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Contribuição da contabilidade para as pequenas empresas

RC: 130049
632
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/contribuicao-da-contabilidade

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

NASCIMENTO, Lucelia Mota do [1], SILVA, João Igor da Cunha [2], NASCIMENTO, Lauany Cristina Silva do [3], ROBERTO, José Carlos Alves [4], BARROSO, Yuri Yves Garcia [5],  CAVALCANTE, Zuila Paulino [6] 

NASCIMENTO, Lucelia Mota do. Et al. Contribuição da contabilidade para as pequenas empresas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 10, Vol. 06, pp. 40-52. Outubro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/contribuicao-da-contabilidade, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/contribuicao-da-contabilidade

RESUMO

Apesar das pequenas empresas terem grande influência na produção e prestação de serviços brasileiros, estas também apresentam o maior índice de falência entre as outras organizações. Portanto, por meio deste artigo, buscou-se investigar: como a contabilidade contribui para o desenvolvimento das pequenas empresas? Logo, definiu-se como objetivo geral compreender as contribuições da contabilidade às empresas de pequeno porte. Assim sendo, a metodologia utilizada para esta pesquisa caracteriza-se por sua natureza qualitativa, com fins explicativos e meios bibliográficos, tendo como intuito sintetizar os principais estudos encontrados sobre o tema. Nesse contexto, observou-se que os principais resultados obtidos evidenciaram a contribuição da contabilidade para as pequenas empresas na produção de informações que sirvam de base para as tomadas de decisões da alta administração.

Palavras-chave: Pequenas empresas, Contador, Relatórios contábeis.

1. INTRODUÇÃO

Segundo Banterli e Manolescu (2007), as Pequenas Empresas têm grande influência na produção e prestação de serviços brasileiros, sendo responsáveis por fortalecer esses ramos. Todavia, dados estatísticos do Sebrae (2016) apontam que estas possuem maior índice de falência, se comparado às empresas de porte superior.

Tendo isso em vista, o presente artigo levantou como questão norteadora: como a contabilidade contribui para o desenvolvimento das pequenas empresas? Dessa forma, adotou-se como objetivo geral compreender as contribuições da contabilidade às empresas de pequeno porte.

Para tanto, como objetivos específicos desta pesquisa, buscou-se: caracterizar as pequenas empresas e identificar o contexto dos riscos de crescimento das mesmas; descrever a evolução e relevância da contabilidade para as empresas nos dias de hoje; e, por fim, verificar as contribuições da contabilidade para o desenvolvimento e crescimento das pequenas empresas.

Para tanto, a metodologia utilizada para esta pesquisa caracterizou-se por sua natureza qualitativa, com fins explicativos e meios bibliográficos, tendo como intuito sintetizar os principais estudos encontrados sobre o tema.

2. PEQUENAS EMPRESAS

De acordo com Leal e Treter (2018), as pequenas empresas são organizações que possuem uma determinada dimensão, tendo como característica principal o seu valor de faturamento, o qual não deve ultrapassar R$ 4.800.000.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) anuais, conforme a Lei Complementar nº 155/2016. E são empresas que possuem um nível de rotatividade menor quando comparadas às empresas de médio e grande porte, e maior quando comparadas às micro-empresas.

Assim sendo, conforme o IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2001), as pequenas empresas são empreendimentos que possuem até 99 colaboradores atuando na organização, se o setor for o industrial. Enquanto, segundo Guimarães; Carvalho e Paixão (2018), se o setor for comercial, considera-se como pequena empresa os empreendimentos que possuem até 49 colaboradores.

Diante disso, de acordo com Barreto (2020), para as empresas de pequeno porte, a cada mês é cobrado um valor correspondente a uma parte específica do faturamento, que engloba tributos como PIS, IPI, INSS, entre outros. Entretanto, não podem ter acesso ao crédito voltado para o ICMS e o IPI, e não são obrigadas a destinarem parte dos seus recursos para Sesc, Senai, Sebrae, Senac, entre outros.

