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A Influência do Projeto de Arquitetura no Desenvolvimento Educacional: O Caso da Escola Fundamental do Bairro Vila Nova, Santo Antônio do Sudoeste – PR

RC: 18177
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CONTEÚDO

PAZINATO, Polyana Paula

PAZINATO, Polyana Paula. A Influência do Projeto de Arquitetura no Desenvolvimento Educacional: O Caso da Escola Fundamental do Bairro Vila Nova, Santo Antônio do Sudoeste – PR. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 07, Vol. 07, pp. 179-200, Julho de 2018. ISSN:2448-0959

Resumo

A infraestrutura é requisito básico na produção de um ambiente educacional e, quando não atende a preceitos como funcionalidade e conforto, pode danificar a utilização do mesmo. Projetos de arquitetura escolar podem combinar infraestrutura com qualidade ambiental e ainda inserir um conceito lúdico, capaz de influenciar no desenvolvimento das crianças por meio da percepção e da interação com o ambiente. O objetivo deste artigo é investigar quais critérios podem ser incorporados nas decisões projetuais de ambientes escolares, a fim de garantir qualidade no espaço e na sua utilização. A metodologia é baseada na revisão de literatura e na correlação de projetos de arquitetura escolar de destaque, por meio da estratégia do estudo de caso, analisando o ambiente em relação às necessidades do principal usuário: a criança. Buscam-se, então, critérios que auxiliem no desenvolvimento de uma escola fundamental de tempo integral no bairro Vila Nova, em Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná. Além da carência e da dispersão, após o fechamento da antiga escola, o bairro necessita de um espaço de ensino de qualidade que assegure o desenvolvimento educacional e reforce a importância da escola projetada para formar cidadãos.

Palavras-chave: Arquitetura Escolar, Qualidade Ambiental, Espaços Lúdicos, Desenvolvimento Educacional.

Introdução

Segundo Machado (2008), muitos ambientes escolares são projetados sem considerar formas alternativas de ensino, travados em ideais tradicionais, como salas de aula separadas para cada série escolar, carteiras posicionadas em fileiras voltadas para a lousa, espaço moldado e destinado a cada uso: o espaço para a leitura, para o lazer, para as atividades físicas, etc.

Hoje, se percebe claramente a importância de conceber escolas infantis como espaços estimuladores dos desenvolvimentos afetivo e cognitivo, e não apenas como espaços assistencialistas, voltados para a satisfação de necessidades de guarda, higiene e alimentação. (MACHADO, 2008, p.12)

Os motivos pelos quais os projetos de escolas são, em sua maioria, fadados a uma organização espacial repetitiva são inúmeros e devem levar em consideração o contexto no qual cada projeto se insere. Porém, ainda que não se assuma a falta de criatividade dos responsáveis pela criação desses espaços por motivos claros como falta de verba, muitas decisões projetuais se baseiam em normas que tendem à rigidez dos programas de necessidades escolares (BLOWER, 2008).

A partir da metade do século XX as discussões sobre o ambiente educativo avançaram para novos olhares como de Dewey (1979) e a educação “nova”, com a “teoria da experimentação” e a ideia de explorar a naturalidade e liberdade nos processos de aprendizagem.

Piaget (1982) afirmou a importância da acomodação da criança no ambiente e da assimilação dessa utilização do espaço por meio da percepção, da identidade e, acima de tudo, da interação. Segundo Santos (2011, p. 51, grifo da autora): “a assimilação é o processo pelo qual a criança incorpora elementos do mundo externo a sua maneira de pensar; enquanto a acomodação refere-se como a percepção da criança é transformada pelos estímulos do ambiente”.

[…] quando a criança puder dominar este espaço, conhecendo e visualizando a área destinada a ela, sua experiência espacial será mais rica. Assim, espaços que apresentam uma riqueza de materiais, texturas e cores, estimulam a percepção espacial infantil, favorecendo inclusive o processo de ensino-aprendizagem. (SANTOS, 2011, p. 105)

Para entender a percepção do homem em relação ao espaço, no campo da Arquitetura, Lynch (1982, p. 19, 20) discorreu sobre a imagem dos ambientes e as “qualidades físicas” que constroem a chamada “imagem mental”. Em seus estudos discutiu, entre outros pontos, a utilização das variáveis da forma no desenho, a interação física e visual entre os espaços, a imaginabilidade[1] da imagem que, por meio da percepção, produz as sensações e estabelece a relação do usuário com o ambiente em questão.

Zevi (1994) pontuou como o interior no projeto de arquitetura é de suma importância, pois é o espaço que será utilizado, onde a arquitetura será vivenciada e valorizada. Santos (2011, p. 98) complementa que as pessoas somente agregam valor ao espaço, tornando-o um “lugar” (que transmite a ideia de pertencimento), “quando a relação delas com o espaço é plena e envolve todos os sentidos”.

