REVISÃO BIBLIOMÉTRICA
MALOSSO, Milena Gaion [1], BARBOSA, Edilson Pinto [2], SANTOS, Ivan Monteiro dos [3]
MALOSSO, Milena Gaion. BARBOSA, Edilson Pinto. SANTOS, Ivan Monteiro dos. Revisão bibliométrica do potencial econômico e uso de plantas medicinais no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 07, Vol. 03, pp. 114-133. Julho de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/biologia/uso-de-plantas-medicinais, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/biologia/uso-de-plantas-medicinais
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliométrica sobre o potencial econômico das plantas medicinais utilizadas como fitoterápicos. Para isso, realizou-se uma busca nos sítios do Google e Google Acadêmico, sem delimitação de período de tempo, utilizando os termos planta medicinal, plantas medicinais, valor econômico de plantas medicinais, potencial econômico de plantas medicinais, plantas medicinais utilizadas pelos SUS e a palavra bula seguida do nome popular ou científico ou do fitomedicamento e, com base os textos utilizados encontrados, este artigo foi elaborado. Como resultado, foi introduzida a história das plantas medicinais e a evolução de seu uso, uma vez que esta são fontes de moléculas biologicamente ativas que atualmente apresentam um grande potencial econômico no mercado da indústria farmacêutica e, que por constituir-se de medicamentos de menor custo quando comparados como os alopáticos, são amplamente utilizados pelos SUS. O estudo de novos fitoterápicos é uma área bastante promissora, principalmente no Brasil que é um país detentor de uma quantidade imensurável de plantas com propriedades medicinais, mas que, no entanto, para que ocorram pesquisas significativas e efetivo desenvolvimento de novos fitomedicamentos, é necessário maior investimento financeiro na área para aumentar a produção de novos fitofármacos e fitoterápicos genuinamente brasileiros e, consequentemente, maior lucro gerado por este setor.
Palavras-chave: Revisão bibliométrica, Plantas Medicinais, Fitoterápicos, Valor Econômico, Fitomedicamentos utilizados pelo SUS.
1. INTRODUÇÃO
O homem faz uso de plantas medicinais para curar seus males desde sua própria existência (GADELHA et al., 2013), uma vez que estes experimentavam aleatoriamente as plantas até encontrar aquela que curava uma determinada doença assim, podeve-se averiguar, que o arcabolço do conhecimento sobre fitoterapia e uso de plantas medicinais constitui-se lentamente, através de processos de tentativas com erros e acertos, (ANDRADE, 2018), que variavam desde a identificação e escolha da espécie, da parte do vegetal e da quantidade adequada da planta para tratar uma doença até a época correta de plantio de cada uma das espécies por eles utilizadas (ALMEIDA; RAMALHO; CASTRO, 2022). Com o passar o tempo, o processo lento e longo de aprendizado de desenvolvimento de técnicas de preparo de fitoterápicos e seu uso adequado foi passado de geração em geração (MONTEIRO e BRANDELLI, 2017), até fazer parte da memória coletiva existente até os dias atuais sobre este tema (SILVA, 2022).
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliométrica sobre as plantas medicinais utilizadas como fitomedicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro e o potencial econômico das plantas no Brasil e no mundo. Para isso, realizou-se uma busca nos sítios do Google e Google Acadêmico, sem delimitação de período de tempo, utilizando os termos planta medicinal, plantas medicinais, valor econômico de plantas medicinais, potencial econômico de plantas medicinais, plantas medicinais utilizadas pelos SUS e a palavra bula seguida do nome popular ou científico ou do fitomedicamento e, onde 581 textos foram encontrados e utilizando os critérios de exclusão tais como apresentar nome científico, nome da biomolécula, a atividade biologica, a indicação de uso pelo SUS e dados numérios financeiros, apenas os cinquenta e cinco textos constantes na bilbiografia deste artigo foram utilzados para elaborar deste texto.
