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Biossegurança aplicada em procedimentos estéticos – Versão 1.0

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Capa do manual de biosegurança aplicada em procedimentos estéticos

 

Este manual foi desenvolvido pelas alunas da primeira turma do curso de Estética e Cosmética do Centro Universitário Toledo Prudente.

AUTORES

Alana Carla Batista Garcia da Silva

Amanda Helena Lopes da Silva

Camila Nunes Ferreira

Caroline Aparecida Falci da Costa

Diovanna de Souza Gomes

Giovana Colombo Viani

Jesualda Franscisca Santos de Alencar

Juliana Flavia Azevedo dos Santos

Karen Cristina Acosta Barreiros

Leticia Lima da Silva

Maria Luiza Ferreira de Vasconcelos

Renata Higashino Moreira

REVISÃO TÉCNICA

REVISÃO DE TEXTO

Prof.ª. Alessandra Madia Mantovani- docente

Profº. Gustavo Francisco Rosalin Saraiva- docente

Profª.Laurinéia da Silva- docente

Profº. Murillo da Silva Paiano- docente

NORMALIZAÇÃO DAS REFERÊNCIAS 

Profª.Laurinéia da Silva- docente

Profº. Murillo da Silva Paiano- docente

INTRODUÇÃO

As ações afins de contribuir contra contágios de doenças nunca foram tão precisas como nos dias de hoje, não é mesmo?

E quando se trata de segurança no ambiente de trabalho em clínicas de estética e de saúde, toda equipe de trabalho precisa planejar o manuseio de equipamentos e todo material que será manipulado durante o atendimento clínico, além de todo cuidado e prevenção para com o profissional e para com o cliente.

As ações descritas neste manual visam à prevenção de contaminação pelo Covid-19 e também de prevenção de acidentes de trabalho comuns em clínicas de estética.

A situação de pandemia definida pela Organização Mundial de Saúde – OMS, declarada no dia 11/03/2020; o cenário de emergência em saúde prevista pelo Ministério da Saúde, no dia 12/03/2020, se fez necessário um reajuste e reforço das práticas de biossegurança dentro de clínicas de estética.

O fechamento das clínicas assim como de muitas outras atividades se fez necessário pois o atendimento estético é promovido através do toque e muita proximidade ao paciente.

Esse manual foi elaborado com o objetivo de informar os profissionais da estética e saúde quanto aos requisitos gerais para a realização de atendimentos com segurança e prevenção, e do reforço quanto a biossegurança na volta dos atendimentos pós Covid-19. A desconsideração do avanço tecnológico, traz ao profissional de estética e saúde uma exposição frequente a riscos biológicos e a produtos químicos. Este Manual tem como objetivo informar o trabalhador quanto às exigências gerais de Biossegurança que visa a importância de uma avaliação precisa e o manuseio correto dos mecanismos de proteção individual e coletiva, a fim de que possam realizar suas atividades clínicas de forma a prevenir, controlar, reduzir/ou banir os fatores de risco inerentes a profissão de esteticista.

Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Estes riscos podem comprometer a saúde do homem e animais, o meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Para este manual, foram adotadas as seguintes definições:

1. RISCOS

É a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma ameaça, quando negativo, ou oportunidade, quando positivo. É o resultado obtido pela efetividade do perigo.

1.2 TIPOS DE RISCOS

GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS

Situações que colocam o trabalhador em situações de vulnerabilidade física: Piso escorregadio, iluminação do ambiente, conforto térmico, radiação solar.

GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS

Risco associado às substâncias químicas que oferecem perigo a vida dos trabalhadores, que podem estar trabalhando direta ou indiretamente com elas.

  • Substâncias inflamáveis: álcool, gasolina, querosene.
  • Substâncias explosivas: pólvora.
  • Substâncias corrosivas: ácidos e bases fortes.
  • Substâncias irritantes: fumaças, fuligem de escapamento de carro, borrachas.

GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS

Agente biológico, é um organismo que traz alguma ameaça (principalmente) à saúde humana, com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Nem sempre está disponível um tratamento eficaz ou medidas de prevenção contra esses agentes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente.

Constituem risco biológico o lixo hospitalar, amostras de microrganismos, vírus ou toxinas de origem biológica que causam impacto na saúde humana. Pode incluir também substâncias danosas a animais. São considerados como riscos biológicos os microrganismos patogênicos como os vírus, as bactérias, os parasitas, os protozoários, fungos e bacilos.

GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS

Risco ergonômico é todo fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplos de risco ergonômicos:

Levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho.

LER/DORT

O termo LER é a abreviatura de Lesões por Esforços Repetitivos e consiste em uma entidade, diagnosticada como doença, na qual movimentos repetitivos, em alta frequência e em posição ergonômica incorreta, podem causar lesões de estruturas do Sistema tendíneo, muscular e ligamentar. É ela descrita em diversos outros países com outras denominações, CTD (Cumulative Trauma Disorders) – Repetitive Strain Injury (RSI) etc. Em 1998 o INSS introduziu o termo DORT – Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho equiparandoo à LER.

A DORT só é caracterizada quando o fator gerador da doença LER tenha sido o trabalho e para tanto é imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para comprovar a existência da tríade – lesão – nexo e incapacidade.

O diagnóstico de DORT só deverá ser firmado quando houver comprovação que o trabalho executado e regido pela CLT, for o causador da lesão.  Dr. Antônio Carlos Novaes Especialista em Reumatologia e Medicina do Trabalho.

GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES

Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico, como por exemplo as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, armazenamento inadequado, etc.

TABELA 1- Classificação dos tipos de riscos em grupo.

Classificação dos tipos de riscos em grupo
Fonte: Autores.

O objetivo desta classificação é universalizar os riscos, de modo que um mesmo grupo e cor seja identificável em qualquer empresa, fábrica ou indústria, facilitando a vida e memória dos funcionários.

1.3 MAPAS DE RISCOS

É uma representação gráfica em planta baixa que contém círculos de vários tamanhos e cores identificando as áreas onde há mais ameaças.

Tais condições acontecem em diversos elementos do processo de trabalho como:

materiais, equipamentos, instalações, suprimentos, espaços físicos, forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, turnos de trabalho, postura de trabalho, treinamento etc.).

1.3.1 ORIGEM DO MAPA DE RISCO

O mapeamento de risco surgiu na Itália no final da década de 60 e no início da década de 70, através do movimento sindical, com origem na Federazione dei Lavoratori Metalmeccanici (FLM) que, na época, desenvolveu um modelo próprio de atuação na investigação e controle das condições de trabalho pelos trabalhadores, o conhecido “Modelo Operário Italiano”. Tal modelo tinha como premissas a formação de grupos homogêneos, a experiência ou subjetividade operária, a validação consensual e a não delegação, possibilitando assim a participação dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho, não delegando tais funções aos técnicos e valorizando a experiência e o conhecimento operário existente.

1.3.2 ORIGEM NO BRASIL

O Mapa de Risco se disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil no início da década de 80. Existem duas versões quanto à sua introdução no Brasil. A primeira, atribui tal feito às áreas sindical e acadêmica, através de David Capistrano, Mário Gaawryzewski, Hélio Baís Martins Filho e do Departamento Intersindical de Estudos em Saúde e Ambiente de Trabalho (Diesat). A outra versão atribui à Fundação Jorge Duplat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) a difusão do mapa de risco no país.

Em 1986 foi lançado no Brasil Ambiente de Trabalho: a luta dos trabalhadores pela saúde, por Ivar Oddone e outros sindicalistas, para técnicos com atuação sindical e acadêmica. Além do Diesat, que adota este instrumento desde 1983 e que nos últimos seis anos o tem utilizado nos cursos de formação de CIPAs (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou de monitores de Cipa, o Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador (INST) da Central Única dos Trabalhadores (CUT) é atualmente “um dos principais signatários do método”.

1.3.3 RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DO MAPA DE RISCO E SUA OBRIGATORIEDADE

A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as empresas do país que tenham Cipa, através da portaria nº 5 de 17/08/92 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho. De acordo com o artigo 1º da referida portaria cabe às CIPAs a construção dos mapas de riscos dos locais de trabalho. Através de seus membros, a Cipa deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores da empresa e poderá contar com a colaboração do Serviço Especializado de Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT) da empresa, caso exista. Os riscos deverão ser representados em planta baixa ou esboço do local de trabalho (croqui) e os tipos de riscos relacionados em tabelas próprias, anexas à referida portaria. Posteriormente os mapas deverão ser afixados em locais visíveis em todas as seções para o conhecimento dos trabalhadores.

Além de informar, o gráfico faz com que a equipe se torne mais cautelosa e mais preparada para lidar com as ocorrências laborais.

