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Panorama da dança de salão: São Paulo (capital)

RC: 132433
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/arte/panorama-da-danca

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LIMA, Carmem Lúcia Leme de [1]

LIMA, Carmem Lúcia Leme de. Panorama da dança de salão: São Paulo (capital). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 11, Vol. 08, pp. 84-102. Novembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/arte/panorama-da-danca, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/arte/panorama-da-danca

RESUMO

A dança, atualmente, figura com evidência no mundo da arte e da cultura, e um dos estilos que retrata com maestria essa arte é a dança de salão, pois tem como finalidade preponderante dar prazer, conhecimento, expressar sentimentos e, claro, o desenvolvimento da saúde. Baseada em diversos saberes, a dança, enquanto movimento fundamentalmente humano, além do aspecto artístico, o desenvolvimento da criatividade, a afetividade, o aprendizado, a historicidade e a cultura, tem como figura central a pessoa que expressa, através da memória, o que viveu, o que pesquisou ou o que apreendeu. Nas suas lembranças, estão as marcas do tempo e dos grupos sociais aos quais pertencem, de acordo com cada história de vida. Esse estudo tem como objetivo traçar um panorama em diversos aspectos: histórico, inclusão, pessoas idosas, área acadêmica e de excelência ou profissional na dança de salão da capital de São Paulo, podendo servir de base para trabalhos futuros, realizada com o método de pesquisa bibliográfica e com a vivência da autora nas últimas décadas configurando o tema. Nesse contexto, essa pesquisa será efetiva na importância da valorização da dança de salão, na atualidade, na capital do Estado de São Paulo. No aspecto geral, o propósito deste estudo é trazer para o cenário acadêmico, além das experiências da modalidade de dança de salão na capital de São Paulo, a sua importância, desenvolvida pelas diversas instituições com diferentes características, e, também, considerar a dança de salão no aspecto técnico e artístico, trazendo mais conhecimento sobre essa área, despertando o interesse pelo tema. A metodologia buscou um levantamento técnico e acadêmico com referências teóricas sobre as teorias publicadas, reunindo textos que sustentem a ideia do artigo. Como resultado, conseguimos obter um arsenal de informações que nos trouxeram a realidade sobre a dança de salão na capital de São Paulo com um grande reconhecimento da modalidade, alcançando, na sua essência, suas características, trazendo, aos indivíduos, o sentimento de pertencimento através da integração com seu parceiro, com seus grupos, com a própria comunidade e, em consequência, com a sociedade, incorporando a integração, a intergeracionalidade, a inclusão e a questão ambiental.

Palavras-chave: Dança de salão, Histórico, Inclusão, Área acadêmica, Pessoas idosas.

1. INTRODUÇÃO

A modalidade dança de salão é composta por diferentes ritmos musicais, os quais emergiram de diferentes culturas, tendo, cada um deles, sua forma característica de dançar. Executada em pares, os dançarinos devem sincronizar seus passos de acordo com um estilo musical, visando, juntos, a realização de movimentos corporais, os quais são compostos por variações nas formas de andar, associados a giros, deslocamentos diversos pelo salão, um ritmo corporal bem definido, postura correta do corpo, entre outros. O cavalheiro mantém contato corporal e conduz sua parceira quase todo o tempo (VOLP, 2010).

Souza et al. (2010) apontou que dançar tem como objetivo trabalhar o organismo do indivíduo harmoniosamente, respeitando as suas emoções, o seu estado fisiológico, desenvolvendo habilidades motoras, o autoconhecimento e, ainda, possibilitando benefícios, como: prevenção e combate a situações estressantes; estimular a oxigenação do cérebro; melhorar o funcionamento das glândulas; reforçar os músculos e a proteção das articulações; auxiliar no aumento do desempenho cognitivo, da memória, da concentração e da atenção; proporcionar cooperação, colaboração e contato social; estimular a criatividade, a melhora da autoestima, da autoimagem e o resgate cultural.

De acordo com Oliveira (2011), uma característica importante na dança de salão é aperfeiçoar tanto as qualidades motoras quanto as cognitivas, entre elas: equilíbrio, flexibilidade, alongamento, fortalecimento, relaxamento, coordenação motora, psicomotricidade e a sinestesia. A dança também desenvolve aspectos importantes, como a motivação e a participação do indivíduo, já que a dança sempre foi um ótimo entretenimento. E o fato mais importante, que não pode ser deixado de lado, é que, independentemente da classe, da raça, aptidão e constituição física, todos e quaisquer seres humanos são capazes de dançar.