Sendo assim, é necessário considerar o usuário e sua relação desde o momento do desenho, afinal a influência das decisões projetuais, principalmente ao se tratar de um espaço público e de ensino, afetará diretamente e indiretamente as pessoas que utilizarem esse espaço.

A proposta para a nova Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) do bairro Vila Nova atenderá 200 crianças entre cinco e dez anos. A ideia de uma escola em tempo integral se baseia em metas do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 – 2024, fomentando a importância de colocar em prática o discurso da melhoria da educação no país, seguindo estratégias ligadas ao projeto arquitetônico que auxiliarão na construção de ambientes escolares de qualidade, agindo diretamente no desenvolvimento dos alunos que utilizam esses espaços.

A duração de uma jornada em escolas de tempo integral é longa. Este é mais um motivo para se pensar em qualidade e atrativos para o ambiente escolar. Para além das questões de conforto, deve-se atentar às maneiras de tornar tal jornada atrativa para as crianças, tornando o espaço convidativo, estimulante, onde a criança queira permanecer e explorar, fomentando a vontade de aprender.

A qualidade do ambiente é variável (embora existam critérios comuns de qualidade para determinados grupos de pessoas), pois a percepção de cada um agrega valores culturais e singulares de cada indivíduo. Logo, uma maneira de atender a todos é criar ambientes que possibilitem diversas interpretações e usos (MACHADO, 2008), ao invés de determinar as funções e a utilização dos espaços, restringindo-os de outras formas de serem percebidos e utilizados.

O grupo de crianças atendido pelo novo projeto da EMEF do bairro Vila Nova começa na segunda infância (até os sete anos), considerada por Beard (1999) como a fase intuitiva, onde se deve “buscar o equilíbrio entre conhecido/habitual e o desconhecido, levando, por um lado, a sensação de segurança e conforto e, por outro lado, criando expectativas e provocando a curiosidade por novas descobertas” (MACHADO, 2008, p. 23).

Uma forma de suscitar a imaginação e a interpretação de cada indivíduo é por meio do lúdico. Segundo Santos (2011, p. 44), no “significado de lúdico encontra-se um conceito que está relacionado ou que tem caráter de jogo, brinquedo, brincadeira e divertimento”.

Oliveira (1995) aponta a importância das atividades lúdicas na formação de uma criança, afirmando que as regras das brincadeiras ou jogos fazem com que as crianças assimilem suas responsabilidades de acordo com seu papel, além de soltarem a imaginação, construindo pensamentos e entendimentos próprios.

É necessário entender os mecanismos perceptivos e cognitivos desses usuários [em especial, as crianças] na sua relação com o lugar pedagógico; conhecer como as crianças se deslocam, se orientam e delimitam seu território, como elas exercitam seus domínios e como se apropriam dos ambientes, irá fortalecer a interação usuário-ambiente e promover um ambiente mais responsivo. (AZEVEDO, 2012, p. 3496)

Segundo Azevedo (2012), o ambiente educacional precisa estimular a criança a perceber, se apropriar e organizar o espaço por si só. Para o desenvolvimento de atividades lúdicas, Santos (2011) aponta a necessidade de se pensar nesta questão no momento de projetar a edificação que abrigará a instituição de ensino.

A arquitetura escolar deve ser, portanto, projetada de forma a proporcionar tais experiências às crianças, aliando os critérios básicos de qualidade ambiental a novas soluções que incorporem as necessidades do programa de ensino e as oportunidades de ação, formação e transformação das crianças.

O artigo tem como objetivo principal: investigar quais critérios podem ser incorporados nas decisões projetuais de ambientes escolares para garantir qualidade no espaço e na sua utilização. Os objetivos específicos são:

  • Entender a relação entre o ambiente e o usuário;
  • Identificar como as condições ambientais influenciam no uso dos espaços;
  • Assimilar o lúdico na arquitetura e a relação com a percepção.

Para alcançar tais objetivos e identificar critérios que auxiliarão no desenvolvimento do projeto que será proposto para a nova escola do bairro Vila Nova, os temas discutidos foram selecionados a fim de analisar a correlação de projetos de arquitetura escolar de destaque, analisando as decisões projetuais e os ambientes em relação às necessidades do principal usuário: a criança.

Metodologia para análise

A metodologia se apoia em uma breve revisão de literatura a respeito da importância do desenho, da escolha dos materiais e da organização espacial em um projeto de ambiente escolar, destacando pontos que influenciam na utilização do espaço pela criança.