Nesse aspecto, Banterli e Manolescu (2007) apontam que, diferentemente das grandes empresas, as pequenas possuem incentivo de desenvolvimento por meio do Simples Nacional, que visa realizar a tributação de forma simplificada.

Por essa razão, apesar da crise econômica vivenciada no Brasil, no ano de 2020, com o surgimento da pandemia, de acordo com a pesquisa realizada por Silveira (2021) quanto às empresas de pequeno porte, houve o maior índice de geração de empregos relacionados aos pequenos negócios, mediante os incentivos do governo.

Dessa forma, é compreendido que as pequenas empresas estão cada vez ganhando mais espaço no mercado competitivo, o que em parte está associado à atuação de diversas políticas públicas que visam apoiar e impulsionar os pequenos negócios.

Apesar disso, de acordo com dados estatísticos do Sebrae (2016), as pequenas empresas possuem maior índice de falência, se comparado às empresas de porte superior.

2.1 OS RISCOS DE FALÊNCIA DE PEQUENAS EMPRESAS

De acordo com Pembele (2018), qualquer empreendimento possui riscos que podem comprometer o investimento realizado e reduzir o retorno financeiro esperado. Dessa forma, quando os riscos são grandes e a empresa não possui nenhum tipo de planejamento e estratégia para a reversão do caso, ocorre o comprometimento da continuidade do negócio, onde muitas empresas acabam declarando falência e encerrando suas atividades.

Isto posto, Scalzilli; Spinelli e Tellechea (2019) descrevem que isso pode ser explicado por um conjunto de ações realizadas de forma inadequada e insuficiente pela administração e gestão do negócio.

Assim, para Santos; Dorow e Beuren (2016), um dos fatores que está diretamente associado ao risco de falência de pequenas empresas é a ausência da atuação de um profissional contador para administrar a contabilidade da empresa. Na maioria dos pequenos negócios, muitos empresários consideram desnecessário a contratação ou terceirização desse controle, ficando sob responsabilidade do próprio dono da empresa organizar e controlar a contabilidade. Porém, isso pode ser um risco caso ele não possua os conhecimentos profissionais da área.

Nesse contexto, Oliveira; Miranda e Takamatsu (2021) descrevem que o controle dos aspectos contábeis é importante para uma empresa de pequeno porte na redução e prevenção de riscos que podem ocasionar falência.

Sendo assim, para que as pequenas empresas resistam aos desafios dos primeiros 5 anos, que são os mais difíceis e que geralmente ocasionam a falência, é de fundamental importância que seja incluído em seu planejamento de colaboradores, àqueles com formações especializadas em gestão, contabilidade, administração, negócios, marketing. Ou seja, a manutenção de uma empresa não está relacionada apenas à qualidade do item produzido ou do serviço prestado, mas também ao cumprimento das obrigações fiscais e tributárias e às análises corretamente realizadas por meio de relatórios contábeis específicos, de modo a orientar a tomada de decisão pelo sócio ou gestor.

3. CONTABILIDADE

De acordo com Leite et al. (2014), os primeiros registros da contabilidade foram em 6.000 a.C. por meio de desenhos em pedras e cavernas. A evolução da contabilidade se deu de forma muito lenta, de modo que somente em 2.000 a.C. foi possível detectar inovações nas formas de registro, uma vez que durante esse período os egípcios passaram a usar o papiro e o cálamo para escrever. Apesar disso, no geral, a ideia defendida pela maioria dos autores, é que a Contabilidade surgiu com a publicação do trabalho “La Summa de Aritmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá”, em 1494, de autoria de Frei Pacioli.

Todavia, no Brasil, de acordo com Silva e Assis (2015), a contabilidade surgiu com a identificação dos primeiros registros que foram feitos por meio de desenhos e pinturas em pedras e cavernas, sendo caracterizados por se encontrar de forma mais frequente nas cavernas de Minas Gerais e Piauí. Entretanto, pode-se afirmar que a Contabilidade se originou de fato no Brasil durante o Período Colonial, onde ela foi usada exclusivamente para calcular a quantidade de matéria-prima extraída do pau-brasil e minerais.

