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A contabilidade digital nas micros e pequenas empresas

RC: 131911
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/a-contabilidade-digital

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FERREIRA, Sarah Fernanda Alves [1], NOGUEIRA, Cleotielem Souza [2], ROBERTO, José Carlos Alves [3], CAVALCANTE, Zuila Paulino [4]

FERREIRA, Sarah Fernanda Alves. NOGUEIRA, Cleotielem Souza. CAVALCANTE, Zuila Paulino. A contabilidade digital nas micros e pequenas empresas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 11, Vol. 04, pp. 94-100. Novembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/a-contabilidade-digital, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/a-contabilidade-digital

RESUMO

O presente artigo apresenta a evolução da contabilidade, conceituando a contabilidade digital e demonstrando suas diferenças para com a contabilidade on-line e a contabilidade tradicional. Além disso, busca-se demonstrar a sua aplicação nas Micro e Pequenas Empresas – MPEs. Desta maneira, tem-se como questão norteadora: qual a relevância da contabilidade digital nas Micros e Pequenas Empresas – MPEs? Tendo como objetivo apresentar as alterações provocadas pela tecnologia e a importância da contabilidade digital dentro das Micros e Pequenas Empresas. A metodologia aplicada corresponde ao método qualitativo, de caráter explicativo, embasado em pesquisa bibliográfica, realizada em sites, artigos científicos e livros. Como resultados, demonstra-se a contabilidade digital dentro das Micro e Pequenas Empresas, relatando que a sua aplicabilidade tende a aumentar a eficiência das operações contábeis, tornando-as mais ágeis e seguras, bem como proporcionando maiores vantagens operacionais e financeiras.

Palavras-chave: Contabilidade, Contabilidade Digital, Micro e Pequenas Empresas.

1. INTRODUÇÃO

No cenário mundial, a chegada da tecnologia, tem trazido grandes transformações para as MPE e, também, para as operações contábeis que, por intermédio da contabilidade digital, que se autoriza o desenvolvimento dos serviços contábeis por intermédio da internet e programas específicos.

Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo apresentar as alterações provocadas pela tecnologia e a importância da contabilidade digital dentro das Micros e Pequenas Empresas, sendo norteado pela questão: qual a relevância da contabilidade digital nas Micros e Pequenas Empresas – MPEs?

Para isso, adotou-se, como metodologia, a revisão bibliográfica, de método qualitativo e caráter explicativo.

Esta pesquisa tem por finalidade trazer o conhecimento sobre a contabilidade digital dentro das Micro e Pequenas Empresas (MPEs), evidenciar como os negócios estão tendo mais eficiência e lucratividade através de sua aplicação, mostrando que esta torna as operações mais ágeis, eficientes e seguras, tornando o negócio mais lucrativo.

2. CONTABILIDADE DIGITAL

De acordo com Lombardo e Duarte (2017), no Brasil, a contabilidade digital começou a ser adotada em meados de 2015. Entretanto, esse método já era utilizado em outros países.

A contabilidade digital nada mais é do que os recursos que a tecnologia pode oferecer para aprimorar os serviços dos escritórios contábeis. Nesse contexto, segundo Pires (2017), ela vem se tornando importante no cenário econômico mundial, proporcionando melhorias na qualidade dos serviços prestados, adquirindo informações de maneira mais ágil, além de diminuir fraudes e sonegação de impostos.

De acordo com Corrêa (2018), a contabilidade digital tem por característica a facilidade de acesso aos dados e a informações, bem como a disposição de representações e transmissões de dados financeiros em formato eletrônico, restringindo o custo e o tempo das execuções de tarefas, fornecendo cada vez mais a extinção do uso de papéis na rotina diárias do profissional contábil.

A contabilidade digital veio com o objetivo de aproximar o contador e seus clientes, beneficiando ambos, tanto no ganho de produtividade e segurança, quanto na redução de custos. Ao adotar um software, o cliente terá melhor desenvolvimento e controle de seu negócio, já que a partir da aquisição deste o profissional contábil terá mais facilidade no acesso às informações, sem ter que lidar com centenas de papéis (SCHULTZ, 2020).

Quanto a suas características, Freitas (2019), relata que na contabilidade digital, os trabalhos manuais que eram executados pelos escritórios de contabilidade, como por exemplo: o preenchimento manual de livros contábeis ou até mesmo o preenchimento de planilhas inteiras com dados extraídos de notas fiscais não são mais feitos de forma manual, ocorrendo, agora, de maneira automatizada.