Quando pronto, ele serve de indicador do nível dos riscos e pode ser único para toda a empresa ou individualizado por setor. Ele também serve de estímulo para a busca de soluções e utilização de novos métodos de prevenção de acidentes.

Assim como qualquer método de prevenção, o Mapa de Risco tem o objetivo de reduzir o número de acidentes de trabalho e danos à saúde do trabalhador dentro da empresa.

Com a identificação dos riscos, integração e conscientização dos funcionários, o mapa se torna uma importante ferramenta de benefícios para a equipe e para a imagem da instituição.

Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável garante funcionários empenhados e participativos, numa certeza de tranquilidade e produtividade para a empresa.

1.3.4 A VALIDADE DE UM MAPA DE RISCO

O mapa deve ser refeito sempre que houver qualquer alteração no ambiente ou processo de produção, uma vez que pode acarretar novos riscos para o local e para a equipe. Portanto ele não possui uma validade, deve ser sempre renovado de acordo com mudanças.

1.3.5 AVALIAÇÃO QUANTO ÀS LIMITAÇÕES DA PORTARIA

Esta portaria tem sido objeto de muita discussão nas empresas e nos sindicatos patronais, sendo alegadas dificuldades no seu cumprimento por parte dos técnicos e das direções das empresas, no que diz respeito a sua construção, ou seja, quanto à simbologia empregada (uso de círculos de diferentes dimensões e cores) e à definição dos riscos ambientais (onde foram introduzidas duas novas categorias, além das três já existentes).

Talvez a grande falha desta portaria seja a de atribuir somente à Cipa a tarefa de sua execução, cabendo apenas aos trabalhadores o direito de opinarem sobre a sua construção, quando na realidade estes deveriam ser os reais construtores, conforme a ideia original.

2. SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO

Reside nesta tarefa uma das maiores dificuldades dos trabalhadores, que se acentua tanto quanto mais baixa for a escolaridade dos mesmos. Mas a limitação antes de tudo está na própria portaria ministerial que aleatoriamente ou arbitrariamente estabeleceu grupos de riscos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos) sem conceituá-los, apenas exemplificando aspectos que estariam contemplados e deixando a porta aberta através de um genérico “outros”, ao final de cada relação de grupo.

Neste particular, os autores da proposta não seguiram sequer os pais da matéria (os italianos), que categorizaram os riscos em quatro grupos: “O 1º compreende os fatores presentes também no ambiente em que o homem vive fora do trabalho (nos locais de habitação) … luz, temperatura, ventilação e umidade.

O 2º engloba os fatores característicos do ambiente de trabalho: poeiras, gases, vapores e fumaças. O 3º compreende os fatores que exigem trabalho físico, provocam fadiga física e mental. Por fim, o 4º compreende as condições de trabalho que geram estresse e a organização de trabalho”. (São et al., 1993: 2) Não adotando uma conceituação de cada grupo, estabeleceu-se a discórdia e mesmo a dúvida: o que se entende por riscos ergonômicos.

FIGURA 1– Representação gráfica de um mapa de risco.

Representação gráfica de um mapa de risco.
Fonte: Autores, 2020.

FIGURA 2– Legenda padrão para um mapa de risco.

Legenda padrão para um mapa de risco
Fonte: Autores, 2020.

2.1 PREVENÇÃO DE RISCOS

Para prevenção de riscos se faz necessário o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador com o intuito de protegê-lo dos riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.

2.3 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) MAIS COMUNS SÃO:

Proteção auditiva; abafadores de ruídos ou protetores auriculares: É um equipamento de proteção auditiva individual. Utilizado na prevenção da perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) quando a exposição a uma fonte sonora não pode ser controlada ou eliminada.

Proteção respiratória; Máscaras e filtro: Utiliza-se como filtro para evitar a inalação de substâncias tóxicas, fumaças, poeiras e gases, que podem causar danos à saúde.

Proteção visual e facial; Óculos e viseiras: São necessários para proteger quem trabalha em ambientes com risco de impactos, respingos, luminosidade ou radiação. Estes óculos/viseiras são utilizados durante a execução de esmerilhamentos, cortes e outros tipos de trabalho que geram partículas sólidas e fagulhas.

Proteção da cabeça; Capacetes: É obrigatório em muitas áreas profissionais. Destina-se à proteção da cabeça do trabalhador contra impactos causados por quedas de materiais, batidas e, dependendo do modelo, até mesmo contra choques elétricos.

Proteção de mãos e braços; Luvas e mangotes: São responsáveis por proteger as mãos e os dedos durante as atividades, cada uma com sua funcionalidade. Luvas protetoras: Agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, choques elétricos, entre outros.

Manga para proteção do braço e do antebraço contra: Agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, contra agentes térmicos, etc.

Proteção de pernas e pés; sapatos, botas e botinas: Sua principal função é manter os pés do trabalhador protegidos de quaisquer perigos externos, como objetos cortantes, pregos, chão escorregadio, objetos caindo, entre outros. O calçado de segurança é um EPI de uso obrigatório, que deve ser utilizado sempre que o trabalhador estiver em seu local de trabalho.

FIGURA 3 – EPIs mais utilizados pelo profissional esteticista.

EPIs mais utilizados pelo profissional esteticista.
Fonte: www.guiatrabalhista.com.br/

2.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros.

2.3.2 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) MAIS COMUNS SÃO:

Exaustores para gases e vapores: Funcionam para exaurir vapores, gases e fumos, mas serve também, como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente de laboratório, oferecendo assim uma proteção aos usuários e ao ambiente contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo.

  • Placas sinalizadoras:

São instrumentos importantes para garantir a comunicação eficaz e a segurança dos clientes, já que os estabelecimentos de saúde podem oferecer alguns riscos e trazer consequências aos clientes.

  • Piso antiderrapante:

São ideais para dar segurança em diversos ambientes residenciais e comerciais. Com ele os escorregões praticamente desaparecem, garantindo a tranquilidade e reduzindo os acidentes.

  • Sistema de purificação do ar:

A forma mais eficiente de melhorar e manter a qualidade do ar dentro de casa ou no trabalho, é usando aparelhos como purificadores ou esterilizadores de ar. A principal função desses equipamentos é combater alergias, asma, micróbios, eliminar poeiras, fumaças de cigarro e odores.

  • Extintores de incêndio:

É recomendado em caso de fogo em materiais elétricos e líquidos inflamáveis. Além disso, o gás carbônico tem o poder de abafar o fogo, já que ele rapidamente substitui o oxigênio ao redor do fogo, sufocando a chama.

  • Chuveiro de emergência:

É um equipamento projetado para promover uma descontaminação eficiente, por meio de um fluxo controlado de água, com velocidade relativamente alta para o fim ao qual se destina, porém inofensiva ao usuário.

  • Caixa de descarte de perfurocortantes:

Todos os materiais perfurocortantes devem ser descartados no local em que foram gerados, separadamente e de maneira imediata após o seu uso, sempre em algum recipiente específico para esse uso, rígido e resistente a vazamentos e rupturas e ao processo de esterilização.

FIGURA 4 – Chuveiro de emergência e extintores de incêndios.

Chuveiro de emergência e extintores de incêndios

FIGURA 5 – Caixa de descarte de perfurocortantes.

Caixa de descarte de perfurocortantes

3. MEDIDAS PREVENTIVAS: IMUNIZAÇÃO

É imprescindível a imunização dos profissionais da área da estética e saúde, já que estão expostos, cotidianamente, direta e/ou indiretamente, a diversos microrganismos, que podem gerar quadros de infecção, ocasionando, assim, consequências para as instituições, para esses profissionais e para os clientes. Tais doenças como: Sarampo, Influenza, Hepatite B, Tétano.

3.1 CONTROLE DE RISCOS

Os resíduos de serviços de saúde gerados em estabelecimentos estéticos, conforme RDC nº 222/2018, representam uma pequena parcela do total de resíduos gerados pela sociedade, sendo que aproximadamente 50 a 80% deles são resíduos semelhantes aos domésticos.

Segundo Bidone e Povinelli (1999), os resíduos de serviços de saúde são fontes potenciais de disseminação de doenças que podem oferecer perigo para a equipe de trabalhadores dos estabelecimentos de saúde, os pacientes e os envolvidos na sua gestão. Demonstram, inclusive, que o manuseio dos resíduos de saúde oferecem riscos de ferimentos com perfurocortantes, em contato com sangue contaminado e por produtos químicos. Segundo Schneider e Rego (2001), os resíduos de serviços de saúde representam riscos associados ao manuseio, à infecção hospitalar e ao meio ambiente. A incidência de acidentes com perfurocortantes e a possível contaminação com agentes infectantes estão relacionadas com o gerenciamento inadequado dos resíduos de serviços de saúde em todas as etapas, seja intra estabelecimento (segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento), seja nas etapas posteriores de transporte (tratamento e disposição final).