No que se refere aos idosos, Justino et al. (2019) reforça que, dentre as diversas habilidades, a dança é uma das atividades preferidas por eles. E coloca que ela é procurada cada vez mais perante as outras atividades físicas, isso por ser um tipo de exercício físico que, além de ser de baixo impacto, propicia desenvoltura, possibilitando várias transformações, físicas, psíquicas e intelectuais, ganhando cada vez mais espaço na vida do idoso. E nesse universo, Silva (2018) diz que a dança de salão vem se destacando nesse sentido, pois sua prática ocasiona múltiplos benefícios, como bem-estar físico, mental e, principalmente, social. Portanto, acredita-se que a dança possa trazer benefícios para um envelhecimento saudável e ativo, com qualidade aos anos vividos. A dança de salão desperta alegria, é bastante prazerosa, com destaque na ampliação de relacionamentos e de compartilhamento social.

Anteriormente, Ried (2004) já dizia que a dança de salão é um importante recurso para combater o sedentarismo, além dos benefícios nos aspectos sociais, pois ela contempla, em uma única prática, características de esforço físico e atividade prazerosa, sendo interativa, musicalizada, lúdica e acessível para todos. Dançar promove contato direto com o outro e provoca socialização. A união desses aspectos, o aprender uma nova atividade e a junção de ser opcional, proporciona motivação. Na atualidade, é midiática, sendo bastante difundida pelos meios de comunicação, adaptadas a cada sociedade, podendo ser de lazer, saúde ou competitiva.

Internacionalmente, desde 1957, existe, no universo, a competição de dança, intitulada, atualmente, dança esportiva. A modalidade, em 1997, tornou-se membro efetivo do Comitê Olímpico Internacional – COI, sendo reconhecida como olímpica. Foi apresentada nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000), fazendo parte dos World Games desde 2001. Ela pode, em qualquer Olimpíada, ser o esporte escolhido pelo país sede. Atualmente, são cerca de quatro milhões de atletas de dança esportiva no mundo e 90 países nas competições. Regida internacionalmente como esporte pela World DanceSport Federation – WDSF (DANÇA, 2013).

Em 2005, foi criada a Confederação Brasileira de Dança Esportiva – CBDance, para difundir o esporte e inserir o Brasil no contexto mundial da dança esportiva. Seguindo as normas adotadas pela International DanceSport Federation – IDSF. Desde 2013, tem sido regida pelo Conselho Nacional de Dança Desportiva e de Salão. Conjuntamente às danças Standard e Latin, outras modalidades fazem parte da dança esportiva: rock ‘n’ roll, hip hop, salsa, wheelchair, showdance, formation, country western, boogie woogie cheerleading (DANÇA, 2013).

Mas, de acordo com Bento (2004), no âmbito competitivo, há uma série de aspectos na prática esportiva, como o amor pelo que se faz, autodisciplina, convivência com o grupo, respeito às regras, ética, competências, habilidades e tenacidade. Como resultado dessa prática positiva, tomam mais decisões, como o estímulo no uso da imaginação, da criatividade, além da alegria e do otimismo em seu desempenho.

De acordo com a literatura internacional, na dança de salão de competição, os dançarinos estão em contato corporal na maioria do tempo. Essa ligação permite uma rápida comunicação e sincronização entre os dançarinos. Ambos, devem administrar a coreografia, tempo, postura, apresentação e, ao mesmo tempo, corresponder aos comandos do seu parceiro, envolvendo música e interpretação emocional. Se isso funcionar, mostrará uma cumplicidade entre o casal. A dança se mostra perfeita, emocionalmente plena e agradável de se assistir. Os dançarinos precisam estar focados, sem distrações, para exibir seu desempenho. A dança de competição pode ser traduzida como um longo diálogo entre os corpos dos dançarinos (SILVA et al., 2020).

A importância da valorização da dança de salão, atualmente, na capital do Estado de São Paulo, será efetiva através dessa pesquisa? Esse estudo busca colaborar com um melhor entendimento sobre a dança de salão e seu panorama na capital do Estado de São Paulo, dando subsídios e visibilidade, gerando possíveis reflexões e debates sobre o tema, contribuindo para a área artística, acadêmica e científica.

Apresentaremos, neste estudo, o histórico e as características da dança de salão, além da relação com as pessoas idosas, inclusão da prática da dança de salão para as pessoas com deficiência, a área acadêmica na dança de salão e as excelências e profissionais significativos na capital de São Paulo.

2. HISTÓRICO DA DANÇA DE SALÃO NO MUNDO, BRASIL E SÃO PAULO (CAPITAL)

Luís XIV, rei da França, fundou a Academia Real de Dança, em Paris, em 1661. Com o objetivo de normatizar o ensino e a prática da dança nacional, em seu primeiro ano no poder, promoveu o surgimento da dança clássica com o Ballet. Essa formalização possibilitou uma intensa profissionalização dos bailarinos e outros profissionais ligados à dança, assim como os Ballets de Corte, um tipo de peça de teatro com as danças da época, que incluíam cinco elementos: música, dança, poesia, cenário e ação dramática.