2. ESPÉCIES MEDICINAIS BRASILEIRAS E PRINCÍPIOS BIOATIVOS
O consumo de fitoterápicos e de plantas medicinais é popularmente realizado com base no mito “se é natural não faz mal”, o que não é verdade, uma vez que estes, quando utilizados de forma errônea, podem causar diversas reações como intoxicações, enjoos, irritações, edemas e até a morte, como qualquer outro medicamento (NUNES e MACIEL, 2017).
De acordo com a ANVISA (2020), pode-se averiguar que há uma diferença entre plantas medicinais e fitoterápicos:
As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la, e como prepara-la. Normalmente são utilizadas na forma de chás e infusões.
O fitoterápico nada mais é do que a planta medicinal é industrializada que é utilizada como medicamento e comercializados em farmácias (SILVA et al., 2017). O processo de industrialização destas plantas medicinais evita contaminações por microrganismos e substâncias estranhas ou até mesmo toxicas, além de padronizar a dosagem adequada e a forma correta de administração medicamentosa, permitindo uma maior segurança de uso (LEAL e CAPOBIANCO, 2021). Contudo, antes de serem comercializados, os fitoterápicos industrializados devem ser obrigatoriamente regularizados na Anvisa (ALBUQUERQUE, SANTOS, RODRIGUES, 2022).
Fitoterápicos também podem ser preparados em farmácias de manipulação autorizadas pela vigilância sanitária e, neste caso, não precisam de registro sanitário, contudo necessitam de prescrição por profissionais habilitados (FRANCA et al., 2021).
Assim, segundo Silva, Furtado e Damasceno (2021):
O medicamento fitoterápico é o produto finalizado obtido de planta medicinal, ou de seus derivados, com exceção de substâncias isoladas farmacologicamente ativas, com a finalidade profilática, paliativa ou curativa, podendo ser simples, quando é proveniente de uma planta, ou composto, isto é, constituído de mais de uma planta. Não é considerado um medicamento fitoterápico aquele que em sua composição tiver substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem suas associações com extratos vegetais.
Assim, para que as plantas sejam consideradas medicinais e possam ser industrializadas como fitoterápicos, elas devem possuir alguma molécula com atividade biológica (BEVILAQUA et al., 2015).
Silva, Furtado e Damasceno (2021), levantaram em seus estudos que as dezesseis principais espécies medicinais brasileiras utilizadas como fitoterápicos no Sistema Público de Saúde Brasileiro (SUS), indicadas pela Portaria GM 1.102 de 12 de maio de 2010 do Ministério da Saúde são Alcachofra (Cynara scolymus), Aroeira (Schinus terebinthifolius), Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana), Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens), Guaco (Mikania glomerata), Soja (Glycine max); Unha de gato (Uncaria tomentosa), Babosa (Aloe Vera), Hortelã (Mentha piperita), Platago (Plantago ovata), Salgueiro (Salix Alba), Calêndula (Calendula officinalis), Erva cidreira (Melissa officinalis), Camomila (Matricaria chamomila), Boldo (Gymnanthermum amygdalinum), Cidreira (Lippia alba) e Jucá (Caesalpinea ferrea).
Todas estas plantas possuem biomoléculas com atividade biológica e uma indicação que passam a ser descritas:
A Alcachofra (Cynara scolymus), é utilizada na formulação do Lipotron, na dosagem de 0,10 mL/100 mL, que é indicada para os casos de insuficiência hepática, colagoga, laxante e nas perturbações digestivas decorrentes de doenças do fígado (MELLO, MELLO, LANGELOH, 2009). As folhas são utilizadas para a produção de fitoterápicos por possuir entre seus componentes químicos os derivados fenólicos incluindo os ácidos cafeoilquínicos, flavonóides, sesquiterpenos e alguns ácidos alifáticos, que são utilizados como antioxidantes (NASCIMENTO, DUTRA, MELO 2020).
