é o espaço destinado especificamente para a circulação dos usuários de bicicletas, que segundo o Código de Trânsito Brasileiro, possui os mesmos direitos do motorista.

Diante disso, a pesquisa referiu-se as condições de mobilidade e acessibilidade urbana ofertadas para os ciclistas na Avenida Joaquim Teotônio Segurado em Palmas Tocantins, se estão de acordo com as exigências, para se transitar de bicicleta onde verificou as condições das ciclovias e ciclofaixas da citada avenida.

Recomenda-se que sejam realizados estudos mais aprofundados sobre o tema, ou seja, uma apresentação de um esboço de ciclovia que abarque todas as quadras da cidade, que os gestores da cidade elaborem um projeto que favoreça a cidade, conforme seu crescimento.

10. REFERÊNCIA  

AFFONSO, N. S.BRITO J. M; GRANADO, C.; Mobilidade Urbana e Inclusão Social, 1ª edição 2009. Disponível em: http://mdt.org.br/bblt/1512_CrtlhNvsCnqsts.pdf.Capturado em 26 de julho de 2019.

ATTM (2012) Mapas sobre Palmas. Agência de Transito Transporte e Mobilidade de Palmas – ATTM, 2012.

BOARETO, Renato (Org.). A bicicleta e as cidades: como inserir a bicicleta na política de mobilidade urbana. 2ª ed. São Paulo: Instituto de Energia e Meio Ambiente, 2010.

CARVALHO, C. H. R.; PEREIRA, R. H. M. Efeitos da variação da tarifa e da renda da população sobre a demanda de transporte público coletivo urbano no Brasil. Brasília: Ipea, 2011. (Texto para Discussão, n. 1595).

CERVO, A. L; BERVAN, P. Metodologia Científica 2 ed. São Paulo, Pretice Hall, 2002.

DIAS, L. As praças cívicas das novas capitais brasileiras. Dissertação de Mestrado. PPG/FAU/UnB, Brasília, 2011.

DELABRIDA, Z. N. C. A imagem e o uso da bicicleta: um estudo entre moradores de Taguatinga. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2004.

DUARTE F; SANCHES K; Libardi R; Introdução à Mobilidade Urbana, 2008 1 ed. Curitiba: Juruá Editora, 2008.

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FERNANDES, L. Atendendo Solicitações de Ciclistas, Cinthia Ribeiro cria Ciclofaixas “Bike na Pista”.PORTAL T 1, 2018. Disponível em: < https://www.t1noticias.com.br/cidades/atendendo-solicitacao-de-ciclistas-cinthia-ribeiro-cria-ciclofaixa-bike-na-pista/94263/>. Capturado no dia 01 de agosto de 2019.

GONDIM, M. F. Caderno de Desenho Ciclovias. Fortaleza. 2010

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OLIVEIRA, L.A. DE; KNEIB E. C. Análise das alterações na configuração da rede de transporte coletivo de uma cidade modernista brasileira: caso de estudo em Palmas –TO. In: 4° Congresso Luso Brasileiro para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado, Sustentável – Pluris, 2010, Faro. Anais do 4 PLURIS, 2014.

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RAU, S. L. Sistema cicloviário e suas potencialidades de desenvolvimento: o caso de Pelotas. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal de Pelotas. 2013.

APÊNDICE – REFERÊNCIAS DE NOTA DE RODAPÉ

4. A ‘Marcha’, para o Oeste e Norte iniciou-se com a criação de Goiânia (MORÃES, 2003).

5. Palmas foi implantada a partir do nada – Ex nihilo é uma frase latina que significa “fora do nada”. Muitas vezes, aparece em conjunto com o conceito de criação, como em creatio ex nihilo, que significa “criação de nada”, literalmente em contextos filosóficos ou teológicos, mas também ocorre em outros campos (DIAS, 2011).

[1] Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Unirg Gurupi – TO.

[2] Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Unirg Gurupi – TO.

[3] Graduado em Engenharia Civil, Técnico em Edificações, Especialista em Orçamento, Planejamento e Docente do Curso de Engenharia Civil da Universidade Unirg Gurupi – TO.

Enviado: Abril, 2020.

Aprovado: Maio, 2020.

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Alef Felix Tarrão Silvestre

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