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Start-ups: uma percepção sobre projetos indutores do desenvolvimento econômico regional

RC: 128720
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CARVALHO, Rogério Galvão de [1], CASADIO, Maxwell Anderson do Prado [2], LEAL, Cícero Pereira [3]

CARVALHO, Rogério Galvão de. CASADIO, Maxwell Anderson do Prado. LEAL, Cícero Pereira. Start-ups: uma percepção sobre projetos indutores do desenvolvimento econômico regional. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 10, Vol. 01, pp. 73-93. Outubro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/ciencias-sociais/desenvolvimento-economico-regional

RESUMO

É conhecida a histórica necessidade de repensar as políticas públicas indutoras de desenvolvimento econômico na Região Metropolitana de Brasília, conhecida como RIDE-DF. A Economia desta região ainda é muito dependente do setor público, assim se nota um setor privado que muito se beneficiaria de políticas que  fomentam os projetos disruptivos e inovadores, tendo como exemplos desses projetos as startups, com potencial de induzir o desenvolvimento econômico regional sustentável, uma Economia mais forte e diversificada. Assim, este trabalho se propõe a analisar as vantagens de uma política pública de desenvolvimento econômico para a Região Metropolitana de Brasília por meio de fomento às startups. Para isso, o estudo traz uma análise bibliométrica de start-ups e promove uma discussão teórica sobre a avaliação de tais políticas. Por fim, apresenta uma análise do projeto piloto em fase de implantação na RIDE-DF. O artigo apresenta no capítulo (1) uma introdução, que tem como ponto de partida a contextualização do ambiente institucional para a implantação do projeto governamental, e no capítulo (2) ele apresenta um estudo bibliométrico, nos últimos 22 (vinte e dois) anos – de 2000 a 2022, sobre a relevância das startups, para verificar a validade de serem fomentadas, e ainda um referencial teórico sobre inovação e desenvolvimento econômico, no capítulo (3) há e uma descrição do método do projeto governamental em implantação na região metropolitana de Brasília (RIDE-DF), e no capítulo (4) uma conclusão, com as perspectivas sobre o desempenho do projeto governamental.

 Palavras-chave: Startups, Região Metropolitana de Brasília, Desenvolvimento regional.

1. INTRODUÇÃO – CONTEXTUALIZAÇÃO DO AMBIENTE INSTITUCIONAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA CUSTOMIZADA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Nos últimos anos, temos nos dedicado a investigar o desenvolvimento econômico regional, com foco na Região Metropolitana de Brasília. Desde 2017, foram realizados alguns movimentos governamentais no sentido de se formular uma política pública eficiente para minimizar o problema socioeconômico identificado nas primeiras décadas do século XXI, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, RIDE-DF (corresponde ao que comumente chamamos Região Metropolitana).

De acordo com Carvalho et al. (2021), O referido problema, dessas décadas iniciais, que chamamos de Tríade do Colapso Anunciado – TCAé constituído da combinação perversa, de: (1) Crescimento Populacional Acelerado; (2) Nível Alto de Concentração de Renda; e (3) PIB estagnado. Uma vez que, se nada for feito, com o aumento acelerado da população, estagnação da produção e concentração da renda, a Região Metropolitana de Brasília, com o passar do tempo, ficará cada vez mais populosa e mais pobre, necessitando cada vez mais de serviços públicos, sem que o Estado possa prover, por conta da queda da arrecadação (que é um percentual do PIB estagnado).

Portanto, ainda segundo os autores, detectado um problema socioeconômico do futuro próximo, em especial para a população das regiões de vulnerabilidade social e de pobreza multidimensional, surge uma oportunidade de melhoria para a Região Metropolitana de Brasília. Então, para reverter o problema da TCA, ou pelo menos minimizar seus impactos socioeconômicos, é necessário que o crescimento do PIB em conjunto e a distribuição de Renda, sejam o foco das políticas públicas de desenvolvimento socioeconômico nesta região. Porque, caso isso não aconteça, o governo (cada vez com menos recursos) não será capaz de fazer frente a uma crescente demanda populacional por serviços públicos.

Para isso, como ressalta Carvalho; Casadio e Souza (2021), estão sendo realizados (desde 2017) diversos estudos técnicos, debates, apresentações e pesquisas sobre o assunto, com representantes do Governo (local e federal), da Sociedade Civil e do Setor Produtivo. Alguns desses estudos foram dirigidos com base em experiências exitosas, no mundo, sobre desenvolvimento econômico regional. De forma eletiva e customizada, a escolha desses estudos servirá para nortear e aprimorar as diretrizes da Política Pública de Desenvolvimento Produtivo do Governo.