Outro feito de Luís XIV foram os bailes de máscaras, onde, na época, se dançava, também, outro estilo de dança, o social com os minuetos. E em meados de 1770 e 1790, nasce a valsa, considerada a primeira dança de salão que reinou nos salões do mundo por cerca de cem anos. Ao longo do século XIX, surgiram schottischs, polcas, lanceiros, varsoviennes, marzurkas e pollonaises, que diversificaram a gama musical dos bailes. O Brasil acompanhou a moda européia, trazida pela corte portuguesa em 1808 (PERNA, 2011).

Já em São Paulo, a dança de salão foi introduzida nos salões de dança com a chegada da suíça Louise Poças Leitão (popularmente, Madame Poças Leitão), em 1914. Louise foi considerada a introdutora da dança de salão no Brasil. Ela veio para São Paulo fugindo da primeira Guerra Mundial. Aqui, Louise ensinou etiqueta e dança de salão para a elite Paulista, e até hoje existe sua escola, com suas noras no comando (SOARES, 2011).

Em 2005, foi criada a Confederação Brasileira de Dança Esportiva (CBDance), com Carla Salvagni como presidente, com o intuito de difundir o esporte e inserir o Brasil no contexto mundial da dança esportiva. Com sede em São Paulo, a Confederação segue as normas adotadas pela International DanceSport Federation – IDSF. Desde 2013, a Confederação é regida pelo Conselho Nacional de Dança Desportiva e de Salão, tendo como Presidente William Miyashiro. Conjuntamente às danças standard e latin, outras modalidades fazem parte da dança esportiva: rock’n’ roll, salsa, wheelchair, showdance, formation, country western, boogie woogie cheerleading. E o breaking também faz parte do Conselho Nacional de Dança Desportiva (DANÇA, 2013).

3. DANÇA DE SALÃO E AS PESSOAS IDOSAS

A expectativa de vida vem crescendo consideravelmente nesses últimos tempos, isso relacionado às condições de vida, e ao envelhecimento da população, porque muitos idosos estão preocupados com a saúde e o bem-estar, buscando, então, praticar atividade física, já sabendo dos fatores biopsicossociais que influenciam beneficamente sua qualidade de vida por meio de um envelhecimento saudável.

E a dança tem sido apontada como uma das atividades mais procuradas pelos idosos. Nesse contexto, a dança de salão se destaca dentre as demais modalidades, principalmente por ser uma dança desempenhada por pares, por um casal, o que eleva a autoestima e o bem-estar psicológico, porque o convívio social positivo com a parceira e/ou parceiro de dança promove uma maior valorização pessoal, dispensando maior importância atribuída a si.

Em relação às pessoas idosas, temos alguns projetos desenvolvidos na capital de São Paulo que estão envolvidos com a dança, em especial a dança de salão.

3.1  PROJETOS DE DANÇA DE SALÃO PARA AS PESSOAS IDOSAS 

3.1.1 JOGOS DA MELHOR IDADE

Organizados e realizados pela Secretaria de Estado de Esportes e Secretaria de Desenvolvimento Social, têm como um dos objetivos favorecer o desenvolvimento da prática esportiva nos Municípios do Estado de São Paulo por meio da competição,  procurando os melhores atletas ou equipes em cada uma das regiões esportivas, visando a participação nos Jogos da Melhor Idade-Final Estadual, e contribuindo para o aprimoramento técnico das diversas modalidades em disputa, além de valorizar e estimular o esporte, como aspecto da promoção da saúde e bem-estar, elevando a autoestima e proporcionando o convívio social. O primeiro “jogos” se deu em 1994, a edição foi intitulada de “Caras e Coroas”, e foi realizada no Ginásio do Ibirapuera, na capital de São Paulo. A Secretaria de Esporte de São Paulo organizou, em 1995, um outro evento com os participantes, denominado Jogos Regionais do Idoso (JORI). Inclusive, a competição dá a eles uma sensação de se expressar artisticamente, ser admirado, ter prazer, pertencimento. Se só o fato de estar participando da disputa já o engrandece, imagine quando vence. Além da importância do convívio diário com outros participantes de outras cidades nas viagens que são realizadas.

Os Jogos são disputados pelas representações municipais do Estado de São Paulo. As competições ocorrem segundo as regiões administrativas estabelecidas, organizadas pela Coordenadoria de Esporte e Lazer (CEL). O Estado ajuda com a alimentação e o Município com o transporte e alojamento, assim como com a organização local dos eventos.

Anualmente, oito cidades recebem os jogos, representando as oito regiões esportivas do Estado, e uma última sedia a final estadual. A competição envolve cerca de 40 a 50 cidades participantes por região, seguido de uma final estadual, em que participam os vencedores de cada região, totalizando mais ou menos 2000 participantes por jogos.

São oferecidas 14 modalidades: 1. Atletismo; 2. Bocha; 3. Buraco; 4. Coreografia Mista; 5. Damas; 6. Dança de Salão; 7. Dominó; 8. Malha; 9. Natação; 10. Tênis; 11. Tênis de Mesa; 12. Truco; 13. Voleibol e 14. Xadrez.

