REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Os Ensinos e Milagres de Jesus: Uma Breve Análise

RC: 14005
15.260
4.4/5 - (9 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

DIAS, Adiclecio Ferreira Dias [1], OLIVEIRA, Carla Mendes de [2]

DIAS, Adiclecio Ferreira Dias; OLIVEIRA, Carla Mendes de. Os Ensinos e Milagres de Jesus: Uma Breve Análise. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 03, Vol. 01, pp. 90-101, Março de 2018. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Este trabalho traz de forma concisa os ensinamentos e milagres de Jesus.  Nosso objetivo é analisar, com base nas Escrituras, alguns milagres operados por Jesus durante os três anos de ministério, como também a metodologia utilizada por Jesus em seus ensinamentos. Para isto, utilizamos como metodologia textos teóricos impressos e online. Entendemos que o tema é interessante, não só para a comunidade acadêmica, mas também para o leitor interessado em conhecer mais sobre os ensinos e milagres do Mestre.

Palavras-Chave: Ensinos, Curas, Fé.

Introdução

Pensadores de várias épocas têm-se ocupado em analisar a mente de Cristo, como também seus ensinos e milagres. É um estudo extenso pois os ensinos de Cristo são profundos e seus sinais, incríveis.

Entendemos que esse estudo contribuirá muito para os interessados em conhecer a didática utilizada por Jesus para mostrar as verdades do Reino de Deus e seus atos milagrosos. É desafiador falar sobre a pessoa de Jesus, pois seus ensinos e seu poder extrapolam a inteligência humana, que é tão limitada diante da grandeza deste Deus.

1.1 OS ENSINOS DE JESUS

Durante toda a história da humanidade levantaram-se grandes mestres, homens que detinham um intelecto incalculável, a saber, Gandhi, que lutou arduamente pelos direitos trabalhistas na Índia. Certa vez ele disse “A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável”[3]. Podemos ainda citar Freud, que foi criador da psicanálise, Émile Durkheim, considerado por muitos como o pai da sociologia, Karl Max e Jean Piaget, psicólogo, que foi uns dos grandes teóricos da educação, entre outros. Porém, não podemos comparar nenhum desses com o nosso mestre Jesus. Cristo marcou a história em dois tempos, antes e depois dEle e ensinou verdades que são eternas.

De acordo com Soares (2008), quando Jesus iniciou seu ministério terreno utilizou uma didática extraordinária, pois em seus ensinos já demonstrava nitidamente que ele não era igual os mestres existentes na sua época. É notório que Jesus era um mestre por excelência, em seus sermões não deixava nenhuma dúvida que ele possuía autoridade divina. Ele ensinava como Mestre. “Jesus ensinava enquanto pregava e pregava enquanto ensinava. O seu método impressiona ainda hoje o espírito humano, pois ensinava de modo que nunca houve antes e nem depois dele alguém que fizesse igual”[4].

Soares (2008) destaca algumas qualidades do ensino de Jesus, por exemplo: Doutrina, Autoridade, parábolas e Figuras. Jesus ensinava com estilo peripatético [ensino e conhecimento enquanto se caminha], método esse utilizado pelos discípulos Platônicos. Os rabinos tinham uma rejeição em relação a esse estilo, pois eles priorizavam os ensinos nas sinagogas esperando seus talmidim[5]. E Jesus tinha um método diferente, pois priorizava sair das quatro paredes e ia além, ele saía às praças, ruas, mar, montanhas e ao templo para ensinar.

Conforme Morais, Jesus sempre procurou distinguir-se dos seus compatriotas mestres.  “Aparentemente desprezava os muitos costumes que definiam as regras de conduto do povo judeu. Colocava as pessoas antes das leis. Seu ‘novo estivo’ era clemente e amoroso”[6].

Quanto à doutrina, Soares afirma que o Cristianismo é uma religião que defende o ensino, o aprender, o mestre, e que a Bíblia está cheia de exemplos de mestres. “O ministério do ensino ocupa espaço releva-te no cristianismo, parece na lista dos dons da graça de Deus”, e citando Myer Pearlman aponta: “[…] ensinar é despertar a mente do aluno para captar e reter a verdade”[7].

A palavra ”doutrina” vem do latim doctrina, que significa, também, ”ensino” ou ”instrução” e refere-se às crenças de um grupo particular de crentes ou mesmo de partidários. Com o passar do tempo à palavra veio a significar o ensino de Moisés que se encontra no Pentateuco.