Segundo Carvalho (2021), com base nessas experiências bem-sucedidas, nas análises de dados, nas teorias de desenvolvimento econômico regional, nos estudos técnicos sobre a Região Metropolitana do Distrito Federal, formou-se um consenso sobre uma dessas políticas: O Plano Distrital de Atração de Investimentos: PDAI.

Ainda de acordo com o autor, tal plano de Estado tem como premissa a transformação de Brasília numa região de relevância nacional para destino de investimentos produtivos, levando-se em conta as vocações econômicas e as características regionais que apresentam certas vantagens competitivas com relação às demais regiões do Brasil. Esse plano pretende ser construído sobre o pilar de sustentação de 03 (três) aspectos distintos de segurança: Política, Jurídica e Econômica.

Ele, segundo Carvalho (2021), ainda traz como diferencial, sem prejuízo da observação de outros, os seguintes aspectos: (1) os projetos devem levar em consideração os Arranjos Produtivos Locais (APLs) ou a vocação econômica de cada microrregião; (2) a concessão de benefícios deve ser preferencialmente “Ex-post”; (3) Os projetos relacionados a essa política devem ter preferencialmente sem custo fiscal; (4) A escolha dos beneficiários deve ser realizada de forma transparente e democrática; (5) A infraestrutura, o ambiente de negócio e o marco regulatório relacionados a atração de investimentos devem ser aprimorados; (6) Cada política de desenvolvimento socioeconômico, teria no escopo, a atração e a fidelização de investimentos produtivos aderentes às características da Região Metropolitana de Brasília, respeitando a legislação vigente sobre o território e o meio ambiente.

Pensando nisso, a escolha do projeto piloto para testar as novas diretrizes estabelecidas pelo PDAI, foi definida a partir da percepção de que Brasília reúne algumas características muito peculiares, reveladas pelos estudos técnicos produzidos recentemente e pela qualificação das pessoas, número de start-ups e o relevante ecossistema de inovação de Brasília.

Por exemplo, a quantidade de mestres e doutores por mil habitantes é uma das mais altas da América do Sul, de acordo com estudo realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) a densidade de mestres por habitantes do DF é 18 para cada mil, praticamente o dobro do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição, com 9 mestres para cada mil.

Na ordem de unidades da Federação com as maiores densidades de doutores, o DF também ocupa o topo da lista 4,5 para cada mil, seguido do estado do Rio de Janeiro 3,5 enquanto o estado de São Paulo é a terceira unidade de maior densidade (2,77), o que corresponde a cerca da metade da do DF.

Estes são fortes indicadores que o DF está apto a receber uma política pública que vise fomentar projetos inovadores, como por exemplo as startups. Então o esboço do projeto governamental SPID – Seleção de Projetos Inovadores e Disruptivos como indutores do desenvolvimento econômico da Região Metropolitana de Brasília, tem como premissa as vantagens competitivas do ecossistema de inovação, dos arranjos produtivos locais, das vocações para a economia criativa, circular, do meio ambiente e turística e outros aspectos como Brasília ser sede do governo federal e das embaixadas com as quais o Brasil mantém relação diplomática.

Com base na experiência do Vale do Silício na Califórnia, USA e da Cidade de SHENZHEN, na China, o projeto piloto de Brasília será a implementação do SPID (Seleção de Projetos Inovadores e Disruptivos) como indutor do desenvolvimento socioeconômico, favorecendo além da Região Metropolitana de Brasília, as áreas de vulnerabilidade social e pobreza multidimensional, por conta do aumento da arrecadação e do emprego e de projetos sustentáveis em áreas que poderão servir de tração econômica.

O primeiro passo rumo à implantação, foram as condições inovadoras da referida política pública, isto é, a realização do projeto piloto sem custo fiscal. O Acordo de Cooperação Técnica, firmado pelo Governo do Distrito Federal, foi sem transferência de recursos entre as instituições (custo fiscal zero para o governo). Esse acordo de cooperação inclui, ainda, capacitação e treinamento com transferência de tecnologia, para a melhoria contínua dos processos afetos ao projeto SPID.

Vislumbra-se, para a segunda etapa do projeto, com o passar do tempo, a melhoria contínua qualitativa das informações sobre os projetos recrutados, selecionados e listados. O projeto governamental SPID, coloca frente a frente, de forma transparente e democrática, possíveis investidores e bons projetos que necessitam de financiamento. A melhoria contínua das informações contidas na listagem dos bons projetos é vital para a continuidade da política pública como indutora do desenvolvimento econômico da região.

A finalidade de melhorar a qualidade das informações sobre os projetos privados, indutores do desenvolvimento econômico regional é diminuir a assimetria de informações (falha de mercado) para os prováveis investidores, tornando mais atrativa a participação de novos projetos e novos investidores para a RIDE-DF.