Conforme Lombardo e Duarte (2017), a contabilidade digital objetiva a utilização da tecnologia de informação para autorizar, tanto as escriturações, quanto as demonstrações, agilizando o tempo para que o profissional execute suas funções.

Segundo Corrêa (2018), no Brasil a contabilidade digital é relativamente nova, e vem propagando-se cada vez mais, principalmente através das plataformas de Enterprise Resource Planning – ERP, que foram criadas para atender as necessidades do mercado de Micro e Pequenas Empresas – MPE’s, visando conectá-las aos programas concebidos exclusivamente para a contabilidade.

3. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Com o intuito de favorecer um determinado tratamento às empresas de micro e pequeno porte, a Constituição Federal de 1988, incluiu em seu texto uma nova ideia para a ordem econômica, tornando legítimo a contribuição de serviços na medida da necessidade das Pequenas e Microempresas (MPE) (MACEI e LIMA, 2016).

Entretanto, para que assim seja considerada, estas devem atender a alguns critérios. A critério de classificação do porte, as empresas podem ser classificadas de duas formas distintas: por número de pessoas que trabalham nas empresas enquadradas (SEBRAE, 2017) e pelo faturamento da receita bruta (BRASIL, 2006).

Tabela 1. Enquadramento do porte das MPEs

Classificação Nº de funcionários (Sebrae) Receita Bruta (LC nº123/2006)
Microempresa Até 9 funcionários Receita bruta no ano calendário inferior a

R$ 360 mil.

Pequena Empresa 10 até 49 funcionários Ano calendário Receita bruta superior R$ 360 mil e inferior a 4,8 milhões.

Fonte: Brasil (2006) e Sebrae (2017).

Conforme exposto acima, as microempresas são aquelas que têm, em seu quadro, no máximo, 09 funcionários. Sendo que seu faturamento não pode ultrapassar R$ 360 mil por ano. Já as pequenas empresas possuem entre 10 e 49 funcionários e um faturamento anual superior a R$ 360 mil e inferior a R$ 4,8 milhões.

As MPE’s correspondem a uma parcela significativa do Produtos Interno Bruto (PIB) do Brasil, sendo responsáveis por fomentar o crescimento e o desenvolvimento da economia. Elas constituem 98,5% das empresas privadas e estabelecem 54% dos empregos formais, assinando mais carteiras do que grandes empresas (SEBRAE, 2018).

4. A CONTABILIDADE DIGITAL DENTRO DAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS

O avanço da tecnologia tem impactado vários setores, potencializando os processos e trazendo diversas inovações. Posto que, a contabilidade digital veio para transformar a maneira como os serviços contábeis são administrados, por meio de softwares online e da internet, infere-se que esta contribui diretamente com o desempenho organizacional, gerando aumento da produtividade, oferecendo benefícios como: redução de custos, automatização de processos, entrega de informações com mais precisão em tempo real etc.

A adoção da tecnologia tem conduzido grandes transformações para as Micros e Pequenas Empresas, que são adeptas à contabilidade digital podendo prevenir diversas fraudes, bem como extinguindo os documentos físicos e os preenchimentos manuais de relatórios. Além disso, sua relevância pode ser observada na segurança dos dados, criptografia, proteção contra-ataques e armazenamento de dados em vários data centers (DIAS, 2020).

Outro ponto relevante da utilização desta ferramenta nas MPEs é em relação a velocidade com que as informações são processadas, melhorando o funcionamento das rotinas contábeis dentro dessas empresas (ZWIRTES e ALVES, 2014).

Dessa forma, as MPE’s que buscam melhorar seus negócios por meio das tecnologias, do ponto de vista de Oliveira; Souza e Alves (2016), ao adotar a contabilidade digital, podem agilizar os acessos às informações futuras, o que favorece a admissão de soluções de ERP e tecnologias em nuvens.

Ante ao exposto, infere-se que a importância da contabilidade digital nas Micros e Pequenas Empresas (MPEs) está na nova visão que esta trouxe, gerando soluções tecnológicas para obtenção de resultados com mais agilidade, eficiência e segurança.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreende-se que a contabilidade digital vem transformando o modo de como determinados serviços contábeis são realizados, promovendo a substituição do uso de papéis e pastas por softwares que facilitaram a comunicação do profissional contábil com os clientes e fornecedores.