As duas principais palavras gregas usadas no Novo Testamento são ”instrução, ensino” e ”ensino, doutra”. Essas palavras transmitem a ideia tanto do ato de ensinar como a substância do ensino. A primeira aparece para indicar os ensinos gerais de Jesus (Mt 7.28; Jo 7.16-17) também para a ”doutrina dos apóstolos” (At 2.42). A segunda possui o mesmo sentido (Mt 15,9; Mc 7.7).

Jesus ensinava com o foco nas coisas mais importantes que são as questões espirituais, como céu, inferno, anjos, Espírito Santo, pecado, mas traz também as questões práticas de como o cristão deve se comportar, seja sozinho, em casa, na igreja, no trabalho, no lazer. São doutrinas que ele passa ao povo cristão.

Outra distinção de Jesus como o Cristo é a autoridade que ele tinha para ensinar. Sabemos que se imaginarmos que ele falava para multidões e que elas cresciam a cada reunião, pois vislumbraram como suas palavras eram carregadas de autoridade. Soares ressalta que Jesus ensinava sentado, como no Sermão da Montanha, quando falou aos seus discípulos.

Ensinar sentado, na antiguidade, significava não apenas a transmissão de ideias oficiais, mas também autoridade. Jesus faz menção da ”cadeira de Moisés”, no templo (Mt 23.2). A palavra grega para ”cadeira” é kathedra, em latim cathedra. Um pronunciamento ou discurso proferido ex cathedra, ”da cadeira”, representa autoridade. A autoridade do ensino de Jesus é visível maneira de se apresentar para transmitir e no próprio conteúdo. Na sinagoga de Nazaré, após a leitura, ”assentou-se”; e os olhos de todos na sinagoga estava fitos nele (SOARES, 2008, p. 134).

Outra característica apresentada por Soares (2008) era o uso constante de figuras nos sermões de Jesus, uma prática bastante comum, usada por onde ele passava ensinando, conseguia chamar pra si à atenção dos que o ouviam, pois, ao falar por parábolas ele trazia a mensagem dos céus para o povo e ficava mais acessível ao entendimento dos que o ouviam.

Bullinger e Lacueva (1990) citados por Soares afirmam que: “Figura ‘é simplesmente uma palavra ou frase modelada segundo uma forma especial, diferente de seu sentido ou uso ordinária usada constante por oradores escritores’’ (2008, p. 134).

Essa forma de ensinar, com uso de figuras, foi inicialmente utilizado pelos Gregos (schema), que foi seguido pelos Romanos. Soares (2008) apresenta, com base nos estudos do monge inglês Jarrow algumas das figuras de linguagem utilizadas por Jesus Cristo em seus ensinamentos:

Homeoteleuto – Figura que leva a repetir as mesmas letras ou sílabas no final das palavras, como em “Este é o primeiro e grande mandamento” (Mt 22.38). Exceto o verbo de ligação o conectivo no grego, as demais palavras terminam em ê (n), no grego.

Metáfora e símile – Figura que emprega uma palavra em um sentido diferente da própria, por analogia. “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, como que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para ser laçar fora e ser pisado pelos homens (Mt 5.13)”. Já se Jesus Cristo tivesse usado a seguinte expressão: “Vós sois como o sal” teria utilizado simele, que é uma comparação.

Metonímia – Uma figura de linguagem que se muda um nome por outro com que o primeiro guarda alguma relação. “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu disse são espírito e vida” (Jo 6.63). As palavras de Jesus produzem vida eterna, vida espiritual.

Catacrese ou abusão – Figura que consiste no desvio de uma palavra do seu significado natural. “Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?” (Mt 12.5). Aqui é a questão do sábado, que proíbe os discípulos de catar espigas para comer, mas permite os sacerdotes trabalharem no sábado. Uma só lei, duas interpretações.

Epíteto – Um qualificativo anteposto ao nome para dar-lhe um atributou qualidade melhor que o caracteriza. Não é uma antonomásia, que substitui o nome original. “E a vida eterna é está: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviastes” (Jo 17.3). Que distingui Deus de outros deuses falsos.

Hipérbole – Figura de linguagem que aumenta ou diminui além do que dá a entender. “E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, será abatida até aos infernos, porque, se em Sodoma tivesse sido feitos os pródigos que ti se operaram, teria ela permanecido até hoje (Mt 11.23)[8]

Parábolas – Quando se faz uma comparação ampliada. No novo testamento temos muito desta figura de linguagem de uma história real ou imaginária, para falar sobre as verdades do Reino dos Céus. Jesus gostava muito de ensinar.