O SPID, de certa forma, na sua essência, quebra o paradigma dos costumeiros programas governamentais com custo fiscal alto para a conta única do Tesouro do Governo e ineficiência econômica a olhos vistos. Uma vez que não houve transferência de recursos para sua implementação. No fim das contas, os projetos selecionados, farão parte de uma política pública que fará a análise recursiva e sistemática, para formar uma lista de bons projetos para apresentá-los aos possíveis financiadores (públicos, privados internos ou externos), avaliados inclusive sob a ótica do desempenho de execução do projeto, da transformação em negócio e do desempenho mercadológico de cada um dos projetos da lista.

Assim, apresentados brevemente os objetivos desta política pública, as próximas seções deste trabalho visam avaliar se as startups são adequadas para serem escopo deste projeto, ou seja, serem fomentadas na Região Metropolitana do DF.

2. UMA AVALIAÇÃO BIBLIOMÉTRICA SOBRE AS START-UPS NOS ÚLTIMOS 22 ANOS (DE 2000 A 2022)

Nos últimos tempos, é de conhecimento que o esforço para o desenvolvimento econômico faz parte da agenda central dos governos subnacionais e nacionais de diversos países. Os projetos ligados à tecnologia, ao conhecimento e à inovação, têm sido extremamente importantes nesse contexto. Explorar o potencial empreendedor, utilizando mecanismos de apoio que possibilitam o desenvolvimento econômico, a partir de projetos com foco em tecnologia, inovação e conhecimento parece ser uma escolha acertada dos governos para o crescimento econômico sustentável.

O escopo dessa pesquisa bibliométrica consiste em avaliar se essas soluções alternativas (para o desenvolvimento econômico regional, utilizando projetos inovadores e disruptivos), em especial das start-ups, têm sido discutidas nas revistas científicas mais relevantes. Portanto, trata-se de uma investigação exploratória, realizada mediante pesquisa bibliográfica: livros, trabalhos, pesquisas e artigos publicados, além de informações e dados obtidos na internet, jornais e revistas.

2.1 BIBLIOMETRIA

Para Pritchard (1969) apud Chueke e Amatucci (2015), o termo bibliometria  foi  proposto  por  Pritchard  no final da década de 1960 e consiste na aplicação de métodos estatísticos e matemáticos para analisar obras literárias.  Assim, neste trabalho se pretende avaliar, mediante indicadores, a dinâmica e evolução da informação científica.

2.1.1 MÉTODOS

A investigação bibliográfica, conforme Leal et al. (2021), de caráter exploratório com enfoque meta-analítico, foi o método adotado nesta pesquisa. Esse método utiliza o impacto de revistas e artigos para a escolha do material pesquisado. O objetivo é combinar bases de dados conceituadas, para apresentar de forma válida o material. Este método, conforme Mariano; Cruz e Arenas-Gaitan (2011), possibilita a obtenção dos melhores autores, artigos e revistas para a análise estatística: das amostras, das linhas mais pesquisadas e das abordagens utilizadas neste material.

Neste trabalho, adotaram-se as 7 etapas descritas conforme descrito em Leal et al. (2021), a seguir: 1) Analisar e apresentar as revistas que publicam na disciplina de interesse, reconhecendo as mais utilizadas no contexto estudado; 2) Selecionar as revistas significativas do tema pelo fator de impacto ISI, mensurado pela quantidade de citações no portal SCImago Journal & Country ou pela quantidade de citações dos artigos no ano analisado dividida pela quantidade de artigos publicados nos dois anos anteriores, segundo Institute for Scientific Information (1998) apud Calazans; Masson e Mariano (2015); 3) Alimentar a base de dados – consiste no filtro, as palavras-chave do tema e as publicações escolhidas anteriormente; 4) Analisar os autores e artigos – Identificar os autores mais relevantes pela média de citações e de publicações no tema de interesse; 5) Determinar os Enfoques Teóricos; 6) Analisar as Palavras-Chave – para identificar linhas de pesquisa relevantes para o termo e 7) Analisar as relações entre os artigos.

2.1.2 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO

De acordo com o que se apresentou e a metodologia descrita em descrito em Leal et al.  (2021), passaremos a demonstrar as etapas do trabalho com o enfoque meta-analítico com relação ao tema startups, utilizando as 07 (sete) etapas.

2.1.2.1 ETAPA 1 – ANALISAR E APRESENTAR AS REVISTAS QUE PUBLICAM NA DISCIPLINA

Esse estudo foi desenvolvido usando a plataforma ISI Web of Science (WoS), recomendada em Garcia e Ramirez (2004) apud Calazans; Masson e Mariano (2015), no período de 2000 a 2022, com acesso no dia 12/06/2022, utilizando o descritor “START-UPs”, numa base de 1.000 revistas.

