REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO
Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Influência de estímulos externos na síntese de peptídeos x memória celular

RC: 143571
894
5/5 - (10 votos)
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/influencia-de-estimulos

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MELARÉ, Rosália Costa Cavallante [1]

MELARÉ, Rosália Costa Cavallante. Influência de estímulos externos na síntese de peptídeos x memória celular.  Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 04, Vol. 05, pp. 96-101. Abril de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/influencia-de-estimulos, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/influencia-de-estimulos

RESUMO 

O presente trabalho tem por objetivo esclarecer o processo de síntese de proteínas à nível celular e as possíveis influências do meio ambiente, especialmente na possibilidade da criação de uma memória celular que resultaria na manifestação de certos padrões físicos e comportamentais. Com base na reflexão em cima das informações preconizadas pela literatura, este artigo tem como questão norteadora: é possível que a influência dos estímulos externos afete a síntese de peptídeos de maneira a interferir na memória celular? O potencial vibratório de longa duração, provocado por fatores externos captados pelos órgãos sensitivos levam a um stress de tal intensidade que ativaria esse sistema, gerando proteínas não reconhecidas fisiologicamente. Desta forma, acredita-se que o RNA mensageiro formado, possa permanecer por um longo período no meio, dando origem a uma síntese protéica de forma crônica, e que também podem ser transmitidas para descendentes.

Palavras-chaves: Síntese de proteínas, Memória Celular, Estímulos externos. 

INTRODUÇÃO

O sistema nervoso central é um sistema que interliga o sistema nervoso periférico e abrange todos os neurônios e gânglios nervosos que constituem toda a inervação ligada aos órgãos, como medula e encéfalo. Esse tecido recebe informações dos órgãos sensitivos, processam essas informações e elaboram as respostas que fazem com que ações fisiológicas sejam atendidas através de contrações musculares ou ativação de glândulas, proporcionando sensações, como: dor, prazer e até informações cognitivas (MONTANARI, 2016).

A memória, por sua vez, é a capacidade de armazenar informações para uso posterior, como essas informações podem ser convertidas em peptídeos, elas podem ser transmitidas de pais para filhos, ou seja, um filho poderá herdar proteínas que levem a sofrer uma patologia como ansiedade ou depressão, até mesmo ter lembranças de situações vivenciadas pelos seus pais (FOSAR; BLUDORF, 2001).

O mecanismo utilizado para o armazenamento da memória não é bem esclarecido, sendo assim, o potencial de longa duração é a principal forma estudada para esse fim (GUYTON; HALL, 2011).

O termo “stress” foi introduzido em 1936 pelo canadense Hans Selye, o relatando como um fenômeno que designa uma reação sistêmica do organismo e as demandas do meio em que ele vive, captadas pelos órgãos sensitivos (MARGIS et al., 2003). Desde então, muitos estudos têm se dedicado a compreender como as reações químicas produzidas por esse fenômeno acabam por ser incorporadas pelo indivíduo.

No entanto, pouquíssimos estudos apontam a relação do DNA. na forma que o organismo percebe e interpreta essas informações, de forma a manipular e, até mesmo, promover estágios de consciências capazes de conectar-nos dentro de uma rede.

Os cientistas russos Grazyna Fosar e Franz Bludorf, dedicaram-se a investigar esses fenômenos, produzindo bases para muitos outros estudos. Assim, apropriando-se dos estudos de Fosar e Bludorf, especialmente da obra “Vernetzte Intelligenz”, publicada em 2001, e, da obra “Intuitive Logik”, publicada em 2010, busca-se compreender como as ligações por DNA, especialmente através da síntese de peptídeos, pode ser capaz de explicar eventos, os quais anteriormente eram deixando apenas para a discussão no campo ideológico ou religioso (FOSAR; BLUDORF, 2010).

SÍNTESE DE PEPTÍDEOS 

Os peptídeos podem ser conceituados como sendo biomoléculas constituídas de dois ou mais aminoácidos através de ligações peptídicas (amídicas). Atualmente, a literatura aponta 20 diferentes aminoácidos que, em diferentes combinações, podem constituir os peptídeos. Por sua vez, os peptídeos vão desenvolver diversas atividades biológicas, como:  propriedades antimicrobianas, antitrombóticas, opioides, antioxidantes, adesão celular, diferenciação e crescimento, resposta imune, controle da permeabilidade da membrana celular, transporte intracelular e intercelular de produtos genéticos, dentre outras. Suas atividades estão relacionadas a sua respectiva estrutura de formação (PIRES, 2012; LIMA, 2013).

A figura 1 traz um exemplo de ligação peptídica.

Figura 1. Ligação Peptídica

Ligação Peptídica
Fonte: Barreiros e Barreiros (2015).

 Com relação ao seu tamanho, Lima (2013), explica que este pode variar entre duas ou várias dezenas de resíduos de aminoácidos.

Assim, considera-se que o DNA possui as bases nitrogenadas que são a receita para a síntese proteica. É formado por genes e, quando um gene é ativado, uma enzima RNA polimerase se move as bases do DNA para que seja ligada às bases livres. Esse processo se chama transcrição. Nesse momento, o RNA mensageiro é formado (BARREIROS; BARREIROS, 2015).