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2021), segundo o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, a Aroeira (Schinus terebinthifolius) possui princípios bioativos principalmente nas cascas do caule secas, mas as folhas, frutos e raízes são também utilizados popularmente e os estudos quimiossistemáticos desta espécie já identificaram as biomoléculas tais como os terpenos aristolona e α-amirina, e os compostos fenólicos luteolina, quercetina, canferol, galato de etila, catequina, gallocatequina e agathisflavona utilizados como com atividade cicatrizante, nas folhas, foram encontrados taninos como ácido gálico, galato de etila, galato de metila, transcatequina, quercitrina e afzelina, que apresentam atividade antifúngica e flavonóides isolados dos frutos como a rutina, a quercetina e apigenina utilizados como antinflamatórios. O fitoterápico é utilizado na forma farmacêutica de gel de extrato seco das folhas, com dose de aproximadamente 0,75 mg/mL desta planta e indicado para uso vaginal, no tratamento de irritação cutânea, larvicida contra leishmaniose, tumores cancerígenos, fungicida, bacterica entre outros. Um fitoterápico denominado Kronel, com dose de 3,996mL/6,0g é indicado para o tratamento de cervites, vaginites e cervicovaginites (SITINIKI[11], 2023).
A Babosa (Aloe vera) constitui o fitoterápico Aloax, apresentado na forma de bisnagas com gel mulacilaginoso desta planta, na dosagem de 50,00 mg. Este produto é utilizado no tratamento de queimaduras térmicas de 1º e 2º graus causadas por água quente, fogo e exposição excessiva a raios solares, atuando como cicatrizante no tecido lesionado (Silva, 2023). Conforme descrito por SITINIKI[6] (2023), o extrato de Aloés é padronizado no polissacarídeo manose-6-fostato, que é responsável pela cicatrização, que ocorre através de estímulo direto nos macrófagos e fibroblastos, sendo que a deste último aumenta a síntese de colágeno e proteoglicanas, promovendo, desta forma, a reposição dos tecidos lesionados. Ainda segundo esta mesma autora:
O mecanismo de ação baseia-se na inibição de produtos derivados metabolismo do ácido araquidônico, tais como o tromboxano B, limitando por sua vez a produção de prostaglandina F 2α, prevenindo-se a isquemia dérmica progressiva, especialmente em casos de queimaduras, ulcerações causadas pelo frio, machucados por acidente elétricos e usa intrarterial abusivo de drogas.
O Boldo (Gymnanthermum amygdalinum) é fornecido pelo SUS através do fitoterápico Klein que é uma tintura de desagem de 1,0mL/mL, padronizados em 0,20 mg (0,02%) de alcalóides totais calculados na biomolécula boldina, que é indicada para distúrbios digestivos leves pois atua na redução de espasmos intestinais já que atua como relaxante da musculatura lisa intestinal e também para tratamento de distúrbios hepatobiliares com ação colagoga e colerética (LEWGOY, 2023).
De acordo com Florien (2023), a Calêndula (Calendula officinalis) possuem em sua composição muitas biomoléculas bioativas, no entano, é mais utilizada como reepitelizante e cicatrizante, onde atuaria em conjunto com as mucilagens, flavonóides (em especial a quercetin-3-Oglicosídeo), triterpenos e carotenos. Esta atividade ativaria o metabolismo das glicoproteínas e o tecido colágeno. Os unguentos de extratos florais de Calêndula a 5% em combinação com alantoína são os mais encontrados nas farmácias (SITINIKI[5]).
De acordo com Sitiniki[12] (2023), a Camomila (Matricaria chamomila) é comercializada com o nome Matricaria chamomilla 1DH Laboratório Simões, em cartuchos contendo papéis de 300 mg de 0,03mL de Chamomilla 1DH em 300 mg de excipiente (lactose) qsq. As moléculas bioativas desta planta são o levomenol ((-)-α-bisabolol e derivados de flavonóides, apresentando atividades antinflamatória e antimicrobiana e cicatrizante, uma vez que as flavonas levam à supressão do metabolismo do ácido aracdônico, ao aumento da produção de ATP e fosfato de creatinina na pele, o que acarreta no aumento da fosforilação oxidativa na mitocôndria do fígado.
Gutierrez (2012) exclarece que a Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana) é um medicamento fitoterápico produzido pela Herbarium na forma de cápsulas duras do extrato seco do córtex desta planta em dosagem de 75 mg padronizados em 22% dos derivados hidroxiantracênicos expressos em cascarosídeo A e é indicada para casos de constipação.