Foram checadas as revistas relacionadas aos principais congressos e encontros relacionados ao tema “START-UPs”. A base do ISI Journal Citation Report Edition apresentou 1.000 revistas relacionadas.

2.1.2.2 ETAPA 2 – SELECIONAR AS REVISTAS SIGNIFICATIVAS DO TEMA

Utilizando a mesma base, se calculou o fator de impacto, apresentado na tabela 1.

Tabela 1. Revistas com maior fator de impacto

Revista Fator de Impacto
Science Citation Index Expanded (SCI-EXPANDED) 463
Social Sciences Citation Index (SSCI) 337
Emerging Sources Citation Index (ESCI) 334
Conference Proceedings Citation Index – Science (CPCI-S) 81
Conference Proceedings Citation Index – Social Science &

Humanities (CPCI-SSH)

57
Arts & Humanities Citation Index (A&HCI) 4
Book Citation Index – Social Sciences & Humanities (BKCI-SSH) 2
Index Chemicus (IC) 2
Current Chemical Reactions (CCR-EXPANDED) 1

Fonte: Web of Science (2022), disponível em: https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

2.1.2.3 ETAPA 3 – ALIMENTAR A BASE DE DADOS

Identificadas as revistas relevantes, foi realizada a busca “START-UPs” no espaço temporal de vinte e dois anos (2000 – 2022). O que resultou 34 artigos na Web of Science. A tabela 2 traz as revistas mais citadas. Cabe ressaltar que dos 1.000 artigos apenas 09 receberam 19 (dezenove) ou mais citações.

Tabela 2. Revistas mais citadas (acima de 19)

Revistas Citações
Elsevier 182
Springer Nature 110
Emerald Group Publishing 66
Wiley 66
IEEE 50
Taylor & Francis 50
Mdpi 39
Sage 34
Oxford Univ Press 19

Fonte: Web of Science (2022) – disponível em:https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

Com relação ao quantitativo de publicação, por ano, referente ao tema, observamos que os anos de 2020; 2021 e 2022, tiveram uns quantitativos de 670, 504 e 29, de publicações respectivamente.

 2.1.2.4 ETAPA 4 – ANALISAR OS AUTORES E ARTIGOS

Os autores mais citados constam na Tabela 3. Ao longo do período de 2000 a 2022, ocorreu uma oscilação no volume de autores e citações, não havendo uma tendência identificada.

Tabela 3. Autores com artigos mais citados/ano

Artigos Autores Citações Ano
Software Development in Startup

Companies: The Greenfield Startup

Model

 

Giardino, C

(Giardino, Carmine);

Paternoster, N

(Paternoster, Nicolo);

Unterkalmsteiner, M

(Unterkalmsteiner,

Michael); Gorschek,

T (Gorschek, Tony);

Abrahamsson, P

(Abrahamsson,

Pekka)

73 2022
The design of startup accelerators

 

Cohen, S (Cohen,

Susan); Fehder, DC

(Fehder, Daniel C.);

Hochberg, YV

(Hochberg, Yael V.);

Murray, F (Murray,

Fiona)

57 2022
Software startup engineering: A

systematic mapping study

 

 

Berg, V (Berg,

Vebjorn); Birkeland,

J (Birkeland, Jorgen);

Anh, ND (Anh

Nguyen-Duc);

Pappas, IO (Pappas,

Ilias O.); Jaccheri, L

(Jaccheri, Letizia)

44 2022

Fonte: Web of Science (2022) – disponível em: https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

O Gráfico 1, podemos observar que de 2020 a 2022, foi o período com o maior número de citações referente ao tema. Já em 2010, houve tendência de queda nas citações da palavra-chave “START-UPs”. O ano de 2022, no entanto, foi verificado até o mês de junho, dessa forma, apesar de graficamente existir esse declínio, não podemos inferir que isso será uma tendência em todo o período.

Gráfico 1.  Citações no ano

 

Citações no ano
Fonte: Web of Science (2022) – disponível em:https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

Ao todo, os 25 primeiros artigos do período receberam 208 citações, de toda a base da Web of Science. Dos 10 primeiros autores, só 1 artigo foi citado 74 vezes no espaço de tempo selecionado.

2.1.2.5 ETAPA 5 – DETERMINAR OS ENFOQUES TEÓRICOS.

No gráfico 2, apresentamos as principais linhas de pesquisa e enfoques que trataram do tema startups. As linhas de pesquisa que mais trataram do estudo proposto foram: Environmental Sciences; Management; Business; Engineering Environment;  Economics; Water Resources; Green Sustainable Science; Engineering Industrial; Operations Research; Business Finance; Environmental Studies; Regional Urban Planning; Computer Science Information; Development Studies; Ecology; Energy Fuels; Information Science; Social Science; Computer Science; Education.