Assim, o RNA mensageiro pode ser processado e partes dele podem ser cortadas e adicionadas, formando, então, a receita para uma nova proteína. O RNA mensageiro dirige-se para o citoplasma onde os ribossomos darão início a nova proteína a ser fabricada e o processo de síntese se inicia (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2001).  Assim, as informações são transmitidas.

No entanto, a maioria dos estudos inclinam-se a apontar apenas as informações biológicas, desconsiderando as informações comportamentais ou psicológicas. Aspectos estes que foram refutados pelos pesquisadores Flosar e Bludorf (2001; 2010), como veremos na sequência desta investigação.

MEMÓRIA CELULAR X SÍNTESE DE PEPTÍDEOS

Como já aludido anteriormente, este estudo defende que a memória celular é capaz de armazenar muito mais do que apenas informações biológicas. De acordo com Gourdon (2008), diversas áreas da ciência, especialmente ligada à física, começam a demonstrar a existência de indivíduos interligados por uma espécie de frequência cósmica, que se acentuam através de suas ligações pelo DNA.

De acordo com Gourdon (2008), essas descobertas são capazes de explicar fenômenos que até antes só eram evidenciados dentro do campo religioso, porém, sem explicações claras. Além disso, essas ligações explicariam de forma lógica os processos intuitivos.

Segundo Flozar e Burdorf (2001), o papel do DNA na produção de proteínas é apenas 10% dos seus exercícios, pois os outros 90% estariam associados ao desempenho e ao desenvolvimento de certos tipos de frequências, capazes de serem captadas, compartilhadas ou recebidas. Segundo os pesquisadores, as evidências de tais afirmativas podem ser encontradas nos subconjuntos de sistemas do DNA, dentre eles, nos peptídeos.

Os peptídeos, então, seriam os elementos chaves na transmissão de informações através de uma frequência capaz de transferir o que podemos chamar como intuição, ou seja, a capacidade de reconhecer certas informações sem que haja aparentemente uma explicação racional. Este fenômeno foi, por muitos anos, apontado como sendo produto do subconsciente da mente humana, amplamente explorado no campo da subjetividade e espiritualidade. No entanto, agora, pesquisadores como Flozar e Burdorf (2001; 2010) e Gourdon (2008), trazem uma nova perspectiva da logica intuitiva como sendo não apenas uma resposta fisiológica, mas também, capaz de serem transmitidas e, até mesmo, interligadas com as sínteses proteicas.

Embora, no Brasil, as investigações tenham se mostrado escassas, esses estudos trazem novas perspectivas para novas investigações e apontam, dentro de um processo lógico, caminhos a serem explorados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender os fenômenos da intuição ou até mesmo capacidade de reconhecer eventos através de visões que ultrapassam tempo e espaço, por muitos anos, foi um verdadeiro mistério. Diversos pesquisadores atribuíam tais fenômenos como pertencentes ao campo da paranormalidade, espiritualidade ou, ainda, como aspectos subjetivos do subconsciente.

No entanto, os caminhos que começam a ser desdobrados e que são previamente apontados neste ensaio, nos levam a um caminho que pode não só explicar de maneira lógica e fisiológica esses fenômenos, como também propor uma linha de investigação para que todos os seres humanos possam desenvolver tais habilidades, sendo, portanto, uma nova possibilidade de maximizar as potencialidades.

Assim, propõe-se que pesquisas futuras brasileiras possam desdobrar-se neste campo.

REFERÊNCIAS 

BARREIROS, A. L. B. S; BARREIROS, M. L. Peptídeos e proteínas. Aula apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina, 2015.

BORGES-OSÓRIO, Maria Regina; ROBINSON, Wanyce Miriam. Genética humana. 2ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2001. 459 p.

FOSAR, G.; BLUDORF, F. Vernetzte Intelligenz. Alemanha: Ed. Omega Verlag Silberschnur., 2001.

FOSAR, G.; BLUDORF, F. Intuitive Logik. Alemanha: Ed. Michaels Vertrieb, 2010.

GOURDON, C. C. Switching On The Cosmic Connection: are we ready to join an interplanetary community? World Affairs: The Journal of International, ano 12, n. 2, p. 64–83, 2008.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

LIMA, M. M. Síntese de Peptídeo Modificado contendo o grupo 1,2,3-triazol, 1,4-dissubstituído. Dissertação (Mestrado em ciência) – Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2013.

MARGIS, R. et al. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. R. Psiquiatr., vol. 25 (suplemento 1), p. 65-74, 2003.

MONTANARI, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3ª Ed. Porto Alegre: Ed. da autora, 2016. 229 p.

PIRES, D. A. T. Síntese, Purificação e Determinação Estrutural de Peptídeos como Ferramenta Exploratória de Atividades Biologicamente Relevantes. Dissertação (Mestrado em química) – Universidade de Brasília/Instituto de Química. Brasília, 2012.

[1] Farmacêutica Bioquímica , com especialização em Análises Clínicas. ORCID: 0009000582418674.

Enviado: 23 de Fevereiro, 2023.

Aprovado: 03 de Abril, 2023.

5/5 - (10 votos)
Rosália Costa Cavallante Melaré

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita