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Como escrever um artigo científico rápido? É possível?

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O que faz com que o meu processo de escrita seja lento ou rápido?

O que faz com que o meu processo de escrita seja lento ou rápido?Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos retomar as nossas discussões sobre técnicas de escrita. Como sabemos, a partir do momento que passamos a fazer parte do universo acadêmico, precisamos, todos os dias, cumprir algumas exigências. Dentre elas, temos a publicação de artigos científicos. Contudo, embora esta seja uma prática corriqueira, muitos pesquisadores ainda possuem dificuldades para escrever este tipo de produção. Assim, hoje iremos apresentar algumas dicas para que você consiga escrever um artigo de forma ágil, porém, de antemão, queremos chamar a sua atenção para o fato de que é muito importante respeitar o seu ritmo de escrita. Cada pesquisador tem uma relação diferente com a escrita acadêmica, porém, podemos aprender técnicas que irão aperfeiçoá-la. Considerando esta necessidade, hoje iremos esclarecer a seguinte pergunta: é possível ou não escrever um artigo de forma rápida?

Possibilidades para que realizemos um artigo científico

Como esta é uma dúvida bastante recorrente, iremos apresentar, hoje, algumas técnicas para que você possa desenvolver o seu artigo científico de forma mais tranquila. A pergunta norteadora é a seguinte: como posso preparar um bom artigo científico voltado para a linha de pesquisa do mestrado, levando em consideração que o prazo para isso é pequeno. Vamos lá. O processo de escrita é único para cada pessoa, de modo que as dicas que iremos apresentar podem apenas impulsionar este processo. Não há como garantir que você conseguirá escrever rápido. Como é uma questão que atravessa os mais diversos níveis, desde a graduação até a pós-graduação, optamos por empregar uma linguagem mais simples. Queremos que todas as pessoas tenham a oportunidade de entender como funciona a produção científica. É apenas por meio do conhecimento acessível que podemos reverter essa situação.

É possível desenvolver um artigo científico em pouco tempo?

Embora tenhamos afirmado que esta é uma questão relativa, acreditamos que sim, é possível desenvolver um artigo científico em pouco tempo. Mesmo que essa não seja uma prática ideal, ela é comum para muitos pesquisadores. Assim, nessa conversa, iremos discutir sobre as possibilidades reais e sobre as ideais. Sabemos que, por necessidade, muitos pesquisadores têm uma vida para além da academia, pois precisam custear gastos diversos desses cursos. Muitos possuem, filhos, maridos ou esposas, um trabalho e preocupações diárias com formas de se sustentar a si e aos outros, nesses casos. Problemas interpessoais e de saúde também afetam nossa vida. Desse modo, não é sempre que conseguimos nos dedicar em tempo integral para a pesquisa. A maior parte dos pesquisadores precisam unificar todas essas funções. No mundo real, são poucos os que conseguem ser apenas acadêmicos/pesquisadores.

O tempo integral na pesquisa científica

Há uma pequena parcela da população de pesquisadores que conseguem se dedicar em tempo integral às suas pesquisas. Alguns conseguem, inclusive, depender apenas de uma bolsa de pesquisa, em certos contextos geográficos. Conseguem ter uma maior dedicação, porém, a maior parte das pessoas não conseguem ter o privilégio de dedicarem-se apenas ao estudo, em razão dos motivos que apresentamos. Em virtude desse cenário, às vezes, as demandas postas pela academia, sobretudo pela pós-graduação, pedem que os artigos científicos sejam desenvolvidos em um período muito pequeno. Há casos em que pesquisadores escrevem artigos em dois dias ou mesmo em vinte e quatro horas. Acreditamos que existem mecanismos que podem lhe ajudar a desenvolver um bom artigo científico em pouco tempo. Não é o ideal, pois, quanto mais tempo você tiver, você conseguirá trabalhar com mais fatores.

Como o fator tempo influencia a pesquisa científica?

Como o fator tempo influencia a pesquisa científica?Sempre recomendamos que um artigo científico não seja escrito às pressas, porque esse prazo limitado irá lhe impedir, por exemplo, de trabalhar com uma metodologia mais complexa. Diante desse cenário, as dicas que selecionamos para a conversa de hoje visam abranger a maior quantidade possível de pessoas, sobretudo as que possuem dificuldades com a escrita acadêmica. Estamos pensando em pessoas reais e que nem sempre têm acesso às bases de dados fechadas, que não entendem como funciona a lógica da academia, que estão a algum tempo fora da academia e que precisam entender melhor esse contexto acadêmico. Por esse motivo, empregamos uma linguagem mais simples e dicas que podem ser incorporadas a qualquer área do conhecimento/linha de pesquisa. Para que essas pessoas possam absorver essas dicas, a comunicação fluida é primordial.

Criando um cronograma com passos e etapas

A primeira coisa que você pode fazer para desenvolver um artigo científico em pouco tempo é criar um cronograma pessoal com metas e objetivos a serem atingidos. É necessário, portanto, que você trabalhe com uma estratégia para que esse material possa ser executado. Assim sendo, deve constar nesse cronograma alguns passos. O primeiro deles é o problema de pesquisa. É preciso que ele esteja bem definido, pois, ao contrário, o estudo não poderá ser executado. Leve em consideração a quantidade de dias que você tem para entregar esse artigo. Para que todas as metas do cronograma sejam atendidas, é preciso que os prazos sejam calculados com base nessas etapas. O problema de pesquisa deve estar passível a ser resolvido, bem como deve ser atual e relevante para o contexto atual no qual vivemos. Além disso, precisa considerar os objetivos, a justificativa e a metodologia.

Trabalhando com a metodologia

A metodologia é crucial para que todas as outras etapas sejam desenvolvidas. Para atingir os objetivos do estudo, deve-se partir de um método. A metodologia varia a depender da finalidade do seu artigo. Por exemplo, se a sua proposta é desenvolver um artigo de revisão teórica, isto é, compartilhar reflexões e discussões a partir de autores, teorias e conceitos que você já conhece e vem trabalhando, você terá um prazo. Por outro lado, caso queira propor um artigo de revisão bibliométrica, a estratégia é outra. Essas duas abordagens podem ser desenvolvidas de forma muito mais rápida do que um estudo quantitativo, que leva muito tempo para coletar, tratar e analisar os dados. Estudos que propõem qualquer tipo de aplicação não são viáveis. Lembre-se, você está trabalhando com um tempo reduzido e é preciso otimizá-lo. Se você tiver em mãos esses dados, tudo bem adotar este método.

Escolha uma metodologia exequível

Se você apenas tem em mãos dados teóricos, considere uma metodologia exequível. Adote sempre estratégias que sejam sólidas e viáveis para os prazos que você possui neste momento da pesquisa. Acreditamos que trabalhar com a realidade das coisas é sempre a melhor estratégia. Há quem acredite que o fenômeno deve ser considerado antes da metodologia, porém, acreditamos que de nada adianta considerar um fenômeno se o pesquisador não dispõe de condições práticas e viáveis para que ele seja analisado. O estudo deve ser passível à execução. Considere o seguinte exemplo prático: a África, a muitos anos, tem um problema que ainda não foi solucionado: altos índices de crianças subnutridas. Este é um problema real e atual, um fenômeno social, mas não disponho das condições necessárias para ir até lá averiguar e avaliar este fenômeno. Condições que são, inclusive, financeiras.

As condições de pesquisa

As condições de pesquisaAlguns fatores externos podem inviabilizar a condução de um estudo. Além da falta de dinheiro, problemas de saúde, dependência de uma família, uma rotina de trabalho mais inflexível são aspectos que podem impedir que um fenômeno social, mesmo que importante, seja analisado. É preciso que busquemos sempre simplificar o cenário com o qual podemos trabalhar e, para isso, é crucial analisar o quão viável esta proposta de pesquisa é antes que ela comece a ser executada (na verdade, ela não poderá ser executada). Saiba quais são as ferramentas que você tem em mãos e quais delas irão fazer com que você possa trabalhar com possibilidades reais de pesquisa. Alguns aspectos podem fazer com que uma estratégia seja sólida. Dentre eles, temos as variáveis reais impostas pelo tempo que você possui e como irão influenciar no desempenho da metodologia. Conheça as suas próprias variáveis.

Como identificar as minhas variáveis?