A modalidade de dança de salão conta com cerca de 60 casais inscritos por evento. Essa modalidade é dividida em três categorias, divididas em determinados ritmos, em que pode se inscrever um casal por categoria: a) Categoria A: salsa e samba – 60 a 69 anos; b) Categoria B: valsa e samba – 70 a 79 anos e c) Categoria C:  valsa e bolero – 80 anos em diante.

Durante o evento também é realizado um workshop na parte da manhã, sendo desenvolvido um ritmo que não é contemplado na competição para um congraçamento dos participantes, de dança de salão com outros ritmos, dança circular ou de grupo. Ao final, é realizado um baile, em que todos os competidores e convidados participam, entre eles, esportistas, técnicos e coordenadores de outras modalidades e, também, a comunidade, geralmente com bandas e shows de grandes artistas. Os idosos costumam ficar até o fim (REGULAMENTOS, 2021).

3.1.2 VEM DANÇAR

É um programa municipal que oferece dança e convívio social aos idosos. Esse evento, promovido pela Prefeitura de São Paulo, foi criado em 2007, é baseado em diversos bailes temáticos realizados nos clubes da capital, que possibilitam atividade física e convívio social aos idosos por meio da dança de salão. Esse projeto reúne aproximadamente 1500 pessoas, composto, em sua maioria, por mulheres. O programa incentiva a promoção da saúde resgatando a autoestima e o convívio social dos idosos. O “Vem Dançar” é organizado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, e, nos bailes temáticos, as músicas são tocadas por bandas e contam, também, com a presença de personal dancers para dançar com as idosas. O “Vem Dançar” já realizou mais de 100 festas e reuniu aproximadamente cerca de 170.000 pessoas (GRAVINA, 2022).

3.1.3 INSTITUTO DA MELHOR IDADE ESTAÇÃO VIDA

Criado em 2008, o Instituto Melhor Idade Estação Vida, realiza um baile no parque da Água Branca, o qual é realizado já há algum tempo, em dois salões contíguos no extremo leste do lugar. Reúne de 500 a 800 pessoas, entre casais e alguns dançarinos solitários. O público, na sua maioria, é composto por pessoas acima dos 60 anos, em que se observa um certo capricho no visual. Geralmente, as damas se apresentam elegantes, com vestimenta colorida e com belas maquiagens. Eles, por sua vez, alinhados e garbosos. O som é composto basicamente por forró, sertanejo, samba, bolero, entre outros. O ambiente é bem romântico, possibilitando dançar juntinho, sendo que, aos sábados, é música ao vivo. (GREGORIO, 2021).

A inclusão é outro aspecto que vale a pena ser registrado na dança de salão, pois é um aspecto que é desenvolvido no Brasil, em São Paulo, com muito cuidado, respeitando todas as formas, as limitações e os direitos dos cidadãos em relação à prática da modalidade.

4. INCLUSÃO DA DANÇA DE SALÃO PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL E SÃO PAULO (CAPITAL)

4.1 CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DANÇA EM CADEIRA DE RODAS

A inclusão para as pessoas com deficiência elevou-se com a prática da dança em cadeira de rodas no Brasil e no mundo, com benefícios como a melhora da aptidão física, independência e autoconfiança no seu cotidiano, além de um desenvolvimento saudável na competitividade e a superação de seus limites com os competidores. O objetivo da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas (CBDCR) é divulgar, proporcionar e motivar essa modalidade de dança no Brasil. Essa atividade iniciou-se em 2001.

A dança esportiva internacional em cadeira de rodas foi originada na Europa, na década de 60, sendo ainda muito praticada, apreciada por todos e bastante respeitada. No ano de 1977, na Suécia, houve a primeira competição internacional. Caracterizada especificamente pela junção de casais de dançarinos, o qual é composto por um integrante com deficiência física, que dança em uma cadeira de rodas, e o outro sem deficiência, que dança em pé, com músicas de dança de salão.

A dança esportiva em cadeira de rodas está sob o comando mundial do WDSC (Wheelchair Dance Sport Committee), do IPC (Comitê Paralímpico Internacional). Atualmente, estão registrados, no IPC-WDSC, mais de 40 países, inclusive o Brasil. A modalidade é considerada um esporte paraolímpico, mas ainda não faz parte dos Jogos Paraolímpicos (DANÇA, 2001).

4.2 SOLIDARIEDANÇA – DANÇA DE SALÃO E DANÇA ESPORTIVA EM CADEIRA DE RODAS.

Temos, também, como exemplo de inclusão em São Paulo, a associação sem fins lucrativos, que tem como missão a inclusão sociocultural, denominada Solidariedança. Criada em 2008, ela é referência no trabalho de popularização da arte e inclusão sociocultural, e tem o maior grupo de dança em cadeira de rodas do país. A instituição atende, em média, 400 pessoas mensalmente, com e sem deficiência, trabalhando as diferenças solidariamente, transformando impedimentos em caminhos de arte e esperança, concluindo que somos iguais nas diferenças.

