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Comércio global como agente de crescimento da economia mundial

RC: 125385
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/comercio-global

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ANTUNES, Juliana Borges Martins [1]

ANTUNES, Juliana Borges Martins. Comércio global como agente de crescimento da economia mundial. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 08, Vol. 05, pp. 47-53. Agosto de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/comercio-global, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/comercio-global

RESUMO

Este estudo cita as principais teorias que sustentam e fundamentam o comércio global, acrescido pelo processo de integração econômica e a sua importância para o comércio global, bem como o desenvolvimento econômico internacional a partir do comércio global e os desafios enfrentados e oportunidades dos principais mercados interligados. A partir dessas teorias e da necessidade constante de as empresas permanecerem sustentáveis num mercado cada vez mais globalizado e, consequentemente, competitivo, este estudo busca responder a seguinte situação problema: como ocorre o crescimento econômico mundial a partir do comércio global? Sendo o objetivo norteador, analisar teoricamente o crescimento global como agente de crescimento mundial. Para responder esse objetivo, apresenta-se uma breve abordagem das principais teorias que confirmam e embasam o comércio global e discorre sobre a integração, desenvolvimento, desafios e oportunidades do comércio global. Sendo assim, esta pesquisa foi desenvolvida baseada em estudo bibliográfico, com a coleta de material bibliográfico sobre o assunto em e-books, artigos científicos e website conforme o tema em questão. Constatou-se que a integração na economia mundial é um influente meio para a ascensão do crescimento econômico, concebendo o desenvolvimento e consequentemente reduzindo a pobreza de uma nação. Em um processo de crescimento, além dos fatores tecnológicos existem outras dificuldades e se pode afirmar que a falta de investimento em capital humano, o respeito e cuidado ao meio-ambiente são um complexo desafio.  Assim, os desfechos permitem concluir que o crescimento do comércio global é por sua vez, o resultado tanto de desenvolvimentos tecnológicos quanto de esforços conjuntos em busca de uma melhor qualidade de vida para um grupo-alvo, uma economia, uma nação.

Palavras-chave: comércio global, integração, competitividade, crescimento, tecnologia.

1. INTRODUÇÃO

As últimas décadas testemunharam o crescimento rápido do comércio mundial. A visto disso, a especialização dos países é promovida pelo comércio internacional, pois os países conseguem avançar, em primeiro lugar, aproveitando os seus recursos, concentrando os seus esforços no que podem produzir de melhor. Então, tendo satisfeito o mercado local para esses produtos, eles os vendem para outros países, trocando-os por produtos que outros países trabalham melhor, com maior eficiência.

Para os autores Segovia, Espinosa e Flores (2019, p. 51), “o comércio internacional é baseado em diferentes teorias, que de diferentes concepções, eles tentam explicar o funcionamento das economias e com eles os movimentos comerciais de mercadorias”.

Para o entendimento da relevância do comércio global para a economia mundial, faz-se necessário uma breve abordagem das principais teorias que confirmam e embasam o comércio global.

As teorias clássicas sobre o comércio internacional, tiveram início no final do século XVIII, em reação ao mercantilismo. Existem vários autores e literatura no que se refere ao comércio internacional, sendo que as principais teorias clássicas consideradas neste estudo são propostas por Smith e Ricardo. Conforme Cruz (2018), algumas teorias importantes:

  • Mercantilista: quanto maior o nível de exportações, maior o poder e a riqueza de uma nação (acúmulo de metais: ouro e prata, moeda da época);
  • Vantagem absoluta: proposta por Adam Smith (final do século XVIII), contra a alta tributação e restrições estaduais. O conceito defende uma produção com maior eficiência e qualidade;
  • Vantagem comparativa: de David Ricardo (em 1817), como uma opção à teoria absoluta, ele considerou os custos relativos e não absolutos, afirmando que se uma economia não apresentar vantagem absoluta na produção de algum bem, deveria também comercializar os produtos para as economias com maior vantagem comparativa;
  • Proporção de fator: proposta por Heckscher e Ohlin (início dos anos 1900), evidencia que cada nação será produtivamente mais eficiente nos produtos, que tenha matéria-prima abundante. Defendendo assim, que uma economia deve exportar esses produtos e importar aqueles que utilizam fatores produtivos escassos no país;
  • Ciclo de vida do produto: Raymond Vernon, em 1966, considera que as particularidades de exportação e importação de determinado produto podem variar durante a etapa de comercialização.

Já no final do século XX, surgiram muitos economistas renomados que propuseram novo pensamento sobre o comércio internacional.

A partir dessas teorias e da necessidade constante de as empresas permanecerem sustentáveis num mercado cada vez mais globalizado e, consequentemente, competitivo, este estudo busca responder a seguinte situação problema: Como ocorre o crescimento econômico mundial a partir do comércio global?

Sendo o objetivo norteador, analisar teoricamente o crescimento global como agente de crescimento mundial. Para responder esse objetivo, este estudo apresenta uma breve abordagem das principais teorias que confirmam e embasam o comércio global e discorre sobre a integração, desenvolvimento, desafios e oportunidades do comércio global. Sendo assim, esta pesquisa foi desenvolvida baseada em pesquisa bibliográfica, com a coleta de material bibliográfico sobre o assunto em e-books, artigos científicos e website conforme o tema em questão.