Ainda de acordo com Gutierrez (2012):
este extrato é composto por derivados do 1,8-di-hidroxi-antraceno que possuem um efeito laxante. Os cascarosídeos A e B são uma mistura de glicosídeos -C-antrona e -O- -glicosídeos. Os cascarosídeos C, D, E e F são 8-O-β-D-glicosídeos que não são metabolizados pelas enzimas digestivas do intestino delgado, e por isso são pouco absorvidos. Sendo assim, são convertidos em metabólitos ativos (principalmente emodina-9-antrona) por bactérias no intestino grosso. Existem dois mecanismos de ação diferentes: 1 – Age estimulando a motilidade do intestino grosso, resultando no aumento do transito do cólon. 2 – Influencia nos processos de secreção por dois mecanismos concomitantes: inibição da absorção de água e eletrólitos (Na+, Cl-) nas células epiteliais do cólon (efeito antiabsortivo); e o aumento da passagem paracelular pelas junções de oclusão (tight junctions), estimulando a secreção de água e eletrólitos (efeito secretagogo), resultando em concentrações aumentadas dos mesmos no lúmen do cólon. O tempo estimado para o início da ação é de 6 a 12 horas após sua administração. E a farmacocinética ocorre porque os Glicosídeos β-0-ligados não são metabolizados pelas enzimas digestivas humanas e consequentemente não são absorvidos no intestino delgado. São hidrolisados no cólon pelas bactérias intestinais, formando os metabólitos ativos (principalmente emodina-9- -antrona). As antraquinonas agliconas absorvidas são transformadas em seus correspondentes glicuronídeos e derivados sulfatos.
Segundo Pereira et al. (2014), a Cidreira (Lippia alba) é vendida na forma de tintura composta por 10 mg de folhas e flores trituradas e 100 mL de álcool etílico 70% qsq, que contém as biomoléculas geranial e carvenona, indicadas para prevenção de enxaqueca e utilizada como analgésico.
De acordo Sitiniki[13] (2022) A Erva cidreira (Melissa officinalis) possui como princípio ativo a biomolécula citral, que é indicada como carminativo na redução de gases intestinais, antiespasmódico prevenindo espasmos e cólicas no estômago e no intestino e ansiolítico leve. As dosagens indicadas são de 40 gotas (2,0 mL) diluída em água duas vezes por dia para crianças até 12 anos e 60 gotas (3,0 mL) diluídas em água duas vezes ao dia para adultos.
A Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) é usada para alívio da má digestão e coadjuvante no tratamento de gastrite e úlceras do estômago e duodeno. O fitoterápico é apresentado na forma de cápsula dura de 380 mg de folhas desta espécie e cápsula de excipiente q.s.q. (amido), equivalentes a 13,30 mg de taninos totais expressos em pirogalol, que devem ser ingeridos conforme prescrição médica. (SITINIKI[7], 2022). Ainda de acordo com esta autora, esta planta possui o triterpenos maitenina, que tem atividade antimicrobiana para bactérias Gram positivas e negativas e friedelina e fridelanol, além de taninos condensados do grupo das catequinas que tem efeito antiulcerogênico.
SITINIKI[9] (2022), indica a Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens) para o tratamento de dores articulares moderadas e dor lombar baixa aguda, atuando como antinflamatório, antirreumático e analgésico, pois inibe a síntese de prostaglandinas produzidas na fase irritativa do processo inflamatório. O fitoterápico é apresentado na forma de comprimidos contendo 200 mg do extrato seco da raiz da planta, o que corresponde a 10 mg de iridóides totais calculados como harpagosídeos e as preparações galênicas realizam função de proteção gástrica, demonstrando efeitos analgésicos e antinflamatórios devido à redução da acidez estomacal.
