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A contabilidade gerencial aplicada nas Microempresas Individuais – MEI

RC: 130015
383
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/microempresas-individuais

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CASTRO, Pamella Laryssah Diogo de [1], GOES, Taiane Santiago [2], FEIO, Vitória Régia Ferreira [3], ROBERTO, José Carlos Alves [4], CAVALCANTE, Zuila Paulino [5]

CASTRO, Pamella Laryssah Diogo de. Et al. A contabilidade gerencial aplicada nas Microempresas Individuais – MEI.  Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 10, Vol. 05, pp. 142-148. Outubro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/microempresas-individuais, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/microempresas-individuais

RESUMO

A contabilidade gerencial é uma ferramenta que fornece os dados necessários para a tomada de decisões empresariais, além disso, ela fornece visões e avaliações a fim de evitar problemas futuros na organização, principalmente relacionados ao orçamento financeiro. Nesse contexto, o presente artigo tem como finalidade demonstrar a aplicação da contabilidade gerencial nas Microempresas Individuais (MEI), visando responder: como a contabilidade gerencial pode auxiliar as microempresas individuais (MEI’s)? Desta forma, tem-se como objetivo conceituar contabilidade gerencial, demonstrando a sua utilização nas microempresas individuais, bem como os resultados positivos de sua aplicação. Para isso, adotou-se como metodologia a realização de pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva. Como resultados, verificou-se que a contabilidade gerencial pode fornecer os resultados, bem como informações do ocorrido durante o período e do desempenho das atividades desenvolvidas, auxiliando os MEI´s nas tomadas de decisão e planejamento.

Palavras-chave: Contabilidade gerencial, Microempresas, Contabilidade.

1. INTRODUÇÃO

A contabilidade gerencial visa contribuir para a geração de informações contábeis que serão importantes nos processos decisivos de uma empresa. Ela é necessária tanto para o controle interno quanto para o controle externo, porque fornece relatórios que podem ajudar o gestor e direcioná-lo a tomar as melhores decisões.

Segundo Marion (2015), ela facilita a gestão, possibilita planejamento de projetos, disponibiliza segurança pelos procedimentos contábeis que são realizados, porque é a partir dela que os usuários terão a oportunidade de acessar informações sobre a empresa, que ajudarão nos detalhes para se tomar a melhor decisão.

Nesse contexto, sabe-se que as Microempresa empresas individuais (MEI), necessitam desse tipo de suporte para evitar problemas que possam surgir com o decorrer do tempo, tomando as melhores decisões para a manutenção de seu negócio. Sendo assim, questiona-se: como a contabilidade gerencial pode auxiliar as microempresas individuais (MEI’s)?

A partir deste questionamento, tem-se como objetivo conceituar contabilidade gerencial, demonstrando a sua utilização nas microempresas individuais, bem como os resultados positivos de sua aplicação.

Para isso, o estudo foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica e pesquisa qualitativa sobre o tema em questão.

Face ao exposto, a pesquisa pretende contribuir na demonstração de que a contabilidade gerencial pode ajudar as microempresas individuais no processo de tomada de decisão, trazendo benefícios e auxiliando no planejamento dos passos que poderão ser realizados dentro da MEI.

2. CONTABILIDADE GERENCIAL 

A Contabilidade Gerencial trata-se, principalmente, da forma que será realizado o gerenciamento das atividades dentro da empresa. Ela possui papel relevante na gestão dos negócios, pois é necessária para que se garanta o controle gerencial e se estabeleça um padrão de excelência dentro da organização (PADOVEZE, 2016, p. 41).

Crepaldi (2013) a descreve como parte da contabilidade destinada a transmitir conselhos aos gestores das empresas para auxiliá-los no desempenho de suas funções. Concentrando-se no uso ideal dos fluxos de receita para cada entidade, por meio de controle efetivo sobre os elementos implementados em uma variedade de sistemas de informações gerenciais.

Crepaldi (2013, p. 16), também, afirma que a contabilidade gerencial é um mecanismo de função administrativa destinado a examinar ativos, determinar resultados e fornecer informações sobre os ativos e resultados de uma organização.

Para Padoveze (2016, p. 11), ela possui, de forma simplificada, um componente das ciências contábeis que reúne um conjunto de informações necessárias à gestão, além do que já existe na contabilidade financeira. Consequentemente, para os microempreendedores individuais, a contabilidade gerencial é uma excelente ferramenta de informação para apoiar a tomada de decisões, principalmente na esfera econômica.

Além disso, ela pode atuar diretamente no processo gerencial da administração, definindo o processo gerencial como principal fonte de extração da informação contábil e analisando os dados obtidos, o que permitirá sanar e elucidar as dúvidas de seus usuários no momento da tomada de decisão (ALMEIDA; SILVA e PERUZZI, 2015).