Gráfico 2. Linhas de pesquisas

Linhas de pesquisas
Fonte: Web of Science (2022) – disponível em:https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

2.1.2.6 ETAPA 6 – ANALISAR AS PALAVRAS-CHAVE

Etapa necessária para definir qual caminho as novas pesquisas estão tomando. A tabela 4 apresenta as palavras-chave que obtiveram pelo menos 01 (uma) citação.

Tabela 4. Palavras-Chave vs Citações

Twitter; Social media; Content analysis; Startup ecosystem; Descriptive analysis 23
Strategic alliances; Accelerators; Startups; Social innovation; Fundraising; Joint ventures 22
Lean startup; Experimentation; Business model innovation; Novelty; Impact 21
Antitrust; Startups; IO theory 17
Innovation; Occupational imprinting; Academic startups; Non-academic startups; Founder heterogeneity 9
Transformation; Digital; Business; Startup; Collaboration 7
startup; new venture; corporate venturing; collaboration; open innovation; stage gate; supplier management 6
Open business model; SMEs; Startups; Business model innovation; Lean startup; Alliances 5
Digital journalism; India; media financing; online; political economy; startups 4
Crowdfunding; Startup; Startup companies; Islamic crowdfunding; Website platform 4
ambidexterity; innovation; startups; exploration and exploitation activities 3
Business; Computer science; Pharmaceutical science; Biotechnology; Startup readiness; Research-based startups; Paper citation networks; Co-authorship networks; Academic entrepreneurship; Startup finances; Venture capital; User-inspired fundamental research; Technological innovation; Biopharmaceuticals 3
founder experience; human capital; imprinting; startup growth; technology startups 3
Startups; Environmental orientation; Network frequency; Network size 1
Accelerators; Brazilian startups; Startups 1
Internal Software Startup; Internal Startup; Software Product Innovation; Employee-Driven Innovation; Software-Intensive Business 1
Small business growth; Startups; Dynamic capabilities; Innovation; Services 1
Quantification; startup culture; metrics; music; SEIS 1
service design; service innovation; technology startups; value proposition 1
Entrepreneurship; Digital entrepreneur; Digital platforms; Startups 1
startup; financing; earnings; life cycle of startup 1

Fonte: Web of Science (2022) – disponível em:   https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

2.1.2.7 ETAPA 7: ANALISAR AS RELAÇÕES ENTRE OS ARTIGOS.

A fim de identificar os enfoques, setor interessado (acadêmico ou industrial) e etc. Foram analisados os 17 autores mais citados. A Tabela 5 apresenta parte desta análise no período de 2000 a 2022.

Tabela 5. Linhas de pesquisas

Autores Artigos/ano Enfoque
Giardino, C (Giardino, Carmine); Paternoster, N (Paternoster, Nicolo); Unterkalmsteiner, M (Unterkalmsteiner, Michael); Gorschek, T (Gorschek, Tony); Abrahamsson, P (Abrahamsson, Pekka)

 

Software Development in Startup Companies: The Greenfield Startup Model/2022

 

As startups de software são empresas recém-criadas, sem histórico operacional e orientadas para a produção de produtos de ponta. No entanto, apesar da crescente importância das startups na economia, poucos estudos científicos tentam abordar questões de engenharia de software, principalmente para startups em estágio inicial. De qualquer forma, as startups precisam de práticas de engenharia do mesmo nível ou melhores que as de empresas maiores, pois seu tempo e recursos são mais escassos e um projeto fracassado pode tirá-las do mercado. Neste estudo pretendemos melhorar a compreensão das estratégias de desenvolvimento de software empregadas por startups. Realizamos esta investigação do estado da prática usando uma abordagem de teoria fundamentada. Empacotamos os resultados no Greenfield Startup Model (GSM), que explica a prioridade das startups em lançar o produto o mais rápido possível. Essa estratégia permite que as startups verifiquem o ajuste do produto e do mercado e ajustem a trajetória do produto de acordo com o feedback do usuário coletado antecipadamente. A necessidade de encurtar o time-to-market, acelerando o desenvolvimento por meio de atividades de engenharia de baixa precisão, é contrabalançada pela necessidade de reestruturar o produto antes de direcionar o crescimento. As implicações resultantes do GSM traçam desafios e lacunas, apontando oportunidades para pesquisas futuras para desenvolver e validar práticas de engenharia no contexto de startups. é contrabalançado pela necessidade de reestruturar o produto antes de visar um maior crescimento. As implicações resultantes do GSM traçam desafios e lacunas, apontando oportunidades para pesquisas futuras para desenvolver e validar práticas de engenharia no contexto de startups, é contrabalançado pela necessidade de reestruturar o produto antes de visar um maior crescimento. As implicações resultantes do GSM traçam desafios e lacunas, apontando oportunidades para pesquisas futuras para desenvolver e validar práticas de engenharia no contexto de startups.