O Guaco (Mikania glomerata) é utilizado para o tratamento de afecções do trato respiratório, como tosses persistentes, tosse com expectoração e rouquidão. A administração indicada é de 2,5 mL, via oral, duas vezes ao dia. Este fitoterápico possui cumarinas, que induz efeito relaxante a musculatura lisa das vias aéreas e que também apresentam ação broncodilatadora e expectorante, uma vez que bloqueiam os receptores de acetilcolina presentes no sistema respiratório e sua presença produz broncoconstipação e aumento da secreção (SITINIKI[15], 2022).
De acordo com Sitiniki[14] (2022), a Hortelã (Mentha piperita) é indicada como carminativo para alívio das cólicas e flatulências e também como expectorantes. Para os adultos a dosagem ministrada deve ser ministrado 10,0 mL e para crianças de 5,0 mL do xarope fitoterápico três vezes ao dia. Segundo esta autora:
O extrato fluido/seco obtido de folhas e caules contém flavonóides, ácidos fenólicos e óleo essencial (1 a 3%). O óleo é constituído por mentol e derivados triterpenos. Esse grupo de substâncias atua como antiespasmódico, colerético, colagogo e carminativo.
Sua ação farmacológica deve-se, principalmente, aos óleos voláteis, produzindo uma potente ação espasmolítica com relaxamento da musculatura lisa e reduzindo o tônus docárdia. Os flavonóides também contribuem para a atividade espasmolítica e os ácidos fenólicos para o efeito colerético.
Segundo a ANVISA [4] (2011), o Jucá (Caesalpinea ferrea) é comercializado na forma de gel contendo extrato glicólico do fruto desta planta na dosagem de 5%. É indicado como cicatrizante e antisseptico e deve ser aplicado no local afetado três vezes ao dia. Brasil (2006) relatou em seu estudo que:
Estudo pré-clínico realizado com os taninos: ácido gálico e metil galato, isolados dos frutos deta espécie, demonstraram que estas substâncias exerceram ação anticarcinogênica em modelos de indução de câncer de pele em animais e outros constituintes isolados do fruto, como os derivados da acetofenona, demonstraram uma potente atividade inibitória tumoral em ensaio de ativação antigênica com o vírus Epstein Barr.
O Platago (Plantago ovata) é um fitoterápico indicado para diarréia, constipação intestinal e auxiliar no tratamento da doença de Crohn. Também atua como coadjuvante no tratamento de hemorróidas e fissuras e abcessos anais. É vendido na forma de envelopes de 3,5 g que deve ter o pó efervescente da casca da semente diluído em 150 mL de água fria. (SITINIKI[17], 2020). De acordo com Sitiniki[16] (2022):
O principal componente desta casca é uma mucilagem que contém uma hemicelulose composta por 85% de ácidos arabinoxilanos, com pequena proporção de ramnose e de ácido galacturônico. A atividade terapêutica é decorrente da fibra dietética, altamente solúvel, que constitui seu princípio ativo: cada 100 g de produto administrado ao paciente contém 49 g de fibras solúveis. O mecanismo de ação da fibra ocorre por aumento do volume e do grau de hidratação das fezes, contribuindo para a normalização do hábito intestinal. Adicionalmente, o aumento da massa fecal ativa a motilidade intestinal, sem efeitos irritativos.
Alguns tipos de fibras, incluindo a casca da semente desta planta possuem efeitos hipocolesterolêmicos, principalmente devido à diminuição da absorção intestinal de colesterol e ao aumento da excreção de colesterol e de ácidos biliares, reduzindo assim os níveis séricos de colesterol.
A Plantago ovata apresenta diferentes mecanismos de ação, podendo ser indicado para diferentes quadros patológicos. É uma boa alternativa como tratamento coadjuvante da doença inflamatória intestinal (doença de Crohn, colite ulcerosa) em períodos de remissão, pois melhora a sintomatologia e diminui as recidivas. Além disso, Plantago ovata é eficaz em doenças cuja etiologia se encontra principalmente na falta de fibras na alimentação, como é o caso da doença diverticular do cólon.