A fundadora da Solidariedança é a fisioterapeuta e bailarina Cintia Lima. A Solidariedança oferece aulas de diversos estilos além da dança em cadeira de rodas, dança de salão em cadeira de rodas e dança esportiva internacional em cadeiras de rodas, é voltada para deficientes, que pode escolher dentre os seguintes estilos: dança de salão, dança de rua, ballet clássico, jazz, dança contemporânea, teatro, danças tradicionais brasileiras, dança espanhola, dança do ventre e percussão corporal. Todas as intervenções culturais propõem, especialmente, a mistura entre as possibilidades e limitações, sejam elas física, intelectual, de gênero, social ou religiosa, criando um ambiente de tolerância às diferenças e utilizando a arte como espaço democrático de expressão e registro de uma causa, ideia ou interferência social. Um dos objetivos é impactar com espetáculos, produções culturais e aulas, uma política de paz, igualdade e oportunidades, além de propor, por meio do ateliê, a produção artística completa, desde o processo de criação e pesquisa à produção propriamente dita de cenas, coreografias, vivências, figurinos e elementos cenográficos (SOLIDARIEDANÇA, 2008).

5. ÁREA ACADÊMICA E DANÇA DE SALÃO – SÃO PAULO (CAPITAL)

Dança de salão é coisa séria. Existem faculdades de dança, disciplinas em faculdades ou universidades, bem como pós-graduações, que trabalham a dança de forma geral, especificamente a Dança de Salão. Mas, infelizmente, ainda é pouco difundida a linguagem de dança de salão, até mesmo nas universidades e faculdades de dança, apesar de ser muito utilizada em todos os aspectos de estudos científicos, principalmente nas áreas de saúde, como em medicina, gerontologia, nutrição, enfermagem, psicologia e educação física, além de outras áreas.

5.1 GRADUAÇÃO

A dança faz parte do conteúdo de faculdades e universidades públicas e privadas de Dança e de Educação Física da capital de São Paulo, pois, como é sabido, ela sempre esteve incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) das duas áreas, e, agora, no Base Nacional Comum Curricular (BNCC) também.

Dentro do cenário universitário, uma das instituições que trabalham com dança, especificamente com o estilo dança de salão, é a Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), no curso de Educação Física, que passou a fazer parte do currículo acadêmico como disciplina, intitulada Atividades de Dança, idealizada pela professora Carmem Lúcia Leme de Lima tanto na licenciatura quanto no bacharelado.

Nessa instituição universitária, o conteúdo desenvolvido foi por volta de nove ritmos: samba, forró, merengue, salsa, fox, rock, valsa, além de outros estilos de dança, como: urbanas, clássicas, modernas, contemporâneas e circulares. Foram trabalhados, também, espetáculos e organização de eventos. Um trabalho com um processo pedagógico fundamentado didaticamente para todas as faixas etárias, dando oportunidade ao aluno de desenvolver não só aspectos motores, físicos, cognitivos e sociais, mas de desenvolver a desenvoltura, a criatividade, o aspecto artístico e, também, a liderança, além da metodologia apresentada.

5.2 PÓS-GRADUAÇÃO

Na pós-graduação, existem, também, poucos cursos que contemplam a dança de salão, um deles é o Dança: Arte, Esporte e Educação, do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas FMU/SP. Esse curso tem como objetivo aprofundar o estudo da dança. Naturalmente, têm abordagens diferentes, conforme a instituição. Nesse curso, a professora Carla Salvagni é criadora, docente e coordena junto com o prof. Marcos Otsu, professor e coordenador. O foco é a dança de salão, a dança esportiva e, na continuidade, todas as linguagens da dança. O objetivo principal é estudar a dança e seu movimento em diferentes estilos, idades e objetivos; também, sobre a dança nos aspectos físicos, psicológicos, afetivos, motores, cognitivos, sociais, filosóficos, culturais, além  do que pode ser desenvolvido, também, através da dança, como práticas terapêuticas, artísticas, educacionais e em termos ambientais, procurando embasar o conhecimento na pesquisa científica, bem como em autores e linhas de pensamento das áreas correlatas, apresentando e encaminhando os estudantes para o mercado de trabalho, aumentando a percepção das oportunidades e empreendedorismo.

6. EXCELÊNCIA E PROFISSIONAIS NA DANÇA DE SALÃO DE SÃO PAULO (CAPITAL)

Iniciaremos com a figura emblemática “Madame Louise Poças Leitão”, que veio da Suíça, e que desde 1915 ensinava etiqueta e dança de salão para meninas em São Paulo. Até hoje a academia existe, tendo como sucessoras suas noras, ensinando, tradicionalmente, os ritmos europeus e, também, brasileiros da época. Carla Salvagni, Chico Peltier, Macello Palladino, Roberto Mendoza, Stella Aguiar, entre outros muito conhecidos no meio dançante da capital, foram seus alunos. Madame Poças Leitão foi considerada introdutora da dança de salão no Brasil (SOARES, 2021).