Este artigo se encontra estruturado nas seguintes etapas: a primeira, composta por essa introdução que apresentou questões teóricas que sustentam e fundamentam o comércio global; a segunda aborda o desenvolvimento que traz as explanações do processo de integração, sua ascensão, bem como os desafios durante este processo. Somado às oportunidades de um comércio global para a economia mundial. E a terceira parte, exibe as conclusões do estudo apresentando os pontos significativos escorados em leituras realizadas durante a investigação.

2. INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, DESAFIOS E OPORTUNIDADES DO COMÉRCIO GLOBAL

Na maioria dos países há trocas de todos os tipos de mercadorias, já que a atuação das relações internacionais no desenvolvimento, política, comercial e cultural mundial é fundamental hoje para a concretização do desenvolvimento integral das nações.

O comércio internacional para o comércio global foi um dos acontecimentos mais importantes no ambiente econômico nas últimas décadas. O comércio internacional começou com o tráfico de espécies, ouro, prata e pedras preciosas, pois havia transportes e mercadores, contudo, foi com a revolução industrial que alcançou uma dimensão continental. Com isso, foram transformadas as estruturas e formas de produção de cada país, mudando assim a esfera política, social e cultural das nações.

Após leituras, contata-se que o caminho para um país se sobressair é pela integração econômica e política. É importante destacar que pilares de desenvolvimento sustentável de uma nação se faz necessário neste mundo globalizado, pois uma nação não alcançaria o seu desenvolvimento se não elevasse essas questões para o seu eixo estratégico. Para Neruda e Amado (2014), o cenário atual tem dê-se a direcionar-se para uma economia global sem fronteiras, tornando as economias locais também interdependentes. Com processo acelerado tanto da produção, quanto da circulação, consumo e finanças. Essa vigente ordem é acompanhada por novos acordos comerciais e preferências tarifárias, surgimento de blocos econômicos e áreas de livre comércio.

Buscando melhor compreensão relacionada aos processos de integração, Predebon (2010, p. 8) afirma que “o conceito de integração sempre foi dinâmico e relacionado a um determinado contexto político, econômico e social. A sua complexidade também deriva do fato de que não pode ser visto exclusivamente sob o prisma jurídico ou econômico”.

O termo integração surgiu entre 1939 e 1942, segundo Rogerio (2020), durante a Segunda Guerra Mundial, contudo o conceito de integração econômica pode variar entre dois enfoques diferentes, sendo um clássico e outro um conceito jurídico.

Ainda seguindo o mesmo autor Rogerio (2020, p. 6), “o enfoque clássico, se dá por meio da abolição de entraves em movimentos de mercadorias, pessoas e capitais, já o enfoque jurídico, a harmonização dos sistemas legais internos dos Estados, viabilizando a integração política e econômica”.

Dessa forma, pode-se entender que a integração econômica é a unificação das economias, com o intuito de formar um único mercado, um mercado semelhante. E para isso, se utilizam de instrumentos como medidas tarifárias com intuito de reduzir ou eliminar a cobrança de restrições tarifárias e não tarifárias que dificultam ou impeçam o comércio internacional. Outro mecanismo adotado pelas economias é a troca de mercadorias de um país para outro.

O processo de integração econômica internacional tem grande importância para o comércio global como reitera ICESI (2008), com a redução de custos das empresas, resultando em preços mais baixos e consequentemente, um aumento da demanda do consumidor. Outro tópico que merece evidência nesta pesquisa é o favorecimento da especialização produtiva, em que cada país pode se dedicar a explorar o setor que gerar maiores benefícios. Vale ressaltar também outro ponto de grande importância para o comércio global, em relação à eliminação das barreiras comerciais, de forma que o tamanho do mercado cresce, gerando um aumento do peso econômico dos países.

No sistema econômico global atual, os países trocam não apenas produtos finais, mas também insumos que são considerados intermediários. Isso gera uma rede complexa de interações econômicas que cobre o mundo inteiro.

Assim, a integração das economias nacionais em um sistema econômico global foi um dos desenvolvimentos mais importantes do século passado. Diante disso, esse processo de integração, muitas vezes denominada globalização, materializou-se em um notável crescimento do comércio entre os países. Esse crescimento foi impelido em parte por um aumento ainda mais rápido do comércio internacional, resultado tanto de desenvolvimentos tecnológicos quanto de esforços conjuntos para reduzir as barreiras comerciais.

Dessa forma, pode-se afirmar que uma maior concessão do comércio nessas áreas, especialmente por parte dos países industrializados e em desenvolvimento, ajudaria os mais pobres a escapar da pobreza extrema, enquanto beneficiaria os próprios industrializados.

Para Halik, Neiva e Falcão (2016, p. 68), “o comércio internacional é um importante mecanismo de desenvolvimento, mas incapaz de garantir os resultados positivos se estiver desacompanhado de um conjunto de políticas estatais”.