As informações obtidas por ela permitem que o gestor realize escolhas que afetarão a sobrevivência da empresa de forma mais segura, pois ela analisa: balanço, medição e análise de custos, planejamento, auditoria, gestão das operações e todo o processo de tomada de decisão (BORGERT, 2014).

Ressalte-se, ainda, que esta tem como objetivo principal o processo de análise dos custos e finanças do mercado financeiro, bem como o desenho do negócio e dos aspectos internos e externos da organização, a fim de melhor adaptar-se dentro do mercado competitivo (SILVA, 2014).

Por fim, a contabilidade gerencial, também, pode ser considerada como uma boa auxiliar para empresas que não possuem um planejamento adequado e, por esse motivo, possam vir a falir, pois ela auxilia a encontrar informações precisas nos relatórios gerenciais e nos processos de controle, a fim de que os gestores tenham diretrizes precisas com informações relevantes sobre o cenário da organização.

3. MICROEMPRESAS INDIVIDUAIS (MEI)

As microempresas individuais têm a sua origem a partir da lei complementar nº 128/2008 que se tornou um avanço para os trabalhadores informais que deixavam de contribuir em relação à arrecadação de impostos. Além disso, esta lei foi criada para facilitar a abertura da MEI e ajudar a simplificar os deveres do microempreendedor (SMITH et al., 2017).

Atualmente, no Brasil, elas representam uma grande fatia do mercado e, segundo dados do Sebrae (2022), existem cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no país, o que representa 27% do Produto Interno Bruto nacional.

Para que seja considerada microempresa individual, é necessário que esta se encaixe dentro de alguns critérios estabelecidos, como por exemplo, a necessidade de a organização possuir receita de até oitenta e um mil reais (ROCHA, 2014).

Elas, também, têm parcela importante no desenvolvimento da economia brasileira, que se apresenta em crescimento nos últimos anos. Entretanto, apesar dessa participação na economia brasileira e na geração de empregos, muitas delas ainda encontram dificuldades para se manterem firmes dentro do mercado devido (ROCHA, 2014).

4. A CONTABILIDADE GERENCIAL NAS MEI´s

A contabilidade gerencial é válida para fornecer informações que irão ajudar a nortear a microempresa, pois ela tem como base informações e ferramentas que podem auxiliar no processo de transformações do patrimônio, atuando no controle de contas, fluxo de caixa e controle orçamentário.

Além disso, ela diz respeito a algo mais profundo, estando voltada de forma única e exclusiva para a administração da empresa, pois fornece informações que possam se encaixar de maneira mais válida e efetiva no modelo decisório para o administrador (MORAIS e BARRETO JÚNIOR, 2019).

Ademais, segundo Padoveze (2016), ela é uma ferramenta fundamental dentro da empresa, pois fornece o suporte necessário tanto controle interno quanto para o externo. Desta forma, para que a organização possa seguir os sistemas atuais, a contabilidade gerencial emerge como um auxílio para que as informações sejam geradas e comunicadas aos seus gestores de forma muito clara.

O microempreendedor que aplica a contabilidade gerencial em seu negócio consegue ter visão mais ampla dos benefícios na hora da tomada de decisão, esta fornece norte para os rumos a serem traçados pela empresa, sejam na obtenção de metas ou alcance de objetivos. Destaca-se, ainda, ser possível oferecer maior vantagem e competitividade, além de evitar desperdícios e aumentar o controle gerencial (GRUPO META, 2017).

Consequentemente, é importante ressaltar que ela permite que a empresa enxergue além dos números, permitindo, desta forma, a interpretação e verificação dos melhores resultados obtidos. Proporcionando, assim, informações claras e objetivas que possam transmitir confiança para o microempreendedor individual em sua tomada de decisão, garantindo uma resposta bem-sucedida ao mercado (SOUZA; ALENCAR e CAVALCANTE, 2021).

Outro ponto relevante a ser destacado é que esta ferramenta poderá ajudar o microempreendedor a ter sucesso, contribuindo para a solução de problemas e proporcionando o avanço dentro do mercado competitivo. Além do mais, a aplicação da contabilidade gerencial trará resultados positivos a partir de relatórios gerenciais, ajudará na gestão e nos controles internos e externos, evitando que a empresa possa vir a falência (SMITH et al., 2017).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contabilidade gerencial visa contribuir para a geração de informações contábeis que serão importantes nos processos decisivos de uma empresa. Além disso, a adoção desta ferramenta se torna uma vantagem competitiva dentro do mercado, que está cada vez mais competitivo e voraz. Ela, também, auxilia, a partir de suas ferramentas, a gerir os negócios de forma clara, buscando sempre os melhores resultados de forma objetiva.