Outra profissional de suma importância, e que merece destaque na dança de salão, é Carla Salvagni, ex-aluna de Madame Poças Leitão, que tem um método de ensino diferenciado, baseado nas necessidades, dificuldades e interesse dos alunos. Além do trabalho com dança esportiva, de ter sido Presidente da Confederação Brasileira de Dança Esportiva, de ter atuado como jurada na competição de Dança “Bailando por um Sonho”, programa do SBT, e no ano 1º campeonato de Dança do SB, e na Globo, na “Dança dos Famosos”, como jurada e consultora, desde 2008, é consultora e coreógrafa, atualmente, do Ritmo da Valsa, na competição final do programa até a atualidade (SALVAGNI, 2019).

Temos, também, uma figura muito importante, que atua, também, em São Paulo: Carlinhos de Jesus, que com mais ou menos trinta anos de profissão na dança de salão, busca sempre sua valorização. Locado no Rio de Janeiro, realizando diversos workshops aqui em São Paulo, abrindo, inclusive, uma escola de dança de salão na Lapa, chamada Lapa 40º, referência, no Brasil, como dançarino, coreógrafo, diretor, professor e empresário de casa de dança de salão, é, também, jurado fixo no programa “Dança dos Famosos”, da Rede Globo. Difundindo sua arte no teatro, cinema, carnaval e em grandes eventos nacionais e internacionais (CARLINHOS, 2021).

Muito significativo, também, é Jaime Arôxa. Nesse nosso meio e em São Paulo, é considerado um dos maiores profissionais da dança no Brasil. Além de professor e dançarino, também atua como coreógrafo nas mais diversas áreas, como teatro, cinema, televisão e comissões de frente do carnaval. Idealizou e realizou o I e II Encontro Internacional de Dança de Salão, sendo, também, jurado do “Dança dos Famosos”, da Rede Globo, e do “Dance Se Puder” e jurado fixo do “Dancing Brasil”, da Record. Abriu algumas escolas em São Paulo, com diversas parcerias entre elas, Karina Sabah e Marcelo Cunha (ARÔXA, 2020).

Além dos já citados, cabe lembrar dos profissionais André Magro e Andressa Moraes, que desde 2005 dançam juntos. Sendo a dança de salão um trabalho de pesquisa totalmente voltado para o ritmo tango, possibilitando que sejam um dos mais completos casais da modalidade no Brasil. Em relação ao tango internacional, construíram um estilo de dança que combina criatividade e movimentos com tenacidade, encanto e perfeição nesse estilo. Ministram cursos regulares e workshops em diversas escolas de dança de São Paulo, incluindo na FMU, como professores do curso de Pós-Graduação Dança: Arte, Esporte e Educação, na disciplina de Tango. Como dançarinos, foram finalistas do Campeonato Mundial de Tango, em 2018, realizado em Buenos Aires, na Argentina (TANGO A 2, s.d.).

No cenário internacional, durante vários anos, tivemos, também, a grata companhia do casal de dançarinos e professores singulares de Tango, os argentinos de Buenos Aires, Mingo e Ester Pugliese. Mingo, um dos tangueiros mais respeitados do renascimento argentino, ensinou e dançou um estilo que incorporava os antigos e os novos estilos de danças. O tango de salão foi dançado durante a Era de Ouro do Tango Argentino (1935–1952). O filho de Mingo e Esther, Pablo Pugliese, ainda ensina tango em todo o mundo. Pablo foi o mais jovem membro do corpo docente da famosa Semana de Tango da Universidade de Stanford dos anos 90 (MINGO, 2020).

Omar Forte também é uma figura importante no cenário do Tango em São Paulo, com formação em dança na Universidade do Tango de Buenos Aires, chegou ao Brasil em 1999, sendo proprietário da casa “Tango Baires”, um grande salão onde acontecem aulas e bailes de Tango, como em Buenos Aires, onde ensina o tango através de aulas, workshops e seminários. Já foram suas parceiras de show, Martina Lavalle e a coreógrafa Carolina Udoviko. Omar diz que para dançar é preciso, antes de mais nada, conhecer sua história. A partir de 1990, com a introdução de instrumentos eletrônicos, surgiu o novo tango, que interessou aos mais jovens e a aceitação dos mais tradicionais (TANGO, 2021).

