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Dúvidas? – Vamos entender um pouco mais sobre o universo acadêmico – Perguntas e respostas

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As dúvidas mais recorrentes no contexto acadêmico atual

Olá, tudo bem? Demos início em nosso post anterior a uma série que tem como objetivo sanar as dúvidas mais recorrentes daqueles que se encontram dentro do universo acadêmico ou que pretendem fazer parte e estão procurando ingressar. Assim como em nosso post anterior, hoje iremos sanar mais algumas dessas dúvidas recorrentes e vamos apresentar algumas dicas e estratégias para que você consiga se adaptar de uma forma mais tranquila e leve, sobretudo se este é o seu primeiro contato com o mundo acadêmico e com a pesquisa científica. Embora seja, de fato, um universo bastante amplo e com muitas formas de se pensar e produzir ciência em nosso país, conhecendo a lógica da academia, você conseguirá se dar bem e se destacar nessa sua jornada. Não tenha dúvidas, você e a sua pesquisa são muito importantes para que a pesquisa científica em nosso país continue ser referência no mundo.

Algumas pautas da academia

Pensamos nesse novo formato de discussão porque embora os nossos posts sejam feitos com base nas dúvidas daqueles que nos acompanham, acreditamos que trazer essas dúvidas na íntegra pode fazer com que as estratégias e dicas que passamos possam ser incorporadas de uma forma mais efetiva e tranquila. Caso você não tenha encontrado um post que sane as suas dúvidas, deixe-as em nossos canais oficiais. A nossa missão é tornar este universo o mais claro possível para você. Não tenha medo: a sua dúvida pode ser a de muitas outras pessoas. Feitas essas considerações preliminares, iremos listar mais algumas dúvidas deixadas em nossos canais. A primeira de hoje diz respeito aos critérios de inclusão e exclusão que iremos escolher para que selecionemos os materiais que farão parte do nosso estudo. A primeira coisa que você precisa manter em mente é que precisará fazer a inclusão e exclusão.

Os critérios de inclusão e exclusão em um estado da arte

Em um processo de busca sistematizada, sempre teremos critérios de inclusão e de exclusão. Em geral, espera-se que seja mais de um critério para a inclusão e exclusão, pois assim a busca ficará mais refinada. Eles servem para que você selecione ou não um dado material científico. Dentre os mais comuns temos o ano em que esse artigo foi publicado, o idioma (ou idiomas), texto disponível na íntegra e de forma gratuita, as palavras-chave, dentre outros. Esses critérios de inclusão e exclusão serão definidos a partir do seu problema de pesquisa, dos seus objetivos e da metodologia que deseja empregar. Os critérios de exclusão, por sua vez, são opostos aos materiais que se aproximam desses três aspectos que acabamos de mencionar. Por exemplo, se um dos seus critérios são artigos dos últimos três anos, logo, estão excluídos os artigos que têm mais de três anos de publicação (a partir de quatro).

Entendendo melhor os critérios de exclusão e a comprovação da produção científica

Se você está investigando uma população cujo público são os adolescentes, todos os materiais deverão se concentrar na fase da adolescência. Filtre, também, a faixa etária. Todos os materiais que não falam sobre a adolescência e sobre essa faixa etária específica, estão excluídos. Outra dúvida diz respeito à comprovação de certos tipos de atividades acadêmicas. A dúvida é como um curso ou minicurso ministrado via Youtube pode ser contabilizado em um processo seletivo. Todos os cursos ministrados via Youtube podem ser registrados de forma simples. No Youtube sempre temos um link. Ao registrar o curso de curta duração no Lattes, há um espaço para que você insira esse link e comprove que as aulas foram ministradas e se encontram disponíveis. Isso se torna possível porque a aula estará gravada e disponibilizada na plataforma, logo, qualquer pessoa poderá assisti-la a qualquer momento.

Como posso fazer um texto crítico?

Como posso fazer um texto crítico?