Uma forma de testar a viabilidade de um estudo é conhecendo as variáveis com as quais você terá que lidar. Faça um autoquestionamento: você tem filhos? Você tem um marido ou uma esposa? Você participa de uma ou mais atividades que tomam muito do seu tempo? Está vivenciando algum problema de saúde ou algum membro da sua família encontra-se nessa situação? Há atividades na sua agenda que podem ser redimensionadas para outros dias, após concluir a elaboração do seu artigo científico? Por exemplo, no caso de a pessoa ter filhos, mas ter alguém que possa cuidar dele nesse período é algo que pode acelerar o processo de escrita do artigo. Calcule quantas horas por dia você terá para que possa se dedicar unicamente à produção desse material. É preciso que você chegue a horas reais que você pode investir o seu tempo. Sem esse programa, não há como escrever um material bom e em pouco tempo.

Exemplo prático do emprego de uma metodologia

Suponhamos que você tenha optado pela realização de uma revisão bibliométrica. Pode ser que no primeiro dia você tenha cinco horas disponíveis para confeccionar este estudo. Nesse primeiro momento, você irá coletar os materiais em uma base de dados específica. A coleta pode durar até cinco horas e precisa acabar neste dia. Nessas cinco horas, você deverá pesquisar, coletar, ler e selecionar os materiais que realmente irão servir para este estudo específico. Suponhamos que no segundo dia você tenha apenas três horas. Nessas três horas você deverá fazer a leitura de uma quantidade x de artigos. Se a meta não for atingida, você precisará sacrificar algumas horas de sono para cumprir a meta. Cuidado: trabalhar a noite toda pode não ser uma boa estratégia para você. A ideia de recuperar no outro dia o que não foi atingido hoje também não é uma estratégia que costuma funcionar.

Problemas em não cumprir o cronograma

Problemas em não cumprir o cronogramaA ideia da compensação não é muito boa porque pode lhe levar à exaustão. Saiba que os efeitos do sono podem ser piores do que os ocasionados pela embriaguez. Você não irá conseguir pensar e muito menos escrever com sono. Não sacrifique tantas horas de sono. Algumas são naturais, mas mantenha o equilíbrio. Tome cuidado com os excessos. Além disso, é essencial que você respeite cada etapa da sua pesquisa. Não pule nenhum dos passos. Para isso, é de vital importância conhecer a sua própria realidade. A maior parte das pessoas quando realizam os seus cronogramas, seja de vida, financeiro, acadêmico etc., trabalham fora do seu próprio contexto e não respeitam as suas condições. Em primeiro lugar, não desrespeite o tempo que possui, de fato, seja uma, cinco ou dez horas por dia. Este prazo precisa ser real. Não coloque metas que precisam de mais horas do que as que você possui.

Equilibrando as atividades

Equilibrando as atividadesNa hipótese de você ter definido para um dia a leitura de cinco artigos e depois de algumas horas você ter lido apenas um, é preciso que faça um esforço para ler os cinco, pois, no próximo dia, você irá acumular mais materiais para ler. Quanto mais materiais acumulados, menor será a absorção, pois você ficará exausto. Uma das alternativas para trabalhar melhor com esses prazos é ter uma folga para que, no caso de imprevistos, você consiga bater as suas metas. Ter um prazo a mais em seu cronograma é muito importante para que, caso algo dê errado, você tenha como resolver. Se a sua agenda é muito intensa de segunda a sábado, manhã, tarde e noite, o domingo, embora seja um dia mais familiar e para descansar, terá que ser sacrificado caso as suas metas não sejam batidas.

Assim sendo, é de suma importância que você leve em consideração a sua rotina real ao formular o seu cronograma. Para isso, é de suma importância que você trabalhe com inteligência emocional. São muitos os pontos que você deve levar em consideração nessa jornada: a sua metodologia, os seus prazos reais e outros aspectos. A inteligência emocional é primordial para que você não entre em desespero ao ver os dias chegando e indo embora. A aflição, a angústia e o medo podem lhe inibir. Não se desespere e sempre consulte o seu cronograma. O foco é o seu principal aliado. Caso você tenha interesse, recomendamos que procure por um parceiro que possa lhe ajudar nessa jornada. Invista na coautoria e procure por pessoas que tenham interesse nessa escrita coletiva. Assim fica muito mais fácil lidar com os prazos.

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