 

Cohen, S (Cohen, Susan); Fehder, DC (Fehder, Daniel C.); Hochberg, YV (Hochberg, Yael V.); Murray, F (Murray, Fiona)

 

The design of startup accelerators/2022

 

Os programas de aceleração são uma parte cada vez mais importante dos ecossistemas empresariais. Embora as aceleradoras tenham recursos definidores essenciais – programas educacionais e de orientação baseados em coortes e de prazo fixo para startups – também há uma variação significativa entre elas. Neste artigo, relacionamos as principais variações nos antecedentes, no desenho organizacional e na operação desses programas com as teorias do desempenho empresarial no nível da empresa. Em seguida, documentamos correlações descritivas entre esses elementos de design e o desempenho das startups que frequentam esses programas. Ao fazer isso, investigamos as conexões entre design e desempenho de forma a integrar pesquisas anteriormente díspares sobre aceleradoras e expandir nossa compreensão dos interme

 

 

Berg, V (Berg, Vebjorn); Birkeland, J (Birkeland, Jorgen); Anh, ND (Anh Nguyen-Duc); Pappas, IO (Pappas, Ilias O.); Jaccheri, L (Jaccheri, Letizia)

 

Software startup engineering: A systematic mapping study/2022

 

As startups de software têm sido, há muito tempo, um impulsionador significativo do crescimento econômico e da inovação. O fracasso contínuo do grande número de startups exige uma melhor compreensão do estado da prática das atividades das startups. Objetivo Com foco na perspectiva da engenharia, este estudo visa identificar a mudança de foco da área de pesquisa e conceitos temáticos que operam a pesquisa em startups.
Um estudo de mapeamento sistemático em 74 artigos primários (nos quais 27 artigos são selecionados) de 1994 a 2017 foi realizado com uma comparação com os resultados de estudos de mapeamento anteriores. Um esquema de classificação foi desenvolvido e os estudos primários foram classificados de acordo com seu rigor.
Descobrimos que a maioria das pesquisas foi conduzida dentro das áreas de conhecimento do SWEBOK processo de engenharia de software, gerenciamento, construção, projeto e requisitos, com a mudança de foco para as áreas de processo e gerenciamento. Também fornecemos uma classificação alternativa para futuras pesquisas sobre startups. Descobrimos que o rigor dos artigos primários foi avaliado como maior entre 2013-2017 do que o de 1994-2013. Também encontramos uma inconsistência na caracterização das startups.
Trabalhos futuros podem focar em determinados temas de pesquisa, como modelos de evolução de startups e aspectos humanos, e consolidar os conceitos temáticos que descrevem startups de software.

Fonte: Web of Science (2022) – disponível em:   https://www.webofscience.com/wos/woscc/summary/2299d83e-889c-428e-8841-468bdd8af0c7-3c99c040/relevance/1 , acesso em 12/06/2022.  – Elaboração própria.

Podemos observar pela bibliometria que os principais enfoques teóricos foram Environmental Sciences; Management; Business; Engineering Environment;  Economics; Water Resources; Green Sustainable Science; Engineering Industriaç; Operations Research; Business Finance; Environmental Studies; Regional Urban Planning; Computer Science Information; Development Studies; Ecology; Energy Fuels; Information Science; Social Science; Computer Science; Education. E dentre os artigos mais citados se destacam os que tratam de startups voltadas para desenvolver Softwares e programas de aceleração de startups.

As startups continuam bastante relevantes nas pesquisas do meio acadêmico e industrial. Dentre os enfoques teóricos se destacam áreas que demandam mão de obra altamente especializada e que têm relação com os Arranjos Produtivos e características existentes na Área Metropolitana de Brasília. Assim, de acordo com a literatura atual se pode ver que as startups são relevantes nas Economias mais modernas, e uma política que fomente esse tipo de empresas pode contribuir com a dinamização e sustentabilidade da Economia da RIDE-DF.

2.2 REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Peng et al. (2008), observa-se que a inovação (uma espécie de força motriz), por intermédio de incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), tem fomentado de forma disruptiva, por meio de ideias, novas tendências e produtos que implicam no desenvolvimento econômico em escala mundial.

Essa ideia vem do modelo de crescimento econômico desenvolvido por Robert Solow, laureado com o Prêmio Nobel de economia. Solow (1957), revela que apenas 10 % do crescimento econômico no século XX, até aquele momento, estava relacionado ao acúmulo de capital físico.