De acordo com Sitiniki[10] (2020), o Salgueiro (Salix alba) tem o extrato seco de suas folhas utilizado no tratamento de processos inflamatórios dolorosos como reumatismo, nevralgias e em processos inflamatórios em geral, além da prevenção do tromboembolismo e na dismenorreia por dificuldade de eliminação de coágulos. A dosagem indicada é de 15 mL do extrato três vezes ao dia. A ação desta planta dá-se da seguinte forma:
“O glicosídeo de salicilina (salicósido) e seus éteres ao chegar a nível intestinal são absorvidos transformando-se em saligenina, para posteriormente serem metabolizados e rransportados ao fígado, onde se transformam por oxidação em ácido salicílico 1. As ações farmacológicas estudadas até o momento, estão centralizadas no ácido acetilsalicílico, podendo- se resumir as mesmas em três itens básicos: ação antitérmica, ação analgésica/antiinflamatória e ação antiagregação plaquetária.
A atividade antitérmica está baseada na capacidade que tem de inibir a enzima ciclo-oxigenase que intervém na formação de prostaglandinas, as quais atuam nos centros moduladores da temperatura no hipotálamo.
Desta maneira, a inibição exercida sobre a ciclo-oxigenase e o correspondente decréscimo na produção de prostaglandinas PGE2 a partir do ácido araquidônico também tem relação com a diminuição da dor e da inflamação 2 (SITINIKI[8]”.
Coforme SITINIKI[10], a Soja (Glycine max) é indicada para ondas de calor e sudorese associados ao climatério. É comercializado na forma de comprido composto por 125 mg de extrato seco da planta, equivalentes a 50 mg de flavonas totais genisteína e daidzeína. As propriedades farmacodinâmicas dão-se da seguinte forma:
As isoflavonas são fitoestrogênios da soja, sendo similares em estrutura ao estradiol, principal hormônio feminino. Exercem efeitos estrogênicos e antiestrogênicos no metabolismo humano, que dependem de vários fatores como a concentração de estrogênios endógenos, as características individuais como idade e fase da menopausa e concentração de fitoestrogênios. Os fitoestrogênios exibem uma atividade estrogênica mais fraca que o 17 β-estradiol, na ordem de 10–2 a 10–3.
No organismo, os estrogênios interagem com os receptores α e β. Os receptores α são mais abundantes no sistema reprodutor feminino (glândulas mamárias e útero) enquanto os β predominam em outros tecidos como trato urogenital, ossos, vasos sangüíneos e sistema nervoso central. Os fitoestrogênios se complexam ao receptor α de maneira fraca, produzindo ações antiestrogênicas, e com o receptor β de maneira quase igual aos estrogênios endógenos, produzindo suas ações estrogênicas, dependendo da saturação dos receptores e do nível circulante de estrogênios, assemelhando-se à ação dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênios. Decorrem desta interação suas ações sobre o centro termorregulador hipotalâmico e a consequente atividade sobre os sintomas da menopausa, tais como os fogachos e a sudorese associados ao climatério, sem acarretar, em geral, proliferação endometrial.
Também associadas às isoflavonas, relacionam-se suas ações antioxidantes e antiateroscleróticas, tanto através do aumento da função das enzimas antioxidantes, como pelas influências benéficas obtidas sobre a reatividade vascular e a progressão da doença aterosclerótica. Além das ações hormonais, as isoflavonas apresentam potente ação inibitória sobre a tirosina-quinase, podendo afetar a DNA toposisomerase II e a quinase ribossomal S6, com grande influência sobre o ciclo celular, diferenciação, proliferação e apoptose, o que pode correlacionar-se a um aspecto preventivo do aparecimento de neoplasias.
A Unha de gato (Uncaria tomentosa), de acordo com Sitiniki[18] (2020), “é indicada para processos inflamatórios articulares como osteoartrite e artrite reumatóide”, a dosagem recomendada é de um comprimido de 100 mg de extrato seco do córtex da raiz da planta equivalente a 5,0 mg de alcalóides totais calculados como mitrafilina, ministrados três vezes ao dia.