De acordo com a RDC nº 222/2018, a mesma se aplica aos geradores de resíduos de serviços de saúde cujas atividades envolvam quaisquer etapas do gerenciamento dos resíduos da saúde sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. Diante dessa resolução, o CONAMA publicou a Resolução n° 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de serviços de saúde e dá outras providências, nas quais os geradores de resíduos de serviços de saúde em operação ou a serem implantados devem elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de acordo com a legislação 34 vigente, especialmente as normas da Vigilância Sanitária (CONAMA, 2005). Foi apenas com a publicação da Resolução n° 306 da ANVISA e da Resolução n° 358 do CONAMA que se conseguiu estabelecer harmonização entre os órgãos regulatórios a respeito dos resíduos.

Em relação aos resíduos de serviços de saúde no Brasil, a obrigação do gerenciamento está direcionada apenas para hospitais e postos de saúde (CUSSIOL, 2005). No entanto, todos os estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde devem ser sensibilizados sobre a importância do manejo adequado desse tipo de resíduo, considerando que as condições de segurança ambiental e ocupacional são condições imprescindíveis a serem analisadas (BRASIL, 2006). Além disso, devido ao crescimento do número de estabelecimentos do ramo estético, aumenta a geração de resíduos, tornando-se fundamental a regularização desses locais a fim de reduzir os impactos, tanto na saúde pública quanto nos recursos naturais. Em vista disso, justifica-se que a biossegurança e o gerenciamento de resíduos da área estética se faz importante e necessária, a fim de desenvolver os procedimentos estéticos com maior segurança.

3.2 DESCONTAMINAÇÃO

3.2.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A limpeza e desinfecção do nosso local de trabalho é essencial. Não apenas por estética ou conservação do ambiente, mas principalmente para zelar pela saúde dos funcionários e clientes.

Limpeza é a retirada de impurezas como sangue ou secreções com o uso de água, sabão ou detergente. O mais correto é usar uma escova específica para retirar resíduos mais aderidos. A seguir vem o enxágue com bastante água e, por fim, a secagem com papel toalha. A utilização de luvas de borracha grossa é essencial;

  • Desinfecção é a eliminação das formas mais frágeis de micro-organismos dos materiais e ambiente de trabalho (macas, bancadas, cadeiras, paredes, piso e teto). Os seguintes produtos são os mais recomendáveis:
    • Álcool a 70%: Permanece mais tempo em contato com a superfície, concentração ideal e elimina os germes
    • Hipoclorito de sódio a 1%: Se obtém diluindo 10 ml de cloro puro (com registro na ANVISA e rótulo indicando sua origem) em um litro de água limpa.
    • Sabonetes enzimáticos: Esse tipo de sabonete vem em pó, isso porque eles têm uma formulação diferente, as enzimas são compostas orgânicos que servem para estimular uma certa reação química. No entanto esses sabonetes atuam na quebra de moléculas que obstruem poros e causam cravos.
    • Clorexidina: É um antisséptico químico, antifúngico e um bactericida capaz de eliminar tanto bactérias gram-positivas quanto bactérias gram-negativas.
  • Esterilização: Descarte dos resíduos gerados

O lixo gerado pelos hospitais e em outros órgãos de saúde deve ser separado do lixo comum, pois existem diversos produtos químicos que podem ser prejudiciais ao ser humano.

  • Resíduos infectantes ou biológicos: são aqueles que contêm a presença de agentes biológicos, eles são extremamente perigosos e têm alto potencial para causar infecções, como por exemplo: sangue, excreções e membrana.
  • Resíduos químicos: São aqueles que contêm alguma substância química apresentando riscos à saúde ou ao meio ambiente, como por exemplo: efluentes de equipamentos, medicamentos, substâncias utilizadas para revelar raio-X, resíduos saneantes, desinfetantes, reagentes e desincrustastes.
  • Resíduos radioativos: São quaisquer resíduos com carga radioativa, o que também caracteriza um fator de risco, são exemplos: resíduos de radioterapia ou da medicina nuclear.
  • Resíduos perfurocortantes: São objetos, instrumentos ou quaisquer outros materiais que possam furar ou cortar, como por exemplo: lâminas, bisturis, vidro, ampolas, escalpes e agulhas.
  • Resíduos comuns: aqui estão os resíduos que não foram contaminados e não apresentam as características citadas acima, alguns exemplos são: luvas, sobras de alimentos e gesso.

Muitas vezes a falta de informação faz com que esses resíduos sejam descartados de maneira errada, o que pode trazer graves prejuízos tanto a saúde individual ou coletiva quanto ao meio ambiente. Vários materiais são capazes de provocar doenças ao entrar em contato direto ou indireto com o ser humano e também podem causar contaminação a água e o solo sendo assim gerando infecções e outros danos à saúde.

Sempre que for fazer o descarte use acessórios de proteção como luvas, óculos e outros acessórios.

3.2.2 COMO DEVEM SER DESCARTADOS CADA RESÍDUO:

  • Infectantes ou biológicos: devem ser colocados em sacos especiais e autolaváveis, etiquetados com um alerta de risco. Em seguida eles são levados a desinfecção, valas assépticas ou incineração em último caso.
  • Radioativos: devem ser colocados em embalagens protegidas e blindadas, nesse caso elas precisam ficar guardadas até atingirem um nível que permita levá-los ao seu destino final, que costumam ser em depósitos específicos para esse tipo de resíduo.
  • Químicos: devem ser coletados em suas embalagens originais e colocados em recipientes inquebráveis envolvidos em um saco plástico, o seu destino de descarte costuma ser seus próprios fabricantes.
  • Perfurocortantes: devem ser colocados em recipientes rígidos, como caixas de papelão específicas, seu destino é coleta para depósitos especiais, a desinfecção ou incineração.
  • Comuns: estes podem ser reciclados na maioria das vezes, eles precisam ser levados a centros de reciclagem ou a postos de coletas seletivas.

Na área da estética, a biossegurança requer atenção e consciência para ações de prevenção de doenças no ambiente de trabalho, sendo essencial redobrar a atenção para medidas de cuidado e segurança nos locais de trabalho. Os cuidados devem ser iniciados a partir do ambiente de trabalho.

3.2.3 AMBIENTE DE TRABALHO

Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os estabelecimentos

devem possuir área mínima de 10 m², com largura mínima de 2,50 m, para o máximo de 02 cadeiras (5 m² por cadeira). Os compartimentos de atendimento deverão ser separados por divisórias de no mínimo 2 m de altura.

O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto e segurança. Recomenda se que cada estabelecimento de beleza, dependendo do tipo de atividade desenvolvida, determine locais adequados no próprio ambiente de trabalho (nos diversos setores, se possuir). Recepção, área de espera, espaço para atendimento aos clientes, salas específicas de acordo com o tratamento, vestiários e banheiros, com placas de identificação e acessibilidade para todos com maior conforto.

A organização, limpeza, desinfecção e esterilização é essencial tanto para os aparelhos como para os ambientes, sem isso pode causar danos à saúde do profissional e do cliente. Os revestimentos de piso, paredes e teto devem ser lisos e impermeáveis, o ambiente deve ser claro e ventilado, os kits devem ser organizados em quantidade suficiente e proporcional à clientela para possuir melhor acesso, os lavatórios devem ser equipados com dispositivos de parede para sabonete líquido e papel toalha, para que os funcionários lavem as mãos antes e após cada atendimento, pia exclusiva para a limpeza do material de trabalho, também é necessário um tanque exclusivo para a limpeza do material de higienização, como pano de chão, lixeiras com tampa acionada por pedal e revestidas por saco plástico em todos os setores do estabelecimento, utensílios de trabalho, cosméticos, alimentos e produtos de limpeza devem ser armazenados separadamente. Todos os produtos devem ser estocados em prateleiras, armários ou sobre estrados.

Os profissionais que atuam na área de estética devem fazer o uso de equipamentos de proteção individual durante procedimentos de limpeza de pele, aplicação de produtos químicos, massagens e procedimentos similares, pois os mesmos podem entrar em contato com microorganismos patógenos nas mãos, roupas, cabelos e equipamentos, prejudicando assim ambos.

Entre os diversos micro-organismos causadores de doenças, estão: Hepatite A, B e C (transmitidas pelo sangue, secreções, lágrimas e suor), Herpes Labial e Genital (uso de equipamentos em outro cliente contaminado sem devida esterilização e limpeza), Gripes (incluindo a H1N1), Tuberculose (por isso é importante o uso de máscaras do profissional), Micoses (oriundas de equipamentos compartilhados) e a AIDS (em contato com agulhas contaminadas).²

A contaminação pode ocorrer pela via direta ou indireta, a via direta se baseia na transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores. Exemplos: transmissão aérea por bioaerossóis, transmissão por gotículas, contato com a mucosa dos olhos e via cutânea. Via Indireta – transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores. Exemplos: transmissão por meio de mãos, como em perfurocortantes, luvas, roupas, instrumentos, vetores, água, alimentos e superfícies.