E para encerrar, não podemos deixar de citar Milton Saldanha no panorama da dança de salão, renomado e respeitado jornalista que criou o Jornal Dance, prestigiando e destacando a dança de salão, que vive uma grande fase, sendo o primeiro e único no Brasil especializado em dança de salão. Milton Saldanha é considerado uma testemunha ocular da história, pois, desde 1969, frequenta os salões e escolas de dança de salão tanto do Rio de Janeiro quanto de São Paulo. Inclusive, coloca que o crescimento da dança de salão tem sido espetacular. O pioneiro jornal iniciou em julho de 1994. Dance tem como característica reunir o meio, ajudou na organização de eventos e acabou democratizando espaços, se tornando, portanto, referência (SALDANHA, 2003).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A dança de salão é fundamentada teoricamente pela literatura científica, atual e em diversos aspectos, tanto na área da saúde e da inclusão quanto social, na maioria das vezes, com uma característica de lazer e de prática de atividade física. Mas, também, alguns autores já se referem a atividade como modalidade esportiva, tanto nacionalmente, em programas de políticas públicas, principalmente se tratando de pessoas idosas, como na modalidade de dança esportiva, que já é um esporte aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). É uma linguagem que envolve os aspectos biopsicossociais, técnicos, artísticos e culturais, beneficiando de forma totalitária, num cenário intergeracional, os indivíduos no mundo da dança de salão.

Esse estudo acadêmico trouxe à tona as peculiaridades da dança de salão da capital de São Paulo, que tem desenvolvido, vivenciado, aprendido, praticado e ministrado com muita qualidade esse estilo de dança, e que, atrelado a diversos cenários educacionais, envolve a pesquisa, se unindo a diversos campos de conhecimento.

Ainda são poucas as instituições de formação acadêmica que incluem a dança de salão na grade curricular, mas, atualmente, é bastante utilizada no mercado e na mídia. Mas, na comunidade científica, são poucos os números de pesquisas sobre dança de salão, principalmente no seu aspecto técnico profissional.

Procurando, nesse universo dos saberes, retratar de forma fidedigna o cenário da dança de salão da capital de São Paulo, esperamos ter contemplado todos os profissionais que atuam e atuaram em São Paulo, mas acreditando que, felizmente, a dança de salão, cada vez mais, tem crescido de forma brilhante no aspecto artístico, técnico, inclusivo e esportivo, e na expectativa que, na área científica, possamos contar com a colaboração de todos, com futuros trabalhos dos profissionais dessa arte e estudiosos desse universo acadêmico.

Portanto, esse estudo busca colaborar com um melhor entendimento sobre a dança de salão e seu panorama na capital do Estado de São Paulo, oferecendo material para servir de apoio para os profissionais acadêmicos, para suas pesquisas, e servindo de incentivo ao cenário universitário, dando subsídios e visibilidade, gerando possíveis reflexões e debates sobre o tema, contribuindo para a área artística, acadêmica e científica.

REFERÊNCIAS

ARÔXA, J. História de Vida na Dança de Salão. Facebook/Messenger, 06/03/2020.

BENTO, J.O. Desporto: discurso e substância. Porto: Campo das Letras, 2004.

CARLINHOS de Jesus. Carlinhos de Jesus, 2021. Disponível em: http://www.carlinhosdejesus.com.br/carlinhos.php. Acesso em: 21 out. 2021

DANÇA em cadeira de rodas. Confederação Brasileira de Dança em Cadeiras de Rodas, 2001. Disponível em: https://www.cbdcr.org.br/wordpress. Acesso em: 6 dez. 2021.

DANÇA esportiva. Conselho Nacional de Dança Esportiva, 2013. Disponível em: http://www.cndds.org.br. Acesso em: 26 out. 2021.

GRAVINA, G. A 105ª edição do programa vem dançar tem presença de aproximadamente 400 pessoas. Cidade de São Paulo: esportes e lazer, 2021. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/esportes/noticias/?p=322828. Acesso em: 10 fev. 2022.

GREGORIO, A. S. R. Confira 14 bailes e baladas que atraem público mais velho. Folha de S.Paulo, 2021. Disponível em: https://guia.folha.uol.com.br/noite/1186229-confira-14-bailes-e-baladas-que-atraem-publico-acima-de-35-anos.shtml. Acesso em: 10 fev. 2022.

JUSTINO, E. S. S. et al. Os benefícios da dança na qualidade de vida de idosos. In: VI Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, 2019. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/53901. Acesso em: 7 nov. 2022.

MINGO Pugliese. Tango North, 2020. Disponível em: https://sites.google.com/site/argentinetangoinfairbanks/the-Milongueros/mingo-pugliese. Acesso em: 10 nov. 2020.

OLIVEIRA, R de. Dança de salão e qualidade de vida do idoso. Revista Intellectus, ano VII, n. 17, p. 112-135, 2011.

PERNA, M. A. 200 Anos de dança de salão no Brasil. Rio de Janeiro: Amaragão Edições de Periódicos, 2011.

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RIED, B. Fundamentos da dança de salão. Londrina: Midiograf, 2004. 

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SOARES, B. História de Madame Poças Leitão.  2011. Disponível em: http://brunassoaressodanca.blogspot.com. Acesso em 26 jul. 2021.