Outra dúvida diz respeito à elaboração de um texto crítico. Para que entendamos como se dá o processo de criação de um texto científico, que é crítico, podemos partir de duas lógicas diferentes. Em primeiro lugar, um texto crítico pode ser escrito quando temos arcabouço teórico o suficiente para tal. Ele é adquirido por meio de leituras, reuniões em grupos de estudos, participação em eventos da área e afins. Contudo, há críticas que são positivas e aquelas que são negativas. O intuito é que o seu texto seja científico, logo, para que tenha credibilidade, é preciso citar fontes e essas precisam ser de qualidade para que o texto não seja refutado no mau sentido. Há um material específico que trabalha muito com críticas. São as resenhas e nem sempre essas críticas são positivas. Na resenha, podemos concordar ou não com aquilo que foi posto pelo autor original, desde que nos embasamos.

Características da resenha crítica

A resenha sempre aponta para uma crítica, porém, para que ela seja feita, você não pode inferir o seu conhecimento pessoal apenas. É preciso partir de vários autores, fazendo com que dialoguem. Eles podem ou não concordarem entre si. O importante é apresentar os pontos de vista sobre a obra que está sendo resenhada. Quando nos referimos a um texto crítico é preciso saber se a dúvida está ou não relacionada a uma teoria crítica. Se a sua dúvida é apenas sobre o desenvolvimento de um texto crítico, o exercício que deve ser feito é o contraponto entre ideias, sejam elas discordantes ou concordantes, pois é esse diálogo que garante que o seu texto é científico e não pautado em achismos e suposições sem qualquer tipo de base teórica. Não se trata, também, de um texto que visa favorecer o seu posicionamento pessoal, pois isso não é ciência.

Como desenvolver o pensamento crítico?

Como desenvolver o pensamento crítico?Se você possui dificuldades para escrever de forma dialogada, contrapondo esses pontos de vista, uma boa forma de desenvolver o pensamento crítico é por meio da escrita de resenhas. Sempre que você ler um novo texto, recomendamos que em seguida você já realize a resenha desta leitura, pois estará recente e, assim, aproveitará melhor o conteúdo lido e que está sendo absorvido. Essa resenha pode ou não ser positiva, e, além disso, você pode ou não concordar com aquilo que foi lido. As duas perspectivas são possíveis, desde que você se baseie em outros textos e autores para concordar ou discordar do conteúdo que está sendo resenhado. Lembre-se: para que você consiga argumentar na pesquisa científica, é preciso partir de autores que já encontraram uma certa autonomia em termos de posicionamento. Você pode ou não concordar sempre, desde que argumente.

Os tipos de revisões

Os tipos de revisõesA próxima dúvida diz respeito à exigência ou não de mencionar no pré-projeto de mestrado se a pesquisa se propõe a realizar uma revisão narrativa, integrativa, sistemática etc. Além disso, este pesquisador mencionou o tipo da pesquisa, que, neste caso, é qualitativa e bibliográfica. Para responder a essa pergunta de forma precisa, é preciso saber de que parte do projeto estamos falando. Se na metodologia o pesquisador estiver propondo uma metodologia específica a ser trabalhada, o tipo da revisão pode ou não ser citado. Tudo irá depender do núcleo de pesquisa ao qual você apresentará este trabalho ao final, nas sessões de qualificação e defesa. No pré-projeto, não é muito comum que qualifiquemos o tipo de revisão com a qual iremos trabalhar. Há tópicos específicos que devem ser preenchidos e todos precisam ser atendidos.

A estrutura do pré-projeto

A estrutura do pré-projetoEm geral, para este projeto inicial, pede-se que ele tenha uma capa (apresenta-se o título relacionado ao tema com o qual irá trabalhar, a linha de pesquisa ao qual o projeto está vinculado e se for um processo seletivo para ingresso neste curso, poderá ter que indicar um ou mais nomes para os seus possíveis orientadores), um contexto (em que introduz-se o tema, o problema de pesquisa, os objetivos e a justificativa), uma revisão (uma revisão teórica normal, apenas para introduzir um pouco da literatura sobre o tema) e a metodologia (as ferramentas, abordagem, natureza da pesquisa e instrumentos). Grande parte dos pré-projetos submetidos ao processo seletivo também requerem que os candidatos apresentem um cronograma de pesquisa. Não necessariamente precisaria tipificar a revisão, a não ser que na metodologia você queira destacar o tipo de revisão que será feita na dissertação/tese.