Para a análise dos correlatos foram identificados os critérios a serem discutidos no projeto de arquitetura que auxiliam na compreensão do desenho e do espaço construído, ligados às metas do PNE e à ideia central de um ambiente projetado para auxiliar no desenvolvimento educacional, por meio dos aspectos formais e funcionais, o conforto ambiental, as cores no projeto e o programa de necessidades, que permite o entendimento da disposição e organização dos espaços.

O espaço físico relaciona-se às chamadas características espaciais e diz respeito às questões relativas ao espaço tridimensional: a forma, a área, o volume, os planos constituintes e a proporção entre suas dimensões, os elementos que dele fazem parte, as relações de configuração espacial que se fazem presentes e demais elementos do espaço quanto a cor e textura. (BLOWER, 2008, p. 32)

A análise dos estudos de caso dos dois projetos internacionais foi feita por meio de imagens e relatos disponíveis no site de ArchDaily Brasil e em recursos como o Google Earth. No exemplo nacional, foi possível realizar uma visita e aplicar o método perceptivo do Walkthrough[2], de percorrer o ambiente e interagir com o espaço.

[…] é através da Percepção Ambiental e da mediação da interação social que o ser humano toma consciência do meio com o qual está interagindo. A forma como o vivência, numa relação de troca e reciprocidade, o fará, a partir deste ponto, estabelecer relações que virão a influenciar seu comportamento. (BLOWER, 2008, p. 24)

A importância de visitar um dos estudos de caso é justificada pela escolha do próprio tema, que relaciona o usuário com o ambiente, por meio da percepção. Assim, foi possível verificar os critérios de qualidade do ambiente, a aplicação de conceitos e de soluções que podem compor o ambiente escolar, estudados a seguir.

Revisão de literatura

As questões de acessibilidade devem ser priorizadas em qualquer projeto de arquitetura, principalmente em edifícios públicos. O PNE tem como uma das diretrizes a Universalização do atendimento escolar, que trata, dentre outras metas, da educação inclusiva, considerada de suma importância nas decisões projetuais[3], por influenciar nas dimensões, determinar eixos de circulação mais amplos, incluir elementos que auxiliam na utilização do espaço por todos, entre outras determinantes no desenho do ambiente escolar.

Também se deve pensar na relação da criança com o acesso ao ambiente escolar (BLOWER, 2008). Um caminho sem barreiras, convidativo, que passe a sensação de levar a um lugar de experimentações e aprendizagem, e não a um espaço que a criança sinta-se presa ao ultrapassar os portões de entrada.

Segundo Blower (2008), em questão de conforto térmico, alguns elementos devem ser levados em consideração: a orientação da edificação de acordo com determinantes como a posição do Sol, a direção dos ventos; a altura do pé-direito, que proporciona melhor desempenho na ventilação natural do ambiente quando mais alto[4]; aberturas com grandes dimensões[5]; ventilação cruzada; a utilização de materiais isolantes; paisagismo aliado ao projeto da escola inserindo áreas permeáveis como gramados, forrações e arborização adequada.

O conforto acústico envolve controle de ruídos externos ao ambiente escolar e internos, emitidos pelas próprias crianças em períodos de recreação, atividades dinâmicas, físicas, etc. O desenho com uma planta mais livre que gera uma organização espacial menos fragmentada e engessada, deve levar em consideração questões de ruído interno, visto que espaços para atividades lúdicas tendem a emitir mais ruído e, quando integrados aos espaços que requerem mais concentração, como áreas para estudos e leituras, precisam estar em conformidade com o conforto acústico.

Uma das soluções que podem diminuir os níveis de ruído em ambientes integrados está na disposição e materialidade do mobiliário, capaz de funcionar como absorvedor; outra solução é a inserção de elementos como forros e painéis acústicos (BLOWER, 2008).

A escolha dos materiais construtivos e de acabamento deve levar em conta a influência no conforto ambiental. Deve prever também a manutenção e o custo de cada material. Porém, também é possível aproveitar as características dos materiais para compor o conjunto de atrativos e identitários para a criança no ambiente escolar.

[…] a literatura na área indica que o seu planejamento deveria envolver subdivisão funcional, variação de escalas e materiais, de modo a garantir riqueza de estímulos e possibilidade de realização de múltiplas atividades, em função das diferentes solicitações dos usuários. (ELALI, 2007, p. 312)

Blower (2008, p. 76) também alerta que: “É desejável que os materiais adotados variem em relação àqueles que a criança está acostumada em seu meio familiar, uma vez que sua variação e experimentação do ambiente são fatores de promoção do desenvolvimento”.