4. RISCOS ENVOLVENDO SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Vamos falar sobre os riscos químicos encontrados em uma clínica de estética. Um desses riscos é o armazenamento inadequado de produtos, pois podem ocasionar vazamentos, que em contato com a pele e olhos ou até mesmo com a ingestão, causam danos ao corpo.

4.1 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS

Em ocasião de derramamento ou vazamento de qualquer produto químico no local de trabalho é indispensável que o profissional siga as instruções fornecidas na rotulagem do produto ou nas fichas com informações do fabricante e tome muito cuidado ao segui-las, evitando contato com partes do corpo, para prevenir outros problemas. Ademais, é importante isolar o local e procurar formas de conter o derramamento, podendo utilizar bandejas de contenção, diques, mantas, caneletas pluviais ou outros utensílios capazes de resolver o problema em questão e, em seguida, deve-se tomar providências para que o líquido não vaze mais (pode-se fechar a embalagem ou fazer uso de algum material absorvente que previna o derramamento de substâncias). Após o uso dos materiais, os mesmos devem ser descartados e o ambiente higienizado e ventilado, para que não permaneçam resquícios nocivos da substância derramada.

4.2 ARMAZENAMENTO ADEQUADO

É importante conservar os itens de beleza, higiene pessoal e perfumes em ambientes arejados, secos, na sombra (pois a radiação solar pode acarretar problemas na composição do produto, aumentando o risco de reações indesejáveis), com variação de temperatura de até 30ºC e com embalagem bem fechada, pois o lacre correto evita que a umidade cause danos ao produto e aumente a proliferação de fungos e bactérias, que podem afetar a pele com irritações e até infecções graves.

Caso estes cuidados não sejam tomados com as maquiagens, por exemplo, estes produtos podem perder água, compactar-se ou quebrar, além de perderem a pigmentação original. Além disso, é necessário lembrar que os conservantes contidos em produtos manipulados exigem um armazenamento com condições de temperatura entre 2 e 8ºC. Essas orientações são recomendadas pelo profissional da manipulação.

4.3 INGESTÃO E CONTATO IMPRÓPRIO COM PELE E OLHOS

A inalação, ingestão, absorção imprópria e contato de produtos químicos com pele e olhos podem promover uma diversidade de malefícios para o organismo, como intoxicações, asfixia, queimaduras e podem até levar a morte. Em casos de acidentes como o contato indevido com essas substâncias deve-se imediatamente tomar medidas como retirar as roupas, tomar uma ducha de água, lavar bem os olhos ou a parte do corpo atingida, e em casos mais graves devese procurar ajuda emergencial (ambulância ou bombeiros).

Para ampliar o entendimento relacionado a essas substâncias e seus riscos o profissional deve consultar a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos), que fornece dados como: identificação do produto, medidas de segurança, riscos ao fogo, propriedades físico-químicas, informações ecotoxicológicas e dados gerais. Sobre o hidróxido de sódio (soda cáustica), por exemplo, a ficha mostra os seus efeitos, informa que é corrosivo, que pode vir a provocar queimaduras, e as medidas a serem tomadas em diversos tipos de imprevistos, além de outras informações bem específicas.

5. INSALUBRIDADE NO LOCAL DE TRABALHO

A insalubridade faz parte de uma sociedade atual. É marcada por uma preocupação crescente, em garantir a melhor qualidade de vida a todos os indivíduos. Para tal, muitas vezes é necessária a criação de atividades que podem pôr em risco a segurança e saúde de quem as realiza, e as quais são designadas atividades insalubres. Conceitualmente, a palavra insalubridade tem origem latina significando tudo aquilo que origina doença, ou seja, que não é saudável.

O direito ao adicional de insalubridade é uma obrigação do empregador perante seu colaborador, quando este exerce atividades classificadas como insalubres.

5.1 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Estes dois conceitos são comumente confundidos quando se fala do ambiente e das condições de trabalho, uma vez que as avaliações, a peritagem e as suas consequências práticas são muito semelhantes entre si.

  • Insalubridade: É caracterizada quando durante o período de trabalho é exposto a elementos que podem pôr em risco a sua saúde.
  • Periculosidade: Os termos legais estão estipulados na NR 16 e este é um conceito associado ao perigo mais eminente na área da saúde e segurança no trabalho e relaciona-se com o risco de vida a que o trabalhador é exposto quando executa a sua função.

A principal diferença entre insalubridade e periculosidade recai no impacto do risco, assim como no tempo de exposição. No entanto, os trabalhadores que exercem funções em ambientes de periculosidade estão expostos a riscos em momentos particulares do período de trabalho. Contudo, os perigos a que são sujeitos são de maior dimensão.  No caso das situações de perigo, basta qualquer momento no qual o trabalhador esteja submetido a situações de gravidade, pondo em causa a sua vida, podendo ser apenas um ato pontual, no qual haja risco de invalidez.

5.2 RISCOS PESSOAIS AO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA

O profissional de estética é vulnerável a certas doenças assim como qualquer outro profissional da área da saúde. Ao ter contato com objetos perfurocortantes, sangue e secreções o risco de contrair essas doenças é maior.

AIDS, hepatites B e C e tétano, são doenças transmitidas por objetos perfurocortantes contaminados com sangue ou secreções.

Micose, pediculose e escabiose, são doenças transmitidas pelo material de uso comum que não foi limpado de forma correta (maca, toalha) e também pela falta de luva por exemplo ou qualquer outro EPI (equipamento de proteção individual). Outro risco que o profissional corre também, são as doenças ocupacionais como LER/DORT que é causada pelo esforço repetitivo.

6. MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS EM COSMÉTICA

Primeiramente para a segurança tanto do profissional quanto do cliente são necessários vários tipos de cuidados, desde a compra, a mistura, a conservação, utilização e cuidados até com o descarte de certos produtos. Deve-se observar na compra desses produtos a embalagem, a data de validade, se tem registro junto ao Ministério da Saúde, informações exigidas pela ANVISA e que de certa forma representa uma garantia para o cliente.

Outras recomendações são o local em que devem ser armazenados, devem ser protegidos da luz excessiva e onde não tenha variações muito bruscas de temperatura. Os utensílios devem ser devidamente desinfectados e esterilizados para o manuseio dos produtos por parte do profissional de estética, além do uso de descartáveis durante a aplicação do produto.

Esses são alguns dos cuidados que devemos ter.

6.1 O EXEMPLO DOS ÁCIDOS

São os mais procurados para tratamento dermatológico de manchas, espinhas, rugas e outros. Mesmo proporcionando uma série de benefícios para a pele, é importante usar de maneira correta e só em casos indicados.

Os ácidos são ativos que proporcionam diversos benefícios, como a renovação da pele. A esfoliação tem a função de eliminar as células mortas, que previne o surgimento de cravos e espinhas; a produção de colágeno e elastina, proporciona uma pele mais firme e protege contra o envelhecimento precoce. E também clareia as manchas escuras de melasma solar ou de acne.

As fórmulas manipuladas à base de ácidos, são prescritas por médicos pois depende de cada tipo de pele e qual o problema que tem que ser resolvido, e podem ter uma concentração maior do que os cosméticos prontos. Eles são sem dúvidas mais eficazes e podem ser suficientes, pois, a eficácia de cada ácido depende de um conjunto de fatores, como concentração, se é creme, gel etc., o tipo de pele. Cada paciente deve ser avaliado individualmente. Alguns tipos de ácidos e suas funções cosméticas.

  • Glicólico: Tem a função de renovação celular, estimula a produção de colágeno, atua no fechamento dos poros e revitalização dos poros e revitaliza a pele.
  • Hialurônico: É um componente natural da pele. Ele é aplicado de maneira que hidrate, impedindo a perda de água pela cútis e também é um ativo preenchedor, quando injetado, o que melhora o aspecto das rugas e flacidez facial.
  • Retinóico: É derivado da vitamina A, é um dos componentes mais estudados para tratamento de envelhecimento, seja intrínseco, ou determinado geneticamente. Esse ácido estimula o colágeno da pele e atua como despigmentante da pele.
  • Kójico: Ele vem de diversas espécies de fungos, e age contra a melanina e das ações de bactérias. Conforme o uso, o ativo do ácido promove uma descamação da epiderme e a produção de novas células nas fundas camadas da pele. O ácido kójico se renova e clareia a pele.

6.2 AS MISTURAS ENTRE SUBSTÂNCIAS COMPATÍVEIS

O ácido glicólico pode ser usado junto com o ácido hialurônico, sendo o glicólico como dito acima, tem função de produzir colágeno, facilitando a penetração de outros componentes, e, portanto, como o hialurônico que é aplicado de maneira hidratante e traz firmeza para a pele, juntos, ambos proporcionam uma hidratação e rejuvenescimento de forma sinérgica.