Tipificando a minha metodologia

Caso você queira deixar bem específica a metodologia com a qual deseja trabalhar, mencionar o tipo exato de estratégia de revisão que é de sua preferência é uma boa estratégia, pois assim o professor verá se tem condições de orientar ou não este trabalho com base em suas escolhas metodológicas. Contudo, na maior parte dos casos, dispensa-se essa discriminação do tipo exato com o qual irá trabalhar. Entretanto, é interessante, caso você já tenha um arcabouço teórico suficiente sobre o tema com o qual irá trabalhar, que você coloque na justifica o processo que foi realizado para chegar a esses autores/materiais que deseja trazer para a discussão de sua dissertação ou tese. Separa-se, então, os autores que você deseja utilizar em sua revisão. Em geral, pede-se uma revisão teórica simples, porém, cada edital funciona de um jeito e requer elementos diferentes.

Devo mencionar os autores com os quais quero trabalhar?

Caso haja um espaço apropriado para tal, você poderá mencionar os autores com os quais pensou em trabalhar e o tipo de metodologia (especialmente de revisão) que deseja empregar para realizar esta discussão. Porém, esta estratégia é recomendada apenas nos casos dos pesquisadores que já possuem um vasto conhecimento sobre o tema, pois, ao contrário, as suas escolhas poderão ser contestadas e poderá ser prejudicado. Se você não possui esse conhecimento, está tudo bem. É melhor ser conciso nas informações do que querer falar sobre tantas coisas sem ter arcabouço o suficiente para tal. Caso o tenha, seja no momento da justificativa, seja na revisão, indique o que você pretende fazer para tecer as suas considerações e contribuições. Mencione os critérios de inclusão e exclusão que foram considerados para chegar aos materiais que farão parte da sua pesquisa.

O pré-projeto pós ingresso no programa e os cursos profissionais

Caso você já esteja matriculado em um programa de pós-graduação, alguns outros cuidados deverão ser tomados, pois esse projeto irá ganhar mais robustez. Todos aqueles que se encontram em um programa de mestrado ou de doutorado possuem um orientador e na maior parte desses programas é preciso apresentar um projeto definitivo. Leia os tópicos com atenção e caso tenha alguma dúvida sobre o processo de elaboração, seja franco e honesto com o seu orientador e exponha as suas dúvidas. Ele está ali para lhe orientar. Outra dúvida que surgiu diz respeito ao ingresso, se uma pessoa com mestrado profissional pode ingressar em um doutorado acadêmico. Sim, é possível. O primeiro passo que indicamos é que você leia o edital do processo seletivo, mande um e-mail para os professores do programa, verifique se há disponibilidade de vagas e se está tudo bem para ele você ter feito mestrado profissional.

Negociando a minha orientação e as publicações científicas.

Negociando a minha orientação e as publicações científicas.A maior parte dos professores não vê problemas em aceitar um aluno que fez um curso de mestrado profissional, pois, afinal, não deixa de ser um mestrado. Apenas indicamos que você procure entender como funciona a lógica acadêmica para que você tenha um processo de adaptação mais tranquilo. Por fim, a última dúvida de nossa conversa de hoje diz respeito à publicação de artigos científicos. A pessoa deseja saber se para que essa publicação possa ser feita é preciso ser licenciado ou bacharel em um curso. Como temos destacado, cada revista possui as suas próprias políticas de publicação. A nossa revista, a Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento não faz distinções quanto ao título.

Uma vez que não há essa distinção, desde um graduando até um livre-docente podem publicar, desde que atendam as nossas políticas de publicação e que o texto atenda a todas as exigências que se encontram disponíveis em nosso próprio site. Acreditamos que o licenciado não só pode como deve publicar. Temos hoje uma carência de produção de licenciados, especialmente aquelas que verdadeiramente contribuem para com o desenvolvimento científico de nosso país. Além disso, pesquisas voltadas à sala de aula, publicadas por licenciados, são poucas. Precisamos de soluções para os variados problemas que afligem o exercício docente. Contudo, tudo irá depender do posicionamento da revista em questão.

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