Ante ao exposto, o presente artigo teve como objetivo conceituar contabilidade gerencial, demonstrando a sua utilização nas microempresas individuais, bem como os resultados positivos de sua aplicação, sendo norteado pela questão: como a contabilidade gerencial pode auxiliar as microempresas individuais (MEI’s)?

Após a realização da pesquisa bibliográfica, constatou-se que a contabilidade gerencial é necessária para as microempresas individuais, pois fornece informações claras sobre os resultados ocorridos durante o período e sobre o desempenho das atividades desenvolvidas, auxiliando-as no controle, decisão e planejamento dos passos que poderão ser realizados.

Diante disso, evidenciou-se que a contabilidade gerencial está ligada de forma muito clara à tomada de decisão e gestão. Por isso, é fundamental que ela seja utilizada dentro das microempresas, pois contribuirá de forma significativa para o sucesso de decisões assertivas que irão impactar os negócios e auxiliar em seu desenvolvimento.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, Aldemar Dias; SILVA, Élica Cristina da; PERUZZI, Marcelo Henrique de Abreu. A importância da contabilidade gerencial na gestão empresarial. Rev. Conexão Eletrônica, vol. 12, n. 1, 2015. Disponível em: http://revistaconexao.aems.edu.br/wp-content/plugins/download-attachments/includes/download.php?id=1144. Acesso em: 10 out. 2022.

BORGERT, Altair. Contabilidade gerencial. 3. ed. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2014.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial, teoria e prática. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.

GRUPO META. Qual a importância da contabilidade gerencial para o meu negócio? Grupo Meta, 2020. Disponível em: https://www.grupometa.com/contabilidade/importancia-da-contabilidade-gerencial-para-meu-negocio/. Acesso em: 24 set. 2022.

MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 17 ed. São Paulo: Atlas, 2015.

MORAIS, Rosa Amélia Carvalho; BARRETO JÚNIOR, Agenor Campos. A Importância da Contabilidade Gerencial para Microempresas e Empresa de Pequeno Porte. ID on line. Revista de psicologia, v. 13, n. 43, p. 903-921, 2019. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/1527/0. Acesso em: 10 out. 2022.

PADOVEZE, Clovis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistemas de informação contábil. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.

ROCHA, Estevão Lima de Carvalho. Oportunidade ou necessidade? Um estudo do impacto do empreendedorismo no desenvolvimento econômico. Revista Gestão em Análise, v. 3, n. 1/2, p. 31-46, abr. 2014. ISSN 2359-618X. Disponível em: https://periodicos.unichristus.edu.br/gestao/article/view/146. Acesso em: 10 out. 2022.

SILVA, Rodrigo Rangel da. O microempreendedor individual MEI-uma abordagem sobre a efetividade das vantagens, benefícios e desafios gerados ao novo empreendedor. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Contábeis) – Universidade Federal de Rondônia. Cacoal – RO, 2014.

SMITH, Marinês Santana Justo; PEREIRA, Cintya Souza; SILVA, Vanessa Cristina; MOREIRA, Wellington Aparecido Oliveira. A contabilidade como protagonista na gestão de microempresas individuais. Diálogos em Contabilidade: Teoria e Prática, v. 5, n. 1, 2017. Disponível em: https://periodicos.unifacef.com.br/index.php/dialogoscont/article/view/1923. Acesso em: 10 out. 2022.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Obrigações do MEI: 6 responsabilidades que todo MEI deve cumprir. Sebrae, 2022. Disponível em: https://www.sebrae-sc.com.br/blog/obrigacoes-do-mei. Acesso em: 28 set. 2022.

SOUZA, Anne Letícia; ALENCAR, Auziane Soares; CAVALCANTE, Zuila Paulino. A importância da contabilidade para o microempreendedor individual. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 3, p. 13341-13354, 2021. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n3-284. Acesso em: 10 out. 2022.

[1] Graduanda do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0002-0076-0953.

[2] Graduanda do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0002-5111-0651.

[3] Graduanda do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0002-0719-8932.

[4] Orientador. Mestre em Engenharia de Produção. Especialista Logística Empresarial. Graduado em Administração com Ênfase em Marketing.

[5] Co-orientadora. Mestre em Engenharia de Produção pela UFAM, Especialista em Auditoria pela UFAM, graduada em Ciências Contábeis pela UFAM.

Enviado: Setembro, 2022.

Aprovado: Outubro, 2022.

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Pamella Laryssah Diogo de Castro

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