O ácido retinóico é usado para tratar envelhecimento seja do tempo ou genético, e o kójico promove a descamação que ajuda também no combate às rugas, clareando a pele e renovando as células. Eles podem ser usados juntos pois um vai auxiliar o outro na renovação da pele e na diminuição de rugas.

6.3 MISTURA ENTRE SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEIS

Para a realização de alguns procedimentos estéticos, é necessária a utilização e mistura de cosméticos e dermocosméticos, mas isso demanda atenção, pois pode haver uma incompatibilidade química ou física entre eles.

Incompatibilidade entre substâncias químicas é quando alguma mistura pode anular seu efeito, gerar resultados indesejados ou causar riscos de acidentes, incompatibilidade física é quando ocorre alterações no aspecto físico de algum cosmético, como separação de fases, cristalização, entre outras. Seus efeitos podem ser gerados por contato ou através do método de armazenamento.

Os componentes de um cosmético podem ser divididos em ativos aditivos, produtos de correção e veículos, é no equilíbrio e mistura deles que pode haver uma incompatibilidade.

Ativos é uma substância química, natural ou sintética, responsável pela ação de um produto. Aditivo é uma substância complementar que visa maximizar o tempo útil, como conservantes, corantes, pigmentos e essências. Produtos de correção visam ajustar características para obter o resultado esperado, como corretores de pH, emolientes, emulsificantes, entre outros. Veículos são estruturas que podem levar o princípio ativo hidrossolúvel (solúvel em água) ou lipossolúvel (solúvel em gordura) para dentro da epiderme, como ciclodextrinas, fitossomas, lipossomas, entre outros.

A ANVISA determina que todos os produtos devem passar por uma avaliação de estabilidade, comprovando sua qualidade e segurança. A orientação é que os produtos passem testes sob simulações de estresse do dia a dia, buscando encontrar sinais de incompatibilidade, avaliando características organolépticas (aspecto, cor, odor, sabor e tato), características físicasquímicas (valor de pH, viscosidade, densidade, umidade, entre outras) e características microbiológicas (conservantes e contagem microbiana).

Sendo os seguintes testes: estabilidade preliminar, estabilidade acelerada, longa duração, compatibilidade entre formulação e material de acondicionamento, transporte e distribuição. Após aprovação, o produto pode passar a ser utilizado e comercializado.

Exemplos de algumas substâncias de uso cosmético que apresentam incompatibilidade quando misturadas:

  • Ácido salicílico com alfa-hirdroxiácidos.
  • AHA (ácido araquidônico) com vitamina C ou retinol.
  • Álcool esteárico com agentes oxidantes ou hidróxidos metálicos.
  • Álcool etílico: em condições ácidas, soluções etanólicas podem reagir violentamente com agente oxidantes; misturas álcalis podem escurecer devido a quantidade de residuais de aldeídos; substâncias biológicas e gomas podem precipitar; loções hidroalcoólicas acima de 20° pode inativar os lipossomas.
  • Butilenoglicol com reagentes oxidantes.
  • Cera de ésteres cetílicos com ácidos ou bases fortes.
  • Glicerina: insolúvel em todos os tipos de óleo, quando em baixas temperaturas pode cristalizar.
  • Monoestearato de glicerila com substâncias ácidas.
  • Niacinamida com vitamina C.
  • Óleo mineral com agentes oxidantes.
  • Óleos vegetais com agentes oxidantes fortes.
  • Propilenoglicol 400 com alguns corantes.
  • Quaternários de amônio (tensoativos) com íons de ferro e metais pesados.
  • Vitamina C com peptídeos com cobre.

6.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) NA ESTÉTICA E SAÚDE

Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) são todos os dispositivos ou produtos, de uso individual utilizados pelo profissional, com a finalidade de proteção do contato com microrganismos provenientes de pacientes através de sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções, substâncias irritantes e tóxicas, materiais perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento. Os profissionais da estética e saúde precisam de EPI´s para zona corporal, tais como:

  • Luvas cirúrgicas: As luvas são utilizadas como barreira de proteção precavendo contra contaminação das mãos ao manipular materiais contaminados, diminuindo a probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. Portanto as luvas descartáveis devem ser usadas em todos os procedimentos, desde coleta, transporte, manipulação até o descarte das amostras biológicas, pois elas são uma barreira de proteção contra agentes infecciosos. É significativo que as luvas deve ser colocadas com cuidado, com o propósito de não rasgar e que fique bem aderida a pele, evitando acidentes, porém o uso das luvas não substitui a lavagem das mãos, por este motivo deve lavar as mãos corretamente antes e depois do processo a ser realizado.
  • Touca: Como equipamento de proteção da cabeça a touca impede a queda dos cabelos que correspondem a uma importante fonte de infecção, já que podem conter inúmeros microrganismos, na área do procedimento. Ela oferece uma barreira mecânica para a possibilidade de contaminação dos cabelos e evita que os cabelos do profissional tenham contato com microrganismos indesejáveis e, além do mais, é uma forma de segurança e de higiene tanto para o profissional quanto para o cliente, que também deverá utilizá-la. O profissional deve prender os cabelos sem deixar mechas aparentes, de modo que a touca cubra todo o cabelo e orelhas. Ao remover a touca, a mesma deve ser puxada pela parte superior central e descartada no lixo, devendo ser trocada entre os atendimentos sempre que houver necessidade, devido ao suor e às bactérias.
  • Jaleco: o jaleco é um bloqueio de proteção que reveste a roupa do profissional, e reduz a oportunidade da transmissão de microrganismos, da mesma forma que protege a pele do mesmo contra sangue e fluídos corpóreos. Seu uso restringe-se somente ao local de atendimento do cliente pois os jalecos também podem ser abrigo para bactérias ou fungos, e ao serem levados a outros ambientes, podem transferir esses microrganismos ou adquirir mais destes, fazendo com que haja troca excessiva de organismos e apresente risco de contaminação para as pessoas. Ademais, deve haver restrições de limpeza e temperatura quanto ao ambiente onde o jaleco é guardado.
  • Avental descartável: diante do cenário atual de contaminação com o COVID-19, se faz necessário reduzir ainda mais os níveis de contaminação/infecção, e o avental descartável é um produto indicado para uso em ambiente clínico e laboratorial, usados sobre o jaleco, a fim de proteger o corpo do paciente e do profissional da saúde.
  • Máscaras: a máscara simboliza uma importante forma de proteção das mucosas da boca e do nariz, contra a ingestão ou inalação de microrganismos. Inclusive é essencial para a medida de proteção das vias superiores contra os microrganismos passíveis de transmissão durante a fala, tosse ou espirro. Necessitam sempre ser utilizadas no atendimento de todos os clientes e são obrigatoriamente descartáveis. Diante da possível contaminação do vírus da Covid-19, ressalta-se a importância da utilização de 2 máscaras a fim de reforçar a proteção do profissional. Outra medida que pode potencializar a proteção contra o Covid-19 e outras patologias, principalmente respiratórias e o uso de máscaras do tipo face-shield, que protegem o profissional do contato com as gotículas infectadas pelos vírus exaladas por terceiros.
  • Protetor ocular: os óculos de proteção assim como as máscaras, formam uma barreira com o intuito de prevenir o contato com microorganismos e substâncias químicas na via ocular. Existem especificações de lentes para os óculos de proteção e dentre estas, são indicadas as lentes incolores para os profissionais esteticistas, por serem de uso ideal para ambientes claros sem deficiência de luminosidade intensa. O protetor ocular auxilia na proteção do profissional do contato com as excreções provenientes da extração de comedões.
  • Proteção de pés e pernas: para os pés, os calçados permitidos na clínica estética devem ser fechados e com solas antiderrapantes para evitar quedas, tais como: botas, tênis, sapatos ou os famosos babuches. E os propés usados em ambientes clínicos, composto por propileno sete que servem como barreira entre os sapatos e o chão do ambiente, evitando proliferação de agentes contaminados de fora do ambiente de trabalho trazidos pelos sapatos. Para a proteção das pernas, faz-se necessária a utilização de calças, preferencialmente brancas, conforme padrão.

6.5 PARAMENTAÇÃO

A paramentação é necessária para realizar um procedimento estético. Lembrando que os equipamentos de paramentação quando possível devem ser descartáveis e caso os mesmos não sejam eles devem estar todos esterilizados de maneira correta.  