Segundo Duquesne (1995) nos evangelhos foram registradas cerca de 50 parábolas. Ele usa o termo cerca, pois algumas eram tão curtas um ou dois parágrafos, que não se sabe se conta ou não como uma figura de linguagem.

Soares ressalta que o ensino de Jesus foi abrangente, e por isto falava usando figuras de linguagem para que todo o povo entendesse a mensagem de salvação.

O ensino de Jesus abrange valores espirituais são instruções que abrangem vários aspectos de vida, na área social e espiritual, contribui na construção de uma sociedade piedosa e civilizada, liberta o homem da ignorância da cegueira e protege os cristãos de serem levado por ‘todo vento de doutrina’ (Ef 4.14). (SOARES, 2008, p. 140).

Morais afirma que Jesus procurava ser direto em seus ensinamentos. “Além de ensinar por meio de parábolas, Jesus também transmitia sua mensagem de forma mais direta, como que ficou conhecido o ”Sermão da Montanha”[9]

Jesus estava sempre apto para ensinar e exortar a todos que procurava. Jesus ensinava para multidões ou para um pequeno grupo com a mesma ênfase e metodologia, porque queria ser compreendido e queria que seu público percebesse que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus e a importância de uma vida sem pecados para agradar a Deus e ter a vida eterna.

1.2 OS MILAGRES DE JESUS

Quando falamos em milagre pensamos logo em algo impossível aos olhos humanos como a cura de uma pessoa em estado terminal, acometida por uma doença como um câncer em estágio avançado ou até mesmo pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) que para a medicina não tem cura. Sim!! Um milagre é realmente algo que a mente humana não consegue compreender e a ciência não é capaz de explicar.

1.3 Conceituando o termo milagre

Segundo o dicionário Aurélio Milagre é “Fato sobrenatural oposto às leis da natureza. Portento, maravilha, prodígio”. E de acordo com o dicionário Michaelis, dentre os significados de Milagre temos “Fato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis da natureza”[10].

Podemos associar com segurança a palavra Milagre à pessoa de Jesus, que enquanto Deus se fez em epifania[11] e habitou entre nós “se fez carne e habitou entre nós…” (João 1:14). E enquanto “Deus Homem”[12] operou sinais e maravilhas durante sua vida e até em sua morte[13].    .

Nos evangelhos temos o registro de 35 milagres operados por Cristo, que segundo Soares “revelam a extensão do domínio do poder de Jesus, mostrando sua autoridade sobre a morte e o inferno, sobre o diabo e seus agentes, sobre as enfermidades e a própria natureza” (SOARES, 2008, p.141).

Mas, será que Jesus se limitou a apenas 35 sinais e prodígios?  A verdade é que Jesus realizou muito mais do que 35 milagres, é o que o apóstolo João nos diz no último versículo de seu evangelho “E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem.” (João 21:25).

1.4 AS MOTIVAÇÕES DE JESUS PARA O MILAGRE

Segundo Soares (2008) Jesus revelou seu poder nitidamente. Desafiou a força da natureza, demonstrou que tem domínio diante das enfermidades, sobre as potestades das trevas, sobre a morte e o pecado, e também sobre o inferno, tudo isso para testificar o poder que como Deus possuía “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra (Mateus 28:18). Jesus, enquanto Deus, demonstrou seu poder para que “cressem nele e fossem salvas”. (WIERSBE, 2009, p. 235). O apóstolo João registrou diversos sinais que seu Mestre realizou para com isso provar que Jesus é Deus, de acordo com o que falou em João 20:31 “Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome”. No evangelho de João vemos uma série de testemunhos de que Jesus é o Cristo, podemos citar a mulher samaritana, o paralítico que morava na cidade de Betesda e a multidão que presenciou e se fartou diante da multiplicação dos pães.

Além de mostrar seu poder para que cressem que ele foi enviado por Deus, Jesus veio para fazer a vontade do Pai “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. (João 6:38).    Em momento algum Jesus queria chamar a atenção para si ou somente atrair uma multidão com seus feitos milagrosos com o fim de obter fama e dinheiro, ele curava, saciava a fome das pessoas e ressuscitou mortos porque “jamais deixou de socorrer os necessitados e aflitos, pois compadecia-se deles” (SOARES, 2008, p. 142). O sofrimento e a dor das pessoas que o cercava chamava-lhe a atenção, e por isso ele sentia misericórdia e agia para os socorrer. “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos” (Mateus 14:14).