Quanto às áreas externas, segundo Elali (2007), deve-se atentar as necessidades da criança de ter espaços para desenvolver atividades físicas, estimulando a movimentação e a interação entre crianças e possibilite o contato das mesmas com a natureza.

Sobre a inserção do lúdico no ambiente, Mazzilli[6] (2003, p. 156, 157 apud Santos, 2011, p. 63, 64) aponta características que podem ser exploradas no projeto de arquitetura e auxiliam na criação desses espaços, tais como: integração ou contraponto com o entorno, mudança de pontos de vista, componentes funcionais do espaço, temas, linhas, formas, cores, texturas, materiais variados, etc.

As cores nos ambientes escolares devem levar em consideração o conforto visual atrelado à luminosidade (BLOWER, 2008) e às sensações causadas por cada cor e sua aplicação em cada ambiente (SANTOS, 2011).

Os projetos apresentados a seguir ilustram alguns pontos da discussão, auxiliando no entendimento da prática e da utilização dos espaços projetados para serem instituições de ensino, apoiados na noção de bem-estar do aluno, entre outras questões para contribuir com um ambiente e uma educação de qualidade.

Resultados e discussão

Foram selecionados projetos em diferentes contextos para uma breve análise projetual e pós-ocupacional, a fim de pontuar características que influenciam no comportamento dos alunos e no desenvolvimento das atividades.

Para discutir tais experiências, deve-se levar em conta o contexto diferenciado de cada localidade onde as escolas se encontram. É preciso atentar-se às situações socioeconômicas e à diversidade cultural existente.

Estudo de Caso 1: Escola Primária Santa Maria da Cruz

Localizada em Point Cook VIC, na Austrália, a escola é projeto do escritório Baldasso Cortese Architects, de 2013, para atender 250 crianças. A análise foi feita baseada em descrições e imagens disponíveis no site Archdaily Brasil[7].

Na questão do acesso, a entrada da escola é convidativa por conter elementos de permanência, como áreas sombreadas e bancos. O grande vão em formato circular na cobertura proporciona iluminação natural e um atrativo estético na principal fachada da edificação (Figura 1).

Para promover atividades lúdicas no interior da edificação existe um amplo ambiente, onde também foram criadas duas “colmeias” (Figura 2), que convidam a criança a sentar ao redor ou entrar e brincar, utilizar o notebook ou ler livros. As colmeias também são utilizadas por professores em disciplinas tradicionais.

Figura 1: Fachada principal da escola. Fonte: Archdaily.
Figura 1: Fachada principal da escola. Fonte: Archdaily.
Figura 2: Fachada principal da escola. Fonte: Archdaily.
Figura 2: Fachada principal da escola. Fonte: Archdaily.

As fotos dos alunos, colagens e desenhos nas paredes e pilares do ambiente, além das duas colmeias, promovem o lúdico e instigam a exploração, a identificação e a apropriação[8] do espaço.

A questão da boa iluminação, combinando a luz natural com a artificial, é assegurada pelas claraboias, aberturas em formato redondo na cobertura (repetindo o detalhe na cobertura da entrada da edificação) clareando o pátio interno, onde são desenvolvidas as diversas atividades.

A materialidade é explorada no design do projeto e em suas funções. A madeira no piso, paredes e forro proporciona maior conforto acústico, controlado também pelo forro de gesso, que combinado à iluminação, cria um design irregular, porém ligado à organização espacial disposta pelo mobiliário, que não delimita, mas sugere diferentes usos no ambiente.

As cores foram aplicadas cuidadosamente, sem que houvesse exageros, utilizando tons que se relacionam com a paisagem na qual a escola se insere em seu interior. No interior, as cores variam entre tons neutros e cores primárias e secundárias para destacar certos ambientes.

A escola oferece um amplo espaço livre ao seu redor. Não foi possível obter informações sobre a dimensão do terreno ou a utilização da área externa pelas crianças em atividades de recreação ou ensino. Porém, a breve análise pontuou características e soluções que influenciam e auxiliam na educação das crianças por meio da percepção e dos bons resultados do projeto no ambiente escolar.

Estudo de Caso 2: Centro Educativo Montecarlo Guillermo Gaviria Correa

O Centro Educativo localiza-se em Medellín, na Colômbia e possui uma área total de 5.122 m². O projeto foi feito pela Empresa de Desarrollo Urbano de Medellín (EDU) em 2012. De acordo com o site ArchDaily Brasil[9], a ideia do projeto era criar equipamentos que unissem e envolvessem os moradores com o espaço público da escola. A escola possui um pátio externo que pode ser utilizado por todos os habitantes do bairro, não sendo restrito às crianças que estudam no local.