  • Blusas: é necessário usar blusas de manga longa ou curta, que seja com o tecido resistente, de preferência na cor branca.
  • Sapatos fechados e Calças compridas : são permitidos usar os sapatos fechados, botas ou tênis , e que tenha sola antiderrapante, as calças devem ser cumpridas em tecido resistente, no intuito de evitar secreções orgânicas ou materiais de trabalho que sejam lançados sobre os pés dos profissionais, é um procedimentos de segurança adotados com intuito de evitando acidentes e às transmissão de doenças.
  • Jóias e bijuterias: não é permitido o uso de anéis, pulseiras e relógios, durante o atendimento. Só é permitido o uso de brincos que sejam em um tamanho pequeno e discreto.

É de extrema importância o uso do jaleco, ele serve para proteger nossas roupas durante o trabalho e também evitar trazer microorganismos provenientes da rua para dentro da cabine ou consultório. Por isso é importante usá-lo apenas dentro do espaço de trabalho e quando sair, trocar de roupa ou tirá-lo.

As vestimentas sempre devem estar limpas e passadas. Além disso, são preferíveis roupas discretas, sem decotes e confortáveis. Os sapatos também devem ser confortáveis e de preferência, com solado emborrachado, para evitar ruídos enquanto o cliente está em um procedimento. Ademais, os equipamentos de proteção individual (EPI´s) no geral e citados acima, são imprescindíveis.

Para o atendimento clínico, algumas medidas de prevenção também devem ser adotadas pelo profissional de estética e saúde para que não ocorram contaminações derivadas de uma higienização incorreta.

  • Antissepsia das mãos: o procedimento de lavagem das mãos é uma técnica simples e que, desde que bem realizada e na frequência correta, minimiza e muito os riscos de contaminação direta e cruzada. Pelo menos antes e após cada atendimento deve ser realizada cuidadosamente.
  • Antissepsia da pele do cliente de forma criteriosa: a antissepsia cuidadosa da pele dos clientes antes de qualquer procedimento parece ser algo óbvio também, no entanto, muito profissionais não investem tempo nesta etapa preparando-a para receber modernos e tecnológicos recursos para tratamentos estéticos, além de que, com esta etapa bem feita removemos a flora transitória da pele (mais patogênica) evitando possíveis contaminações.
  • Assepsia de equipamentos, eletrodos e acessórios: todos os materiais e acessórios, bem como todo espaço de atendimento, devem seguir uma rotina de procedimentos de limpeza a cada uso. A forma de limpeza e desinfecção deve ser realizada de acordo com o fabricante para evitar danos e prolongar a vida útil dos materiais.
  • Uso de agulhas: o uso de agulhas descartáveis para extração de millium, por exemplo, requer cuidados especiais no manejo, visto que precisa ser apoiada em uma bandeja de inox ou lugar onde não haja o risco de perfuração, tampouco pode ser revestida novamente após seu uso. Ela sempre deve ser descartada em caixa específica para este fim e recolhida junto com lixo infectante.
  • Gerenciamento de resíduos: lixo comum e lixo Infectante (Infectante e Perfurocortante): tão importante quanto a separação dos lixos comuns dos infectantes dentro de um espaço de estética, é o armazenamento e a coleta feita de forma correta pelos profissionais. É necessário o contato com uma empresa que faça a coleta de resíduos hospitalares em sua cidade, peça todas as informações para se inscrever e receber a coleta periodicamente.
  • Retirada de produtos das embalagens: após separar a quantidade de produto para serem utilizadas durante um procedimento, as sobras (se houver) nunca devem voltar para a embalagem original. Portanto deve-se separar somente a quantidade ideal para o procedimento.

7. PRODUTOS UTILIZADOS NA ESTÉTICA

Loções tônicas, cosméticos higienizadores, cremes faciais, cremes corporais, cremes redutores de medida, máscaras, esfoliantes, óleos, entre outros.

7.1 FORMA CORRETA DE ARMAZENAR OS COSMÉTICOS

Armazenar os cosméticos corretamente garante a qualidade e segurança do produto, além de preservar seus princípios ativos e evitar contaminações de fungos e bactérias.

Nosso ambiente pode estar cheio desses microorganismos que podem alterar a fórmula do produto modificando cor, textura, cheiro, podendo causar reações na pele. Para que não tenha problemas, o produto deve ser armazenado em local limpo, arejado, que não sofra variações bruscas de temperatura, sem exposição ao sol.

O cosmético deve ser manuseado sempre com materiais desinfetados e esterilizados, a assepsia das mãos deve ser realizada antes do manuseio. Retirar a quantidade necessária para o atendimento e logo em seguida fechar a embalagem do produto. Essa ação evita a contaminação do produto por microorganismos presentes no ambiente.

Não utilizar produtos cosméticos vencidos, pois a utilização do produto após seu prazo de validade pode ser um risco tanto para o profissional, quanto para o cliente, uma vez vencido o produto pode oxidar e ter alterações em seu pH, podendo desencadear reações alérgicas, eritemas, descamação, dermatites, obstrução de óstios, entre outras lesões.

Para evitar a utilização de cosméticos vencidos, é necessário fazer uma limpeza verificação mensal dos produtos cosméticos, verificando as datas de validade, e fazer o descarte correto do produto não apto para uso, para se evitar possíveis reações indesejadas, como por exemplo:

  • Reações Irritativas: São dermatites provocadas por agressões físicas ou químicas, os principais agentes químicos irritantes são ácidos e bases fortes, álcoois, fósforo, xampus, sabonetes e cremes depilatórios. As reações irritantes podem ser imediatas ou acumulativas, a imediata observa-se logo ao aplicar o produto na pele como no caso dos cremes depilatórios. A cumulativa percebe-se irritação na pele depois de exposição consecutiva ao produto como os antiacneicos. Os principais sinais da irritação são vermelhidão, calor, dor e inchaço.
  • Reações Alérgicas: conhecida como dermatite alérgica de contato, a reação pode ser imediata (de contato, urticária) ou tardia (hipersensibilidade). A urticária de contato é uma resposta inespecífica a uma substância química aplicada topicamente, os principais sintomas são coceira e queimação.
  • Hipersensibilidade: tem duas características importantes. Nas respostas a cosméticos a hipersensibilidade tardia que é manifestada pela dermatite alérgica de contato, podem ocorrer erupções eritematosas e púrpuras. E a hipersensibilidade anafilática ou reação alérgica imediata, observa-se sinais minutos após a exposição ao antígeno. É caracterizada por reação inflamatória aguda, podendo ocorrer urticária, edema angioneurótico, edema de laringe e choque anafilático.

7.2 EQUIPAMENTOS

O profissional de estética tem contato diário com pessoas, substâncias químicas, matérias infláveis e aparelhos elétricos. Portanto faz-se necessário o cuidado para com a seguridade coletiva dos profissionais e dos pacientes que podem frequentar o ambiente da clínica estética, o qual se dá pelo cumprimento das normas relacionadas aos equipamentos requeridos, tais como:

  • Exaustor: Esse equipamento é de extrema importância por conta da diversidade de produtos químicos encontrados numa clínica de estética, onde os mesmos são usados para alisamentos capilares, colorações e tratamentos. Ele é responsável pela troca de ar no ambiente, para que não haja casos de contaminação ou reações alérgicas nos olhos, pele ou no trato respiratório de qualquer pessoa que circule por aquele local.
  • Kit de primeiros-socorros: Em qualquer espaço existe a possibilidade da ocorrência de acidentes, ainda que haja medidas de proteção e seguridade. Desta forma, o kit de primeirossocorros torna-se necessário para que, caso ocorra algum incidente, possa ser realizado algum tipo de pré atendimento até que a vítima seja encaminhada para um setor médico ou hospitalar.
  • Extintor de Incêndio: No ambiente clínico os mesmos produtos químicos que podem causar reações alérgicas e demais produtos como aparelhos elétricos, tomadas e outros, podem também causar incêndios. À vista disto, é de extrema importância que haja algum tipo de extintor de fácil acesso no local.
  • Estufa/autoclave: É necessário que os utensílios (como: alicates, cortadores de unha, tesouras, escovas e pentes de cabelo, entre outros) sejam muito bem esterilizados para que todos os microrganismos, que poderiam apresentar alguma ameaça à saúde do profissional ou do cliente, sejam removidos daqueles materiais. Em virtude disso, é explícita a necessidade de haver uma estufa autoclave disponível para uso no mesmo estabelecimento.
  • Torneiras com acionamento por pedal: Durante um atendimento estético são utilizados inúmeros produtos passíveis de transferência a outras superfícies, bem como cremes, máscaras, misturas, entre outros. Além disso, o contato com o cliente durante um procedimento pode ocasionar o encostamento das luvas da esteticista em secreções que podem ou não ser transmissoras de antígenos patogênicos. Em virtude destes fatos e possibilidades, pode-se concluir que há a necessidade de que a profissional faça uso de torneiras automáticas, ou com acionamento por pedal, para que as propriedades contidas na luva da esteticista não sejam passadas para outras superfícies e ao invés disso, sejam descartadas imediatamente.
  • Utensílios descartáveis: Muitos utensílios são compostos por materiais esterilizáveis, os quais possibilitam o reuso da ferramenta. Por outro lado, muitos materiais que, mesmo sendo ainda utilizados mais de uma vez por descuido de profissionais, não são de composição útil para reuso, logo, devem ser descartados após sua utilização. São utensílios estéticos descartáveis: pincéis de maquiagem, abaixador de língua, agulhas utilizadas na limpeza de pele, roller de microagulhamento, agulhas de eletrolifiting, entre outros.
  • Lixeiras: Os resíduos devem estar separados em resíduos sólidos, semissólidos e líquidos que apresentam periculosidade efetiva e potencial à saúde humana e requerem cuidados especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento e tratamento. Os sacos de acondicionamento devem ser colocados em lixeiras com tampa sem contato manual. A identificação deverá ser realizada especificando o tipo de resíduos de forma clara e visível nos sacos de lixo conforme o que se pede na norma NBR 7500, ABNT, 2000. Resíduos biológicos, grupo A, são os detritos que têm contato direto com micro-organismos ou materiais biológicos, e devem ser depositados num saco plástico branco leitoso. Nos resíduos químicos, grupo B, estão as matérias químicas que podem apresentar risco à saúde pública