A fitoterapia é uma prática terapêutica milenar de baixo custo que se baseia no poder curativo das plantas medicinais, nos medicamentos fitoterápicos para o tratamento e prevenção de patologias por conterem substâncias ativas com atividade comprovada. Por isso, são uma excelente opção de medicamentos a serem adquiridos e utilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
3. POTENCIAL ECONÔICO DE FITOTERÁPICOS NO BRASIL E NO MUNDO
As plantas medicinais são importantes fontes de produtos naturais biologicamente ativos, muitos dos quais se constituem em modelo para a síntese de um grande número de fármacos (PINHEIRO; SARGEBINI JUNIOR; PINHEIRO, 2013). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 80 a 85% da população que vive nos países em desenvolvimento, tem carência de acesso à medicina moderna devido à pobreza e dependem essencialmente das plantas medicinais para suprir suas necessidades primárias de saúde (SOUZA et al., 2013). Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo (cerca de 20%) vivem em extrema pobreza e estão sofrendo e morrendo por falta de cuidados médicos básicos (ALMEIDA e RAMALHO, 2017). Nos países em desenvolvimento, 766 milhões de pessoas morrem devido à doenças facilmente evitávies, sendo deste total de cerca de 26 % de crianças, que poderiam ser curadas com poucos centavos utilizando plantas medicinais (RAMOS, 2006; NASCIMENTO, 2015).
O valor dos produtos naturais das plantas medicinais para a sociedade e para a economia mundial é imenso (BALZINI, 2016). De acordo com Rodrigues, Nogueira e Parreira (2008) o mercado mundial de mecamentos é estimado em US$ 300 milhões anuais, sendo 40% dos medicamentos oriundos direta ou indiretamente de fontes naturais, das quais 75% tem origem vegetal. Por isso, a indústria farmacêutica investe cerca de US$ 120 milhões com P&D de fitoterápicos (PONCIANO et al., 2018).
Foi estimado por Veiga Junior, Pinto e Maciel (2005), que o mercado europeu sozinho alcançou US$ 7,0 bilhões e que o consumo na Alemanha corresponde a cerca de 50% desse mercado, ou seja, cerca de US$ 3,5 bilhões que representam mais ou menos US$ 42,90 per capita. Para se ter uma idéia do valor movimentado anualmente, segue o hanking de vendas de produtos oriundos medinais, nos seguinte países, EUA US$ 321 bilhões, Japão US$ 96, 3 bilhões, Alemanha US$ 45,3 bilhões, França US$ 43,7 bilhões, China US$ 40,1 bilhões, Itália US$ 29,2 bilhões, Espanha US$ 25,5 bilhões, Brasil US$ 22,1 bilhões, Reino Unido e Canadá US$ 21, 6 bilhões, Rússia US$ 13,1 bilhões, Índia US$ 12,3, Coréia do Sul US$ 11,4, bilhões, Austrália US$10,8 bilhões, México US$ 10,8 bilhões, Peru US$ 10,6 bilhões, Grécia US$ 7,8 bilhões, Polônia US$ 7,0, Holanda US$ 6,9 bilhões e Bélgica, 6,8 bilhões (SANTOS e FERREIRA, 2012). Essas cifras atraíram o interesse das maiores companhias farmacêuticas do mundo, que atualmente têm investido em estudos fitoquímicos, caracterização dos possíveis compostos bioativos, bem como farmacológicos, em testes de bioatividade, modos de ação e determinação dos sítios ativos dos compostos extraídos de plantas (ASSUMPÇÃO, SILVA, MENDES, 2022).
O Ministério da Saude (BRASIL, 2006), no Brasil, as vendas de medicamentos em farmácias de produtos contentendo exclusivamente princípio ativos de origem vegetal somaram US$ 550 milhões ao ano e, dados apresentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que, somente em 2017, o segmento movimentou R$ 69,5 bilhões, comercializando um total de 6.587 produtos (FIA, 2020).