Por integrar o bairro ao projeto, a entrada do Centro Educativo é convidativa, oferecendo, no térreo, equipamentos como quadra de esportes, restaurante, sala de informática, ambientes de livre acesso. A escola infantil, o ensino fundamental e a escola de música fazem parte deste complexo e são delimitados e relacionados por meio dos eixos de circulação, das aberturas das edificações e do projeto paisagístico.

Sua localização, em uma antiga fazenda, proporciona a integração do projeto com a natureza. Tal característica auxilia no conforto ambiental, somada aos materiais aplicados na edificação. A preocupação com as condições térmicas, acústicas e de iluminação da edificação foi combinada à escolha de materiais que não agridem o meio ambiente.

As cores empregadas nas fachadas da edificação principal buscam uma integração com o entorno, a área verde (Figura 3), além de destacar a edificação, em meio ao bairro de Medellín. Nos ambientes internos há o predomínio de cores neutras, a exemplo da cantina, na qual prevalece a cor branca, dando a sensação de um ambiente amplo e iluminado (Figura 4).

Figura 3: Fachada e área verde. Fonte: Archdaily
Figura 3: Fachada e área verde. Fonte: Archdaily
Figura 4: Fachada e área verde. Fonte: Archdaily.
Figura 4: Fachada e área verde. Fonte: Archdaily.

A escola estabelece a relação entre espaço externo e interno por meio das aberturas nas fachadas e na integração dos espaços no térreo. De acordo com Santos (2011, p. 113), “aberturas, portas e janelas atuam como elementos articuladores entre espaços internos e externos, tornando-os visíveis ou escondidos”. A conectividade promove, entre diversas experiências, a melhora na qualidade ambiental da edificação, controlando o conforto térmico e luminoso.

O maior destaque neste projeto é a interação da comunidade no ambiente de educação, que também serve para lazer, recreação, esportes, encontros, sendo a área externa de uso público um conjunto de equipamentos para todo o bairro, o que fortalece a ideia de pertencimento e identidade que auxilia no incentivo à educação e no desenvolvimento das crianças.

Estudo de Caso 3: Colégio Monjolo

Para uma análise em contexto nacional foi escolhido o colégio Monjolo, que se localiza na cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, inaugurado em 2000. A edificação divide o terreno com a faculdade União Dinâmica das Cataratas (UDC). O colégio oferece ensino em período integral, semi-integral e meio período e suas instalações foram projetadas pensando na diversidade de atividades que seriam realizadas nos diferentes horários e por diferentes grupos de alunos.

Foi possível, por meio da análise Walkthrough, visualizar a utilização dos ambientes, entender a organização espacial e as condições de conforto da edificação. A visita ao colégio foi acompanhada de uma secretária da instituição, que comentou sobre a preocupação de fazer o aluno se sentir em casa.

O colégio possui uma sala central de estudos no térreo, próxima à biblioteca e salas de aula. A planta tem áreas delimitadas que atendem ao programa de necessidades e um eixo de circulação bem definido. As áreas são delimitadas para as diversas atividades que oferece, como natação, balé, música, quadras esportivas, áreas de estudos e de recreação. As salas de aula são padronizadas, com carteiras dispostas em fileiras em direção à lousa.

Nas salas de educação infantil, existem desenhos nas paredes (Figura 5), porém, levando em consideração a questão da apropriação por parte das crianças, o colégio poderia pensar em paredes onde as próprias crianças poderiam se expressar, colaborando ainda com a construção do ambiente escolar, estabelecendo “laços afetivos” (BLOWER, 2008, p. 77).

Outro ponto observado nas salas são as aberturas, que não se encontram ao nível das crianças menores (BLOWER, 2008), impossibilitando-as de ter contato com o exterior. O pátio externo contém área coberta impermeável e espaço livre, com gramado e pavimento sintético. Os brinquedos estão dispostos por todo o pátio coberto (Figura 6) e descoberto, podendo ser utilizados independente das condições climáticas.

Figura 5: Sala de educação infantil. Foto da autora, 2017.
Figura 5: Sala de educação infantil. Foto da autora, 2017.
Figura 6: Pátio coberto. Foto da autora, 2017.
Figura 6: Pátio coberto. Foto da autora, 2017.

O colégio oferece soluções básicas para as questões de conforto ambiental, utilizando materiais usuais na construção em um desenho que atende às necessidades dos alunos no ambiente escolar.

Destaca-se o detalhe das pastilhas coloridas revestindo os pilares e o desenho no piso do pátio externo coberto. Entretanto, o projeto de arquitetura em si carece de elementos lúdicos explorados em fachadas, coberturas, mobiliário, cores, ou na própria organização espacial mais livre, interativa e acolhedora. Ressalta-se, todavia, ser um colégio particular, portanto, a relação entre escola e entorno não foi considerada.