Heissler; Vendrusculo e Sallaberry (2018) ressaltam que mecanismos de cobrança de tributos e afins eram utilizados na época da exploração ao ouro, com o intuito de fiscalizar e realizar a cobrança de tributos para as capitanias onde se realizavam as explorações. Com esse avanço, de 1930 a 1960, o contador passou a ser visto como profissão, de forma regulamentada e com organização no ensino comercial. Assim, em 1946, a profissão passou a ser legalizada e o profissional, conhecido hoje como contador, passou a ser chamado como guarda-livros.

Segundo Leite et al. (2014), dos anos de 1960 até o fim do século XX, as empresas públicas e privadas passaram por um maior controle tanto relacionado à fiscalização quanto à contabilidade, e, para isso, algumas leis foram criadas, como: a Lei Orçamentária, a Lei Bancária e a Lei de Mercado de Capitais. Outro marco importante foi a criação da Comissão de Valores Mobiliários em 1976, que atuava na proteção, no fortalecimento e na fiscalização com relação aos pequenos acionistas, ao mercado de capitais e às companhias abertas, respectivamente.

De acordo com Sant’ana (2019), com essa maior preocupação na legalização e no desenvolvimento de diretrizes dessa área, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em 2005 e as Normas Brasileiras em Contabilidade (NBC) em 2011. Atualmente, segundo apresentado por Lopes et al. (2021), o Brasil se submete às normas internacionais de contabilidade.

Posto isso, observa-se que conhecer a história da contabilidade é importante para que se compreenda os avanços ocorridos, bem como a necessidade de se estar alinhado com os métodos utilizados no mundo, conforme cada tipo de negócio.

3.1 CONTABILIDADE 4.0

A contabilidade 4.0, de acordo com Mansine et al. (2021), é o termo utilizado para se referir a evolução da contabilidade e seus processos e ferramentas, associado ao contexto da tecnologia. Essa definição veio após a revolução industrial ou indústria 4.0, representando um movimento de transformação e evolução do método utilizado pelas empresas para a fabricação e desenvolvimento de serviços e produtos oferecidos. Ela é caracterizada pela junção inovadora de mecanismos tecnológicos digitais, como a robótica, a inteligência artificial entre outros, que foram responsáveis pela revolução e pelo avanço significativo que a indústria passou.

Segundo Sacomano et al. (2018), todas as áreas de serviço foram afetadas pela indústria 4.0, e para que as empresas e organizações acompanhassem as novas tendências do mercado e conseguissem se manter no mercado competitivo se fez necessário que os setores atualizassem suas ferramentas de trabalho com a inserção das tecnologias que pudessem potencializar a produção e aumentar o nível de qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

Assim sendo, para Tadeu; Almeida e Gonçalves (2021), a contabilidade também teve que se adequar à evolução tecnológica, sendo necessário a utilização da automação de processos antes manuais. No entanto, a automação de muitas atividades, na época, não foi bem aceita por muitos profissionais na área, pois viram que muitas funções antes realizadas por eles estavam sendo produzidas por máquinas, o que gerou certo medo por parte de muitos. Porém, a tecnologia e a automatização dos processos buscaram facilitar e agilizar o trabalho do contador.

Segundo Franco et al. (2021), a contabilidade 4.0 permitiu que os processos contábeis fossem realizados de forma otimizada, proporcionando um suporte seguro e um serviço de qualidade durante as atividades profissionais. Com a automatização tornou-se possível agilizar os processos, permitindo ao profissional contador a entrega dos seus trabalhos dentro do prazo, evitando possíveis multas geradas por atrasos. Além disso, essa evolução permitiu que os dados contábeis fossem armazenados de forma mais segura e produtiva, com a utilização de planilhas e arquivamentos em nuvens digitais criptografadas para substituir o papel.