ou ao meio ambiente. Esse tipo de resíduo deve ser depositado em recipientes rígidos e com tampa fechada. Os detritos recicláveis, grupo D, possuem as mesmas características do lixo doméstico e podem ser acondicionados em sacos comuns de qualquer coloração. Resíduos perfurocortantes pertencem ao grupo E e correspondem às lâminas de bisturi, pinças, cortadores de unha, espátulas, navalhas, tesouras e objetos quebrados que apresentam perigo de corte. Para o descarte de resíduos do grupo E é necessário colocá-los em recipientes resistentes, sem o perigo de ruptura e deverá conter identificação na tampa de acordo com a norma NBR 13853, ABNT, 1997. O transporte destes resíduos tem de ser realizado longe da aglomeração de pessoas. Os recipientes utilizados no transporte carecem de ser compostos de material rígido, lavável, impermeável, com tampa articulada ao próprio equipamento, extremidades arredondadas, sendo identificados com o símbolo que corresponde ao resíduo transportado. Os resíduos comuns poderão ser descartados em aterros sanitários, já os resíduos hospitalares devem passar por tratamento como esterilização, incineração, irradiação, antes de serem depositados em aterros, segundo a NBR 12810, ABNT, 1993.

  • Equipamentos eletrotermofoterápicos: com os avanços tecnológicos existem vários equipamentos para obtenção de benefícios estéticos e para a saúde. Os aparelhos estéticos em sua maioria, induzem a reações bioquímicas e fisiológicas a nível celular, reações essas que podem ser propagadas por meio de correntes elétricas, com o uso de eletroterapias. Com diferentes intensidades de correntes elétricas, os aparelhos de eletroterapia são utilizados nas clínicas de estética e em outras áreas da saúde, para terapias faciais, capilares e corporais. A eletroterapia utilizada para fins estéticos, consiste no uso de aparelhos que utilizam estímulos elétricos de baixa intensidade para melhorar diversas funções do corpo, como a circulação, o metabolismo, a nutrição e a oxigenação da pele, auxiliando na produção de colágeno e elastina. Quanto a proteção e prevenção de riscos aos de profissionais e pacientes, é crucial as clínicas de estética investirem em bons equipamentos que tenham certificados pela ANVISA e INMETRO.  
  • Aparelho aquecedor de gel: é um aparelho utilizado para aquecer o gel neutro, muito utilizado em procedimentos estéticos, deixando-o com uma temperatura agradável proporcionando mais conforto para a paciente durante o tratamento estético.

Para evitar acidentes evite:

  • Utilizar o aparelho em locais com umidade e/ou molhados;
  • Verificar sempre se o cabo de alimentação não está danificado, e se caso estiver, fazer a troca do mesmo rapidamente em um agente autorizado, ou pessoa qualificada.
  • A utilização do aparelho deve ser sempre supervisionada por profissional capacitado ao seu uso.
  • Manta Térmica: é um aparelho essencial para os tratamentos estéticos e para tratamentos de reabilitação. Tem ação termoterápica, que utiliza o calor sob a forma de raios infravermelhos, que promovem um aumento da circulação sanguínea e a perfusão de cosméticos, potencializando a ação dos mesmos e os resultados dos tratamentos.

Cuidados necessários:

  • Limpe a manta somente quando estiver desligada da tomada e em temperatura ambiente;
  • Utilize álcool diluído em 70% de água ou sabão neutro;
  • Use um pano levemente úmido (não coloque a manta na água);
  • Sempre faça a higienização após o uso
  • NÃO utilizar a manta térmica nas situações abaixo:
  1. Associada a receitas caseiras feitas com frutas cítricas como limão, laranja, morango, kiwi ou abacaxi;
  2. Associada a qualquer produto químico sem orientação de um profissional de sua confiança;
  3. Quando apresentar furos, rasgos ou desgaste; excessivo do tecido de cobertura do equipamento;
  4. Nunca utilizar a manta dobrada (sobreposta) ou enrolada (tipo rocambole) sobre o utilizador;
  5. Nunca use lençol de TNT ou qualquer produto que possa queimar a manta e a maca;
  • Não deixe o equipamento ligado por mais de 40 minutos seguidos. Isso causa acúmulo de energia térmica e pode elevar a temperatura da manta, apresentando sérios riscos ao utilizador;
  • Nunca permita que o utilizador adormeça sobre a manta, pois pode ocorrer riscos de queimaduras;
  • Utilizar somente tecido de algodão e lençóis de alumínio.
    • Aparelho de radiofrequência: é um equipamento para tratamento médico, estético e cosmético, que gera energia de radiofrequência não ablativa (alta frequência em média de 27,12 MHz, ou conforme cada especificação do fabricante, diferenciando conforme marcas e modelos) sob a forma de radiação eletromagnética intencional para fins terapêuticos. O equipamento deve ser usado somente sob prescrição e supervisão de um profissional licenciado. O manuseio dos acessórios do aparelho de radiofrequência deve ser feito com cuidado. A manipulação inadequada dos acessórios pode afetar suas características técnicas, vindo a trazer a probabilidade de riscos, com danos físicos ao paciente, como a possibilidade de provocar queimaduras na pele. O profissional esteta deve tomar alguns cuidados antes mesmo do tratamento, sendo necessário conhecer os procedimentos operacionais para os tratamentos disponíveis, bem como, as indicações, contraindicações, advertências e precauções do aparelho. Essa ação se faz necessária pois uma boa parte de terapias com tecnologias estéticas, são contraindicadas a muitas patologias humanas. Portanto, antes de cada uso, verifique o estado de isolamento das ponteiras dos aplicadores, do cabo de conexão do aplicador e do cabo de alimentação. Também certifique-se que os cabos tenham sido posicionados corretamente. Desligue o plug da tomada antes de limpar ou desinfetar a unidade, para evitar o choque elétrico. Siga as orientações do fabricante quanto ao manuseio dos eletrodos e ponteiras. Queimaduras internas podem ocorrer com a aplicação incorreta da radiofrequência, devido à intensidade ou tempo de exposição excessivo. Como a radiofrequência eleva a temperatura local, o profissional de estética e saúde deve observar constantemente se a temperatura do local em tratamento não ultrapassa os 41ºC. Deve- se também manter o equipamento sempre em movimentos circulares, para que assim seja evitado o sobreaquecimento de uma determinada região, diminuindo o risco de queimadura. Execute reparos no seu equipamento somente em locais autorizados. Mantenha todas as pessoas desnecessárias fora do local de tratamento. Nenhuma outra pessoa deve estar localizada a um raio de 3 metros da unidade (vide manual-contraindicações). Os efeitos de campos de alta frequência sobre embriões e fetos em desenvolvimento ainda não foram suficientemente estudados, recomendamos às operadoras grávidas que permaneçam a pelo menos a 10 metros do aplicador quando o equipamento for ligado (vide manual-contraindicações). As pessoas com marca-passos ou implantes devem permanecer fora da área de tratamento durante a diatermia por radiofrequência (vide manual-contraindicações). Ninguém usando um marca-passo cardíaco deve estar no raio de 10 metros de uma unidade operacional (vide manual-contraindicações). Equipamento não adequado ao uso na presença de uma MISTURA ANESTÉSICA INFLAMÁVEL COM AR, OXIGÊNIO ou ÓXIDO NITROSO. O equipamento não é de categoria AP nem APG. é um equipamento de radiofrequência de alta tecnologia para aplicações médicas, estéticas e cosméticas e pode causar lesões térmicas na pele, no caso do uso de energia excessiva.
    • Aparelho de Ultrassom: é um equipamento de ultrassom para terapia destinado às áreas de fisioterapia e estética, possui os modos de operação contínuo e pulsado, que permite o tratamento de várias disfunções. O ULTRASSOM apresenta versões de 1 MHz e 3 MHz.