O que chama atenção nesse colégio é a quantidade de atividades extracurriculares, desde dança, teatro, música, lutas, jogos, aulas de língua estrangeira, etc. E, dentro da proposta de ensino integral, o projeto oferece espaço para todas as funções desempenhadas na edificação.

Uma nova escola para o Bairro Vila Nova

Após a breve análise de projetos de ambientes escolares, é possível pontuar características no desenho e a utilização de elementos e materiais que auxiliam na melhoria da qualidade ambiental das escolas, além de proporcionarem conforto, identidade, afetividade e apropriação por parte dos alunos, suscitando o desenvolvimento educacional e social das crianças.

O projeto da escola de ensino fundamental em tempo integral na cidade de Santo Antonio do Sudoeste, no Paraná, busca amparar os moradores do bairro Vila Nova, no terreno onde está localizada a antiga EMEF Afonso Adamante. A falta de infraestrutura culminou na paralisação das atividades escolares em 2016 e na interdição do prédio, que em sua área externa demonstra sinais de abandono (Figuras 7 e 8).

Figura 7: Fachada principal. Foto da autora, 2017.
Figura 7: Fachada principal. Foto da autora, 2017.
Figura 8: Área externa. Foto da autora, 2017.
Figura 8: Área externa. Foto da autora, 2017.

Na antiga escola, as salas eram dispostas em uma organização espacial básica, sem atrativos e sem relação com a área externa. Com a falta de infraestrutura, as crianças precisaram ser realocadas em escolas de bairros próximos. O equipamento público perdeu sua função a fim de reestruturar o uso institucional e devolver uma escola ao bairro Vila Nova, optou-se pelo projeto de uma nova EMEF no mesmo terreno – onde a escola antiga será demolida, visto que não existe valor na edificação.

A nova escola será projetada considerando a qualidade dos ambientes no desenho, nas disposições internas e na escolha dos materiais. As dimensões do terreno onde se localiza a antiga escola permitem a criação de novas áreas para a instituição de ensino, como área para estacionamento, recreação e atividades pedagógicas, considerando a nova proposta de ensino integral.

O terreno

O terreno da antiga escola possui 1.566 m² de área, localizado na Rua Cirilo A. Zottis, em frente à Rua Wilmut Iser, no bairro Vila Nova, próximo ao centro da cidade. O entorno é composto de residências térreas e pequenos comércios.  Para a construção da nova escola foi doado pela prefeitura um terreno atrás da escola, totalizando atualmente em 4.020m².

A escola funcionava em uma edificação térrea que contava com quatro salas de aula, nas quais estudavam as turmas dos primeiros e segundos anos na parte de manhã e dos terceiros e quartos anos, à tarde, somando 200 alunos.

Analisando em relação às condições ambientais, o terreno não possui desníveis, visto que já abriga uma edificação e, portanto, foi nivelado para a antiga construção.

O clima que predomina na região é o subtropical úmido mesotérmico, com temperaturas moderadas que, em média, variam entre 18ºC e 22ºC e temperatura média anual de 19ºC. As chuvas são distribuídas por todos os meses do ano.

A direção predominante dos ventos é a Noroeste, porém, devido à formação de massas de ar úmidas, as direções se deslocam de Sul para Sudoeste.  A orientação solar no terreno escolhido é de sol pela manhã na fachada principal e sombra no período da tarde.

É necessário projetar soluções que utilizem as condições ambientais a favor do conforto na edificação, adequando materiais, aberturas, aplicações de cores e elementos para aumentar a qualidade dos espaços, tornando o projeto sustentável, que pode ser agregado ao ensino de sustentabilidade (SANTOS, 2011) ao observar e utilizar a própria edificação.

A proposta

O projeto para a nova escola do bairro Vila Nova visa a integração de critérios básicos e relacionados à percepção, para atingir melhor qualidade ambiental e criar um espaço no qual a criança se sinta confortável e instigada a permanecer, explorar e se identificar. Apoiando-se em metas do PNE, o projeto visa atender diretrizes como:

6.2) instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral […]. 6.3) institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos […] (BRASIL, 2014, p. 26).

A questão da escala no projeto arquitetônico envolve diretrizes ergonômicas no mobiliário e nos elementos que compõe o ambiente.  No caso da escola, ao considerar a faixa etária das crianças que utilizarão o espaço, é importante se atentar às dimensões espaciais, localização de objetos, aberturas que proporcionam visibilidade, entre outros fatores que podem promover maior interação da criança com o ambiente.