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TANGO Baires na Vila Mariana. encontraVilaMariana, 2021. Disponível em: https://www.encontravilamariana.com.br/sobre/tango-baires-na-vila-mariana. Acesso em: 26 out. 2021.

TANGO A 2. André Magro e Andressa Moraes. Tango a 2, s.d. Disponível em: https://www.tangoa2.com/sobre-nos/ Acesso em: 10 nov. 2020.

VOLP, C. M. A Dança de Salão como um dos conteúdos de dança na escola. Motriz, Rio Claro, v. 16 n. 1 p. 215-220, jan./mar. 2010. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/20757/WOS000276948000025.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: 10 nov. 2020.

ANEXO A

Outros grandes nomes do cenário paulista que foram significativos na sua história, elevando a dança de salão enquanto arte e cultura:

ANDREI UDILOFF

BINA

CARLA SALVAGNI/ CELSO VIEIRA/ CHICO PELTIER

DUDA LIMA RUSSEL

IVAN RIBEIRO

LA LUNA/ LUIZ FRANCISCO N. DE SOUZA

J. C. VIOLLA/ JUNIOR CERVILA

KARINA CARVALHO

MARCELO PALLADINO/ MARCELO CUNHA E KARINA SABAH/ MARGARETH E VITOR

PHILIPE MIHA

RICARDO LIENDO

RONALDO BOLANO

SOLANGE GUEIROS

STELLA AGUIAR entre outros.

ANEXO B

Atualmente, nomes importantes no cenário paulista, que foram vencedores em festivais e campeonatos e que também são professores:

ALINE CLETO / ATALIBA/ ANDERSON MENDES E BRENDA CARVALHO.

CARINE MORAIS E RAFAEL BARROS/ CAROL PARPINELLI / CHRIS BRASIL E PAULA PENTEADO/ CINTHIA LUNA/ CLERTON VIEIRA.

DANIEL LESSA E LETICIA BERNARDES/ DANILO SUCESSO/ DIEGO MAIA E BARBARA RODRIGUES.

FABIANA CHAGAS/ FABIANA TERRA/ FÁBIO REIS E MARÍLIA CERVI.

GISELE CARRÃO / GUILHERME RIENZO E ISABELLA BIANCO.

ISAMARA VIDA

LUCAS DE OLIVEIRA E RUBIA FRUTUOSO MENDES/ LUCIAN PEREIRA/ LUCIANA MAYUMI E MARCO KINA.

JOTA JUNIOR.

MARA SANTOS/ MARCELO EIDY/ MARCELO GRANGEIRO/ MARQUINHOS COSTA/ MILENA MALZONI/ OLIVIA TEIXEIRA.

PATRICK DE OLIVEIRA/ PRISCILA E FABIO BASCHERA.

RAFAEL CUBANO/RAFAEL MACHADO/ RACHEL WAISSMAN/ RAÚ FERREIRA/RICARDO GARCIA/ROBERTO MOTA E ALINE LIMA/   ROBINSON SILVA E LARISSA OLIVEIRA.

THIAGO SANTOS

VANESSA JARDIM/ VINICIUS SOUZA/ WILSON CAFFÉ entre outros.

ANEXO C

Também, na dança de salão, contamos com grandes nomes de promoters:

VIRGÍNIA HOLLANDER- Promoter da época de tango e dança de salão do Dance Club.

BETH YAJIMA- Promoter do Nandemoya e associações japonesas

CELINO FERNANDES- Promoter do Avenida Club e Carioca Club. Atuando muito no cenário Paulista na atualidade.

ELIANE E DULCE- Ópera São Paulo. Atuando muito no cenário Paulista na atualidade.

MARCIO SORRISO- Promoter Zaís. Atuando muito no cenário Paulista na atualidade.

MOACIR CASTILHO E LAURA LINS- Ópera São Paulo. Atuando muito no cenário Paulista na atualidade.

ROBSON SANTOS- Promoter Zaís. Atuando muito no cenário Paulista na atualidade.

[1] Mestranda da USJT. ORCID: 0000-0002-3057-2013.

Enviado: Julho, 2022.

Aprovado: Novembro, 2022.

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Uma resposta

  1. Fiz aulas com Marcelo Palladino e Estella Aguiar, de 89 a 90. Em 91 entrei na Escola da Carla & Chico. Em 1993 eles foram convidados a representar o Brasil em um torneio no Japão. Aí virei professor por 3 semanas. Em 1994 montei minha Escola, juntamente com a Sílvia Helena, uma grande amiga e ex aluna das duas escolas. Chamava Carlos & Sílvia – Danças de Salão. Começamos em Perus e depois viramos itinerantes, dando aula em toda região. Minha amiga Sílvia parou em 1999, aí continuei sozinho como Carlos Bortotto Dança de Salão e estou até hoje.

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