Outro episódio que mostra como Jesus se compadecia diante do sofrimento das pessoas foi quando seu amigo Lázaro morreu. Quando Jesus chegou a cidade de Betânia, onde seus amigos Marta, Maria e Lázaro moravam, encontrou a seguinte cena: corações sem esperança e muito tristes pela morte de seu ente querido. Marta foi ao encontro do mestre, enquanto Maria ficou em casa se lamentando, mas Jesus manda chamá-la, está vem rapidamente e ao chegar próximo a Jesus põe-se a chorar ao lembrar possibilidade da cura de seu irmão, se Jesus tivesse chegado uns dias antes. Vendo Jesus que Maria estava inconsolável e que os judeus que a acompanhava também choravam, moveu-se de grande compaixão e “Jesus chorou” (João 11: 35). Jesus não chorou de tristeza, mas sim de compaixão e misericórdia e também pela falta de fé que demonstravam. Diante dessa situação, chegando ao sepulcro pede que retirem a pedra que a selava. Ainda sem crer que Jesus podia fazer o impossível, Marta declara: “Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias” (João 11:39) e Jesus responde: “Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus?” (João 11:40). Obedecendo a voz do Mestre, retiram a pedra do sepulcro e puderam presenciar o poder de Jesus sobre a morte. Lázaro saiu para fora do sepulcro, à ordem de seu amigo, e este pôde ir para sua casa em companhia de suas irmãs.

Mas, devemos ressaltar que, fazer milagres não foi o motivo primordial de Jesus ao “esvaziar-se” de sua glória no céu e tornar-se servo, como diz Paulo em sua carta aos Filipenses, mas sim ser obediente ao Pai a ponto de entregar a sua própria vida em nosso favor: “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,  fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”(Filipenses 2:7,8).

Jesus veio a este mundo para salvar o pecador da morte eterna. Não teria proveito algum a vinda de Jesus se este curasse o corpo físico das pessoas e não salvasse a alma da condenação. Portanto, o maior milagre que Jesus opera é a salvação do pecador.

1.5 O PRIMEIRO MILAGRE

Dias (2017) ressalta que Jesus aguardou até os 30 anos de idade para iniciar seu ministério. O autor apresenta dois motivos que o levou a cumprir este protocolo, sendo o primeiro o compromisso que tinha com sua família, pois segundo a tradição judaica se o pai falecesse o filho primogênito tinha o dever de cuidar da família até que cada irmão atingisse a maioridade. O segundo motivo é, que para ensinar na sinagoga e ser considerado um mestre esta era a idade permitida para tal.

Wiersbe (2009) afirma que existem alguns grupos religiosos que vem disseminando um verdadeiro engodo a respeito de Cristo. Eles chagam ao extremo ao afirmar que Jesus realizou milagres em sua infância se baseando nos livros Apócrifos[14]. Porém isso é contraposto por João “Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele” (João 2:11).

No capítulo 2 do evangelho segundo João, vemos que Jesus iniciou o seu ministério em um casamento e isso não foi por acaso, pois Jesus valoriza o matrimônio e a família, e foi isso que priorizou desde o início. Uma nova família estava surgindo, mas que já estava enfrentando um grande problema. Havia uma festa, muitos convidados, entre eles Jesus, sua mãe e seus discípulos, mas o vinho, que é símbolo de alegria na Bíblia, havia acabado. Quantos lares vivem essa situação! Não possuem mais a satisfação de estar juntos e compartilhar momentos. A alegria foi-se embora pela falta de Jesus na família.

Quando Jesus é informado do problema imediatamente procura solucioná-lo. Pede que encham de água seis talhas de pedra que “representam a dureza e o vazio humano”. (WIERSBE, 2009, p. 236). Isso nos lembra que o ser humano sem Cristo vive um extremo vazio e dureza de coração, que precisa ser preenchido e limpo com a água, que é a Palavra de Deus “para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra,” (Efésios 5:26).

Os servos dos noivos não questionaram a ordem de Jesus e prontamente obedeceram e por isso presenciaram um milagre, pela sua obediência. Com as talhas agora cheias de água, Jesus pôde concluir o seu feito e trazer novamente a alegria aos noivos e aos seus convidados. A água tornou-se vinho, assim como o pecador pode tornar-se filho de Deus “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,” (João 1:12). A família estava feliz novamente pois poderia servir seus convidados e continuar a festa. O interessante é que Jesus foi convidado antes mesmo do casamento acontecer e já estava lá quando surgiu o problema, e não foi chamado de última hora para resolvê-lo.