As condições de acesso a nova edificação deverão ser projetadas de acordo com a NBR 9050/2004, atendendo a todos as diretrizes do desenho universal necessárias em um projeto de edificação pública e de ensino.

A influência do conforto ambiental na utilização de um espaço deve ser um dos principais aspectos considerados em um ambiente escolar. Isto porque condições desfavoráveis, como sensações térmicas abaixo ou acima da temperatura ideal, ruídos externos e internos, falta de ventilação ou iluminação atrapalham a concentração e assimilação das informações.

Logo, o projeto para a nova escola deverá conter soluções que resolvam as questões de conforto, começando pelo posicionamento da edificação, a organização espacial e as aberturas que propiciam maior controle das condições climáticas dentro da edificação.  Levando em conta que a prefeitura doou mais um terreno para construção da nova escola, melhorando assim a qualidade do espaço para as crianças.

A importância das cores no projeto – especialmente quando houver barreiras na execução de plantas livres ou na utilização de elementos não usuais devido às limitações orçamentárias – pode auxiliar na criação de ambientes mais lúdicos. A exploração de tons, texturas, luzes é uma solução simples que agrega valor ao projeto, ao se tornar atrativo para a criança.

A criação de um espaço lúdico para recreação interna facilita o desenvolvimento de atividades extras em dias de chuvas e frio. É importante também projetar um pátio ao ar livre, para atividades pedagógicas, físicas, brincadeiras, banhos de sol (BLOWER, 2008) e, se possível, uma área sombreada por cobertura ou arborização, proporcionando diversos ambientes de uso pelas turmas de crianças.

O contato com a área externa deve ser uma das prioridades nas decisões projetuais. As possibilidades a partir da integração do ambiente com o meio externo auxiliam no conforto térmico, luminoso, visual, além de ensinar princípios de sustentabilidade que tornam o ambiente agradável.

Para explorar o lúdico na área externa, além da criação de um parquinho, a inserção de um jardim sensorial no projeto paisagístico contribui para ativar os sentidos da criança. Outro elemento que pode ser agregado ao projeto da área externa é uma horta pedagógica, para ensinar sobre plantio, cuidado e colheita e sobre a importância dos alimentos orgânicos. Além disso, a horta promove o contato das crianças com a terra, ativando também o campo das sensações.

A ideia de criar um amplo espaço para atividades pedagógicas e lúdicas soma-se ao regime integral que será oferecido pela EMEF do bairro Vila Nova, seguindo preceitos do PNE, contemplando diversas atividades extracurriculares que despertam afinidades e auxiliam na formação social das crianças.

Proposta inicial

Figura 9: Primeiro estudo setorização pavimento térreo. Fonte: a autora, 2017.
Figura 9: Primeiro estudo setorização pavimento térreo. Fonte: a autora, 2017.
Figura 10: Primeiro estudo setorização pavimento 1. Fonte: a autora, Junho 2017.
Figura 10: Primeiro estudo setorização pavimento 1. Fonte: a autora, Junho 2017.
Figura 11: Primeiro estudo de volumetria. Fonte: a autora, Junho 2017.
Figura 11: Primeiro estudo de volumetria. Fonte: a autora, Junho 2017.
Figura 12 - Estudo final. Fonte: a autora, Junho 2017.
Figura 12: Estudo final. Fonte: a autora, Junho 2017.

Proposta final

Figura 13

Considerações finais

Sabe-se a gama de soluções para garantir adequado conforto ambiental e das possibilidades de adequação ao terreno, desenho, organização espacial, aplicação de materiais, utilização de elementos e mobiliário. O artigo buscou discutir critérios importantes no projeto de um ambiente escolar que influenciam no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças, levando em consideração aspectos ambientais que promovem conforto, e lúdicos, que provocam as sensações.

Por meio de uma breve análise de projetos internacionais de escolas e um caso nacional, próximo à autora, que possibilitou uma visita e a aplicação do Walkthrough como método de apreensão do espaço, foi possível verificar aplicações de soluções para questões de conforto ambiental e de elementos que criam um espaço lúdico quando o projeto de arquitetura contempla o usuário – no caso do foco, as crianças e sua relação com o ambiente escolar.

A ideia de projetar ambientes pensando em sua influência nos usuários, somada aos métodos de educação que vão além do ensino de disciplinas básicas que compõe o quadro das escolas brasileiras, considera as oportunidades que um espaço de qualidade e instigante pode oferecer ao ser projetado pensando em outras atividades, no lazer, nos esportes, nos eventos, gincanas, no envolvimento da escola com o bairro, etc.