Para Souza Junior et al. (2021), outro benefício que a contabilidade 4.0 proporcionou foi a redução de erros humanos pelo fato da otimização dos processos ser de responsabilidade das máquinas e sistemas, o que gerou maior confiabilidade dos resultados. Além disso, também gerou o aumento da produtividade nas empresas, visto que antigamente, como os processos eram manuais, o tempo para realizar determinadas atividades eram bem maiores, o que com a utilização da automatização passou a ser mais rápido.

Nesse contexto, de acordo com Souza (2013), a posição e o objetivo da atuação do profissional de contabilidade sofreram inúmeras modificações. Atualmente, ele exerce funções de maior relevância, uma vez que sua posição, que antes era apenas a de um contador operacional, evoluiu para âmbitos mais estratégicos e superiores dentro de uma organização.

Segundo Braga (2020), as obrigações e os deveres de um contador dentro de uma empresa sofreram ajustes e aumentaram, visto que com a contabilidade 4.0 às ferramentas de trabalho passaram a ser mais sofisticadas, o que permitiu que o contador pudesse se dedicar a mais responsabilidades dentro da organização. Esse contexto serviu para que esse profissional não fosse mais associado apenas às atividades burocráticas que envolvem números e planilhas, mas também ao profissional de gestão e administração de um negócio.

4. CONTABILIDADE PARA AS PEQUENAS EMPRESAS

Segundo Santos (2018), a competição entre as empresas tem aumentado ao longo dos anos, e fatores que antes eram diferenciais, hoje têm sido vistos como básicos para que uma empresa de pequeno porte tenha estrutura para continuar se destacando no mercado. Neste cenário, a contabilidade tem exercido influência, uma vez que seu papel, acompanhando as mudanças tecnológicas, busca recolher e mensurar dados a fim de transformá-los em informações úteis para que o gestor escolha a melhor alternativa para o destino do seu empreendimento.

De acordo com Lopes (2009), a contabilidade é um serviço essencial para a construção, manutenção e crescimento de qualquer negócio. A utilização das ferramentas contábeis é importante para que uma empresa consiga se manter no mercado competitivo, apesar disso, muitos empresários que iniciam pequenos negócios acabam não dando tanta importância para a contabilidade, ou por negligência ou pela ausência de conhecimento sobre essa relevância.

Por essa razão, Moreira et al. (2013) apontam que a contabilidade se torna necessária em pequenas empresas, para que os empresários sejam educados por profissionais contadores habilitados, em relação aos procedimentos contábeis obrigatórios para todos os empreendimentos.

Segundo Costa et al. (2020), para que as pequenas empresas consigam desenvolver e crescer, os processos contábeis devem estar alinhados com a gestão da organização. Qualquer falha de comunicação entre a contabilidade e a gestão pode gerar riscos para o pequeno negócio. Dessa forma, a contabilidade atua no auxílio da administração da pequena empresa com o objetivo de oferecer suporte na tomada de decisões, levando em consideração os fatores financeiros.

Além disso, de acordo com Cardoso; Bernardo e Moreira (2019), a contabilidade é capaz de analisar e mensurar a receita, as despesas, os custos e o lucro mensal da empresa. Todas essas informações são repassadas ao dono do negócio, de forma técnica, para que seja possível o acompanhamento do estado mensal da empresa, o que, se feito de forma adequada, é uma ferramenta segura de prevenção de determinados riscos que podem impactar na permanência da empresa no mercado.

De acordo com Silva et al. (2002), a contabilidade em pequenas empresas é responsável por registrar todas as movimentações financeiras e contábeis, o que é essencial para o controle de um pequeno empreendimento. É através desse controle contábil que o empresário vai conseguir analisar os dados, pois as ferramentas contábeis proporcionam a apresentação de relatórios, balancetes, declarações das principais informações e movimentações financeiras.

De acordo com Braga (2019), as pequenas empresas, na maior parte dos casos, acabam encerrando suas atividades em pouco tempo pela falta de conhecimento técnico de contabilidade e de gestão de negócio, o que pode ser agravado caso a administração da organização seja responsável por todas essas áreas. E isso geralmente ocorre quando quem realiza a contabilidade da empresa é o próprio empreendedor, o qual geralmente possui formação voltada à área do negócio desenvolvido e não à área dos conhecimentos contábeis.