Partindo do modelo de Robert Solow, que considerava a tecnologia como um efeito exógeno, Romer (1990, 1994) adaptou este modelo de crescimento econômico transformando a tecnologia numa variável endógena, isto é, é oriunda do resultado do acúmulo de capital intelectual e do conhecimento, nas relações econômicas dos agentes.

De acordo com Elliot (1983), Schumpeter, desde o início do século XX, já previa que as inovações têm função crucial na economia, uma vez que a inovação substitui produtos ou processos antigos (com menor eficiência) por novos (com maior eficiência). Dessa forma, a inovação é uma indutora do desenvolvimento econômico, já que ela passa a ser uma variável endógena ao modelo.

Um dos melhores e mais utilizados indicadores para a análise de atividades empreendedoras e o número de pedidos de registros de patentes, segundo Andries e Faems (2013), eles desempenham um papel relevante na gestão estratégica da empresa, uma vez que garantem a exclusividade de uso da tecnologia.

Carvalho e Mazali (2015)  analisaram empiricamente a repercussão que a Lei nº. 9.279/1996 (lei de patentes brasileira) provocou nas empresas brasileiras, com relação a variação de investimentos em P&D nos setores alimentício, farmacêutico e químico (afetados pela nova lei). Na investigação os autores concluíram que, com a possibilidade de proteção por patentes nos referidos setores, houve acréscimo nos investimentos à pesquisa e desenvolvimento, nesta pesquisa utilizou-se o experimento natural e uma variável proxy (as ações das empresas listadas em bolsa). Por isso, pode-se observar que a patente é capaz de promover o estímulo à atividade inovadora.

Griliches (1990 e 1998) demonstrou numa sequência de estudos, que investimentos em inovação, por meio de pesquisa e desenvolvimento, aumentam a produtividade total em diversos setores. Então a inovação impulsiona o desenvolvimento tecnológico, uma vez que os empresários inovadores se ocupam em desenvolver novos produtos, serviços e processos úteis para consumidores e firmas. Apesar de se concentrarem na maximização do lucro, geram externalidades positivas, aumentam o bem-estar social e o desenvolvimento econômico.

De acordo com Bryant (2011), as empresas inovadoras e disruptivas têm um grande potencial para mudar radicalmente a economia de uma região, desenvolvendo um ecossistema. Segundo o autor, a Irlanda é um exemplo recente na história de país que teve seu desenvolvimento econômico associado à criação de um polo de informática e afastou de vez o baixo desempenho econômico e os péssimos números dos indicadores socioeconômicos.

Outros casos exitosos de regiões que, por intermédio de políticas públicas voltadas para a tecnologia e inovação, conseguiram melhores indicadores de desenvolvimento socioeconômico, de acordo com Carvalho (2021), são: Shenzhen, na China, cuja história em 30 anos, é a transformação da aldeia de pescadores numa das mais importantes smart cities da Ásia, ou o Vale do Silício na Califórnia, USA, que dispensa comentários. No Brasil, ainda segundo o autor, temos o exemplo de Jundiaí, SP. Podemos acrescentar nessa lista, Santa Rita do Sapucaí, MG, um importante polo de tecnologia. 

3. DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PILOTO SPID À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO

Tendo em vista a relevância das startups no campo teórico, a adequação desse tipo de empresas aos casos exitosos de Desenvolvimento Regional apresentados em Carvalho (2021).  E analisando as características da RIDE-DF, que abriga uma mão de obra altamente qualificada e possui Arranjos Produtivos Locais em setores tecnológicos, apresentados em Distrito Federal (2022), que dependem de projetos disruptivos e inovadores para se fortalecer.

Um dos projetos governamentais, que está em curso sob essa nova égide do custo fiscal zero, é a Seleção de Projetos Inovadores e Disruptivos – SPID, funcionará como indutor do desenvolvimento econômico do DF, por intermédio do recrutamento e da seleção, recursiva, pública, democrática e transparente de projetos inovadores e disruptivos, preferencialmente de baixo custo, que necessitem de financiamento.

A recursividade do processo tem como finalidade a atração de centenas de empreendedores para a Região Metropolitana de Brasília, para aumento da arrecadação, implementação de projetos inovadores (ou disruptivos), desenvolvendo os APLs mapeados e possivelmente revelando novas vocações na região. Como os projetos são preferencialmente de baixo custo, a possibilidade de financiamento aumenta, facilitando a futura captação de recursos.

Portanto, em linhas gerais, as expectativas são de aumento da arrecadação, de fidelização de bons projetos no território da Região Metropolitana de Brasília, da vinculação desses projetos aos Arranjos Produtivos Locais – APLs ou à vocação econômica local. Induzindo o desenvolvimento socioeconômico, com foco na atração de investimentos produtivos e fomento do emprego, aumento da renda e da qualidade de vida a partir da sustentabilidade dessa política pública. Ainda segundo Carvalho e Leal (2021) o fortalecimento dos vários Arranjos pelo DF tem o potencial de fortalecer a Economia formal e minimizar a atuação da Economia do crime nas regiões fomentadas.