O projeto da nova escola para o bairro Vila Nova, baseado na influência da qualidade ambiental para o desenvolvimento educacional que segue os critérios de conforto térmico, acústico, luminoso, visual, ergonômico, incluindo acessibilidade, explorando o lúdico por meio das cores, texturas, linhas, formas, elementos, materiais, conectividades e liberdade possibilitará a imaginabilidade (LYNCH, 1982), a acomodação e a assimilação (PIAGET, 1982) para a melhor relação da criança com a escola.

Além de resgatar o uso institucional do terreno (que atualmente abriga a antiga EMEF do bairro Vila Nova), por meio do novo projeto busca-se reafirmar a identidade do ambiente escolar que os moradores do entorno têm com o espaço, firmando a relação e a influência do projeto de arquitetura no desenvolvimento educacional e social.

Referências

AZEVEDO, Giselle A. N. Sobre o papel da arquitetura no cotidiano da educação. In: XVI ENTAC. Juiz de Fora, 2012.

BEARD, Ruth M. Como a criança pensa: a psicologia de Piaget e suas aplicações educacionais. 11ª ed. Tradução de Aydano Arruda. São Paulo: IBRASA, 1999.

BLOWER, Hélide C. S. O lugar do ambiente na educação infantil. Dissertação (Mestrado). PROARQ, Rio de Janeiro, 2008.

BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 – 2024. Lei nº 13.005, de 25 de Junho de 2014. Disponível em: <http://www.deolhonosplanos.org.br/wp-content/uploads/2014/06/PNE-Vers%C3%A3o-para-San%C3%A7%C3%A3o-Tramitacao-PL-8035-2010.pdf> Acesso em: Maio, 2017.

DEWEY, John. Experiência e Educação. 3ª ed. Tradução de Anísio Teixeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.

ELALI, Gleice. O ambiente da escola – o ambiente na escola: uma discussão sobre a relação escola–natureza em educação infantil. In: Estudos de Psicologia, 8(2), 2003, p. 309-319.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Tradução de Maria Cristina T. Afonso. Lisboa: Edições 70, 1982.

MACHADO, Tatiana G. Ambiente escolar infantil. Dissertação (Mestrado). FAUUSP. São Paulo, 2008.

PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

OLIVEIRA, Martha K. de. Vigotsky: Aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico. São Paulo: Ed. Scipione, 1995.

SANTOS, Elza C. Dimensão lúdica e arquitetura: o exemplo de uma escola de educação infantil em Uberlândia. Tese (Doutorado). FAUUSP. São Paulo, 2011.

ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. 4ª ed. Tradução de Maria Isabel Gaspar, Gaetan Martins de Oliveira. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

[1] Segundo Lynch (1960, p. 20), a imaginabilidade corresponde “àquela qualidade de um objeto físico que lhe dá uma grande probabilidade de evocar uma imagem forte num dado observador”. Neste artigo, a imaginabilidade está associada à inserção do lúdico nos ambientes.

[2] Instrumento utilizado no projeto e na Avaliação Pós-Ocupação (APO) da edificação, criado por Kevin Lynch. Constitui-se de percursos, fotografias, desenhos e informações obtidas no local, abrangendo todos os aspectos físicos para analisar, por meio da percepção, a qualidade do ambiente.

[3] 4.6) manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos(as) alunos(as) com deficiência por meio da adequação arquitetônica (BRASIL, 2014, p. 20).

[4] Entretanto, é preciso também levar em consideração a questão da escala do ambiente em relação à criança. Ambientes com pés-direitos muito altos podem passar a sensação de insegurança (BLOWER, 2008).

[5] Blower (Ibid., p. 60) alerta também que sejam pensadas aberturas “ao nível da criança”, reforçando a questão da escala.

[6] MAZZILLI, Clice de T. S. Arquitetura lúdica. 387 f. Tese de doutorado. São Paulo: FAUUSP, 2003.

[7] “Escola Primária Santa Maria da Cruz / Baldasso Cortese Architects”. 06/10/2015.
ArchDaily Brasil. (Trad. Sbeghen Ghisleni, Camila). Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/774664/escola-primaria-santa-maria-da-cruz-baldasso-cortese-architects>. Acesso em: 13/05/2017.

[8] Segundo Santos (2011, p. 113), apropriação é “o processo de ordenação das coisas no espaço. […] se relaciona com o fenômeno da identidade e com o fenômeno da ambiência […] [e] revela o modo de experimentar o ambiente”.

[9] “Centro Educativo ‘Montecarlo Guillermo Gaviria Correa’/EDU – Empresa de Desenvolvimento Urbano de Medellín”. 07/08/2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Brant, Julia). Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/792755/centro-educativo-montecarlo-guillermo-gaviria-correa-edu-empresa-de-desenvolvimento-urbano-de-medellin>. Acesso em: 13/05/2017.

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