O desenvolvimento de uma única droga custa em torno de US$ 720 milhões (BUSCATO, 2014) e apenas 1 em cada 10.000 compostos químicos estudados com potencial farmacológico chegam ao mercado (BRASIL, 2022). Apesar desses riscos, um único composto pode gerar aproximadamente US$ 1 bilhão de lucro/ano quando colocado no mercado (SANTOS e FERREIRA, 2012). Um exemplo importante de investigação de novas drogas é o estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, onde foram avaliados, no período entre 1960 e 1982, cerca 114.000 extratos de plantas de 35.000 espécies vegetais com o objetivo de encontrar uma nova droga contra o Câncer. Nesse estudo foi descoberto o Taxol, substância atualmente mais utilizada no tratamento em pacientes com todos os tipos de câncer (MALOSSO, 2007).
De acordo com Conceição (2013), de 10 mil compostos estudados, uma média de 250 apresentam algum tipo de atividade biológica promissora, apenas 5 chegam à fase de estudos clínicos e somente 1 é registrado como medicamento. Apenas 8% das espécies da flora brasileira foram estudadas em busca de compostos bioativos (KESSIN et al., 2018) e 1.100 espécies vegetais foram avaliadas em suas propriedades medicinais (ABREU, 2019).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao realizar a busca bibliométrica proposta, foram descritas as dezesseis espécies de plantas medicinais – Aroeira, Babosa, Boldo, Calêndula, Camomila, Cáscara-sagrada, Erva cidreira, Espinheira-santa, Garra-do-diabo, Guaco, Hortelã, Jucá, Soja, Platago, Salgueiro e Unha de gato – mais utilizadas pelo SUS, por apresentar atividade biológica fitoterápica comprovada, eficácia e segurança confirmados por diversos estudos científicos, cujas indicações variam amplamente, podendo ser utilizadas como analgésico, antinflamatório, cicatrizante, laxante, antiespasmódicos, broncodilatador entre muitas outras. De acordo com pesquisas on line realizadas em sites de grandes farmácias e drogarias como Call farma, pague menos, Farma Bemol, Drogaria Pacheco, Farmácia Santo Remédio, Drogaria Minas Brasil, os fitomedicamentos são muito mais baratos quando comparados com medicamentos alopáticos indicados para o mesmo tratamento, como pode ser observado levantamento realizado na Droga Raia, no exemplo do Kronel, que indicado para o tratamento de inflamação vaginal causadas por fungos e bactérias, a caixa deste fitoterápico contendo 1 tubo de 60 g de gel vaginal com 10 aplicadores custa em média R$ 96,00 (noventa e seis reais) e o sabonete íntimo de mesmo nome com a mesma biomolécula custa, em média R$ 29,49 (vinte e nove reais e quarenta e nove centavos) enquanto que, na mesma drogaria, um medicamento alopático Gino-canestein Calm com a mesma função, na forma de gel com 10 bisnagas custa R$ 114,14 (cento e quatorze reais e quatorze centavos) e o sabonete íntimo, R$ 54,19 (cinquenta e quatro reais e dezenove centavos). Assim, como pode-se observar, o fitomedicamento na forma de gel vaginal é 15,89% mais barato que o medicamento alopático e o sabonete íntimo 54,41%, evidenciando, desta forma, uma maior economia para o Brasil na obtenção de fitomedicimentos para serem utilizados nos SUS.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Brasil é um país com megabiodiversidade, principalmente no concercente às plantas medicinais, ricas em biomoléculas com atividades farmacolágicas podem ser utilizadas para gerar altos lucros para o país com a venda de fitoterápicos e economia com o uso destes no SUS. Porém, para que isto ocorro, é necessário um maior investimento por parte do governo brasileiros e indústrias farmacêuticas nessa área de pesquisa para identificar novas plantas com atividades biológicas eficazes e que possam ser utilizadas no tratamento de doenças humanas a custos mais baixos, dimunindo assim, os custos do governo com a saúde da população brasileira, mantendo a qualidade, eficácia e segurança no uso de medicamentos produzidos a base plantas para tratamento da população brasileira.
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[2] Doutorado. ORCID: https://orcid.org/0009-0003-1056-2840. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2821682713242701.
[3] Mestrado. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9698-7780. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9058515069208347.
Enviado: 10 de maio, 2023.
Aprovado: 27 de junho, 2023.