Nesse contexto, Oliveira; Miranda e Takamatsu (2021) descrevem que a atuação de um contador para o controle da contabilidade de uma empresa de pequeno porte é importante para a redução e prevenção de riscos que podem ocasionar falência.

Segundo Costa e Mota (2018), para um bom gerenciamento é necessário que se determine o planejamento estratégico, onde são definidas as políticas, metas e ações. Para isso, é necessário que não só os indicadores financeiros sejam elaborados e analisados, como também os não financeiros. Sendo assim, a contabilidade pode ser utilizada como ferramenta de apoio à gestão da empresa para a elaboração das Demonstrações Financeiras que permite ao gestor analisar os resultados financeiros.

Nesse contexto, para Gomes (2014), é possível relacionar a situação organizacional de acordo com as empresas concorrentes, quais os melhores fornecedores, além das questões não financeiras que passaram a ser pontos diferenciais do sucesso das empresas, como: acompanhamento das inovações tecnológicas, a satisfação dos clientes e dos empregados, qualidade dos itens produzidos ou dos serviços prestados, entre outros.

Segundo Amaral; Brandão e Silva (2019), isso mostra que a atuação da contabilidade dentro de uma pequena empresa, se realizada por um profissional capacitado, pode proporcionar à gestão o melhor fluxo de informação, que permite relacionar as informações de diferentes setores da empresa, como marketing, compras, vendas, entre outros, com a contabilidade. Essa ligação permite à contabilidade auxiliar no desenvolvimento de estratégias que sejam mais viáveis para a empresa, levando em consideração os recursos financeiros.

Diante do exposto, verifica-se que a contabilidade possui um conjunto de funções que não se limita apenas às atividades tributárias e contábeis, passando a ser um apoio essencial para que o gestor possa realizar ações assertivas, provenientes das análises descritas em relatórios contábeis.  

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visando responder a questão norteadora: como a contabilidade contribui para o desenvolvimento das pequenas empresas? Por meio desta pesquisa, foi possível verificar que a contabilidade atua no auxílio da administração das pequenas empresas, sendo capaz de analisar e mensurar a receita, as despesas, os custos e o lucro mensal da mesma, identificando informações importantes para o suporte do processo de tomada de decisão.

Além disso, ela proporciona à gestão destas empresas um melhor fluxo de informação, integrando informações de diferentes setores da empresa, de modo a auxiliar no desenvolvimento de estratégias voltadas ao crescimento da organização, considerando, portanto, os recursos contábeis.

Isto posto, o estudo conclui que a contabilidade abrange procedimentos essenciais para o desenvolvimento de qualquer empresa. Logo, para que as empresas de pequeno porte consigam reduzir e prevenir riscos é necessário o suporte de um profissional de contabilidade na execução dessas atividades.

REFERÊNCIAS

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[1] Graduando do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0002-4911-9999.

[2] Graduando do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0003-4232-4903.

[3] Graduando do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0002-2177-9127.

[4] Orientador. Mestre em Engenharia de Produção. Especialista em Logística Empresarial. Graduado em Administração com Ênfase em Marketing.

[5] Co-orientador. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Amazonas, Especialista em Planejamento Tributário pela AVM Faculdade Integrada, Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual do Amazonas. Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Amazonas. ORCID: 0000-0002-7349-2195.

[6] Co-orientador. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Amazonas, Especialista em Auditoria pela UFAM, Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Amazonas.

Enviado: Setembro, 2022.

Aprovado: Outubro, 2022.

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Lucélia Mota do Nascimento

Uma resposta

  1. Esse trabalho mostra o empenho de e a dedicação de todos os participantes Parabéns. Vemos a relevância de todo o estudo feito a respeito da importância da Contabilidade para o bem-estar das pequenas empresas. Mais uma vez, Parabéns.

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