Nesse contexto, o presente artigo teve como objetivo apresentar as alterações provocadas pela tecnologia e a importância da contabilidade digital dentro das Micros e Pequenas Empresas, sendo norteado pela questão: qual a relevância da contabilidade digital nas Micros e Pequenas Empresas – MPEs?

Ante ao exposto, observou-se que a tecnologia tem transformado o modo como os negócios são conduzidos, refletindo positivamente na área da contabilidade, agilizando os processos de trabalho das empresas, proporcionando às MPEs uma maior competitividade, facilitando a gestão e aumentando a lucratividade.

Por fim, recomenda-se que sejam realizadas futuras pesquisas nesta temática. Sugere-se, ainda, que sejam confrontados os resultados dessa pesquisa com o ponto de vista dos profissionais de contabilidade, empresas de mesmo porte ou superior, a fim de gerar boas contribuições sobre o assunto.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Presidência da República, 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm. Acesso em: 26 out. 2022.

CORRÊA, Luiz. Você sabe o que é Contabilidade Digital? Conta Azul, 21 nov. 2018.  Disponível em: https://contadores.contaazul.com/blog/voce-sabe-o-que-e-contabilidade-digital. Acesso em: 11 ago. 2022.

DIAS, Lorena Alves. Era Digital – desafios e avanços dos processos em escritórios de contabilidade. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Contábeis) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2020.

FREITAS, Ricardo de. O que é contabilidade digital e como ela está transformando o mercado contábil? Rede Jornal Contábil, 2019. Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-contabilidade-digital-e-como-ela-esta-transformando-o-mercado-contabil/. Acesso em: 17 abr. 2022.

LOMBARDO, Marcelo; DUARTE, Roberto Dias. Contabilidade online x Contabilidade digital.  Omie,   2017. Disponível em: https://robertodiasduarte.com.br/Contabilidade-Online-x-Contabilidade-Digital.pdf.   Acesso em: 02 mai. 2022.

MACEI, Demetrius Nichele; LIMA, Francelise Camargo. O Incentivo a Micro e Pequena Empresa como Instrumento de Geração de Empregos. Revista de Direito tributário e financeiro, Curitiba, v. 2, n. 2, p. 178-198, jul-/dez. 2016. Disponível em: https://www.indexlaw.org/index.php/direitotributario/article/view/1366. Acesso em: 26 out. 2022.

OLIVEIRA, Sirlei Aparecida; SOUZA, Agamêmnom Rocha; ALVES, Pablo da Silva. Utilização de Soluções ERP em Micro e Pequenas Empresas. Revista cadernos UniFOA, Volta Redonda, n. 30, p. 83-92, abr. 2016. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v11.n30.346. Acesso em: 26 out. 2022.

PIRES, Fernando Gomes Da Silva. Contabilidade e sua evolução na era digital: um estudo nos escritórios contábeis da Cidade de Pimenta Bueno – RO. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Contábeis) – Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Cacoal, 2017.

SCHULTZ, Felix. Contabilidade digital: como funciona e quais as vantagens desse modelo? Bom Controle, 2020. Disponível em: https://blog.bomcontrole.com.br/contabilidade-digital-como-funciona/. Acesso em: 17 abr. 2022.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Participação das micro e pequenas empresas na economia brasileira.  Relatório de MPE. Brasília: Sebrae, 2017.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Perfil das microempresas e empresas de pequeno porte. Brasília: Sebrae, 2018.

ZWIRTES, Adir; ALVES, Tiago Wickstrom. Os impactos causados ​​pela inovação tecnológica em escritórios de contabilidade do Rio Grande do Sul: uma análise fatorial. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 8, n. 1, pág. 39-53, 2014. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.17524/repec.v8i1.936. Acesso em: 26 out. 2022.

[1] Graduanda do curso de Ciências Contábeis. ORCID: 0000-0002-0887-5069.

[2] Graduando do curso de Contabilidade. ORCID: 0000-0003-2965-9629.

[3] Orientador.

[4] Co-orientadora Mestre em Engenharia de Produção pela UFAM, Especialista em Auditoria pela UFAM, Graduada em Ciências Contábeis pela UFAM.

Enviado: Setembro, 2022.

Aprovado: Novembro, 2022.

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Sarah Fernanda Alves Ferreira

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