O profissional de estética e saúde deve se atentar aos cuidados com o aparelho, verificando suas especificações e principalmente as contraindicações. Dentre elas é importante salientar as seguintes precauções:

  • Antes de ligar o equipamento, certifique-se que está ligando-o conforme as especificações técnicas localizadas na etiqueta do equipamento;
  • Nunca desconecte o plugue da tomada puxando pelo cabo de força;
  • Manuseie o transdutor com cuidado, pois impactos mecânicos podem modificar desfavoravelmente suas características;
  • Inspecione constantemente o cabo de força e o cabo do transdutor, principalmente próximo aos conectores, verificando se existe presença de cortes na isolação dos mesmos.
  • Caso perceba qualquer problema no aparelho, siga os procedimentos descritos para manutenção do equipamento e leve em uma assistência autorizada para os devidos reparos.
  • Garanta a integridade do equipamento seguindo as regras de manuseio e limpeza do equipamento conforme instruções do fabricante.
  • Aparelhos de correntes excito motoras : são equipamento que possuem variados tipos de corrente com diferentes modulações e formas de uso, como a RUSSA (2.500 Hz modulado por baixa frequência na faixa de 1 à 120 Hz), AUSSIE (4.000 Hz ou 1.000 Hz modulado por baixa frequência na faixa de 1 à 120 Hz) e ELETROLIPÓLISE (2.500 Hz modulado por baixa frequência de 5 Hz). São técnicas que não causam dependência, podendo ser utilizado em todos os tratamentos em traumato-ortopedia e dermato-funcional (estética).
  • Os aparelhos de correntes excito motoras, são equipamentos de fácil manuseio, porém isso não isenta o profissional de estética e saúde de obter alguns cuidados.
  • Para que não ocorram choques elétricos, evite utilizar o plug do aparelho com um cabo de extensão, ou outros tipos de tomadas a não ser que os terminais se encaixem completamente no receptáculo. Desconecte o plugue de alimentação da tomada quando não utilizar o aparelho por longos períodos.
  • Evite locais sujeitos às vibrações e instale o aparelho sobre uma superfície firme e horizontal, em local com perfeita ventilação, evitando, portanto, apoiar o aparelho sobre tapetes, almofadas ou outras superfícies fofas que obstrua a ventilação.
  • Evite locais úmidos, quentes e com poeira e não introduza objetos nos orifícios do aparelho e não apoie recipientes com líquido.
  • Não utilize substâncias voláteis (benzina, álcool, thinner e solventes em geral) para limpar o gabinete, pois elas podem danificar o acabamento. Use apenas pano macio, seco e limpo para manutenção da integridade do equipamento.
    • Aparelho fototerápicos: são aparelhos que empregam através do LED de diferentes cores, do Laser e luz pulsada, a emissão de radiação eletromagnética no corpo, para diversos fins terapêuticos. Os aparelhos fototerápicos emitem uma luz, que é responsável por estimular ou inibir um tecido biológico com base no cumprimento da onda e diversas frequências de modulação. Para realizar os procedimentos estéticos com segurança, o profissional de estética e saúde deve seguir as orientações de instalação e manuseio do equipamento conforme as instruções do fabricante. O equipamento fototerápico fora de uso deve ser protegido contra utilização não qualificada. Operador e Paciente devem utilizar os óculos de proteção toda vez que iniciar o tratamento com um aparelho fototerápico. Recomenda-se que o equipamento seja instalado em lugares que trabalhem de acordo com a norma NBR 13534, que diz respeito a instalações de clínicas e hospitais. O equipamento é pretendido para uso somente por profissionais de saúde. Este equipamento pode causar rádio-interferência ou pode interromper a operação de equipamentos próximos. Pode ser necessário tomar medidas mitigatórias, como reorientação ou realocação do equipamento ou blindagem do local.
    • Aparelho de Carboxiterapia: é um aparelho que promove terapias de várias disfunções, através de aplicações subcutâneas de concentrações controladas de gás carbônico (CO2 padrão/grau USP). Esse procedimento deve ser manuseado seguindo alguns cuidados:
  • Nenhuma parte do equipamento deve passar por assistência ou manutenção durante a utilização com um paciente.
  • O operador e toda a equipe envolvida com a operação do equipamento deve utilizar de meios apropriados de prevenção contra descargas eletrostáticas. Exemplo: Utilização de pulseira anti-estática durante o manuseio do equipamento.
  • Antes do manuseio do equipamento é imprescindível a leitura do item entendendo e prevenindo descargas eletrostáticas, este deve ser verificado sempre que surgir dúvidas.
  • A inalação indevida do gás CO2 em pequenas quantidades pode resultar em enxaquecas, lentidão de raciocínio, irritação nos olhos e perda de habilidade manual. A inalação de níveis de CO2 mais elevados pode levar aos seguintes sintomas: náuseas, convulsões, perda de consciência e, em situações mais graves, pode levar o indivíduo a óbito por asfixia.
  • Deve-se seguir todas as orientações do fabricante quanto ao tocante do manuseio, higienização e manutenção do equipamento.
  • Aparelhos crioterápicos: são equipamentos que promove uma ação de resfriamento no local de tratamento, promovendo tratamentos de disfunções estéticas corporais e faciais, como nos tratamentos estéticos de redução de lipodistrofia localizada, rejuvenescimento, fibrose, fibro edema gelóide, flacidez tissular, entre outros. A terapia crioterápica também é indicada nos tratamentos de dor crônica e aguda, fibromialgia, edemas e inflamações, tendinite, bursite e outros. Os equipamentos crioterápicos precisam de acompanhamento constante durante sua aplicação, manuseio, transporte e conhecimento técnico. Portanto se faz necessário seguir rigidamente as orientações do fabricante, como algumas citadas aqui neste manual:
  1. Evite locais sujeitos às vibrações, portanto instale o aparelho sobre uma superfície firme e horizontal, e em local com perfeita ventilação. Em caso de armário embutido, certifique-se de que não haja impedimento à livre circulação de ar na parte traseira do aparelho.
  2. Evite locais úmidos, quentes e com poeira.
  3. Proteja a parte externa do equipamento de produtos corrosivos, fogo e água.
  4. Os acessórios devem ser guardados limpos e desconectados.
  5. Tomar cuidado durante o tratamento sobre áreas contraindicadas à aplicação da terapia, com pessoas de pele fina, regiões com muitos vasos tais como canto do olho, fronte, pescoço, cantos da boca, osso malar etc.
  6. Siga corretamente as regras de aplicação da terapia.

Os aparelhos e produtos para a estética e saúde, devem ser projetados e fabricados de modo que os clientes ou os profissionais estejam protegidos de riscos mecânicos provenientes de, por exemplo, resistência, estabilidade ou peças móveis.

Os aparelhos que têm emissão de ruído e vibrações devem ser elaborados de forma que se reduzam ao menor nível possível essas oscilações, salvo é claro, se essas oscilações fazem parte das especificações previstas para o produto.

Aparelhos e produtos que produzem termoterapia ou crioterapia, devem apresentar e alcançar temperaturas que não representem perigo ao profissional esteta e de saúde.

Quanto aos riscos associados às condições do meio-ambiente medianamente provável, tais como os campos magnéticos, influências elétricas externas, descargas eletrostáticas, pressão, temperatura ou variações de pressão e de aceleração, essas características devem ser citadas com ação de aviso e alertas em seus manuais de forma clara e concisa.

Porém de nada adianta tanto cuidados com avisos e alertas por parte dos fabricantes se os profissionais de estética e saúde não se conscientizarem da necessidade de capacitação profissional para manuseio dos equipamentos com segurança, de assegurar um espaço de atendimento seguro, de oferecer um ambiente seguindo todas regras de controle e prevenção de riscos.

Todos profissionais devem se conscientizar de não obter em seu espaço de atendimento, aparelhos ou produtos que não tem aprovação da ANVISA e do INMETRO, pois a obtenção de aparelhos não aprovados, o profissional tem a dificuldade de uma assistência técnica especializada, além de expor a riscos a si e aos pacientes. Essa consciência se faz mais importante do que tudo.

E aqui deixamos nossa mensagem como futuras profissionais de estética e saúde:

 “Sejam profissionais conscientes, dos seus direitos e principalmente de seus deveres como um profissional que está no mercado para manter e promover a saúde e bem-estar de seus pacientes.” 

l TURMA DE ESTÉTICA E COSMÉTICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO TOLEDO PRUDENTE.

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