Sendo assim, desafios como permitir o alcance do desenvolvimento econômico e manter o investimento em capital humano, expandindo a uma melhora na qualidade de vida da população, fazendo com que grandes economias do mundo não sejam listadas como desenvolvidas, é o que corrobora os autores numa visão mais moderna. Conforme Halik, Neiva e Falcão (2016, p. 73):

O país desenvolvido não se contenta com o crescimento da economia, diversos aspectos ligados à melhora da qualidade de vida da população, como por exemplo, a redução da pobreza, o respeito ao meio-ambiente, o acesso à educação de qualidade, o serviço de saúde eficiente, as condições de igualdade racial e de gênero e a garantia de participação política. É por esse motivo que, mesmo estando entre as maiores economias do mundo, os países do BRICS, quais sejam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não podem ser chamados de desenvolvidos (HALIK; NEIVA; FALCÃO, 2016, p. 73).

Num mercado global, o desafio que toda empresa enfrenta, devido à profunda mudança em seu ambiente é se tornar competitiva, adotando novos padrões tecnológicos. Pois, constata-se que com a mudança da digitalização, novas questões e regras estão sendo colocadas nas novas negociações comerciais.

Dessa forma, os fatores tecnológicos por meio de inovações permitem uma boa gestão do canal de distribuição, desde que acompanhado de aspectos condizente com a cultura do mercado alvo. Pois, entende-se que os avanços tecnológicos podem levar a um uso mais eficiente das matérias-primas, maior produtividade e melhor qualidade do produto.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje, o comércio é um elemento primordial da atividade econômica em todos os lugares. E à medida que o mercado se torna cada vez mais saturado e competitivo, as empresas buscam novas oportunidades para alcançar ou manter o sucesso da sua empresa, além de enfrentar os desafios que o mercado apresenta.

Constatou-se nessa pesquisa bibliográfica, que o comércio internacional se atribui à troca de bens e serviços entre diversificados territórios nacionais. O comércio internacional, por meio de importações e exportações, influencia tanto a parcela de alimentos disponíveis, por exemplo, bem como a atividade econômica dos países da região, o emprego e o nível de preços.

Seu desenvolvimento depende das políticas que são tomadas no país, tanto pelos governantes, quanto pela mesma população que, em busca de uma melhora qualidade de vida e desenvolvimento, são caminhos importantes a serem seguidos.

Assim, em resposta a problemática deste artigo que é como ocorre o crescimento econômico mundial a partir do comércio global, conclui-se que a integração na economia mundial é um meio poderoso para os países promoverem o crescimento econômico, o desenvolvimento e a redução da pobreza. E que, o estabelecimento de relações de trocas internacionais permite que as empresas aproveitem e reconheçam as oportunidades existentes no mercado.

REFERÊNCIAS

CRUZ, Rogerio Teixeira da. A formação do pensamento do comércio internacional. Flórida: Must University, 2018.

HALIK, Aline Roberta; NEIVA, Leonardo José Feitosa; FALCÃO, Maurin Almeida. Desenvolvimento: uma análise a partir do comércio internacional e do capital humano. Revista FSA, Teresina, v. 13, n. 1, p. 66 – 82, jan. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2016.13.1.4. Acesso em: 14 mar. 2021.

ICESI – Universidade Icesi Cali. Integracion economica consultorio de comercio exterior. Colômbia: Universidad ICESI, 2008. Disponível em: https://www.icesi.edu.co/blogs/icecomex/2008/10/24/integracion-economica/. Acesso em: 14 mar. 2021.

NERUDA, Pablo; AMADO, Jorge. O processo de integração econômica e a dimensão ambiental. [online], 2014. Disponível em: http://www.olacefs.com/wp-content/uploads/2014/08/VIII_Segundo_Puesto.pdf. Acesso em: 13 mar. 2021.

PREDEBON, Eduardo Angonesi. Internacionalização e integração econômica: o caso de WEG S.A. 2010. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. p. 1 – 115, 2010. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24925/INTERNACIONALIZACAO%20E%20INTEGRACAO%20ECONOMICA%20O%20Caso%20da%20WEG%20S%20A.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 15 mar. 2021.

ROGERIO, Vladimir Nunes. A importância do comércio global para a economia mundial. Jus.com.br. Brasil, 11 jun. 2020. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/83045/a-importancia-do-comercio-global-para-a-economia-mundial. Acesso em: 14 mar. 2021.

SEGOVIA, Fabián Guayasamín; ESPINOSA, Franco Augustín Machado; FLORES, William Guayasamín. Teorías del comercio internacional: líderes mundiales a nivel comercial – 2018. Revista Publicando, Equador, p. 50 – 62, 30 ago. 2019. Disponível em: https://revistapublicando.org/revista/index.php/crv/article/view/2041. Acesso em: 13 mar. 2021.

[1] Mestra em International Business pela Must University Flórida. Graduada em Ciência e Economia pela UNIFAL – Universidade Federal de Alfenas. ORCID: 0000-0002-6714-088X.

Enviado: Agosto, 2022.

Aprovado: Agosto, 2022.

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Juliana Borges Martins Antunes

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