A presença de Jesus no casamento e na família é fundamental, pois quando o vinho, ou, a alegria acabar, ele estará ali para encher os corações com a sua Palavra e transformar as tristezas em alegria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nosso objetivo com esse trabalho foi de trazer mais informação sobre um tema, que consideramos muito importante, para o meio acadêmico e religioso, mesmo sendo discutido há mais de séculos, pois falar os milagres e ensino de Cristo é para muitos cristãos algo novo, e por isto a escolha do mesmo, que é desafiador e ao mesmo tempo muito edificante. Objetivamos, com o nosso trabalho, levar outros a conhecerem mais sobre Jesus, pois há muito que se fala sobre este tema e poucas pessoas conhecem mais a fundo sobre os ensinos e milagres de Jesus.

REFERÊNCIAS

BERKOUWER, G. C. A pessoa de Cristo. (Trad.) Zimmermann e Hollanders. 2. ed. São Paulo: Juerp.

CABRAL, João Francisco. Clemente de Alexandria e a defesa da filosofia na religião cristã. Brasil escola. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/clemente-alexandria-defesa-filosofia-na-religiao-crista.htm. Acesso em 20 jan. 2016.

Power point. Disponível em: http://www.sementesdoreino.com.br/novo/liturgia/mesc/cristologia.pdf. Acesso em 11 jan. 2016.

Seminário de educação teológica das assembleias de Deus. São Paulo. (Monografia). Disponível em: http://boapalavraverdades.blogspot.com.br/2011/04/cristologia-monografia-de-cristologia.html. Acesso em 10 dez. 2015.

Cresencio, Reginaldo, Teologia sistemática, A doutrona de Deus, Igreja Batista Raízes. Diponível em  http://files.ibra-com-br.webnode.com/200001512-             c75e2d70d/TEOLOGIA%20SISTEMATICA%201.pdf. acesso em 03/11/2017.

DUPUIS, Jacques. Introdução a cristologia. (Trad. Aldo Vannuchi). 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.

DIAS, Adiclecio Ferreira. A divindade do Senhor Jesus: Uma verdade inquestionável. Rio Grande: Editora CLP, 2017.

DUQUESNE, Jacques. Jesus. A verdadeira história. (Trad.) Daniel Piza. São Paulo: Geração Editorial, 1995.

HORREL, J. Scott. Jesus Cristo: Deus e homem. A relevância da cristologia clássica para a América Latina. Revista teologia brasileira. Disponível em: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=438. Acesso em 10 dez. 2015.

Disponível em: Texto disponível em: a https://pt.wikipedia.org/wiki/Lapsarianismo. Acesso em 17 jan. 2016.

MORAIS, Fabiano (Texto explicativo). A história. A bíblia contada como uma só história do começou ao fim.

NOBRE, Edson. Doutrina de Cristo. Filemon escola superior de teologia. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgshgAH/09-doutrina-cristo-cristologia. Acesso em 11 jan. 2016.

O PENSAMENTO e características principais das escolas de Alexandria de Antioquia. Disponível em: http://www.infosbc.org.br/portal/index.php/canonistas/127-pe-rhawy-chagas-ramos-/2994-o-pensamento-e-caracteristicas-principais-das-escolas-de-alexandria-e-de-antioquia-. Acesso em 19 jan. 2016.

PORTELLA, Rodrigo. Ampliando os horizontes de Deus: A cristologia pluralista de John Hick. In: Fragmentos de cultura. Instituto de Filosofia e Teologia. Goiania: PUC, v. 17, n 5 e 6, maio/jun. 2007.

SEGALLA, Giuseppe. A cristologia do novo testamento. (Trad.) José Luiz Gonzaga do Prado. São Paulo: Loyola, 1992.

SERAPHIN, Edimilson Aparecido. Talmedim. Significado de talmedim. Disponível em: http://talmind.blogspot.com.br/2012/01/significado-de-talmidim.html. Acesso em 18 jan. 2016.

SOARES, Esequias. Cristologia. A doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnas, 2008.

SOUZA, Luciano Rogério de. Antioquia e Alexandria: duas escolas de interpretação bíblica. Disponível em: http://folhaassembleiana.blogspot.com.br/2012/12/antioquia-e-alexandria-duas-escolas-de.html. Acesso em 18 jan. 2016.