Para que isso seja implementado, de forma eficiente, faz-se necessário de acordo com Carvalho e Leal (2021), um cuidado especial para que a definição dos indicadores customizados de gestão e de desempenho sejam eficientes em sua performance, em relação a solução tecnológica para que o processo de recrutamento, seleção, categorização e escolha dos projetos, inerentes às vocações econômicas de Brasília, sejam realizados de forma eficiente, democrática e transparente.

Além disso, ainda segundo os autores, a capacitação dos servidores envolvidos no processo, é primordial em especial no que diz respeito à elaboração do chamamento público, à avaliação e análise de projetos (Disruptivos e Inovadores) e à escolha dos indicadores mais eficientes para o acompanhamento (monitoramento, avaliação e ajuste) da performance da política pública em questão.

4. CONCLUSÃO

A partir do que vimos na contextualização institucional no capítulo 1; do estudo bibliométrico e do referencial teórico, contido no capítulo 2; e da descrição do projeto governamental, no capítulo 3; temos que a premissa de que os projetos inovadores e disruptivos como indutores do desenvolvimento econômico regional, faz sentido. Startups podem receber esse projeto de política pública de desenvolvimento regional, que está em conformidade com as necessidades da Região Metropolitana de Brasília.

Uma vez que a teoria econômica, conforme registro no referencial teórico deste artigo, converge para o entendimento de que a inovação e a disrupção são elementos fundamentais para o desenvolvimento econômico da região e o trabalho empírico, anotado no mesmo capítulo deste artigo, comprovou que a política pública de proteção por patente, no Brasil, mediante aprovação da lei de patentes em 1.996, estimulou a atividade inovadora, no período subsequente, corroborando as expectativas teóricas.

Além disso, os casos de sucesso trazidos, nos últimos parágrafos no referencial teórico, desse artigo, como: Shenzen, na China, o Vale do Silício, na Califórnia, USA, a cidade de Jundiaí, SP etc. apontam a tecnologia, a inovação a disrupção como verdadeiros propulsores do desenvolvimento econômico regional.

Dito isso, a Seleção de Projetos Inovadores e Disruptivos, SPID, na Região Metropolitana de Brasília, RIDE-DF, tem suas expectativas em consonância com o que ocorre nas experiências exitosas de regiões que detiveram, com o passar do tempo, maior desenvolvimento econômico sustentável a partir do fomento da tecnologia, inovação e disrupção nos processos produtivos de bens econômicos.

Da mesma forma, o aprimoramento recorrente da lista e a sofisticação das informações sobre o desempenho de cada projeto partícipe do SPID, disponibilizados de forma transparente e democrática, pode torná-lo cada vez mais atraente e fomentar, cada vez mais, a participação de novas start-ups com novos projetos a serem apresentados no SPID, com intuito de se ranquearem e se credenciarem a receber financiamentos (públicos, privados, internos ou externos).

Com isso, é bem provável que haja uma transformação paulatina da cidade de Brasília numa região de relevância para o destino de investimentos produtivos, com a implementação do Plano Distrital de Atração de Investimentos, PDAI, em especial o Projeto piloto SPID.

Algumas informações dos projetos partícipes do SPID, poderiam ser de extrema importância para o sucesso do projeto piloto, a título de sugestão, para compor essa lista com o passar dos tempos tais como: (a) a obtenção de financiamento; (b) o desempenho da execução do cronograma físico-financeiro do projeto; (c) a transformação do projeto num negócio; (d) a obtenção de investimentos na empresa por conta do projeto; (e) o nível de faturamento da empresa por conta do novo negócio, etc.

REFERÊNCIAS

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BRYANT, M. What attracts big tech companies to Ireland? Hint: It’s not just low taxes. Thenextweb, 2011. Disponível em: https://thenextweb.com/news/what-attracts-big-tech-companies-to-ireland-hint-its-not-just-low-taxes. Acesso em: 14/05/2021.

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[1] Doutorando em Ciências Empresariais e Sociais na UCES de Buenos Aires, Mestre em Economia pela Universidade Católica de Brasília UCB, Especialista em Direito Público pela Universidade Estácio de Sá FACITEC, Bacharel em Economia pelo Centro Universitário de Brasília CEUB (1999). ORCID: 0000-0002-7461-4609.

[2] Bacharel em Ciências Econômicas pela UNB – Universidade de Brasília. ORCID: 0000-0003-0766-2296.

[3] Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), mestre em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), graduado em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília. ORCID: 0000-0003-4082-295X.

Enviado: Julho, 2022.

Aprovado: Outubro, 2022.

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