SPINELLI, Miguel. Helenização e recriação de sentidos. A filosofia na época da expansão do cristianismo – Séc. II, III e IV. 2. ed. Caixas do Sul: Educs, 2012. In: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arianismo. Acesso em 20 jan. 2016.

WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Wiersbe Novo Testamento. Rio de Janeiro:Geográfica Editora, 2009

TOCHETTO, Alexandre. Escola teológica de Antioquia. Perspectivas e meditações. Disponível em: http://tochetto.blogspot.com.br/2009/06/10-escola-de-antioquia.html. Acesso em 18 jan. 2016.

[1] Mestrando em ciências das religiões pela faculdade Unida de Vitória, Graduando em história pelo Centro Universitário Uninter, Bacharel em Teologia pela Fabra, especialista em ensino religioso pela mesma faculdade.

[2] Graduada em pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em educação infantil com ênfase em alfabetização pela Faculdade Brasileira (FABRA). È professora na educação infantil da prefeitura municipal de Vitória a mais de seis anos.

[3] Biografia de Gandhi, disponível https://www.pensador.com/autor/mahatma_gandhi/biografia/. Acesso em 12/10/2017

[4] Soares, 2008, p. 131

[5] Talmidim significa aprendizes, discípulos.

[6] Morais, 2009, p. 309

[7] Soares, 2008, p. 132

[8] Soares 2008, p. 136-140

[9] Morais, 2009, p.315

[10] Disponível em: ‹https://dicionariodoaurelio.com/milagre›. Acesso em: 01 Nov. 2017. http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/milagre/

[11] Epifania do grego “epiphaneia” significa oque aparece de repente ou manifestação. Epifania, refere-se à manifestação  permanente de Deus (através de Jesus). Cresencio, 2012, p. 7.

[12] Jesus Deus Homem, Jesus quando esteve em forma corpôrea Ele era 100% Deus e 100% homem. Jesus como Deus possuía os atributos inerentes ao de Deus: como onisciências: “Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações” (MT, 9:4). Onipotência Jesus multiplicou os pães “E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos” (MC, 6:33-40) Jesus como homem sentiu fome “E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome” (LC,4:2).   Jesus dormiu, “E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água, estando em perigo” (LC, 8:24) Jesus chorou (João, 11:35)

[13] Ainda na cruz, em seus últimos suspiros, Jesus clamou com grande voz, o véu do templo se rasgou, a terra tremeu, fenderam-se pedras e abriram-se os sepulcros de muitos santos que foram ressuscitados. (Mateus 27: 50-53)

[14] Apócrifo é um adjetivo qualificativo, de origem no termo grego apokryphos, que significa oculto, aquele que não foi explorado. É um termo muito usado pelos católicos, quando se referem a todos os escritos de assuntos sagrados, não incluídos pela Igreja cristã nos livros de inspiração divina, que são considerados autênticos.  Disponível https://www.significados.com.br/apocrifo/ 08/11/2017. Augustus Nicodemus, O que Jesus fazia na infância, disponível https://www.youtube.com/watch?v=eHzBB_hOBfA.Acesso 08/11/2017.

4.4/5 - (9 votes)
Adiclecio Ferreira Dias

6 respostas

  1. Jesus diz ninguém vem ao pai se não por mim , ele sempre foca no conhecer seus através dele e de fato falamos mais seu nome que de seu Pai Deus Jeová , todos nós temos um nome e seremos chamados pelo nome , porque as editoras tiraram o nome de Deus das bíblias ? Ou é mencionado apenas em algumas partes ?

  2. Saudações cordiais.
    O nome de Deus é apresentado de algumas formas na Bíblia.
    A palavra Deus
    (Elohiym) aparece na Bíblia 2.570 vezes no Antigo Testamento e,
    apenas 245 vezes, não se referem ao Deus verdadeiro. Deus (El) é
    citado 250 vezes. Já Deus (Y ̂ehovah) aparece no A.T 6823 vezes,
    num total de 9.643 vezes (somente no AT). Deus (theos) aparece
    306 vezes no Novo Testamento, em alguns casos não se referindo
    ao Deus verdadeiro (por exemplo, em 2Co 4:4). Ao todo, o nome
    de Deus é mencionado na Bíblia 9.704 vezes.
    Adiclecio Dias.

  3. Este ensino e método apresentado acima de grande valia ,e sempre ter pessoas compartilhando seu conhecimento .Que seja muitos como esse ,estudar a bíblia e conhecer Deus e seus significados da forma q Ele se revela.Deus abençoe sempre.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita